Prévia do material em texto
Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Ele possibilita diversas formas de interação com o conteúdo, a qualquer hora e de qualquer lugar. Mas na versão impressa, alguns conteúdos interativos são perdidos, por isso, fique atento! Sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! EESSTTRRUUTTUURRAASS MMEETTÁÁLLIICCAASS:: ddiimmeennssiioonnaammeennttoo Barras de aço �etidas EELLEEMMEENNTTOOSS MMEETTÁÁLLIICCOOSS FFLLEETTIIDDOOSS Os elementos metálicos fletidos, ou ainda, as barras submetidas a flexão simples, são comumente encontradas em elementos de vigas. As vigas são estruturas que estão submetidas ao esforço de flexão e trabalham como elementos, geralmente, horizontais de transmissão de cargas para os pilares ou outros elementos da estrutura, como até mesmo outras vigas. Transmissão de carga viga-viga com uma ligação do tipo flexível Fonte: iStock. Transmissão de carga viga-pilar com uma ligação do tipo rígida Fonte: iStock. TTIIPPOOSS DDEE VVIIGGAASS MMEETTÁÁLLIICCAASS https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/assets/img/img18.jpg https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/assets/img/img18.jpg https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/assets/img/img18.jpg https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/assets/img/img18.jpg https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/assets/img/img19.jpg https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/assets/img/img19.jpg https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/assets/img/img19.jpg https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/assets/img/img19.jpg VViiggaa ddee ppeerr��ll aabbeerrttoo ttiippoo II As vigas são normalmente executadas com perfis tipo I fletidos em relação ao eixo de maior momento de inércia (eixo x), sendo que os perfis mais adequados são aqueles com maior inércia em torno do eixo de flexão, ou seja, com as massas mais afastadas do eixo neutro. Viga de perfil aberto tipo I Fonte: iStock. VViiggaa ttrreelliiççaaddaa Outra configuração comumente utilizada para as vigas em estruturas metálicas é o sistema treliçado onde os perfis são produzidos em segmentos de comprimento limitado, o que reduz a possibilidade de ocorrência de flambagem, além disso, as treliças estão, de forma geral, submetidas apenas a esforços axiais. Viga treliçada Fonte: iStock. https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-02 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-02 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-02 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-02 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-02 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-02 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-03 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-03 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-03 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-03 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-03 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#text-carousel-03 DDIIMMEENNSSIIOONNAAMMEENNTTOO DDAASS VVIIGGAASS O dimensionamento das vigas é realizado por meio da verificação no estado limite último quanto ao momento fletor e à força cortante, e, com relação ao estado limite de serviço, verificando a flecha e a vibração excessiva e comparando com os valores aceitáveis. Com relação ao momento fletor, o colapso pode acontecer por meio da: • Plastificação total da seção transversal, • Flambagem da viga como um todo (flambagem lateral com torção – FLT) • Flambagem local de um ou mais elementos comprimidos da seção transversal (flambagem local da alma – FLA ou flambagem local da mesa – FLM). PPllaassttii��ccaaççããoo ttoottaall ddaa sseeççããoo ttrraannssvveerrssaall Ocorre com o aumento do carregamento atuante sobre a viga e consequentemente das tensões na seção transversal. Para entender melhor: • Considere uma viga biapoiada submetida a um carregamento linearmente distribuído atuando sobre toda a viga, desta forma, de acordo com o diagrama de esforços solicitantes, o máximo momento estará atuando na seção transversal no meio da viga. • Considere a hipótese que esta viga não pode sofrer instabilidade global ou local e que o carregamento é crescente com o tempo. No início do carregamento as tensões ( ) se distribuem de forma linear, em comportamento perfeitamente elástico onde a máxima tensão atuante na seção é inferior a tensão limite de escoamento ( ). σ fy Plastificação da seção transversal Fonte: Adaptado de Silva (2012, p. 56) O momento fletor correspondente ao início do escoamento é dado por , onde W é o modulo de resistência elástico da seção transversal com relação ao eixo de flexão. Já o momento de plastificação é dado por , onde Z representa o módulo de resistência plástico da seção. My =W × fy Mpl = Z × fy FFllaammbbaaggeemm llooccaall ddaa aallmmaa ee ddaa mmeessaa ((FFLLAA ee FFLLMM)) Está relacionada a perda de estabilidade das chapas comprimidas que formam o perfil, sendo https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel verificada por meio da esbeltez ( ) da seção.λ Flambagem local da alma (FLA) Fonte: Adaptado de Pfeil e Pfeil (2014, sp) Flambagem local da mesa (FLM) Fonte: Adaptado de Pfeil e Pfeil (2014, sp) Quanto a ocorrência da flambagem local as seções transversais das vigas podem ser classificadas em: • seção compacta, quando , • seção semicompacta, quando e • seção esbelta, quando . Onde representa a esbeltez limite para seções compactas e a esbeltez limite para seções semicompactas. λ ≤ λp λp < λ ≤ λr λ > λr λp λr O Anexo G da NBR 8800 (ABNT, 2008, p.130) nos mostra o processo para determinação do momento resistente em vigas de alma não esbeltas, para o caso de vigasde alma esbeltas deve-se utilizar para o cálculo o Anexo H da referida norma. FFllaammbbaaggeemm llaatteerraall ccoomm ttoorrççããoo ((FFLLTT)) Se relaciona com a perda de equilíbrio da viga no plano principal de flexão, passando a apresentar deslocamentos laterais e rotações de torção. No caso da FLT, de acordo com Pfeil e Pfeil (2014) a viga pode ser classificada em: • viga curta ( ), • viga intermediária ( ), e • viga longa ( ). λ ≤ λp λp < λ ≤ λr λ > λr Flambagem lateral com torção (FLT) Fonte: Adaptado de Pfeil e Pfeil (2014, sp) A FLT é caracterizada por deformações laterais da parte comprimida da seção de um elemento submetido a flexão, que pode ser vista como uma barra comprimida continuamente travada pela parte tracionada que não apresenta a tendência de deformações laterais, em função disto as deformações laterais na parte comprimida provocam também a rotação da seção transversal. A FLT pode ser evitada se o deslocamento lateral da parte comprimida for impedido por meio da instalação de disposições construtivas de Mesa comprimida em laje de concreto https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel-3 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel-3 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel-3 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel-3 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel-3 https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#img-text-carousel-3 contenção lateral como o envolvimento da mesa comprimida em laje de concreto, ou a ligação da mesa à laje por meio de conectores ou a instalação de apoios laterais por meio de quadros transversais, treliças de contraventamento, entre outros. Fonte: Pfeil e Pfeil (2014, sp) A verificação da segurança em barras fletidas é dada por , onde corresponde ao momento fletor solicitante de cálculo, corresponde ao momento fletor resistente de cálculo, sendo este o menor dos valores verificados quanto a FLA, FLM e FLT. MSd ≤ MRd MSd MRd Além disso a NBR 8800 (ABNT, 2008) determina que, para assegurar a validade da análise elástica, o momento fletor resistente de cálculo da seção não deve ser maior que , onde W representa o módulo de resistência elástico mínimo da seção transversal da barra em relação ao eixo de flexão, representa o limite de escoamento do aço e o coeficiente de ponderação da resistência, sendo este igual a 1,10. MRd ≤ 1 ,5 W×fy γa1 O momento resistente de cálculo, , para FLA, FLM e FLT é dado de acordo com o tipo se seção, sendo: • seções compactas ou vigas curtas ( ), , • seções semicompactas ou vigas intermediárias ( ), e • seções esbeltas ou vigas longas ( ), . MRd λ ≤ λp MRd = Mpl γa1 λp < λ ≤ λr MRd = [Mpl − (Mpl − Mr) ] ≤ Cb γa1 λ−λp λr−λp Mpl γa1 λ > λr MRd = ≤ Mcr γa1 Mpl γa1 O parâmetro , chamado de fator de modificação para diagrama de momento fletor não-uniforme, é calculado apenas para a FLT uma vez que o momento fletor varia ao longo do comprimento destravado. Cb Com relação ao esforço cortante, deve-se considerar o estado limite último de escoamento e flambagem por cisalhamento dos elementos resistentes, sendo que para seções I, H e U considera-se que apenas a alma resiste ao esforço de cisalhamento, desprezando-se a contribuição das mesas, nestes caso a força cortante resistente de cálculo, , é dada por: para para para VRd VRd = Vpl γa1 λ ≤ λp VRd = λp λ Vpl γa1 λp < λ ≤ λr VRd = 1 ,24 ( ) 2λp λ Vpl γa1 λ > λr Onde: , , , para almas sem enrijecedores transversais para ou para e para todos os demais casos, sendo (a) igual a distância entre as linhas de centro de dois enrijecedores adjacentes, (h) a altura da alma e ( ) a espessura da alma. Saiba Mais λ = h tw λp = 1 ,10 √ kvEfy λr = 1 ,37 √ kvEfy kv = 5 ,0 > 3 a h > [ ] 2 a h 260 (h/tw) kv = 5 + 5 (a/h) 2 tw As estruturas metálicas estão presentes em diversas edificações executadas pelos engenheiros no dia a dia da construção civil. Devido a sua versatilidade de aplicação e excelentes características de resistência, é muito importante que os engenheiros saibam dimensioná-las corretamente, garantindo desta forma, a segurança estrutural necessária, bem como, a qualidade e viabilidade financeira do empreendimento. Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital. BBoonnss eessttuuddooss!! https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html# https://conteudo.colaboraread.com.br/201901/INTERATIVAS_2_0/ESTRUTURAS_DE_MADEIRA_E_ESTRUTURAS_METALICAS/U4/S3/index.html#