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Vygotsky
A Teoria Sociocultural Segundo a teoria sociocultural, o desenvolvimento cognitivo surge por meio da interação em situações sociais concretas e é facilitado quando o aprendiz recebe suporte de um interlocutor mais experiente que pode orientá-lo, i.e., quando recebe apoio durante a interação. Esse apoio recebido pelo aprendiz leva ao aprimoramento da apren- dizagem. Essa teoria baseia-se na proposta de Vygotsky, segundo a qual o aprendizado ocorre quando funções mentais determinadas biologicamente evoluem para funções mais complexas 'de nível superior'. As funções são realizadas inicialmente em colaboração com outros, tipicamente por meio da interação interpessoal, e depois são realizadas independentemente. Vygotsky via o desenvolvimento como um processo de amadurecimento através de um caminho, em parte incerto, dependente das experiências interacionais do indivíduo. A língua é vista como o instrumento mediador da construção do conhecimento (Ellis,1999: 17-18).
As ações direcionadas para a atendimento a essas necessidades recebem ainda respaldo na Lei Federal n°. 9.394, de 20/12/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, conhecida como Lei Darcy Ribeiro. No Art. 59, são definidas as condições a serem asseguradas aos educandos com necessidades especiais pelos sistemas de ensino. 
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organiza- ção específicos, para atender às suas necessidades; 
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; 
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; 
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; 
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. A educação dos surdos constitui, portanto, um tema de interesse para a sociedade, o que se evidencia no âmbito institucional, em face da legislação vigente. 
Na perspectiva da inclusão, esse respaldo se configura ainda em termos do acesso gratuito ao ensino fundamental, e ao ensino médio, este último a ser implantado progressiva- mente, conforme determina a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu Artigo 208, que estabelece que os deveres do Estado com a educação será efetivados mediante a garantia de: 
ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria 
progressiva universalização do ensino médio gratuito. 'À legislação educacional, acrescentem-se, na garantia dos direitos dos surdos, as determinações da Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
 No Capítulo VII, Arts. 17 e 18, estabelece que cabe ao Poder Público tomar providências no sentido de eliminar as barreiras da comunicação, a fim de garantir 'às pessoas portadoras de deficiências Sensoriais e com dificuldades de comunicação o acesso à informação, à educação (...)', em que se inclui promover 'a formação de profissionais intérpretes de língua de sinais para facilitar qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação'.
 As garantias individuais do surdo e o pleno exercício da cidadania alcançaram respaldo institucional decisivo com a Lei Federal n° 10.436, de 24 de abril Se 2002, transcrita a seguir, em que é reconhecido o estatuto da Língua Brasileira de Sinais como língua oficial da comunidade surda, com implicações para sua divulgação e ensino, para o acesso bilíngue à informação em ambientes institucionais e para a capacitação dos profissionais que trabalham com os surdos.
Aspectos institucionais A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.' (Constituição da República Federativa do Brasil, 111; Art. 205) 
Do ponto de vista institucional, muitas são as garantias do cidadão no que se refere ao Capítulo da Educação Nacional, em face das determinações da Constituição de 1988. Quando se trata de educa- ção especial, educação de alunos com necessidades especiais, esse direito é garantido por legislação específica, sendo crucial conhecê- la, para que seja devidamente adotada, e mesmo modificada, em face das necessidades colocadas pela experiência e pelo desenvolvimento sócio-histórico. 
Considere-se, como ponto de partida, a definição de educação especial formulada pelo Conselho Nacional de Educação, nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução n° 02/2002 do CNE): 'Educacão Especial, modalidade de educação escolar, entende-se como um processo educacional que se materializa por meio de um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais, organizados para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação formal e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, diferentes das da maioria de crianças e jovens, em todos os níveis e modalidades de educação e ensino.' Nessa definição, estão apontados aspectos fundamentais relativos às práticas educacionais a serem dirigidas aos alunos com necessidades especiais, destacando-se: 
• a adoção de recursos e serviços educacionais no sentido de proporcionar condições favoráveis ao processo educacional, em face das especificidades dos educandos; 
• a abrangência das ações, que devem se desenvolver nos diferentes níveis e modalidades de educação e ensino. Como princípio norteador, tem-se a concepção de uma escola inclusiva, que garanta o atendimento às diferenças humanas. Para tanto, a legislação prevê que os serviços de educação sejam ofertados no ensino regular (...), em classes comuns, ou em classes especiais em qualquer etapa ou modalidade da educação básica, devendo as escolas oferecer em sua organização:
atividades em classes comuns: a. com professores capacitados para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos; b. com o apoio de professor de Educação Especial e, se for o caso, do intérprete de língua brasileira de sinais/ língua portuguesa, em concordância com o projeto pedagógico da instituição; (...) 
II. serviços de apoio pedagógico especializado, complementado também em salas de recursos, em turno diverso, em classes hospitalares, no atendimento domiciliar, ou outros espaços definidos pelo sistema de ensino (...). Tais procedimentos se tornam especialmente relevantes no atendimento às necessidades escolares do surdo, que pode escolher efetivar sua educação por meio da língua portuguesa e da língua de sinais, com base em seu histórico de vida e na opção dos pais e dele próprio. Para tanto, a escola deve adaptar sua proposta político-pedagógica e contar com professores capacitados e especializados. 
A formação de professores deverá desenvolver-se em ambiente acadêmico e institucional especializado, promovendo-se a investigação dos problemas dessa modalidade de educação, buscando-se oferecer soluções teoricamente fundamentadas e socialmente contextualizadas. 
Devem ser utilizados métodos e técnicas que contemplem códigos elinguagens apropriados às situações específicas de aprendizagem, incluindo-se, no caso de surdez, a capacitação em língua portuguesa e em língua de sinais. Nos casos de cegueira, a capacitação no código Braille; nos casos de surdo-cegueira, a capacitação para o uso de Língua de Sinais digital. 
Dessa forma, a legislação prevê que sejam consideradas as situações singulares, os perfis dos estudantes, as faixas etárias, assegurandose o atendimento de suas necessidades educacionais especiais, a fim de que tenham a oportunidade de realizar com maior autonomia seus projetos, afirmando sua identidade cultural e promovendo o desenvolvimento social.

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