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Benchmarking Competitivo no Desenvolvimento de Produto

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Trabalho de Conclusão de Curso 
Engenharia de Produção 
2013 
 
 
1
Benchmarking Competitivo no Desenvolvimento de Produto 
Apropriando-se de Tecnologias de Prototipagens SLS e FDM para a 
Validação dos Modelos Geométricos 
 
Flávio Martins de Castro 
ORIENTADOR: Professor Me. Lucas Barbosa Alves 
 
Resumo: Com o avanço da tecnologia, o aumento da competitividade e as exigências globais 
de mercado, fazem com que as empresas busquem por diversas maneiras para renovar e 
inovar seus produtos, acompanhando as novas tendências e as aceitações atuais dos 
consumidores. O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo apresentar o 
desenvolvimento de alguns modelos de painéis planos modulares, seguindo um modelo de 
Processo e Desenvolvimento de Produto (PDP) pesquisado na literatura, utilizando-se do 
Benchmarking competitivo por métodos destrutivos de produtos concorrentes, modelados por 
um sistema de projeto auxiliado por computador (CAD, Computer Aided Design) e validando 
modelos em diferentes tecnologias de prototipagens, Sinterização Seletiva a Laser (SLS, 
Selective Laser Sintering) e Deposição de Material Fundido (FDM, Fused Deposition 
Material), equiparando resultados entre custos/benefícios das tecnologias. No caso estudado, 
verificou-se que a tecnologia FDM apresenta baixos custos em relação à SLS, além de ser um 
processo mais rápido. Porém, o protótipo fabricado pela tecnologia SLS apresentou melhor 
acabamento superficial e melhores propriedades físicas. Conclui-se que é viável desenvolver 
um produto utilizando o concorrente a nosso favor e a utilização da prototipagem rápida 
possibilita reduzir tempo e custos no desenvolvimento de produtos. 
Palavras-chave: Desenvolvimento de Produtos; Benchmarking; Validação do Produto; 
Prototipagem Rápida; CAD. 
1. Introdução 
O mercado sofre transformações que modelam uma trajetória de novo contexto para as 
organizações e, em especial, na indústria brasileira. Os produtos das empresas têm de 
competir em preços e qualidades com similares importados, vindos tantos de países com 
elevado nível de desenvolvimento tecnológico quanto de países onde os custos de fabricação 
estão num patamar bem mais baixo. Isso força a empresa brasileira a assimilar e desenvolver 
continuamente novas tecnologias e produtos, objetivando à redução de custos, o tempo de 
desenvolvimento de novos produtos, da ampliação de mercado e nas parcerias de empresas do 
mesmo ramo de atividades (SALGADO et al., 2009). 
Em um ambiente global, intenso e dinâmico, o desenvolvimento de novos produtos 
tornou-se um ponto de excelência. Empresas que conquistam o mercado mais rápido e 
eficientemente com produtos que atendem às expectativas dos clientes e as excedem, criam 
uma significativa competitividade e garantem uma margem maior no ciclo de vida do produto 
(WHEELRIGHT e CLARK, 1992 apud SALGADO et al., 2009). 
Atualmente, as atividades do processo de desenvolvimento passaram a ser efetuadas 
de forma concorrente, além disto, as decisões envolvidas com este processo passaram a levar 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Engenharia de Produção 
2013 
 
 
2
em consideração os requisitos e as experiências das diversas áreas envolvidas. Vários autores 
defendem, quanto aos profissionais, que as atividades relacionadas com o desenvolvimento de 
produtos devem ser realizadas por um time multifuncional, entitulado por uma equipe de 
desenvolvimento de produto (AGUIAR E ROZENFELD, 2013). 
O sucesso de uma empresa está diretamente relacionado à sua capacidade de renovar e 
inovar seus produtos, introduzindo-os no mercado competitivo, que será aceito, por sua vez, 
quanto ao diferencial em relação aos concorrentes no que diz respeito ao atendimento das 
necessidades do usuário, qualidade e recursos inovadores (ULRICH e EPPINGER, 2000 apud 
JUNG, 2007). 
Não é novidade que desenvolver produtos tem se tornado um dos processos-chave 
para a competitividade da empresa. O aumento das concorrências, rápidas mudanças 
tecnológicas, redução do ciclo de vida dos produtos e as exigências por parte dos 
consumidores fazem com que as empresas busquem agilidades, produtividade e alta 
qualidade, interligando a eficiência e eficácia do processo (ROZENFELD e AMARAL, 
2013). 
O Benchmarking se torna um procedimento ininterrupto e ordenado de pesquisa para 
determinar produtos, serviços e procedimentos de trabalho das melhores empresas do 
mercado, com a intenção de otimizar os processos e obter vantagem competitiva (BRAVIN, 
2012). 
O Benchmarking surgiu da necessidade de informações e desejos de aprender rápido, 
como corrigir um problema empresarial copiando as melhoras práticas do concorrente ou 
parceiro, analisando os seguintes fatores: ramo, objetivo, amplitude, diferenças 
organizacionais e custos, antes da definição ou aplicação do melhor método, pois cada 
empresa individualmente tem as suas necessidades que devem ser avaliadas antecipadamente 
à aplicação do processo/desenvolvimento do produto (SORIO, 2006). 
O estudo de caso deste trabalho de conclusão de curso tem como objetivo apropriar-se 
do Benchmarking competitivo, por métodos destrutivos de produtos concorrentes, para 
desenvolver painéis planos modulares 4x2 e 4x4, útil para fixar nas paredes e dar acabamento 
nas conexões de áudio, tanto residencial, predial, escritórios, etc., podendo ser parafusadas 
nas caixas de passagens de conduíte ou eletroduto, padrão internacional, e 3x3 com caixa 
adaptadora que podem ser fixadas na parede com a opção de utilizar fiações em canaletas, ou 
para futuras ampliações, principalmente para meios de comunicações, utilizando-os próprio 
para o encaixe do conector Keystone que aceita o conector padrão (RJ45, Registred Jack 45) 
útil para telefones, e posteriormente validando os modelos geométricos por meio de duas 
tecnologias de prototipagem rápida, SLS e FDM. 
O primeiro protótipo, proveniente do projeto informacional baseado em estudos de 
produtos dos concorrentes, foi fabricado com a tecnologia SLS que propôs uma análise 
detalhada na validação do produto, gerando um novo projeto conceitual para o produto, que 
por sua vez, teve outras funcionalidades. 
O segundo protótipo, revisado a partir do projeto conceitual do primeiro protótipo, foi 
definido para ser utilizado não apenas com o conector Keystone, mas também para o conector 
623K que aceita o conector padrão (RJ11, Registred Jack 11) próprio para a conexão com 
telefones e os conectores da família britânico naval (BNC, British Naval Connector), 
subminiatura na versão A (SMA, Sub Miniature A), frequência ultra alta (UHF, Ultra High 
Frequency), etc., próprios para a conexão coaxial de audio e vídeo, sendo fabricado com a 
tecnologia FDM que propôs uma comparação entre as diferentes tecnologias de 
prototipagens, analisando custos/benefícios entre as tecnologias. 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Engenharia de Produção 
2013 
 
 
3
Foram descritos neste artigo o desafio para desenvolver os dispositivos que aceitassem 
os diferentes conectores, seguindo as fases da macro-fase do Desenvolvimento do PDP e as 
comparações entre as tecnologias de prototipagens SLS e FDM. 
Considerando que desde da década de 90, era possível classificar as aplicações das 
tecnologias de prototipagem rápida em processos de engenharia na avaliação de projeto, testes 
funcionais e na manufatura de produtos. Primeiramente as aplicações estão relacionadas com 
a avaliação de projetos, sendo utilizadas para construir protótipos e testar aspectos estéticos 
como forma, cores, funcionalidades e utilização do produto. De modo geral, o uso das 
prototipagens rápidas para esse tipo de aplicação reduz o tempo de lançamento de produtos, 
bem como previne eventuais impactos negativos de novos produtos no mercado (EVANS, 
2002 apud LIRA e MAFALDA, 2013). 
2. FundamentaçãoTeórica 
2.1 O Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP) 
Entende-se como desenvolvimento de novos produtos toda ação ou processo total de 
estratégia, geração de conceito, avaliação do plano de produto e de marketing e 
comercialização destinado à implementação de uma nova oferta (TONI, 1998). 
O desenvolvimento de novos produtos vem sendo considerado como um meio 
importante para a criação e sustentação da competitividade. Para muitas indústrias, a 
realização de esforços nessa área é um fator estratégico e necessário para continuar atuando 
no mercado. A implementação de novos produtos sustenta uma esperança de aumentar sua 
participação de mercado e melhorar sua rentabilidade (KOTLER, 1994). 
Definição do Processo de Desenvolvimento de Produtos "é o processo a partir do qual 
informações sobre o mercado são transformadas nas informações e bens necessários para a 
produção de um produto com fins comerciais" (CLARK e FUJIMOTO, 1991 apud 
ROZENFELD e AMARAL, 2013). 
O processo de desenvolvimento de produtos pode ser considerado um processo de alta 
complexidade devido à estrutura de sua gestão, à natureza dinâmica, à sua grande interação 
com as demais atividades da empresa e a quantidade de informações manipuladas durante um 
projeto de desenvolvimento. Com base nestes dados, muitas empresas acabam perdendo 
oportunidades de melhorias e deixam de agregar conhecimentos ao que facilitariam ou 
possibilitariam o aumento de capacitação e do desempenho do PDP. Uma maneira bem 
prática para evitar essa falha, pode ser a gestão desse processo com alterações contínuas, 
incorporações de lições aprendidas e melhorias contínuas, pela aplicação de modelos 
sistemáticos e estruturados para análises do PDP (SILVA, 2003). 
O conceito de novos produtos inclui produtos originais, produtos modificados e 
marcas novas que as empresas desenvolvem utilizando os esforços de seus próprios 
departamentos de pesquisa e desenvolvimento (KOTLER, 1994). 
O modelo unificado para o processo de desenvolvimento de produtos, proposto por 
Rozenfeld et al. (2006), contém os conceitos e melhores práticas em desenvolvimento de 
produto e foi desenvolvido a partir de conhecimentos compartilhados por uma rede de 
pesquisadores brasileiros que sintetizou a experiência de três grupos de pesquisas sobre gestão 
e desenvolvimento de produtos. Composto por três macro-fases: Pré-Desenvolvimento, 
Desenvolvimento e Pós Desenvolvimento, a Figura 1 ilustra as três macro-fases e suas 
respectivas fases no processo de desenvolvimento de produtos. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Engenharia de Produção 
2013 
 
 
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FIGURA 1 – Modelo unificado para o processo de desenvolvimento de produto, ROZENFELD et al. (2006). 
 
Cada uma das macro-fases foram divididas respectivamente em fases, atividades e 
tarefas que juntas traduzem as melhores práticas para o PDP. A macro fase de Pré-
Desenvolvimento é o elo entre as estratégias da empresa e a definição dos projetos de 
desenvolvimento de produtos, agrupando duas fases, a primeira fase com o planejamento 
estratégico de produtos e a segunda fase com o planejamento do projeto, envolvendo o 
gerenciamento de portfolio de projetos e avaliações dos projetos escolhidos, verificando se 
esses devem ser continuados ou não. A macro fase de Desenvolvimento agrupam-se as fases 
de projeto informacional, projeto conceitual, projeto detalhado, preparação para produção e 
lançamento do produto. Todas essas fases visam um detalhamento das informações técnicas, 
comerciais e de produção, envolvendo elementos como desenhos técnicos, protótipos, 
homologações, registros, parcerias com fornecedores e processos de produção. A macro fase 
de Pós-Desenvolvimento agrupa-se a fase de acompanhar produto, processo e a fase de 
descontinuidade do produto. O acompanhamento do ciclo de vida do produto, a avaliação do 
seu desempenho no mercado, sua retirada e quais os processos de melhoria podem ser 
implementados nesta última macro-fase (ROZENFELD et al., 2006). 
A literatura pesquisada mostra que cada autor interpreta o processo de 
desenvolvimento de produtos por diferentes maneiras. Contudo, observa-se que a maioria das 
fases se repetem e muitas alteram somente os procedimentos que são adotados. Em se 
tratando de empresas de pequeno porte, a pesquisa realizada mostrou que essas empresas 
devem estar cientes do relacionamento forte entre o desempenho de um novo produto e o 
desempenho organizacional. “As empresas que são boas em desenvolver novos produtos são 
as que têm os melhores resultados” (SALGADO et al., 2009). 
Adicionalmente, a análise mostra que as empresas que obtêm êxito em lançamento de 
seus produtos, são aquelas de maior probabilidade de obter sucesso no novo produto; isso é 
importante para as pequenas empresas. Além disso, as pequenas empresas precisam conhecer 
seus concorrentes, ou seja, a orientação ao concorrente está diretamente ligada ao 
desempenho do novo produto e ao desempenho organizacional. Em outras palavras, as 
pequenas empresas precisam saber quando e por quais razões os clientes compram os 
produtos dos concorrentes e o que os atraem aos produtos concorrentes, por isso, utiliza-se 
uma ferramenta destrutiva de produtos, conhecida por Benchmarking competitivo, 
desmontando o produto do concorrente e estudando as suas melhores práticas (SALGADO et 
al., 2009). 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Engenharia de Produção 
2013 
 
 
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2.2. Benchmarking 
A empresa Xerox Corporation pioneira na aplicação de Benchmarking, define 
formalmente que “Benchmarking” são os processos contínuos de medições de produtos, 
serviços e práticas em relação aos mais fortes concorrentes, ou às empresas conhecidas como 
líderes em suas indústrias, divididas em duas etapas, as práticas e as métricas. A primeira são 
os métodos utilizados e a segunda são os efeitos quantificados da instalação das práticas, 
ficando evidente a necessidade de realizar estas atividades de forma bem mais ampla do que 
comparar operações internas da empresa, ou apenas preocupar-se em desmontar máquinas ou 
produtos físicos de concorrentes (ROZENFELD e LUIZ, 2013). 
O interesse pelo potencial do Benchmarking como modelo de indentificação de 
oportunidades de aumento da competitividade de uma empresa da década de 70, tendo como 
marco estudos realizados pela Xerox Corporation, que buscou nessa época conhecer as 
melhores práticas empresariais japonesas (DAL FORNO et al., 2009). 
Enquanto o Benchmarking é definido como o padrão de referência, o termo 
“Benchmarking” representa o processo de comparação. O sucesso do Benchmarking como 
modelo para alcançar uma vantagem competitiva depende da capacidade da empresa de 
adaptar criativamente as melhores práticas existentes no mercado, em vez de copiá-las 
cegamente (CAMP, 1997 apud DAL FORNO et al., 2009). 
Benchmarking é um processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e 
práticas empresariais entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como 
líderes. É um processo de pesquisa que permite realizar comparações de processos e práticas 
“companhia-a-companhia” para identificar o melhor do melhor e alcançar um nível de 
superioridade ou vantagem competitiva (SORIO, 2006). 
Conforme Spendolini (1993), que apresenta três tipos de Benchmarking: 
• Interno 
Definido pelo objetivo de comparar o que acontece dentro da organização, com o 
propósito de adotar melhorias entre as áreas e melhorando as atividades para que sejam mais 
eficientes em relação à concorrente. 
• Funcional 
Envolve a identificação de produtos, serviços e processos de organizações que podem 
ser ou não seus concorrentes diretos, focalizando-se em processos de trabalhos excelentes e 
não nas práticas de negócios da organização ou da indústria.• Competitivo 
O Benchmarking competitivo merece especial atenção, pois é o tipo aplicável ao 
estudo de caso apresentado neste artigo, que envolve análises e estudos dos produtos líderes 
dos concorrentes diretos e tem como objetivo identificar informações específicas sobre os 
produtos, processos e negócios e posteriormente comparar os resultados entre as próprias 
organizações. 
Segundo Bravin (2012), Benchmarking é simplesmente o método sistemático de 
procurar os melhores processos, as melhores idéias e os melhores procedimentos de operações 
mais eficazes conduzindo ao desempenho superior, seguindo alguns estágios do 
Benchmarking, temos: 
Planejar 
• Selecionar os melhores processos para avaliar; 
• Identificar o melhor concorrente; 
• Identificar Benchmarks. 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Engenharia de Produção 
2013 
 
 
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Analisar 
• Comparar organização com seus concorrente; 
• Catalogar as informações; 
• Compreender os processos e as medidas de desempenho. 
Desenvolver 
• Estabelecer objetivos e padrões do novo nível de desempenho; 
• Desenvolver planos de ação para atingir metas. 
Melhorar 
• Implementar ações específicas e integrá-las aos processos. 
Revisar 
• Monitorar os resultados e as melhores práticas copiadas; 
• Revisar os Benchmarks e as relações com os concorrentes. 
Segundo Bravin (2012), são muitas as vantagens do Benchmarking que compara as 
melhores práticas das empresas concorrentes, verificando produtos e serviços das mesmas, 
com o intuito de fazer melhores do que elas, com o objetivo de: 
• Otimizar o conhecimento da empresa; 
• Identificar pontos fortes e fracos da empresa concorrente; 
• Conhecer melhor o concorrente e consequentemente o mercado; 
• Trazer novas idéias para a empresa; 
• Facilitar o processo de mudanças; 
• Motivar o colaborador; 
• Inovar métodos por meios de melhorias dos estudos do Benchmarking; 
• Aprender com as melhores empresas do mercado; 
• Conviver com líderes especialistas no assunto. 
Segundo Sorio (2006), a competividade mundial aumentou, obrigando as empresas a 
um contínuo aprimoramento de seus processos, produtos e serviços, visando a oferecer alta 
qualidade com baixo custo e assumir uma posição de liderança no mercado onde atua-se, na 
maioria das vezes o aprimoramento exigido, sobretudo pelos clientes dos processos, produtos 
e serviços, ultrapassam a capacidade das pessoas envolvidas, por estarem elas presas aos seus 
próprios paradigmas. 
A competitividade entre as empresas nos traz a certeza de como fazemos hoje, não 
poderá ser feito amanhã, temos que aprimorar sempre e não entrar na zona de conforto. Do 
contrário ficaremos desprovidos de tecnologia e seremos ultrapassados no mercado. O 
Benchmarking mantém a empresa em um patamar elevado, de modo a competirmos de igual 
para igual com os líderes do mercado (BRAVIN, 2012). 
2.3. Prototipagem Rápida (PR) 
Tecnologias de prototipagem rápida PR, são processos de fabricação de objetos 
tridimensionais obtidos diretamente de arquivos de softwares CAD (computer aided designer, 
ou projeto auxiliado por computador), sem intervenção humana, de outro modo, de posse dos 
dados geométricos da peça em arquivo eletrônico, e este sido carregado em uma máquina, o 
protótipo será o resultado do processamento completo deste arquivo sem interrupções 
(WOOD, 1993 apud LIRA e MAFALDA, 2013). 
Os mecanismos de PR podem ser classificados através das diversas características 
disponíveis, podendo ser definidas pelo método de aplicação, material a ser utilizado, custo do 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Engenharia de Produção 
2013 
 
 
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protótipo, velocidade de fabricação, disponibilidade do tamanho para fabricação, utilização de 
tecnologias a laser, etc., (GONÇALVES, 2010). 
Segundo Gonçalves (2010), realizando um estudo das variadas tecnologias de PR 
disponíveis no mercado, temos: 
• Estereolitografia (SL ou SLA); 
• Fabricação de objetos por camadas (LOM); 
• Sinterização seletiva a laser (SLS); 
• Cura sólida na base (SGC); 
• Conformação próxima ao formato final via laser (LENS); 
• Modelagem por deposição de material fundido (FDM); 
• Impressão por jacto de tinta (MJT); 
• Maquinagem de alta velocidade (HSM). 
São recursos cada vez mais utilizados em diferentes áreas de conhecimento da 
Engenharia, Matemática, Arquitetura e até mesmo na Medicina, assim, alguns processos que 
serviam apenas para prototipagem já começam a servir para a fabricação de produtos 
adequados ao uso em situações práticas (LIRA e MAFALDA, 2013). 
Essas tecnologias permitem fabricar protótipos com custo e tempo de produção 
menores que os de processos convencionais e, por isso, torna-se atraente utilizá-las em 
projetos, como, por exemplo, relacionados a produção de materiais didáticos. Entretanto, a 
relação custo/benefício é específica para cada tipo de aplicação, como constatam vários 
estudos (NETTO, 2003 apud LIRA e MAFALDA, 2013). 
Segundo Pereira (2006), um dos processos pioneiros de prototipagem rápida é o de 
esteriolítografia (stereolitography apparatus, SLA), surgiu inicialmente em 1987 com a 
empresa americana 3D Systems, a partir desta tecnologia surgiram muitos outros processos de 
prototipagens rápidas, dentre eles, a sinterização seletiva a laser (selective laser sintering, 
SLS), um processo metalúrgico de fusão de pós metálicos ou não metálicos, cuja fonte de 
calor é um feixe de raios laser. O princípio dessa tecnologia é a sobreposição de camadas de 
pó que são fundidas para construção do protótipo. Os dados para a composição do projeto são 
provenientes de fatias de um modelo sólido representado em um sistema CAD, as quais, 
sobrepostas, irão construir o protótipo. Um rolo espalha uma fina camada de pó termofundível 
sobre uma superfície e um feixe de raios laser fundindo uma porção de pó em camadas, em 
um processo contínuo, até que a peça esteja completa. O laser é gerado em um tubo, e o 
conjunto de lentes ópticas e os espelhos direcionam o foco de laser para a área de trabalho. 
Um recipiente armazena o material em pó não sinterizado, enquanto um rolo percorre toda sua 
extensão horizontal espalhando o pó a ser sinterizado no outro recipiente. Os materiais 
utilizados na prototipagem rápida por SLS são os polímeros, cerâmicas e metais. A Figura 2 
ilustra um esquema de um sistema de sinterização seletiva a laser. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Engenharia de Produção 
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FIGURA 2 – Esquema de um sistema de sinterização seletiva a laser, SLS 
(adaptado de Pereira,2006). 
Outra tecnologia frequentemente utilizada é a deposição de material fundido (fused 
deposition material, FDM), baseado na extrusão de filamentos aquecidos de plásticos. Uma 
máquina para FDM possui um cabeçote que se movimenta no plano horizontal (XY), 
enquanto uma plataforma se desloca no sentido vertical (eixo Z). Neste dispositivo existem 
dois orifícios de saídas, sendo um para o material de construção do protótipo e outro para o 
material utilizado como suporte para a fabricação de superfícies suspensas. O cabeçote 
movimenta-se no plano XY enquanto as guias rotativas empurram o fio para o interior da 
extrusora, onde o material é aquecido, extrudado e depositado de forma a produzir uma 
camada. Ao final de cada camada a plataforma se desloca para baixo, com uma distância igual 
à da espessura de camada, em geral aproximadamente 0,25 mm. O cabeçote começa a 
extrudar novos filamentos para construir uma nova camada sobre a anterior, repetindo este 
procedimento até formar por completo o objeto 3D. Por meio do processo FDM, pode-se 
produzir diretamente protótipos coloridos, com uma pequena variedadede cores, e em 
materiais como acrilonitrila butadieno estireno (ABS), policarbonato (PC), elastômero e cera. 
A Figura 3 ilustra um esquema simplificado do processo de deposição de material fundido 
(PEREIRA, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 3 – Esquema simplificado do processo de deposição de material fundido, FDM 
(adaptado de Pereira,2006). 
 
Outras tecnologias e empresas surgiram durante os últimos anos e muitas não tiveram 
impacto industrial e desapareceram do mercado, porém, ainda há muito que explorar neste 
seguimento de prototipagem rápida, por serem tecnologias aplicadas e utilizadas em diversas 
áreas tais como, automotiva, aeronáutica, marketing, restaurações, educação, paleontologia, 
engenharia, arquitetura, etc., (CARVALHO, 2013). 
Segundo Gorni (2001), a prototipagem rápida permite a obtenção de peças com a 
mesma qualidade da produção em série, conhecida como manufatura rápida. De fato, a 
prototipagem rápida é o melhor processo de manufatura possível quando se precisam produzir 
pequenos lotes ou peças com altíssimo nível de detalhes. 
Apesar do termo rápido associado a esses processos, a construção de alguns protótipos 
pode levar de 3 a 72 horas, dependendo do tamanho e complexidade do produto. Ainda assim 
essses processos são bem mais rápidos que os métodos tradicionais, tais como usinagem, que 
podem levar dias ou até mesmo meses para fabricar o mesmo protótipo (GORNI, 2001). 
Segundo Gorni (2001), a PR tem inúmeras vantagens, tais como: 
• Possibilita uma maior velocidade e menor custo na obtenção de protótipos se 
comparado aos processos tradicionais de usinagem; 
• Possibilita que as empresas possam desenvolver produtos mais rapidamente 
(menor time to market) e com menor custo; 
• Acréscimo na qualidade por meio de uma melhor avaliação do projeto 
• Permite obter peças físicas acabadas, de modo automático, de qualquer forma e 
em dimensões finais; 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Engenharia de Produção 
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• Permite fabricar peças com alta complexidade e detalhes que não permitiriam 
sua obtenção em máquinas convencionais de usinagem; 
• A execução das peças seriam demoradas ou complexas em centros de 
usinagens numericamente comandados. 
 A PR é uma tecnologia relativamente recente, que se tem mostrado em fase de 
amadurecimento, em constante crescimento, não atingindo a maioridade no que diz respeito 
ao seu ciclo de vida. O que reserva o futuro a esta tecnologia ninguém tem bem a certeza, no 
entanto, temos uma única opinião, a PR veio pra ficar (GONÇALVES, 2010). 
3. Apresentação do Caso 
3.1. Método de Pesquisa e Apresentação da Empresa 
A unidade de investigação selecionada para o estudo de caso único é uma empresa de 
médio porte situada ao sul de Minas Gerais e atua no mercado de produtos home e office, 
desenvolvendo produtos de telecomunicações, segurança e network, oferecendo uma 
diversidade de produtos que são transformados em soluções, aplicadas de norte ao sul do país 
e América Latina, tendo atualmente mais de 20 anos de tecnologia, desde 1992. 
A justificativa para a escolha da empresa se deve à mesma possuir uma constante 
evolução no mercado, conseguindo ampliar a linha de produtos para mais de 300 itens. A 
empresa situada ao sul de Minas Gerais com o nome fantasia X sempre está buscando 
inovações e novas tecnologias para atender o mercado. Durante todo este tempo, aprimorar 
conceitos foi a grande meta da empresa X, esta integração possibilitou o surgimento de novas 
marcas e novos produtos, que reagiram no mercado com total independência e ousadia, 
propiciando o estudo de caso. 
O estudo de caso foi desenvolvido no departamento de desenvolvimento da empresa e 
o seu modelo de referência PDP são constituídos por três macro-fases, o Pré-
Desenvolvimento, o Desenvolvimento e o Pós-Desenvolvimento, que também são 
constituídas por suas fases, assim como o modelo de Rozenfeld (2006): 
• A primeira fase da macro-fase do Pré-Desenvolvimento é definida pela 
estratégia empresarial, Benchmarking competitivo e a análise de mercado. 
• A segunda macro-fase Desenvolvimento do Produto, agrupam-se as fases do 
projeto informacional utilizando o método destrutivo de produto, o projeto 
conceitual, o projeto detalhado e a validação do produto por meio da 
prototipagem rápida. 
• A terceira macro-fase do Pós-Desenvolvimento com as fases de marketing do 
produto e o lançamento do produto no mercado. 
 Comparando-se o PDP da empresa X objeto de estudo com um modelo de referência 
da literatura proposto por Rozenfeld et al. (2006), pode-se verificar que, devido ao tamanho 
da empresa X, várias etapas do modelo de referência PDP são realizadas por um setor ou até 
mesmo por uma mesma pessoa. A Figura 4 ilustra a imagem do modelo de referência do PDP 
utilizado no departamento de desenvolvimento da empresa X. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 4 – Modelo de referência do PDP utilizado no departamento de desenvolvimento da Empresa X. 
 
Inicializa-se o PDP sob pesquisas de produtos concorrentes, na fase do Pré-
Desenvolvimento do modelo de referência PDP da empresa X, por meio das análises de 
mercado e devido à necessidade da empresa em lançar um novo produto, beneficiando-se do 
Benchmarking competitivo e a própria estratégia da empresa priorizando o lançamento de um 
novo produto alinhados com os objetivos da organização, definindo o melhor produto para o 
mercado. 
Uma vez definida as pesquisas dos produtos-chave dos concorrentes, continuam-se os 
estudos da empresa X no desenvolvimento de um novo produto, seguindo o modelo de 
referência PDP da empresa X, com a macro-fase do Desenvolvimento do Produto adotado 
para o estudo de caso deste artigo, obtemos as seguintes fases: 
Projeto Informacional – Nesta fase compra-se os produtos-chave dos concorrentes 
realizados nas pesquisas do Pré-Desenvolvimento, e pelo método destrutivo de produto, 
conhecido como engenharia reversa, realizam-se diversos estudos em cima dos produtos 
concorrentes, analisam-se as técnicas de encaixes das alavancas, as espessuras das paredes, as 
ranhuras de sustentações, as torres para fixações e apoios, as partes articuladas e fixas, os 
materiais utilizados, as pinturas e o tratamento superficial, o acabamento, a ergonomia e a 
estética do produto, a qualidade do produto, a sua funcionalidade, a complexidade da 
modelagem, etc., retirando-se todas as informações úteis para o desenvolvimento do novo 
produto. 
Projeto Conceitual – Após analisados todos os estudos do projeto informacional 
referentes aos produtos concorrentes, tem-se como projeto conceitual, apropriar-se das 
melhores práticas e métodos dos produtos concorrentes, aperfeiçoando todos os estudos 
realizados anteriormente e aplicando ao produto um novo conceito, nesta etapa de 
desenvolvimento acontecem mudanças profundas nas fases inicias do projeto, ocorrendo 
enumeras modificações no desenvolvimento do produto, objetivando superar a concorrência e 
definir a melhor relação custo benefício para a fabricação do novo produto. 
Projeto Detalhado – Com base no projeto conceitual visto anteriormente, o produto é 
modelado tridimensionalmente em software paramétrico CAD, que facilita a visualização, os 
testes requeridos, bem como suas análises, as futuras alterações no arquivo eletrônico e as 
demais modificações e revisões conforme o planejado, gerando a partir do modelo 3D as 
vistas frontal, de topo e lateral esquerda, cotando os pincipais detalhesgarantindo as 
 
 
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geometrias, dimensões e tolerâncias (GD&T) da peça modelada e posteriormente exportando 
o modelo no formato STL, extensão de arquivo aceita pela máquina de prototipagem rápida. 
Validação do Produto – Uma vez o projeto detalhado e aprovado pela Diretoria da 
empresa X, por meio da prototipagem rápida faz-se um protótipo para a validação do projeto, 
que permite avaliar o físico do modelo tridimensional e todo o dimensional do projeto antes 
mesmo de confeccionar o molde, podendo ser funcional conforme à sua utilização, 
minimizando riscos no processo de injeção da peça e os testes necessários durante à sua 
aplicação, ganhando tempo no desenvolvimento do produto. Importantíssima esta etapa do 
PDP, pois são feitas muitas alterações no produto em cima das análises no protótipo, podendo 
até mesmo ser definido um novo conceito para o produto, retomando o projeto conceitual a 
partir do processo da validação do produto, conforme Figura 4. 
3.2. Desenvolvimento do Produto 
3.2.1. Projeto Informacional 
O produto objeto de estudo descrito neste artigo agrupa-se a família de painéis planos 
4x2 e 4x4, útil para fixar nas paredes e dar acabamento nas conexões de áudio, tanto 
residencial, predial, escritórios, etc., podendo ser parafusadas nas caixas de passagens de 
conduíte ou eletroduto, padrão internacional, e 3x3 com caixa adaptadora que podem ser 
fixadas nas paredes com a opção de utilizar fiações em canaletas, ou para futuras ampliações, 
principalmente para meios de comunicações, utilizando-os próprio para o encaixe do conector 
Keystone que aceita o conector RJ45, útil para telefones. As Figuras 5 e 6 ilustram as imagens 
dos conectores Keystone e a família de painéis planos 3x3, 4x2 e 4x4, adquiridos das 
concorrências para a realização dos estudos do projeto informacional, primeira fase do 
desenvolvimento do produto do modelo de referência PDP utilizado na empresa X, 
apropriando-se do método destrutivo de produto. 
 
 
 
 
 
FIGURA 5 – Conectores Keystones útil para telefones. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 6 – Painéis planos 3x3, 4x2 e 4x4 próprio para o encaixe do conector Keystone. 
 
 
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3.2.2. Projeto Conceitual 
Analisam-se dos produtos das concorrências, as principais dimensões do 
compartimento para encaixar o conector Keystone e a sua forma de fixação, o conector 
Keystone tem uma trava inferior articulada que facilita a fixação, percebe-se também que, 
após a fixação do painél plano na parede ou na caixa adaptadora, ficam amostras os parafusos 
de fixação, tendo que adaptar uma chapinha de plástico para tampar o parafuso dando o 
acabamento, ítem que pode ser melhorado na fase do projeto conceitual, analisa-se que a 
distância de fixação entre os parafusos são padronizadas, exatamente 83mm, visto que o 
produto adquirido para estudo não tem furação para ajustar a fixação com os parafusos na 
parede, considerando que as furações das caixas de conduítes ou eletrodutos para a fixação 
dos painéis nunca são exatas, com isso, desenvolve-se a fixação inferior com um oblongo na 
vertical e a fixação superior com um oblongo na horizontal, facilitando a regulagem para o 
cliente quanto à fixação do painél plano na parede. 
Para acabamento e estética, projeta-se uma tampa com formas arredondadas e por 
meio das travas frontais são acoplados na base do painél plano, ocultando todos os detalhes de 
fixações aparentes e desenha-se uma seta para indicar o sentido da montagem da tampa de 
acabamento na base do painél plano. 
3.2.3. Projeto Detalhado 
Com base nas informações do projeto informacional e nas informações do projeto conceitual, 
dando continuidade no modelo de referência PDP da empresa X, na fase do projeto detalhado, 
inicia-se a modelagem do produto tridimensional em software paramétrico, desenvolvendo 
uma nova família de painéis planos 4x2 com frente lisa, 1 e 2 encaixes, 4x4 com frente lisa, 2 
e 4 encaixes e 3x3 com frente lisa, 1 e 2 encaixes, com caixa adaptadora. As Figuras 7 e 8 
ilustram as imagens das bases dos painéis 4x4 e 4x2 e algumas principais dimensões de 
fixações, a imagem da tampa de acabamento detalhada do painél plano 4x4 e a seta de 
indicação para a montagem da tampa na base do painel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 7 – Bases dos painéis planos 4x4 e 4x2 detalhados com as principais dimensões. 
 
 
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FIGURA 8 – Tampa para acabamento do painél plano 4x4 detalhada e a seta de indicação para a 
montagem da tampa na base. 
As Figuras 9, 10 e 11 ilustram as imagens dos produtos da família de painéis planos 
3x3, 4x2 e 4x4 montados com as bases, tampas para acabamentos e os conectores Keystones 
na vista frontal e na vista isométrica explodida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 9 – Painéis planos 4x2, frente lisa, 1 e 2 encaixes e vista isométrica explodida. 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 10 – Painéis planos 4x4, frente lisa, 2 e 4 encaixes e vista isométrica explodida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 11 - Painéis planos 3x3, frente lisa, 1 e 2 encaixes com caixa adaptadora e vista isométrica explodida. 
 
Utilizando alguns recursos da ferramenta de fotorealismo do software de modelagem, 
com a possibilidade de aproximar o modelo virtual o mais próximo da realidade, renderiza-se 
o desenho com as configurações de materiais, luzes, sombras e ambientes que facilitam à 
visualização do produto acabado, considerando o mais crítico o painel modular plano 4x4 
com 4 encaixes, gera-se a imagem de fotorealismo conforme Figura 12. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 12 – Fotorealismo do painel modular 4x4 com 4 encaixes. 
 
 
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3.2.4. Validação do Produto 
Na validação do produto, última fase da macro-fase de Desenvolvimento do Produto 
do modelo de referência PDP da empresa X, apropriando-se da tecnologia da prototipagem 
rápida, especificamente a Sinterização Seletiva a Laser, utilizando a extensão STL necessária 
para a leitura do modelo tridimensional específica da máquina de impressão 3D, de 
propriedade de uma empresa B situada ao sul de Minas Gerais, enviam-se os arquivos 
eletrônicos para a confecção dos protótipos, tomando como base o mais crítico, o painel 
modular plano 4x4 com 4 encaixes, geram-se os modelos físicos funcionais, viabilizando a 
validação do projeto, a estética e as análises de todos os encaixes da tampa de acabamento do 
painel modular plano com a própria base e os encaixes dos conectores Keystones (RJ45). A 
Figura 13 e 14 ilustra as imagens dos protótipos confeccionado na tecnologia SLS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 13 – Figura do protótipo da tampa de acabamento e o painel plano 4x4 com 4 encaixes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 14 – Protótipo do painel plano 4x4 montado com a tampa e conectores. 
Observa-se que detalhes do desenho da tampa de acabamento precisavam ser 
revisadas, principalmente os encaixes de fixação, porém, não apenas estes detalhes nos 
chamouà atenção, através das discussões por meio de reuniões, estando com os protótipos em 
mãos, vimos que pela necessidade do mercado, estratégia da empresa e as pesquisas 
realizadas de marketing, surgiu um novo desafio, buscando elaborar um produto que 
apresentasse vantagens competitivas em relações aos concorrentes em quesitos como preço, 
 
 
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desempenho e aparência, revisando todos os conceitos dos projetos dos painéis planos 3x3, 
4x2 e 4x4 desenvolvidos anteriormente, objetivando ampliar a gama de utilidade do produto e 
utilizando-os com adaptações para diversos outros conectores bem requisitados no mercado e 
não só apenas para os conectores Keystones (RJ45), adicionando as conexões conforme as 
suas próprias necessidades, variando inúmeras combinações com possibilidades de futuras 
alterações, montando os painéis planos na forma que precisarem, utilizando as bases padrões 
dos paineis planos 3x3, 4x2, com frente lisa, 1 e 2 encaixes para os conectores, e o 4x4 com 
frente lisa, 2 e 4 encaixes para os conectores, todos para aceitar os novos conectores 623K 
(RJ11), também útil para telefones e os conectores da família BNC, SMA, UHF, etc., útil para 
transmissão de audio e vídeo, todos com uma tampa independente de fácil encaixe, recobrindo 
detalhes aparentes e parafusos de fixações, visando a montagem final com um efeito estético, 
discreto e diferenciado, sendo considerado como o acabamento do painel modular plano. 
3.3. Desafio do Estudo de Caso 
3.3.1. Projeto Conceitual 
Para que este sistema de multifuncionalidade adaptasse os demais conectores, seria 
preciso desenvolver várias bases dos painéis planos de cada tamanho, 3x3, 4x2 e 4x4, com 
berços para cada conector em questão, dificultando muito as fases dos projetos, encarecendo o 
produto final e restringindo as opções e alternativas dos módulos dos painéis planos para os 
clientes, sendo mais prático desenvolver uma base do painel plano 3x3, 4x2 e 4x4 de cada 
tamanho, e quatros dispositivos diferentes que acoplassem às bases dos painéis planos, 
adaptando-os por módulos e fazendo as combinações das faces desejadas, um dispositivo para 
cada tipo de conectores, conforme o Quadro1. 
QUADRO 1 – Conectores e as possíveis configurações dos 4 dispositivos a serem projetados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (Elaborada pelo autor, 2013) 
Analisa-se novamente a proposta de projetar quatros dispositivos para atender as 
configurações do Quadro1 vista anteriormente e acoplassem as bases dos painéis modulares, 
 
 
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revendo a fase do projeto conceitual visando a otimização dos dispositivos para à aceitação 
dos conectores, reduzindo-os em apenas dois dispositivos, sendo um dispositivo com encaixe 
para adaptar o conector Keystone (RJ45) ou o conector 623K (RJ11), e o outro dispositivo 
com frente fechada, para fazer a versão lisa, e uma marcação rebaixada redonda com a mesma 
medida dos conectores BNC, SMA, UHF, etc., que possa ser rompido e adaptar para a 
utilização de um dos conectores mencionados acima, completando todas as versões dos 
painéis modulares, conforme o Quadro 2 e a Figura 15. 
QUADRO 2 – Conectores e as possíveis configurações dos 2 dispositivos a serem projetados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (Elaborada pelo autor, 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 15 – Conectores agrupados para projetar os 2 dispositivos . 
3.3.2. Projeto Detalhado 
O maior desafio neste estudo de caso foi projetar um dispositivo único que adaptasse o 
conector Keystone (RJ45) e o conector 623K (RJ11), com o objetivo de reduzir as cavidades 
de injeção da matriz do molde, injetando um dispositivo que acomodasse os dois conectores, 
com base nestes dados alguns critérios importantes foram definidos e analisados para o 
desenvolvimento deste dispositivo, já que os conectores não têm as mesmas dimensões de 
encaixes e fixações, definem-se as dimensões de cada conector individualmente, analisam-se 
todos os pontos em comum de fixações, medem-se suas principais distâncias e a partir destes 
 
 
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dados começa-se a modelagem tridimensional de um dispositivo único para aceitar o conector 
623K (RJ11) e o conector Keystone (RJ45). As Figuras 16 e 17 mostram as diferentes 
medidas dos conectores 623K (RJ11) e Keystone (RJ45). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 16 – Principais dimensões do conector 623K e o conector Keystone (modelo tridimensional). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 17 – Principais medidas do conector Keystone e o conector 623k (modelo detalhado). 
 
O dispositivo único foi modelado para a dimensão do conector Keystone (RJ45) e 
adaptado para a dimensão do concetor 623K (RJ11), levando em consideração algumas 
diferenças de detalhes das paredes, ressaltos e chanfro de 45° conforme a Figura 17, 
possibilitando a aceitação de ambos os concetores. A Figura 18 ilustra a imagem do 
dispositivo explodido e os conectores encaixados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 18 – Dispositivo único para acomodar o conector Keystone e o conector 623k. 
 
 
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Considerando que para a adaptação do conector 623K precisou-se da utilização de um 
parafuso arruela m3 para a fixação, utilizado também para travar o terminal da fiação de 
ligação do conector, e para o segundo dispositivo indicado no Quadro 2, foi feita uma frente 
fechada com face lisa e uma marcação redonda, rebaixada com espessura de 0,7 milímetros de 
parede facilitando o rompimento quando necessário, com a mesma medida dos conectores 
BNC, SMA, RCA, UHF, etc., visto que quase todas as dimensões dos conectores são 
parecidas por aceitarem o terminal coaxial, de formato cilindríco e diâmetros poucos 
variáveis, conforme a Figura 19 e 20. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 19 – Principais medidas do conector BNC ligação coaxial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 20 – Dispositivo único para acomodar os conectores BNC, SMA, RCA, UHF, etc., e a face lisa. 
 
Devido as alterações do projeto conceitual, com o produto todo revisado e totalmente 
remodelado, ficaram-se visíveis as quantidades de peças que foram reduzidas para as 
confecções dos moldes, de 9 bases de painéis planos foram reduzidas para 3 bases, sabendo 
que estes produtos são injetados e cada modelo tem uma cavidade no molde e as matrizes dos 
moldes são caríssimas, evidentemente a empresa X deixou de gastar um valor considerável 
não mencionado neste trabalho de conclusão de curso, pois não foram realizados os 
orçamentos dos moldes dos projetos anteriores, tendo como objetivo maior aumentar a 
variedade de produtos por meio dos dispositivos intercambiáveis adaptados para aceitar 
diversos conectores, conforme a Figura 21. 
 
 
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FIGURA 21 – Modelos do primeiro estudo dos painéis planos, dispositivos adaptadores 
e o novo conceito de painéis modulares planos. 
A Figura 22 apresenta os novos modelos dos produtos de painéis planos modulares 
desenvolvidos a partir da revisão do projeto conceitual descrito neste artigo, nas vistas 
explodidas.FIGURA 22 – Vistas explodidas dos novos modelos dos painéis planos modulares 3x3, 4x2 e 4x4. 
 
 
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3.3.3. Validação do Produto 
Continua-se o estudo de caso proposto neste artigo, comparando custos/benefícios de 
duas tecnologias de prototipagem rápida, a partir do projeto em estudo modelado 
tridimensionalmente em software CAD, foi exportado em extensão STL e encaminhado a 
duas empresas situadas no sul de Minas Gerais, a primeira empresa B usando o processo SLS 
e a segunda empresa C utilizando o processo FDM. Foram comparados os preços entre os 
processos, materiais a serem utilizados para a prototipagem, custos e prazos de entregas dos 
protótipos, e posteriormente contratados serviços da empresa que ofereceu o melhor 
custo/benefício, conforme o Quadro 3. 
QUADRO 3 – Comparação entre tecnologias de prototipagens SLS e FDM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (Elaborada pelo autor, 2013) 
O Quadro 3 apresenta valores muitos diferentes entre os custos dos protótipos, uma 
diferença de entrega de 13 dias, opções de impressão multicolor (homogênea), sem a 
necessidade de cura do protótipo e utilizando um material ABS, mais próximo do material 
definido para o produto em estudo, fatores que deixaram a proposta da empresa C a mais 
atrativa e por meio da tecnologia de prototipagem rápida FDM foram confeccionados 
protótipos de um dos novos modelos de painéis modulares planos utilizados para testes e 
avaliação de aspectos funcionais, tomando como base o painel modular plano 4x2, a tampa de 
acabamento e os dispositivos adaptadores. 
Neste tipo de aplicação, o foco principal foi verificar por meio dos protótipos dos 
dispositivos adaptadores e os diversos conectores, se os ajustes e o desempenho das funções 
dos componentes são aceitáveis para o produto final, e a mobilidade dos encaixes entre os 
dispositivos adaptadores e o painel modular plano. A Figura 23 e 24 ilustram as imagens dos 
protótipos do painel modular plano 4x2 e os dispositivos adaptadores confeccionados na 
tecnologia de prototipagem FDM. 
 
 
 
 
 
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FIGURA 23 – Protótipos do painel modular plano 4x2 e os dispositivos adaptadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 24 – Protótipos montado do painel modular plano 4x2 e os dispositivos adaptadores com os conectores 
Keystone e BNC. 
4. Comparação das Tecnologias de Prototipagens SLS e FDM 
Ressalta-se que a tecnologia de prototipagem FDM não tem um acabamento 
superficial adequado para apresentação estética do produto, deixando rastros da passagem da 
deposição do material no produto, como abordado no referencial teórico, o extrudado 
depositado sobre o modelo produz uma camada sobre a outra com aproximadamente 0,25 
mm, visto que sempre ficam lacunas entre as camadas sobrepostas de filamento e mesmo 
entre os filamentos de uma mesma camada. Importante também ressaltar que o material ABS 
utilizado para o processo de prototipagem FDM não favoreceu os testes esperados, deixando 
 
 
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o protótipo dúctil, quebrando facilmente as travas que analisadas em softwares paramétricos 
eram para ceder com facilidade, por essas razões, não foram realizados alguns testes de 
encaixes, mas aproveitamos os protótipos para avaliar outras dimensões e a realização de 
pequenas modificações. 
Seja qual for o material utilizado na prototipagem ou a simplicidade do modelo, é 
necessário ter pessoas com grande habilidade para operar máquinas de impressão 3D, fatores 
que influenciam diretamente no protótipo (LIRA e MAFALDA, 2013). 
Faz-se uma análise do protótipo do painél modular plano 4x4 com 4 encaixes, 
produzido anteriormente, pelo método SLS confeccionado com o material PA2200 SG20 
Polyamide/glass-fill 20%, conforme indicado pelo processo e que, após a cura em forno 
apropriado por um período de uma hora, apresentou-se boas características mecânicas como 
dureza, módulo de flexão e resistência ao impacto, porém, o tempo total de construção do 
protótipo pelo processo SLS é bem maior do que o processo FDM. A Figura 25 ilustra 
claramente a evolução da ideia do projeto aplicado a este artigo, a comparação das diferenças 
entre os dois protótipos confeccionados em tecnologia de prototipagem rápida SLS e FDM, o 
acabamento superfícial, as cores impressas nos protótipos e demais detalhes dos produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 25 – Comparação das tecnologias de prototipagem SLS e FDM. 
Ambos os protótipos construídos com os processos SLS e FDM atenderam às 
necessidades especificadas durante as fases de projeto, e a escolha de um processo adequado 
de prototipagem rápida para fabricar o modelo de um produto ainda deve basear-se em 
diferentes dados de projetos, tais como geometrias, características funcionais, desempenho 
esperado e materiais utilizados. A Figura 26 ilustra a comparação dos protótipos com os 
conectores instalados, sendo os protótipos funcionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 26 – Comparação das tecnologias de prototipagem SLS e FDM. 
5. Considerações Finais 
O objetivo deste trabalho de conclusão de curso foi desenvolver painéis planos 
modulares 3x3, 4x2 e 4x4 utilizando o Benchmarking competitivo fazendo comparações entre 
produtos concorrentes, com métodos destrutivos, com o intuito de desenvolver produtos 
melhores do que as empresas concorrentes, na verdade, o departamento de pesquisa e 
desenvolvimento da empresa X objeto de estudo deste artigo, estudou o “por que?” dos 
concorrentes obterem tanta eficiência em seus produtos e serviços, sendo praticamente 
aproveitando a experiência que o concorrente possui, trazendo para dentro do departamento 
da empresa X este conhecimento, podendo desenvolver uma variedade de produtos dos 
concorrentes fazendo melhor do que os concorrentes. 
 
 
 
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6. Conclusão 
Conclui-se que pela necessidade do mercado, estratégia da empresa e as pesquisas 
realizadas de Marketing, apresenta-se viável desenvolver um produto apropriando-se do 
Benchmarking competitivo utilizando os métodos destrutivos de produtos concorrentes, onde 
analisam-se detalhes relevantes dos produtos e posteriormente aplicam-se às devidas 
melhorias ao produto, e a utilização do processo de prototipagem rápida permiti à eliminação 
de dúvidas no projeto, minizando riscos no processo de injeção da peça e propiciando nas 
decisões relacionadas às alterações do produto, reduzindo o tempo e os custos de 
desenvolvimento de produtos, entretanto, a escolha de um processo de prototipagem deve 
observar cuidados que começam na fase do projeto detalhado com o modelamento 
geométrico, cuidados que vão desde o estudo de viabilidade para produzir o protótipo até a 
posição mais apropriada para a fabricação da peça. 
7. Proposta Futura 
Os produtos do estudo de caso deste trabalho de conclusão de curso não foram 
manufaturados, permitindo abertura de uma proposta futura para elaborar um plano de 
produção, acompanhar o lançamento do produto no mercado, visualizando o seu ciclo de vida 
e descontinuar o produto ou revisar o produto conforme a tecnologia atual do mercado.Propondo para o departamento de desenvolvimento da empresa X,“Know How”, no 
modelo de referência PDP, utilizando toda a prática do Benchmarking competitivo com os 
métodos destrutivos de produtos concorrentes, apropriando-se da tecnologia de prototipagem 
rápida para à validação dos modelos geométricos, utilizando os recursos próprios da empresa 
para a fabricação de vários produtos de utilização no mercado, aprimorando o conceito de 
desenvolver um certo produto para construir o produto certo. 
8. Referências Bibliográficas 
AGUIAR, A.; ROZENFELD, H. Organização para desenvolvimento de produtos, 2013. Disponível em: 
http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/time_de_desenvolvimento_de 
produtos. Acesso em 30 de out. 2013. 
BRAVIN, P.P. Benchmarking: Usando o concorrente a nosso favor, 2012. Disponível em: 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/benchmarking_usando_o_concorrente_a_nosso_favor. 
Acesso em 02 de nov. 2013. 
CARVALHO, J. Prototipagem Rápida, 2013. Disponível em: http://www.numa.org.br/conhecimentos/ 
conhecimentos_port/pag_conhec/prototipagem_rapida. Acesso em 02 de out. 2013. 
DAL FORNO, A et al. O Processo de Desenvolvimento de Produtos Sob a Ótica Lean: A Variável Produto do 
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