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GSA . 2017/I | Direito das Coisas VI DIREITO DAS COISAS / DIREITOS REAIS 1 Direito das Coisas – relação jurídica entre um sujeito ativo de forma direta e imediata sobre a coisa. Não precisa de outra pessoa para que exista essa relação, porque o direito das coisas se dá somente entre PESSOA e COISA. O sujeito passivo é aquele que viola o direito do sujeito ativo, sempre será réu e indeterminado. Características do Direito das Coisas Coisa corpórea que se coloca em uma relação imediata e direta com o sujeito ativo (titular do direito real). A coletividade deve respeitar o exercício do direito real, é dispensável o sujeito passivo. A aderência que existe sobre o direito real se dá em razão do “jus persequendi” e do “jus proferendi” ( o credor sempre terá preferência sobre os demais). ! Não existe relação de pessoa com pessoa/sujeito com sujeito, apenas pessoa com coisa/ sujeito com coisa. ! De que forma o sujeito está investido na posse? Usufruto e Propriedade = Direito Real // Contrato de Locação e Contrato de Comodato = Direito Pessoal. Art.73/NCPC: a posse não é um direito real. Exigência do cônjuge nas Ações Reipersecutórias (trata de ações de Direito Real de bens imóveis). Art.73, §2º/NCPC: Ações Possessórias, o cônjuge não será obrigado na composse e nos atos por ambos praticados. Art.73,§3º/NCPC: companheiros. Fundamentos da Posse 1- JUS POSSIDENDI: a posse se origina através de um titulo (contrato de transferência de propriedade) – Ação de Direito Real. 2- JUS POSSESSIONIS: posse autônoma, não se origina através de títulos. O sujeito já tem a posse em seu poder (usucapião) – Ação Possessória. 2 Teorias da Posse 1 – Teoria Subjetiva de Savigny Para Savigny eram necessários dois elementos conjugados: corpus e animus domini, e deveria ser os dois ao mesmo tempo, ou seja, o poder que a pessoa exerce sobre a coisa, poder físico sobre a coisa. Quem tem o corpus, tem o bem fisicamente. Bem como, para ser possuidor é necessária, também, a intenção de ser dono – animus domini. Não basta que o sujeito tenha o corpus, é necessário que tenha os dois elementos ao mesmo tempo. A teoria subjetiva se sustenta através do elemento volitivo (elemento voltado para a vontade), porém, essa teoria não consegue resolver o problema relacionado à posse direta e a posse indireta, porque não há possibilidade de alguém exercer a posse sobre a coisa, estando distante da coisa. 2 – Teoria Objetiva de Ihering Para Ihering, deve-se analisar se o possuidor exterioriza a propriedade, ou seja, se o possuidor age como proprietário. Possuidor é aquele que age como proprietário. Há, então, apenas um elemento, o corpus. Art. 1.196/CC: Possuidor é aquele que exerce algum (qualquer um) dos poderes inerentes à propriedade. Art. 1.228/CC: Poderes inerentes à propriedade: usar (servir- se das utilidades da coisa), gozar (perceber os frutos), dispor (vender, doar, destruir, abandonar, dar em pagamento ou em garantia) e reaver a coisa das mãos de quem, injustamente, a possua ou a detenha. Exemplos: O usufrutuário tem os poderes de uso e gozo, tem a posse direta (situação de fato), sendo assim, ele poderá alugar, pois cede o direito de usar mediante o pagamento do aluguel, para que o locatário goze dos frutos. Já o nu-proprietário, tem o direito de dispor a coisa, e tem a posse indireta. 3 Posse ≠ Detenção Detenção 1 – Fâmulo da Posse = Detentor Art. 1.198/CC: basta que haja SUBORDINAÇÃO O detentor não tem a posse, não pode ajuizar ação possessória. Exerce a posse em nome de outra pessoa, cumprindo ordens e seguindo orientações, é subordinado. Detentor é o “fâmulo da posse”, ou seja, “servo da posse”. Não são necessários remuneração, nem contrato formal, apenas é necessário que exista subordinação, são “meros detentores”, tem a “posse desqualificada”. Exemplos: caseiro, motorista particular, doméstica. 2 – Atos de Mera Permissão ou Tolerância Art. 1.208/CC: 3 – Atos de Violência e Atos de Clandestinidade Art. 1.208/CC: Enquanto não cessa o ato de violência/clandestinidade, estamos diante da detenção. O ato de violência cessa quando se desiste da ação judicial (o proprietário está presente), e, passa a contar a posse se o proprietário estiver ciente da “invasão”. Caso o proprietário não tiver ciência, não terá como usucapir. 4- Bens de Uso Comum do Povo Não se admite posse, jamais pode ser usucapido. Exceção: minha casa, minha vida. Bens dominais: são bens do município, se admite posse. Classificação da Posse 1- Posse Paralela – pode ser direta ou indireta. São posses em concorrência, uma só existe em decorrência da outra. Para existir a posse direta, deve existir 4 a posse indireta, e uma não invalida a outra, porque o possuidor indireto pode mover ação possessória contra o possuidor direto, e vice-versa. Temporariedade: se não houver, presume-se que houve doação ou venda, a posse paralela deve ter temporariedade. Art. 1.997/CC 2- Posse Exclusiva e Composse Posse Exclusiva: nada mais é que apenas uma pessoa como possuidor (pessoa que mora sozinha) Composse (indivisão): entende-se por mais de uma pessoa possuindo a coisa, posses simultâneas, mas é necessário que tenha a mesma natureza: dois possuidores diretos ou dois possuidores indiretos. (república de estudantes) – Art. 1.199 ! Comunhão Parcial de Bens: o casal que compra um imóvel e os dois moram lá existe composse? Sim. Há “condomínio”, é mais de uma pessoa. Diante de um “condomínio”, há composse? É regra geral? NÃO, nem sempre que houver condomínio existirá composse. Deve-se analisar o caso fático. 3- Posse Justa e Posse Injusta Art. 1.200 Posse Justa: é aquela que não é violenta, clandestina ou precária. É isenta de vícios objetivos: violência, clandestinidade e precariedade. Posse Injusta: há vícios objetivos: violência, clandestinidade e precariedade. Violência pode ser física (invasão – se utiliza da força para expulsão) ou moral (ameaça ou coação). Clandestinidade aquilo que é conquistado às escondidas, sem que o possuidor ou o proprietário saiba. 5 Precariedade decorre da inadimplência da restituição da coisa – “abuso de confiança” 4- Posse de Boa-Fé e Posse de Má-Fé Posse de Boa-Fé Art. 1201: aquele que desconhece os obstáculos para a aquisição da posse. Aquisição “a non domino” – o comprador não sabia que o vendedor não era o verdadeiro proprietário, quando, na verdade, o vendedor era estelionatário. Posse de Má-Fé Art. 1202: tem conhecimento dos obstáculos para aquisição da posse. 5- Posse Nova e Posse Velha Posse Nova: menos de 1 ano e 1 dia. Pode ser solicitado pedido de liminar. Sempre será justa e de boa-fé se não UNIR o tempo da posse antiga com a atual. Posse Velha: mais de 1 ano e 1 dia. 6- Posse “pro indiviso” e Posse “pro diviso” Posse “pro indiviso”: necessário para existir a composse. Posse “pro diviso” 7- Posse “ad interdicta” e Posse “ad usucapionem” Posse “ad interdicta”: Ação Possessória – Interditos Possessórios. Ex.: Posse do Locatário. Posse “ad usucapionem”: permite a propriedade em razão da usucapião. ÚNICA posse que segue a teoria subjetiva de Savigny: Corpus + Animus Domini ÚNICA que precisa comprovar a conduta de dono. 6 8- Posse “pro labore” Tem função social, posse qualificada e gera benefícios. Aquisição da posse – Art. 1204 Quem pode adquirir a posse? Art. 1205 Obs.:nascituro não adquire posse porque tem expectativa de direitos. Modos de Aquisição da Posse 1- Modo originário Quando não existe relação jurídica com o anterior e com o atual possuidor. “apreensão da coisa” RES DERELICTA “coisa abandonada” RES NULLIUS “coisa sem dono” – ocupação// o bem precisa estar abandonado. 2- Modo derivado Há relação com o anterior e o atual possuidor. Pode ocorrer devido à sucessão, doação, compra e venda. Tradição → Tradição Real/Material - Quando o sujeito consegue “pegar a coisa com as mãos”, é a transferência física da coisa. → Tradição Simbólica – recebimento apenas das chaves do carro. → Tradição Ficta → Constituto Possessório necessita de “clausula constituti”. Quando o proprietário permanece no bem como locatário, a pessoa que comprou o bem se compromete a alugar o imóvel para a pessoa que vendeu. → Traditio “brevi manu”: o locatário passa a ser proprietário. Obstáculos para Aquisição da Posse Verifica-se o estágio final da detenção. Enquanto a violência e a clandestinidade não cessam, estamos diante da detenção. O ato de violência cessa 7 quando o proprietário abre mão da posse, e o ato de clandestinidade cessa e ocorre a transmudação de detenção para posse. A clandestinidade cessa quando o proprietário está ciente da invasão, ou besta que exista possibilidade de tomar ciência. É importante saber quando cessa a violência e a clandestinidade. Detenção – esbulhador (invasor) não pode fazer absolutamente nada no sentido de mover ação possessória ou usucapião, deve simplesmente sair do imóvel. No momento em que se torna possuidor, pode mover ações possessórias, pode adquirir propriedade pela usucapião (pode defender a posse contra o antigo proprietário – Ação Possessória). Essa posse será injusta porque houve violência. Posse Velha: se o esbulhador está há mais de 1 ano e 1 dia, pode ser mantido liminarmente em face do proprietário. Melhor Posse (em relação à coletividade): no momento em que o esbulhador tem a posse. Sucessão na Posse 1- Sucessão Mortis Causa/Sucessio Possessionis Art. 1207 e 1206/CC Ocorre a titulo universal, com relação a todos os bens do de cujus. SEMPRE continuará de direito (compulsoriamente), para não continuar a posse, só renunciando a herança. A posse se transmite aos herdeiros. 2- Acessio, União/ Acessio Possessionis Art. 1207 e 1206/CC Ocorre a titulo singular nos casos de legatário e testamentário, onde os bens a receber já estão definidos. Pode ocorrer também em sucessão intervivos através de doação ou compra e venda. Há faculdade de unir a posse atual com a posse do antecessor, a posse nova sempre será de boa-fé se não unir. ! A usucapião se transmite aos herdeiros, se torna proprietário se comprovar os requisitos. 8 Perda da Posse Art. 1223/CC 1- Abandono – quando há renúncia que leva a perda da posse. Não se pode confundir com o “não uso”. Ocorre quando outra pessoa se apropria em definitivo. 2- Tradição – entrega do bem 3- Perda propriamente dita da coisa – ocorre somente em bens moveis 4- Destruição da Coisa Acontecimento natural – raio atinge as cabeças de gado; Fato próprio do possuidor – acidente de carro com perda total; Fato de terceiros. 5- Colocação fora do mercado/comércio – quando a vigilância sanitária confisca alimentos 6- Pela posse de outrem – enquanto não cessa o ato de violência ou a clandestinidade. Art. 1224 Art. 1209 – presunção relativa “jus tantum” Efeitos da Posse 1- Direito de Invocar Interdito Possessório Ação Possessória = Interdito Possessório. Apenas o possuidor se beneficia. Interditos Possessórios A - Ação de Manutenção da Posse = TURBAÇÃO Visa manter/permanecer/continuar na posse quem já está na mesma, mas tem um restrição de exercer a posse. B - Ação de Reintegração de Posse = ESBULHO Visa restituir/recolocar quem está fora da posse e tem privação de exercer a mesma. 9 C - Interdito Proibitório = AMEAÇA Art. 567/NCPC: O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito. Ação cabível em casos de ameaça iminente de ocorrer Esbulho ou Turbação. Turbação: ato que dificulta o livre exercício da posse – há uma RESTRIÇÃO do exercício da posse. Esbulho: ato que impossibilita o exercício da posse – há uma PRIVAÇÃO. Ex. invasão. Ameaça: quando há IMINÊNCIA de ocorrer o esbulho ou a turbação. Ações Afins aos Interditos Possessórios Ação de Nunciação de Obra Nova: Embargar obras. Exemplo: quando o vizinho começa a fazer janela no muro – deve ter distância de 1m e 30 cm para ser legal. Ação Demolitória: Exemplo: quando o vizinho já fez janela no muro. Ação Caução de Dano Infecto: Exemplo: quando há infiltrações vindas do vizinho. Embargos de Terceiros: Art. 674/NCPC TURBAÇÃO ESBULHO AMEAÇA Característica Restrição Privação Iminência de Turbação ou Esbulho Tipo de Ação Manutenção da Posse Reintegração de Posse Interdito Proibitório Efeito da Tutela Mandamental Executiva lato sensu Mandamental proibitória 10 2- Direito de utilizar a própria força física para defender a posse Permite a autotutela para defender a posse – Art. 1.210, §1º/CC: é possível a utilização de arma de fogo. Na clandestinidade, quando tomar ciência, é possível a autotutela. Requisitos da Autotutela Moderação Imediatidade Obs.: se não houver exercício arbitrário das próprias razões – Art. 345/CP Espécies de Autotutela Legítima Defesa: será possível quando estivermos diante de uma Turbação Desforço Imediato: será possível quando estivermos diante de um Esbulho 3- Outros Efeitos a) Percepção dos Frutos Art. 92/CC: a regra é que o dono dos frutos é aquele que tem o principal, mas nem sempre acontece (possuidor de boa- fé). Frutos – aquilo que se origina do bem. São utilidades que uma coisa produz periodicamente, são acessórios que se retiram da coisa, e que tem capacidade renovatória. Frutos Pendentes: serão percebidos no futuro. Frutos Percebidos: já colhidos. Espécies de Frutos Naturais – cereais, crias de animais ... Industriais – feitos pela mão do Homem; Civis – aluguel. 11 Possuidor de Boa-Fé (Art. 1214/CC) Possuidor de Má-Fé (Art. 1216/CC) Frutos colhidos/percebidos Não faz jus a frutos Deve restituir frutos pendentes e frutos colhidos com antecipação Responde por frutos colhidos e aqueles que deixou de perceber (culpa). Recebe despesas de produção e custeio Recebe despesas de produção e custeio Momento da restituição: ao tempo que cessar a boa-fé, depois de receber as despesas. Momento que responde: desde o momento em que se constituiu a má-fé. b) Responsabilidade pela perda ou deterioração da Coisa Art. 1.217/CC o possuidor de boa-fé não restituirá, mas se agir com culpa ou dolo sim. Art. 1.218/CC o possuidor de má-fé responde, ainda que acidentais. Ressalva-se que, a menos que prove que o mesmo aconteceria com o reivindicante. c) Indenização pelas benfeitorias e Direito de Retenção São melhorias em casa já existente. Art. 96/CC: As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitualdo bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Benfeitorias ≠ Pertenças e Acessão Pertenças Acessão Bens acessórios que não aderem à coisa Construção/plantação Art. 1.219/CC: o possuidor de boa-fé tem direito a indenização por benfeitorias necessárias e úteis, em relação às voluptuárias, tem direito a 12 levantá-las caso não acarrete dano à coisa. Direito de Retenção É exclusivo do possuidor de boa-fé. O possuidor tem a faculdade de reter o bem enquanto ele aguarda a indenização de benfeitorias necessárias e úteis. Ações Possessórias na Técnica do Novo CPC 1. Fungibilidade das Ações Possessórias Art. 554/NCPC: A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. § 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. § 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados. § 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1º e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. “O art. 554, caput, preserva a ‘fungibilidade’ entre as ‘ações possessórias’. Os três novos parágrafos estabelecem regras a serem observadas na citação ‘no caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas’, sem prejuízo da oitiva do Ministério Público e, se for o caso, da Defensoria Pública.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 377). 13 2. Legitimidade das Partes 2.1. Legitimidade Ativa Art. 560/NCPC: O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. 2.2. Legitimidade Passiva Art. 1.212/CC: O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização, contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era. 3. Provas Art. 561/NCPC: Incumbe ao autor provar: I – a sua posse; II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III – a data da turbação ou do esbulho; IV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração. Art. 560/NCPC: O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. 4. Procedimentos 4.1. Ação de Força Nova – Liminar Menos de 1 ano e 1 dia. 4.2. Ação de Força Velha – Procedimento Comum Mais de 1 ano e 1 dia. 4.3. Conversão de Ação Possessória em Ação Indenizatória 14 Art. 555/NCPC: É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I – condenação em perdas e danos; II – indenização dos frutos. Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para: I – evitar nova turbação ou esbulho; II – cumprir-se a tutela provisória ou final. 4.4. Contestação Art. 556/NCPC: É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. Não existe reconvenção nas Ações Possessórias, deve ser postulada na contestação a proteção possessória (tem caráter dúplice). Porém, se o réu não solicitar em contestação, não será considerado, tendo em vista que a ação não tem caráter dúplice por natureza. 4.5. Ação Petitória Art. 557/NCPC: Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa. Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa. (exceptio proprietatis) Exceptio Proprietatis Art. 1210, §2º/CC: O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e 15 segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. § 2º Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. Art. 557, §ú/NCPC: Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa. (exceptio proprietatis) Direitos Reais: relação jurídica em que o titular do Direito Real pode retirar da coisa as suas utilidades. É a utilidade que a coisa produz. Classificação dos Direitos Reais 1- Direito Real sobre a coisa própria – “Ius in re propria” Ex.: Direito Real de Propriedade. 2- Direito Real sobre coisa alheia – “Ius in re aliena” 2.1- Gozo/Fruição O titular tem o objetivo de gozar da coisa alheia. Ex.: superfície, servidões, usufruto, uso e habitação. 2.2- À aquisição Direito de adquirir coisa alheia. “Direito do promitente comprador do imóvel” 2.3- De garantia Penhor, hipoteca e anticrese. Características dos Direitos Reais 1- Limitado Tem tipificação em lei. O Art. 1.225/CC é um rol exemplificativo, nele constam os direitos reais mais importantes nas tem outros previstos em leis esparsas. 16 Na alienação, se transmite a propriedade para garantir a obrigação sem que perca a posse e se resolve no momento da quitação. Ex.: Lei da Alienação Fiduciária de Bens imóveis – 9154/97 2- Adere à coisa Pode ser transmitido, mas continuará. 3- “Ius Persequendi” Direito de sequela devido a oponibilidade erga omnes. 4- Provido de Ações Reais/Ações Reipersecutórias Solicitar certidão reipersecutória. 5- Oponibilidade “erga omnes” Toda a coletividade deve respeitar. 6- Estabelece preferência “ius praeferendi” Para o credor com garantia real Art. 961/CC: O crédito real prefere ao pessoal de qualquer espécie; o crédito pessoal privilegiado, ao simples; e o privilégio especial, ao geral. ! Exceção: Art. 102/CC – Lei de Falências Figuras Híbridas São aquelas obrigações que se situam entre direito obrigacional e direito real. 1- Obrigação “propter rem” “ob rem” “in rem” “ambulatória” É a obrigação própria da coisa, quem se obriga a pagar é o sujeito. Art. 1.277/CC: O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha. Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança. 17 2- Ônus Reais Hipoteca, Penhor. Obriga a coisa. 3- Obrigação com Eficácia Real Na obrigação com eficácia real, sem perder seu caráter de direito a uma prestação, há a possibilidade de oponibilidade a terceiros, quando houver anotação preventiva no registro imobiliário, como, porexemplo, nos casos de locação e compromisso de venda, de acordo com o que estabelece o art. 8º da Lei 8.245/91. Art. 8º: Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar o contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupação, salvo se a locação for por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de alienação e estiver averbado junto à matrícula do imóvel. §1º Idêntico direito terá o promissário comprador e o promissário cessionário, em caráter irrevogável, com imissão na posse do imóvel e título registrado junto à matrícula do mesmo. §2º A denúncia deverá ser exercitada no prazo de noventa dias contados do registro da venda ou do compromisso, presumindo - se, após esse prazo, a concordância na manutenção da locação. Direito Obrigacional Direito Real ↓ ↓ Direito Relativo Direito Absoluto ↓ ↓ Efeito interpartes (Sujeito Ativo e Sujeito Passivo) Efeito Erga Omnes 18 Propriedade Art. 1.228/CC – (poderes inerentes ao proprietário.) Art. 1.228: O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. Uso – “jus utendi” O uso é a faculdade que o proprietário tem de servir-se da coisa sem alterar a substância. Ex.: locação Gozo – “jus fruendi” Servir-se da coisa e pode alterar a substância. Ex.: locação. Disposição – “jus abutendi” Pode dispor da coisa dentro dos limites legais, há a ideia de venda, permuta, doação, troca. “faço o que quiser dentro dos limites legais” * Reivindicação – “rei vindicatio”* Direito de reaver, retomar a coisa em razão do direito de sequela – “ius persequendi”. É o poder mais importante do direito de propriedade. ! Se todos os poderes estiverem nas mãos de uma pessoa, caracteriza-se a propriedade plena, porém, se faltar algum poder, a propriedade é limitada (ex.: contrato de locação). Características do Direito de Propriedade Art. 1.231/CC: A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário. 1- Plena: o proprietário tem os quatro requisitos. Pode se dar em situações de condomínio. (é diferente de propriedade limitada). 2- Exclusiva: não anula a ideia de condomínio. Se existem duas pessoas proprietárias (condomínio), a posse é exclusiva dessas pessoas. 3- Direito Perpétuo/Irrevogável: a propriedade permanece se o proprietário vem a falecer e a propriedade passará aos herdeiros e não se perde a propriedade pelo não uso – Ex.: casa de praia que é utilizada somente para veraneio. 19 Espécies 1- Resolúvel: se extingue com a quitação da obrigação, quem está adquirindo se torna proprietário – Ex.: propriedade fiduciária. 2- Restrita/Limitada: o sujeito utiliza o bem para locação por exemplo. 3- Plena: o proprietário tem os quatro elementos em suas mãos. Meios de Defesa da Propriedade – Ações Petitórias 1- Ação Reivindicatória* (ataque) O proprietário ajuíza a ação devido à dificuldade de comprovar a propriedade e busca retomar o bem em detrimento à privação do exercício do direito de propriedade (esbulho). Há possibilidade de o réu alegar exceção da usucapião. Pressupostos: a- Titularidade o bem deve estar registrado, e não se comprovará por meio de formal de partilha, nem por sentença. b- Individuação da coisa o bem deve estar individualizado na matrícula. c- Posse Injusta do Réu é diferente da posse injusta do direito de posse porque não há vícios (clandestinidade, violência e precariedade). Art. 1.228: O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 2- Ação Negatória (defesa) Defensiva da integridade da propriedade, quando está em situação que limita aos poderes de propriedade. Visa negar a servidão. (turbação) Não há previsão legal para este tipo de ação. 3- Ação de Imissão na Posse Ex.: compra de imóvel em leilão – basta o contrato para ingressar com a ação. É o proprietário que deve ajuizar ação, o réu só pode discutir a validade do titulo/contrato, não pode ser falado em usucapião. A defesa do réu é bem mais restrita que na ação reivindicatória, onde existe a possibilidade de alegar exceção da usucapião. 20 Descoberta Art. 1.223 – 1.237/CC A descoberta é a restituição da coisa para o dono. “Achado não é roubado” não existe - Art. 1.237/CC. Recompensa – o descobridor tem direito a recompensa, de no mínimo, 5% do valor da coisa. Art. 1.234, caput/CC. Modos de aquisição da propriedade Modo Originário Modo Derivado Não tem transmissão do domínio, não há relação negocial, não existe relação entre o antigo e o atual proprietário. Há transmissão do domínio, há relação negocial, existe relação entre o antigo e o atual proprietário. Ex.: usucapião, acessão. Ex.: registro de título, sucessão “mortis causa”. Aquisição de Modo Derivado – Propriedade Imóvel (Bem de Raiz) 1- Direito Hereditário Fundamento: Art. 1.784/CC: Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. (Princípio Saisine). Obs.: a formal de partilha deve estar registrada para comprovar a propriedade. 2- Registro do Título Fundamento Art. 1.245/CC: Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. ↑Título translativo é aquele que está apto à transmissão do domínio (bens imóveis). ↑ Para bens móveis, basta a tradição. ↓ Fundamento: Art. 1.267/CC: A propriedade das 21 coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico. Formalidades: Art. 108/CC: Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. 2.1- Características do Registro 1- Vinculação do conteúdo do titulo com o registro Se anular um título, o registro também será anulado. 2- Relatividade da presunção de propriedade Admite prova em contrário – “iuris tantum”. Se há registro de um titulo em meu nome, presume-se que eu sou a proprietária – a presunção é relativa. Art. 1245, §2º/CC: Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel. 2.2- Atributos do Registro 1- Constitutividade Constitui o direito de propriedade com efeito ex nunc. Art. 1.245, §1º/CC: Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. 22 2- Prioridade Prenotação → qualificação registral→ nota de devolução→ registro Entre a prenotação e o registro, não importa o tempo que passou (ex tunc). 3- Especificidade No registro precisa haver uma descrição precisa do bem. Art. 225/LRP 2.3- Princípios do Registro 1- Princípio da Publicidade Art. 17/LRP O registro confere a publicidade das transações imobiliárias. Além de dar publicidade, o registro constitui. 2- Princípio da Força ProbanteArt. 1.245/CC – “Fé Pública” Presunção relativa de probidade, veracidade. Tudo o que contém no registro é verdadeiro. 3- Princípio da Territorialidade Art. 169/LRP O registro deve ser realizado onde o imóvel se localiza. - Escritura Pública: é a forma pela qual se formaliza a compra e venda. Se o imóvel custa mais de 30 salários mínimos deve ser feita a escritura pública, imóvel que custa menos de 30 salários, basta o contrato particular. 4- Princípio da Continuidade Art. 212/LRP e Art. 1.247/CC Deve ser transferida na cadeia imobiliária e é possível a retificação do registro. 23 2.4- Conceitos Registrais 1- Matrícula Contém todo o histórico do bem: alienação, constrição, transformação. 2- Registro Quando há um ato de disposição de propriedade ou constituição de direito real. 3- Averbação Informação secundária que não modifica/altera a existência do registro. Usucapião É uma forma de aquisição da propriedade de modo originário de bens imóveis. Modo Originário: Quando não existe relação jurídica com o anterior e com o atual possuidor. “apreensão da coisa” RES DERELICTA “coisa abandonada” RES NULLIUS “coisa sem dono” – ocupação// o bem precisa estar abandonado. Prescrição aquisitiva Art. 1.244/CC Deve ter tempo, perdendo certa pretensão com prescrição extintiva. ! Art. 198/CC – não há prescrição contra absolutamente incapaz. A favor de menor incapaz ocorre a prescrição. 1- Espécies da Usucapião a. Usucapião Extraordinária Art. 1.238/CC – 15 anos Quanto maior o prazo, menos requisitos. Quanto menor o prazo, mais requisitos. Art. 1.238 §ú/CC – 10 anos 24 Requisitos: Cumprimento da função social Posse pro labore É indispensável justo título e boa fé b. Usucapião Ordinária Art. 1.242/CC – 10 anos Requisitos: Justo título e boa fé Justo título é o instrumento que conduz um possuidor a iludir-se por acreditar que ele lhe outorga a condição de proprietário. Trata-se de um título que, em tese, apresenta-se como instrumento formalmente idôneo a transferir a propriedade, malgrado apresente algum defeito que impeça a sua aquisição. Em outras palavras, é o ato translativo inapto a transferir a propriedade por padecer de um vício de natureza formal ou substancial. (fonte: http://www.cartaforense.com.br/conteudo/artigos/o-significado- do-justo-titulo/13953) Art.1242 § ú/CC – 5 anos b.1- Usucapião Tabular: se dá quando estamos diante de um contrato. Pode ser anulado e haverá cancelamento do título em casos de problema de registro. c. Usucapião Especial c.1- Usucapião Urbana Art. 183/CF e Art. 1.240/CC – 5 anos Requisitos: Prazo de 5 anos Até 250 m² - terreno e construção (não é a soma do terreno e da construção) Necessidade de moradia – “pessoa jurídica pode? Não, porque pessoa jurídica não mora, se estabelece” Não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural 25 Não é possível falar em acessio possessionis e sucessio possessionis porque tem requisitos personalíssimos. Acessio Possessionis: Ocorre a titulo singular nos casos de legatário e testamentário, onde os bens a receber já estão definidos. Pode ocorrer também em sucessão intervivos através de doação ou compra e venda. Há faculdade de unir a posse atual com a posse do antecessor, a posse nova sempre será de boa-fé se não unir. ! A usucapião se transmite aos herdeiros, se torna proprietário se comprovar os requisitos. Sucessio Possessionis: Ocorre a titulo universal, com relação a todos os bens do de cujus. SEMPRE continuará de direito (compulsoriamente), para não continuar a posse, só renunciando a herança. A posse se transmite aos herdeiros. Posse contínua Posse mansa e pacífica Dispensa o justo título e a boa fé, por isso, pode haver invasão Posse ad usucapionem Permite a propriedade em razão da usucapião. É a única posse que segue a teoria subjetiva de Savigny: Corpus + Animus Domini e que precisa comprovar a conduta de dono. c.1.1 – Usucapião Urbana Individual Lei nº 10.257/2001 – Art. 9º e Art. 1.240/CCB Área urbana/edificação urbana = direito real de superfície. c.1.2 – Usucapião Urbana Coletiva Lei nº 10.257/2001 – Art. 10 26 O objetivo é para que haja regularização fundiária. Ocorre em grandes aglomerados dentro da cidade (favelas). Deve ser em terras particulares porque não há possibilidade da usucapião em terras que sejam do estado, por exemplo. c.2- Usucapião Rural Art. 191/CFRB e Art. 1.239/CCB Requisitos: Prazo de 5 anos Até 50 hectares de extensão Posse contínua Posse mansa/pacífica Usada para moradia E pro labore Tem função social, posse qualificada e gera benefícios. Pro labore: Tem função social, posse qualificada e gera benefícios. Não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural Dispensa justo título e boa-fé Não admite acessio possessionis e sucessio possessionis c.3- Usucapião Familiar ! não existe em área rural Art. 1.240-A/CCB e Lei nº 12.424/2011 Requisitos: 2 anos – deve ser comprovado abandono do lar do seu cônjuge ou de seu companheiro; Deve ser coproprietário (não pode ser apenas possuidor)– almeja os outros 50% da propriedade; Não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural; Usada para moradia; 27 Área urbana de até 250m²; Não admite acessio possessionis e sucessio possessionis; Art. 1.240-A, §ú/CCB Pode postular a usucapião familiar apenas uma vez na vida Pressupostos Gerais da Usucapião 1 – Coisa hábil ou suscetível de ser usucapida – imóveis particulares Art. 102/CCB e Art. 191 §ú/CFRB; 2 – Posse “ad usucapionem”; 3 – Posse contínua ou ininterrupta – a interrupção acarreta na recontagem da posse; 4 – Posse sem oposição do proprietário – mansa e pacífica; 5 – Tempo; 6 – Justo Título e Boa-Fé (somente para a Usucapião Ordinária). Pelo NCPC não há mais ação declaratória de usucapião. O art. 1071/CCB incluiu o art. 216-A na LRP – Lei nº 6015/73. A ata notarial dá a certeza de que aquilo que está no documento é verdadeiro. Art. 1.071/CCB - Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: I - a aprovação das contas da administração; II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; III - a destituição dos administradores; IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato; V - a modificação do contrato social; VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação; VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas; VIII - o pedido de concordata. 28 Acessão É uma forma de aquisição de modo originário de bem imóvel. ! O acessório segue o principal. Requisitos: 1- Conjunção de duas coisas até então separadas; 2- Caráter acessório de uma das coisas em relação a outra. Tipos de Acessão a) Natural Formação de ilhas - Art. 1.249/CCB Cada um tem uma parte da proporção da ilha. Acessão por aluvião – Art. 1.250/CCB Ocorre devagar. É o desprendimento de terras que ocorre por força da natureza e do tempo, não tem direito a indenização somente se ocorrer por trabalho humano. *Aluvião Imprópria – CCB/16 – quando o rio baixa e i leito desce acrescentando terras do outro lado: NÃOHÁ COMO ADQUIRIR A PROPRIEDADE – CCB/2002 – hoje tem como adquirir a propriedade, porém é interpretativa, não tem previsão legal. Avulsão – Art. 1.251/CCB Desprendimento da propriedade do “a” para a propriedade do “b”. Há indenização por prazo decadencial de 1 ano. Abandono de álvio – Art. 1.252/CCB Quando é verificado uma mudança no curso do rio, há possibilidade de indenização. As terras são descobertas por força da natureza. 29 b) Física Construções ou plantações – Art. 1.254 a Art. 1.257/CCB Presunção de que o dono da construção é o dono do principal. Invasão do solo alheio por construção Art. 1.258 ao Art. 1.259/CCB O construtor de boa-fé indeniza o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente. Já o construtor de má-fé se não puder destruir, terá de indenizar o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente, multiplicando por 10 o valor da perda do solo alheio (Art. 1.258/CCB). Usucapião de bem móvel Art. 1.260/CCB – usucapião ordinária Prazo: 3 anos Requisitos: justo título e boa-fé Art. 1.261/CCB – usucapião extraordinária Prazo: 5 anos Dispensa o justo título e a boa-fé – moto e carro podem ser usucapidos Art. 1.262/CCB – possibilita o acessio e o sucessio Art. 1.263/CCB – ocupação Utiliza o bem que não tem dono “RES NULLIUS” – coisa sem dono “RES DERELICTA” – coisa abandonada Art. 1.264/CCB Perda de propriedade
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