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SUPORTE VENTILATÓRIO INVASIVO Acadêmica: Mariane Slompo de Lima Supervisora: Christiane Riedi Daniel DEFINIÇÃO Método artificial para manutenção da ventilação em pacientes impossibilitados de respirar espontaneamente: Insuficiência respiratória aguda; Insuficiência respiratória crônica agudizada. OBJETIVOS Manutenção das trocas gasosas; Correção da hipoxemia (SatO2 acima 90%); Correção da acidose respiratória associada à hipercapnia; Aliviar o trabalho da musculatura respiratória; Reduzir pressão intracraniana: Em pacientes onde a pressão intra-craniana (PIC) é elevada, faz-se necessário estratégias ventilatórias protetoras do sistema nervoso central. OBJETIVOS Reverter ou prevenir atelectasias; Estabilizar parede torácica: Pacientes com múltiplas fraturas de arcos costais e esterno necessitam de ventilação mecânica, tanto para estabilizar a caixa torácica como para manter a frequência respiratória durante a analgesia intensa, caso haja depressão do drive ventilatório. Reduzir o consumo de oxigênio em condições graves de baixa perfusão; Permitir a aplicação de terapêuticas específicas. INDICAÇÕES Hipoxemia severa, com uma PaO2<60 mmHg (ou SatO2<90%); Hipercapinia com níveis arteriais de gás carbônico maiores que 55 mmHg; Lesão pulmonar aguda; Síndrome da Angústia Respiratória Aguda; Reanimação cardiorrespiratória; INDICAÇÕES Infecções pulmonares extensas; Neoplasias pulmonares ou extrapulmonares; Doenças neuromusculares; Instabilidade hemodinâmica; Nível de consciência rebaixado (Glasgow < 8). CLASSIFICAÇÃO VMNI; VMI: Ventilação artificial é conseguida com a aplicação de pressão positiva nas vias aéreas; VMI utiliza-se uma prótese introduzida na via aérea: TOT; TNT – menos comum; Cânula de traqueostomia. CICLO VENTILATÓRIO - Fase Inspiratória; - Ciclagem; - Fase Expiratória; - Disparo. VARIÁVEIS DURANTE O CICLO RESPIRATÓRIO VOLUME (ml ou l) Quantidade de gás que o pulmão acomoda até o final da inspiração. FLUXO (l/min) Velocidade de entrada do ar. PRESSÃO (cmH2O) É a tensão que as moléculas de gás exercem dentro do pulmão. CLASSIFICAÇÃO DOS VENTILADORES Ciclados a pressão: Trabalha até atingir a pressão inspiratória pré- estabelecida; PRESSÃO fixa; VOLUME CORRENTE variável; Quando a pressão atinge um valor pré-fixado; Interrompe-se a inspiração: Independentemente do tempo inspiratório; Independentemente volume de ar enviado para os pulmões. CLASSIFICAÇÃO DOS VENTILADORES Ciclados a volume: Oferece VC até atingir o volume pré estabelecido; VOLUME CORRENTE fixo; PRESSÃO variável; Volume de ar é cessado assim que o fluxômetro interno do aparelho detecta quando o volume pré-estabelecido foi alcançado. Ciclados a tempo: A inspiração e expiração ocorrem após um período de tempo pré determinado; Uso limitado, mais utilizado em crianças. MODOS VENTILATÓRIOS Controlado Paciente não tem autonomia ventilatória alguma. Assistido Paciente não tem autonomia ventilatória, porém é capaz de disparar o ventilador mecânico. Espontâneo Paciente tem autonomia ventilatória, mas ainda pode receber um suporte pressórico, mesmo que seja mínimo. MODALIDADES VENTILATÓRIAS Processo pelo qual o ventilador mecânico determina (seja parcial ou totalmente) como e quando os ciclos respiratórios mecânicos são ofertados ao paciente; Determina substancialmente o padrão respiratório do paciente durante a ventilação mecânica. MODALIDADES VENTILATÓRIAS A/C, VCV – Assistido/controlado a volume; A/C, PCV – Assistido/controlado por pressão; PSV – Ventilação com pressão de suporte; SIMV – Ventilação mandatória intermitente sincronizada. MODALIDADES VENTILATÓRIAS 1 -Ventilação assisto/controlado a volume (VCV): Ventilador libera uma pressão positiva para um volume corrente pré-determinado; Assistida: em resposta ao esforço do paciente; Controlada: caso o paciente não apresente nenhum esforço respiratório. MODALIDADES VENTILATÓRIAS 1 - Ventilação assisto/controlado a volume (VCV): Vantagens: Controle do volume corrente; Controle da PaO2. Desvantagem: Não tem controle sobre as pressões inspiratórias. MODALIDADES VENTILATÓRIAS 2 - Ventilação assistido/controlado por pressão (PCV): Paciente recebe uma pressão pré-programada por um tempo específico; Volume corrente deve ser monitorizado de forma continua: Obtido de forma indireta; Pode variar conforme as mudanças de resistência das vias aéreas ou da complacência do sistema respiratório. MODALIDADES VENTILATÓRIAS 2 - Ventilação assistido/controlado por pressão (PCV): Vantagens: Limita a pressão aplicada aos alvéolos ; Fluxo variável – melhor sincronismo; Gera um maior recrutamento alveolar. Desvantagens: Volume corrente não é garantido (hipoventilação). MODALIDADES VENTILATÓRIAS 3 - Ventilação com pressão de suporte (PSV): Nível de pressão pré-estabelecida é enviado ao paciente assim que o ventilador reconhece o inicio da inspiração espontânea; Costuma ser usado no período pré-desmame, onde se reduz a PS gradualmente. MODALIDADES VENTILATÓRIAS 3 - Ventilação com pressão de suporte (PSV): Vantagens: Auxilia no desmame do ventilador; Melhor sincronismo entre pacientes e ventilador. Desvantagens: Volume corrente não é garantido; Requer atividade respiratória do paciente. MODALIDADES VENTILATÓRIAS 4 - Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV): Combina modos A/C com períodos de ventilação espontânea; Vantagens: Melhor sincronismo paciente-ventilador; Menor necessidade de sedação; Menor índice de alcalose respiratória. PARÂMETROS DAVENTILAÇÃO MECÂNICA: Fração inspirada de oxigênio (FiO2 ): É a concentração inspirada de oxigênio fornecida pelo respirador; No início da ventilação mecânica costuma ser igual a 100%; Com estabilização do paciente, a FiO2 sempre que possível deve ser reduzida para um valor menor que 50% : Evitar a toxicidade pelo oxigênio. PARÂMETROS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: Volume Corrente: Dependera do conhecimento da doença de base, podendo variar: Rotina: 7 – 8 ml/kg SARA: 4 – 6 ml/kg DPOC: 5 – 8 ml/kg Volumes correntes elevados aumentam as pressões nas vias aéreas e podem causar volutrauma. PARÂMETROS DAVENTILAÇÃO MECÂNICA: Frequência Respiratória: A frequência respiratória inicial costuma ser em torno de 12 rpm, devendo ser ajustada posteriormente em função de dados gasométricos. Pressão Inspiratória: No modo pressóricos manterníveis que proporcionem a manutenção do volume minuto de 5 – 6 l/min. PARÂMETROS DAVENTILAÇÃO MECÂNICA: PEEP: Pressão expiratória positiva final. PEEP = 5 cmHO2 – impede colabamento alveolar; PEEP > 8 cmHO2 – melhora oxigenação; PEEP > 12 cmHO2 – repercussões hemodinâmicas. PARÂMETROS DAVENTILAÇÃO MECÂNICA: Efeitos benéficos da PEEP: Evita o colapso alveolar; Diminui shunt pulmonar e hipoxemia; Melhora a troca gasosa alvéolo-capilar; Melhora oferta de oxigênio para os tecidos ; Diminui a necessidade de ventilação com altas FiO2; Redução do trabalho respiratório. Efeitos indesejáveis da PEEP: Barotrauma; Hipertensão intracraniana (HIC); Rompimento de bolhas DPOC. PARÂMETROS DAVENTILAÇÃO MECÂNICA: Pressões de vias aéreas: As pressões de platô devem ser mantidas abaixo de 30- 35cmH2O, para reduzir a possibilidade de hiperinsuflação alveolar , baro e volutrauma. Em pacientes obesos, com ascite, distensão abdominal ou outras situações de redução da complacência da parede torácica, níveis um pouco mais elevados, de até 40cmH2O, poderiam ser aceitos. As pressões de pico devem, preferencialmente, ser mantidas abaixo de 40cmH2O. PARÂMETROS DAVENTILAÇÃO MECÂNICA: Fluxos inspiratório: É a velocidade com que a mistura gasosa é administrada pelo ventilador durante a inspiração. PARÂMETROS DAVENTILAÇÃO MECÂNICA Relação inspiração/expiração (I/E): A relação I/E usualmente estabelecida no início da ventilação mecânica é de 1:2; Em pacientes com obstrução do fluxo expiratório e hiperinsuflação, podem ser recomendadas relações I/E maiores (1:3 ou 1:4) para aumentar o tempo expiratório e reduzir a PEEP intrínseca. PARÂMETROS DAVENTILAÇÃO MECÂNICA: Sensibilidade: A sensibilidade é considerada como o nível de esforço necessário do paciente para deflagrar uma nova inspiração assistida pelo ventilador; A sensibilidade inicialmente definida costuma ser de 2 cmH2O (varia: 0,5 a 2 cmH2O);
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