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Prof a Rita de Cassia S. Paz 1 Func¸o˜es de duas varia´veis reais a valores reais Uma func¸a˜o f de duas varia´veis x e y com domı´nio D ⊂ R2 e´ uma regra que associa a cada ponto (x, y) ∈ D um nu´mero real z = f(x, y). Exemplos: a) Seja f : R2 −→ R definida por f(x, y) = 2x+x2y3. Calcule f(1, 0), f(0, 1), f(−2, 3) e f(a + 1, b). b) Um estudo da demanda de leite feito por R.Frisch e T. Haavelmo encontrou a relac¸a˜o: x = A r2,08 p1,5 (A e´ uma constante positiva) onde x e´ o consumo de leite, p e´ seu prec¸o relativo e r e´ a renda por famı´lia. Essa equac¸a˜o define x como func¸a˜o de p e r. Note que o consumo de leite aumenta quando r cresce e diminui quando o prec¸o aumenta, o que e´ razoa´vel. c) Uma func¸a˜o de duas varia´veis que aparece em muitos modelos econoˆmicos e´: f(x, y) = Axayb (A, a, b constantes) Esta func¸a˜o se chama func¸a˜o de Cobb-Douglas. Observe que a func¸a˜o do exemplo anterior e´ uma func¸a˜o de Cobb-Douglas, porque pode ser escrita da forma x = Ap−1,5r2,08. d) Func¸o˜es de demanda: Se existem dois bens relacionados (concorrentes ou complementares) para os quais as quantidades demandadas sa˜o x e y e os respectivos prec¸os sa˜o p e q, enta˜o as func¸o˜es de demanda podem ser representadas por: x = f(p, q) y = g(p, q) e) Func¸o˜es de utilidade: Considere o caso em que as compras do consumidor sa˜o limitadas a alimento (A) e vestua´rio (V ) e a func¸a˜o utilidade de um indiv´ıduo e´: u(A, V ) = AV u e´ func¸a˜o das varia´veis A e V . f) Func¸o˜es de produc¸a˜o: A produc¸a˜o da maior parte dos bens requer o em- prego de ao menos 2 insumos. Por exemplo: trabalho, terra, capital, ma- teriais, ma´quinas, etc. Suponhamos que a produc¸a˜o seja determinada por Prof a Rita de Cassia S. Paz 2 quantidades de capital (K) e trabalho (L) empregadas, enta˜o, podemos es- crever uma func¸a˜o de produc¸a˜o na forma geral q = F (K,L) Domı´nio de uma func¸a˜o de duas varia´veis O domı´nio de uma func¸a˜o de duas varia´veis e´ um subconjunto do R2. Exemplos: Represente graficamente o domı´nio da func¸a˜o f dada. a) f(x, y) = x+y x−y b) f(x, y) = √ y − x c) f(x, y) = x−y√ 1−x2−y2 d) f(x, y) = ln(x2 − y) Gra´ficos e curvas de n´ıvel Seja z = f(x, y), (x, y) ∈ D, uma func¸a˜o real de duas varia´veis reais. O conjunto Gf = {(x, y, z) ∈ R3/z = f(x, y), (x, y) ∈ D} chama-se gra´fico de f . O gra´fico de f e´ uma superf´ıcie no R3. Para ajudar a fazer o gra´fico usamos as curvas de n´ıvel. Sejam z = f(x, y) uma func¸a˜o e c ∈ Imf . O conjunto de todos os pontos (x, y) ∈ D tais que f(x, y) = c denomina-se curva de n´ıvel de f correspon- dente ao n´ıvel z = c. Obs: As curvas de n´ıvel na˜o se intersectam. Exemplos: 1) Desenhe as curvas de n´ıvel e esboce o gra´fico das func¸o˜es. a) f(x, y) = x2 + y2 b) f(x, y) = √ 1− x2 − y2 c) f(x, y) = xy 2) Seja q = F (K,L) uma func¸a˜o de produc¸a˜o, onde q e´ a quantidade produ- zida de um bem, K e´ o capital e L e´ o trabalho. Enta˜o as curvas de n´ıvel F (K,L) = c = constante sa˜o denominadas curvas de produto constante, cur- vas de igual produc¸a˜o ou isoquantas. 3) Seja u(A, V ) = AV a func¸a˜o utilidade de um indiv´ıduo, onde A representa alimento e V , vestua´rio. Enta˜o as curvas de n´ıvel u(A, V ) = c = contante sa˜o chamadas curvas de indiferenc¸a. Um conjunto de curvas de indiferenc¸a correspondentes a diferentes n´ıveis de utilidade constitui um mapa de indi- ferenc¸a. Prof a Rita de Cassia S. Paz 3 4) Seja a func¸a˜o custo total C(K,L) = wK + rL (w, r constantes) onde K e´ o capital e L o trabalho. A curva de n´ıvel wK+rL = c = constante e´ chamada linha de isocusto. Func¸o˜es de treˆs varia´veis reais a valores reais Uma func¸a˜o f de treˆs varia´veis x, y e z com domı´nio D ⊂ R3 e´ uma regra que associa a cada ponto (x, y, z) ∈ D um nu´mero real w = f(x, y, z). Exemplos: a) f(x, y, z) = xy + 2xz − y b) f(x, y, z) = xeyz Superf´ıcies de n´ıvel Seja c ∈ Imf . O conjunto {(x, y, z) ∈ D/f(x, y, z) = c} denomina-se superf´ıcie de n´ıvel correspondente ao n´ıvel w = c. Exemplos: Desenhe a superf´ıcie de n´ıvel correspondente a c = 1. a) f(x, y, z) = y b) f(x, y, z) = x2 + y2 + z2 Limite de func¸o˜es de duas varia´veis Intuitivamente, dizer que lim (x,y)→(a,b) f(x, y) = L significa que, quando (x, y) se aproxima de (a, b), a imagem f(x, y) se apro- xima de L. Exemplos: Calcule os limites, se existir. a) lim (x,y)→(1,2) (x2y3 − x3y2 + 3x + 2y) b) lim (x,y)→(0,0) x2−y2 x2+y2 c) lim (x,y)→(0,0) x2 x2+y2 O pro´ximo teorema nos da´ uma forma de verificar se um limite existe. Teorema: Se lim (x,y)→(a,b) f(x, y) = 0 e se |g(x, y)| ≤ M , para todo (x, y) 6= Prof a Rita de Cassia S. Paz 4 (a, b), enta˜o lim (x,y)→(a,b) f(x, y)g(x, y) = 0. Exemplos: Calcule os limites, se existir. a) lim (x,y)→(0,0) xsen ( 1 x2+y2 ) b) lim (x,y)→(0,0) x3 x2+y2 Continuidade de uma func¸a˜o de duas varia´veis Uma func¸a˜o f : D ⊂ R2 −→ R e´ cont´ınua em (a, b) ∈ D se lim (x,y)→(a,b) f(x, y) = f(a, b) Observe que o limite tem que existir e ser igual ao valor da func¸a˜o no ponto (a, b). Exemplos: a) A func¸a˜o f(x, y) = 3x2 + 2xy − 3y + 2 e´ cont´ınua em (1,−1)? Justifique sua resposta. b) A func¸a˜o f(x, y) = { x2−y2 x2+y2 , se (x, y) 6= (0, 0) 0 , se (x, y) = (0, 0) e´ cont´ınua em (0, 0)? Justifique. c) A func¸a˜o f(x, y) = { x3 x2+y2 , se (x, y) 6= (0, 0) 1 , se (x, y) = (0, 0) e´ cont´ınua em (0, 0)? Justifique. d) A func¸a˜o f(x, y) = { x3 x2+y2 , se (x, y) 6= (0, 0) 0 , se (x, y) = (0, 0) e´ cont´ınua em (0, 0)? Justifique. Derivadas parciais Sejam f : D ⊂ R2 −→ R e (a, b) ∈ D. Fixado b, podemos considerar a func¸a˜o g(x) = f(x, b). A derivada parcial de f , em relac¸a˜o a x, no ponto (a, b) e´ ∂f ∂x (a, b) = g′(a) = lim x→a g(x)− g(a) x− a = limx→a f(x, b)− f(a, b) x− a quando esse limite existe. ou, ainda, fazendo h = x− a: ∂f ∂x (a, b) = lim h→0 f(a + h, b)− f(a, b) h Prof a Rita de Cassia S. Paz 5 De modo ana´logo, fixado a, define-se a derivada parcial de f , em relac¸a˜o a y, no ponto (a, b): ∂f ∂y (a, b) = lim y→b f(a, y)− f(a, b) y − b quando esse limite existe. ou, ainda, fazendo h = y − b: ∂f ∂y (a, b) = lim h→0 f(a, b + h)− f(a, b) h Notac¸o˜es: Para a derivada da f em relac¸a˜o a x: ∂f ∂x (a, b) ou ∂z ∂x ∣∣∣∣∣ x = a y = b ou Dxf(a, b) ou fx(a, b). Para a derivada da f em relac¸a˜o a y: ∂f ∂y (a, b) ou ∂z ∂y ∣∣∣∣∣ x = a y = b ou Dyf(a, b) ou fy(a, b). Observe que ∂f ∂x e´ a taxa de variac¸a˜o de f(x, y), com relac¸a˜o a x, quando y e´ constante, e de forma ana´loga para ∂f ∂y . Portanto, para se calcular ∂f ∂x , deriva-se em relac¸a˜o a x, mantendo y cons- tante. Analogamente para ∂f ∂y . Exemplos: 1) Calcular as derivadas parciais das seguintes func¸o˜es: a) f(x, y) = x3y + x2y2 + x + y2 b) f(x, y) = xexy c) f(x, y) = x y d) f(x, y) = xy x2+y2 e) f(x, y) = ln(x2 + y2) f) f(x, y) = x √ 2x + y2 2) Dada a func¸a˜o x = Ap−1,5r2,08, calcular as derivadas parciais de x com relac¸a˜o a p e r, discutindo seus sinais. Prof a Rita de Cassia S. Paz 6 3) Seja f(x, y) = { x3−y2 x2+y2 , se (x, y) 6= (0, 0) 0 , se (x, y) = (0, 0) Existem ∂f ∂x (0, 0) e ∂f ∂y (0, 0)? Justifique. 4) Calcule ∂f ∂x (1, 0) e ∂f ∂y (1, 1), pela definic¸a˜o, sendo f(x, y) = x2 +y2−xy+2. 5) Dada a func¸a˜o f(x, y) = 3x+5xy−x2+y2−3, calcule ∂f ∂x (2, 1) e ∂f ∂y (1,−1). 6) Dada a func¸a˜o f(x, y) = { xy x2+y2 , se (x, y) 6= (0, 0) 0 , se (x, y) = (0, 0) Calcule ∂f ∂x e ∂f ∂y . f e´ cont´ınua em (0, 0)? Derivadas parciais de ordem superior Seja z = f(x, y), enta˜o ∂f ∂x e ∂f ∂y se chamam as derivadas parciais de primeiraordem. Essas derivadas parciais sa˜o, por sua vez, func¸o˜es de duas varia´veis. Portanto podemos calcular as derivadas parciais de ∂f ∂x e ∂f ∂y com relac¸a˜o a x e a y. As quatro func¸o˜es assim obtidas chamam-se derivadas parciais de segunda ordem de f e se designa por: ∂ ∂x ( ∂f ∂x ) = ∂ 2f ∂x2 ∂ ∂y ( ∂f ∂x ) = ∂ 2f ∂y∂x ∂ ∂x ( ∂f ∂y ) = ∂ 2f ∂x∂y ∂ ∂y ( ∂f ∂y ) = ∂ 2f ∂y2 Outras notac¸o˜es para derivadas parciais de segunda ordem: ∂2f ∂x2 = fxx = Dxxf ∂2f ∂x∂y = fxy = Dxyf ∂2f ∂y∂x = fyx = Dyxf ∂2f ∂y2 = fyy = Dyyf Exemplo: Determine as derivadas parciais de segunda ordem de f(x, y) = x3 + x2y3 − 2y2. Prof a Rita de Cassia S. Paz 7 No exemplo anterior, as derivadas parciais de segunda ordem cruzadas (ou mistas) ∂ 2f ∂x∂y e ∂ 2f ∂y∂x sa˜o iguais. Este sera´ o caso para a maioria das func¸o˜es z = f(x, y). O pro´ximo teorema nos da´ uma condic¸a˜o suficiente para que estas derivadas sejam iguais. Definic¸a˜o: Uma func¸a˜o z = f(x, y) e´ de classe Cn se todas as derivadas parciais de ordem menor ou igual que n existem e sa˜o cont´ınuas. Teorema: Se z = f(x, y) e´ de classe C2, enta˜o ∂2f ∂x∂y = ∂2f ∂y∂x De maneira similar, definimos as derivadas parciais terceiras, quartas, assim como as de ordem superiores. Por exemplo, escrevemos ∂ 3z ∂x∂y2 para indicar que derivamos z duas vezes em relac¸a˜o a y e depois derivamos o resultado em relac¸a˜o a x. Exemplos: a) Se f(x, y) = x3ey 2 , achar as derivadas parciais de primeira e segunda or- dem em (x, y) = (1, 0). b) Dada a func¸a˜o f(x, y) = { xy(x2−y2) x2+y2 , se (x, y) 6= (0, 0) 0 , se (x, y) = (0, 0) , mostre que ∂2f ∂x∂y (0, 0) = 1 e ∂ 2f ∂y∂x (0, 0) = −1. Porque isso na˜o contradiz o teorema acima? Aproximac¸o˜es das derivadas parciais Como ∂f ∂x e´ a derivada de f(x, y) com relac¸a˜o a x, considerando y constante, obtemos uma aproximac¸a˜o dessa derivada escrevendo: ∂f ∂x ≈ f(x + 1, y)− f(x, y) Analogamente: ∂f ∂y ≈ f(x, y + 1)− f(x, y) Em outras palavras: A derivada parcial ∂f ∂x e´ aproximadamente igual a variac¸a˜o de f(x, y) resultante ao aumentar x em uma unidade, mantendo y constante. Prof a Rita de Cassia S. Paz 8 A derivada parcial ∂f ∂y e´ aproximadamente igual a variac¸a˜o de f(x, y) resultante ao aumentar y em uma unidade, mantendo x constante. Usando a aproximac¸a˜o acima, temos que: ∂f ∂x > 0 significa que um aumento unita´rio em x produz um aumento de f(x, y). De maneira ana´loga, ∂f ∂x < 0 significa que um aumento unita´rio de x produz uma diminuic¸a˜o de f(x, y). Exemplos: a) Seja Y = F (K,L) o nu´mero de unidades produzidas quando se empregam K unidades de capital e L unidades de trabalho em certo processo produtivo. Qual e´ a interpretac¸a˜o econoˆmica de ∂F ∂K (100, 50) = 5? b) Consideremos a func¸a˜o de produc¸a˜o agr´ıcola Y = F (K,L, T ), onde Y e´ o nu´mero de unidades produzidas, K e´ o capital investido, L e´ o trabalho e T a superf´ıcie de terra. Enta˜o ∂Y ∂K se chama a produtividade marginal do capital e e´ a taxa de variac¸a˜o da produc¸a˜o Y com relac¸a˜o a K quando L e T se mante´m constantes. De maneira ana´loga, ∂Y ∂L e´ a produtividade marginal do trabalho e ∂Y ∂T e´ a produtividade marginal da terra. Por exemplo, se se mede o capital K em do´lares e ∂Y ∂K = 5, enta˜o um aumento do capital em um do´lar dara´ um aumento da produc¸a˜o de cinco unidades. c) Sejam x = f(p, q) e y = g(p, q) as demandas de dois bens quando os prec¸os unita´rios sa˜o p e q, respectivamente. Suponhamos que os bens sa˜o substi- tutos, por exemplo, manteiga e margarina. Qual devem ser normalmente os sinais das derivadas parciais ∂f ∂p , ∂f ∂q , ∂g ∂p , ∂g ∂q ? A diferencial Seja z = f(x, y) um func¸a˜o de duas varia´veis com derivadas parciais. Se dx e dy sa˜o nu´meros reais arbitra´rios (na˜o necessariamente pequenos), definimos a diferencial de z = f(x, y) em (x, y), e se designa por dz ou df , da seguinte forma: dz = ∂f ∂x dx + ∂f ∂y dy O s´ımbolo ∆z e´ usado para representar a variac¸a˜o em f , quando se passa de (x, y) a (x + dx, y + dy): ∆z = f(x + dx, y + dy)− f(x, y) Se dx e dy sa˜o pequenos em valor absoluto, enta˜o ∆z e´ aproximadamente igual a dz: ∆z ≈ dz = ∂f ∂x dx + ∂f ∂y dy Prof a Rita de Cassia S. Paz 9 Essa aproximac¸a˜o tem uma interpretac¸a˜o geome´trica. O erro que se comete ao substituir ∆z por dz resulta de seguir o plano tangente em vez da su- perf´ıcie. Para uma func¸a˜o de treˆs varia´veis w = f(x, y, z) a diferencial e´ dada por: dw = ∂f ∂x dx + ∂f ∂y dy + ∂f ∂z dz Exemplos: 1) Calcule a diferencial. a) z = x2 + 3xy − y2 b) f(x, y) = ex 2+y c) f(x, y) = x−y x2+y2 d) f(x, y) = xey 2 2) Seja z = xex 2−y2 . a) Calcule um valor aproximado para a variac¸a˜o ∆z em z, quando se passa de x = 1 e y = 1 para x = 1, 01 e y = 1, 002. b) Calcule um valor aproximado para z, correspondente a x = 1, 01 e y = 1, 002. 3) A produc¸a˜o dia´ria de determinada indu´stria e´ de Q(K,L) = 120K1/2L1/3 unidades, onde K representa o capital investido (em mil) e L o nu´mero de opera´rios-hora. O capital investido atualmente e´ de R$ 900.000, 00, e empregam-se por dia 1.000 opera´rios-hora. Determine a variac¸a˜o na produc¸a˜o decorrente de um acre´scimo de R$ 1.000, 00 no capital investido e um decre´scimo de 2 opera´rios-hora. Regra da cadeia 1o caso: Se z = f(x, y), x = g(t) e y = h(t), enta˜o: dz dt = ∂z ∂x dx dt + ∂z ∂y dy dt Obs: dz dt = z′(t) Exemplos: a) Usar a regra da cadeia para calcular dz dt em t = 0, sendo z = x2y + 3xy4, x = sen 2t e y = cos t. b) Seja a func¸a˜o de produc¸a˜o Y = 10KL−√K −√L, onde Y representa a quantidade produzida, K o capital e L o trabalho. Suponhamos que K e L Prof a Rita de Cassia S. Paz 10 sa˜o func¸o˜es do tempo t, dadas por K = 0, 2t + 5 e L = 5e0,1t. Achar dY dt em t = 0. 2o caso: Seja z = f(x, y) com x = g(t, s) e y = h(t, s), enta˜o: a) ∂z ∂t = ∂z ∂x ∂x ∂t + ∂z ∂y ∂y ∂t b) ∂z ∂s = ∂z ∂x ∂x ∂s + ∂z ∂y ∂y ∂s Exemplo: Calcular ∂z ∂t e ∂z ∂s para z = exsen y, x = st2 e y = s2t. Derivada da func¸a˜o impl´ıcita 1o caso: Seja y = g(x) definida implicitamente pela equac¸a˜o f(x, y) = 0, onde f e´ uma func¸a˜o diferencia´vel. Enta˜o g′(x) = dy dx = −fx fy onde fx = ∂f ∂x e fy = ∂f ∂y Exemplo: Calcule y′ quando y3 + xy + x3 = 3. 2o caso: Seja z = g(x, y) definida implicitamente pela equac¸a˜o f(x, y, z) = 0, onde f e´ uma func¸a˜o diferencia´vel. Enta˜o: ∂z ∂x = −fx fz e ∂z ∂y = −fy fz onde fx = ∂f ∂x , fy = ∂f ∂y e fz = ∂f ∂z Exemplo: Calcular ∂z ∂x e ∂z ∂y , quando xyz + x3 + y3 + z3 = 5. Vetor gradiente de uma func¸a˜o de duas varia´veis Seja z = f(x, y) uma func¸a˜o diferencia´vel. O vetor ∇f(a, b) = ( ∂f ∂x (a, b), ∂f ∂y (a, b) ) denomina-se gradiente de f em (a, b). Prof a Rita de Cassia S. Paz 11 Notac¸a˜o: ∇f ou grad f Propriedade do gradiente Se ∇f(a, b) 6= (0, 0), enta˜o ∇f(a, b) e´ ortogonal a` curva de n´ıvel f(x, y) = c. A equac¸a˜o da reta tangente a` curva de n´ıvel f(x, y) = c em (a, b) e´ dada por: ∇f(a, b) · (x− a, y − b) = 0 Exemplos: a) Seja f(x, y) = x2 + y2. Calcule ∇f(1, 1). b) Determine a equac¸a˜o da reta tangente a` curva x3y3−xy− 6 = 0 no ponto (1, 2). Vetor gradiente de uma func¸a˜o de treˆs varia´veis Seja w = f(x, y, z) uma func¸a˜o diferencia´vel. O vetor ∇f(a, b, c) = ( ∂f ∂x (a, b, c), ∂f ∂y (a, b, c), ∂f ∂z (a, b, c) ) denomina-se gradiente de f em (a, b, c). Propriedade: Se ∇f(a, b, c) 6= (0, 0, 0), enta˜o ∇f(a, b, c) e´ ortogonal a`superf´ıcie de n´ıvel f(x, y, z) = c. A equac¸a˜o do plano tangente a` superf´ıcie de n´ıvel f(x, y, z) = c em (a, b, c) e´ dada por: ∇f(a, b, c) · (x− a, y − b, z − c) Exemplo: Determine a equac¸a˜o do plano tangente a` superf´ıcie z = 3x2y−x no ponto (1, 2, 5). Elasticidades parciais Seja z = f(x, y). Definimos a elasticidade parcial de z com relac¸a˜o a x por: Ez Ex = x z ∂z ∂x De forma ana´loga, definimos a elasticidade parcial de z com relac¸a˜o a y por: Ez Ey = y z ∂z ∂y Prof a Rita de Cassia S. Paz 12 O nu´mero Ez Ex e´ aproximadamente igual a` variac¸a˜o percentual de z produzida por um aumento de 1 % em x, enquanto as demais varia´veis sa˜o constantes. Exemplo: Achar as elasticidades parciais de z = xyex+y. Bibliografia: 1) CHIANG, A.C.; WAINWRIGHT, K. Matema´tica para economistas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 2) GUIDORIZZI, L.H. Um Curso de Ca´lculo. Vol.2. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 3) SILVA, L. M. O. da Matema´tica aplicada a` administrac¸a˜o, economia e contabilidade: func¸o˜es de uma e mais varia´veis. Sa˜o Paulo: Learning, 2010. 4) WEBER, J. E. Matema´tica para economia e administrac¸a˜o. Sa˜o Paulo: Harbra, 2001.
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