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www.profafguimaraes.net 1 Prof. A.F.Guimarães Física 3 – Questões 7 Questão 1 A corrente que passa através de uma associação de resistores conectados em série é igual a 2 A. Liga-se, em série com este conjunto, um novo resistor cuja resistência vale Ͷ�ȳ. Verifica-se que a corrente que passa através dos resistores torna-se igual a 1,5 A. Encontre o valor inicial da resistência total, antes da introdução da resistência de Ͷ�ȳ. Resolução: A intensidade de corrente (ou simplesmente corrente) que passa através da associação será: ݅ଵ ൌ ʹ ൌ ܴߝ (1.1) Com a associação (em série) do resistor de Ͷ�ȳ, a nova corrente do circuito será: ݅ଶ ൌ ͳǡͷ ൌ ߝܴ Ͷ (1.2) Utilizando as equações (1.1) e (1.2), teremos: ͳǡͷ ൌ ʹܴܴ Ͷ � ܴ ൌ ͳʹȳ (1.3) Questão 2 Uma bateria possui f.e.m. ߝ ൌ ͳͲǡͲܸ e resistência interna ݎ ൌ ͳȳ. A bateria está ligada a um motor que levanta um peso ൌ Ͷܰ com velocidade constante ݒ ൌ ͳǡͷ݉ ή ݏିଵ. Suponha que não haja perda de potência por efeito Joule. Ache (a) a corrente i no circuito, (b) a diferença de potencial nos terminais do motor. Resolução: a) A potência fornecida pela bateria é dada por: ܲ ൌ ߝ ή ݅ െ ݎ ή ݅ଶ (2.1) Porém, como não há perdas por efeito Joule, a equação (2.1), se torna: ܲ ൌ ߝ ή ݅ (2.2) A potência média relacionada ao trabalho do motor é dada por: ܲ ൌ ή ݒ� ֜ ܲ ൌ Ͷ ή ͳǡͷ ൌ �ܹ (2.3) Assim, utilizando (2.2) e (2.3), teremos: ͳͲ݅ ൌ ݅ ൌ Ͳǡܣ (2.4) b) Desprezando as perdas na resistência interna da bateria, podemos concluir que a d.d.p. nos terminais do motor vale: ܸ ൌ ͳͲǡͲܸ (2.5) No entanto, se considerarmos a queda de tensão na resistência interna da bateria (porém desprezando as perdas por efeito Joule), teremos para o motor uma d.d.p. dada por: ܸԢ ൌ ܸ ൌ ߝ െ ݎ݅ ൌ ͳͲ െ ͳ ή Ͳǡ ൌ ͻǡͶܸ (2.6) Questão 3 Considere os mesmos dados do problema anterior. Suponha, no entanto, que exista perda de potência por efeito Joule. (a) Escreva a equação para o balanço da potência (conservação da potência). (b) Suponha que a potência dissipada por efeito Joule na resistência interna da bateria e na resistência interna do motor seja igual a 2 W; calcule a corrente que flui no circuito; determine, também, para este caso, (c) a resistência interna do motor, (d) a diferença de potencial nos terminais do motor. www.profafguimaraes.net 2 Resolução: a) A potência fornecida pela bateria é dada pela expressão (2.1), a potência consumida pelo motor será: ܲ ൌ ή ݒ ݎ݅ଶ (3.1) Assim, utilizando a conservação de potência, teremos: ܲ ൌ ܲ�� ߝ݅ െ ݎ݅ଶ ൌ ݒ െ ݎ݅ଶ �� ߝ݅ ൌ ݎ௧݅ଶ ݒ (3.2) Em que ݎ௧ é a resistência equivalente da associação da resistência da bateria com a resistência do motor. b) Utilizando o resultado de (3.2), teremos: ͳͲ݅ ൌ ʹ� ݅ ൌ Ͳǡͺܣ (3.3) c) Utilizando o fato de que as potências dissipadas pelas resistências internas juntas totalizam em 2W, teremos: ሺݎ ݎሻ݅ଶ ൌ ʹ� ͳ ݎ ൌ ʹͲǡͺଶ �� ݎ ൌ ʹǡͳʹͷ�ȳ (3.4) d) A d.d.p. nos terminais do motor é dada por: ܸ ൌ ܸ ൌ ߝ െ ݎ݅ ൌ ͳͲ െ ͳ ή Ͳǡͺ ൌ ͻǡʹܸ (3.5) Questão 4 Generalize a lei das malhas para um número N qualquer de baterias e de resistores em série. Resolução: Seja o circuito de malha única representado na figura a seguir. Figura 4.1 Utilizando a lei das malhas, teremos: ߝଵ െ ݎଵ݅ ߝଶ െ ݎଶ݅ ڮߝே െ ݎே݅ െ ሺܴଵ ܴଶ ڮܴேሻ݅ ൌ Ͳ�� ߝଵ ߝଶ ڮߝே െ ሺݎଵ ݎଶ ڮݎேሻ݅ െ ሺܴଵ ܴଶ ڮܴேሻ݅ ൌ Ͳ� ݅ ൌ σ ߝேୀଵσ ݎ σ ܴேୀଵேୀଵ (4.1) Questão 5 (a) Mostre que a potência dissipada pelo efeito Joule na resistência R do circuito representado na figura 5.1 é máxima quando R é igual à resistência interna r da bateria. (b) Mostre que o valor P dessa potência máxima é dado por ܲ ൌ ߝଶ ͶݎΤ . Resolução: Figura 5.1 a) A potência fornecida pela bateria é dada pela expressão (2.1). Para obtermos o ponto de máxima potência, efetuamos a derivada e posteriormente determinaremos o ponto cuja derivada se anula. Logo: ݀ ܲ݀݅ ൌ ߝ െ ʹݎ݅ ݀ ܲ݀݅ ൌ Ͳ ֜ ݅ ൌ ʹߝݎ (5.1) A corrente no circuito é dada por: ݅ ൌ ߝܴ ݎ (5.2) Assim, utilizando o resultado de (5.1) em (5.2), teremos: ڮ ڮ ߝଵ ߝʹ ߝே ݎଵ ڮݎଶ ݎܰ ܴଵ ܴʹ ڮܴ͵ ܴܰ ߝ ݎ ܴ www.profafguimaraes.net 3 ʹߝݎ ൌ ߝܴ ݎ �� ܴ ൌ ݎ (5.3) b) Agora, substituindo o resultado de (5.1) em (2.1), temos: ܲ ൌ ߝ ቀ ʹߝݎቁ െ ݎ ቀ ʹߝݎቁଶ ܲ ൌ ߳ଶͶݎ (5.4) Obs.: O resultado de (5.1), também pode ser encontrado se analisarmos a equação do 2º grau em um gráfico por exemplo. Questão 6 Um fio de resistência igual a ʹǡͲ�ȳ é ligada aos terminais de uma bateria de 1,5 V de f.e.m. e cuja resistência interna vale ݎ ൌ Ͳǡͳ�ȳ. Supondo a corrente constante, estimar, para um intervalo de tempo de 30 s, as seguintes grandezas: (a) a energia química fornecida pela bateria, (b) a energia dissipada por efeito Joule no fio, (c) a energia dissipada por efeito Joule na bateria. (d) Verifique a validade da lei de conservação da energia. Resolução: a) Previamente, vamos encontrar a corrente que percorre o circuito: ݅ ൌ ߝܴ ݎ ֜ ݅ ൌ ͳǡͷʹǡͳܣ (6.1) Utilizando o resultado de (6.1), teremos para a taxa de energia gerada (potência gerada) pela bateria: ܲ ൌ ߝ݅ ֜ ܲ ൌ ͳǡͷ ൬ͳǡͷʹǡͳ൰ ؆ ͳǡͲͳ�ܹ (6.2) Logo, a energia química gerada pela bateria será: ܧ ൌ ܲοݐ ൌ ͳǡͲͳ ή ͵Ͳ ؆ ͵ʹǡͳ�ܬ (6.3) b) A energia dissipada no fio será: ܧ ൌ ܴ݅ଶοݐ ൌ ʹ ή ൬ͳǡͷʹǡͳ൰ଶ ή ͵Ͳ ؆ ͵Ͳǡ�ܬ (6.4) c) A energia dissipada no interior da bateria será: ܧௗ ൌ ݎ݅ଶοݐ ൌ Ͳǡͳ ή ൬ͳǡͷʹǡͳ൰ଶ ή ͵Ͳ ൌ ͳǡͷ�ܬ (6.5) d) Utilizando os resultados de (6.3), (6.4) e (6.5), teremos: ͵ʹǡͳ ൌ ͵Ͳǡ ͳǡͷ ܧ ൌ ܧ ܧௗ (6.6) Questão 7 Introduz no circuito da figura 7.1 um amperímetro de ͲǡͲͷͲ�ȳ de resistência. Qual será a variação percentual da corrente devida à presença do amperímetro? Figura 7.1 Resolução: A intensidade de corrente neste circuito vale: ݅ ൌ ͶǡͲͲ െ ʹǡͲͲͳǡͲͲ ʹǡͲͲ ͷǡͲͲ ൌ ͲǡʹͷͲܣ (7.1) Com a presença do amperímetro (obviamente ligado em série com a resistência de ͷȳ) a corrente então: ݅ᇱ ൌ ͶǡͲͲ െ ʹǡͲͲͳǡͲͲ ʹǡͲͲ ͷǡͲͲ ͲǡͲͷ ൌ ͲǡʹͶͺܣ (7.2) Assim, a variação percentual será: ʹǡͲͲܸ ͳǡͲͲȳ ͷǡͲͲȳ ͶǡͲͲܸ ܸ ʹǡͲͲȳ www.profafguimaraes.net 4 ͲǡʹͷͲ െ ͲǡʹͶͺͲǡʹͷͲ ൌ ͲǡͲͲͺ ൌ ͲǡͺΨ (7.3) Questão 8 O trecho do circuito AB da figura 8.1 absorve uma potência ܲ ൌ ͷͲǡͲ�ܹ, sendo percorrido por uma corrente ݅ ൌ ͳǡͲ�ܣ, no sentido indicado. (a) Qual é a diferença de potencial A e B? (b) Se o elemento C não tem resistência interna, qual é então a sua f.e.m.? (c) Qual a sua polaridade? Figura 8.1 Resolução: a) A potência transferida ao circuito é dada por: ܲ ൌ ݅ ܸ (8.1) Assim, substituindo os valores fornecidos teremos para a d.d.p. entre A e B: ͷͲ ൌ ͳ ή ܸ ܸ ൌ ͷͲ�ܸ (8.2) b) A d.d.p. total é dada por: ܸ ൌ ோܸ ߝ (8.3) Com o resultado de (8.2), teremos: ͷͲ ൌ ʹ ή ͳ ߝ ߝ ൌ Ͷͺ�ܸ (8.4) c) A polaridade de B é negativa. Questão 9 Calcule a diferença de potencial entre os pontos c e d do circuito da figura 9.1, utilizando para isso o maio número de percursos diferentes. Considere ߝଵ ൌ ͶǡͲ�ܸǢ�ߝଶ ൌ ͳǡͲ�ܸǢ�ܴଵ ൌ ܴଶ ൌ ͳͲȳ�݁�ܴଷ ൌ ͷȳ. Figura 9.1 Resolução: Previamente se faz necessário conhecer as correntes que percorrem o referido circuito. Assim, vamos aplicar as leis das Malhas e também a lei dos nós. Utilizandoa lei dos nós, teremos: ݅ଵ ݅ଷ ൌ ݅ଶ (9.1) Agora, utilizando a lei das malhas para a malha da direita, percorrendo-a no sentido adba: ߝଵ െ ݅ଵܴଵ ݅ଷܴଷ ൌ Ͳ (9.2) E para a malha da esquerda, sentido cbdc: െߝଶ െ ݅ଷܴଷ െ ݅ଶܴଶ ൌ Ͳ (9.3) Substituindo os valores nas equações (9.2) e (9.3) e também utilizando (9.1), teremos o seguinte sistema: ൜ͷ݅ଶ െ ͳͷ݅ଵ ൌ െͶͳͷ݅ଶ െ ͷ݅ଵ ൌ െͳ (9.4) Resolvendo (9.4), teremos: ݅ଵ ൌ ͳͳͶͲܣǢ�݅ଶ ൌ ͳͶܣ (9.5) Substituindo os resultados de (9.5) em (9.1), teremos: ߝǡ ݎ ʹȳ A B C i ߝଵ ߝଶ ܴଵ ܴʹ ܴ͵ a b c d ݅ͳ ݅͵ ݅ʹ www.profafguimaraes.net 5 ݅ଷ ൌ െͳͶܣ (9.6) O sinal negativo em (9.6), indica que a corrente está invertida. Agora, podemos determinar a d.d.p. entre os pontos c e d. O primeiro percurso fornece: ܸ ݅ଶܴଶ ൌ ௗܸ ֜ ܸ െ ௗܸ ൌ െͲǡʹͷܸ (9.7) O segundo percurso: ܸ െ ߝଶ ݅ଷܴଷ ൌ ௗܸ ֜ ܸ െ ௗܸ ൌ ͳ െ ͷͶ ൌ െͲǡʹͷܸ (9.8) O terceiro percurso: ܸ െ ߝଶ ߝଵ െ ݅ଵܴଵ ൌ ௗܸ ֜ ܸ െ ௗܸ ൌ െ͵ ͳͳͶൌ െͲǡʹͷܸ (9.9) Questão 10 A potência dissipada por duas resistências ligadas em série é n vezes menor do que a potência dissipada pelas mesmas resistências quando elas são ligadas em paralelo (com a mesma fonte). Conhecendo-se uma das resistências ሺܴଵሻ obtenha uma equação para a determinação da outra resistência ሺܴଶሻ. Despreze a resistência interna da fonte. Resolução: Para a associação em série, a tensão elétrica é dada por: ݅ሺܴଵ ܴଶሻ ൌ ܸ (10.1) E a potência dissipada: ௦ܲ ൌ ݅ଶሺܴଵ ܴଶሻ (10.2) Para a associação em paralelo, a potência dissipada vale: ܲ ൌ ܸଶ ൬ ͳܴଵ ͳܴଶ൰ (10.3) De acordo com a questão, temos a seguinte relação entre as potências: ܲ ൌ ݊ ௦ܲ (10.4) Utilizando (10.1), (10.2) e (10.3) em (10.4), teremos: ሺܴଵ ܴଶሻଶܴଵܴଶ ൌ ݊�� ܴଶଶ ሺʹ െ ݊ሻܴଵܴଶ ܴଵଶ ൌ Ͳ (10.5) A equação final de (10.5), pode ser resolvida pela fórmula de Bhaskara. Assim, temos: ܴଶ ൌ െሺʹ െ ݊ሻܴଵ േඥሺʹ െ ݊ሻଶܴଵଶ െ Ͷܴଵଶʹ ܴଶ ൌ ቈെሺʹ െ ݊ሻ േ ξ݊ଶ െ Ͷ݊ʹ ܴଵ (10.6) Em que ݊ Ͷ. Questão 11 Um fio de cobre maciço possui raio ܽ ൌ ͲǡʹͲ�݉݉. Este fio é encapado por uma camada cilíndrica de alumínio de raio externo ܾ ൌ Ͳǡ͵ͷ�݉݉. Na seção reta deste fio composto passa uma corrente ݅ ൌ ʹǡͷ�ܣ. O fio é ligado a uma fonte cuja tensão de saída é constante e igual a V. Determine: (a) a expressão das correntes que passam na seção reta de cada metal, (b) os valores de ݅ଵ e ݅ଶ, (c) o valor de V supondo que o comprimento total do fio seja igual 400 m e que as correntes sejam aquelas calculadas no item anterior, (d) a resistência equivalente e a resistência de cada metal nas condições do item (c). Resolução: a) Tanto o fio de cobre como a capa cilíndrica de alumínio, formam uma associação em paralelo de resistores. Assim, teremos: www.profafguimaraes.net 6 ݅௨ ൌ ܸܴ௨ �݁�݅ ൌ ܸܴ (11.1) b) Previamente, determinaremos as resistências do fio de cobre e da capa de alumínio. Assim, teremos: ܴ௨ ൌ ߩ௨݈ܣ௨ �݁�ܴ ൌ ߩ݈ܣ (11.2) Como se trata de uma associação em paralelo, temos: ݅௨ܴ௨ ൌ ܴ݅ (11.3) E, além disso, ainda temos: ݅௨ ݅ ൌ ʹǡͷ (11.4) As resistividades são respectivamente: ߩ௨ ൌ ͳǡ ή ͳͲି଼�ȳ ή ݉ e ߩ ൌ ʹǡͺ ή ͳͲି଼�ȳ ή ݉. Assim, utilizando os valores das resistividades, os respectivos raios juntamente com (11.2), então (11.3) se torna: ݅௨ ή ͳǡͲǡʹଶ ൌ ݅ ή ʹǡͺͲǡ͵ͷଶ െ Ͳǡʹଶ�� ݅௨ ൌ ͵͵ǡͻͶʹǡͷ ή ݅ (11.5) Utilizando o resultado de (11.5) em (11.4), teremos: ൬͵͵ǡͶ ͶʹǡͷͶʹǡͷ ൰ ݅ ൌ ʹǡͷ�� ݅ ൌ ͳǡ͵ͻ�ܣ (11.6) Utilizando o resultado de (11.6) em (11.5), teremos: ݅௨ ൌ ͳǡͳͳ�ܣ (11.7) c) Vamos determinar pelo menos uma das resistências. Por exemplo, a resistência do fio de cobre. Logo, de (11.2): ܴ௨ ൌ ߩ௨݈ߨܽଶ � ܴ௨ ൌ ͳǡ ή ͳͲି଼ ή ͶͲͲ͵ǡͳͶ ή ሺͲǡʹ ή ͳͲିଷሻଶ ܴ௨ ؆ ͷ͵ǡͻ�ȳ (11.8) Logo, utilizando os resultados de (11.7) e (11.8), a d.d.p. para o fio de cobre será: ܸ ൌ ͷ͵ǡͻ ή ͳǡͳͳ ؆ ͷͻǡͻ�ܸ (11.9) d) A resistência do cilindro de alumínio pode ser obtida por meio de (11.2) ou como se segue: ܴ ൌ ܸ݅ (11.10) Como os resultados de (11.6) e (11.9), teremos para (11.10): ܴ ؆ Ͷ͵ǡͳ�ȳ (11.11) A resistência equivalente será: ܴ ൌ ܴ௨ ή ܴܴ௨ ܴ ܴ ؆ ʹͶ�ȳ (11.12) Questão 12 Usando somente dois resistores, separadamente, em série ou em paralelo, desejamos obter resistências de 3, 4, 12 e 16 Ω. Que valores devem ter as resistências desses dois resistores? Resolução: Quando dois resistores são associados, para obter o maio valor da resistência equivalente os resistores devem estar associados em série. Logo: www.profafguimaraes.net 7 ݎଵ ݎଶ ൌ ͳ (12.1) Para se obter um valor para a resistência equivalente menor do que o menor valor das resistências associadas, deve-se efetuar uma associação em parelo. Logo: ݎଵ ή ݎଶݎଵ ݎଶ ൌ ͵ (12.2) Utilizando (12.1) em (12.2), teremos: ݎଵ ή ݎଶ ൌ Ͷͺ (12.3) Agora é achar dois números que somados resultam em 16 e multiplicados resultam em 48. Os canditados são 12 e 4. Mas podemos encontrar uma equação para isso. Utilizando (12.1) em (12.3), teremos: ݎଶሺͳ െ ݎଶሻ ൌ Ͷͺ� െݎଶଶ ͳݎଶ െ Ͷͺ ൌ Ͳ (12.4) Agora é só resolver com auxílio da fórmula de Bhaskara. Questão 13 Tome como referência a figura 13.1. Considere os valores: ߝଶ ൌ ͷߝଵǡ ܴଵ ൌ ܴଶ ൌ Ͷ�ȳǡ ܴଷ ൌ �ȳǡߝଵ ൌ ͳͲ�ܸ. Calcule: (a) a potência consumida em cada resistor, (b) a potência total consumida no circuito, (c) a potência total fornecida ao circuito. (d) Verifique qual das duas baterias fornece e qual das duas consome energia; verifique se existe conservação da potência total. Figura 13.1 Resolução: a) Para calcular a potência em cada resistor, devemos conhecer previamente as intensidades de correntes para cada resistor. Assim, utilizaremos as leis de Kirchhoff. Da lei dos nós, temos: ݅ଵ ൌ ݅ଶ ݅ଷ (13.1) Da lei das malhas: Malha da esquerda ߝଵ െ ݅ଷܴଷ െ ݅ଵܴଵ ൌ Ͳ (13.2) Malha da direita ߝଶ െ ݅ଶܴଶ െ ݅ଵܴଵ ൌ Ͳ (13.3) Substituindo os dados numéricos nas equações (13.2) e (13.3), teremos respectivamente: Ͷ݅ଶ ͳͲ݅ଷ ൌ ͳͲ (13.4) ݅ଵ ݅ଶ ൌ ͷͲͶ (13.5) Utilizando (13.1) em (13.4) e (13.5), teremos o seguinte sistema de equações: ൝Ͷ݅ଶ ͳͲ݅ଷ ൌ ͳͲʹ݅ଶ ݅ଷ ൌ ͷͲͶ (13.6) Temos como soluções de (13.6): ݅ଶ ൌ ʹ͵Ͳ͵ʹ �ܣǢ�݅ଷ ൌ െͳͷͺ �ܣ (13.7) De (13.1) teremos: ݅ଵ ൌ ͳͲ͵ʹ �ܣ (13.8) ߝଵ ߝଶ ܴଷ ܴʹ ܴଵ ݅ଵ ݅ଶ ݅ଷ www.profafguimaraes.net 8 Assim, a potência em cada resistor será: ଵܲ ൌ ܴଵ݅ଵଶ ؆ ͳͳʹǡͺͻ�ܹଶܲ ൌ ܴଶ݅ଶଶ ؆ ʹͲǡͶ�ܹଷܲ ൌ ܴଷ݅ଷଶ ؆ ʹͳǡͳͲ�ܹ (13.9) b) A bateria 1 recebe energia, pois a corrente 3 está invertida. A potência da bateria 1 vale: ܲଵ ൌ ߝଵ݅ଷ ؆ ͳͺǡͷ�ܹ (13.10) Assim, juntando os resultados de (13.9) e (13.10), temos para a potência total consumida: ௧ܲ ؆ ͵ͷͻǡ͵ͺ�ܹ (13.11) c) Então, a bateria 2 fornece energia para o circuito, a uma taxa dada por: ܲ ൌ ߝଶ݅ଶ ؆ ͵ͷͻǡ͵ͺ�ܹ (13.12) d) Vide itens “b” e “c”. Questão 14 Considere os seguintes valores na figura 14.1. ܴଵ ൌ ܴଶ ൌ ʹ�ȳǡ ߝଵ ൌ Ͷ�ܸǡ ߝଶ ൌ �ܸǡ ߝଷ ൌ ͳʹ�ܸ. (a) Calcule o valor da potência de cada bateria, indicando se a bateria fornece ou se consome energia. (b) Ache a potência dissipada por efeito Joule em cada resistor. (c) Verifique se existe conservação da potência total. Figura 14.1 Resolução: a) Vamos previamente determinar os valores das intensidades das correntes do circuito. E para isso vamos recorrer às leis de Kirchhoff. Da lei dos nósteremos: ݅ଶ ൌ ݅ଵ ݅ଷ (14.1) Da lei das malhas: · Malha maior ߝଵ െ ߝଶ െ ߝଷ െ ݅ଶܴଶ ൌ Ͳ (14.2) · Malha menor ߝଶ െ ݅ଵܴଵ ൌ Ͳ (14.3) Substituindo os dados numéricos em (14.2) e (14.3), teremos: ݅ଵ ൌ ͵�ܣǡ ݅ଶ ൌ െ�ܣ�݁�݅ଷ ൌ െͳͲ�ܣ (14.4) Como as correntes 2 e 3 estão invertidas, então as baterias 2 e 3 fornecem energias e a bateria 1 consome. Assim, teremos: ܲଵ ൌ ߝଵ݅ଶ ൌ ʹͺ�ܹܲଶ ൌ ߝଶ݅ଷ ൌ Ͳ�ܹܲଷ ൌ ߝଷ݅ଶ ൌ ͺͶ�ܹ (14.5) b) As potências dissipadas: ଵܲ ൌ ܴଵ݅ଵଶ ൌ ͳͺ�ܹଶܲ ൌ ܴଶ݅ଶଶ ൌ ͻͺ�ܹ (14.6) c) Para conferir se houve conservação da potência, tomamos a soma das potências fornecidas e das potências consumidas: Ͳ ͺͶ ൌ ʹͺ ͳͺ ͻͺ ֜ ܲ ൌ ܲ (14.7) Questão 15 Um amperímetro é introduzido no ramo do circuito da figura 15.1 que contém o resistor ܴଷ. ߝଵ ܴଵ ܴʹ ߝʹ ߝ͵ ߝ݅ଵ ݅ʹ ݅͵ www.profafguimaraes.net 9 (a) Qual o valor indicado pelo aparelho se ߝ ൌ ͺǡͲ�ܸǡ ܴଵ ൌ ʹǡͲ�ȳǡ ܴଶ ൌ ͶǡͲ�ȳ��ܴଷ ൌ ǡͲ�ȳ? (b) Suponha, agora que trocamos de posição o amperímetro e a fonte de f.e.m., de modo que o primeiro passa a ocupar o lugar do segundo e vice-versa. Mostre que o amperímetro ainda marca o mesmo valor da corrente. Esta relação de reciprocidade é válida para qualquer circuito que contenha uma única fonte de f.e.m. Figura 15.1 Resolução: a) Previamente vamos determinar a corrente do circuito. Para isso, vamos determinar a resistência equivalente do circuito. Os resistores ܴଶ�݁�ܴଷ estão associados em paralelo (considerando que o amperímetro é ideal, ܴ ൌ Ͳ). Assim, para essa associação teremos: ܴଶǡଷ ൌ ܴଶܴଷܴଶ ܴଷ ൌ ʹǡͶ�ȳ (15.1) O resistor ܴଵ está associado em série com ܴଶǡଷ. Assim, para o circuito a resistência equivalente será: ܴ ൌ ܴଵ ܴଶǡଷ ൌ ͶǡͶ�ȳ (15.2) A corrente na bateria vale então: ݅ ൌ ܴߝ ؆ ͳǡͺʹ�ܣ (15.3) A d.d.p. para a associação dos resistores ܴଶ�݁�ܴଷ vale: ଶܸǡଷ ൌ ܴଶǡଷ݅ ؆ ͶǡͶ�ܸ (15.4) Assim, a corrente no amperímetro será: ݅ ൌ ଶܸǡଷܴଷ ؆ Ͳǡ͵�ܣ (15.5) b) Trocando a posição do amperímetro com a posição da fonte, os resistores ܴଵ�݁�ܴଶ estarão associados em paralelo. A resistência equivalente para essa associação será: ܴଵǡଶ ൌ ܴଵܴଶܴଵ ܴଶ ؆ ͳǡ͵͵�ȳ (15.6) O resistor ܴଷ está associado em série com ܴଵǡଶ. Assim, a resistência equivalente do circuito será: ܴ ൌ ܴଷ ܴଵǡଶ ൌ ǡ͵͵�ȳ (15.7) A corrente do circuito será: ݅ ൌ ܴߝ ؆ ͳǡͲͻ�ܣ (15.8) Em que ܴ é dado por (15.7). A d.d.p. para a associação dos resistores ܴଵ�݁�ܴଶ, será: ଵܸǡଶ ൌ ܴଵǡଶ݅ ؆ ͳǡͶͷ�ܸ (15.9) Logo, a corrente no amperímetro será: ݅ ൌ ଵܸǡଶܴଵ ؆ Ͳǡ͵�ܣ (15.10) Questão 16 A Ponte de Wheatstone. A resistência variável da figura 16.1 pode ser ajustada de modo que os pontos a e b tenham exatamente o mesmo potencial. (Verifique essa situação ligando momentaneamente um medidor sensível entre os pontos a e b. Não havendo diferença de potencial, não haverá deslocamento no ponteiro do medidor.) Mostre que, após essa ajustagem, a seguinte relação torna-se verdadeira ߝ ܴଷ ܴʹ ܴଵ A www.profafguimaraes.net 10 ܴ௫ ൌ ܴ௦ ோమோభ. A resistência ሺܴ௫ሻ de um resistor pode ser medida por este processo (chamado de Ponte de Wheatstone), em função das resistências ሺܴଵǡ ܴଶ�݁�ܴ௦ሻ de outros resistores calibrados anteriormente. Figura 16.1 Resolução: A d.d.p. entre x e a é dada por: ௫ܸ െ ܸ ൌ ܴଵ ή ݅ଵ (16.1) A d.d.p. entre x e b é dada por: ௫ܸ െ ܸ ൌ ܴ௦ ή ݅ଶ (16.2) Supondo que ܸ ൌ Ͳ, temos: ௫ܸ െ ܸ ൌ ௫ܸ െ ܸ� ܴଵ ή ݅ଵ ൌ�ܴ௦ ή ݅ଶ (16.3) De forma semelhante teremos: ܸ െ ௬ܸ ൌ ܴଶ ή ݅ଵ (16.4) E ܸ െ ௬ܸ ൌ ܴ௫ ή ݅ଶ (16.5) Como ܸ ൌ Ͳ: ܴଶ ή ݅ଵ ൌ ܴ௫ ή ݅ଶ (16.6) De (16.3) e (16.6), teremos: ܴ௫ܴ௦ ൌ ܴଶܴଵ �� ܴ௫ ൌ ܴ௦ ܴଶܴଵ (16.7) Questão 17 Mostre que se os pontos a e b da figura 16.1 forem ligados por um fio de resistência r, este será percorrido por uma corrente igual a ݅ ൌ ఌሺோೞିோೣሻሺோାଶሻሺோೞାோೣሻାଶோೞோೣ, onde fizemos ܴ௦ ൌ ܴ௫ ൌ ܴǡ ܴ ൌ Ͳ e ߝ é o valor da f.e.m. da bateria. Resolução: Figura 17.1 Aplicando a lei das malhas no circuito da figura 17.1, teremos: Malha xbyx: ߝ െ ݅ଶܴ௦ െ ሺ݅ଶ ݅ሻܴ௫ ൌ Ͳ (17.1) Malha xabx: െ݅ଵܴଵ െ ݅ݎ ݅ଶܴ௦ ൌ Ͳ (17.2) Malha ayba: ߝ ܴ௫ ܴʹ ܴଵ ܴͲ ܴݏ a b x y ߝ ܴ௫ ܴʹ ܴଵ ܴͲ ܴݏ a b x y ݅ଵ ݅ଶ ݅௫ ݅ ݅ݎ www.profafguimaraes.net 11 െሺ݅ଵ െ ݅ሻܴଶ ሺ݅ଶ ݅ሻܴ௫ ݅ݎ ൌ Ͳ (17.3) Malha xayx: ߝ െ ݅ଵܴଵ െ ሺ݅ଵ െ ݅ሻܴଶ ൌ Ͳ (17.4) Da equação (17.1), temos: ݅ଶ ൌ ߝ െ ܴ݅௫ܴ௦ ܴ௫ (17.5) E da equação (17.4): ݅ଵ ൌ ߝ ܴ݅ʹܴ (17.6) Em que ܴଵ ൌ ܴଶ ൌ ܴ. Agora, utilizando (17.5) e (17.6) em (17.2), teremos: െߝ ܴ݅ʹܴ ൨ܴ െ ݅ݎ ߝ െ ܴ݅௫ܴ௦ ܴ௫൨ ܴ௦ ൌ Ͳ (17.7) Após algumas manipulações algébricas teremos: ݅ ൌ ߝሺܴ௦ െ ܴ௫ሻሺܴ ʹݎሻሺܴ௦ ܴ௫ሻ ʹܴ௦ܴ௫ (17.8) Questão 18 Considere a questão 17. Suponha que todas as cinco resistências sejam desiguais. Considere ܴ ൌ Ͳ e calcule a resistência equivalente entre os pontos x e y da figura 17.1. Resolução: Vamos aproveitar as equações da questão anterior sendo que os resultados (17.5) e (17.6) serão dados respectivamente por: ݅ଶ ൌ ߝ െ ܴ݅ସܴଷ ܴସ (18.1) E ݅ଵ ൌ ߝ ܴ݅ଶܴଵ ܴଶ (18.2) Em que ܴ௦ ൌ ܴଷ e ܴ௫ ൌ ܴସ. Assim, a expressão (17.8) toma a seguinte forma: ݅ ൌ ߝሺܴଶܴଷ െ ܴସܴଵሻܴଵܴଶሺܴଷ ܴସሻ ݎሺܴଵ ܴଶሻሺܴଷ ܴସሻ ሺܴଵ ܴଶሻܴଷܴସ (18.3) Desta forma, podemos obter a corrente total do circuito ሺ݅௫ሻ: ݅௫ ൌ ݅ଵ ݅ଶ (18.4) Chamamos de resistência equivalente, aquela que ao ser conectada a bateria a mesma corrente total se estabelece no circuito: ܴ ൌ ݅ߝ௫ (18.5) Assim, utilizando (18.1), (18.2), (18.3) e (18.4) em (18.5), teremos: ܴ ൌ ሺܴଵ ܴଶሻሺܴଷ ܴସሻሺܴଵ ܴଶሻሺͳ െ ܣܴସሻ ሺܴଷ ܴସሻሺͳ ܣܴଶሻ (18.6) Em que ܣ ൌ ሺܴଶܴଷ െ ܴଵܴସሻܴଵܴଶሺܴଷ ܴସሻ ݎሺܴଵ ܴଶሻሺܴଷ ܴସሻ ܴଷܴସሺܴଵ ܴଶሻ (18.7) Questão 19 Medida da resistência. Um voltímetro (resistência interna ܴ) e um amperímetro (resistência interna ܴ) são ligados a um resistor a fim de medir o valor R da sua resistência como mostra a figura 19.1. O valor da resistência é obtido de ܴ ൌ ܸ ݅Τ , onde V é dado pela leitura do voltímetro e i é o valor da corrente que atravessa o resistor R. Uma fração da corrente i’ registrada pelo amperímetro passa através do voltímetro, de modo que o quociente ܸ ݅ԢΤ entre as leituras dá www.profafguimaraes.net 12 apenas um valor aparente R’ para a resistência. Mostre que R e R’ estão relacionados por ͳܴ ൌ ͳܴԢ െ ͳܴ Note-se que se ܴ ب ܴ, então ܴ ؆ ܴԢ. Figura 19.1 Resolução: A corrente que percorre o amperímetro é dada por: ݅ ൌ ݅ோ ݅ (19.1) Em que ݅ோ é a corrente que atravessa o resistor e ݅ é a corrente que atravessa o voltímetro. O resistor e o voltímetro estão associados em paralelo, portanto, estão sob a mesma d.d.p., a saber, V. Assim, definimos a resistência R’ por: ܸ݅ ൌ ܴԢ (19.2) No entanto, a resistência R deve ser dada por: ܸ݅ோ ൌ ܴ (19.3) Substituindo (19.2) e (19.3) em (19.1), teremos: ܸܴᇱ ൌ ܸܴ ܸܴ �� ͳܴ ൌ ͳܴԢ െ ͳܴ (19.4) Em que ݅ ൌ ோೇ. Questão 20 Medida da resistência. Numa medida de resistência, o amperímetro e o voltímetro também podem ser ligados na forma indicada pela figura 20.1. Aqui, novamente, o quociente entre as leituras dos instrumentos dá apenas o valor de R’ da resistência. Mostre que, agora, ܴ ൌ ܴᇱ െ ܴ Onde ܴ é a resistência do amperímetro. Note-seque temos, outra vez, ܴ ؆ ܴԢ, quando ܴ ا ܴ. Figura 20.1 Resolução: A d.d.p. medida pelo voltímetro é dada por: ܸ ൌ ோܸ ܸ (20.1) Em que ோܸ é a d.d.p. no resistor, dada por: ோܸ ൌ ܴ݅ (20.2) A d.d.p. no amperímetro, ܸ é dada por: ܸ ൌ ܴ݅ (20.3) A resistência R’ é definida de acordo com (19.2). Assim, substituindo (19.2), (20.2) e (20.3) em (20.1), teremos: ܴ݅ᇱ ൌ ܴ݅ ܴ݅�� ܴ ൌ ܴᇱ െ ܴ (20.4) ߝ A V V ܴ ߝ A V V ܴ www.profafguimaraes.net 13 Questão 21 Um resistor de ʹͲ�݇ȳ e um capacitor estão ligados em série, sendo-lhes subitamente aplicado um potencial de 12 V. Sabendo-se que o potencial através do capacitor sobe a 5 V em ͳǡͲ�ߤݏ, qual é a capacitância do capacitor? Resolução: Com a solução da equação diferencial (veja, por exemplo, Física III – Sears e Zemansky 10ª edição), temos para a d.d.p. nos terminais do capacitor: ܸ ൌ ߝ ൬ͳ െ ݁ି ௧ோ൰ (21.1) Substituindo os dados teremos: ͷ ൌ ͳʹቆͳ െ ݁ିଵషలோ ቇ�� ݁ିଵషలோ ൌ Ͳǡͷͺ� െͳͲିܴܥ ݁ ൌ Ͳǡͷͺ�� ͳͲି ൌ ͲǡͷͶ ή ʹͲ ή ͳͲଷܥ ܥ ؆ ͻǡ͵ ή ͳͲିଵଵܨ (21.2) Questão 22 Tome como referência a figura 22.1. Suponha que o capacitor esteja carregado com uma carga máxima ݍ; no instante t = 0 a chave S é movida do terminal a para o terminal b. Mostre que toda energia elétrica inicial ܷ é transformada em calor por efeito Joule. Figura 22.1 Resolução: Na descarga do capacitor, a expressão da carga armazenada nele é dada por: ݍሺݐሻ ൌ ݍ݁ି ௧ோ (22.1) A expressão da energia armazenada no capacitor é dada por: ܷ ൌ ݍଶʹܥ (22.2) Assim, utilizando (22.2) em (22.1), teremos: ܷ ൌ ܷ݁ିଶ௧ோ (22.3) Em que ܷ ൌ బమଶ. Assim, tomando o limite de (22.3), quando o tempo tende ao infinito, teremos: ௧՜ஶܷ ൌ ܷ ௧՜ஶ ݁ିଶ௧ோ ൌ Ͳ (22.4) A energia cedida pelo capacitor foi aproveitada pelo resistor em seu próprio aquecimento. Podemos também encontrar a potência dissipada pelo resistor. De (22.1), teremos para a corrente no resistor: ݅ ൌ ݀ݍ݀ݐ ൌ െ ݍܴܥ ݁ି ௧ோ (22.5) Utilizando (22.5), teremos para a potência dissipada: ܲ ൌ ܴ݅ଶ ൌ ݍଶܴܥଶ ݁ିଶ௧ோ ൌ ʹܴܥ ܷ (22.6) Tomando o limite de (22.6), utilizando (22.4), teremos: ௧՜ஶܲ ൌ ʹܴܥ ௧՜ஶܷ ൌ Ͳ (22.7) ߝ ܴ ܥ a b www.profafguimaraes.net 14 Questão 23 Sejam ݅ଵǡ ݅ଶǡ ݅ଷǡ ଵܸǡ ଶܸ�� ଷܸ, respectivamente, as correntes e diferenças de potencial através dos resistores ܴଵǡ ܴଶ��ܴଷ do circuito da figura 23.1. Seja também ܸ a diferença de potencia entre as placas do capacitor C. (a) Faça um gráfico que descreva, qualitativamente, a dependência com o tempo das grandezas acima, a partir do momento em que é ligada a chave S. (b) Depois de permanecer ligada durante várias constantes de tempo, a chave S é desligada. Faça um novo gráfico qualitativo da variação com o tempo das mesmas grandezas, a partir do momento em que S é desligada. Figura 23.1 Resolução: a) Imediatamente após a ligação, podemos considerar o capacitor como um condutor comum. Assim, teremos uma resistência equivalente dada por: ܴ ൌ ܴଵ ܴଶܴଷܴଶ ܴଷ (23.1) Com isso, a corrente fornecida pela bateria será: ܫଵ ൌ ܴߝ (23.2) Depois de certo tempo, várias vezes a constante de tempo capacitiva, o capacitor está praticamente carregado e a corrente no resistor 3 é praticamente nula. Assim a resistência equivalente do circuito será: ܴԢ ൌ ܴଵ ܴଶ (23.3) E desta forma, a corrente fornecida pela bateria será: ܫԢଵ ൌ ߝܴԢ (23.4) Em que ܫଵ ܫԢଵ. Logo, teremos para os gráficos do resistor 1: Para o resistor 2, imediatamente após a ligação, teremos: ܫଶ ൌ ܴଷܫଷܴଶ (23.5) E ܫଵ ൌ ܫଶ ܫଷ (23.6) Utilizando (23.6) em (23.5), teremos: ߝ ܴଵ ܥ S ܴʹ ܴ͵ ݅ଵ ܫଵ ܫԢଵ ݐ Ͳ ଵܸ ܴଵܫଵ ܴଵܫԢଵ ݐ Ͳ www.profafguimaraes.net 15 ܫଶ ൌ ܴଷܫଵܴଶ ܴଷ (23.7) E ܫଷ ൌ ܴଶܫଵܴଶ ܴଷ (23.8) Em que ܫଵ é dada por (23.2). Pode-se observar que ܫଵ ܫଶ��ܫଵ ܫଷ. Após o intervalo de tempo de carga do capacitor supracitado, teremos: ܫԢଶ ՜ ܫԢଵ���ܫԢଷ ՜ Ͳ (23.9) Então teremos para os resistores 2 e 3: E para o capacitor, temos que inicialmente a tensão é nula. E para o intervalo de tempo várias vezes a constante de tempo capacitiva, a tensão tende para a tensão do resistor 2. Assim, teremos: b) Desligando a chave, teremos para o resistor 1, ݅ଵ ൌ Ͳ�� ଵܸ ൌ Ͳ. Agora, levando em consideração que o capacitor se encontra carregado, a corrente fornecida por ele será: ݅ ൌ െ ܴଶܫԢଵܴଶǡଷ ݁ି ௧ோమǡయ (23.10) Em que ܴଶǡଷ ൌ ܴଶ ܴଷ. O sinal negativo indica que a corrente fornecida pelo capacitor tem o ݅ଶ ܫԢଵ ܫଶ ݐ Ͳ ଶܸ ܴଶܫԢଵ ܴଶܫଶ ݐ Ͳ ݅ଷ ܫଷ ݐ Ͳ ଷܸ ܴଷܫଷ ݐ Ͳ ܸ ଶܸ ݐ Ͳ www.profafguimaraes.net 16 sentido invertido. Assim, para os resistores 2 e 3 teremos: Obs.: Só por uma questão de coerência com o sinal da corrente, construiu-se o gráfico com a curva abaixo do eixo dos tempos. Agora, para a tensão (d.d.p.) para os resistores 2 e 3, teremos: Também aqui foram construídos os gráficos com as curvas abaixo do eixo dos tempos. Questão 24 No circuito da figura 24.1, temos ߝ ൌͳʹͲͲܸǡ ܥ ൌ ǡͷͲߤܨ��ܴଵ ൌ ܴଶ ൌ ܴଷ ൌ ǡ͵ͲݔͳͲହ�ȳ. Com o capacitor C completamente descarregado, a chave S é fechada, repentinamente (t = 0). (a) Determinar, para t = 0 e t = ∞, as correntes através de cada resistor. (b) Representar qualitativamente num gráfico a queda de potencial ଶܸ através de ܴଶ desde t = 0 até t = ∞. (c) Quais são os valores numéricos de ଶܸ em t = 0 e t = ∞? (d) Dar o significado físico de “t = ∞” e estabelecer um limite inferior aproximado, mas significativo (em segundos), para “t = ∞”, neste caso. Figura 24.1 Resolução: a) Essa questão é semelhante à questão anterior. Para t = 0, o capacitor, estando descarregado, funciona como um condutor comum. Sendo assim, a resistência equivalente é dada por (23.1). Substituindo os valores, teremos para a resistência equivalente do circuito: ܴ ൌ ͳͲǡͻͷ ή ͳͲହ�ȳ (24.1) Com isso, a corrente fornecida pela bateria será: ݅ଵ ൌ ܴߝ ؆ ͳǡͳ�݉ܣ (24.2) Que é a corrente que percorre o resistor 1. Para os resistores 2 e 3, como são idênticos: ݅ଶ ൌ ݅ଷ ൌ Ͳǡͷͷ�݉ܣ (24.3) ݅ଶǡ ݅ଷ ݅ ݐ Ͳ ଶܸ ܴଶ݅ ݐ Ͳ ଷܸ ܴଷ݅ ݐ Ͳ ߝ ܴଵ ܥ S ܴʹ ܴ͵ www.profafguimaraes.net 17 Agora para t = ∞, a resistência equivalente será dada por (23.3), ou seja: ܴԢ ൌ ͳͶǡ ή ͳͲହȳ (24.4) Logo, a corrente fornecida pela bateria será: ݅Ԣଵ ൌ ߝܴԢ ؆ Ͳǡͺʹ�݉ܣ (24.5) Que também será a corrente do resistor 2. Como o capacitor estará carregado, a corrente no resistor 3 será nula. b) e c)Utilizando os resultados de (24.3) e (24.5), teremos: ଶܸ ൌ ܴଶ݅ଶ ൌ ͶͲͳǡͷ�ܸ�݁�ܸԢଶ ൌ ܴଶ݅Ԣଶ ൌ ͷͻͺǡ�ܸ (24.6) d) Esse tempo é o esperado para uma carga total do capacitor. O limite inferior será a constante de tempo capacitiva RC. Sabemos que a equação para a carga desse capacitor é dada por: ݍ ൌ ܥ ଶܸ ൬ͳ െ ݁ି ௧ோ൰ (24.7) Então a corrente no resistor 3 é dada por: ݅ଷ ൌ ݀ݍ݀ݐ ൌ ܥ ଶܸܴܥ ݁ି ௧ோ (24.8) Para t= 0, teremos: ݅ଷ ൌ Ͳǡͷͷ ή ͳͲିଷ�ܣ (24.9) Assim, de (24.8), utilizando (24.6) e (24.9), teremos: Ͳǡͷͷ ή ͳͲିଷ ൌ ǡͷ ή ͳͲି ή ͶͲͳǡͷܴܥ �� ܴܥ ؆ ǡͳʹ�ݏ (24.10) Questão 25 Malha infinita. A rede com os resistores ܴଵ e ܴଶ indicados na figura 25.1 se estende até o infinito pelo lado direito. Prove que a resistência total ்ܴ dessa rede infinita é dada por: ்ܴ ൌ ܴଵ ඥܴଵଶ ʹܴଵܴଶ. (Dica: Uma vez que a rede se estende até o infinito, a resistência da rede situada à direita dos pontos c e d também é igual a ்ܴ) Figura 25.1 Resolução: Um problema semelhante foi resolvido em: Questões de eletricidade 6 em ensino médio exercícios resolvidos. A resolução é idêntica ao referido caso. Seja a resistência equivalente entre os terminais c e d igual a ்ܴ . O fato de se adicionar aos terminais c e d um ramo à esquerda com os terminais a e b, não deve oferecer nenhuma mudança significativa, ou seja, a resistência equivalente entre os terminais a e b também será ்ܴ . Assim poderemos escrever: ଶܸሺܸሻ ͷͻͺǡ ͶͲͳǡͷ ݐሺݏሻ Ͳ ܴଶ ܴଵ ܴଶ ܴଵ ܴଵ ܴଵ ܴଵ ܴଵ a b c d . . . οݔ www.profafguimaraes.net 18 ்ܴ ൌ ʹܴଵ ܴଶ ή ்ܴܴଶ ்ܴ (25.1) Resolvendo a equação (25.1), teremos: ்ܴሺܴଶ ்ܴሻ ൌ ʹܴଵሺܴଶ ்ܴሻ ܴଶ்ܴ �� ܴଶ் െ ʹܴଵ்ܴ െ ʹܴଵܴଶ ൌ Ͳ (25.2) Resolvendo a última equação de (25.2), por Bhaskara, teremos: ்ܴ ൌ ܴଵ േටܴଵଶ ʹܴଵܴଶ (25.3) No entanto, devemos tomar o sinal positivo, pois ሾܴଵଶ ʹܴଵܴଶሿభమ ܴଵ. Logo: ்ܴ ൌ ܴଵ ටܴଵଶ ʹܴଵܴଶ (25.4) Questão 26 Axônios e cadeia atenuadora. A rede que se estende até o infinito da figura 25.1 denomina-se cadeia atenuadora, uma vez que nessa cadeia de resistores a diferença de potencial entre o fio superior e o fio inferior diminui, ou se atenua, ao longo do comprimento da cadeia. A) Mostre que, se a diferença de potencial entre os pontos a e b indicados na figura 25.1 é ܸ, então a diferença de potencial entre os pontos c e d é dada por ܸௗ ൌ ܸ ሺͳ ߚሻΤ , onde ߚ ൌ ʹܴଵሺ்ܴ ܴଶሻ ்ܴܴଵΤ e ்ܴ , a resistência total da rede, foi obtida na questão anterior (eq. (25.4)). B) Se a diferença de potencial entre os terminais a e b da extremidade esquerda da rede na figura 25.1 for ܸ, mostre que a diferença de potencial entre pontos do fio superior e os pontos do fio inferior situados a uma distância igual a n segmentos da rede contados a partir da extremidade esquerda é dada por ܸ ൌ ܸ ሺͳ ߚሻΤ . Considerando ܴଵ ൌ ܴଶ, quantos segmentos serão necessários para produzir uma redução da diferença de potencial ܸ até um valor menor do que 1% do valor de ܸ? C) Uma cadeia atenuadora infinita fornece um modelo para propagação de um pulso de voltagem ao longo de uma fibra nervosa conhecida como axônio. Cada segmento da rede na figura 25.1 representa um pequeno segmento do axônio com um comprimento οݔ. A resistência ܴଵ representa a resistência do fluido dentro e fora da parede da membrana do axônio. A resistência da membrana para uma corrente que flui através da parede é representada por ܴଶ. Para um segmento de axônio com um comprimento οݔ ൌ ͳǡͲ�ߤ݉ǡ ܴଵ ൌ ǡͶ ήͳͲଷ�ȳ��ܴଶ ൌ ͺǡͲ ή ͳͲ଼�ȳ (a parede da membrana é um bom isolante). Calcule ்ܴ e ߚ para um axônio infinitamente comprido. (Essa afirmação é boa, visto que o comprimento do axônio é muito maior do que sua largura; o maior axônio no sistema nervoso humano possui cerca de ͳ�݉ de comprimento, porém seu raio é aproximadamente igual a ͳͲି݉.) D) Qual é a fração da diminuição da diferença de potencial entre a parte interna e a parte externa do axônio depois de uma distância igual a 2,0 mm? A atenuação da diferença de potencial mostra que o axônio não pode ser simplesmente um cabo passivo conduzindo a corrente elétrica; a diferença de potencial deve ser periodicamente reforçada ao longo do comprimento do axônio pelo mecanismo do potencial de ação. E) O mecanismo do potencial de ação é lento, de modo que o sinal se propaga ao longo do axônio com uma velocidade de apenas ͵Ͳ�݉ ή ݏିଵ. Quando se torna necessária uma resposta mais rápida, o axônio é revestido com uma camada de material gorduroso denominado mielina. Os segmentos possuem comprimento aproximado de 2 mm e são separados por lacunas chamadas de nodos de Ranvier; os potenciais de ação são gerados somente nesses nodos. A mielina produz um aumento da resistência de um segmento de ͳǡͲ�ߤ݉ da membrana para ܴଶ ൌ ͵ǡ͵ ή ͳͲଵଶ�ȳ. Para esse axônio revestido com a camada de mielina, qual é a fração da diminuição da diferença de potencial entre a parte interna e parte externa do axônio depois de uma distância compreendida entre dois nodos de Ranvier consecutivos? Essa atenuação menor permite que o pulso chegue ao nodo seguinte com intensidade suficiente para gerar um novo potencial de ação; a velocidade de propagação aumenta porque o pulso se desloca como um sinal elétrico convencional nos segmentos que contêm mielina. www.profafguimaraes.net 19 Resolução: a) A diferença de potencial entre a e b é dada por: ܸ ൌ ்ܴ݅ (26.1) A diferença de potencial entre c e d é dada por: ܸௗ ൌ ൬ ܴଶ்ܴܴଶ ்ܴ൰ ݅ (26.2) Utilizando (26.1) em (26.2), teremos: ܸௗ ൌ ܸܴଶ ்ܴܴଶ (26.3) Agora, utilizando a primeira equação de (25.2), teremos: ܸௗ ൌ ܸͳ ߚ Ǣ �ߚ ൌ ʹܴଵሺܴଶ ்ܴሻܴଶ்ܴ (26.4) b) Observa-se que para o primeiro segmento, temos de (26.4): ଵܸ ൌ ܸͳ ߚ (26.5) Para o segundo segmento: ଶܸ ൌ ଵܸͳ ߚ ֜ ଶܸ ൌ ܸሺͳ ߚሻଶ (26.6) E claro, considerando a rede infinita: ܸ ൌ ܸሺͳ ߚሻ (26.7) Agora, seja ܴଵ ൌ ܴଶ ൌ ܴ. Teremos: ்ܴ ൌ ܴ൫ͳ ξ͵൯ (26.8) Logo: ߚ ؆ ʹǡ͵ (26.9) Utilizando (26.7) e (26.9), para బ ൌ ͳͲିଶ, teremos: ͳͲିଶ ൌ ͳሺͳ ʹǡ͵ሻ�� ʹ ͳͲ ൌ ݊ ͵ǡ͵ �� ݊ ؆ ͵ǡͷͳ (26.10) Ou seja, cerca de 4 segmentos. c) Substituindo os dados, teremos: ்ܴ ൌ ͵ǡʹͳ ή ͳͲ�ȳ����ߚ ؆ ͶǡͲ ή ͳͲିଷ (26.11) Um segmento possui um comprimento de ͳǡͲ�ߤ݉ então 2,0 mm possui 2000 segmentos. Utilizando (26.7) e (26.11), teremos: ଶܸܸ ൌ ͳሺͳ Ͷ ή ͳͲିଷሻଶ ൌ ͵ǡͶ ή ͳͲିସ (26.12) d) Utilizando o novo valor para ܴଶ, teremos: ்ܴ ൌ ʹͲͷǡͷ ή ͳͲ�ȳ��ߚ ൌ ǡʹʹ ή ͳͲିହ (26.13) Então: ܸԢଶܸ ൌ ͳሺͳ ǡʹʹ ή ͳͲିହሻଶ ؆ Ͳǡͺͺ (26.14) Questão 27 Um capacitor de alarme contra ladrões. A capacitância de um capacitor pode ser alterada por um material dielétrico que, embora fora do capacitor, esteja suficientemente próximo do capacitor para ser polarizado pelo campo elétrico existente nas bordas de um capacitor carregado. Esse efeito é da ordem de picofarads (pF), porém ele pode ser usado com um circuito eletrônico www.profafguimaraes.net 20 apropriado para detectar uma variação do material dielétrico que está na vizinhança do capacitor. Tal material dielétrico poderia ser o corpo humano, e esse efeito poderia ser usado para projetar um alarme contra ladrões. Considere o circuito simples indicado na figura 27.1. A fonte de tensão possui fem ߝ ൌ ͳͲͲͲ�ܸ e o capacitor apresenta capacitância ܥ ൌ ͳͲǡͲ�ܨ. O circuito eletrônico para detectar a corrente, representado por um amperímetro no diagrama, possui resistência desprezível, sendo capaz de detectar uma corrente da ordem de pelo menos ͳǡͲͲ�ߤܣ e que persista por um tempo de pelo menos ʹͲͲ�ߤݏ depois que a capacitância mudar repentinamente de C para C’. O alarme contra ladrões é projetado para ser ativado quando a capacitância varia de 10%. A) Determine a carga no capacitor de ͳͲǡͲ�ܨ quando ele está plenamentecarregado. B) Supondo que o capacitor esteja plenamente carregado antes de o intruso ser detectado e desprezando o tempo necessário para produzir a variação de capacitância de 10%, deduza uma equação que forneça a corrente que passa em R em função do tempo t desde o momento em que a capacitância foi alterada. C) Determine o intervalo de valores para os quais a resistência R satisfaça as condições especificadas do alarme contra ladrões. O que ocorreria se o valor de R fosse demasiadamente pequeno? E se fosse muito grande? (Dica: Não há como resolver analiticamente o problema, porém é possível usar um método numérico. Expresse o valor de R como uma função logarítmica de R mais grandezas conhecidas. Comece com um valor estimado de R e calcule pela expressão um novo valor. Continue esse procedimento até obter um valor de R com três algarismos significativos.) Figura 27.1 Resolução: a) A carga plena é dada por: ݍ ൌ ܥߝ ൌ ͳͲି଼�ܥ (27.1) b) Alterando o dielétrico, altera-se a capacitância e consequentemente altera-se a carga do capacitor. Assim, aplicando a lei das malhas teremos: ܴ݅ ݍԢܥԢ ൌ ߝ (27.2) Em que q’ e C’ são respectivamente a nova carga e a nova capacitância. Resolvendo a equação diferencial (27.2), com ݅ ൌ ௗᇱௗ௧ , teremos: ݀ݍᇱ݀ݐ ൌ ܥᇱߝ െ ݍᇱܴܥᇱ �� න ݀ݍᇱܥᇱߝ െ ݍᇱᇲబ ൌ න ݀ݐܴܥᇱ௧ �� ܥᇱߝ െ ݍᇱܥᇱߝ െ ܥߝ ൌ െ ݐܴܥᇱ�� ݍᇱ ൌ ܥᇱߝ െ ߝοܥ݁ି ௧ோᇱ (27.3) Em que ݍ é dada por (27.1) e οܥ ൌ ܥԢ െ ܥ. Logo, para a corrente, teremos: ݅ ൌ ݀ݍԢ݀ݐ ൌ ߝοܥܴܥԢ ݁ି ௧ோᇱ (27.4) c) Utilizando os valores fornecidos, teremos, para (27.4): ͳǡͳܴ ή ͳͲି଼ ൌ െʹ ή ͳͲͳǡͳܴ (27.5) Para satisfazer a equação (27.5), temos que: ͳǡͳܴ ή ͳͲି଼ ൏ Ͳ ֜ͳǡͳܴ ή ͳͲି଼ ൏ ͳ�� ܴ ൏ ͻǡͲͻͳ ή ͳͲȳ (27.6) E de forma um tanto óbvia, R > 0. Podemos determinar os valores de R que satisfaçam a equação (27.5) construindo os gráficos das duas funções. ߝ ܴ ܥ A www.profafguimaraes.net 21 Sejam ݂ሺܴሻ ൌ ͳǡͳܴ ή ͳͲି଼ ����݃ሺܴሻ ൌ െ ଶήଵళଵǡଵோ . Para os gráficos, teremos: As curvas se cruzam nos pontos em que ܴ ؆ ǡͳ ή ͳͲ�ȳ��ܴ ؆ ǡͲ ή ͳͲȳ. O gráfico foi construindo a partir de uma planilha. Esse processo não é muito preciso. No entanto nos fornece uma boa aproximação. Agora, utilizando o seguinte algoritmo em C++, é possível encontrar os valores aproximados acima citados com maior precisão. // // Programa para calcular o valor da resistência para o alarme de presença // #include <cstdio> #include <cstdlib> #include <iostream> #include <cmath> using namespace std; int main(int nNumberofArgs, char* pszArgs[]) { double nL = 1.0; double Delta = 1.0e-8; while (nL < 9.0e+7) { double A = (1.1e-8)*nL; double B = -2.0e+7/(1.1*nL); double Dif = log(A) - B; if (Dif < Delta && Dif > -Delta) { cout << log(A) << endl; cout << B << endl; cout << nL << endl; } nL = nL + 1.0; } system ("PAUSE"); return 0; } Os valores encontrados com esse algoritmo são: ܴ ؆ ǡͳͷͳ ή ͳͲ�ȳ��ܴ ؆ ǡͲͳͷ ή ͳͲȳ (27.7) -4 -3 -2 -1 0 1 5,00E+00 5,50E+01 Milhões f(R) g(R)
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