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Farmacologia do Trato Gastrintestinal Breve revisão da fisiologia da secreção gástrica Papel da Gastrina Acetilcolina Histamina Drogas utilizadas no tratamento da úlcera péptica Inibidores da secreção de HCl - Antagonistas dos receptores H2 - Inibidores da “bomba de prótons” - Antiácidos comuns e outras drogas -- Antibióticos (amoxacilina, claritromicina) Célula Entero-Cromafin Célula Parietal M1 ST G M3 H2 G Luz Gástrica Célula Produtora de Gastrina ALIMENTO Parassimpático H H H H AMPc ATPase K+ H++ [Cl]- Mecanismo Secretor da Célula Parietal Katzung. B. - 2005 Somastatina Célula epitelial mucosa RP3 PGE2 PGI2 MUCO inibe Secreção de HCl, muco e bicarbonato no estomago (Rang, Dale & Ritter) As células parietais gástricas secretam o HCl através da “bomba de prótons” (ATPase K+ / H+) Existem três secretagogos endógenos: Histamina, Acetilcolina e Gastrina Antagonistas da Histamina nos Receptores H2 Os Antag. H2 foram introduzidos na terapia da úlcera péptica no inicio dos anos 70 por Black et al. A Cimetidina foi a primeira droga reconhecida para essa finalidade, seguida da Ranitidina, Famotidina ... Agem por antagonismo competitivo da Histamina (segretagogo) nos receptores H2 existentes nas células parietais, inibindo de maneira eficaz a secreção de HCl na luz estomacal. De maneira indireta, também inibem o estímulo da Gastrina sobre as células parietais. Com esse efeito bloqueador H2, ocorre menor formação de Pepsina Todos esses efeitos contribuem para a cicatrização da úlcera Aspectos Farmacocinéticos dos Anti-H2 Cimetidina – Droga Modelo Administração VO com boa biodisponibilidade (exitem preparações injetáveis) Via de regra utilizamos duas doses diárias (manhã / noite) Distribuição Metabolismo Hepático Citocromo P-450 pode ser inibido pela Cimetidina retardando a biotransformação de outras drogas Obs: A droga mais recente: Famotidina é utilizada sempre em dose única diária. Alguns Efeitos Colaterais dos Anti- H2 Os efeitos indesejáveis são revertidos com a interrupção do tratamento Pode ocorrer - diarréia - tonturas - dores musculares - ginecomastia ( Cimetidina ) “afinidade pelos receptores androgênicos“ - confusão mental em idosos Obs: A Ranitidina e a Famotidina produzem esses efeitos com menor intensidade Inibidores da “Bomba de Prótons” Algumas drogas disponíveis Omeprazol Lansoprazol Pantoprazol Rabeprazol Os inibidores da Bomba de Prótons ( H+ / K+ ATPase ) limitam intensamente a fase final da secreção de HCl pela célula parietal. Visão comparativa com os Anti-H2 Cel. Parietal Ach HISTAMINA GASTRINA M2 H2 G H+ K+ Cl- BP H+ K+ C Cl- HCl OMEPRAZOL X X INIBE A SECREÇÃO ÁCIDA X RANITIDINA Aspectos Farmacocinéticos – Inibidores da BP Omeprazol Administração: VO (formulações de liberação entérica) Tem boa difusão Atinge o interior das Cél. Parietais Metabolismo hepático com T1/2 da ordem de uma a duas horas, mas a administração diária mantém concentrações adequadas nos canalículos celulares da CP, garantindo a inibição da BP por pelo menos 24 horas (até 72 hs – Rang, Dale & Ritter) Alguns efeitos colaterais dos Inibidores da BP O principal efeito indesejável é a diarréia (pode ser grave) Cefaléias intensas Erupções cutâneas Já foram descritos casos de: impotência sexual, dores musculares e tonturas ... Farmacocinética comparada dos principais inibidores da bomba de prótons Fármaco Biodisponibilidade T ½ Pico plasmático (h) Omeprazol 40 a 60 % 1 h 2 Lanzoprazol 80 a 90 % 1,5 h 2 Pantoprazol 77 % 2 h 2 a 4 Rabeprazol 52 % 1,5 h 2 a 5 Omeprazol Omeprazec (cápsulas de 20 mg) Lanzoprazol Lanz (cápsulas de 15 a 30 mg) Pantoprazol Pantozol (comprimidos de 20 a 40 mg) Ziprol (comprimidos de 20 a 40 mg) Rabeprazol Pariet (comprimidos de 10 a 20 mg) Exemplos de apresentações farmacêuticas AGENTES QUE REDUZEM A ACIDEZ GÁSTRICA (resumo) Antagonistas dos Receptores H2 – Ranitidina Inibidores da “bomba de prótons” – Omeprazol Antiácidos comuns – Trissilicato de magnésio, Hidróxido de alumínio ... Quelato de Bismuto Sucralfato Outras drogas com capacidade citoprotetora da mucosa gástrica Sucralfato (Sucrafilm) O que é: Um complexo de hidróxido de Al. e sacarose sulfatada Na presença do HCl do estômago, libera o Al. com carga negativa. É administrado VO e pode reduzir a absorção da Digoxina, Amitriptilina e alguns antibióticos Pode causar constipação intestinal (15 % dos pacientes) Película protetora FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) REFLUXO GASTRO ESOFÁGICO (DRGE) Aspectos básicos (fisiopatologia da DRGE) Objetivos terapêuticos Conteúdo estomacal refluem para o esôfago (HCl) podendo causar inflamação da mucosa esofágica, levando a sua erosão, ou esofagite O refluxo esta associado com distensão gástrica e uma pressão reduzida do esfíncter esofágico, com aumento do peristaltismo do esôfago Drogas utilizadas: - Inibidores da Bomba de Prótons - Pró-Cinéticos Farmacologia dos agentes procinéticos São fármacos que aumentam a motilidade do trato gastrintestinal. São agentes de categorias químicas diversas - Fármacos colinérgicos (Betanecol) Promovem estimulação colinérgica nos receptores M1 / M2 da musculatura lisa do TGI
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