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O CORAÇÃO COMO UMA BOMBA Capítulo 9Capítulo 9 FISIOLOGIA DO MÚSCULO CARDÍACO • Músculo atrial • Músculo ventricular Fibras contráteis DIFERENÇAS ENTRE OS 3 MÚSCULOS: Cardíaco Liso Esquelético Esquelético Cardíaco Liso Inervação Neurotransmissor Receptor Velocidade de Contração Intensidade Contração MORFOLOGIA – HISTOLOGIA Célula, proteínas contráteis túbulo T, sarcômero Gasto energético Tipo de contração FISIOLOGIA DO MÚSCULO CARDÍACO • Fibras especializadas excitatórias e condutoras Descargas elétricas rítmicas automáticas ANATOMIA FISIOLÓGICA DO MÚSCULO CARDÍACO • Malha ou treliça • Estriado • Filamentos de actina e miosina • Sincício • Discos intercalares• Discos intercalares • “ Gap junctions “ • Sincício atrial • Sincício ventricular • Tecido fibroso circundando as aberturas valvas atrioventriculares • Sistema especializado de contração – feixe A-V. Átrios contraem antes dos ventrículos POTENCIAIS DE AÇÃO Causa do potencial prolongado e do platô ? Abertura dos canais rápidos de sódio Abertura dos canais lentos de cálcio ou canais de cálcio-sódio Diminuição da permeabilidade da membrana aos íons potássioaos íons potássio Quando os canais de cálcio-sódio se fecham a permeabilidade ao potássio aumenta rapidamente retornando a membrana ao seu potencial de repouso Velocidade de contração do sinal no miocárdio Fibras musculares atriais: 0,3 m/s ventriculares: 0,5 m/sventriculares: 0,5 m/s Fibras de Purkinge: 4 m/s Período Refratário Fibras musculares atriais: 0,15 s ventriculares: 0,30 sventriculares: 0,30 s PERÍODO REFRATÁRIO ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO – CONTRAÇÃOCONTRAÇÃO Acoplamento excitação-contração Potencial de ação Túbulos transversais – T Túbulos sarcoplasmáticos Túbulos sarcoplasmáticos longitudinais Liberação cálcio para as miofibrilas Acoplamento excitação-contração Além do retículo sarcoplasmático os túbulos T liberam grande quantidade adicional de cálcio.adicional de cálcio. A entrada de cálcio ativa canais de liberação de cálcio – canais de receptores de rianodina na membrana do retículo sarcoplasmático. Acoplamento excitação-contração O retículo sarcoplasmático do miocárdio é menos desenvolvido que o do músculo esquelético e não armazena cálcio suficiente para a contração. Os túbulos T do miocárdio têm diâmetros 5 vezes maior. No seu interior existe grande quantidade de mucopolissacarídeos com carga negativa onde se liga o cálcio. Acoplamento excitação-contração As aberturas dos túbulos T passam diretamente através da membrana do miocárdio para o LEC. A disponibilidade de íons cálcio para a contração depende em grande parte da concentração de íons cálcio no LEC. Acoplamento excitação-contração Ao final do platô do potencial de ação cardíaco, os íons cálcio são transportados de volta para o retículo sarcoplasmático através da bomba de cálcio-ATPase.cálcio-ATPase. São também bombeados para o LEC dos túbulos T pelo trocador sódio-cálcio. O sódio que entra na célula é transportado para fora através da bomba sódio-potássio-ATPase. O CICLO CARDÍACO SÍSTOLE DIÁSTOLE O CICLO CARDÍACO Ciclo cardíaco é o conjunto de eventos entre um batimento e o outro Condução átrios para ventrículos Retardo de 0,1 segundo na passagem do impulso Retardo de 0,1 segundo na passagem do impulso dos átrios para os ventrículos Atrios agem como bomba de escova para os ventrículos Efeito da frequência cardíaca na duração do ciclo Quando a frequência cardíaca aumenta a duração de cada ciclo diminui. A duração do potencial de ação, da sístole e da diástole diminuem sendo a duração da diástole diástole diminuem sendo a duração da diástole mais afetada. Assim o coração não permanece relaxado o tempo suficiente para permitir o seu enchimento completo. O CICLO CARDÍACO Relação do ECG com o ciclo cardíaco Onda P: disseminação da despolarização atrial seguida pela contração atrial QRS: despolarização ventricular o que inicia a QRS: despolarização ventricular o que inicia a contração ventricular Onda T: repolarização ventricular quando suas fibras começam a relaxar Função dos átrios como bomba da escova Sg flue diretamente átrios para ventrículos – 80% A contração atrial – 20 % Perda da contração atrial O CICLO CARDÍACO Variação da pressão nos átrios Onda a: contração atrial Onda c: refluxo sg para átrios no início da Onda c: refluxo sg para átrios no início da contração ventricular Onda v: lento fluxo de sg das veias para os átrios no final da contração ventricular O CICLO CARDÍACO Função dos ventrículos como bomba _ Enchimento dos ventrículos durante a diástole Durante sístole ocorre acúmulo de sg nos átrios Final sístole o aumento na pressão nos átrios abre as valvas A-V = período de enchimento rápido ventricular = Primeiro terço da diástolePrimeiro terço da diástole Segundo terço da diástole o sg continua a chegar aos átrios e fluindo para ventrículo Terceiro terço da diástole é representada pela contração atrial = 20 % do enchimento ventricular. O CICLO CARDÍACO Esvaziamento ventricular durante a sístole _ Período de contração isovolumétrica – Isométrica Após o início da contração ventricular a pressão ventricular sobe fechando as valvas AV e abrindo as semilunares _ Período de ejeção_ Período de ejeção Primeiro terço da ejeção: 70 % sg - Período de ejeção rápida Segundo e terceiro terços: 30 % - Período de ejeção lenta O CICLO CARDÍACO Esvaziamento ventricular durante a sístole _ Período de relaxamento isovolumétrico – Isométrico Final da sístole ocorre o relaxamento ventricular, as altas pressões nas artérias fecham as valvas semilunares. As pressões intraventriculares diminuem rapidamente aos valores diastólicos e as valvas AV abrem. B1: Fechamento das valvas AV. B2: Fechamento das aórtica e pulmonar. B3 – Influxo sangue no interior dos ventrículos. Pode ser auscultada em crianças normais e adultos jovens. B4 – Contração atrial consequente ao influxo de sangue no ventrículo. Ocorre no terço final da diástole B4 resulta da brusca expansão, e vibração, do ventrículo consequente à contração atrial vigorosa. Esse é fator essencial para a gênese de B4. Isso é comprovado na clínica quando se verifica que B4 não é audível nem palpada na fibrilação atrial, arritmia cardíaca que se caracteriza pela ausência de contração atrial eficaz." "Entretanto, sístole atrial vigorosa não é suficiente para a produção de B4. É também indispensável que contribua, de modo efetivo, para o enchimento ventricular. Se existe qualquer obstáculo que impeça que a contração atrial vigorosa colabore de maneira importante para o enchimento ventricular, fato que ocorre na estenose mitral ou tricúspide, não se identifica B4." Volume diastólico final: 110 a 120 ml Débito sistólico: 70 ml Volume sistólico final: 40 a 50 ml Fração de ejeção: 60 % ECOCARDIOGRAMA Parâmetros Estruturais: Aorta (diâmetro da raiz): Átrio esquerdo: Diâmetro ventricular direito: Diâmetro diastólico final do VE: Diâmetro sistólico final do VE: Espessura diastólica do septo: ECOCARDIOGRAMA: Relações e funções ventriculares: Fração de ejeção: Volume diastólico final: Débito sistólico: Volume sistólico final: Funcionamento das valvas _ Atrioventriculares Abrem e fecham passivamente Valvas AV, finas e membranosas, quase não requerem pressão retrógada para se fecharemenquanto as semilunares muito mais pesadas requerem fluxo retrógado. Função dos músculos papilares Contraem-se ao mesmo tempo que as paredes dos ventrículos e puxam as extremidades das valvas em ventrículos e puxam as extremidades das valvas em direção aos ventrículos evitando que sejam abauladas em direção dos átrios levando ao refluxo de sg. Valvas aórtica e pulmonar _ Fechamento repentino devido as altas pressões nas artérias enquanto as AV fecham suavemente. _ Velocidade de ejeção maior que as AV porque apresentam aberturas menores. _ Mais sujeitas a lesões mecânicas que as AV. _ Constituídas por tecido fibroso forte enquanto as AV são contidas pela cordoalha tendínea. Curva da pressão aórtica A chamada incisura ocorre na curva de pressão aórtica no momento em que a valva aórtica se fecha. É causada pelo breve período de fluxo de sangue retrógado imediatamente antes do fechamento valvar seguido pela imediatamente antes do fechamento valvar seguido pela cessação abrupta desse refluxo. As curvas de pressão no VD e artéria pulmonar são semelhantes às obtidas no VE e aorta, porém os valores das pressões são 1/6 dos valores. O CICLO CARDÍACO Relação dos sons cardíacos e o bombeamento cardíaco _ Primeiro som cardíaco ou primeira bulha Fechamento da valva AV _ Segundo som cardíaco ou segunda bulha Fechamento das valvas semilunares A curva de pressão diastólica é determinada pelo enchimento do coração e medida antes do início da contração ventricular é a chamada pressão diastólica final do ventrículo. A curva de pressão sistólica é determinada pela medida da pressão sistólica durante a contração ventricular. Diagrama volume-pressão durante o ciclo cardíacoo ciclo cardíaco Pré-carga Grau de tensão do músculo quando este começa a contrair. Pressão diastólica final Pós-cargaPós-carga Carga contra a qual o músculo exerce sua força contrátil. É a pressão na raiz da aorta ou pressão sistólica descrita na fase III do diagrama de volume-pressão Energia química necessária para a contração cardíaca Aproximadamente 70 a 90 % da energia utilizada deriva do metabolismo oxidativo dos ácidos graxos. E 10 a 30 % deriva de outros nutrientes como lactato e glicose.glicose. O consumo de oxigênio do coração e o gasto de energia química durante a contração estão diretamente relacionados a área sombreada e consiste no trabalho externo – EW. O consumo de oxigênio pelo coração é proporcional à tensão que ocorre no músculo cardíaco durante a contração. Quando a pressão sistólica é alta ou o ventrículo esta Quando a pressão sistólica é alta ou o ventrículo esta dilatado maior é a quantidade de energia química utilizada na contração. Ex: ICC Eficiência da contração cardíaca Durante a contração a maior parte da energia consumida é convertida em calor e, em menor proporção, em trabalho. A proporção entre a produção de calor e a energia química total consumida é denominada energia química total consumida é denominada eficiência da contração cardíaca. A eficiência máxima do coração oscila entre 20 a 25 %. Na insuficiência cardíaca pode cair até 5 a 10 %. Regulação do bombeamento cardíaco Em repouso o coração bombeia apenas 4 a 6 litros de sg por minuto. Durante o exercício intenso pode bombear de 4 a 7 vezes esta quantidade. Os meios básicos de regulação do volume bombeado Os meios básicos de regulação do volume bombeado são: _ Regulação cardíaca intrínseca _ Controle da frequência cardíaca e da força de contração pelo SNA Regulação cardíaca intrínseca Regulação intrínseca do bombeamento cardíaco Mecanismo de Frank-Starling DC = RV Quanto maior a distensão do miocárdio durante o enchimento maior será a sua força de contração e consequentemente a quantidade de sangue bombeada. Dentro dos limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias. Curvas de função ventricular Curva do volume ventricular Controle do coração pelo SNA SNS SNPSNP Mecanismos de excitação cardíaca pelos nervos simpáticos Estímulos simpáticos podem aumentar a frequência cardíaca normal de 70 btm/min para 200 btm/min e raramente para 250 btm/min.raramente para 250 btm/min. Aumentam também a força de contração até o dobro do normal aumentando o volume bombeado e a pressão de ejeção. Mecanismos de excitação cardíaca pelos nervos simpáticos A inibição simpática pode diminuir moderadamente o bombeamento porque estas fibras apresentam descarga bombeamento porque estas fibras apresentam descarga contínua mantendo o bombeamento 30 % acima do normal Mecanismos de excitação cardíaca pelos nervos parassimpáticos As fibras distribuem mais nos átrios alterando assim mais a frequência cardíaca do que a força de contração. Forte estimulação parassimpática pode parar o coração Forte estimulação parassimpática pode parar o coração por alguns segundos, mas o coração volta com uma frequência de 20 a 40 btm/min. Um estímulo vagal forte pode diminuir a força de contração miocárdica por 20 a 30 %. Curva da função cardíaca Efeito dos íons potássio e cálcio no funcionamento cardíaco _ Potássio O seu excesso faz com que o coração dilate e fique flácido, além de diminuir a frequência cardíaca. Grandes quantidades pode bloquear a condução do impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos. A elevação na sua concentração para 2 a 3 vezes o valor normal pode provocar fraqueza e ritmo de btm anormais levando a morte Efeito dos íons potássio e cálcio no funcionamento cardíaco _ Cálcio O seu excesso faz com que o coração apresente O seu excesso faz com que o coração apresente contrações espásticas. A sua deficiência causa flacidez. Efeito da temperatura no funcionamento cardíaco _ Temperatura corporal aumentada (febre) provoca aumento na frequência cardíaca. _ Temperatura corporal diminuída provoca diminuição na frequência cardíaca. Na hipotermia grave, 15° a 21° C, a frequência cae para poucos batimentos por minuto. _ Aumentos moderados de temperatura, exercícios, provocam aumento da força contrátil do coração. 160 O CORAÇÃO COMO UMA BOMBA Capítulo 9 FISIOLOGIA DO MÚSCULO CARDÍACO ANATOMIA FISIOLÓGICA DO MÚSCULO CARDÍACO Período Refratário Fibras musculares atriais: 0,15 s ventriculares: 0,30 s Função dos átrios como bomba da escova Sg flue diretamente átrios para ventrículos – 80% A contração atrial – 20 % Perda da contração atrial O CICLO CARDÍACO
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