Buscar

trabalho grupo 7º

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA
trabalho interdisciplinar EM GRUPO
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
“A MISTURA DE RAÇAS NO BRASIL”
Araçatuba
2017
trabalho interdisciplinar EM GRUPO
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
“A MISTURA DE RAÇAS NO BRASIL”
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Organização e Didática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Avaliação da Aprendizagem e Ação Docente; Ensino de Ciências Naturais e Saúde Infantil; Educação de Jovens e Adultos; Prática Pedagógica Interdisciplinar: Ensinar e aprender na educação de jovens; Estágio Curricular obrigatório I: Educação Infantil; Seminário Interdisciplinar VI;Profs. Tatiane Mota Santos Jardim; Patrícia Alzira Proscêncio; Bruna Donato Reche; Andrea Zompero; Maurílio Bergamo; Taísa Grasiela G.L. Gonçalves; Vilze Vidote Costa; Okçana Battini; Marcia Bastos; Jackeline R. G. Guerreiro.
 Tutora eletrônica: Nayara Cordista Alignani
Tutor(a) de sala: Ana Claúdia Laranja Jerônimo
Araçatuba
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................1
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................2
3 CONCLUSÃO..........................................................................................................6
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................7
1. Introdução:
	O presente projeto tem o intuito de trabalho a formação do povo brasileiro na perspectiva de salientar os traços culturais que herdou das etnias afro-indígena dentro da sociedade brasileira.
A discriminação e o preconceito a essas duas etnias (índio e afro) são visíveis nos livros didáticos e dentro da sociedade brasileira, onde são marginalizados e relegados ao esquecimento, sendo abordadas questões apenas em datas específicas, que não conseguem resolver o problema quanto ao preconceito e nem a discriminação.
           O povo brasileiro é produto da miscigenação das três etnias (Branco europeu, índio e afro), é inquestionável todas as heranças que foram incorporadas a vida dos brasileiros através da miscigenação e pouco reconhecido, seja na arte, cultura, vocabulário, alimentos e outros inúmeros hábitos, que enriqueceram o povo brasileiro, que hoje fazem parte do nosso dia a dia.
 Nada mais justo que reconhecer diante da história a importância que essas duas etnias tiveram para forma o povo brasileiro com sua inquestionável riqueza e que hoje precisa uma reflexão sobre essas falta de reconhecimento e o preconceito que sofrem.
 O projeto procura-se apresentar de forma interdisciplinar, que atende a Lei 10.639/2003 e a Lei 11.645/2008, que determinou a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” no currículo oficial da rede de ensino fundamental e médio nas escolas públicas e particulares do Brasil. 
. Priorizar um ensino multicultural de cunho interdisciplinar que valorize as diversidades e não particularize o ensino de história a partir de uma cultura, de uma só visão, primeiro por que o Brasil é diverso, e sendo assim inúmeras culturas se relacionam e formam os vários brasis.
 Trabalhar a história e cultura afro-brasileira e indígena na escola é fazer com que o país conheça a si próprio, oferecendo ao aluno condições para estar em contato com as tradições de seu país, em especial o Brasil que apresenta uma rica cultura, buscando sua valorização, promoção e preservação.
Refletir ainda sobre a questão das diferenças, mostrando que elas existem e são necessárias.
Rumo à sensibilização e conscientização para uma população mais igualitária onde prevaleça acima de tudo o respeito.
2. SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM INTERDISCIPLINARES:
Identificação da escola: EMEB ÍNDIO POTY
Disciplinas: Língua Portuguesa, História, Geografia, Artes, Matemática, Ciências e Educação Física.
Período de realização: Fevereiro a Julho
Turma: 2ºAno do Ensino Fundamental
Professores: Carmen Lúcia Joventino Mirio; Edna da Silva Vitorino; Héllen Mara de Oliveira Silva Santos; Marcia Aquino Beserra; Marlene Maria de Oliveira; Rosemar da Silva Ramos.
Objetivo geral: 
Perceber a mistura de raças existente no Brasil e que a maioria das crianças é fruto dessa mistura. Reconhecer e valorizar a diversidade humana, partindo de um processo de conhecimento e respeito de nossas identidades culturais, com o intuito de resgatar e fomentar atitudes individuais e coletivas contra o preconceito e a favor do respeito às diferenças.
Objetivos específicos: 
Reconhecer e valorizar a diversidade, que está intrinsecamente ligada ao respeito ao outro, com suas crenças, credos e valores, superando assim, a intolerância e a violência entre os indivíduos;
Identificar e analisar diferentes situações cotidianas que refletem a intolerância, desrespeito à diversidade e analisar de forma crítica os elementos geradores das diferenças, objetivando o combate ao preconceito, ao racismo, fatores de exclusão do educando;
Conhecer diferentes manifestações culturais e suas influências na construção das identidades dos povos;
Possibilitar a construção de um “nós” entre a cultura africana e a brasileira, de uma história e de uma identidade, possibilitando a releitura e a valorização da cultura afro-brasileira e dos afro-descendentes; 
 Trabalhar a construção de uma auto-estima positiva no educando, para que o mesmo possa fazer suas considerações positivas no relacionamento social com os seus semelhantes respeitando as diversidades aprendendo a lidar com as diferenças dentro e fora da escola.
Conteúdos: 
 Discutir as relações raciais no ambiente escolar;
Reconhecer e valorizar a cultura africana e indígena, como formadora da nossa cultura;
Promover o respeito pelas várias etnias;
Reconhecer a constante presença da marca africana na literatura, na música, na culinária, na arquitetura, na linguística, na criatividade na forma de viver, de pensar, de dançar, de rezar entre outros;
Cronograma de atividades:
2 vezes por semana de 50 minutos por dia no mês de Fevereiro será realizado o conhecimento prévio dos alunos, pesquisas, literatura e amostras de imagens;
2 vezes por semana de 50 minutos por dia no mês Março será realizado pela internet, identificação do Continente Africano, seus costumes e culturas; assistir vídeos e músicas indígenas.
2 vezes por semana de 50 minutos por dia no mês de Abril será realizado a arte Africana das obras Pablo Picasso, costumes africanos, máscaras, esculturas, pinturas e entre outros.
2 vezes por semana de 50 minutos por dia no mês de Junho será realizado a danças, jogos e a produção coletiva de cartazes com tema: Preconceito, Discriminação e Racismo para conscientização de futuros agentes para uma sociedade melhor. 
No mês de Julho fazer a apresentação das esculturas, objetos e expor nos corredores da escola os cartazes com o objetivo da conscientização.
Percurso metodológico: 
1ªProposta:
A comunicação em roda de conversa, que faz o levantamento do conhecimento prévio que os alunos possuem sobre Preconceito, Discriminação e Racismo, retomando questões pertinentes ao cotidiano deles, como a mistura de povos no Brasil, a escravidão e a influência cultural exercida pelos africanos sobre a cultura brasileira e leitura da Fábula Africana “O macaco e o peixe”.
A pesquisa que representa buscar e explorar novas fontes e formas de conhecer a cultura afro-brasileira e indígena, juntamente com o conteúdo das aulas e do livro didático para apresentar o resultado das pesquisas em forma de muralou atividades lúdicas que melhor se apliquem ao contexto, com a participação coletiva da turma de forma interdisciplinar.
Abordar de forma crítica as datas comemorativas da cultura afro;  música Mama África de Chico Cezar, Menino de ouro e menino de prata.
Produção escrita para avaliar o entendimento dos alunos sobre o tema.
2ª Proposta:
A tecnologia é um recurso muito importante que pode e deve ser usado a favor da educação. Com a internet o que estava tão longe pode se aproximar e o que não era entendido pode clarear diante dos olhos como uma grande mágica a favor da cultura e do processo de aprendizagem. 
Com a internet a África não é mais um continente tão distante, imagens de costumes, objetos, músicas, danças, roupas e pratos típicos folclóricos. Imagem de máscaras com argila passa a ter outros referenciais, o uso de roupas se amplia quando se entra em contato com o clima da África e a cultura como um todo. 
O aluno pode circular entre as carrancas ou assistir um vídeo de capoeira e tudo será mais amplo no seu mapa de mundo e no seu processo de aprendizagem como um todo.
 3ª Proposta: 
A arte que representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional, desenvolvido para ser utilizado;
A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira.
Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos.
A imagem criada por Pablo Picasso, o artista revela toda a influência da arte africana sobre o seu trabalho. Observe também nas cores a predominância dos tons terrosos.
Fazer uma escultura com argila sobre obra da cultura africana e indígena que vivenciamos no nosso cotidiano, que será escolhida pelos próprios alunos.
4ª Proposta:
 Apresentar a dança afro-brasileira como capaz de resgatar a identidade cultural e promover a interdisciplinaridade, a origem e aspectos históricos da capoeira bem como a contextualização da cultura afrobrasileira e o conteúdo do tráfico negreiro. O Som e movimento do corpo – redescobrir brinquedos cantados na africanidade brasileira. A desconstrução do preconceito racial presente nos esportes provocar a desconstrução do mesmo a partir das vozes, dos gestos, olhares e performances dos alunos.
5ª Proposta:
Solicitar recortes de jornais e revistas que se remetam ao tema para serem trabalhados em sala de aula. Abordar, ao menos, três vertentes da diversidade (música, culinária, etnia, dança etc.), tabular as pesquisas realizadas através de gráficos ou tabelas;
A produção coletiva da turma ficará exposta em um cartaz na sala de aula; após os estudos e discussões, propor aos alunos a reescrita coletiva da definição para os termos: Preconceito, Discriminação e Racismo.
Recursos: 
 Papéis diversos; caderno; lápis; caneta; pincel; argila; pilotos; tintas; lápis de cor; cola; giz de cera; rádio; CD; televisão; DVD; Computador; máquina de Xerox; Internet; roupas; sucatas; músicas e acessórios; livros didáticos e de literatura; filmes e desenhos; murais e outros;
Avaliação: 
 A avaliação será feita a partir de diagnóstico e mediante a realização dos trabalhos e das apresentações em sala de aula, observando também as atitudes preconceituosas que devem diminuir na escola. Ao fim do projeto, com certeza essas ações serão implementadas ao longo de todo o ano, não sendo deixadas de lado após a culminância desse trabalho.
Bibliografia: 
Formando a consciência colorida: a cultura afro na escola. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=58057
Projeto Cultura Negra. http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/consciencia_negra.html 
Cultura africana e afro-brasileira em sala de aula. http://seer.unipampa.edu.br/index.php/siepe/article/view/360
Orientações pedagógicas. http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/abril17/o_partigo26A_1709_2012.pdf
 Maristela Iurk Batista; Uma vivência da cultura afro indígena na escola. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1533-8.pdf
SILVA, Valdemar Félix da. Congada de São Benedito, um auto de conversão na Lapa, música, dança e religiosidade. Dissertação de Mestrado em Ciências da Religião, PUC. São Paulo, 2002.
Referencial Teórico:
Um trabalho na perspectiva interdisciplinar é pautado no diálogo entre os seres humanos e as disciplinas. Assim, entendemos que não existe um passo a passo inflexível, que seria incoerente, mas o registro das vivências que a equipe envolvida tenha percorrido. Por isso, enfatiza-se a importância de materializar a experiência por meio da escrita.
O conhecimento da literatura africana e indígena contemporânea tem tanta coisa bonita e precisa ser difundida, não só na escola, mas nos cursos que formam professores, é preciso que essas discussões se façam presentes de uma forma instigante, apropriada, para que estimulem os professores.
Quando o ser humano tem consciência do  lugar que ocupa no espaço, melhora seu relacionamento com o  grupo social ao qual pertence, tem maior clareza de suas relações com as demais pessoas e condições de se situar historicamente. Diante do exposto só nos agradecer pelo majestoso  Projeto  “A história e cultura afro-brasileira e indígena na escola”, que foi de grande aprendizado cultural tanto para as  propostas submetidas, quanto aos futuros professores, de diversos   segmentos,   mas   que   objetivaram em comum o   aprender a aprender.  (CARMEN, EDNA, HÉLLEN, MARCIA, MARLENE, ROSEMAR, 2017).
 Assim, para nos aproximar-nos de algumas questões pertinentes a historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, como a interdisciplinaridade, multiculturalidade, formação de professores, entre outros, além de discutir também pontos que se identificam com a pesquisa deste trabalho, ou seja, apresentam os preceitos da Lei nº 11.645/08 e Lei nº 10.639/03 os quais apontam as conquistas e as dificuldades, visto que é visível nas pesquisas a complexidade dessa discussão e a resistência dos professores nas escolas, e da própria sociedade em discutir essas Leis. 
 Rocha (2012) apresenta as perspectivas sobre o ensino de história e a formação de professores (as), visando apontamentos de bases teóricas sobre esse tema e relaciona-os aos estudos e as produções historiográficas e educacionais. Discute sobre as leis 10.639/03 e 11.645/08 debatendo as lutas, os movimentos travados para que surgissem tais leis e assim assegurasse na escola o ensino de conteúdos a respeito dos afro- brasileiros, africanos e dos povos indígenas. 
O homem branco contou a história (...) os negros deram ritm  com seus tambores... e o índios, residentes antigos da terra, trouxeram consigo a magia de sua dança. Como se vê o boibumbá é uma mistura de culturas, que se uniram para criar um dos espetáculos mais belos desta terra. (RAMOS, 2002, p. 25).
A maneira “impositiva” de tais leis e as políticas que elas denominavam e mantinham como certas sobre as culturas afro-brasileiras e indígenas, Rocha (2012) analisa as representações culturais em nossa sociedade, e se fundamenta em Silvério (2010, p.91) quando afirma que a sociedade “está dando lugar a uma representação social que cotidianamente se revela profundamente dinâmica e multicultural”. Porém, essa transição ainda é muito incipiente, como afirma Rocha (2012), mas é muito importante no sentido das conquistas que os movimentos negros e indígenas conseguiram, entretanto, ainda há necessidade de políticas educacionais mais coerentes e que seja direcionada numa “perspectiva multicultural”.
O projetoeducativo da escola deve defender direitos individuais e coletivos resgatando a justiça, a liberdade, a dignidade, enfim a plena cidadania. Ele deve ser instrumento de transformação que haja convivência respeitosa entre os diferentes, por isso; enfatiza-se a necessidade de se estudar a diversidade cultural através das manifestações populares  religiosas.  
 Assim, passados alguns anos dessas leis é preciso fazer algumas indagações que são pertinentes, algumas dessas questões são citadas por Rocha (2012) quando questiona sobre como anda a implantação das leis 10.639/03 e a 11.645/08 nos currículos escolares, sobre a produção de livros didáticos, ou seja, se estes estão correspondendo aos preceitos destas leis e ainda ao PPC e questiona também os processos de formação inicial e continuada de professores? Além dessas, surgiram outras questões importantes como o “planejamento de ações que assegurem a sua inserção nos programas de formação inicial e continuada de professores”, desta maneira é necessário levar em consideração a formação dos professores e acreditar também na educação básica “como lócus de produção de saberes, de difusão cultural, de diálogos interdisciplinares, de vivências no âmbito do ensino, pesquisa e extensão bem como um campo fértil de novos estudos e de publicização sobre a temática”. Rocha (2012) ainda comenta sobre a cultura plural e se utiliza dos estudos de Bergamaschi (2010, p.165-166) quando discute que existem inúmeras culturas e que não se pode deixar a margem e negar a existência destas e priorizar um conhecimento único, fazer isto seria negar a diversidade e alimentar ainda o sentimento de singularidade histórica e cultural. 
 Uma forma de tratar da história afro-brasileira, africana e indígena de uma maneira mais dinâmica, com uso da música no ensino de história e cultura afro-brasileira e africana e indígena possibilita aos professores fazer discussões e debates diferentes dos livros didáticos e, assim, sair um pouco da rotina e da visão tradicional que a escola plantou a partir de um currículo e de metodologias tradicionais que nem sempre respondem e corresponde a realidade dos estudantes. 
 Assim, as questões afro-brasileiras, africanas e indígenas estão ligadas a muitos instrumentos, não só a musica, mas muitos outros mecanismos podem ser utilizados em sala de aula, como por exemplo, o uso da literatura negra e indígena. É o que discute Silva (2007) quando faz questionamentos sobre as Leis nº 11.645/08 e 10.639/003, sobre a literatura em um contexto mais amplo, discutindo a marginalização da literatura negra pela literatura “cânone” e assim relacionado essas lutas desses movimentos com a discussão desses temas dentro de nossa sociedade. Também podemos levar essa discussão para dentro da escola, visto que a escola tem muitos livros paradidáticos que abordam essa temática e que não são utilizados pelos professores justamente por serem relacionados à cultura negra e indígena. 
Por isto, as Leis nº 11.645/08 e 10.639/03 trouxeram para o campo da educação temas que não eram discutidos por serem periféricos sob a visão da cultura hegemônica que partindo de uma “literatura canônica” que “cristalizou imagens e alimentou animalizado”, ou seja, criou estereótipos de negros (as) e indígenas como animais Silva (2007). A partir destes referenciais as novas perspectivas que as Leis n. 10.639/003 e 11.645/08 trouxeram, mesmo que em pequenos passos já se tem uma discussão mais avançada e coerente em relação a esses temas, mesmo que insuficiente visto a demanda da sociedade.
O projeto tem o objetivo maior que era refletir sobre importância do respeito à diversidade cultural através da produção da temática tão importante para o reconhecimento de nossa ancestralidade africana, com vistas à desconstrução de preconceitos e estereótipos. 
Conseguimos deixar registrado diversas fontes históricas da herança cultural africana e indígena, que servirão de norte para o desenvolvimento de trabalhos culturais incentivando uma proposta pedagógica positiva em relação à cultura africana e afrobrasileira, bem como, na construção da alteridade nos alunos e na construção do conhecimento histórico, reconhecendo assim, que as manifestações folclórico religiosas também são importantes para a construção da identidade brasileira e de uma educação mais voltada para a igualdade social e promoção humana, onde o professor possa ter uma postura reflexiva do ato de educar e sempre redimensionar o seu trabalho em sala de aula.
A cultura é essencial ao desenvolvimento do ser humano. De todas as manifestações culturais, a dança é uma das mais representativas, pois reflete os aspectos relativos a uma determinada sociedade e desenvolve, a partir da expressão corporal, movimentos e ritmos diversos. Segundo Boyer (1983), a arte é essencial na experiência humana, não é uma frivolidade, ele recomenda que a arte seja estudada para descobrir como seres humanos usam símbolos não verbais e se comunicam não apenas com palavras, mas através da música, teatro, dança e na construção do conhecimento. Em seu aspecto folclórico expressa as origens nacionais, divulgam e perpetuam a cultura de um povo, além de estabelecer bom relacionamento social e laços de solidariedade, como a democracia, a união, entre outros. (Vargas, 2007:58).
Concluímos que a inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da Educação básica brasileira, trata-se de um momento em que a educação brasileira busca valorizar devidamente a história e a cultura de seu povo afrodescendente e indígena. É uma oportunidade histórica de reparar danos, que se repetem há cinco séculos.
Para finalizar, a intenção é colaborar na construção de uma proposta que pode ser aplicada e vivenciada por outros professores, acerca da experiência adquirida, que sirva também para pensar em atitudes concretas no processo educacional em relação a esta cultura.
Portanto “a educação é a maior arma com que se pode mudar o mundo”. (Nelson Mandela - líder do movimento negro contra o  Apartheid na África do Sul).
Conclusão:
A formação curricular de profissionais capacitados e multiplicadores de valores anti-racistas, ao promover a reversão de estereótipos negativos, possibilitando aos alunos negros a construção de uma auto-imagem positiva, bem como aos não-negros reconhecer as marcas das culturas africanas que, independente da origem étnica de cada brasileiro, fazem parte do seu dia-a-dia.
O principal benefício da inclusão desse ensino é o encontro dos alunos com a sua própria história, porque índios e negros fazem parte da formação da raça brasileira.
Essa nova lei oferece ao aluno a oportunidade de reconhecer as matrizes culturais que fizeram parte da história do seu país.
   É de suma importância que os professores busquem meios de se informar a respeito dessa cultura, tanto antigamente como na atualidade, podendo desenvolver com seus alunos um trabalho competente e gratificante. 
Buscar através destas vivências, mudanças de postura e atitudes em relação a conceitos e práticas efetivas de discriminação, preconceito e respeito a as diferenças. Também propiciar a construção de uma consciência crítica e de valores que mudam sua existência para se tornarem seres humanos melhores.
Referências Bibliográficas:
COLL, C., et al. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conhecimentos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SCHMIDT. M. A. A formação do professor de História e o cotidiano da sala de aula. In: BITTENCOURT, C. (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2001. (Repensando o ensino).
Boyer, M. C. (1983). Dreaming the rational city : the myth of American city planning. Cambridge, Mass.: MIT Press. Castells, M. (1976). Movimientos sociales.
GALLAHUE, D. L. & OZMUN, J. C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor. Bebês, crianças, adolescentes e adultos.São Paulo: Phorte, 1 ed., 2001.
KLEINUBING, N. D. SARAIVA, M. C. Professores e a dança na educação física escolar: formação, resistências e compromisso. Anais do XVI Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. Salvador, Bahia, 2009.
OLAZAQUIRRE, P. Consideracions antropològiques sobre La dansa i el moviment: algunos dels seus aspectes socials i edcatius. In: Estudis i Recerques. Educación i psicopedagogia. V.5.Actas Del Congrés d’expresió, comúnicació i práctica psicomotriz. Barcelona: Edita Ajuntament de Barcelona, 1992.
PARANÁ. Secretaria de Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica- Educação Física. 2008. .
VERDERI, Érica Beatriz. Dança na escola. Rio de Janeiro: 2ª ed. Sprint, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. LEI Nº 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Estabelece a inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. Disponível em: http://www.ensinoafrobrasil.org.br> Acesso em: 13/04/2009.