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Intervenção de Terceiros TGP Parte 1

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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
 Assistência (arts. 119 a 124); 
 Denunciação da lide (arts. 125 a 129); 
 Chamamento ao processo (arts. 130 a 132); 
 Incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica (arts. 133 a 137); 
 Amicus curiae (art. 138). 
 
 Disciplina de TGP – Profª. Luciane de Freitas Mazzardo - FAMES 
ASSISTÊNCIA - Arts. 119 a 124 
 
De acordo o art.119 NCPC, dá-se a Assistência quando o 
terceiro, na pendência de uma causa entre outras pessoas, 
tendo interesse jurídico em que a sentença seja favorável a 
uma das partes, intervém no processo para prestar-lhe 
colaboração: o assistente não é parte. 
Duas espécies de assistência 
 Simples 
 Litisconsorcial 
 
 
 
 Assistência Simples e Litisconsorcial 
 
Disposições Comuns (arts. 119 e 120) 
 
Disposições Específicas (arts. 121 a 124) 
De acordo com o parágrafo único do art. 119 
 
“A assistência será admitida em qualquer procedimento e em 
todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o 
processo no estado em que se encontre”. 
 
 
Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) 
dias, o pedido do assistente será deferido, salvo se for caso 
de rejeição liminar. 
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao 
requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o 
incidente, sem suspensão do processo. 
 
 
 
Procedimento: 
A assistência deve ser requerida, por petição do terceiro 
interessado, dentro dos autos em curso. Ambas as partes serão 
ouvidas e qualquer delas poderá impugnar o pedido, em quinze 
dias, contados da intimação (art. 120). 
 
 
Se não houver impugnação, ao juiz caberá, simplesmente, admitir 
a assistência sem maior apreciação em torno do pedido, salvo se 
for caso de rejeição liminar, por evidente descabimento da 
pretensão (caput do art. 120). 
Não se admite um veto puro e simples à assistência, porque, 
havendo interesse jurídico do terceiro, é direito seu intervir no 
processo como assistente. 
 
 
 IMPORTANTE: 
O interesse meramente econômico ou moral não enseja 
assistência, que deve estar qualificada como 
interesse jurídico. 
 
Pode-se dizer que há interesse jurídico do terceiro quando 
ele possa ser “reflexamente” atingido pela sentença que 
vier a ser proferida entre o assistido e a parte contrária. 
 
A intervenção do assistente se justifica pela perspectiva 
futura de que as decisões proferidas no processo o 
atinjam de maneira 
 
 Ou Intensa 
 
Logo, a intensidade desse atingimento é que determina 
o tipo de assistência e o interesse de agir desse 
terceiro, se 
SIMPLES ou LITISCONSORCIAL 
 
 ASSISTÊNCIA SIMPLES - Art. 121 a 123 
 
Quando o assistente intervém tão somente para auxiliar 
uma das partes a obter sentença favorável, sem defender 
direito próprio o caso é de assistência simples (ou 
adesiva). 
 
Nesse caso, o terceiro será atingido 
reflexa ou indiretamente. 
Exemplos de assistência simples: 
 
 Sublocatário em ação de despejo; 
 
 Agente público, quando a ação é intentada contra o 
órgão público de que faz parte; 
 
 Seguradora, em ação de indenização contra o 
segurado, se este não denunciou a lide. 
 
Características: 
 
 O assistente simples não faz valer direito próprio, ele atua 
como auxiliar da parte, faz alegações e produz provas para 
demonstrar que a parte a quem assiste tem razão. 
 
 Exerce os mesmos poderes e se sujeita aos mesmos ônus a que 
a parte está submetida. 
 
 Não pode assumir, em face do pedido, posição diversa do 
assistido; não pode contrariar a vontade expressa da parte. 
 
 A Assistência Simples cessa nos casos em que o processo 
termina por vontade do assistido – art. 122. 
 
 
A Assistência Simples não pode impedir que: 
 
 o Autor desista da ação e provoque a extinção 
do processo; 
 
 o Réu reconheça a procedência do pedido, 
provocando julgamento de mérito contrário à parte 
assistida; 
 
 as partes ponham fim ao litígio mediante transação. 
 
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL 
 
 
O assistente litisconsorcial é aquele que passa a atuar no 
processo também por ter interesse em que a sentença seja 
favorável ao assistido, eis que 
 será diretamente atingido pelos 
efeitos da sentença proferida. 
 
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o 
assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica 
entre ele e o adversário do assistido. 
 
Nesse caso, o interesses jurídico do assistente é mais intenso 
do que o assistente simples, por isso o assistente litisconsorcial 
é considerado litisconsorte da parte principal. 
É atingido diretamente, eis que a sentença disporá sobre 
direito de que é titular. Embora sua posição equivale à da 
parte, como não formulou pedido nem foi citado como réu, não 
pode ser considerado parte. 
 
 Logo, se o terceiro assume a posição de assistente na 
defesa direta de direito próprio- contra uma das partes- o 
que se dá é a Assistência Litisconsorcial. 
 
 Ao contrário do Assistente Simples, cujo interesse é manter 
ilesa a relação jurídica que possui com o assistido, o 
assistente litisconsorcial possui uma relação jurídica de 
direito material com o adversário do assistido, e que será 
alcançada, em sua essência, pelos efeitos da sentença. 
 
 Em suma: Assistente Litisconsorcial é aquele que desde o 
início da causa poderia ter figurado como litisconsorte 
facultativo, pois mantém relação jurídica própria com o 
adversário da parte assistida. 
 
 Seu ingresso posterior, como assistente, 
 assegura-lhe o status processual de 
 litisconsorte. 
 
 
Exemplos: 
 Cada condômino tem legitimidade para atuar em 
relação ao bem comum, independentemente da 
vontade dos demais (art. 1.314 CC). 
 Se no momento do ajuizamento da ação todos os 
condôminos estiverem presentes, formarão 
litisconsórcio facultativo unitário. 
 Caso contrário, poderão ingressar no feito, 
posteriormente, como assistentes litisconsorciais, 
“aderindo” ao processo tardiamente. 
 
 
 Isso porque o assistente litisconsorcial poderia ter 
participado do processo como parte, ou seja, como 
litisconsorte do assistido, porém, ficou de fora da relação 
jurídica processual originariamente instaurada entre o 
assistido e seu adversário. 
 
 O assistente litisconsorcial ocupa uma posição 
intermediária entre a parte e o terceiro. 
 
 Ao contrário do que ocorre na assistência simples, sua 
atividade não está subordinada à do assistido. Pode, 
portanto, defender teses diversas, daquelas arguidas pelo 
assistido. Aplica-se a ele o princípio da independência da 
atuação. 
 
 
 Assistente Simples 
 
 Deve haver relação jurídica entre assistente e 
assistido. 
 Para que um terceiro possa intervir no 
processo, ele deve, primordialmente, ter 
interesse jurídico (não bastando ser este 
meramente econômico ou fático) em que a 
sentença seja favorável a parte que é 
assistida. 
 O terceiro precisa demonstrar que será 
atingido pelos efeitos da sentença. 
 
 Não sendo titular, o assistente simples é 
subordinado aos interesses da parte que ele 
assiste. 
 
 Assistente Litisconsorcial 
 
• Existe quando alguém, em nome próprio vai 
postular/defender direito alheio (legitimidade 
extraordinária). 
• Deste modo, o assistente é o verdadeiro titular do 
direito material alegado, sendo assim o principal 
atingido com o resultado do processo. 
• Eletem os mesmos poderes que um litisconsorte. 
Diferente da assistência simples, que o assistente 
é atingido de maneira reflexa, o assistente 
litisconsorcial é atingido diretamente pelo 
resultado do processo. 
• Sua atuação não é subordinada ao interesse da 
parte que assiste, pois este é legítimo para a 
prática dos atos. 
 
QUESTÃO OAB: Como cediço, a intervenção de terceiros é um importante 
fenômeno processual capaz de permitir a pluralidade de partes em um 
processo. 
 Imagine a seguinte situação jurídica: Neves empresta R$ 500,00 para 
Sílvio e Sandro, sócios em uma empresa que fabrica sapatos, e a quantia 
deixa de ser paga a Neves na data estipulada no contrato de empréstimo, 
razão pela qual Neves opta por cobrar toda a quantia apenas de Sílvio, 
cujo patrimônio é maior. 
Sandro resolve, então, requerer sua intervenção no processo por temer que 
Sílvio venha a sucumbir e que, ato contínuo, venha a agir regressivamente 
contra ele, após ter pagado toda a quantia devida a Neves, com a 
finalidade de obter de Sandro a sua quota-parte da dívida. Nessa situação, 
caracteriza-se a seguinte figura de intervenção de terceiros: 
 
 A) assistência qualificada ou litisconsorcial. 
 B) denunciação da lide. 
 C) chamamento ao processo. 
 D) assistência simples ou adesiva. 
 
. 
 
 
Situações Fáticas: 
 O comprador promove ação reivindicatória contra o 
possuidor do bem e, ao mesmo tempo, denuncia a lide ao 
vendedor, para que este lhe responda pela evicção 
(denunciação pelo autor). 
 
 Juca vende um automóvel para Carlo, sendo que 
posteriormente descobre que na verdade o automóvel 
pertencia a Clóvis. Carlo pode sofrer evicção e ser obrigada 
por sentença judicial a restituir o automóvel a Clóvis. Carlo 
tem direito a indenização, por parte de Juca, pelo prejuízo 
sofrido com a evicção. 
 Em ação de indenização, o réu denuncia a lide à companhia 
seguradora com a qual mantém contrato, pois, caso seja 
condenado, poder exigir o ressarcimento pelos valores que 
tiver que desembolsar ao autor (até o limite da cobertura 
contratada). 
 
 A construtora Sóvai é ré em um processo em que é 
acionada para reparar defeitos em prédio por ela 
construído. Denuncia à lide o engenheiro responsável; 
 
 
 Da Denunciação da Lide 
Art. 125 a 129 
 
 Também conhecida como litisdenunciação 
 
 
Por meio dela, autor e réu pedem a citação de 
terceiro, com sua integração ao processo, de maneira 
que, se forem vencidos na ação, possam exercer em 
face dele seu direito de regresso. 
 O juiz julgará a denunciação da lide apenas se a ação 
originária for julgada procedente. 
 a denunciação sucessiva só é admitida uma única vez. Ex: 
“A” adquire um bem e, em razão deste, é demandado em 
ação reivindicatória proposta por “B”. Na contestação, 
“A” denuncia à lide quem lhe vendeu o bem (“C”), 
porque é com ele que possui relação jurídica imediata. 
“C” (alienante imediato em relação a “A”), por sua vez, 
tem a possibilidade de denunciar o seu antecessor 
imediato (“D”), pois, na mesma lógica, é com ele que 
possui relação jurídica (negócio jurídico anterior) 
 Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por 
qualquer das partes: 
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo 
domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa 
exercer os direitos que da evicção lhe resultam; 
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a 
indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido 
no processo. 
§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma 
quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser 
promovida ou não for permitida. 
§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida 
pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia 
dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não 
podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, 
hipótese em que eventual direito de regresso será exercido 
por ação autônoma. 
 
EVICÇÃO 
 perda de um bem pelo adquirente, em consequência de 
reivindicação feita pelo verdadeiro dono, ou seja, é a perda 
da propriedade, posse ou uso de um bem que é atribuído a 
terceiro por força de sentença judicial. 
 
 Desta forma, pode-se afirmar que ela consiste na perda 
total ou parcial de uma coisa em consequência de uma 
reivindicação judicial promovida pelo verdadeiro dono ou 
possuidor. A evicção independe de cláusula expressa e opera 
de pleno direito, já que deriva diretamente do contrato. 
Arts. 447 a 457 do CC 
 
O processo passa a conter duas lides: 
 
Aquela já existente – principal – e a outra incidente e 
eventual, decorrente da denunciação, entre denunciante e 
denunciado 
 
Que tem por objeto o ressarcimento, ao que denunciou, dos 
prejuízos que poderá vir a sofrer no caso de ser vencido no 
processo pendente. 
 
Por isso é correto afirmar que a denunciação da lide 
promove a ampliação do objeto do processo. 
 
CHAMAMENTO AO PROCESSO 
Arts. 130 a 132 NCPC 
 
 Trata-se da instauração de um litisconsórcio facultativo, 
pois o réu pede a integração de terceiro ao processo, 
como parte, para que a sentença tenha força executiva 
também em relação e ele. 
 
 É incidente pelo qual o devedor demandado chama para 
integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, 
de modo a fazê-los também responsáveis pelo 
resultado do feito (art.130). 
 
Art. 130 - É admissível o chamamento ao processo, requerido 
pelo réu: 
 
 I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; 
 II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou 
alguns deles; 
 III - dos demais devedores solidários, quando o credor 
exigir de um ou de alguns deles, o pagamento da dívida 
comum. 
 
 Com essa providência, o réu obtém sentença que pode ser 
executada contra o devedor principal ou os codevedores, 
caso tenha que pagar o débito. 
 
 
 Cabe quando o credor demanda apenas o fiador, 
 
que chama ao processo o devedor principal; 
 
 Ou apenas um deles que chamará ao processo os 
demais; 
 
 Ou um dos devedores solidários que fará o 
chamamento aos restantes; 
 
 
2) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de 
Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por 
Petrônio, na qual este reivindicava a propriedade do veículo 
adquirido de José. Na situação hipotética apresentada, para a defesa 
de seus direitos, além de contestar, Antônio poderia: 
 
a) propor ação judicial contra José, pedindo que fosse declarada a 
nulidade da compra e venda do veículo reivindicado. 
b) propor ação judicial contra Petrônio, pedindo que fosse declarada 
a inexistência da compra e venda do veículo reivindicado. 
c) denunciar a lide contra José. 
d) oferecer reconvenção contra Francisco. 
 
Disciplina de TGP – Profª. Luciane de Freitas Mazzardo - FAMES

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