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ARQUITETURA DE INTERESSE SOCIAL - A SITUAÇÃO DAS FAMÍLIAS E EDIFICAÇÕES MCMV DO BAIRRO PARQUE DAS ÁGUAS

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Prévia do material em texto

RENAN PATRICK VAZ DE ABREU
RAFAEL TEIXEIRA LISBANHO
HEKTOR DE PAULA OLIVER
TALLYS GEOWAN FERREIRA PAES
ARTIGO CIENTÍFICO
Trabalho Metodologia do artigo apresentado ao Curso Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Pitágoras de Ipatinga, como requisito para avaliação oficial da disciplina.
Profa. Rosangela Maria Saygli
FACULDADE PITÁGORAS DE IPATINGA
JUNHO DE 2015
ARQUITETURA DE INTERESSE SOCIAL - A SITUAÇÃO DAS FAMÍLIAS E EDIFICAÇÕES MCMV DO BAIRRO PARQUE DAS ÁGUAS
Hektor De Paula
Rafael Teixeira Lisbanho
Renan Patrick Vaz de Abreu
TallysGeowan
Tiago Vital Ferreira[2: Estudantes de Arquitetura & Urbanismo da faculdade Pitágoras de Ipatinga em Minas Gerais]
Rosângela Maria Saygli[3: Professora de Metodologia, mestre em educação, língua e linguagem da faculdade Pitágoras de Ipatinga em Minas Gerais]
RESUMO
A pesquisa estudou os programas habitacionais populares, buscando a essência arquitetônica nos projetos, focando nos apartamentos populares, pois são projetos fixos que fazem com que os moradores fiquem presos a forma original dos apartamentos. Os objetivos eram de conhecer as edificações, visualizar suas problemáticas, ver a realidade e buscar a opinião dos moradores.Foi realizada uma pesquisa de campo para conhecer a estrutura e os requisitos básicos de uma residência, através desta pesquisa, conclui-se que as edificações são antiarquitetônicas pois não atendem as famílias em sua individualidade, esses programas contribuem para a diminuição do déficit habitacional, porém sem atender as reais famílias de baixa renda.
Palavras-chave: Projetos habitacionais populares, visão arquitetônica, conjunto habitacional, espaço.
1 INTRODUÇÃO
Os projetos habitacionais populares às vezes não conversam com a arquitetura quando falando das estruturas aplicadas, pensando nos condomínios essa problemática é ainda mais contundente. Os apartamentos populares aprisionam seus moradores tirando-lhes qualquer oportunidade de intervenções vista por sua verticalidade e geralmente pelos meios de construção que não oferecem essa possibilidade.
	Os objetivos eram conhecer as edificações, os projetos habitacionais populares, verificar suas problemáticas e confrontar com os padrões arquitetônicos, problemáticas no projeto e na intervenção de seus moradores partindo de sua ocupação até serem abordados respondendo a um questionário ao qual puderam especificar sua visão e opinião geral sobre sua residência e aos padrões nos quais foram feitas. Em uma pesquisa de campo foi feito uma observação geral das condições do condomínio Parque das Águas 1 no bairro Planalto em Ipatinga/ MG e no condomínio do programa Minha Casa minha Vida que será entregue até o final deste ano. O embasamento teórico foi realizado através do estudo da obra de Simone Tostes e Denise Nascimento no artigo “Programa Minha Casa minha Vida: a (mesma) política habitacional no Brasil”, e informações retiradas do Blog do Planalto na matéria “Minha Casa, Minha Vida contribui para reduzir déficit habitacional no Brasil”. E no Jornal online Plox na matéria “Apartamentos do residencial Parque das Águas são entregues”, que relatou a entrega das moradias e depoimentos de alguns dos cidadãos contemplados. Os resultados obtidos através desta pesquisa mostraram uma indignação dos moradores em relação ao estado que os apartamentos foram entregues, sem nenhuma forma de acabamento e em questão a falta de privacidade e ao preço das parcelas que não são adequados ao nível da moradia
2 DESENVOLVIMENTO
Quais os principais problemas e as incoerências com relação à arquitetura dos apartamentos populares do Bairro Planalto?
Esta pesquisa pretende identificar quais são os problemas e as incoerências com relação à arquitetura dos apartamentos populares do Bairro Planalto em Ipatinga/MG. Provavelmente os apartamentos populares disponibilizados pelos programas habitacionais, como o “Programa Minha Casa Minha Vida”, causam um aprisionamento de seus moradores por não haver a possibilidade de expansão e intervenção no imóvel por se tratar de um prédio. Mesmo com as áreas de lazer externas que alguns condomínios dispõem, as famílias são reféns de uma habitação inferior aos princípios de conforto na arquitetura.
Os programas habitacionais populares são ações para resolver o problema de moradia. Construtoras desenvolvem projetos de casas e apartamentos que são projetadas geralmente para famílias de baixa renda, podem ser em parceria com o governo ou unicamente da iniciativa privada.
Os projetos nem sempre conseguem suprir o que realmente as famílias precisam, pois podem não ter a quantidade de quartos necessários, ou não possuem acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção ou cadeirantes, o seu espaço também não é o suficiente para a sensação de afunilamento.
Deve-se levar em consideração também as áreas de uso comumdas unidades a serem projetadas, como afirma Villa et al (2014. p. 1889), “Empreendimentos residenciais deveriam revisar então não somente a área útil dos apartamentos, mas sua organização espacial, levando em consideração as alterações sociais e culturais locais”.
Considerando que os prédios e moradias populares vieram para reduzir o déficit habitacional no Brasil, bons resultados podem ser vistos como no PMCMV que mostra considerável contribuição em 5 anos de operação, de acordo com o Blog do Planalto (2014):
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram que o déficit habitacional está em queda nos últimos anos: uma redução de 8,04% no período entre 2009 e 2012. A modalidade coabitação, quando familiares compartilham a mesma residência, caiu em 24,12%. Já no caso das habitações precárias, aquelas em áreas de risco e sem acesso a serviços, a redução no déficit foi de 18,99%. No caso do déficit causado pelo adensamento, ocupação do solo sem o planejamento, o déficit caiu em 5,45%.
	Resolver essa problemática é sim importante visto que todo cidadão tem direito à moradia, mas quando pensamos em moradia de qualidade pensamos também em respeitar todas as visões arquitetônicas que se podem citar quando da otimização de espaços principalmente na individualidade de seus ocupantes, apenas criar soluções para abrigar famílias não é suficiente para garantir qualidade de vida permanente. No caso da verticalização desses projetos habitacionais, os apartamentos populares, ao longo do tempo diversos problemas vão surgindo e muitos limitados a uma resolução que nem sempre atende, as intervenções são quase sempre impossíveis de realizar principalmente quando os problemas são estruturais.
Além disso, deve-se verificar se esses apartamentos atendem as necessidades de seus moradores, apresentando uma relação de satisfação da data de ocupação dos imóveis até os dias atuais e comparar as edificações com os padrões arquitetônicos aceitáveis, pois, os espaços devem ser planejados de acordo com a necessidade de cada família, tenha ela o formato que tiver. 
No que se refere aos espaços internos da habitação, as variações no tamanho e na tipologia – casa ou apartamento – resultam de uma mesma concepção geral baseada na predeterminação do modo de morar, por sua vez ancorada em um perfil igualmente pré-determinado do grupo doméstico, a saber a família nuclear. Embora este perfil (casal mais filhos) ainda seja majoritário na sociedade brasileira, indicadores recentes têm apontado para tendências de alterações importantes: não só o número de filhos tem diminuído, como tem aumentado o número de famílias com outros perfis, como por exemplo, as chefiadas por mulheres sem cônjuge. (NASCIMENTO; TOSTES, 2011)
Um único formato de imóvel não pode atender diferentes famílias como é feito nos apartamentos e casas populares. Acredita-se que as construtoras dão um formato básico aos apartamentos, provavelmente uma sala, cozinha, dois quartos, sendo um de casal e o outro dos filhos e uma área de serviço. Este formato limita a família á ter dois filhos que dividirão o mesmo quarto,e preferivelmente filhos homens.
Villa et al (2014, p. 1884) afirma que:
“Este crescimento da produção de edifícios de apartamentos vem sendo frequentemente marcado pela adoção de aspectos padronizados em soluções projetuais diversas – o que demonstra, em geral, pouca preocupação com as reais necessidades do usuário final, cujos modos de vida e formatos familiares estão em constante alteração.” 
2.1 Metodologia
Foi realizada uma pesquisa in loco no bairro Planalto nos prédios do Residencial Parque das Águas do Programa Crédito Solidário na Rua Rio São Francisco, número 800 CEP-35164-413 por meio de questionário contendo itens relacionados diretamente à parte projetual das edificações, classificando as pessoas por gênero, idade e quantidade de filhos. Foram entrevistadas 33 pessoas, 60% com faixa etária de 25 a 50 anos e 40% de 51 a 90 anos, sendo 60% do gênero feminino (a maioria donas de casa) e 100% dos entrevistados possuindo 01 filho no mínimo morando na mesma residência, 45% possuem 2 filhos, 10% possuem 3 filhos. Em média a faixa etária dos adultos é de 25 á 50 anos 60% e de 51 à 90 anos 40%.
Foi então gerado um relatório de cálculo de percentagens com base na pesquisa de campo. O condomínio foi entregue a 5 anos de acordo com a matéria do jornal online Plox (2010).
A Prefeitura de Ipatinga e a Associação Habitacional de Ipatinga (AHI) entregaram as chaves de 304 apartamentos no residencial Parque das Águas, na noite desta quinta-feira (23).
Divididos em 19 prédios com quatro andares cada o residencial foi construído por meio de uma parceria da Prefeitura de Ipatinga com o Ministério das Cidades. Segundo a prefeitura, a administração municipal investiu mais de R$ 3 milhões na obra, além de ter doado o terreno à Associação Habitacional.
As moradias encontram-se num estado complexo, pois são construções recentesaparentando serantigas, sem conforto, beleza e acabamento, o que traz a indignação de muitos moradores, que se sentem traídos e esquecidos. 
Segundo eles, os apartamentos foram entregues inacabados, sem piso, revestimento nas paredes e no teto, nem mesmo nas áreas molhadas, além de não ter área de serviço. O que os obrigou a terminarem as moradias com recurso próprio, e a explicação para esse fato, segundo os moradores, é que as construtoras queriam que os próprios moradores escolhessem o acabamento de suas casas, dando-lhes liberdade.
Imagem 1 – Interior da Residência
Fonte: Rafael Teixeira Lisbanho[4: Estudante de Arquitetura & Urbanismo da faculdade Pitágoras de Ipatinga em Minas Gerais]
Imagem 2 – Interior da Residência
Fonte: Renan Patrick Vaz de Abreu[5: Estudante de Arquitetura & Urbanismo da Faculdade Pitágoras de Ipatinga em Minas Gerais]
Alguns desses moradores adquiriram as residências de terceiros, que foram beneficiados pelo programa e depois venderam por preços maiores ou alugaram.A estrutura dos apartamentos apresenta um tamanho nos limites do código de obras da cidade de Ipatinga e são próximos das dimensões dos condomínios do PMCMV, “Residencial Parque das Águas I possui 192 unidades de 39,86 metros quadrados, com 2 quartos, sala, banheiro social, cozinha e área de serviço. No Parque das Águas II, são 112 unidades com o mesmo padrão.” (PLOX, 2010).
Imagem –Tabela de especificações dos empreendimentos do PMCMV
Fonte:NASCIMENTO, TOSTES, 2011[6: Disponível em: < http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.133/3936>]
	
2.2 ANÁLISE
Quanto à funcionalidade dos imóveis com a maioria de 30%, os entrevistados consideram sua casa pouco funcional, 20% consideram nada funcional, 20% não consideram a funcionalidade, 20% consideram a casa funcional, 10% consideram muito funcional. Em função de bem estar 50% consideram seu bem estar em harmonia com o necessário, 10% não consideram o bem estar, 20%não acham que a casa proporciona um bom bem-estar, 10% não tem bem estar em sua casa, 10% acham que em hipótese alguma a casa possui bem-estar.Sobre as necessidades básicas 80% alegam que a casa não atende às suas necessidades básicas, 20% alegam que atendem às necessidades básicas; e das necessidades extra básicas (lazer, esporte e hobby) 90% diz que não é possível realizar esse tipo de atividade e 10% diz que é possível realizá-las. Na questão da acústica do prédio 30% consideram não haver, em hipótese alguma, isolamento acústico, 20% consideram sua casa sem nenhum isolamento acústico, 10% consideram sua casa com pouco de isolamento acústico, 20% não considera a acústica, 20% consideram ter uma boa acústica. Questionados sobre a iluminação e ventilação 10% acham que em hipótese alguma a casa possui ventilação e iluminação, 10% não tem ventilação e iluminação em sua casa, 10% tem pouca ventilação e iluminação emsua casa, 30% não acham que a casa proporciona uma boaventilação e iluminação, 40% consideram a ventilação e iluminação em harmonia com o necessário.
Na opinião dos entrevistados sobre o antes e depois de serem beneficiados pelo programa, 30% alegam que não houve mudança de opinião de antes para depois de conseguir a casa pelo programa habitacional. 20% não consideram uma possível mudança de opinião de antes para depois de conseguir a casa. 40% consideram que houve uma mudança de opinião de antes para depois de conseguir a casa. Da estética 10% consideram que sua casa não possui, em hipótese alguma, uma estética apresentável. 40% consideram sua casa sem nenhuma beleza estética. 20% não consideram a estética em sua casa. 20% consideram sua casa ter uma boa estética. 10% consideram sua casa te ruma ótima estética.
Imagem – Fotografia do Residencial Parque das Águas IFonte: Rafael Teixeira Lisbanho e Renan Patrick Vaz de Abreu[7: Fotografia produzida pelos autores]
Das modificações pretendidas 90% dizem que mudariam os espaços dos cômodos, 20% diz que mudaria a localização em que o condomínio se situa, 70% das pessoas mudaria a acústica local, 50% das pessoas dizem que alteraria a estética, 50% das pessoas dizem que alteraria a iluminação e ventilação.
Quando perguntados sobre a visão geral do programa 40% dos entrevistados dizem ter uma excelente visão do programa habitacional, 20% dizem ter uma boa visão geral do programa, 20% diz não ter visão nenhuma do programa, 20% diz ter uma péssima visão do programa habitacional local.
Com maioria de 30%, os entrevistados consideram sua casa pouco funcional, 20% que consideram nada funcional, 20% não consideram a funcionalidade, mesmo, em outros casos, alegando terem pouco espaço para qualquer outro tipo de uso do cômodo ainda assim, há aqueles que consideram, em partes, funcional, como os 20% queconsideram a casa funcional e os outros 10% consideram muito funcional
Aproximadamente 17 pessoas (50%) consideram seu bem estar na sua residênciaem harmonia com o necessário, teorizamos que, como são pessoas simples, elas não possuem um parâmetro comparativo, ou, em outras palavras, não conhecem o "melhor" para compará-lo com o atual estado.10% não consideram o bem estar,20% não acham que a casa proporciona um bom bem-estar,10% não tem bem estar em sua casa e 10% acham que em hipótese alguma a casa possui bem-estar. Considerando que a soma dos itens que foram votados como "não satisfeito" têm-se o total de 40%, quase a metade das pessoas alegam não ter um bem estar adequado, podendo estas pessoas ter, ou, alguma vez na vida, tiveram um parâmetro para comparar.
A maioria de 80% das pessoas alega que a casa não atende às suas necessidades básicas contra outros 20% que alega que atendem às necessidades básicas, sofrendo, talvez, novamente a questão do parâmetro de comparação.
Com unanimidade de 90% dizem que o espaçonão proporciona a possibilidade de realizar atividades extrabásicas, como esportes, lazer e/ou hobbys contra outros 10% que dizem que é possível realizá-las.
Apesar de alegarem não ter acústica em alguns edifícios, parece que em outros, esse problema não foi tão alarmante. 30% dos entrevistados consideram não haver, em hipótese alguma, isolamento acústico,20% consideram sua casa sem nenhum isolamento acústico,10% consideram sua casa com pouco isolamento acústico, contra 20% que não considera a acústica e 20% consideram ter uma boa acústica, fazendo uma margem de aceitação de 30%, podendo ser, ou não, do manufaturamento de materiais usados, e/ou similares.
Os edifícios possuem dois espaços que se relacionam diretamente com a iluminação e ventilação eles possuem tanto apartamentos para o lado de fora (da rua) quanto, alguns outros, tornados para dentro, formando um fosso quadrado que, teoricamente, seria uma área de convivência. Assim, as pessoas que possuem os apartamentos virados para a rua, possuem uma iluminação direta e uma ventilação agradável e os outros apartamentos que são voltados para dentro, no fosso (de frente para outros apartamentos), possuem uma iluminação e ventilação mais precária, tendo como maioria os apartamentos voltados para o fosso, temos um total de 10% de pessoas que acham que em hipótese alguma a casa possui ventilação e iluminação,10% não tem ventilação e iluminação em sua casa, 10% tem pouca ventilação e iluminação emsua casa e 30% não acham que a casa proporciona uma boaventilação e iluminação, totalizando um parâmetro de 60% de nível de insatisfação contra 40% consideram a ventilação e iluminação em harmonia com o necessário.
Tomamos como base a opinião do programa, no sentido de fidelidade com o prometido. Temos30% de pessoas quealegaram que não houve mudança de opinião de antes para depois de conseguir a casa pelo programa habitacional20% não considera uma possível mudança de opinião de antes para depois de conseguir a casa contra 40% que considera que houve uma mudança de opinião de antes para depois de conseguir a casa, também variante de prédio para prédio.
Possui uma visão variável, 10% dos moradores consideram que sua casa não possui, em hipótese alguma, uma estética apresentável, 40% consideram sua casa sem nenhuma beleza estética,20% não considera a estética em sua casa20% considera sua casa ter uma boa estéticae 10% considera sua casa te ruma ótima estética. Totalizamos assim 50% de recuso contra 30% de aceitação.
Dos entrevistados 90% dizem que mudariam os espaços dos cômodos alegando ter pouco espaço para transitar. 20% diz que mudaria a localização em que o condomínio se situa, 70% das pessoas mudaria a acústica local alegando não ter um isolamento sonoro adequado. Pelo menos 50% das pessoas dizem que alteraria a estética, iluminação e ventilação local, diz que o local é pouco arejado e nos apartamentos internos (de frente para outros apartamentos) alega não haver ventilação nenhuma e pouca iluminação.
Mais da metade dos entrevistados (70%) alega ter uma visão boa do programa habitacional, mesmo alegando os outros déficits, não possuem uma visão geral negativa sobre o programa, não se sabe ao certo se é pelo medo de dar o nome e perder o benefício, ou outros fins, não deixando o objetivo claro.
Foi constatado que 100% dos entrevistados possuem no mínimo um filho que moram com eles, 45% possuem apenas um filho outros 45% possuem 2 filhos, 10% possuem 3 filhos, afirmando a posição de que o projeto da residência no geral não comporta uma família de porte médio.
Não temos muito uma variação forte de moradores, geralmente são donas de casas e/ou pessoas idosas que tomam conta das casas, também. Temos então 60% dos moradores possuindo de 25 à 50 anos de idade e os outros 40% possuindo de 51 à 90 anos de idade.
3.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao abordar o assunto com uma visão crítica arquitetônica pensando apenas na estrutura foi encontrado também um fator social e político. Falando de moradias populares dos programas existentes todos vinculados ao Programa Minha Casa Minha Vida, alguns de âmbito municipal, estadual ou federal e outros particulares vemos um formato único de edificação, um padrão diretamente relacionado ao preço dos imóveis que devem atender a famílias de baixa renda, porém entende-se que oferecer condições de moradia é também pensar no conforto e vender imóveis em condições flexíveis de preço para famílias de renda, em média, a partir de R$1500,00 não é atender a população de baixa renda. Os programas de habitação popular nem sempre são direcionados ás classes mais baixas, onde a informação é passada de tal forma que levam a sociedade a pensar que o programa é direcionado a eles, pois para adquirir o imóvel vinculado ao programa é necessária a comprovação de uma renda que não corresponde as classes dos brasileiros que vivem em áreas de risco, invasões e favelas ou que sejam de extrema pobreza.
Esse padrão único é a principal questão que desliga esses programas da visão que qualquer profissional ou graduando em arquitetura terá ao observar as condições necessárias para cada família atendendo-as assim em sua individualidade. A abordagem ideal para esses programas a descentralização do formato único apresentado para as edificações respeitando a pluralidade, reunir os conceitos arquitetônicos de conforto aplicar nas edificações, exigir a participação de um arquiteto nos projetos apresentados e na execução.
SOCIAL INTEREST ARCHITECTURE - THE SITUATION OF THE FAMILIES AND BUILDINGS MCMV(Minha Casa Minha Vida) OF PARQUE DAS ÁGUAS NEIGHBORHOOD
ABSTRACT
The researchstydiesthehousingbeneficeprograms, with na attenteyeonthearchitetonicprojectsfocus in popular apartments/flats. They are standarts design makingthedwellersstackingonthat. The reazonofthishousingworkit´stohavethedwellersopinions.The fieldresearchwasmadetogetacknowlodgeabouttheresidencestructures. The point wegetisthey are antiarchitetonic. In factthey are notsupplythefamiliesneeds. theycontributetolowerthenumberofhomelessbutthey are farfromthosereallypoors.
Key-words:Popular habitationproject, architetonicvision, habitation set, space.
4.0 REFERÊNCIAS
Blog do Planalto.Minha Casa, Minha Vida contribuiu para reduzir déficit habitacional no Brasil. Disponível em <http://blog.planalto.gov.br/minha-casa-minha-vida-contribuiu-para-reduzir-deficit-habitacional-no-brasil/> Acesso em 11 de junho de 2015
TOSTES, Simone; NASCIMENTO, Denise.Programa Minha Casa Minha Vida: a (mesma) política habitacional no Brasil. Vitruvius: 2011. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.133/3936> Acesso em 12 maio 2015.
Apartamentos do residencial Parque das Águas são entregues. Plox, Ipatinga, 24 de Dezembro de 2010. Disponível em <http://www.plox.com.br/caderno/pol%C3%ADtica-e-economia/apartamentos-do-residencial-parque-das-%C3%A1guas-s%C3%A3o-entregues> Acesso em 13 de Junho de 2015.
VILLA, Simone Barbosa et al.Avaliação da qualidade espacial de edifícios de apartamentos em cidades médias. In: XV ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 2014, Maceió, Al. Disponível em <http://www.infohab.org.br/entac2014/artigos/paper_154.pdf>
6.0 APÊNDICE
Questionário apresentado in locoutilizado na pesquisa de campo no dia 10/06/2015.
APÊNDICE A:
	 
	PESQUISA DE CAMPO PARA O ARTIGO: A ARQUITETURA E OS PROJETOS HABITACIONAIS
	POPULARES
	A PESQUISA LEVA EM CONTA O GRAU DE IMPORTÂNCIA DA PERGUNTA COMO CRESCENTE, DE MENOR (0) PARA O MAIOR (5)
	 PESQUISA DESTINADA À FACULDADE DE ENSINO PITÁGORAS DE IPATINGA - MG
	
	QUESTIONÁRIO
	VOCÊ CONSIDERA A SUA CASA FUNCIONAL?
	
	 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) NÃO SEI ( ) 
	
	COMO VOCÊ AVALIA SEU BEM ESTAR EM SUA CASA?
	
	 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) NÃO SEI ( ) 
	 
	OS ESPAÇOS DOS CÔMODOS ATENDEM ÀS SUAS NECESSIDADES BÁSICAS?
	
	 SIM, ATENDEM ( ) NÃO ATENDEM()
	 
	OS ESPAÇOS DOS CÔMODOS ATENDEM ÀS SUAS NECESSIDADES "EXTRA BÁSICAS"?
	(ESPORTE, LAZER, HOBBY ETC)
	 SIM, ATENDEM ( ) NÃO ATENDEM( )
	 
	A ACÚSTICA (ISOLAMENTO SONORO) É EFICIENTE EM SUA CASA?
	
	 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) NÃO SEI ( ) 
	 
	A ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO DA SUA CASA É SATISFATÓRIA?
	
	 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) NÃO SEI ( ) 
	 
	SUA OPINIÃO ANTES DE SER BENEFICIADO PELO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA SOFREU
	ALGUMA ALTERAÇÃO DEPOIS DE OBTÊ-LO?
	 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) NÃO SEI ( ) 
	 
	A ESTÉTICA DA SUA RESIDÊNCIA É AGRADÁVEL?
	
	 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) NÃO SEI ( ) 
	 
	SE PUDESSE MODIFICAR SUA CASA, O QUE MUDARIA?
	
	( ) COMODOS MAIS ESPAÇOSOS ( ) A LOCALIZAÇÃO ( ) ACÚSTICA ( ) ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO ( ) A ESTÉTICA
	 
	QUAL SUA VISÃO GERAL SOBRE O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA?
	
	 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) NÃO SEI ( ) 
	 
	
	SEXO: MASCULINO( ) FEMININO( ) IDADE: FILHOS:
	
	Obrigado!

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