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EXAME FÍSICO CARDÍACO

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Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022.1 
 
EXAME FÍSICO CARDÍACO: 
4. Ausculta: 
 Focos ou áreas de ausculta: 
- Não correspondem às localizações anatômicas das válvulas que dão o nome. 
- Foco Mitral: 4º/5º espaço intercostal, linha hemiclavicular; corresponde ao ictus. 
- Foco Pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo, próximo ao esterno. 
- Foco Aórtico: 2º espaço intercostal direito, próximo ao esterno. 
- Foco Tricúspide: abaixo do apêndice xifoide, ligeiramente para esquerda.
 
 Ciclo Cardíaco: 
- Utiliza duas variáveis: volume de sangue e pressão. 
- 1ª bulha: fechamento da válvula mitral / tricúspide (AV); coincide com ictus cordis e 
pulso carotídeo; TUM. 
- 2ª bulha: fechamento da válvula aórtica / pulmonar (sigmoides); TÁ; quando 
desdobra / inspiração = TLÁ. 
- 3ª bulha: mais audível na área mitral; geralmente em crianças e adolescentes; TU; 
ken-tu-cky. 
- 4ª bulha: fim da diástole ou na pré-sístole; crianças e adultos jovens; contração atrial 
no final da diástole; tenne-ssee. 
- Inspiração >> diminui pressão da torácica e aumenta abdominal >> aumenta afluxo 
de sangue >> retarda sístole do ventrículo >> desdobramento fisiológico da 2ª bulha. 
- Protossítole, mesossístole, telessístole; protodiástole, mesodiástole, telediástole. 
 
 Arritmias cardíacas: 
- Podem ter causas extracardíacas (emoção, tabagismo, febre, hipertireoidismo, 
álcool), medicamentosas ou decorrer de lesões cardíacas. 
 
 Manifestações clínicas: 
 Taquicardia Sinusal: aumento dos batimentos; >100 bpm; mecanismo de 
compensação do débito cardíaco; fisiológica ou patológica; 
 Bradicardia Sinusal: redução dos batimentos; < 60 bpm; fisiológica, 
patológica, fármacos; alonga a diástole. 
 Arritmia Sinusal: variação na frequência cardíaca, geralmente relacionada 
com a respiração; geralmente desaparece apó exercício / apnéia; fisiológica ou 
patológica. 
 Parada Sinusal: ausência súbita de batimentos; nó sinusal perde seu 
automatismo; patológica. 
 Ritmo Juncional: junção atrioventricular assume o comando do sistema; 
impede parada cardíaca; bradicardia em exame físico. 
 Extrassistolia: ocorrem antes da sístole normal; bigeminismo (ocorre uma 
sístole após cada sístole normal), trigeminismo, em salva (3 extrassístoles 
seguidas); monomórficas ou polimórficas; causas cardíacas, extracardíacas ou 
medicamentosas; 
 Taquicardia Paroxística: é quando o foco ectópico passa a agir como 
comandante dos estímulos cardíacos; 
 Bloqueios Atrioventriculares: dificuldade no sistema de condução do 
estímulo (na junção AV); 4 graus; 
Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022.1 
 
 Bloqueios de Ramo: problema na condução do estímulo pelos ramos do feixe 
de His; possível desdobramento de alguma bulha no exame físico; não alteram 
a frequência cardíaca. 
 Fibrilação Atrial: musculatura do átrio substitui o nó sinusal; há movimentos 
irregulares das fibras musculares; prejudica o enchimento ventricular; 
 
 Ritmos Tríplices: 3º ruído que não é estalido, sopro ou atrito pericárdico; ocorre na 
diástole; parece um desdobramento longo da 2ª bulha. 
 
 Ritmo de Galope: ritmo tríplice por 3ª bulha patológica; PÁ-TÁ-TÁ; mais audível 
em mitral ou tricúspide; disfunção miocárdica >> desacelera o fluxo sanguíneo; 
 
 Cliques e Estalidos: “cliques ocorrem na sístole e estalidos na diástole”. 
- Estalidos Diastólicos: na estenose mitral / tricúspide. 
 Estalido de Abertura Mitral: início da diástole; estenose mitral; mais audível 
no foco mitral / 3º-4ª EI esquerdo; agudo e metálico. 
 Estalido de Abertura Tricúspide: borda esternal esquerda; mesmas 
características do mitral. 
- Estalidos Protossistólicos (pulmonar e aórtico) / ruídos de ejeção: provocam súbita 
ejeção de sangue nos vasos da base. Alta frequência, agudos e intensos. 
 Pulmonar: foco pulmonar; estenose pulmonar moderada, comunicação 
interatrial e hipertensão pulmonar grave. 
 Aórtico: 4º EI esquerdo até o foco mitral; estenose e insuficiência cardíaca, 
aneurisma de aorta. 
- Clique Sistólico: prolapso da válvula mitral; alta frequência, seco, agudo, situado no 
meio ou no fim da sístole; varia com a respiração e mudanças de posição; 
 
 Sopros: alterações no fluxo sanguíneo; turbilhonamento. 
- Causas: aumento da velocidade de fluxo (exercícios físicos, anemia, hipertireoidismo, 
síndrome febril), diminuição da velocidade de fluxo (viscosidade >> anemia) ou 
passagem de sangue por local estreito / dilatado. 
- Comunicação interatrial: como passa sangue de um átrio para outro, aumenta o 
volume de sangue para passar por uma válvula normal, deixando-a como se estivesse 
com uma esteenose >> sopro sistólico de ejeção. 
- Febre: aumenta o retorno venoso; pode aparecer um sopro. 
- Características semiológicas: 
* Situação no Ciclo Cardíaco: sistólico, diastólico, sistodiastólico ou contínuo. 
 Sistólico: coincide com o pulso carotídeo. 
De Ejeção  estenose aórtica ou pulmonar; durante a ejeção ventricular; 
pouco após B1 e termina antes de B2; sopro crescendo-decrescendo; 
De Regurgitação  junto com B1 e termina imediatamente antes de B2; 
insuficiência mitral ou tricúspide; comunicação interventricular; regurgitação do 
ventrículo para o átrio. 
 Diastólico: proto, meso ou telediastólico; estenose AV ou insuficiência de 
válvulas aórtica e pulmonar. 
Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022.1 
 
* Localização: utilizam-se as áreas de ausculta; isso não quer dizer que o sopro 
realmente seja defeito na válvula onde ele é mais audível. 
* Irradiação: intensidade + direção da corrente sanguínea; estenose aórtica >> vasos 
do pescoço; insuficiência mitral >> axila. 
* Intensidade: sistema de cruzes; + ouvidos na ausculta em lugar super silencioso; ++ 
intensidade moderada; +++ intensos; ++++ muito intensos com frêmito. 
* Timbre e Tom: qualidade ou caráter do sopro; suave, rude, musical, aspirativo 
(insuficiência aórtica), em jato de vapor (CIV), granular (estenose aórtica), piante 
(regurgitações) e ruflar (estenose mitral). 
 
 
 
 Atrito Pericárdico: geralmente por pericardite fibrinosa; 
- Características semiológicas: 
* Situação no ciclo cardíaco: habitualmente é contínuo; não mantém relação fixa com 
as bulhas; 
* Localização; 
* Irradiação: não se propaga; 
* Intensidade; 
* Timbre e Tom; 
* Mutabilidade: principal característica do atrito; pode apresentar mudança de 
intensidade ou de qualidade durante dias/horas; esse fato não costuma ser observado 
nos sobros. 
 
 Estenose Mitral: orifício mitral estreitado; dificuldade do sangue de fluir do átrio 
para o ventrículo esquerdo durante a diástole; 
 1ª bulha hipofonética, metálica e seca. 
 2ª bulha hipofonética em foco pulmonar. 
 Ruído agudo no início da diástole (estalido de abertura mitral). 
 Sopro em ruflar diastólico. 
 
 Estenose Aórtica: dificuldade de esvaziar o ventrículo esquerdo; tubilhonamento 
de sangue ao passar pela válvula estreita; sopro sistólico de ejeção com máxima 
Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022.1 
 
intensidade na área aórtica, irradiado para o pescoço; quase sempre de qualidade 
rude; mais audível quando sentado. Sopro em diamante sistólico. 
 
 Estenose Pulmonar: 2ª bulha hipofonética e desdobrada; aumento do período 
ejetivo do ventrículo direito. Sopro em diamante sistólico. 
 
 Insuficiência Mitral: folhetos não se fecham direito durante a sístole; refluxo de 
sangue para o átrio; 1ª bulha fica mascarada pelo sopro. Sopro em barra sistólico. 
 
 Insuficiência Aórtica: válvula não fecha; volta sangue para ventrículo esquerdo na 
sístole; sopro de alta frequência, intensidade decrescente, aspirativo; mais audível 
sentado e em apnéiaexpiratória; 2ª bulha costuma estar hiperfonética. Sopro 
aspirativo diastólico. 
 
 Insuficiência Tricúspide: volta sangue para o átrio direito; sopro sistólico de 
regurgitação, localizado na área tricúspide, que se irradia em raio de roda; manobra de 
Rivero-Carvallo (modificação na intensidade do sopro durante a inspiração) positiva. 
Sopro em barra sistólico. 
 
 Insuficiência Pulmonar: dilatação da válvula por hipertensão da artéria pulmonar; 
refluxo para o ventrículo direito; sopro diastólico em foco pulmonar; Sopro aspirativo 
diastólico. 
 
** Insuficiência = válvula não fecha direito; Estenose = válvula não abre direito. 
** Manobra de Rivero Carvallo: usada para diferenciar insuficiência mitral de 
tricúspide. Durante a inspiração profunda, se o sopro diminuir de intensidade ou não 
se modificar = negativa = insuficiência mitral; se o sopro aumenta de intensidade = 
positiva = insuficiência tricúspide. 
 
 Comunicação Interatrial: sopro sistólico de ejeção na área pulmonar associado ao 
desdobramento fixo da 2ª bulha. 
 Comunicação Interventrivular: sopro sistólico de regurgitação, geralmente em 
jato de vapor, associado à hiperfonese da 2ª bulha.

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