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* VENTILAÇÃO MECÂNICA Fisio aplicada a Pneumo Prof. Renata * 1555: Vesalius= 1º a usar um fole para ventilação 1934: Frenkner (Europa), desenvolveu o “spiropulsador” - insuflação rítmica dos pulmões = amplamente comercializado em 1940 = pulmão de aço 1950: com a crise de polio = desenvolvimento de ventiladores a pressão positiva 1953: surgiram as unidades respiratórias e aparelhos de gasometria = melhor chance de sobrevida II guerra: sofisticação dos ventiladores VENTILAÇÃO MECÂNICA * Apesar dos avanços tecnológicos a VM apresenta alta mortalidade e consome grandes recursos financeiros. Principal recurso de suporte à vida em UTIs. Substituição parcial ou total da atividade ventilatória do paciente através de uma prótese endotraqueal/orotraqueal ou pela traqueostomia o qual fornece uma pressão positiva ao sistema respiratório VENTILAÇÃO MECÂNICA * VENTILAÇÃO MECÂNICA Objetivo: estabelecer o equilíbrio entre a demando e o consumo de O2 = WOB Manutenção da oxigenação e ou ventilação Invasiva ou não invasiva * VM - INDICAÇÕES IRpA Reverter a hipoxemia = melhorar troca gasosa Tratar a acidose respiratória grave (Hipercapnia: hipoventilação alveolar) SDRA Trabalho respiratório ; fadiga muscular Glasgow < 10: proteção VA; PCR Desordens neuro musculares; PIC Higiene brônquica * Classificação dos ventiladores; a) Primeira geração: ciclados a pressão. Sem possibilidades de monitorização direta e sem alarme. Ex: Bird-Mark 7 b) Segunda geração: aparelhos ciclados a volume. Possibilidade de monitoração direta e alarmes. Modalidades: CMV, SIMV, CPAP. Aparelho Newport E100i c) Terceira geração: microprocessados = monitorização direta sobre condições ventilatórias. Bird 6400, Takaoka monterey VENTILAÇÃO MECÂNICA * O aparelho pode controlar totalmente a ventilação do paciente ou interagir neste processo, fornecendo um auxílio para estes pacientes. VENTILAÇÃO MECÂNICA * Variáveis respiratórias controladas pelo respirador: Modo de VM: depender das condições clínicas do paciente Volume corrente (VC ou Vt): ~ 6 a 8 ml/kg FR: manter o mínimo de insuflações necessárias Volume minuto (VM): VC X FR Fluxo: velocidade e a forma com que o gás é insuflado Tempo inspiratório: 0,8 a 1,5 segundos Tempo expiratório: 2 a 4 segundos VENTILAÇÃO MECÂNICA * Pico de pressão na via aérea: varia de acordo com as propriedades do SR (resistência e complacência). Valores seguros estão na faixa de 35 a 40 cmH2O. Quando este valor é ultrapassado em alguns modos/aparelhos existe a válvula de segurança. Pressão de platô: pressão de acomodamento de ar nos alvéolos. < 30 cmH2O VENTILAÇÃO MECÂNICA * FiO2 = ajustada de acordo com a SpO2 ou SaO2 (até 100%) PEEP: ajustada de acordo com a patologia. Mínimo de 5 cmH2O Alarmes: devem ser ajustados adequadamente para que qualquer alteração na VM do paciente possa ser percebida pela equipe. Pressão inspiratória: suficiente para manter adequado VC. Sensibilidade: facilidade com que o paciente tem em negativar a pressão. Quanto menor for a sensibilidade, menor será o esforço inspiratório. Parâmetros Ventilatórios * PEEP Pressão positiva expiratória final É a aplicação de uma resistência na fase expiratória com o objetivo de manter uma pressão positiva na VA. Evita colabamento de alvéolo e assim atelectasia * PRINCIPAIS EFEITOS DA PEEP DA CRF Redistribuição do líquido intravascular Recrutamento alveolar do volume alveolar do shunt intrapulmonar retorno venoso na V/Q = PaO2 Prevenção de colapso das VA Uso de menores FiO2 * PEEP Uso criterioso - avaliar a patologia Risco de aumentar a PEEP intrínseca É o desenvolvimento da PEEP espontânea. Pressão positiva ao final da expiração * PEEP mínimo: 3 a 5 cmH2O. PEEP moderado: ate 10 cmH2O Tratamento de hipoxemia, shunt (não responde a O2), atelectasias, EAP PEEP ideal: Deve-se fazer uma curva P x V e encontrar o ponto de inflexão inferior (pto de abertura alveolar) e o ponto de inflexão superior (máximo de distensão). Melhor complacência para a menor resistência * PEEP Modalidades básicas de ventilação com PEEP: CPAP Pressão Positiva Contínua nas Vias aéreas Permanece durante todo o ciclo respiratório Não oferece pressão inspiratória, somente fluxo de oxigênio Não necessariamente o WOB Manutenção dos alvéolos “abertos” Previne hipoxemia arterial * Ventilador mecânico * VENTILAÇÃO MECÂNICA Fase inspiratória (trigger/ disparo): insuflar pulmões, vencendo propriedades elásticas e resistivas. Pode ser feita por um critério de tempo (controlada), fluxo, pressão ou volume.(assistida) Mudança de fase ins/exp.: “ciclagem do respirador”. Pode ser a tempo, fluxo, pressão ou volume Fase expiratória: esvaziamento pulmonar * VENTILAÇÃO MECÂNICA * CICLAGEM DO VENTILADOR: TEMPO: Prefixado Não é influenciável pelas características elásticas e resistivas do sistema respiratório VENTILAÇÃO MECÂNICA * VOLUME: Cicla quando atingir o volume pré-fixado PRESSÃO Cicla quando a pressão determinada é alcançada na VA Dependem da complacência e resistência do sistema respiratório VENTILAÇÃO MECÂNICA * FLUXO: Cicla quando o fluxo inspiratório cai para níveis críticos VENTILAÇÃO MECÂNICA * MODOS VM VM CONTOLADA Pressão controlada ou Volume controlado Não há participação do paciente Respirador controla todas as variáveis Disparo: critério de tempo (FR) USO: PO, sedação “profunda”/ sem drive respiratório Ajustes: FR, fluxo, VC ou PI. Sensibilidade geralmente desligada Vantagem: garante Vt ou pressão Desvantagem: se o paciente tentar respirar, haverá assincronia * Assincronia: incoordenação entre respirador e paciente Paciente quer continuar inspirando e a válvula expiratória se abre e vice versa Conseqüências da assincronia: Hipoxemia Hipercapnia e taquipnéia Fadiga muscular = quando o paciente quiser inspirar se o respirador estiver na fase expiratória, não há fluxo no circuito do aparelho = WOB MODOS VM * Vantagens da PC: Limita a pressão na VA = menor risco de barotrauma Desvantagens da PC: Não garante VC mínimo MODOS VM * Vantagens do VC: Garanto um VC mínimo Desvantagens: não garante pico de pressão na via aérea = volutrauma. Quando usar este modo deve-se fazer um controle rigoroso da pressão de pico (< 35 - 40) e da pressão de platô (< 30) MODOS VM * Ventilação Controlada * MODOS DE VM VM ASSISTO-CONTROLADA : Disparo: mecanismo misto - tempo ou pressão Possibilidade do Início esforço inspiratório pelo paciente Auxílio do respirador Sensor pressão: detecta queda pressão na VA (disparo a pressão - espontâneo) Mecanismo misto: se o paciente não realizar o esforço inspiratório, o respirador manda um ciclo controlado Pré-determina: VC, PI, FR, S, FR , TI. O fluxo é imposto e muitas vezes gera altos picos de pressão na VA, sendo desnecessários ao paciente. = assincronia USO: apnéia temporária. * Assisto controlada * Modos de VMI SIMV (ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada) Pode ser assistido a pressão ou a volume Disparado por tempo ou pelo esforço do paciente Sensores que evitam o disparo do respirador (assistida) durante o ciclo espontâneo. Alternam ciclos assistidos com espontâneos Ajustes: VC, PI, FR, S, FR, TI. Permite livres respirações espontâneas entre os ciclos = maior WOB e consumo de O2. Ajuda a diminuir a inatividade dos músculos inspiratórios * SIMV * Vantagens da SIMV: Melhor sincronia entre paciente e respirador Menor necessidade de sedação Prevenção de hipotrofia MODOS VM * Pressão de suporte (PSV) Necessita integralmente da respiração do paciente Método OBRIGATORIAMENTE espontâneo FR, VC, F e TI = são determinados pelo paciente = não há controle Fluxo é variável se adaptando conforme as necessidades de cada ciclo = fluxo livre e decrescente Estabelece somente o nível de PSV, FiO2 e PEEP Modos de VMI * Vantagens: Praticamente não existe assincronia Usada principalmente para o desmame Menor pico de pressão na VA Desvantagens: Piora da troca gasosa (não garante VC) Não há garantia de FR ( backup) * Pq usar a modalidade espontânea? Aliviar uma inspiração muito trabalhosa, dando um suporte (pressão) na inspiração Facilita o desmame Melhor sincronia Possibilidade de graduar a carga de trabalho para a musculatura Pode ser disparado a pressão ou a fluxo O fluxo é livre e decrescente : permite a liberação de alto fluxo inspiratório imediato ao mínimo esforço do paciente * Modo Pressão Controlada Modo: controlado Ciclagem: tempo Fluxo descrescente VC: 5 a 7 mL/kg; 4 a 6 mL/kg; 8 a 10 mL/kg PEEP: adequada (PEEP ideal) P.Pico < 45 cmH2O MODOS VM * RELAÇÃO I:E INVERTIDA Modo: controlado Ciclagem: a tempo Permite: Manutenção de pressão constante e predeterminada na fase inspiratória Recrutamento e estabilização das unidades alveolares (> Ti) Ventilação mais eficientes nas unidades alveolares = melhora da hematose NOVAS MODALIDADES DE VM * VENTILAÇÃO COM PSV E VOLUME GARANTIDO (VAPSV) Misto de PSV e ventilação ciclada a volume Pode substituir a PSV em pacientes que necessitem de uma garantia de um volume mínimo Pode substituir a VC, quando há a necessidade de uma maior demanda de fluxo inspiratório. NOVAS MODALIDADES DE VM * VENTILAÇÃO COM ESCAPE DE PRESSÃO NAS VA (APRV) Desenvolvida a partir do CPAP Aumentar a ventilação alveolar Pressão nas VA é mantida por um longo tempo em 10 a 20 cmH2O Abertura da válvula expiratório por poucos segundos Melhora da troca gasosa Não demonstra vantagens significativas sobre outras modalidades NOVAS MODALIDADES DE VM * VENTILAÇÃO DE ALTA FREQUÊNCIA: Aumento na FR (FR . 60 a 1800 ciclos por minuto) Formas de aplicação: Ventilação de alta freqüência com pressão positiva (HFPPV) Fr: 60 a 120 ipm VC: 3 a 5 ml/kg Expiração é passiva NOVAS MODALIDADES DE VM * Ventilação de alta freqüência a jato (HFJV) Fluxo liberado sob alta pressão FR: 100 a 600 ipm VC: 2 a 5 mL/ kg Expiração passiva NOVAS MODALIDADES DE VM * Ventilação com oscilação de alta freqüência (HFO): Inspiração e expiração ativas Gás é liberado em freqüências que variam de 1a 60 HZ VC: 1 a 3 Ml/kg NOVAS MODALIDADES DE VM * Ventilação Seletiva ventilação otimizada em um único pulmão - o lesado Necessário dois respiradores e um tubo endotraqueal de duplo lúmen. Indicados para hemotórax, hemorragias maciças Complicações: ruptura do brônquio por insuflação excessiva e hipoxemia. NOVAS MODALIDADES DE VM * Assim que a condição clínica do paciente permitir mudar o modo o mais rápido possível para assistidos ou espontâneos = preparar o organismo (diafragma) a assumir as funções de ventilação. MODOS VM * CPAP * ADEQUAÇÃO DE PARÂMETROS Vt: 5a 7mL/kg (CUIDADO: Volutrauma) Fr: conforme necessidade (12 a 14 ipm) FiO2: 21 a 100%. No início 100%. A diminuição deve ser rápida e quando possível (PaO2 entre 60 a 100 mmHg) PC: depende do Vt (ventilômetro) PSV: mínimo 10 cmH2O (depende do ventilômetro) * PEEP: depende da situação clínica. Mínimo: 5 cmH2O Relação I:E 1:2 Sensibilidade: 0, 5 a 2 cmH2O (evitar ajustes baixos e altos) Programar também os alarmes. ADEQUAÇÃO DE PARÂMETROS * Caso Clínico Paciente 18 aa, vítima de acidente auto x poste, deu entrada no serviço com PCR (reanimado), sem resposta aos comandos verbais e dolorosos, glasgow 3, pupila midriática, apresentando sangramento por VAS, instabilidade hemodinâmica (PA: 100x50mmHg e Fc 70bpm) em uso de DVA. A TC crânio e pulmão revelou TCE (HSD - drenado) e contusão pulmonar. Gasometria arterial: pH: 7.25,PaO2: 55, PaCO2: 50, Bic: 22 SpO2: 82%. PaO2/Fio2:110 (50%fi), Hb: 10mg/dl. ? Melhor parâmetro respiratório/ modo ventilação ? Acompanhamento/ plano fisioterapêutico
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