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1 DIREITO TRIBUTARIO 1

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DIREITO TRIBUTÁRIO							 ( I )
TRIBUTO - DEFINIÇÃO E ESPÉCIES 		 	
O Código Tributário Nacional - O CTN, 	Lei Federal 5.172, de 25.10.1966, foi recepcionado pela atual Constituição Federal como lei complementar. Significa dizer que, apesar de formalmente tratar-se de lei ordinária federal, o CTN tem força de lei complementar dentro do sistema tributário nacional.
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO - É no art. 3º do CTN que encontramos a definição de tributo, para fins de nosso estudo.
CTN - Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 	
Função do tributo - A função básico do tributo é garantir recursos financeiros para o funcionamento do Estado. É a chamada função fiscal dos tributos. Entretanto, poderá ter ainda a função Extrafiscal e Parafiscal. 
Função Fiscal - O tributo objetiva a arrecadação de recursos financeiros para o ente tributante (IR, IPVA, IPTU etc).
Função Extrafiscal - Não arrecadatória, de intervenção no mercado, como no caso dos impostos aduaneiros (imposto de importação e imposto de exportação), que são utilizados primordialmente como instrumento de regulação de oferta dos produtos tributados (II, IE, IPI, IOF, ITR, CIDE).
Função Parafiscal - Que objetiva custear entidades que atuam em áreas específicas, não alcançadas pela atividade estatal (SESI, SESC, SENAI, SENAC, INCRA, INSS).
Receitas Públicas - O Estado existe para a consecução do bem comum. Para atingir tal mister, precisa obter recursos financeiros, o que faz, basicamente, de duas formas, que dão origem a uma famosa classificação dada pelos financistas ás receitas públicas: Originárias e Derivadas. Originárias – originam do patrimônio do Estado, aluguéis, receitas de empresa pública. Derivadas - derivam do patrimônio do particular, exemplo: os tributos. 
ESPÉCIES DE TRIBUTO
Impostos 
CTN - Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte.
CF - art. 145, p/ 1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
CF - Art. 167. São vedados:
(...)
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvados (...)
Progressividade dos impostos - O judiciário tem entendido que os chamados impostos reais (sobre propriedade) não possibilitam, em regra, as progressividade. Assim, não cabe graduação de alíquotas no caso do ITBI e do IPVA. Já com relação ao ITR e ao IPTU, que contam com expressa previsão constitucional de progressividade (Arts. 153, p/ 4º, I, e 156, p/ 1º, I, ambos da CF), tem sido admitida a graduação de suas alíquotas.
Taxas (Arts. 145, CF e Arts. 77 a 80 do CTN) 
CF - Art. 145, II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (...). ( idêntica definição no art. 77, CTN).
Parágrafo 2º. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
Art. 77. CTN. As taxas cobradas pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
Art. 78. CTN. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Exemplos de taxas pelo exercício do poder de polícia (Atividade administrativa):
1) Taxa de inspeção e fiscalização de bebidas alcóolicas,
2) Taxa de licença para demolir,
3) Taxa de localização e funcionamento,
4) Taxa de fiscalização ambiental,
5) Taxa de fiscalização de títulos e valores mobiliários - CVM.
6) Taxa de fiscalização de anúncios.
7) Taxa de fiscalização e controle dos serviços públicos delegados.
CTN - Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
Serviços públicos específicos e divisíveis que admitem a tributação por taxa - São aqueles prestados uti singuli, aqueles serviços em que é possível determinar quanto cada um dos usuários deles se utilizou no mês anterior, por exemplo. Como exemplos, os serviço de coleta de lixo domiciliar é específico e divisível, podendo ser determinado quanto cada um dos usuários aproveitou da atividade estatal. Já o serviço de limpeza de ruas e praças não é um serviço público específico e divisível, não se podendo determinar quanto cada um dos cidadãos, individualmente considerados, aproveitou da atividade estatal, é serviço uti universi. 
Base de cálculo da taxa - Deve ser própria de taxa, ou seja, deve quantificar seu fato gerador, refletindo o custo do serviço prestado ou do exercício do poder de polícia. 
Tarifas - Assim como as taxas, as tarifas servem para remunerar serviços prestados pela administração. Mas as tarifas não são tributos. São preços públicos que remuneram serviços de utilização facultativa, não se submetendo aos princípios da legalidade e anterioridade, entre outros (Água, Luz, Telefone, etc.)
Súmulas:
STF – Súmula vinculante 19 e 29.
STF – Súmula 67.
STF - Súmula 595.
STF - Súmula 667.
STF - Súmula 665.
STF - Súmula 545.
Contribuição de melhoria
CF - Art. 145 (...)
(...)
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
(...)
CTN - Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo das obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Finalidade - 	A contribuição de melhoria serve para se cobrar de cada proprietário de imóvel pela valorização advinda de uma obra pública.
Princípios - sujeita-se aos princípios da legalidade, anterioridade e irretroatividade.
De fato, somente por lei será possível instituir o tributo, jamais por decreto do executivo (legalidade).
Se a valorização imobiliária ocorrerem um determinadosemestre, não poderá norma publicada posteriormente, instituir o tributo em relação a evento pretérito (irretroatividade).
Finalmente, a cobrança só será possível a partir do exercício seguinte ao da publicação da norma (anterioridade anual).
Empréstimo compulsório
CF - Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b, (anterioridade).
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
CTN - Art. 15 (...)
	
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.
Princípios que estão sujeitos - no primeiro caso (Art. 148, I), não há subordinação ao princípio da anterioridade (comum ou nonagesimal).
Destinação da arrecadação - tributo de arrecadação vinculada.
Competência - exclusiva da União.
Contribuições Especiais:
a) Contribuições sociais (Seguridade social, Outras Contribuições Sociais, Sociais Gerais),
b) Contribuição de intervenção no domínio econômico,
c) Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
d) Contribuição para o custeio dos serviços de iluminação pública.
CF - Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos Arts. 146, III (lei complementar), e 150, I (legalidade) e III (irretroatividade, anterioridade, não confisco, não limitação ao tráfego e imunidades), e sem prejuízo do previsto no Art. 195, p/ 6º (anterioridade de 90 dias das contribuições sociais), relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Parágrafo 1º. Os Estados, o distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
Parágrafo 2º. As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
III - poderão ter alíquotas:
a) Ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
b) Específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
 
Parágrafo 3º. A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.
Parágrafo 4º. A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
Competência da União e as Contribuições Especiais - À União compete a instituição de:
a) Contribuições sociais:
- Seguridade Social, 
- Outras Contribuições Sociais,
- Contribuições Sociais Gerais;
b) contribuições de intervenção no domínio econômico;
c) Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
Competência dos Estados, DF e Municípios - instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário (Art. 149, p/ 1º, CF).
BARREIRINHAS, Robinson Sakiyama. Exame de Ordem 1ª Fase. São Paulo. Ed. Método, 
2004.

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