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Gestão Visual Prof. Andressa Lhamby andressalhamby@unipampa.edu.br 2 Gestão Visual É a adoção do princípio da transparência na gestão da produção; Transparência é a habilidade de um processo de produção se comunicar com as pessoas 3 Gestão Visual Como identificar um local de trabalho transparente? O fluxo do processo deve ser visível e compreensível do início ao fim Ocorre quando alguém com pouco conhecimento técnico entende o processo sem perguntas (local auto-explicativo) 4 Benefícios Colabora com o processo de melhoria, evitando que problemas fiquem ocultos; Transparência; Os padrões estão sendo seguidos? O trabalho está adiantado ou atrasado? É possível perceber quando algo está fora de lugar ou faltando? Os problemas são comunicados de forma clara? 5 Benefícios Rompe com a idéia de que os gerentes devem saber mais que os operadores; Transparência implica uma rede de informação independente da estrutura hierárquica; Contribui para envolver a mão de obra com o trabalho; Combate déficit de informação no local de trabalho; 6 Benefícios Simplifica o controle, em particular a comparação com os padrões; Reduz a propensão a erros e os torna mais visíveis; Reduz atividades que não agregam valor; Importante papel como instrumento de marketing. 7 Práticas para obtenção da transparência Tornar o processo diretamente observável Remover obstáculos visuais, melhorar a iluminação, layout compacto Manter a limpeza e a organização (5S) Medição de desempenho Priorizar indicadores de processo (pró-ativos) Divulgar resultados aos trabalhadores (feedback) Usar dispositivos visuais 8 5S Não serve apenas para deixar a fábrica limpa! Cria um processo contínuo de melhoria do ambiente de trabalho; Reforça a visão crítica sobre as oportunidades de melhoria; Gera comprometimento com o local de trabalho; Deve tornar o local de trabalho “transparente”. 9 5S Classificar: classificar os itens, manter somente o que for necessário e descartar o que não for; Organizar: um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar; Limpar: o processo de limpeza atua como uma forma de inspeção que expõe condições anormais e predisposição a falhas que podem prejudicar a qualidade ou causar problemas no equipamento; Padronizar: desenvolver sistemas para manter e monitorar os 3 primeiros S. Disciplinar: manter um ambiente de trabalho estável requer melhoria contínua. 10 5S 11 Dispositivos visuais Mecanismos intencionalmente projetados para compartilhar informação de modo instantâneo e influenciar o comportamento, sem dizer uma palavra. Inclui mensagens comunicadas por qualquer dos sentidos (gerenciamento sensorial) A força dos dispositivos visuais reside no fato de que embora sejam usados constantemente, tornam- se parte da rotina 12 Dispositivos visuais 13 Dispositivos visuais 14 Dispositivos visuais 15 Dispositivos visuais 16 Dispositivos visuais 17 Dispositivos visuais 18 Dispositivos visuais 19 Documento A3 Relatório escrito em uma folha A3 (duas A4); É um relatório completo que documenta um processo; A3 solução de problemas: Apresenta sucintamente o problema; Documenta a situação atual; Determina sua causa; Sugere alternativas de contra medidas; Apresenta uma análise de custo-benefício. 20 Dúvidas? TPM – Total Productive Maintenance 22 TPM – MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL Para viabilizar o sistema just-in-time, o pessoal da produção era pressionado cada dia mais a aumentar a qualidade e a confiabilidade da produção. As perdas geradas por máquinas e equipamentos tornaram-se inaceitáveis. A TPM foi então formatada no estilo japonês através do aperfeiçoamento de técnicas de manutenção preventiva, manutenção do sistema de produção, prevenção da manutenção e engenharia de confiabilidade. 23 HISTÓRICO DA TPM É o resultado do esforço de empresas japonesas em aprimorar a manutenção preventiva, que nasceu nos Estados Unidos. Manutenção Preventiva (1950): intervenções para evitar falhas; Manutenção com Introdução de Melhorias (1957): facilidades nas máquinas e equipamentos objetivando facilitar as intervenções da Manutenção Preventiva e aumentar a confiabilidade; Prevenção de Manutenção (1960): incorporar ao projeto das máquinas a não necessidade de manutenção; TPM (1970): Cada um deve exercer o autocontrole; A minha máquina deve ser protegida por mim; Homem, máquina e empresa devem estar integrados; A manutenção dos meios produtivos deve ser preocupação de todos. 24 Objetivos Melhorar a eficácia da empresa através de maior qualificação das pessoas e melhoramentos introduzidos nos equipamentos. Operadores: Execução de atividades de manutenção de forma espontânea (lubrificação, regulagens,...) Pessoal de manutenção: Execução de tarefas na área da mecatrônica Engenheiros: Planejamento, projeto e desenvolvimento de equipamentos que não exijam manutenção. 25 As grandes perdas Quebras: falha do equipamento, maior parcela na queda do desempenho operacional dos equipamentos; Mudança de linha: inclui as paralisações por setup; Operação em vazio e pequenas paradas: interrupções momentâneas por problemas na produção; Queda de velocidade de produção: condições que levam a trabalhar numa velocidade menor; Produtos defeituosos: retrabalho ou descarte de produtos defeituosos; Queda no rendimento: não aproveitamento da capacidade nominal das máquinas; 26 Quebra zero A máquina não pode parar durante o período em que foi programada para operar; Não significa que a máquina nunca pode parar! 27 Quebra zero Depende de algumas condições básicas: Limpeza da área, lubrificação e ordem; Operar os equipamentos dentro das condições e limites estabelecidos; Recuperar o equipamento por problemas de envelhecimento e evitar quebras futuras; Eliminar as causas de envelhecimento dos equipamentos; Restaurar os equipamentos, periodicamente; Ter domínio das anomalias que provocam a degradação dos componentes internos; Corrigir eventuais deficiências de projeto; Capacitar as pessoas para que possam perceber, diagnosticar e atuar convenientemente. 28 TPM M a n u te n çã o A u tô n o m a M a n u te n çã o P la n ej a d a M el h o ri a s E sp ec íf ic a s E d u ca çã o & T re in a m en to C o n tr o le I n ic ia l T P M A d m in is tr a ti v o T P M - S eg ., H ig . e M A M a n u te n çã o d a Q u a li d a d e O PROGRAMA TPM - 8 PILARES 29 TPM M el h o ri a s E sp ec íf ic a s MELHORIAS ESPECÍFICAS Atividade que serve para erradicar de forma concreta as grandes perdas que reduzem a eficiência do equipamento. Através da eliminação destas perdas, melhora-se a eficiência global do equipamento. 30 TPM M an u te n çã o A u tô n o m a MANUTEÇÃO AUTÔNOMA Melhoria da eficiência dos equipamentos, desenvolvendo a capacidade dos operadores para a execução de pequenos reparos e inspeções, mantendo o processo de acordo com padrões estabelecidos, antecipando-se aos problemas potenciais. 31 TPM M a n u te n çã o P la n ej a d a MANUTEÇÃO PLANEJADA Planejamento das paradas para manutenção. Conscientização das perdas decorrentes das falhas de equipamentos e as mudanças de mentalidade das divisões de produção e manutenção, minimizando as falhas e defeitos com o mínimo custo. 32 TPM E d u ca çã o & T re in a m en to EDUCAÇÃO E TREINAMENTO Tem como objetivo desenvolver novas habilidades e conhecimentos para o pessoal da manutenção e da produção. Habilidade é o poder de agir de forma correta e automaticamente (sem pensar), com base em conhecimento adquiridos sobre todos os fenômenos e utilizá- los durante um grande período. 33 TPM C o n tr o le I n ic ia l CONTROLE INICIAL Consolida toda sistemática para levantamento das inconveniências, imperfeições e incorporações de melhorias, mesmo em máquinas novas e através dos conhecimentos adquiridos, tornando-se apto a elaborar novos projetos onde vigorem os conceitos PM ( Prevenção da Manutenção), o que resultará em máquinas com quebra zero. 34 TPM M a n u te n çã o d a Q u a li d a d e MANUTENÇÃO DA QUALIDADE Destinado a definir condições do equipamento que excluam defeitos de qualidade, com base no conceito de manutenção do equipamento em perfeitas condições para que possa ser mantida a perfeita qualidade dos produtos processados 35 TPM T P M A d m in is tr a ti v o TPM ADMINISTRATIVO O principal objetivo desse pilar é eliminar desperdício de perdas geradas pelo trabalho de escritório, é necessário que todas as atividades organizacionais sejam eficientes. 36 TPM T P M - S eg ., H ig . e M A SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE O principal objetivo desse pilar é acidente zero, além de proporcionar um sistema que garanta a preservação da saúde e bem estar dos funcionários e do meio ambiente. 37 BENEFÍCIOS DA TPM A TPM busca a falha zero e quebra zero das máquinas e equipamentos, ao lado do defeito zero nos produtos e perda zero no processo gerando: Maior controle de peças de reposição e redução do estoque; Melhoria das habilidades técnicas, desenvolvidas através de Educação e Treinamento, para atingir um grau elevado de motivação, Participação e Orgulho Profissional; Incentiva a Análise de Riscos e Falhas, à medida que os Operadores e Manutentores adquirem conhecimentos e participam das decisões diretamente. 38 DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA TPM Resistência dos recursos humanos à mudança. As práticas de aquisição dos novos equipamentos continuam como antes (base apenas no custo inicial de aquisição, negligenciando a otimização do custo total do ciclo de vida). Não existe uma estruturação de um sistema de medição e acompanhamento das perdas operacionais, prejudicando assim as melhorias específicas. 39 DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DO TPM Realização de manutenção sem a avaliação das necessidades de cada equipamento, atestando a inexistência de um bom programa de Manutenção Planejada. A Manutenção Autônoma não é realizada efetivamente, restringindo-se a atividades de caráter estético em vez de serem focadas em aspectos mais técnicos. 40 CONSIDERAÇÕES SOBRE O TPM Não deve ser interpretada como uma introdução de novas tecnologias, mas, acima de tudo, uma mudança de comportamento. Para a implantação de um sistema como a TPM no Brasil, é importante uma mudança comportamental e cultural dentro da empresa, caso a empresa tenha problemas nessa área (como na utilização de outras ferramentas gerenciais como o 5S). 41 CONSIDERAÇÕES SOBRE O TPM A implantação pode ser recebida pelos operários com relutância, por fazer com que pensem que estão acumulando mais funções além das que já tem, sendo assim importante uma correta e gradual implantação do programa. Torna-se um importante veículo motivacional, quando bem aceito pelos usuários, gerando ganhos até inesperados de produção, estimulando o operador a conhecer melhor sua máquina e, em virtude disso, encontrar melhores meios de realizar sua operação. 42 CONSIDERAÇÕES SOBRE O TPM Há uma alta interdependência entre TPM (confiabilidade) e just-in-time, pois, sem conhecer as necessidades dos equipamentos, não é possível fazer previsões adequadas quanto à disponibilidade do sistema. 43 Dúvidas? TRF – Troca Rápida de ferramentas 45 Troca Rápida de Ferramentas (TRF) 50% 5% 15% 30% Preparação da matéria-prima, dispositivos de montagem, acessórios etc. Fixação e remoção de matrizes e ferramentas. Centragem e posicionamento das ferramentas. Procesamentos iniciais e ajustes. Identificar e separar o setup interno do externo. Converter o setup interno em externo. Simplificar e melhorar os pontos restantes. Eliminar o setup. 46 Troca Rápida de Ferramentas (TRF) Operações realmente realizadas como setup interno Operações realmente realizadas como setup externo Operações inerentes ao setup interno Operações inerentes ao setup externo Estágio 0 Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 47 1. Identificar e separar o Setup interno do externo Identificar como as atividades de setup estão sendo feitas. Podem estar em três grupos: Uma atividade de setup interna é aquela executada enquanto a máquina está parada. Uma atividade de setup externa é aquela executada enquanto a máquina está operando. Já uma atividade desnecessária é uma atividade que não faz parte das atividades necessárias para a realização do setup da máquina e que erroneamente está sendo realizada por exemplo, aguardar que uma talha, ou uma empilhadeira, fique livre e venha auxiliar na movimentação do ferramental, ou esperar que um ferramenteiro venha ajudar na troca e regulagem da matriz. 48 O primeiro passo nesse estágio inicial da TRF consiste em eliminar as atividades desnecessárias. Para evitar esperas e dependências de equipamentos de movimentação empregar carrinhos de movimentação manual de baixo custo para armazenar e movimentar as matrizes durante o processo de setup. Matriz Antiga Matriz Nova Prensa Carrinho Rotativo 1. Identificar e separar o Setup interno do externo 49 Eliminadas as atividades desnecessárias, deve-se proceder a separação criteriosa das atividades internas das externas. Quando a máquina estiver parada para a troca da matriz ou ferramenta o operador deve executar apenas as operações do setup interno, ou seja, a remoção da matriz ou ferramenta antiga e a fixação da nova. Todas as atividades referentes ao setup externo, como preparação e transporte das matrizes, gabaritos, ferramentas e dispositivos de fixação,devem ser feitas enquanto a máquina ainda estiver operando. A simples separação e organização das operações internas e externas podem reduzir o tempo de parada de máquina entre 30 a 50%. 1. Identificar e separar o Setup interno do externo 50 Proceder a uma análise criteriosa das atividades inicialmente classificadas como internas, no sentido de verificar se realmente essa é uma atividade que só pode ser executada com a máquina parada, bem como, se não existe uma outra alternativa melhor que permita transferi-la, total ou parcialmente, para atividade externa. Exemplo: rever a atividade interna de aquecimento de matrizes nos processos de fundição e forjamento. Utilizar o calor perdido pelo forno nessas operações para pré-aquecer as matrizes que irão entrar em operação, evitando-se assim, além da perda de tempo interno, custos decorrentes da produção de itens defeituosos no início da produção. 2. Converter o Setup interno em externo 51 Transferir, pelo menos parcialmente, para externa o ajuste do ferramental, empregando-se dispositivos intermediários que padronizem a forma de fixação. Os ajustes são demorados (de 50 a 70% do tempo total de setup interno) e requerem a habilidade de um ferramenteiro. Espaçador para padronizar a altura Altura Padrão Fixador com altura padrão Fixador com rebaixo usinado Fixador com espaçador soldado 2. Converter o Setup interno em externo 52 Usar uma ferramenta de fixação suplementar padronizada para todas as matrizes é uma forma de passar as atividades internas de ajuste para externa. Apesar de cada matriz ter sua regulagem diferente conforme o item para a qual se destina, projeta-se um dispositivo padrão de fixação intermediária onde essa matriz é regulada e fixada como uma atividade externa de setup, ou seja, com a máquina operando o item anterior. Quando a máquina para, é realizada a troca do conjunto “matriz-dispositivo auxiliar” de forma rápida. Empregando-se ainda sistemas de guias para direcionar o posicionamento do conjunto, semelhante ao de um vídeo cassete, chega-se ao chamado setup em um toque (OTED – One Touch Exchange of Die). 2. Converter o Setup interno em externo 53 Uma vez separadas as atividades internas das externas, e transferidas, tanto quanto possível, as atividades internas para externas, o terceiro estágio da TRF consiste em analisar detalhadamente essas atividades buscando simplificar e melhorar ainda mais alguns pontos relevantes do setup. usar operações paralelas; usar sistemas de colocações finitas (ou do mínimo múltiplo comum); empregar fixadores rápidos; eliminar a tentativa e erro. 3. Simplificar e melhorar os pontos relevantes 54 Máquinas de grande porte envolvem posições de fixação de matrizes em todo o seu perímetro. Com apenas um operador executando o setup, invariavelmente muito dos seus movimentos são realizados somente para se deslocar de um ponto a outro. Porém, se um segundo operador é convocado para ajudá-lo, o tempo total despendido por cada operador tende a ser menor do que 50%, em função da eliminação das atividades desnecessárias. Por exemplo, se uma troca leva 15 minutos para ser feita por um operador, pode ser realizada em 5 minutos por dois operadores. 3.1 Usar operações paralelas 55 Apesar de uma máquina ao ser projetada pelo fabricante ser capaz de assumir posições em uma escala contínua, quando colocada em operação apenas algumas dessas posições serão empregadas, principalmente quando se focaliza a produção numa gama restrita de itens. Dispositivos de ajuste Dispositivos de ajuste Proteção externa fixa Proteção interna substituível 3.2 Usar sistemas de colocações finitas 56 Em equipamentos onde os pontos de fixação por parafusos são numerosos deve-se: rever o projeto do ferramental através de uma análise estrutural, buscando reduzir o número de dispositivos de fixação à quantidade correta; padronizar os dispositivos de fixação, reduzindo a sua altura à mínima necessária para dar o aperto e desaperto da ferramenta; substituir os parafusos convencionais por dispositivos de fixação rápida. 3.3 Empregar fixadores rápidos 57 a) dispositivos com cabeça em L e T b) arruela em forma de U c) parafuso e porca com rosca parcial d) grampos acionados por molas 3.3 Empregar fixadores rápidos 58 como a TRF não faz parte da filosofia da empresa, padrões de setup não são seguidos; com a falta de focalização da produção existente em estruturas departamentais, várias máquinas podem executar a mesma operação em um item, tendo cada uma delas regulagens diferentes; com o passar do tempo o desgaste e sujeira dos componentes das máquinas tornam inúteis as regulagens padrões. Setup Retirar amostra Inspecionar Regular Retirar amostra ProduzirTempo Desperdícios Usar padrões Setup Produzir 3.4 Eliminar a tentativa e erro 59 Eliminar a atividade de setup é o objetivo final da TRF. O melhor setup é aquele que não existe, ou seja, ao invés de se supor que os setups são inevitáveis deve-se responder a seguinte pergunta: como produzir itens diferentes sem promover setups? A resposta a essa pergunta pode ser uma simples modificação no projeto do produto, a produção focalizada em células, ou a produção de peças em grupos. A A B B Canal de injeção 4. Eliminar o Setup 60 Dúvidas?
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