Buscar

Prod Int de Textos UNIP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/18
 
Caro(a) aluno(a)  
Gostaríamos de dar início ao nosso trabalho, convidando­o(a) à leitura de um texto de Clarice
Lispector.
 
FELICIDADE CLANDESTINA 
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados.
Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não
bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o
que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
   
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos
um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão­postal da loja do pai. Ainda
por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais
do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e
"saudade".  
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas
com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente
bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade
o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me
submetia: continuava a implorar­lhe emprestados os livros que ela não lia.  
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim um tortura
chinesa. Como casualmente, informou­me que possuía As reinações de Narizinho, de
Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo
com ele, comendo­o, dormindo­o. E, completamente acima de minhas posses. Disse­
me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.  
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia,
nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.  
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado
como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos,
disse­me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia
seguinte para buscá­lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo
me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo
estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava­me a promessa do
livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o
amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí
nenhuma vez.  
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era
tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso
e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu
poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da
vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.  
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido,
enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar
que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às
vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que
eu sofra.  
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela
dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de
modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as
olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.  
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/18
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a
sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária
daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma
confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava
cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa
entendeu. Voltou­se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro
nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!  
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a
descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de
perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao
vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma
para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o
livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo
tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a
ousadia de querer.  
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão.
Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí
andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos,
comprimindo­o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco
importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.  
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o
susto de o ter. Horas depois abri­o, li algumas linhas maravilhosas, fechei­o de novo,
fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não
sabia onde guardara o livro, achava­o, abria­o por alguns instantes. Criava as mais
falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade
sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu
vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.  
Às vezes sentava­me na rede, balançando­me com o livro aberto no colo, sem tocá­lo,
em êxtase puríssimo.  
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
Clarice Lispector. In: "Felicidade Clandestina"  
Ed. Rocco ­ Rio de Janeiro, 1998 
 
Ler significa aproximar­se de algo que acaba de ganhar existência. 
Ítalo Calvino
O ato de ler é soberano. Implica desvendar e conhecer o mundo. É pela leitura que
desenvolvemos o processo de atribuir sentido a tudo o que nos rodeia: lemos um olhar, um gesto,
um sorriso, um mapa, uma obra de arte, as pegadas na areia, as nuvens carregadas no céu, o
sinal de fumaça avistado ao longe e tantos outros sinais. Lemos até mesmo o silêncio!  
 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/18
Nos dias de hoje, a comunicação, mesmo presencial, está mediada por uma infinidade de signos.
Na era da comunicação interplanetária, estabelecemos infinitas conexões com pessoas de todos os
cantos do mundo, o que nos obriga a decodificar um universo poderoso de mensagens e a nos
adaptar a elas: comunidades virtuais do Orkut, conversas pelo MSN, compras e negócios fechados
pela rede e, se essa informação foi dominantemente verbal até então, agora se torna também
visual com a chegada do YouTube.  
Sabemos o quanto a força da imagem exerce fascínio e entendemos, definitivamente, que não há
mais como sobreviver neste mundo sem que haja, de nossa parte, uma adaptação constante no
que se refere ao acesso às diferentes linguagens disponíveis.  
É fundamental reconhecer que o sentido de todas as coisas nos vem, principalmente, por meio do
olhar, da compreensão e interpretação desses múltiplos signos1 que enxergamos, desde os mais
corriqueiros – nomes de ruas, por exemplo – até os mais complexos – uma poesia repleta de
metáforas. O sentido das coisas nos vem, então, por meio da leitura, um ato individual de
construção de significadonum contexto que se configura mediante a interação autor/texto/leitor.
A leitura é uma atividade que solicita intensa participação do leitor e exige muito mais que o
simples conhecimento lingüístico compartilhado pelos interlocutores: o leitor é, necessariamente,
levado a mobilizar uma série de estratégias, com a finalidade de preencher as lacunas e
participar, de forma ativa, da construção do sentido. Dessa forma, autor e leitor devem ser vistos
como estrategistas na interação pela linguagem para que se construa o sentido do texto.  
Segundo Koch & Elias (2006), 
[...] numa concepção interacional (dialógica) da língua, os sujeitos são vistos como
atores/construtores sociais, sujeitos ativos que – dialogicamente – se constroem e são construídos
no texto. [...} Nessa perspectiva, o sentido de um texto é construído na interação texto­sujeitos e
não algo que preexista a 
essa interação. A leitura é, pois, uma atividade interativa altamente complexa de produção de
sentidos, que se realiza evidentemente com base nos elementos lingüísticos presentes na
superfície textual e na sua forma de organização, mas requer a mobilização de um vasto conjunto
de saberes no interior do evento comunicativo.
Para esclarecer as idéias até aqui apresentadas, leia a tira a seguir:
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/18
http://tiras­hagar.blogspot.com/ (acesso em
16/02/2007)
 
Na tira, Hagar, o viking, revela o papel do leitor que interage com o texto, no caso, da placa, e
atribui­lhe o sentido, considerando tanto as informações explícitas, como também o que é
sugerido de maneira implícita, subentendida. 
Podemos, então, concluir que 
a) a leitura de qualquer texto exige do leitor muito mais do que o conhecimento do código
lingüístico;   
b) o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir, entre
outros aspectos, de seu conhecimento lingüístico, textual e, ainda, de seu conhecimento de
mundo. 
Leitura é, assim, uma atividade de produção de sentido. É nesse intercâmbio de leituras que se
refinam, se reajustam e redimensionam hipóteses de significado, ampliando constantemente a
nossa compreensão dos outros, do mundo e de nós mesmos.   
O exercício pleno da cidadania passa necessariamente pela garantia de acesso aos conhecimentos
construídos e acumulados e às informações disponíveis socialmente. E a leitura é a chave dessa
conquista. 
 
 
Sugestão de leitura  
 
Ler e compreender os sentidos do
texto  
Ingedore V. Koch e Vanda Maria Elias  
Editora Contexto  
Texto e Leitor: aspectos cognitivos
da leitura  
Ângela Kleiman  
Pontes
 
1Signos: entidades lingüísticas dotadas de duas faces: o significante (imagem acústica) e o
significado (conceito).
Exercício 1:
Para entender o significado de uma frase, é preciso considerar também o que fica implícito, e não
apenas ler a superfície da informação. Desse modo, observe o que fica implícito nesta frase: “Jim
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/18
disse que as abelhas não picariam idiotas; mas eu não acreditei nisso, porque eu mesmo já tentei
muitas vezes, e elas não me picaram.” (Mark Twain. The adventures of Huckleberry Finn)
A ­ O personagem se considera inteligente, pois não foi picado. 
B ­ O personagem não é inteligente por ter insistido em ser picado pelas abelhas. 
C ­ Jim testou a inteligência de Huckle e afirmou que ele era idiota. 
D ­ O personagem se considera idiota, mesmo não tendo sido picado pelas
abelhas. 
E ­ Jim sabia que as abelhas somente picariam Huckle se ele fosse inteligente. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
D ­ Na afirmação ele diz que as abelhas só picam idiotas, mas ele sendo idiota
não foi picado. 
B ­ Na afirmação ele diz que as abelhas só picam idiotas, mas ele sendo idiota
não foi picado. 
Exercício 2:
(ENADE)  
                        INDICADORES DE FRACASSO ESCOLAR NO BRASIL
Observando os dados fornecidos no quadro, percebe­se:
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/18
 
A ­ um avanço nos índices gerais da educação no País, graças ao investimento
aplicado nas escolas. 
B ­ um crescimento do Ensino Médio, com índices superiores aos de países com
desenvolvimento semelhante. 
C ­ um aumento da evasão escolar, devido à necessidade de inserção profissional
no mercado de trabalho. 
D ­ um incremento do tempo médio de formação, sustentado pelo índice de
aprovação no Ensino Fundamental. 
E ­ uma melhoria na qualificação da força de trabalho, incentivada pelo aumento
da escolaridade média.  
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E ­ Conforme interpretação do texto. 
Exercício 3:
O tema que domina os fragmentos poéticos abaixo é o mar.
Identifique, entre eles, aquele que mais se aproxima do quadro de Pancetti. 
A ­ Os homens e as mulheres adormecidos na praia que nuvens procuram
agarrar? (MELO NETO, João Cabral de. Marinha.   Os melhores poemas . São
Paulo: Global, 1985. p. 14.) 
B ­ Um barco singra o peito rosado do mar. A manhã sacode as ondas e os
coqueiros. (ESPÍNOLA, Adriano.   Pesca. Beira­sol . Rio de Janeiro: TopBooks,
1997. p. 13.) 
C ­ Na melancolia de teus olhos Eu sinto a noite se inclinar E ouço as cantigas
antigas Do mar. (MORAES, Vinícius de. Mar.   Antologia poética . 25 ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1984. p. 93.) 
D ­ E olhamos a ilha assinalada pelo gosto de abril que o mar trazia e galgamos
nosso sono sobre a areia num barco só de vento e maresia. (SECCHIN, Antônio
Carlos.   A ilha. Todos os ventos.   Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. p. 148.) 
E ­ As ondas vêm deitar­se no estertor da praia larga... No vento a vir do mar
ouvem­se avisos naufragados... Cabeças coroadas de algas magras e de
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/18
estrados... Gargantas engolindo grossos goles de água amarga... (BUENO, Alexei.
Maresia.   Poesia reunida . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003. p. 19.)    
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B ­ Com a análise da imagem em si e das cores utilizadas. 
Exercício 4:
Leia o trecho abaixo e responda corretamente ao que será perguntado:
“Alguns estudos mostram que os alunos não são seres passivos. Assistem à TV apreendendo as
mensagens que mais se adaptam ao seu modo de ser e de ver as coisas, utilizando­se das
representações sociais para compor sua leitura: tornam­se ‘operadores das mensagens”. Tânia
Esperon
Do texto é possível fazer a seguinte inferência:
A ­ Um dos aspectos negativos da televisão é que, diante dela, os jovens em
idade escolar perdem a capacidade de interagir com as mensagens veiculadas. 
B ­ Como “operadores de mensagens” os alunos ficam totalmente presos aos
sentidos gerados pela televisão. 
C ­ Apreendendo as mensagens geradas pela televisão, os alunos acabam não
aprendendo os sentidos que os programas colocam em circulação. 
D ­ Os alunos têm como superar as condições impositivas das mensagens
televisivas, pois como seres históricos e marcados por variáveis culturais
possuem, também, maneiras de ampliar os sentidos e significados que lhes
tentam impor. 
E ­ Os alunos não se utilizam das representações sociais para compor sua leitura. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
D ­ Após análise da situação atual, e interpretando o texto, cheguei a essa
conclusão. 
A ­ Após análise da situação atual, e interpretando o texto, cheguei a essa
conclusão. 
B ­ Após análiseda situação atual, e interpretando o texto, cheguei a essa
conclusão. 
C ­ Após análise da situação atual, e interpretando o texto, cheguei a essa
conclusão. 
Exercício 5:
 
Leia atentamente o poema que segue:
Mar português
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/18
Ó mar salgado, quanto de teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu.
    
(Fernando Pessoa)
Pela leitura do poema de Fernando Pessoa, pode­se afirmar que:
A ­ o mar que banha Portugal tem as águas salgadas por causa das lágrimas de
mães e de viúvas dos guerreiros portugueses que morreram em batalhas. 
B ­ o mar que banha Portugal tem as águas salgadas por causa das lágrimas dos
navegadores que morreram afogados e chorando em suas águas. 
C ­ o mar que banha Portugal tem as águas salgadas por causa das lágrimas de
mães, filhos e noivas que esperavam chorando a volta de seus entes queridos
durante as viagens dos navegadores portugueses. 
D ­ o mar que banha Portugal tem as águas salgadas por causa das lágrimas de
mães, filhos e noivas que morreram em suas águas quando viajavam de volta ao
país. 
E ­ o mar que banha Portugal tem as águas salgadas por causa das lágrimas de
mães, filhos e noivas que perdiam seus entes queridos nas viagens que os
navegadores portugueses empreendiam pelo mundo – sem voltar. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E ­ Interpretação de texto. 
Exercício 6:
Leia atentamente o poema que segue:
Mar português
Ó mar salgado, quanto de teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/18
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu.
    
(Fernando Pessoa)
O significado dos dois últimos versos da segunda estrofe é:
A ­ Deus premiou os portugueses, dando­lhes o céu e o mar. 
B ­ Deus deu­lhes o mar cheio de perigos, mas lhes deu também o céu. 
C ­ Deus deu aos portugueses a beleza e os perigos do mar, mas lhes deu a
beleza do céu. 
D ­ Deus deu­lhes apenas as belezas do céu e do mar. 
E ­ Deus deu­lhes as belezas do céu e os perigos do mar. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C ­ Conforme Interpretação. 
Exercício 7:
Leia o texto abaixo. A seguir, responda a questão. 
            “A maneira como o consumo é visto no Brasil explica um
bocado de coisas.
(2)                    Muita gente no Brasil vê o consumismo como um gesto um
pouco nobre. Atribuem­se à sua lógica coisas como depauperação
dos valores e acirramento de desigualdades sociais. Essa postura
está refletida já no nosso léxico. O verbo ‘consumir’,
segundoAurélio, significa ‘1. gastar ou corroer até a destruição;
devorar, destruir, extinguir [...] 2. gastar, aniquilar, anular [...] 3.
enfraquecer, abater [...] 4. desgostar, afligir, mortificar [...] 5.
fazer esquecer, apagar[...] 6. gastar, esgotar [...]’. Os sentidos
são negativos; as conotações, pejorativas. Não há uma única
referencia à idéia de comprar ou adquirir. Muito menos uma
associação com o ato de satisfazer uma necessidade ou saciar um
desejo. Um marciano de boa índole, que tivesse chegado à Terra
pelo Brasil e estivesse estudando a humanidade munido da língua
portuguesa, certamente anotaria na agenda que ‘consumir’ é uma
das coisas ruins que se fazem por aqui (...). Mas então, por que,
enfim, tantas reservas em relação ao consumo?
(15)                 O primeiro foco de explicação para essa antipatia reside no
fato de que a nossa economia fechada sempre encurralou os
consumidores no país. A falta de um leque efetivo de opções de
compra tem deixado os consumidores à mercê dos produtores no
Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder
de compra sem tomar conhecimento das fronteiras nacionais. O
resto da população, mantida em situação vulnerável, ignora os
benefícios de uma economia baseada no consumo. Mais do que
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/18
isso, o entrincheiramento de consumidores no mercado doméstico
fez, ao longo dos anos, com que a própria imagem do cliente se
deturpasse no país. No capitalismo avançado, a oferta corre atrás
da demanda – o vendedor lisonjeia o comprador, trata­o bem,
estende à sua frente o tapete vermelho.
(25)              No Brasil, ao contrário, os clientes servem às empresas
docilmente. É como se o capital    no país, ao produzir e vender,
fizesse um favor aos consumidores. Quem tem chiliques para ter
seus caprichos, desejos e necessidades atendidos por aqui são os
produtores, e não os clientes – um disparate (...)
(29)                 Só se pode falar efetivamente em sociedade de consumo se
a competição entre os produtores for aberta, aguda e justa. Essa é
a alavanca que coloca o consumidor no camarote, no centro e
acima da arena econômica.
Silva, Adriano – Revista Exame,
adaptado 
Com relação às definições do verbo “consumir”, o autor pretende:
A ­ Demonstrar o cuidado que se deve ter quando do uso inadequado de certas
palavras;  
B ­ Enfatizar a idéia de que o consumo excessivo pode ser prejudicial à sociedade;
C ­ Esclarecer algumas dúvidas que o leitor tem a respeito do significado do
termo;  
D ­ Mostrar a incoerência entre o significado do termo e o comportamento das
pessoas.  
E ­ Explicar o comportamento preconceituoso de muita gente quanto ao ato de
consumir;  
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
E ­ Analise e interpretação de texto. 
D ­ Analise e interpretação de texto. 
Exercício 8:
 ENEM – 2002) O autor da tira utilizou os princípios de composição de um conhecido movimento
artístico para representar a necessidade de um mesmo observador aprender a considerar,
simultaneamente, diferentes pontos de vista.
Das obras reproduzidas, todas de autoria do pintor espanhol Pablo Picasso, aquela em cuja
composição foi adotado um procedimento semelhante é:
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/18
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 9:
Responda a questão abaixo com base neste texto:
 
“Essa ideia serve também para desviar as atenções das necessidades básicas da
vida  humana  –  alimentação,  saúde,  habitação,  educação  etc.  –  para  cuja
satisfação devem orientar­se os esforços de cientistas, economistas, políticos e de
todos os cidadãos.”
 
Assinale a opção que está de acordo com as idéias do trecho acima:
A ­ Os esforços de cientistas, economistas, políticos e de todos os cidadãos devem
ser satisfeitos. 
B ­ As necessidades básicas de cientistas, economistas, políticos e de todos os
cidadãos devem ser satisfeitas. 
C ­ Os esforços de cientistas, economistas, políticos e de todos os cidadãos devem
orientar­se para a satisfação das necessidades básicas da vida humana. 
D ­ As necessidades básicas da vida humana são desviadas pelos esforços de
cientistas, economistas,políticos e de todos os cidadãos. 
E ­ A idéia de que a vida humana tem necessidades básicas é desviada a fim de
que os interesses de cientistas, economistas, políticos e de todos os cidadãos
sejam satisfeitos. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C ­ Interpretação. 
Exercício 10:
A arte brasileira dos anos 1960 começa com um movimento aparentemente
conservador. A volta à figura depois do domínio dos abstratos na década de 1950.
Mas estava ali a senha para uma revolução. A pop arte não incorpora só os
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/18
símbolos do consumo, tirados da propaganda, dos quadrinhos e das placas de
trânsito. Tenta incorporar os objetos do mundo.
            E  o  mundo  não  se  reduz  a  quadros,  esculturas  e  gravuras  ­  suporte
tradicional da arte.
 
Assinale o trecho que corresponde a uma conclusão coerente com a idéia central
do texto:
 
A ­ Além disso, a reação à arte abstrata busca pintar imagens do inconsciente. 
B ­ Assim, a arte brasileira dos anos 60 termina com a instalação da "Tropicália". 
C ­ Dessa maneira, participação é a palavra chave para se entender a pop arte. 
D ­ Enfim, a revolução da linguagem artística dessa década não é nem
conservadora nem inovadora. 
E ­ Começa, a partir daí, uma explosão de nova linguagem nas artes. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
C ­ Interpretação. 
A ­ Interpretação. 
B ­ Interpretação. 
D ­ Interpretação. 
E ­ Interpretação. 
Exercício 11:
Leia as afirmações a seguir:
I­O leitor que corresponde ao modelo ascendente de leitura é aquele que analisa cuidadosamente
a superfície lingüística do texto.
II­ O leitor imaturo é aquele que sempre e só faz leitura ascendente.
III­  O  leitor  que  corresponde  ao  modelo  descendente  de  leitura  é  aquele  que  se  apóia
principalmente em seus conhecimentos prévios.
Assinale a alternativa CORRETA em relação a essas afirmações:
A ­   I e III estão corretas; 
B ­ I e II estão corretas; 
C ­   II e III estão corretas; 
D ­ todas estão corretas; 
E ­ só III está correta. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D ­ Analise e interpretação de texto. 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/18
Exercício 12:
Assinale a alternativa correta:
A ­ Quanto maior o repertório do leitor, menos condições ele tem para identificar
vários níveis de leitura. 
B ­ Quanto maior o repertório do leitor, mais condições ele tem para identificar
vários níveis de leitura.  
C ­ O repertório do leitor é um conceito que nada tem a ver com sua capacidade
de compreender um texto nos seus vários níveis.  
D ­ O repertório do leitor independe de sua formação social, religiosa, cultural,
etc.  
E ­ Quanto maior o repertório do leitor, mais confusa se torna a compreensão que
ele faz de um texto, uma vez que ele pode confundir as informações.  
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B ­ Quanto maior o conhecimento de algo, maior a capacidade de interpretá­lo e
resolvê­lo. 
Exercício 13:
Leia o texto a seguir.
“Para alguns milhares de adolescentes brasileiros férias de julho são sinônimo de pegar um avião
rumo  ao  mundo  mágico  da  Disney.  No  ano  passado,  porém,  um  grupo  de  70  garotos
paulistanos,  entre  11  a  16  anos,  optou  por  conhecer  a  dura  realidade  brasileira,  atendendo  ao
chamamento de uma das várias escolas que vêem hoje nessa linha de projeto as mais eficientes
aulas  de  cidadania.  Abdicando  do  conforto  de  seus  luxuosos  apartamentos,  conviveram  durante
uma  semana  com  colonos  sem­terra  no  interior  do  Paraná.  ‘Aprendi  a  ver  o mundo  com  olhos
diferentes,  e  percebi  que  tem  muita  coisa  que  posso  fazer’,  afirma  um  dos  jovens,  que  ao
retornar engajou­se em outro projeto social da escola, dando aulas de  reforço para meninos de
uma  favela  adjacente.  ‘Foi  uma  experiência marcante,  e  quero  ajudar  outros  a  entender  que  a
realidade  é  muito  maior  do  que  as  festas  e  o  shopping  que  curto’,  relata  outra  adolescente,
que este ano volta ao projeto como monitora.”
 Com base nos dados do texto, é possível concluir que:
A ­ milhares de adolescentes paulistas viajam para a Disney nas férias de julho. 
B ­ a participação de um jovem em um projeto social pode estimular sua adesão a
outros. 
C ­ os participantes do projeto deram aulas de cidadania aos colonos sem­terra. 
D ­ os jovens que conhecem a dura realidade brasileira deixam de “curtir” festas e
idas ao shopping. 
E ­ os adolescentes que não se engajarem em projetos sociais não terão
condições de auxiliar os outros. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/18
Comentários:
B ­ A Participação e inclusão. 
Exercício 14:
Leia o texto a seguir.
“Para alguns milhares de adolescentes brasileiros férias de julho são sinônimo de pegar um avião
rumo ao mundo mágico da Disney. No ano passado, porém, um grupo de 70 garotos paulistanos,
entre 11 a 16 anos, optou por conhecer a dura realidade brasileira, atendendo ao chamamento de
uma  das  várias  escolas  que  vêem  hoje  nessa  linha  de  projeto  as  mais  eficientes  aulas  de
cidadania.  Abdicando  do  conforto  de  seus  luxuosos  apartamentos,  conviveram  durante  uma
semana  com  colonos  sem­terra  no  interior  do  Paraná.  ‘Aprendi  a  ver  o  mundo  com  olhos
diferentes,  e  percebi  que  tem  muita  coisa  que  posso  fazer’,  afirma  um  dos  jovens,  que  ao
retornar engajou­se em outro projeto social da escola, dando aulas de  reforço para meninos de
uma  favela  adjacente.  ‘Foi  uma  experiência marcante,  e  quero  ajudar  outros  a  entender  que  a
realidade  é  muito  maior  do  que  as  festas  e  o  shopping  que  curto’,  relata  outra  adolescente,
que este ano volta ao projeto como monitora.”
 
Segundo  o  sentido  que  têm  no  texto,  pode­se  dizer  que  estão  em  oposição  as  expressões  da
alternativa:
A ­ mundo mágico da Disney / realidade brasileira. 
B ­ 70 garotos paulistanos / um dos jovens. 
C ­ atendendo ao chamamento / abdicando do conforto. 
D ­   favela adjacente / a realidade. 
E ­ aulas de cidadania / projeto social. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A ­ A Disney é uma realidade fora do contexto brasileiro, visto também seu alto
preço. 
Exercício 15:
Leia o texto a seguir: 
“A  explosão  demográfica  que  ocorreu  a  partir  dos  anos  50,  especialmente  no  Terceiro  Mundo,
suscitou teorias ou políticas demográficas divergentes. Uma primeira teoria, dos neomalthusianos,
defende  que  o  crescimento  demográfico  dificulta  o  desenvolvimento  econômico,  já  que  provoca
uma diminuição  na renda nacional per capita e desvia os  investimentos no Estado para setores
menos  produtivos.  Diante  disso,  o  país  deveria  desenvolver  uma  rígida  política  de  controle  de
natalidade. Uma segunda, a teoria reformista, argumenta que o problema não esta na renda per
capita  e  sim na  distribuição  irregular  de  renda,  que não  permite  o  acesso  à  educação  e  saúde.
Diante disso, o país deve promover a igualdade econômica e a justiça social.”
 Qual dos slogans abaixo poderia ser utilizado para defender o ponto de vista neomalthusiano?
A ­ “Controle populacional – nosso passaporte para o desenvolvimento.” 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/18
B ­ “Sem reformassociais o país se reproduz e não produz.” 
C ­ “População abundante, país forte!” 
D ­   “O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos.” 
E ­ “Justiça social, sinônimo de desenvolvimento.” 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
B ­ Reformas sociais são sempre necessárias. 
A ­ A população em grande número geram problemas a países que não possuem
condições de cuidá­los. 
Exercício 16:
Leia o texto a seguir. 
“A  explosão  demográfica  que  ocorreu  a  partir  dos  anos  50,  especialmente  no  Terceiro  Mundo,
suscitou teorias ou políticas demográficas divergentes. Uma primeira teoria, dos neomalthusianos,
defende  que  o  crescimento  demográfico  dificulta  o  desenvolvimento  econômico,  já  que  provoca
uma diminuição   na  renda nacional per capita e desvia os  investimentos no Estado para setores
menos  produtivos.  Diante  disso,  o  país  deveria  desenvolver  uma  rígida  política  de  controle  de
natalidade. Uma segunda, a teoria reformista, argumenta que o problema não esta na renda per
capita  e  sim na  distribuição  irregular  de  renda,  que não  permite  o  acesso  à  educação  e  saúde.
Diante disso, o país deve promover a igualdade econômica e a justiça social.”
 
Qual dos slogans abaixo poderia ser utilizado para defender o ponto de vista dos reformistas?
A ­ “Controle populacional já, ou o país não resistirá.” 
B ­ “Com saúde e educação, o planejamento familiar virá por opção.” 
C ­ “População controlada, país rico!” 
D ­ “Basta mais gente que o país vai para frente!” 
E ­ “População menor, educação melhor!” 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B ­ Saúde e educação é a base de tudo. 
Exercício 17:
 
Tutty Vasques, conhecido humorista de jornais e revistas, lançou a "notícia":
É big, é big...  
Dessa vez a polícia do Rio agiu a tempo. Traficantes cariocas planejavam apagar
as velhinhas no dia do aniversário da cidade, sábado passado.
(Tutty Vasques, www.nominimo.com.br, 
07 de março de 2003)
O efeito de humor do enunciado explica­se, no plano dos mecanismos linguísticos,
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 16/18
A ­ pela inversão na construção da frase de tal forma que o sujeito se torna
posposto ao verbo.    
B ­ pelo uso, no título, de palavras estrangeiras, maculando a pureza do
português.    
C ­ pela ausência de pontuação: após a expressão adverbial do início da frase
deveria haver uma vírgula   ( Dessa vez, a polícia do Rio agiu a tempo.. .)    
D ­ pela substituição de um som da língua por outro, ocasionando a substituição
de uma palavra por outra. 
E ­ pela repetição de informação: se o caso se deu no Rio de Janeiro, não havia
necessidade de reiterar  Traficantes cariocas planejavam ... Bastaria escrever 
Traficantes planejavam ...    
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D ­ Modificado o sentido da frase. 
Exercício 18:
Desde que o homem comece a pensar um pouco mais no outro e se desprenda do
egoísmo inerente à sua natureza, certamente alguns conceitos, abstratos e
teóricos, como fraternidade, igualdade, solidariedade, poderão ser constatados
como uma realidade. Enquanto tal não ocorre, continuaremos a assistir ao
espetáculo da humanidade digladiando­se inútil e inconseqüentemente.
 Assinale a alternativa cuja ideia coincide com o que o autor desenvolve no texto.
A ­ Dúvida em relação a um fato consumado e que todos aceitam. 
B ­ Levantamento de uma hipótese, e que quando for concretizada, haverá a paz. 
C ­ Constatação de um fato irreversível e por isso há tantas guerras e
assassinatos 
D ­ O progresso da humanidade, mostrando que o homem briga para atingir seus
objetivos. 
E ­ Desespero em face de sua impotência, por isso a necessidade de digladiar­se. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B ­ Aplicação de texto. 
Exercício 19:
Desde que o homem comece a pensar um pouco mais no outro e se desprenda do egoísmo
inerente à sua natureza, certamente alguns conceitos, abstratos e teóricos, como fraternidade,
igualdade, solidariedade, poderão ser constatados como uma realidade. Enquanto tal não ocorre,
continuaremos a assistir ao espetáculo da humanidade digladiando­se inútil e
inconsequentemente.
A expressão desde que estabelece uma relação de
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 17/18
A ­   condição.                                     
B ­ tempo. 
C ­ causa.        
D ­ consequência 
E ­ conformidade.  
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A ­ A aplicação da frase se encaixa nessa situação. 
Exercício 20:
Mandaram ler este livro... Se o tal do livro for fraquinho, o desprazer pode
significar um precipitado, mas decisivo adeus à literatura; se for estimulante,
outros virão sem o peso da obrigação. As experiências com que o leitor se
identifica não são necessariamente as mais familiares, mas as que mostram o
quanto é vivo um repertório de novas questões. Uma leitura proveitosa leva à
convicção de que as palavras podem constituir um movimento profundamente
revelador do próximo, do mundo, de nós mesmos.  
Tal convicção faz caminhar para uma outra mais ampla, que um antigo pensador
romano assim formulou: Nada do que é humano me é alheio. (Cláudio Ferraretti)
 De acordo com o texto, a identificação do leitor com o que lê ocorre sobretudo quando
A ­ ele sabe reconhecer na obra o valor consagrado pela tradição da crítica
literária. 
B ­ ele já conhece, com alguma intimidade, as experiências  representadas numa
obra. 
C ­ a obra expressa, em fórmulas sintéticas, a sabedoria dos antigos humanistas. 
D ­ a obra o introduz num campo de questões cuja vitalidade ele pode
reconhecer. 
E ­ a obra expressa convicções tão verdadeiras, que se furtam à discussão. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D ­ Análise de condições. 
Exercício 21:
Mandaram ler este livro... Se o tal do livro for fraquinho, o desprazer pode
significar um precipitado, mas decisivo adeus à literatura; se for estimulante,
outros virão sem o peso da obrigação. As experiências com que o leitor se
identifica não são necessariamente as mais familiares, mas as que mostram o
quanto é vivo um repertório de novas questões. Uma leitura proveitosa leva à
convicção de que as palavras podem constituir um movimento profundamente
revelador do próximo, do mundo, de nós mesmos.  
Tal convicção faz caminhar para uma outra mais ampla, que um antigo pensador
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 18/18
romano assim formulou: Nada do que é humano me é alheio. (Cláudio Ferraretti) 
 
O sentido da frase “Nada do que é humano me é alheio” é equivalente ao desta construção:
A ­ O que não diz respeito ao Homem não deixa de me interessar. 
B ­ Tudo o que se refere ao Homem diz respeito a mim. 
C ­ Para ser humano, mantenho interesse por tudo. 
D ­ A nada me sinto alheio que não seja humano 
E ­ Como sou humano, não me alheio a nada. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B ­ Conforme interpretação. 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/15
 A linguagem é o instrumento com que o homem pensa e sente, forma
estados de alma, aspirações, volições e ações, o instrumento com que
influencia e é influenciado, o fundamento último e mais profundo da
sociedade humana.
L. Hjelmslev
Para dar início às suas reflexões a respeito do tema a ser estudado, leia
o texto que segue.
Comunicação
É importantesaber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que
você quer. Imagine­se entrando numa loja para comprar um... um... como é
mesmo o seu nome? 
“Posso ajudá­lo, cavalheiro?” 
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...” 
“Um... como é mesmo o nome?” 
“Sim?” 
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo.
É uma coisa simples, conhecidíssima.” 
“Sim senhor.” 
“O senhor vai dar risada quando souber.” 
“Sim senhor.” 
“Olha, é pontuda, certo?” 
“O quê, cavalheiro?” 
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim,
faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de
encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem
um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa
a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É
isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?” 
“Infelizmente, cavalheiro...” 
“Ora, você sabe do que estou falando.” 
“Estou me esforçando, mas...” 
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?” 
“Se o senhor diz, cavalheiro...” 
“Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta.
Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que
eu quero.” 
“Sim senhor. Pontudo numa ponta.” 
“Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?” 
“bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê­la outra vez.
Quem sabe o senhor desenha para nós?” 
“Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou
uma negação em desenho.” 
“Sinto muito.” 
“Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade, estou muito bem de vida. Não
sou um débil mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/15
do nome desse raio. Mas fora isso, tudo bem. O desenho não me faz falta. Lido
com números. Tenho algum problema com os números mais complicados, claro.
O oito, por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou um débil
mental, como você está pensando.” 
“Eu não estou pensando nada, cavalheiro.” 
“Chame o gerente.” 
“Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a um acordo.
Essa coisa que o senhor quer, é feito do quê?” 
“É de, sei lá. De metal.” 
“Muito bem. De metal. Ela se move?” 
“Bem... É mais ou menos assim. Presta atenção nas minhas mãos. É assim,
assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim.” 
“Tem mais de uma peça? Já vem montado?” 
“É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço.” 
“Francamente.” 
“Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, vem
vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa.” 
“Ah, tem clique. É elétrico.” 
“Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar.” 
“Já sei!” 
“Ótimo!” “O senhor quer uma antena externa de televisão.” 
“Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo...” 
“Tentemos por outro lado. Para o que serve?” 
“Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que prende. Você enfia
a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de
uma coisa..” 
“Certo. Esse instrumento que o senhor procura funciona mais ou menos como
um gigantesco alfinete de segurança e...” 
“Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança!” 
“Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro!” 
“É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... Como é mesmo o nome?” 
                                             (Luís Fernando Veríssimo. Para gostar de ler. v.7. São Paulo,
Ática, 1982.)  
A linguagem nasce da necessidade humana de comunicação; nela e com ela, o homem interage
com o mundo. Para tratarmos das diferentes linguagens de que dispomos, verbais e não verbais,
precisamos, inicialmente, pensar que elas existem para que possamos estabelecer comunicação.
Mas o que é, em si, comunicar?
Se desdobrarmos a palavra comunicação, teremos: 
Comunicação: “comum” + “ação”, ou melhor, “ação em comum”.
 
De modo geral, todos os significados encontrados para a palavra comunicação revelam a idéia de
relação. Observe: 
Comunicação: deriva do latim communicare, cujo significado seria “tornar comum”, “partilhar”,
“repartir”, “trocar opiniões”, “estar em relação com”.  
Podemos assim afirmar que, historicamente, comunicação implica em participação, interação
entre dois ou mais elementos, um emitindo informações, outro recebendo e reagindo. Para que a
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/15
comunicação exista, então, é preciso que haja mais de um pólo: sem o “outro” não há partilha de
sentimentos e idéias ou de comandos e respostas. 
Leia o cartum a seguir e procure reconhecer como o humor se produz na situação apresentada. 
 
 
Para que a comunicação seja eficiente, é necessário que haja um
código comum aos interlocutores.
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/15
O que é a linguagem? 
 
 
 
 
Linguagem é a capacidade humana de articular conhecimentos e compartilhá­los socialmente.
Assim, todo e qualquer processo humano capaz de expressar e compartilhar significação constitui
linguagens: tirar fotos, pintar quadros, produzir textos e músicas, escrever jornal, dançar, etc. As
linguagens fazem parte das diversas formas de expressão representadas pelas artes visuais, pela
música, pela expressão corporal e pela escrita.  
A linguagem, portanto, nomeia, fixa e concebe objetos, utiliza conceitos e tem por função permitir
a comunicação.  
Nós encontramos a língua pronta quando nascemos e aprendemos a utilizá­la com as pessoas
mais velhas. É a partir dessa aprendizagem que passamos a reproduzi­la.  
Muitas das expressões artísticas atuais têm origem conhecida: a fotografia surgiu no século XIX; o
teatro ocidental surgiu na Grécia e na Idade Média. Já a escrita surgiu há milhares de anos. 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/15
 
Tomemos, agora, o conceito apresentado por Bechara (1999:28) para fundamentar o conceito de
linguagem:
                           Entende­se por linguagem qualquer sistema de signos simbólicos empregados
na  
                           intercomunicação social para expressar e comunicar idéias e sentimentos, isto
é, conteúdos da
                            consciência.
A linguagem é, então, vista como um espaço em que tanto o sujeito quanto o outro que com ele
interage são inteiramente ativos. Por meio dela, o homem pode trocar informações e idéias,
compartilhar conhecimentos, expressar idéias e emoções. Desse modo, reconhecemos a
linguagem como um instrumento múltiplo e dinâmico, isso porque, considerados os sentidos que
devem ser expressos e as condições de que dispomos em dada situação, valemo­nos de códigos
diferentes, criados a partir de elementos como o som, a imagem, a cor, a forma, o movimento e
tantos outros. 
Vale salientar a idéia de que o processo de significação só acontece verdadeiramente quando, ao
apropriarmo­nos de um código, por meio dele nos fazemos entender.  
Dica de vídeo
A Guerra do Fogo (La Guerre du feu, 81, FRA/CAN)  
Dir.: Jean­Jacques Annaud. Com: Everett McGill, Rae Dawn
Chong, Ron Perlman, Nameer El Kadi.  
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/15
Uma interessante oportunidade para refletir sobre a questão
das primeiras manifestações de linguagem no homem.
 
LINGUAGEMVERBAL E NÃO VERBAL
Chamamos de linguagem a todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de
comunicação. Certamente, você já observou que o ser humano utiliza as mais diferentes
linguagens: a da música, a da dança, a da pintura, a dos surdos­mudos, a dos sinais de trânsito, a
da língua que você fala, entre outras.  
Como vemos, a linguagem é produto de práticas sociais de uma determinada cultura que a
representa e a modifica, numa atividade predominantemente social. 
Considerando o sistema de sinais utilizados na comunicação humana, costumamos dividir a
linguagem em verbal e não verbal. Assim, temos: 
a. Linguagem verbal: aquela que utiliza as palavras para estabelecer comunicação. A língua
que você utiliza, por exemplo, é linguagem verbal, assim como a literatura.
b. Linguagem não verbal: aquela que utiliza outros sinais que não as palavras para
estabelecer comunicação. Os sinais utilizados pelos surdos­mudos, por exemplo, constituem um
tipo de linguagem não verbal.
Para viver em sociedade, o ser humano — possuidor de capacidade criativa e cumulativa — cria
um arsenal de códigos, que se entrecruzam e atendem às suas necessidades de sobrevivência, de
intercâmbio com o outro, de satisfação afetiva, de aprimoramento intelectual.
A comunicação dá­se, assim, por intermédio de algum tipo de linguagem que, como vimos, altera­
se de acordo com o uso que as pessoas fazem dela. Verbais ou não verbais, criamos sinais que
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/15
têm significado especial para o grupo humano do qual fazemos parte.  
Veja, por exemplo, a tela de Portinari: 
Ao pintar os trabalhadores rurais em atividade, Portinari revela, com precisão, uma importante
questão social: a vida sofrida dos lavradores nas lavouras do café que, ao cumprir longas jornadas
de trabalho, misturam­se à terra, numa interminável fila de homens e mulheres anônimos, com
mãos e pés enormes, sugerindo, talvez, o excesso e a força de tanto trabalho. Não há céu, não há
horizonte; o predomínio da cor marrom reforça o drama vivido por esses trabalhadores.  
Diante do não verbal, como espectadores, experimentamos a emoção que o quadro desperta, não
porque seu significado esteja expresso em palavras, mas porque ele exibe a síntese do sentimento
do artista.
Podemos concluir, assim, que a linguagem é múltipla e, a partir da combinação de seus
variados códigos, promove a interação entre os seres humanos, permitindo a expressão do que
pensa e do que sente. 
 
Dica de leitura:
O verbal e o não verbal 
Vera Teixeira de Aguiar  
Editora Unesp
 
Exercício 1:
Leia um trecho do texto A vaguidão específica, de Millôr Fernandes. 
“­ Maria, ponha isso lá em qualquer parte.
­ Junto com as outras?
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/15
­ Não ponha junto com as outras, não.  Senão pode vir alguém e querer fazer qualquer
coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia.
­ Sim senhora.  Olha, o homem está aí.
­ Aquele de quando choveu?
­ Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo.
­ Que é que você disse a ele?
­  Eu disse para ele continuar.” 
Quanto ao diálogo acima, aponte a alternativa incorreta:
A ­ os personagens não estão se entendendo, por diferenças de classe social. 
B ­ os leitores não podem entendê­lo plenamente porque não têm referências
contextuais ao diálogo. 
C ­ texto típico da linguagem oral, portanto, com vocabulário econômico. 
D ­ a vaguidade das palavras não interfere na compreensão do diálogo pelas
personagens 
E ­ ausência de sentido intencional para ironizar o modo de falar das mulheres. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A ­ As diferenças nas classes sociais geram linguagens diferentes. 
Exercício 2:
De acordo com o Dicionário Aurélio, ambiguidade significa “qualidade ou estado
de ambíguo”, sendo que ambíguo, por sua vez, possui as seguintes acepções:
“que se pode tomar em mais de um sentido; equívoco; procedimento que denota
incerteza, insegurança, indecisão, indeterminação e imprecisão”.
O enunciado que  segue é ambíguo.  Leia­o e,  depois,  assinale  a  alternativa que
melhor explicita o sentido dele: “Os mergulhadores disseram aos engenheiros que
estavam com a razão”.
A ­ Quem estava com a razão eram os mergulhadores. 
B ­ Quem estava com a razão eram os engenheiros. 
C ­ Ambos estavam com a razão. 
D ­ Quem estava com a razão eram outras pessoas. 
E ­ É impossível saber quem estava com a razão. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E ­ Sem o tema que leva a justificativa, não tem como avaliar o correto. 
Exercício 3:
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/15
Em 2002, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de
violência. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete:
 
“CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM
NOVA FASE”.
 
A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando
o  objetivo  da  notícia,  esse  problema  poderia  ter  sido  evitado  com  a  seguinte
redação:
A ­ Campanha contra o governo do Estado e a violência entram em nova fase. 
B ­ A violência do governo do Estado entra em nova fase de Campanha. 
C ­ Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase. 
D ­ Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violência. 
E ­ A violência da campanha do governo do Estado entra em nova fase.    
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C ­ Essa referência faz mais sentido, pois não coloca o Governo como violento. 
Exercício 4:
Assinale a única opção incorreta a respeito da charge acima.
A ­ Para entender o texto é necessário saber algo sobre a crise no transporte
aéreo brasileiro. 
B ­ A falta de fala dos demais personagens faz com que o sentido do texto não
seja completo. 
C ­ O texto só faz sentido se soubermos em que contexto histórico foi produzido. 
D ­ Apesar de ser humorístico, o texto veicula o ponto de vista crítico do autor
(Junião). 
E ­ Os elementos figurativos no texto traduzem a temática da crise aérea. 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/15
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B ­ A frase está incompleta. 
Exercício 5:
Em: “A fofoca (...) é sempre vulgar. Já um caso bem contado, mesmo quando venenoso, não deixa de ter o seu
charme. Quem é alvo de fofoca costuma perder as estribeiras. Já o personagem de uma anedota pode até ficar
sem graça, mas no fim dá risada também. Contar casos, além disso, requer uma certa vivência, um certo talento.
Já para o fofoqueiro, basta oespírito de porco.”     
(Revista Veja).
 Substituindo as expressões destacadas por outras que correspondam à norma culta, têm­se
respectivamente,
A ­ desnortear­se, a fofoca. 
B ­ descontrolar­se, a malícia. 
C ­   impacientar­se, o mau humor. 
D ­   impressionar­se, a inconveniência. 
E ­ enaltecer­se, a transgressão. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
B ­ Se encaixam de forma culta. 
A ­ Se encaixam de forma culta. 
Exercício 6:
Leia este texto: 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/15
Assinale a alternativa correta:
A ­ No cartum de Quino foi empregada apenas a linguagem verbal, representada
pelas palavras. 
B ­ No cartum de Quino foiempregada apenas a linguagem não verbal,
representada pelos desenhos. 
C ­ No cartum de Quino foram empregadas a linguagem verbal (representada
pelas palavras) e a linguagem não verbal (representada pelos desenhos). 
D ­ O cartaz no portão não contribui para a atribuição de sentido no texto. 
E ­ Não é possível reconhecer as linguagens utilizadas no cartum, pois a
mensagem não está registrada em português. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C ­ Visto a análise do desenho em questão. 
Exercício 7:
Observe a  ilustração abaixo:
 A imagem acima é predominantemente não­verbal e por isso:
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/15
 
A ­ Deve ser lida obrigatoriamente da esquerda para a direita; 
B ­ Deve ser lida da margem superior à margem inferior, necessariamente. 
C ­ Pode ser lida aleatoriamente, sem seguir uma ordem pré­definida. 
D ­ Só pode ser lida se acompanhada de um texto verbal. 
E ­ Não pode ser lida, uma vez que é apenas uma imagem. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C ­ Devido a serem somente imagens. 
Exercício 8:
É possível associar a imagem abaixo aos prédios do World Trade Center?
A ­ Não, porque não há nenhuma semelhança entre as formas dos livros e a dos
dois prédios; 
B ­ Não, porque prédios e livros são objetos totalmente diversos e não sofrem
nenhum tipo de associação; 
C ­ Não, porque os prédios já foram destruídos e não podem mais ser vistos; 
D ­ Sim, desde que o leitor possua em seu repertório cultural a lembrança da
imagem dos dois prédios; 
E ­ Sim, porque o leitor, mesmo desprovido da lembrança da imagem dos dois
prédios em  seu repertório cultural, é independente e autônomo. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D ­ Duas torres e uma lembrança. 
Exercício 9:
 
(ENADE/2006) Observe as composições a seguir.
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/15
 
Os dois textos acima relacionam a vida a sinais de pontuação, utilizando estes como metáforas do
comportamento do ser humano e das suas atitudes.
A exata correspondência entre a estrofe da poesia e o quadro do texto “Uma Biografia” é:
A ­ a primeira estrofe e o quarto quadro. 
B ­ a segunda estrofe e o terceiro quadro. 
C ­ a segunda estrofe e o quarto quadro. 
D ­ a segunda estrofe e o quinto quadro. 
E ­ a terceira estrofe e o quinto quadro. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E ­ Conforme análise. 
Exercício 10:
Assinale a alternativa correta:
A ­ Os textos não verbais devem ser lidos linearmente. 
B ­ Não existem textos exclusivamente não verbais. 
C ­ Nos textos não verbais há predominância de palavras ambíguas. 
D ­ Nos textos não verbais, o leitor tem liberdade de leitura, isto é, não é
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/15
obrigado a ler sempre na mesma sequência e pode apreender as imagens
simultaneamente. 
E ­ Nos textos não verbais as imagens são apreendidas simultaneamente mas não
é possível identificar a autoria. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D ­ Visto em trechos anteriores. 
Exercício 11:
Assinale a frase que não apresenta vícios de linguagem como: cacofonia, redundância e pleonasmo.
A ­ O gerente nunca gasta um vintém com seus subalternos. 
B ­ Devemos ser racionais, fé demais não é bom. 
C ­ Inauguraremos nossa nova filial em setembro próximo. 
D ­ Nossa primeira prioridade é a realização de um plebiscito popular. 
E ­ Vou repetir: “O governo vai criar empregos.” 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E ­ Analise e entendimento das palavras. 
Exercício 12:
Leia as afirmações.
I. A linguagem pode ser definida como um sistema de sinais convencionais que nos permite
realizar atos de comunicação.
II. A linguagem verbal é aquela que utiliza as palavras para estabelecer comunicação. 
III. A linguagem não verbal é aquela que utiliza outros sinais que não as palavras para
estabelecer comunicação. 
IV. As variações lingüísticas restringem­se apenas a diferenças regionais, marcadas por
características fonéticas próprias de cada região.
V. Uma característica de todas as línguas é a presença de variedades que indicam, muitas vezes,
a identidade dos membros de um grupo social.
Estão corretas as afirmações.
 
A ­ I, II e IV, apenas. 
B ­ II, III, IV e V. 
C ­ I, II e V, apenas. 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/15
D ­ I, II e III, apenas. 
E ­ I, II, III e V. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E ­ A IV não está correta. 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/9
 NOÇÃO DE TEXTO
A palavra “texto” é bastante familiar no âmbito escolar e fora dele, embora, de modo geral, não o
reconheçamos em diversas de suas ocorrências. Certamente já ouvimos: “Que texto interessante! Seu texto
está confuso! Faça um texto sobre “suas férias”...
No entanto, no que diz respeito especialmente à leitura, muitas vezes os alunos lêem fragmentos do texto e
buscam entender partes isoladas que, sem relação com as demais — com o todo —, levam o leitor,
provavelmente, a chegar a conclusões precipitadas e até mesmo erradas sobre o sentido do texto.
Os estudos mais avançados na área da Lingüística Textual, a partir da década de 60, detiveram­se em
explicar as características próprias da linguagem escrita concretizada em forma de texto e não em forma
de um mero amontoado de palavras e frases.
Para a Lingüística Textual, a linguagem é o principal meio de comunicação social do ser humano e,
portanto, seu produto concreto — o texto — também se reveste dessa importante característica, já que é
por intermédio dele que um emissor transmite algo a um receptor, obedecendo a um sistema de
signos/regras codificado. O texto constitui­se, assim, na unidade lingüística comunicativa básica.
Inicialmente, faz­se necessário expor o conceito de “texto”, por ser ele o elemento fundamental de
comunicação. Vejamos o conceito proposto por Bernárdez (1982):
Texto é a unidade lingüística comunicativa fundamental, produto da atividade verbal humana, que possui
sempre caráter social: está caracterizado por seu estrato semântico e comunicativo, assim como por sua
coerência profunda e superficial, devida à intenção (comunicativa) do falante de criar um texto íntegro, e à
sua estruturação mediante dois conjuntos de regras: as próprias do nível textual e as do sistema da
língua”.
 Alguns elementos nos parecem centrais nessa definição. São eles:
a. Um texto não é um aglomerado de frases; o significado de suas partes resulta das correlações que elas
mantêm entre si. Uma leitura não pode basear­se em fragmentos isolados do texto. Observe a seqüência:
Marilene ainda não chegou. Comprei três melancias. O escritório de Sérgio encerrou
o expediente por hoje. A densa floresta era assustadora. Ela colocou mais sal no
feijão. O vaso partiu­se em pedacinhos.
Essa seqüência apresenta um amontoado aleatório de frases, já que suas partes não se articulam entre si,
não formam um todo coerente. Portanto, tal seqüência não constitui um texto.
Agora, observe a tira:
  
 
Inicialmente notamos que os personagens curtem o sol num momento de lazer. No segundo quadro da tira,
ao lermos “mas, infelizmente...”, acreditamos que o personagem vai interromper o agradável momento por
contade alguma obrigação que deva cumprir. No terceiro quadro, porém, somos obrigados a reinterpretar
o significado anteriormente atribuído e verificar que ambos estão, mesmo, dispostos a aproveitar o sol sem
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/9
qualquer pressa. Como vemos, o sentido global de um texto depende das correlações entre suas
partes.
Veja como isso se dá no texto que segue.
Circuito Fechado 
    Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear,
pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo; pente.
Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos,
caneta, chaves, lenço, relógio, maços de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e
pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona,
cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos de notas, espátula, pastas,
caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena.
Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes,
telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo,
bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro­negro, giz, papel.
Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara.
Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone,
revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e
papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis,
folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó,
gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras,
cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras,
camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
(Ricardo Ramos)
 
Em Circuito fechado não há apenas uma série de palavras soltas; temos aqui um texto. E por quê? Apesar
de haver palavras, aparentemente, sem relação umas com as outras, é possível reconhecer, depois de uma
leitura atenta, que há uma articulação entre elas. A escolha dos substantivos e a seqüência em que são
empregados revelam um significado implícito, algo que une e relaciona essas palavras, formando um texto.
Podemos, assim, dizer que esse texto se refere a um dia na vida de um homem comum.  
Note que no início do texto há substantivos relacionados a hábitos rotineiros, como levantar, ir ao banheiro,
lavar o rosto, escovar dentes, fazer barba tomar banho, vestir­se e tomar café da manhã. 
Chinelos, vaso, descarga. Pia. Sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear,
pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente.
Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos,
caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos.
Já no final do texto há o ritual que denota a volta para casa. Observe: 
Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa,
cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforos. Poltrona, livro. Cigarro e
fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama,
espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
Descobrimos que a personagem é um homem também pela escolha dos substantivos. Parece que sua
profissão pode estar relacionada à publicidade e o personagem é, também, um fumante, pois, por quatorze
vezes, o narrador retoma a seqüência “cigarro, fósforo”. 
Creme de barbear, pincel, espuma, gilete [...] cueca, camisa, abotoadura, calça, meia, sapatos, gravata,
paletó [...] Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos
de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída [...] Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas,
vales, cheques, memorandos, bilhetes [...] Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios,
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/9
fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo,
quadro­negro, giz, papel.
Enfim, o texto Circuito fechado é uma crônica — um texto narrativo curto —, cujo tema é o cotidiano e leva
o leitor a refletir sobre a vida. Usando somente substantivos, o autor produziu um texto que termina onde
começou. Essa estrutura circular tem relação com o título e com a rotina que aprisiona o homem nos dias
atuais.
b. O texto tem coerência de sentido e o sentido de qualquer passagem de um texto é dado pelo contexto1.
Se não levarmos em conta as relações entre as partes do texto, corremos o risco de atribuir a ele um
sentido oposto àquele que efetivamente tem.
c. Todo texto tem um caráter histórico, não no sentido de narrar fatos históricos, mas no de revelar as
concepções e a cultura de um grupo social numa determinada época.  
   
http://www.propagandasantigas.blogger.com.br/  
(acesso em 05/01/2007) 
Os anúncios retratam duas concepções distintas a respeito da moda infanto­juvenil em
épocas diferentes: o recato do século XIX e o olhar prático e dinâmico dos dias atuais.
1Contexto: unidade maior em que uma unidade menor está inserida. Exemplo: a frase serve de contexto
para a palavra, o texto para a frase etc.
 
GENEROS
Você conhece essa piada? 
Desconfiado de que sua festa estava cheia de penetras, o anfitrião grita:  
 
­ Convidados da noiva, para o lado direito!  
 
Metade se aloja do lado direito dele.  
 
­ Agora, convidados do noivo, do meu lado esquerdo!  
 
Um monte de gente se junta do lado esquerdo.  
 
­ E, agora, caiam fora vocês! Isto aqui é uma festa de aniversário!
Todos os dias, deparamo­nos com diferentes textos durante as mais diversas situações comunicativas das
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/9
quais participamos socialmente: anúncios, relatórios, notícias, palestras, piadas, receitas etc. Veja, por
exemplo, o que podemos fazer quando queremos:
escolher um filme para assistir no cinema. 
Podemos consultar a seção cultural de um dos jornais da cidade ou uma revista especializada, ler
num outdoor sobre o lançamento de um filme que lhe agrada ou, ainda, pedir a opinião de um
amigo. 
saber como chegar a um local desconhecido por nós. 
Podemos consultar um guia de ruas da cidade ou, ainda, perguntar a alguém que conheça o trajeto.
Quem sabe até pedir que essa pessoa lhe desenhe o caminho? 
convidar um amigo para sua festa de aniversário. 
Podemos mandar um e­mail, um convite pelo correio, telefonar ao colega, enviar um “torpedo” pelo
celular. 
entreter uma criança. 
Aqui as possibilidades são várias! Podemos ler histórias de fadas, lançar adivinhas, lembrar antigas
canções, recitar quadrinhas e parlendas, propor jogos diversos, assistir a um desenho etc.
Em todas as situações descritas acima, utilizamos textos em diferentes gêneros, isto é, para situações e/ou
finalidades diversas, lançamos mão de um repertório diverso de gêneros textuais que circulam socialmentee se adaptam às diferentes situações de comunicação. Cada um desses gêneros exige, para sua
compreensão ou produção, diferentes conhecimentos e capacidades.
De modo geral, todos os gêneros textuais têm em comum, basicamente, três características:
o assunto: o que pode ser dito através daquele gênero; 
o estilo: as palavras, expressões, frases selecionadas e o modo de organizá­las; 
o formato: a estrutura em que cada agrupamento textual é apresentado.
Os gêneros surgem, situam­se e integram­se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem. O
conjunto dos gêneros é potencialmente infinito e mutável, materializado tanto na oralidade quanto na
escrita. Eles são vinculados à vida cultural e social e contribuem para ordenar e estabilizar as atividades
comunicativas do seu dia­a­dia. Assim, são exemplos de gêneros textuais: telefonema, carta, romance,
bilhete, reportagem, lista de compras, piadas, receita culinária, contos de fadas etc.
Para Bronckart (1999), a apropriação dos gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, de
inserção prática nas atividades comunicativas humanas.
Exercício 1:
Em todas as alternativas reconhecemos as diferentes características de um texto, exceto em:
A ­ Todo texto tem uma intenção comunicativa e coerência de sentido. 
B ­  Todo texto tem um caráter histórico, não no sentido de que narra os fatos históricos,
mas no de que revela os ideais e as concepções de um grupo social numa determinada
época. 
C ­ Todo texto é produzido e marcado também pelas condições de produção de caráter
físico, cultural e ideológico. 
D ­ Não podemos reconhecer um quadro ou um filme como texto, já que neles o princípio
da coerência de sentido não pode ser observado. 
E ­ Num texto, sua estrutura é construída de tal modo que as frases não têm significado
autônomo; nele, o sentido de uma frase é dado pela correlação que ela mantém com as
demais. 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/9
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D ­ Uma figura sem texto é apenas uma imagem. 
Exercício 2:
Leia.
O que se diz
Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza! Que tarde! Que amor!
Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que graça! Que horror! Que doçura! Que novidade!
Que susto! Que pão! Que vexame! Que mentira! Que confusão! Que vida! Que talento! Que alívio! Que
nada...
Assim, em plena floresta de exclamações, vai­se tocando pra frente.
ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia e prosa.
Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1983.
Verifique se as informações abaixo são falsas ou verdadeiras.
a) No primeiro parágrafo faltam elementos de ligação entre as partes, mas a última frase, Assim, em
plena floresta de exclamações vai­se tocando pra frente, produz a unidade de sentido.
b) Pela ausência de elementos de ligação entre as partes, não é possível   estabelecer coerência  de
sentido no texto.
c) Em nível discursivo (superficial) o texto mostra o caráter estereotipado de nossa linguagem cotidiana.
d) É correto afirmar que a leitura não pode basear­se em fragmentos isolados do texto, já que o significado
das partes é determinado pelo todo em que estão inseridas.
Assinale a alternativa correta.
 
 
A ­ a. (V) / b. (F) / c. (V) / d. (V) 
B ­ a. (F) / b. (V) / c. (V) / d (V) 
C ­ a. (F) / b. (F) / c. (V) / d. (V) 
D ­ a. (V) / b. (V) / c. (F) / d. (V) 
E ­ a. (V) / b. (F) / c. (V) / d. (F) 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A ­ Somente a B é falsa. 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/9
Exercício 3:
Considere as seguintes afirmações:
I ­ Um texto não é meramente “uma unidade construída por uma soma de sentenças, mas pelo
encadeamento semântico delas”. 
II ­ O encadeamento semântico das sentenças de um texto é dado, sobretudo, pelo emprego de
mecanismos de coesão.
III ­ A coerência de um texto é resultante de uma concatenação perfeita entre as diversas frases e entre
os diversos parágrafos, sempre em busca de uma unidade de sentido. 
Pode­se dizer que:
A ­ somente a afirmação I está correta. 
B ­ as afirmações I e II estão corretas. 
C ­ as afirmações II eIII estão corretas. 
D ­ todas as afirmações estão corretas. 
E ­ todas as afirmações estão incorretas. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D ­ Se encaixam. 
Exercício 4:
Considere as afirmações abaixo:
I. Um texto não é um aglomerado de frases.
II. Isolando frases do texto, podemos conferir­lhe o significado que se deseja.
III. Para entender qualquer passagem de um texto, é necessário confrontá­la com as demais partes que o
compõem sob pena de dar­lhe um significado oposto ao que ela de fato tem.
IV. Nenhum texto é uma peça isolada, nem a manifestação da individualidade de quem o produziu.
Assinale a alternativa correta:
 
A ­ A  Apenas as alternativas I e III estão corretas. 
B ­ Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas. 
C ­ Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas. 
D ­ Apenas as alternativas I, III e IV estão corretas. 
E ­ Todas as alternativas estão corretas. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
B ­ Interpretação. 
D ­ Interpretação. 
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/9
Exercício 5:
Leia a tirinha a seguir e responda:
A conversa entre Mafalda e seus amigos
A ­ desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito
entre as pessoas. 
B ­ revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir. 
C ­ expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento
entre posições divergentes. 
D ­ ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do
debate político de idéias. 
E ­ mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para
superar divergências. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B ­ Simplesmente pelo fato de cada um estar olhando um lado diferente, brigam para ver
qual é a "frente" correta. 
Exercício 6:
Do ponto de vista social, o gênero é:
A ­ Uma estrutura fixa instituída padronizada por autoridades competentes. 
B ­ Tipo de texto definido apenas pela abordagem do mesmo conteúdo. 
C ­ Uma forma de comunicação que varia de acordo com a situação comunicativa. 
D ­ Um estilo padronizado pelas autoridades competentes. 
E ­ Uma forma de comunicação instituída pelas autoridades competentes. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C ­ Generos. 
Exercício 7:
 A propaganda pode ser definida como divulgação intencional e constante de mensagens destinadas a um
determinado auditório visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fenômenos. A
Propaganda está muitas vezes ligada à ideia de manipulação de grandes massas por parte de pequenos grupos.
28/03/2017 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/9
Alguns princípios da Propaganda são: o princípio da simplificação, da saturação, da deformação e da
parcialidade. (Dicionário de Política)
Segundo o texto, muitas vezes a propaganda
 
A ­ não permite que minorias imponham ideias à maioria. 
B ­ depende diretamente da qualidade do produto que é vendido. 
C ­ favorece o controle das massas difundindo as contradições do produto. 
D ­ está voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto. 
E ­ convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que

Continue navegando