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O Carrasco do Amor - Trabalho

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BÁRBARA SANTOS
JOYCE PEREIRA
JOAO PAULO
VALDIRENE MOTA
TRABALHO SOBRE O LIVRO:
O CARRASCO DO AMOR E OUTRAS HISTÓRIAS SOBRE PSICOTERAPIA.
AUTOR: IRVIN D. YALOM
TURMA: N1 – 6° PERÍODO
PROFESSORA: LUCIANA GÁUDIO
MATÉRIA: TEORIA HUMANISTA-EXISTENCIAL
BELO HORIZONTE
MAIO/2016�
BÁRBARA SANTOS
JOYCE PEREIRA
JOÃO PAULO
VALDIRENE MOTA
TRABALHO SOBRE O LIVRO:
O CARRASCO DO AMOR E OUTRAS HISTÓRIAS SOBRE PSICOTERAPIA.
AUTOR: IRVIN D. YALOM
Trabalho de interpretação sobre o capítulo quatro e oito: “Morreu o filho errado” & Três cartas fechadas. Do livro “O carrasco do amor e outras histórias sobre psicoterapia” do autor Irvin D. Yalom, visando maior elucidação do assunto com prática de casos reais. Trabalho sobre orientação da professora Luciana Gáudio.
BELO HORIZONTE
MAIO/2016
RESUMO DOS CAPÍTULOS: 
Morreu o Filho Errado
O psiquiatra Irvin D. Yalom, descreve com riqueza em seu livro O carrasco do amor e outras histórias sobre psicoterapia (precisamente no capítulo quatro): Morreu o filho errado, a história de Penny uma mulher de 38 anos motorista de taxi, divorciada robusta e envelhecida, que em virtude da falta de estrutura familiar, começa a trabalhar aos treze anos de idade, abandonou os estudos aos quinze, aos dezesseis tornou-se alcoolista, e aos dezenove anos já estava no seu segundo casamento do qual vieram seus três filhos. Perdera a filha com leucemia, pouco antes de fazer 13 anos após quatro anos de sofrimento. Penny não se deu conta, que no momento em que “abandona” seus filhos por causa da morte da filha, acabou por lança-los à própria sorte. A falta de base familiar sólida causou nessas crianças, uma “ruptura” na formação de caráter de ambos, ruptura essa que culminou na marginalização dos dois filhos adolescentes. Ela se separa do marido e congela sua tristeza sem conseguir lidar com a dor da perda.
Após ler um artigo de jornal que dizia que o Dr. Yalom desejava entrevistar indivíduos que foram incapazes de superar sua tristeza, Penny é a primeira a marcar hora, e diz que precisava ser atendida imediatamente, na intenção de buscar uma forma de alivio ao sofrimento que a muito tempo sentia.
Como efeito do atendimento, ela revela que se sentia culpada por não se lembrar da morte da filha, e por não ter podido ajuda-la na hora da partida, porque se recusava a deixa-la ir embora.
“A pior coisa que pode fazer a alguém é a morte solitária”. E é assim que ela deixara sua filha morrer.
No processo de terapia Dr. Yalom se divide entre entender a dor de Penny- “É crime manter a esperança? Que mãe quer acreditar que a filha tem de morrer?” e ao mesmo tempo ajudar a paciente a recompor sua vida, livrando-se da culpa.
“Perder um filho é perder o futuro”. O que é perdido nada mais é que o projeto de vida.
Pouco a pouco a paciente consegue verbalizar o que tanto a deprime: “Eu tive três filhos um deles era um anjo e os outros dois olhe para eles, um na cadeia e o outro viciado. Eu tive três filhos e morreu o filho errado.”.
Três Cartas Fechadas
No capitulo oito: Três Cartas Fechadas: o autor Irvin D. Yalom, descreve o caso de Saul. 
Saul perdera os pais em um acidente de carro quanto tinha 7 anos de idade, e ele foi criado pelos tios. Desde então, o fio condutor de sua vida foi a incessante busca de um lar, afeição e aprovação. O fracasso sempre lhe infligia terríveis ferimentos, que saravam devagar e intensificavam profundamente seu sentimento de insignificância e solidão; o sucesso oferecia uma exultação extraordinária, mas evanescente.
Yalom não o via a três anos, quanto terminou a terapia. Agora reapareceu em seu consultório muito desesperado devido ao recebimento de três cartas do Instituto de pesquisa de Estocolmo.
Ele era um homem de 63 anos, um excelente neurobiólogo, que recebera uma importante recompensa, uma bolsa de seis meses no Instituto de Pesquisas de Estocolmo, na Suécia. Os termos do prêmio eram generosos: uma remuneração de 50 mil dólares, nenhum vínculo e ele estaria livre para realizar sua própria pesquisa e dar aulas ou colaborar quanto quisesse. Neste instituto ele trabalha com Dr. K, um renomeado biólogo a quem Saul admirava muito. 
O artigo produzido foi recusado pela editora e por jornais, e Saul não teve coragem de contar ao Dr. K sobre a recusa. O motivo da recusa era porque a publicação estava desatualizada, e Saul percebeu que teria como atualizá-lo por cartas. Nada foi contado ao Dr. K sobre as recusas. Para piorar as coisa, Saul escrevera um importante artigo a respeito de um assunto relacionado, que fora imediatamente aceito para publicação. Nesse artigo, ele creditava ao Dr. K. algumas das idéias expressadas e citara seu agora não publicado artigo. A revista informara a Saul que sua nova política não permitia que ele creditasse algo a alguém sem o consentimento por escrito daquela pessoa (para impedir a utilização espúria de nomes famosos). Nem, pela mesma razão, permitia citações de artigos não publicados sem o consentimento por escrito dos co-autores. Como não havia contado ao Dr. K sobre a recusa, também não teve coragem de solicitar o consentimento dele, por escrito, para a nova publicação. 
Vários meses mais tarde, seu artigo (sem nenhuma menção ao dr. K. e nenhuma menção ao trabalho colaborativo) apareceu como o artigo principal de um destacado periódico de neurobiologia.
Ele ficou muito preocupado, porque provavelmente Dr. K leria a sua publicação e ele esperava receber algo deles condenando o que ele fizera. E ele recebeu a primeira carta do Instituto 4 semanas após a publicação, a segunda carta chegou 8 dias depois e a terceira carta chegou 10 dias após a segunda. Saul não abriu nenhuma das cartas, ficou desesperado ao receber cada uma, imaginando que todos eram por causa da publicação do artigo.
Ele pretendia devolver o dinheiro que recebeu para realizar a pesquisa, escrever carta ao Dr. K explicando o que havia feito, sem ter a coragem de abri-las para verificar o conteúdo contido. Mas Yalom condenou sua atitude e o pressionou a abrir as cartas antes de executar qualquer ação. Isso gerou um distanciamento do terapeuta e ele não compareceu a consulta, avisou que havia machucado as costas e não poderia ir as consultas.
O terapeuta sabia que ele não havia machucado as costas, ele freqüentemente evitava confrontações desagradáveis simulando doenças. Yalom então passou a visitá-lo em casa, mas Saul mergulhava cada dia mais em um desespero profundo, ele estava psicótico. 
Depois de varias visitas, o inesperado aconteceu, Saul ligou dizendo que as costas haviam melhorado e que ele iria ao consultório. Ao chegar foi percebido que ele havia mudado radicalmente e que o velho Saul estava de volta. Isso ocorreu porque Saul ao receber uma ligação de um colega ficou sabendo que o Dr. K havia falecido subitamente de embolia pulmonar. Ao saber da data da morte, ele descobriu que Dr. K não leu à publicação do seu artigo. As cartas instantaneamente deixaram de aterrorizá-lo, e ele as pegou na escrivaninha e as abriu.
A primeira era de um colega de pós-doutorado do Instituto de Estocolmo, pedindo que Saul escrevesse uma carta apoiando sua solicitação de um cargo na faculdade de uma universidade americana.
A segunda era um simples aviso sobre a morte do dr. K. e dos horários dos serviços fúnebres. Este aviso fora enviado a todos os membros, antigos e atuais, do Instituto de Pesquisas de Estocolmo.
A terceira era uma curta nota da viúva do dr. K., dizendo que imaginava que a essa altura Saul já deveria saber da morte dele. O dr. K. sempre falara muito bem de Saul, e ela sabia que ele gostaria que ela enviasse essa carta não terminada que encontrara na sua escrivaninha. Onde Dr. K informa que iria aos Estados Unidos e gostaria de encontrá-lo.
o efeito salutar da carta foi imediato e profundo. Sua depressão, com todos os agourentos sinais "biológicos", desapareceram em poucos minutos, e ele passou a considerar seu pensamento
e comportamento das últimas semanas como estranho ao ego e bizarro. Além disso, ele rapidamente restabeleceu o antigo relacionamento com o terapeuta.
Com a saúde recuperada, Saul estava pronto para encerrar a terapia imediatamente, mas concordou em vir mais duas vezes — na semana seguinte e dentro de um mês. Durante essas sessões, foi explorado todos os aspectos de seu funcionamento que havia preocupado o terapeuta — a autodestrutividade, o grandioso sentimento de maldade, a insônia e a anorexia. Sua recuperação dava a impressão de ser notavelmente sólida. Depois disso, não parecia haver mais nenhum trabalho a fazer, e a terapia foi concluida.
Considerações Finais
2.1 Conclusão “Morreu o Filho Errado”:
A história de Penny nos mostra que mais do que a dor causada pela morte da filha, é evidente ao logo da trajetória narrada que ela sofria com a dor existencial, dor essa que veio a emergir somente depois de entrar em luto, a terapia a ajudou de alguma forma a atingir os fundamentos da sua existência e a partir daí Penny descobre que o luto pela filha, estava mesclado com o luto por sí própria e por seus desejos potenciais não realizados. Durante o ano seguinte à terapia Penny não consultou nenhum terapeuta, mas continuou a fazer progressos sozinha. A tristeza que havia sido tão encarcerada tornara-se mais fluida, ela ainda era uma mulher assombrada, mas seus demônios agora habitavam o presente, e não o passado. A historia de Penny nos mostra que é possível enfrentar as verdades da existência , e aproveitar o seu poder para a mudança e o crescimento pessoal.
 
2.2 Conclusão Três Cartas Fechadas:
 O capitulo das Três Cartas Fechadas se mostrou muito interessante, onde o terapeuta relata o atendimento de um cliente bastante transtornado por imaginar o conteúdo de 3 cartas que acabara de receber. Na verdade as cartas era um aviso de que seu mestre havia morrido e outra era uma carta dele, pouco antes de morrer, dizendo palavras de carinho e gratidão por tudo que haviam passado juntos. 
O texto mostra que Saul, devido as condições da infância, desenvolveu o sentimento de não pertencer a nenhum lugar, não tinha um lar e sempre permaneceu o desejo de ser aceito.
Durante todo o texto percebe-se que o terapeuta faz sugestões do que ele deveria fazer,“...Será que você não quer trazê-las aqui e abri-las em meu consultório?....”, usa de manipulação,” ...Bem, o que eu penso é o seguinte: parece claro que a razão pela qual você me procurou é conseguir ajuda para abrir aquelas cartas.....”, e até cogita a idéia de pegar as cartas as escondidas e abri-las, mostrando totalmente sua curiosidade. Permitindo ou não o que o paciente deveria fazer,“...Não, eu não permitiria que ele chegasse ao fim. Prepararia uma armadilha para ele ter de me ver..... “
Mas ao mesmo tempo que ocorre todas estas “manobras” do terapeuta também pode se perceber o vinculo desenvolvido e o quanto este vinculo é importante na terapia.
 E interessante perceber que terapeutas não são perfeitos, como mostra na maior parte dos textos apresentados. São pessoas com sentimentos e erros como todos os seres humanos.
Referências Bibliográficas
YALON, Irvin. D.; Morreu o filho errado. In: O carrasco do amor e outras histórias sobre 
psicoterapia. 1º. Ed. Rio de Janeiro: Editora Ediouro, 2007. p. 146-177.
YALON, Irvin. D.; Três cartas fechadas. In: O carrasco do amor e outras histórias sobre psicoterapia. 1º. . Ed. Rio de Janeiro: Editora Ediouro, 2007, 2011. p. 230-260.

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