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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA JOHN KENNEDY COELHO PEREIRA FÍSICA EXPERIMENTAL I – TURMA B CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA BOA VISTA – RR 2015 2 Sumário 1. OBJETIVO .......................................................................................................................... 3 2. RESUMO ............................................................................................................................. 4 3. INTRODUÇÃO TEÓRICA ............................................................................................... 5 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................................ 5 Equipamentos necessários ......................................................................................................... 5 Procedimento ............................................................................................................................. 6 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 7 Cálculos ................................................................................................................................... 10 6. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 13 7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 14 3 1. OBJETIVO Descrever de forma sucinta os procedimentos adotados no laboratório de física experimental 1 – UFRR, para realizar um experimento com a finalidade de verificar a validade da Lei da Conservação da Energia Mecânica e apresentar os resultados obtidos a partir dele. 4 2. RESUMO Medir a energia mecânica de um movimento no mundo em meio aberto não é algo tão simples, uma vez que se tem o atrito, possíveis colisões e outras interações que tornam difícil chegar a uma conclusão categórica do problema, por outro lado, ao analisar o fenômeno no laboratório com condições favoráveis podemos averiguar a veracidade da lei da conservação da energia mecânica na prática, em nosso experimento utilizamos um trilho com carrinho, um equipamento da pasco e mais que serão descritos mais adiante neste relatório, assim como o método que vamos utilizar para averiguar se a energia potencial gravitacional deve ser igual à variação em energia cinética, o que segundo as leis da física deve respeitar a igualdade: . Onde é a mudança na energia cinética do carrinho e é a alteração de energia potencial gravitacional. E assim chegando à conclusão a partir da analise dos dados obtidos de que a lei em estudo é verídica e o movimento a respeita. 5 3. INTRODUÇÃO TEÓRICA Apesar de conservação de energia ser uma das mais poderosas leis da física, não é um princípio fácil de verificar. Se uma pedra está rolando morro abaixo, por exemplo, e constantemente convertendo energia potencial gravitacional em energia cinética (rotacional e translacional), e em energia térmica devido ao atrito entre ela e a encosta. Ela também perde energia, uma vez que atingem outros objetos ao longo do caminho, transmitir-lhes certa porção da sua energia cinética. Medir todas essas mudanças de energia não é tarefa simples. Este tipo de dificuldade existe em toda a física e os físicos enfrentar este problema criando situações simplificadas em que eles podem se concentrar em um aspecto particular do problema. Nesta experiência você vai examinar a transformação de energia que ocorre quando um carrinho desliza para baixo num trilho inclinado. Dado que não existem objetos para interferir com o movimento e há o mínimo de atrito entre a pista e o carrinho, a perda de energia potencial gravitacional como o carrinho que desliza para baixo na pista deve ser quase igual ao ganho em energia cinética. Afirmado matematicamente: ΔEk = ΔEp onde ΔEk é a mudança na energia cinética do carrinho; ΔEk = (1/2)mv2 2 - (1/2) mv1 2 e ΔEp = mgΔh é a alteração da sua energia potencial gravitacional (m é a massa do carrinho, g é a aceleração da gravidade, e Δh é a alteração na posição vertical do carrinho). 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Equipamentos necessários - Photogate timer e acessórios - Sistema de trilho com um carrinho - Bloco de suporte de espessura conhecida 6 - Indicador de ângulo. - Régua - Conjunto de massas - Balança Procedimento a) Montamos o dispositivo experimental como indicado na figura 1. Figura 1: Dispositivo experimental. b) Nivelamos o trilho com a maior precisão possível. Para isso usamos o indicador de ângulo. c) Medimos d, a distância entre a extremidade da pista e anotamos esta distância na tabela 1. d) Colocamos um bloco em uma das extremidades sob os pés de suporte de pista. Ajustamos a altura dessa extremidade até conseguir observar no indicador de ângulo o valor de θ = 20 graus e anotamos este ângulo na tabela 1. e) Após ajustarmos o ângulo, medimos as alturas H1 e H2 das extremidades da pista e anotamos na tabela 1. f) Posicionamos os sensores do photogate como mostrado na figura 1, a uma distância de exatamente D = 50 cm entre os dois sensores e anotamos essa distância na tabela 1. 7 g) Medimos L, o comprimento do dispositivo anexado no carrinho e anotamos na tabela 1. h) Medimos M, a massa do carrinho e anotamos como legenda da tabela a qual possui os dados adquiridos com elas. i) Colocamos a chave do Photogate para o modo de GATE e pressionamos o botão RESET. j) Posicionamos o carrinho próximo do topo da pista, em seguida, liberamos para que ele deslize e passe livremente através do sensor e anotamos t1 na tabela 2-a, o tempo carrinho leva para passa pelo primeiro sensor, também anotamos tf na tabela 2-a, a soma dos tempos durante o qual o carrinho passa por ambos os sensores. k) Repetimos as medidas várias vezes e registramos os dados na Tabela 2-a. l) Alteramos a massa do carrinho, adicionando pesos e repetimos os passos de h a k. Fazendo isso mais três vezes e anotando os dados numa tabela à parte para cada uma das vezes indicando a nova massa M(nº) do carrinho na sua respectiva legenda para cada série de medições. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1. Medidas aferidas no dispositivo experimental montado d =(100±0,1)cm θ = 2º ± 1º H1 = (9,5±0,1)cm H2 = (6,2±0,1)cm D = (50 ±0,1)cm L = (2,5±0,1)cm Tabela 2-a. Dados e [M carrinho = (270 ±0,1)g] Medidas 1 2 3 4 Média t1(s) 0,0742 0,0756 0,0762 0,0753 0,0753 tf(s) 0,1120 0,1136 0,1144 0,1132 0,1133 t2 = tf –t1(s) 0,0378 0,0380 0,0382 0,0379 0,0380 v1(cm/s) 33,69 33,07 32,81 33,20 33,19 v2(cm/s) 66,14 65,79 65,45 65,96 65,83 8 Tabela 2-b. Desvios das medidas da Tabela 2-a. Erros t1(s) t2 (s) v1(cm/s) v2(cm/s) Desvio médio absoluto 0,0006 0,0001 0,25 0,22 Desvio padrão 0,0008 0,0002 0,37 0,30 Desvio padrão da média 0,0004 0,0001 0,18 0,18 Desvio médio relativo 0,0080 0,0026 0,0077 0,0033 Desvio médio percentual 0,80% 0,26% 0,77% 0,33% Tabela 3-a. Dados M(1)=(420,3 ±0,2)g Medidas1 2 3 4 Média t1(s) 0,0736 0,0733 0,0740 0,0745 0,0739 tf(s) 0,1122 0,1116 0,1125 0,1132 0,1124 t2 = tf –t1(s) 0,0386 0,0383 0,0385 0,0387 0,0385 v1(cm/s) 33,97 34,11 33,78 33,56 33,85 v2(cm/s) 64,77 65,27 64,94 64,60 64,89 Tabela 3-b. Desvios das medidas da Tabela 3-a. Erros t1(s) t2 (s) v1(cm/s) v2(cm/s) Desvio médio absoluto 0,0004 0,0001 0,18 0,21 Desvio padrão 0,0005 0,0002 0,24 0,29 Desvio padrão da media 0,0001 0,0001 0,12 0,14 Desvio médio relativo 0,0054 0,0026 0,0054 0,0032 Desvio médio percentual 0,54% 0,26% 0,54% 0,32% 9 Tabela 4-a Dados M(2)=(570,6 ±0,2)g Medidas 1 2 3 4 Média t1(s) 0,0748 0,0749 0,0745 0,0743 0,0746 tf(s) 0,1127 0,1134 0,1130 0,1128 0,1130 t2 = tf –t1(s) 0,0379 0,0385 0,0385 0,0385 0,0384 v1(cm/s) 33,42 33,38 33,56 33,65 33,50 v2(cm/s) 22,18 64,94 64,94 64,94 54,25 Tabela 4-b. Desvios das medidas da Tabela 4-a. Erros t1(s) t2 (s) v1(cm/s) v2(cm/s) Desvio médio absoluto 0,0002 0,0002 0,10 0,39 Desvio padrão 0,0003 0,0003 0,12 0,51 Desvio padrão da media 0,0001 0,0001 0,06 0,25 Desvio médio relativo 0,0026 0,0052 0,0030 0,0059 Desvio médio percentual 0,26% 0,52% 0,30% 0,59% Tabela 5-a Dados M(3)=(720,8 ±0,2)g Medidas 1 2 3 4 Média t1(s) 0,0736 0,0740 0,0742 0,0744 0,0741 tf(s) 0,1111 0,1117 0,1120 0,1122 0,1118 t2 = tf –t1(s) 0,0375 0,0377 0,0378 0,0377 0,0377 v1(cm/s) 33,97 33,78 33,69 33,60 33,76 v2(cm/s) 66,67 66,31 66,14 66,14 66,31 10 Tabela 5-b. Desvios das medidas da Tabela 5-a. Erros t1(s) t2 (s) v1(cm/s) v2(cm/s) Desvio médio absoluto 0,0003 0,0001 0,11 0,18 Desvio padrão 0,0003 0,0001 0,16 0,25 Desvio padrão da media 0,0002 0,0001 0,09 0,12 Desvio médio relativo 0,0040 0,0026 0,0034 0,0027 Desvio médio percentual 0,40% 0,26% 0,34% 0,27% Cálculos 1) Calcular θ, o ângulo de inclinação da pista, usando a equação θ = arctan (ΔH/d), onde (ΔH = H2 – H1) e compare com aquele θ medido com o indicador de ângulo. Qual o erro percentual? Justifique o resultado de comparação. R: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Erro percentual: A diferença entre o valor experimental e o valor teórico apesar de existir está com um erro percentual aceitável abaixo dos 10%, este erro pode ter sido ocasionado devido à precisão das medidas para se chegar ao valor teórico ou até pelo erro de paralaxe no momento de aferir as medidas ou do ângulo. 11 Para cada conjunto de medidas de tempo: 2) Divide L por t1 e também por t2 e encontre as v1 e v2, as velocidades do dispositivo que passava através de cada sensor e anote na tabela 1. R: , seja ( ) e ( ̅ ), onde é o desvio médio absoluto que tomamos como erro da medida do tempo e assim temos: ( ) ( ) Realizando esse calculo obtemos todas as velocidades e seus respectivos erros, entretanto uma melhor aplicação foi utilizada, já que no experimento foram realizadas varias medidas, utilizaremos como erro o desvio médio absoluto que é mais indicado para esse tipo de realização de medidas, esse erro está anotado nas tabelas nº-b. 3) Utilize a equação Ek = (1/2)mv 2 para calcular a energia cinética do dispositivo que passava através de cada sensor e anote na tabela 6. R: Para esse calculo utilizaremos a massa M ( ̅ ) e velocidade média ( ) ( ) . Assim temos: ( ̅ ) ( ̅ ) ( ̅ ̅ ) ( ̅ ) ( ̅ ̅ ) ( ̅ ̅ ) ( ̅ ̅ ) ( ̅ ̅ ) ( ̅ ̅ ) E a partir dessa equação obtiveram-se as velocidades v1 e v2 para cada uma das respectivas massas do carrinho e anotadas na tabela 6. 4) Calcule a variação da energia cinética, ΔEK = EK2 - EK1 e anote na tabela 6. R: Dados ( ̅ ) ( ̅ ) ( ̅ ) ( ̅ ) = ( ̅ ̅) ( ) 12 Esta formula foi usada para se chegar ao valor de ΔEk para todas as quatro amostras de dados. Os valores foram anotados na tabela 6. 5) Calcule a variação da energia potencial, ΔEp = mgΔh e anote na tabela 2. Use a distância através da qual o carrinho caiu durante a passagem entre os dois sensores (Δh = D sin θ). ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Tabela 6. Analise da conservação da energia mecânica Ek1(erg) Ek2(erg) ΔEk (erg) ΔEp (erg) Erro percentual 148736,15 585101,72 436365,57 461700,00 5,49% 240846,65 884987,10 644140,45 718713,00 10,38% 320200,48 1212526,48 892326,00 975726,00 8,55% 410798,23 1584861,41 1174063,18 1232568,00 4,75% 6) Compare a energia cinética ΔEK adquirida com a perda de energia potencial gravitacional ΔEp. Analise seus resultados. Como podemos observa comparando os valores da coluna ΔEk e ΔEp que tivemos uma verdadeira amostra da validade da lei da conservação de energia, apesar de não termos valores iguais para simplesmente validar de uma vez a igualdade apresentada na equação da conservação da energia já citada na introdução teórica, temos valores muito próximos e o erro entre os dois pode ser atribuído a alguma perda de energia para o meio (como atrito com o ar e superfície da rampa), ou até erro na precisão das medidas. 13 6. CONCLUSÃO A partir do experimento descrito neste relatório verificamos a validade da lei da conservação da energia mecânica, através da medição, cálculos e comparação dos resultados obtidos no mesmo, chegamos à conclusão de que dado um corpo com energia potencial ao iniciar o movimento toda essa energia potencial vem a se transformar em energia Cinética, obedecendo à equação dada. Apesar de os resultados não terem sido exatos, foram satisfatórios e conclusivos, uma vez que deixamos de fora interações menos relevantes, mas que se fazem presente no estudo do movimento, como atrito, por exemplo, além disso, a diferença entre os valores pode ter tido contribuição de erros sistemáticos ou acidentais e ainda por ultimo porem menos provável por erros grosseiros do experimentador. 14 7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Manual de experimentos Pasco. Halliday, D.; Resnick, R. e Walker, J. - Fundamentos de Física - Vol.I LTC.
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