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FICHAMENTO SOBRE O LIVRO O QUE É EDUCAÇÃO

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FICHAMENTO SOBRE O LIVRO: O QUE É EDUCAÇÃO (Carlos Rodrigues Brandão)
POR: RAYANE GOMES DE SOUZA
IFES CAMPUS ITAPINA
	BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Editora Brasiliense, 2007.— (Coleção primeiros Passos; 20).
	Educação? Educações: Aprender com o índio. (Páginas 7-12). Primeiro capítulo.     
	    O livro divide-se em 7 capítulos, os quais discorrem sobre a educação e seus vários âmbitos, além de um capítulo adicional sobre as indicações para leitura. Esta análise, no entanto, se aterá apenas aos cinco primeiros capítulos. O autor faz uma trajetória sobre a educação, falando do saber desde quando não havia escolas e o ensino se perpetuava na tribo, e depois, até quando há a criação da instituição da Escola. Por mérito disso, introduz o livro dissertando a respeito da noção de aprendizagem sobre a educação com o índio e os primeiros capítulos do livro são destinados a falar sobre tal tema. Usou-se como exemplo um tratado de paz assinado entres os Índios das Seis Nações e os Estados de Maryland e Virgínia (ambos pertencentes aos Estados Unidos da América), no qual há a recusa da educação do colonizador, pois cada povo possui sua peculiaridade, seu modo de aprender e ensinar, sua cultura e sua virtude, e tal educação apenas serviria para quem foi engendrada e jamais para o colonizado.
    A educação, se utilizada de maneira livre, é capaz de incitar a criação. Ela auxilia na invenção de inúmeras coisas, como tipos de homens, crenças, ideias. Tais elementos criados por ela serão os componentes chaves para a concepção dos diversos modelos de sociedades. Todavia, é precisamente por esse motivo que se deve ter cuidado ao utilizar o que se foi aprendido ou ensinado, porque apesar de o caráter mais importante da educação ser o de transformação e libertação, ela pode ter caráter “aprisionador” se utilizada de forma incorreta e pelas pessoas erradas.
	Quando a escola é aldeia. (Páginas 13- 26). Segundo capítulo.
	    No segundo capítulo, Brandão discorre sobre a ideia de que a educação está por toda parte, não se fazendo necessário um ensino metodológico para ensinar e aprender. Num âmbito onde não há escolas, por exemplo, sempre existiu, existe e sempre existirá transferência do saber entre gerações. Nas aldeias africanas, citando caso análogo, o ancião é o responsável por ensinar as crianças todo o conhecimento adquirido pela tribo, embora não haja um momento oficial para o ato de ensinar. O ser humano não necessita de um sistema complexo de ensino para perpetuar seus aprendizados, ele se utilizou do trabalho e da consciência para modificar a natureza e transformá-la em aquisição cultural e, devido a isso, em educação, diferentemente dos outros animais, que necessitam repetir suas práticas para assegurarem o aprendizado de suas espécies.
   Depois, o escritor rumina acerca das trocas sociais, situação que se faz presente em todos os povos, responsável pela socialização entre adolescentes e crianças. Todos os saberes humanos abarcam tais situações pedagógicas interpessoais e\ou entre pessoas e natureza, o tempo todo regidas por símbolos, regras e valores da cultura de uma comunidade. Outrossim, há tanto um modo de aprender como um modo de ensinar peculiar a cada grupo. Devido a tudo que foi antes posto, quando a escola é a aldeia, a figura da Escola como instituição oficial não se faz necessária ao saber, é apenas um local criado para a regularização da educação, para a perpetuação do ensino formal, que se sujeita à pedagogia, mas o ato de aprender e ensinar realiza-se de qualquer forma, em todos os lugares e todos os povos.
	Então, surge a Escola. (Páginas 27-35). Terceiro capítulo.
	    O autor, no terceiro capítulo, realiza uma reflexão acerca da divisão social entre trabalho e o saber, pois, se há desigualdade na secessão de tais elementos, a educação passa a ter efeito antagônico ao que deveria gerar, e invés de ajudar, construir, transformar e libertar, principia a robustez das dessemelhanças da tribo. O saber, então, passa a ser um espaço educacional. Reside aí o primórdio das disparidades educacionais, pois, o grupo social começa a agir de forma ativa no sujeito, na medida em que determina o trabalho social do indivíduo baseado em um saber específico. Tal divisão ocorre em todas as sociedades, das mais simples às mais complexas, seja por isolamento de meninos e meninas do resto da tribo, seja por escolas segregadas por gêneros ou quaisquer outros exemplos, e mesmo as comunidades mais complexas e adeptas da hierarquização e fragmentação dos tipos de saber não são capazes de desertar as formas livres de educação, já que, como foi dito anteriormente, ela ocorre continuamente e em todos os âmbitos humanos.
     Por conseguinte, foi imprescindível: a educação transfigurou-se em ensino, concebendo a segregacionista instituição social da Escola e a pedagogia. Isto posto, germinam aqueles que plantam a semente do saber: os educadores, tornando-os, portanto, os encarregados do ofício de obtenção, manuseio e distribuição do saber. À custa disso, desponta o interesse político de controle sobre tal, uma vez que, dependendo de quem tenha o monopólio da educação, pode libertar ou pode alienar mentes, podendo a escola ser uma ferramenta de confinamento da educação.       
	Pedagogos, mestres-escolas e sofistas. (Páginas 36-47). Quarto capítulo.
	    Brandão dá início ao capítulo fazendo um prelúdio sobre as grandes sociedades ocidentais, com enfoque na sociedade grega. Em tal sociedade, o parâmetro de perfeição era estabelecido pela paideia, sistema educacional e de formação ética da Grécia Antiga, no qual o homem livre e educado, é, para eles, o que poderia haver de mais belo e melhor. O ensinamento do saber possuía duas facetas: a primeira era comandada por mestres- escolas, que instruíam para o trabalho e muitas das vezes eram tidos como ínfimos; na segunda, os pedagogos, escravos idosos que era tidos como os principais e mais importantes, pois instruíam as crianças e adolescentes nobres não só para a escola, mas também doutrinavam para a vida. Na sociedade grega também havia a figura dos sofistas,mestres responsáveis pela construção do orador, cuja ênfase do ensino ficava sua raiz no logos e no discurso, ou seja, em uma retórica excepcional.
    Todavia e não menos importante, o modelo educacional grego reafirma a noção de que a educação humana está em todos os lugares, sendo uma resultante da influência do meio sociocultural em seus membros. São as vivências e a convivências as chaves para a educação.
	A educação que Roma fez, e o que ela ensina. (Páginas 48-53). Quinto capítulo.
	    Neste capítulo, o autor discorre acerca da educação na Roma Antiga. Apesar de ter em comum com os povos gregos e índios a educação como um bem coletivo, a educação latina surge com várias noções distintas das da Grécia Antiga, tendo como exemplo a educação da criança, que, para os latinos antigos era uma incumbência doméstica que se dava com o auxílio de pessoas mais velhas, exaltando não só a figura dos mais antigos como também todas as crenças, virtudes e valores de seus antepassados (diferentemente dos gregos antigos, que não levavam em consideração a criança e estavam sempre no constante desejo de torná-la o adulto ideal). Por conseguinte, tal educação ensina a consciência moral, tendo em vista o homem educado como aquele que é capaz de abrir mão de si mesmo, de sua subjetividade em prol de sua dedicação integral à sua comunidade. O herói romano, então, é o ancestral da família e da comunidade.
    Os latinos utilizaram a educação também como arma de dominação, a exemplo de como conseguiram dominar a península ibérica (Hispânia). O que Roma fez, assim sendo, foi deixar sua estrutura educacional de herança: a educação na sociedade ocidental até os dias de hoje é constituída tendo como alicerce a separação por idade.

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