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Ambiental Aula 1

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DIREITO AMBIENTAL
UNIDADE 1 – QUESTÕES INICIAIS
AULA 1: CONCEITOS E FUNDAMENTOS DO DIREITO AMBIENTAL
1. CONCEITO
- Meio Ambiente é muito mais que natureza, é muito mais que ecologia. É a INTERAÇÃO DO CONJUNTO DE ELEMENTOS NATURAIS, ARTIFICIAIS E CULTURAIS que propiciam o DESENVOLVIMENTO EQUILIBRADO DA VIDA em todas as suas formas.
MEIO AMBIENTE = SISTEMA QUE INTEGRA OS ASPECTOS NATURAL, ARTIFICIAL, CULTURAL E DO TRABALHO
- Por isso, é que a sua tutela vai constituir a preocupação do Poder Público e, via de regra, do Direito, já que O MEIO AMBIENTE FORMA A AMBIÊNCIA NA QUAL SE MOVE, DESENVOLVE, ATUA E SE EXPANDE A VIDA HUMANA. 
  
 DIREITO AMBIENTAL Metodologicamente, só se pode saber o que é Direito Ambiental após se saber o que é Direito e o que é Meio Ambiente: 
 Segundo Miguel Reale, Direito é integração tridimensional de norma, fato e valor. 
No entender do Professor Paulo de Bessa Antunes “Particularmente no que se refere ao D. Ambiental (DA), a concepção realina é extremamente feliz, pois o aspecto ético-valorativo nele ressalta de forma candente”. 
O FATO que se encontra a base do DA é a própria VIDA HUMANA, que necessita de recursos ambientais pra a sua reprodução, a excessiva utilização dos recursos naturais, o agravamento da poluição de origem industrial e tantas outras mazelas causadas pelo crescimento econômico desordenado, que fizeram com que tal realidade ganhasse uma repercussão extraordinária no mundo normativo de dever ser, refletindo-se na norma elaborada com a necessidade de estabelecer novos comandos e regras aptos a dar, de forma sistemática e orgânica, um novo e adequado tratamento ao fenômeno da deterioração do meio ambiental. 
O VALOR que sustenta a norma ambiental é o REFLEXO NO MUNDO ÉTICO DAS PREOCUPAÇÕES COM A PRÓPRIA (1) NECESSIDADE DE SOBREVIVÊNCIA DO SER HUMANO E DA (2) MANUTENÇÃO DAS QUALIDADES DE SALUBRIDADE DO MEIO AMBIENTE, com a conservação das espécies, a proteção das águas, do solo, das florestas, do ar e, enfim, de tudo aquilo que é essencial para a vida, isto para não se falar da crescente valorização da vida de animais selvagens e domésticos. 
O DIREITO AMBIENTAL é a NORMA que, baseada no FATO AMBIENTAL e no VALOR ÉTICO AMBIENTAL, estabelece os mecanismos normativos capazes de disciplinar as atividades humanas em relação ao MEIO AMBIENTE. 
 Meio Ambiente é muito mais que natureza, é muito mais que ecologia. É a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciam o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas. Por isso, é que a sua tutela vai constituir a preocupação do Poder Público e, via de regra, do Direito, já que ele forma a ambiência na qual se move, desenvolve, atua e se expandea vida humana.
2. ASPECTOS DO MEIO AMBIENTE
a) ARTIFICIAL
- Constituído pelo ESPAÇO URBANO CONSTRUÍDO, consubstanciado no (1) conjunto de edificações (espaço urbano fechado) e dos (2) equipamentos públicos (ruas, praças, áreas verdes, espaços livres em geral: espaço urbano aberto).
b) CULTURAL
- Integrado pelo PATRIMÔNIO histórico, artístico, arqueológico, paisagístico, turístico, que, embora ARTIFICIAL, em regra, como obra do Homem, difere do anterior (que também é cultural) pelo sentido de VALOR ESPECIAL QUE ADQUIRIU OU DE QUE SE IMPREGNOU.
c) NATURAL
- Constituído pelo solo, água, ar atmosférico, flora; enfim, pela INTERAÇÃO DOS SERES VIVOS E SEU MEIO, onde se dá:
- A correlação recíproca entre as espécies e 
- As relações destas como ambiente físico que ocupam. 
 É este o aspecto do meio ambiente que a Lei 6.938 de 31.8.1981, define em seu art. 3º. Nessa Lei, fica definido que, para os fins nela previstos, meio ambiente representa o conjunto de condições, leis, influências e integrações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. 
d) TRABALHO
- Ambiente é o local em que se desenvolve boa parte da vida do trabalhador, cuja qualidade de vida está em ÍNTIMA DEPENDÊNCIA DA QUALIDADE DAQUELE AMBIENTE. Embora se insira no aspecto artificial do meio ambiente, ele merece um tratamento especial, visto que a própria CF o explicita no art. 200, VIII, ao estabelecer que uma das ATRIBUIÇÕES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE consiste em colaborar na proteção do meio ambiente.
3. AUTONOMIA DO DIREITO AMBIENTAL
Para realizar, entretanto, esse estudo e conseguir alcançar a visão de conceito de meio ambiente na sua amplitude, é necessário conhecer o conteúdo do artigo 225 da CF de 1988, que não conceitua meio ambiente e sim recepciona o conceito apresentado na PNMA (Política Nacional do Meio Ambiente - Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981).
Direito Ambiental:
Direito autônomo: a autonomia do Direito Ambiental advém de seus princípios orientadores, presentes no artigo 225, CF.
Interdisciplinar
Tutela interesses difusos: este é o objetivo do Direito Ambiental 
 Interesses Difusos = aqueles direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. Conceito definido no inciso I do § único do art. 81, CDC (Lei n° 8.078/90).
* Veja em Biblioteca da Disciplina:
- Lei nº 6.938/81.
- Artigo 81, parágrafo único, inciso I, da Lei nº 8.078/90. 
4. ASPECTOS HISTÓRICOS DO DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO
A tutela do meio ambiente não é matéria que surgiu com os tempos modernos. A preocupação é longínqua e já existiam nas Ordenações do Reino de Portugal alguns artigos protegendo as riquezas florestais. Naquela época era comum a extração indiscriminada de madeira, principalmente do pau-brasil, por Portugal. 
Foi com as Ordenações Afonsinas, seguida pelas Manuelinas, que surgiu a preocupação com a proteção à caça e às riquezas minerais, mantendo-se como crime o corte de árvores frutíferas, entre outros.
Em 12 de dezembro de 1605 é editada a primeira lei protecionista florestal brasileira, o Regimento sobre o Pau-Brasil, que dispunha sobre a proibição do corte de pau-brasil sem expressa licença real ou do provedor-mor da fazenda da capitania, em cujo distrito estivesse a mata em que se houvesse de cortá-lo, sob pena de morte e confiscação de toda a fazenda do infrator. A partir da edição deste Regimento, a preocupação com o desmatamento é uma constante e foi inserida no Regimento da Relação e Casa do Brazil, de março de 1609, que foi o primeiro tribunal brasileiro instalado na cidade de Salvador, com jurisdição em toda a Colônia.
Com a vinda da Família Real, a proteção ao meio ambiente intensificou-se, mediante a promessa da liberdade do escravo que denunciasse o contrabando de pau-brasil.
Com a Constituição de 1824 e o Código Criminal de 1830, na Monarquia, previam o crime de corte ilegal de árvores e a proteção cultural.
Depois, com a Lei nº 601, de 1850, foram estabelecidas sanções administrativas e penais para quem derrubasse matas e realizasse queimadas.
Na República, também, se protegia o meio ambiente, com o Código Civil de 1917. A partir desse diploma legal, advieram o Código Florestal, o Código de Águas e o Código de Caça, dentre inúmeras outras legislações infraconstitucionais disciplinando regras para a proteção do meio ambiente.
A proteção do meio ambiente no Brasil é dividida em três períodos, veja a seguir.
PRIMEIRO PERÍODO
Começa como descobrimento do Brasil até a vinda da Família Real – havia algumas normas isoladas de proteção aos recursos naturais que escasseavam na época, como, por ex, pau-brasil, ouro, etc.
SEGUNDO PERÍODO
Inicia-se com a vinda da Família Real e vai até a criação da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (1981). Esse período se caracteriza pela exploração desregrada do meio ambiente, cujas questões eram solucionadas pelo CC de 1916 (ex, direito de vizinhança).
Havia preocupações pontuais com o meio ambiente, objetivando a sua conservação e não a sua preservação. Observa-se, neste período, a fase fragmentária, em que a legislação procurou proteger categorias mais amplas dos recursos naturais, limitandosua exploração desordenada (protegia-se o todo a partir das partes). Tutelava-se somente aquilo que tivesse interesse econômico.
TERCEIRO PERÍODO
Começa com a POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (PNMA), Lei nº 6.938/81, dando-se ensejo à fase holística, que consiste em proteger de maneira integrada o meio ambiente por meio de um sistema integrado (protegiam-se as partes a partir do todo), até os dias de hoje.
5. FONTES DO DIREITO AMBIENTAL
Como em outros ramos da Ciência Jurídica, são elas materiais e formais: 
a) Fontes materiais 
- São aquelas provenientes de MANIFESTAÇÕES POPULARES (individuais ou coletivas), por meio das descobertas científicas e da doutrina jurídica nacional ou internacional.
b) Fontes formais 
- São aquelas decorrentes do ORDENAMENTO JURÍDICO NACIONAL, ou seja, da Constituição Federal, das leis infraconstitucionais, das convenções, dos pactos ou dos TRATADOS INTERNACIONAIS, dos atos, normas e resoluções administrativas, da jurisprudência etc.
* Selecionamos um texto para sua leitura, que representa muito bem o exposto na aula “PROPEDÊUTICA DO DIREITO AMBIENTAL”, disponível em http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1545 
* Após a leitura,  clique em ANOTAÇÕES e registre um resumo do que você compreendeu. Não se esqueça de tornar seu texto público.
ANOTAÇÕES SOBRE O TEXTO ’’PROPEDÊUTICA DO DIREITO AMBIENTAL’
	Qualquer que seja o conceito que se adotar, o meio ambiente engloba, sem dúvida, o homem e a natureza, com todos os seus elementos. Dessa forma, se ocorrer um dano ao meio ambiente, esta se estende à coletividade humana, considerando tratar-se de um bem difuso interdependente.
	O Direito Ambiental congrega um mosaico de vários ramos do Direito e trata-se de uma área jurídica que penetra, horizontalmente, vários ramos de disciplinas tradicionais.
	Assim sendo, quando se protege juridicamente o bem ambiental, busca-se a proteção de um direito difuso e, dessa forma, este encontra-se desvinculado do tradicional Direito público e privado, haja vista visar à conservação de um bem que pertence à coletividade como um todo e cujo controle é feito de forma solidária entre o Estado e a sociedade.
	A autonomia do Direito Ambiental se caracteriza pelo fato de possuir OBJETIVOS, PRINCÍPIOS E INSTRUMENTOS PRÓPRIOS, que servem para caracterizá-lo como ramo autônomo do Direito. Essa autonomia é mais patente quando se verifica que a Carta Magna estabelece especial tratamento ao meio ambiente e dá ao bem ambiental a conceituação de um direito fundamental de todos.
PROPEDÊUTICA DO DIREITO AMBIENTAL
1. CONCEITO DE DIREITO AMBIENTAL
- Direito Ambiental = CONJUNTO DE PRINCÍPIOS E NORMAS que têm o objetivo de REGULAR AQUELAS ATIVIDADES HUMANAS CAPAZES DE AFETAR DIRETA OU INDIRETAMENTE A QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE GLOBALMENTE CONSIDERADO, tendo em vista a sustentabilidade das presentes e futuras gerações. (Edis Milaré)
- O Direito Ambiental é um RAMO DO DIREITO PÚBLICO voltado à PROTEÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA e da SADIA QUALIDADE DE VIDA dentro de um MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO. O bem tutelado é a vida com qualidade (José Guilherme Purvin de Figueiredo)
- Existem dois pontos que estão presentes em praticamente todas as definições do Direito Ambiental e que merecem ser destacados. 
1º) O primeiro é que o Direito Ambiental tem como OBJETO o MEIO AMBIENTE, o que se depreende da própria terminologia utilizada, sendo claro que somente a partir da noção de meio ambiente é que o conceito de Direito Ambiental poderá ser efetivamente delimitado. 
2º) O segundo é que esse objeto não é desempenhado de uma forma neutra, já que o Direito Ambiental surgiu com o objetivo expresso de defender o meio ambiente e não de simplesmente regulamentar as relações que possam ter consequências para o meio ambiente. 
 Sendo assim, o Direito Ambiental é o ramo da Ciência Jurídica que REGULA AS ATIVIDADES HUMANAS efetiva ou potencialmente causadoras de impacto sobre o meio ambiente, com o intuito de defendê-lo, melhorá-lo e de preservá-lo para as gerações presentes e futuras. Contudo, mais do que falar em defesa, melhora e preservação, O OBJETO DO DIREITO AMBIENTAL É A VIDA COM QUALIDADE.
2. DESTINATÁRIO DO DIREITO AMBIENTAL
O DESTINATÁRIO DO DIREITO AMBIENTAL É O SER HUMANO, mas para garantir a perpetuidade e a qualidade da vida do ser humano é necessário que os recursos ambientais bióticos e abióticos sejam também adequadamente manejados e protegidos. No entanto, essa não deixa de ser uma questão menor, na medida em que
3. AUTONOMIA DO DIREITO AMBIENTAL
- É importante deixar claro que uma parcela minoritária da doutrina ainda não reconhece a autonomia do Direito Ambiental.
- Toshio Mukai questiona a interdisciplinaridade do Direito Ambiental que, por ser característicamente horizontal, relaciona-se com praticamente todos os demais ramos da Ciência Jurídica. 
- A autonomia do Direito Ambiental se caracteriza pelo fato de possuir OBJETIVOS, PRINCÍPIOS E INSTRUMENTOS PRÓPRIOS, que servem para caracterizá-lo como ramo autônomo do Direito. 
- A Lei nº 6.938/81 trouxe os requisitos necessários para tornar o Direito Ambiental uma disciplina autônoma, com regime jurídico próprio, definições e conceito de meio ambiente e de poluição, objeto de estudo da ciência ambiental, objetivos, princípios, diretrizes, instrumentos, sistema nacional do meio ambiente e seus órgãos componentes e responsabilidade objetiva. 
- Com relação à argumentação de que o Direito Ambiental não é autônomo em relação aos demais ramos do Direito, Luís Paulo Sirvinskas afirma que nenhum deles o é, tendo em vista que há uma constante interação dos ramos do Direito entre si. Assim, os conceitos são extraídos dos vários ramos do Direito e se adaptam ao Direito Ambiental.
- Portanto, não há dúvidas de que o Direito Ambiental é um ramo autônomo da Ciência Jurídica, visto que possui diretrizes, instrumentos e princípios próprios que o diferenciam dos demais ramos do Direito.
4. RELAÇÃO DO DIREITO AMBIENTAL COM OS OUTROS RAMOS DO DIREITO
A INTERDISCIPLINARIEDADE é uma das principais características do Direito Ambiental, que guarda relação com praticamente todos os ramos da Ciência Jurídica e das demais ciências também.
ANOTAÇÕES:
	Qualquer que seja o conceito que se adotar, o meio ambiente engloba, sem dúvida, o homem e a natureza, com todos os seus elementos. Dessa forma, se ocorrer um dano ao meio ambiente, esta se estende à coletividade humana, considerando tratar-se de um bem difuso interdependente.
	O Direito Ambiental congrega um mosaico de vários ramos do Direito e trata-se de uma área jurídica que penetra, horizontalmente, vários ramos de disciplinas tradicionais.
	Assim sendo, quando se protege juridicamente o bem ambiental, busca-se a proteção de um direito difuso e, dessa forma, este encontra-se desvinculado do tradicional Direito público e privado, haja vista visar à conservação de um bem que pertence à coletividade como um todo e cujo controle é feito de forma solidária entre o Estado e a sociedade.
	A autonomia do Direito Ambiental se caracteriza pelo fato de possuir OBJETIVOS, PRINCÍPIOS E INSTRUMENTOS PRÓPRIOS, que servem para caracterizá-lo como ramo autônomo do Direito. Essa autonomia é mais patente quando se verifica que a Carta Magna estabelece especial tratamento ao meio ambiente e dá ao bem ambiental a conceituação de um direito fundamental de todos.
	
.....
* Antes de prosseguirmos nossos estudos, faça uma pesquisa na internet sobre EXPLORAÇÃO NO BRASIL DOS RECURSOS AMBIENTAIS em épocas passadas e no presente.  Após, clique em ANOTAÇÕES e registre em um pequeno texto sua reflexão a respeito da pesquisa. Não se esqueça de tornar seu texto público.
* Prezados para feitura dos exercícios de autocorreção da Aula 1 - Principalmente quanto a autonomia do direito ambiental, sugiro a leitura dos artigos disponíveis nos sites: http://www.lex-net.com/comunidade/descricaoartigo.cfm?artigo=32; http://sociologiajur.vilabol.uol.com.br/rev01cpamaral.htm;http://www.gentevidaeconsumo.org.br/dir_ambiental/sergio/direito_homem.htm 
1. Dado os conceitos sobre Direito Ambiental e bem ambiental, identifique as opções INCORRETAS: 
I) O Direito Ambiental brasileiro reconhece direitos a todos os seres vivos com vistas a garantir-lhes a adequada proteção jurídica “Toda forma de vida é única e merece ser respeitada, qualquer que seja a sua utilidade para o homem, e, com a finalidade de reconhecer aos outros organismos vivos este direito, o homem deve se guiar por um código moral de ação” - ONU-1982.
II) Todo e qualquer bem essencial à sadia qualidade da vida humana e de uso comum do povo tem característica de bem ambiental.
III) O estudo do Direito Ambiental se manifesta apenas na proteção dos elementos da natureza, em decorrência da existência de várias espécies normativas que garantem a proteção do meio ambiente natural.
IV) Existe uma relação transversal do Direito Ambiental com os demais ramos de direito e, por essa razão, o Direito Ambiental não pode ser concebido como um ramo autônomo do direito.
Parte superior do formulário
a) As opções I e III estão incorretas; 
b) As opções I e II estão incorretas;
c) As opções II e III estão incorretas; 
d) As opções II e IV estão incorretas. 
R: a
Parte inferior do formulário
2. Ao estabelecer a existência jurídica de um bem que se estrutura como bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, a Constituição Federal, em seu art.225, criou uma nova categoria de bem, o bem ambiental. Dado os comentários, identifique a resposta INCORRETA:
Parte superior do formulário
a) A introdução do conceito de macrobem (como bem comum do povo, bem público) e microbem (bens privados submetidos a um regime de interesse público), no estudo da matéria, veio possibilitar a exata noção do bem ambiental introduzida pela Constituição Federal;
b) A natureza jurídica do bem ambiental é definida como sendo um bem difuso, protegido pelo direito que visa assegurar um interesse transindividual, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e interligadas por circunstâncias de fato;
c) Com o advento da Constituição Federal, o ordenamento jurídico brasileiro passou a contemplar três categorias distintas de bens: os particulares, os coletivos e os difusos; 
d) Dada a sua natureza difusa, os bens ambientais revestem-se das características de apropriabilidade, disponibilidade e divisibilidade que definem o seu tratamentojurídico.
R: d
BEM AMBIENTAL 
Definido constitucionalmente como sendo de USO COMUM DO POVO e ESSENCIAL À SADIA QUALIDADE DE VIDA das presentes e futuras gerações. (Art. 225, caput, CF/88)
 A CF criou, por meio de seu art. 225, uma 3ª categoria de bem: o bem ambiental. Este bem é caracterizado por não ter uma propriedade definida, isto é, NÃO É INTERESSE ÚNICO DO PARTICULAR, NEM TAMPOUCO É CONSIDERADO BEM PÚBLICO: é um BEM COMUM, DE USO COLETIVO DE TODO UM POVO.
NATUREZA JURÍDICA: BEM DIFUSO, protegido pelo direito que visa assegurar um interesse transindividual, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e interligadas por circunstâncias de fato
TUTELA: O bem ambiental visa tutelar, em primeiro lugar, a VIDA HUMANA estando em perfeita consonância com o disposto no artigo 5º, caput, CF, que expressamente garante a “inviolabilidade do direito à vida”. VIDA e MEIO AMBIENTE estão umbilicalmente ligados, e deve existir um ambiente propício, a fim de garantir a existência e proteção da vida com qualidade. 
MACROBEM: São bens de USO COMUM do povo ou res communis omnium (art. 225, CF + art. 32, I da Lei 6.938/81)
MICROBEM: São bens privados submetidos a um regime de interesse público, sujeitando-se a uma série de limitações (vide tb arts. 20 e 26, CF e art. 99, I do CC)
Parte inferior do formulário
3. Em uma fábrica de motores, um determinado grupo de funcionários vem apresentando sistematicamente problemas de audição em função do nível de ruídos apresentados, gerando uma permanente ausência dos trabalhadores diante da necessidade de tratamento médico que busca cuidar de distúrbios de audição.
Tomando o texto como referência, assinale a alternativa que o relaciona com o campo de atuação do Direito Ambiental: 
Parte superior do formulário
a) Trata-se de problema exclusivamente trabalhista por ter sido originado de uma relação de trabalho, ficando excluído do campo de atuação do Direito Ambiental; 
b) É exemplo da amplitude do conceito de Direito Ambiental, pois perpassa as diversas áreas, inclusive na do ambiente de trabalho; 
c) Afasta-se da tutela ambiental, pois o Direito Ambiental tem seu foco nos recursos naturais; 
d) A temática do ambiente de trabalho é tratada à parte, distante dos conceitos de desenvolvimento sustentável, dos princípios do limite e do equilíbrio, que norteiam o Direito Ambiental.
R: b

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