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METABOLISMO E TRATO GASTROINTESTINAL

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METABOLISMO
1. Trato Gastrointestinal: morfofisiologia
A parede histológica do Trato Gastrointestinal é composta por:
 Mucosa: possui o epitélio colunar simples, a lâmina própria, que contém linfócitos e só no estômago, glândulas, e parte muscular, que tem colágeno, elastina, fibroblastos e apenas no esôfago, muco. 
 Submucosa: possui vasos sanguíneos, plexo submucoso e apenas no estômago, glândulas exócrinas.
 Musculo externo: feixes musculares circulares, longitudinais e apenas no estômago, oblíquos, plexo mioentérico.
 Serosa/Peritônio visceral: tecido conjuntivo frouxo (adventícia) e apenas no trato abdominal, mesotélio.
No esôfago, há mucosa (Ep. Estra. Pav + L.P. + T.C. frouxo), submucosa (glândulas mucosas + plexo submucoso + corpúsculo de Meissner), muscular (feixes circulares e longitudinais + plexo mioentérico entre feixes), serosa (adventícia). 
Na boca, a língua tem epitélio estratificado queratinizado.
No estômago, em seu corpo, há as células parietais e principais (zimogênicas, ou seja, secretoras de zimogênio, uma enzima inativa), e em antro, têm células G e mucosas. No fundo do corpo, tem a mucosa [Epitélio simples mucoso com invaginações, denominadas fossetas/fovéolas gástricas + L.P. contendo glândulas exócrinas tubulares simples ramificadas/fúndicas, células parietais (secreta HCl e fator antianêmico), principais (pepsina, renina, lipase), mucosas, endócrinas (secreta serotonina, histamina, somatostatina, gastrina, endorfinas e enteroglucagon) + camada muscular], a submucosa (T.C.), a muscular (feixes oblíquos, circulares e longitudinais, respectivamente da interna para externa), serosa (T.C. + mesotélio).
O muco secretado pelo fundo do estômago tem mucina antibiótica e as suas células têm núcleo basal, bem como estão distribuídas entre camadas: o istmo, que contém as células mucosas em diferenciação, as tronco e as oxínticas, o colo, que tem as enteroendócrinas, as tronco, as principais e as parietais, e a base, onde ficam as parietais, as enteroendócrinas e principais. 
No antro do estômago, a mucosa (epitélio colunar + glândulas tubulosas ramificadas simples), depois, a muscular, a submucosa e a muscular própria.
Em antro, as fossetas são profundas e longas, as glândulas curtas e secretoras de muco e lisoenzima, e há células G com mucosas.
Entre os feixes musculares no estômago, há junções comunicantes, as que facilitam a propagação de impulso nervoso, gerando o sincício do TGI. Esse estímulo elétrico se inicia nas células de Cajal, que são definidas como marca-passos à medida que possuem pouca variação de potencial elétrico em sua membrana. Além disso, elas se unem, formando uma rede entre o músculo liso, com o qual faz sinapses. 
O impulso nervoso pode gerar as ondas lentas, que determinam o repouso muscular, e os potenciais em pontas, os quais surgem no pico das ondas lentas e contraem o músculo. Ambos os eventos ocorrem a partir da entrada de Na+ e Ca²+ na célula por meio de canal ativo que se abre e fecha lentamente, propiciando maior duração deles. 
Na contração, é necessário estímulo de acetilcolina ou de hormônios. No relaxamento, noraepinefrina ou epinefrina.
O Ca²+ se liga à calmodulina, formando um complexo que torna a miosina ativa para se conectar à actina e gerar a contração muscular no sarcômero.
A contínua entrada de Ca²+ ou estimulação hormonal provoca potenciais em ponta seguidos, resultando em contração tônica muscular.
O sistema nervoso do TGI é denominado entérico e é dividido em plexos submucoso/auerbach, interno, que controla as ondas lentas e mioentérico/meissner, externo, que coordena os potenciais de ponta. Ele funciona sem comando do sistema nervoso autônomo, que na verdade, o potencializa, através de nervos do SNAP, ou o ameniza, por meio de nervos pós-ganglionares do SNAS que saem dos gânglios pré-vertebrais. Também está ligado em nervos sensoriais.
O plexo mioentérico tem ação inibitória pelo polipeptideo intestinal vasoativo e outros para fechar esfíncteres.
As fibras sensoriais são acionadas quando há irritação, presença química especifica ou distensão do TGI.
Desse modo, surgem os reflexos proporcionados pelo SNAS (gastrocólico + enterogástrico + colonoileal), cérebro (defecação + dor no TGI + secreção em estômago e duodeno), parede (secreção nas demais partes + contração + inibição local).
Hormônios:
Gastrina: secretada por células G presentes no antro, duodeno e jejuno para estimular secreção de suco gástrico e crescimento da mucosa. É acionada por nervo, distensão e proteína e inibida por Ph abaixo de 2.
Colecistocinina (CCK): secretada por células I presentes no íleo, duodeno e jejuno para estimular secreção de enzima e bicarbonato pancreáticos, crescimento de pâncreas exócrino, contração de vesícula biliar, inibição de suco gástrico e saciedade. É acionada por proteína, gordura e ácido. 
Secretina: secretada por células S presentes nas mesmas regiões da CCK para estimular secreção de pepsina e de HCO3- pancreático e biliar, crescimento de pâncreas exócrino e inibição de ácido gástrico. É ativada por ácido e gordura.
Peptideo Inibidor Gástrico (GIP): secretado por células K presentes nas mesmas regiões de CCK a fim de estimular inibição de ácido gástrico e liberação de insulina. Ativado por carboidrato, proteína, gordura e ácido.
Motilina: secretada por células M presentes nas mesmas regiões de CCK para estimular motilidade gástrica e intestinal (ondas chamadas de complexos mioelétricos interdigestivos). Acionada por nervo, gordura e ácido.
Ao longo do TGI, há dois tipos de movimento: o peristaltismo, que consiste na formação de um anel antes da irritação ou da distensão causados pelo alimento, que o leva para diante com auxilio de um relaxamento receptivo que dilata a região após o alimento para maior efeito peristáltico; e o de mistura, que é proporcionado por peristaltismo dentro do local que é ocluído pelos esfíncteres correspondentes e auxiliado por contrações constritivas intermitentes locais.
Sobre o fluxo sanguíneo, ele percorre a circulação esplâcnica e aumenta durante atividade do TGI, pois substâncias vasodilatadoras, como CCK, gastrina, peptídeo vasoativo intestinal, adenosina e cininas (calidina e bradicinina) e a hematose precoce (ocorre antes de chegar ao fim das vilosidades), gerando menor concentração de O2, atuam no TGI. Além disso, há a veia porta que permite a passagem do sangue em fígado e pâncreas para metabolização.
SNAP estimula atividade glandular, aumentando o fluxo sanguíneo e o SNAS gera vasoconstrição, diminuindo o fluxo (isquemia), o que gera o escape autorregulatorio que o reaumenta. 
 Então, inicia-se a ingestão do alimento, um processo dividido em mastigação e deglutição. A primeira fase faz uso de dentes incisivos e molares para a trituração e do V nervo, é estimulada pela região do paladar no tronco cerebral, hipotálamos, córtex e amígdalas. Seu reflexo é gerado a partir da colocação de um alimento na boca, gerando inibição de músculos para baixar mandíbula, propiciando estiramento muscular por contração reflexa para subir, assim, amassando o bolo alimentar, o que novamente proporciona uma nova ação reflexa.
Há a quebra de celulose das frutas e de verduras.
Enzimas só digerem partículas na superfície do alimento, bem como estas precisam ser pequenas para passarem pelos tubos, logo, quanto mais ele é segregado, melhor a digestão. 
 A deglutição esta subdividida em estágios: a) voluntário – compressão do bolo pela faringe com a língua para cima e para trás; b) faríngeo – nos pilares tonsilares, há estímulo de áreas receptoras sensoriais de deglutição que acionam o tronco encefálico por contrações e então, o palato mole fecha a nasofaringe, evitando refluxo, de modo que as pregas do palato se unam medialmente, formando uma fenda sagital para passagem do alimento (que desse modo, só entra se bem mastigado). A laringe é puxada para cima e para frente e as cordas vocais se unem, aumentando a luz do esôfago, que relaxa o esfíncter faringoesofágico, portanto, iniciando operistaltismo da faringe, que leva o bolo para o esôfago;
Pilares tonsilares + abertura faríngea nervo trigêmeo + nervo glossofaríngeo trato solitário bulbo (centro de deglutição) V, IX, X e XII nervos deglutição. 
c) esofágico – há um peristaltismo primário, que resulta do faríngeo, durando de 8 a 10 segundos, contudo, quando o bolo não consegue descer com ele, provoca uma distensão no esôfago, a qual propicia o peristaltismo secundário, acionado pelo plexo mioentérico e nervos vagais aferentes, que têm seus impulsos retornados pelos eferentes vagais e glossofaríngeos. Quando essas ondas alcançam a 2/3 do esôfago, todo o restante do trato gastrointestinal relaxa para receber o alimento. Assim, o esfíncter gastroesofágico se abre para a entrada do bolo no estômago.
Esfíncter gastroesofágico + válvula (auxilia que força abdominal participe da ação) evitam refluxo.
Faringe + 1/3 esôfago = músculo estriado sofre ação de nervos vago e glossofaríngeo.
2/3 do esôfago = músculo liso sofre ação de nervo vago e de plexo mioentérico.
Ao chegar no estômago, que está dividido em corpo e antro/piloro ou em regões oral (2/3) e caudal (1/3), o bolo alimentar sofre ação de reflexo vagovagal, uma vez que, ao distender as paredes estomacais, envia-se um impulso nervoso para o tronco cerebral, que dilata o estômago a até 1,5 litros. Enquanto há comida, as ondas lentas, desencadeadas por ritmo elétrico básico da parede a cada 15/20s, movimentam o alimento para o antro, misturando-o. Essas ondas ficam intensas á medida que chegam no antro, gerando potencial de ação peristáltico e pressão no piloro, resultando em anéis constritivos. Quando essas ondas alcançam o piloro, acabam contraindo o esfíncter, desse modo, favorecendo a mistura do alimento até torna-lo em quimo (seimliquido e pastoso) com o auxílio de glândulas. 
Em jovens e em pessoas hipoglicêmicas, há as contrações da fome no corpo do estômago, caracterizadas por tônus mais intenso, podendo gerar fortes pontadas de fome.
Então, aparecem as contrações mais fortes, que propiciam a formação de anéis peristálticos mais intensos, os quais empurram o quimo para o piloro em prol da abertura da musculatura mais grossa (esfíncter) para saída do quimo para o intestino delgado sob comando de nervos estomacal e duodenal (bomba pilórica). 
A gastrina é estimuladora do esvaziamento.
O volume do estômago aumenta o esvaziamento, já que a dilatação da parede estomacal favorece isso.
No duodeno, se ocorre aumento da distensão do tubo, ou irritação da mucosa, ou maior acidose, ou desequilíbrio da osmolaridade ou presença de produtos de degradação proteica, o sistema nervoso entérico, os gânglios pré-vertebrais e os nervos vagos acionam o esfíncter pilórico, assim, inibindo as contrações peristálticas da bomba pilórica.
No esvaziamento, também tem ação hormonal: CCK inibe a gastrina, finalizando os movimentos contráteis intensos, e é secretada em presença de gordura; secretina responde à quantidade de ácido no quimo, inibindo a gastrina; GIP responde à gordura e estimula a secreção de insulina.
Hipo/Hipertônicos e Ph< 3/4/5 aciona duodeno.
No intestino delgado, há os movimentos de mistura, que contraem até 12 minutos e que segmenta o intestino delgado (movimento de segmentação), e os de propulsão, constituídos de persitaltismo que perde a velocidade ao longo do tubo e fraco, pois as ondas, cada uma, cessam após 3/5 cm, assim, o quimo chega no intestino grosso após 3/5hrs.
Movimentos de mistura podem ser bloqueados por atropina.
Ação hormonal: 1)inibidores – glucagon e secretina; 2)estimuladores – CCK, serotonina, insulina, gastrina e motilina.
Na válvula ileocecal, o quimo fica até a próxima refeição, quando há o reflexo gastroileal para estimular a sua abertura, uma vez que aumento de pressão ou irritação no íleo, gera peristaltismo desse tubo e de relaxamento do esfíncter. Já quando há esse aumento pressórico e essa irritação no ceco, o esfíncter se contrai e não há movimento em prol de evitar o refluxo do quimo para intestino delgado. Importante ressaltar que a válvula é a responsável pela detecção de alterações pressóricas. 
No cólon/intestino grosso, há os movimentos de mistura, caracterizados pela contração conjunta de músculos circulares e de três faixas longitudinais (tênias cólicas), a qual forma as haustrações (sacos) nas partes não contraídas, e os de propulsão (movimento de massa), controlados por sistema nervoso autônomo e reproduzidos pela formação de anéis constritivos e consequente impulsão da unidade envolvida na haustração para 20 cm à frente. Os movimentos ocorrem de modo que durante 30s têm as haustrações e de 2 a 3 minutos, há o relaxamento.
Apenas a parte ascendente do cólon e o ceco fazem o peristaltismo leve, guiando o quimo para cima.
O quimo é totalmente envolvido, favorecendo a absorção de nutrientes.
Os reflexos do duodeno e os gastrocólicos são executados pelo sistema nervoso autônomo.
Por fim, quando surge a distensão do reto, há o reflexo de defecação, ou seja, a saída do bolo fecal, que é regulada por esfíncteres interno (músculo liso) e externo (músculo estriado) do ânus. Ele é intrínseco, sendo gerado pelo plexo mioentérico, que induz ondas lentas no sigmoide, cólon descendente e reto, e pelo sistema autônomo parassimpático, nos nervos pélvicos, que potencializam as ondas, induzindo as fezes até o ânus, onde esses nervos relaxam o esfíncter interno. Na medula, os sinais provocam inspiração profunda, fechamento da epiglote e contrações abdominais. Voluntariamente, ocorre a respiração profunda, diafragma para baixo e contração abdominal para eliminar as fezes.
Em recém-nascidos e pessoas com a medula cortada, a defecação é involuntária, já que eles não estão conscientes da ação.
Em todo o TGI, há secreção de muco (mucina), que evita contato direto do epitélio com partículas, tem efeito tampão (contém HCO³-), facilita deslizamento do alimento, adere partículas a ele e é resistente a ação enzimática e é secretada por células caliciformes, sensíveis à presença do alimento. Da boca ao íleo, há secreção de enzimas, responsáveis pela digestão em si e que saem por células contidas em depressões (invaginações na submucosa, nomeadas de Lieberkun no intestino delgado) ou em glândulas. 
A secreção é estimulada pelo SNAP: glossofaríngeo e vago controlam as glândulas salivares, esofágicas, gástricas, pâncreas; os pélvicos regulam a região distal do intestino grosso e o local controla o restante dos intestinos delgado e grosso (primeiros 2/3). O SNAS inibe ou estimula pouco quando age sozinho.
O mecanismo de secreção consiste em: no R.E., há ribossomos que sintetizam as secreções através de substratos que chegam pelo sangue e que seguem para o complexo de Golgi, onde sofrem modificações ou são acrescentados para depois, serem liberados em vesículas armazenadas rente à célula. Quando chega o sinal nervoso ou hormonal, a permeabilidade ao Ca²+ aumenta, permitindo a entrada de Ca²+, que possibilita a exocitose das vesículas.
As glândulas salivares são as parótidas (serosa), as submandibulares (mista), as sublinguais (mista) e as orais (mucosa) e secretam a saliva, que tem Ph levemente ácido. São formadas por ácinos, que liberam a secreção primária, composta por muco sem/com ptialina, e ducto salivar, que faz a secreção secundária (expulsão de K+ por bomba de Na+-K+, reabsorção passiva de Cl-, secreção de HCO³- com reabsorção ativa de Cl-).
No sono, a saliva tem fluxo, anticorpos e lipoenzima que destroem as bactérias existentes.
Quando há muita produção de saliva, ou seja, grande intensidade, há pouca modificação iônica na secreção secundária.
A secreção salivar é proporcionada por estímulos na área do apetite (cortéx+amígdala), ativada pelo paladar e pelo olfato, e nos núcleos salivatório (entre bulbo e a ponte) do trato solitário, que ativam os nervos facial, responsável por mecanismos da língua e da glândula submandibular pelo gânglio submandibular, e glossofaríngeo, que ativa a glândula parótida pelo gânglio ótico e a língua.SNAS gânglios superiores + irritações + náuseas salivação.
O interessante é que a própria secreção libera de calicreína, que faz a lise de α2-globulina, produzindo bradicinina, um vasodilatador, propiciando maior salivação.
No esôfago, há muco no inicio, para deslizamento do alimento, e no final, para tamponar a acidez estomacal.
No estômago, há as glândulas oxínticas/gástricas (tubulares), sendo elas compostas por quatro tipos de células: mucosas (secretam muco/mucina), pépticas/principais (secretam pepsinogênio), oxínticas/parietais (secretam HCl e fator intrínseco) e enteroendócrinas (secretam grelina e serotonina).
As células enteroendócrinas no antro do estômago são denominadas células G, pois secretam gastrina. 
 As células parietais têm canalículos ramificados e com microvilosidades, onde se formam o HCl. Inicialmente, a molécula de H2O vai ser catalisada pela ATP-ase H+-K+, assim, seu H+ será secretado para o lúmen através da entrada de K+ e o OH- será metabolizado em HCO3-, uma vez que se une ao CO2 pela anidrase carbônica. Para haver esse processo, antes houve ação da bomba Na+-K+, que lançou Na+ para meio extracelular enquanto transportava o K+ para dentro, uma vez que o K+ tende a ficar fora da célula e que a baixa quantidade de Na+ promove entrada de Na+ por difusão livre. Assim, a quantidade necessária de K+ é mantida dentro da célula para funcionamento de ATP-ase H+-K+. Além disso, há saída de HCO3- para entrada de Cl-, o qual é secretado no lúmen intestinal pelos seus canais. Logo, há HCl, NaCl e KCl sendo liberados no estômago. 
Na submucosa, existem células semelhantes às enterocromafins (ECL), que secretam histamina, que fomenta secreção de HCl, a partir de estímulo da gastrina. 
A gastrina é liberada com a chegada de proteínas.
As células pépticas são estimuladas por acetilcolina, liberada pelo plexo mioentérico, ou por HCl. 
A fase de secreção gástrica tem três fases:
1.cefálica: sinais neurogênicos que saem do córtex e dos centros de apetite na amígdala e no hipotálamo são levados pelo nervo vagal para estimular 30% da secreção. 
2.gástrica: a entrada de alimento excita nervos vagos, mecanismo gastrina-histamina e plexo mioentérico, gerando 60% da secreção. 
3.intestinal: a presença de comida na parte superior do duodeno propicia a liberação de gastrina nessa região, estimulando o 10% restante de secreção gástrica. 
Além das glândulas estomacais, existem as acessórias, como o pâncreas. Nele, os ácinos pancreáticos secretam enzimas: tripsinogênio (ativado por enterocinase), quimiotripsinogênio (acionado por tripsina), pró-carboxipolipeptidase (ativado por tripsina), amilase pancreática, lipase pancreática, colesterol esterase e fosfolipase. Essas enzimas digestivas seguem para o ducto pancreático, onde há secreção de HCO3-, que converge na papila de Vatter, circundado pelo esfíncter de Oddi, que desemboca no duodeno. 
O pâncreas secreta o inibidor de tripsina para que ela não faça a digestão do próprio órgão. Assim, a pancreatite é caracterizada pela sua insuficiência, na medida em que o ducto está bloqueado devido a alguma lesão. 
Para a secreção do HCO3-, o CO2 entra nas células dos ductulos e se une ao H2O por ação da anidrase carbônica, formando H2CO3, que se dissocia em HCO3- e H+. O HCO3- segue para o lúmen do ductulo pancreático ao se unir ao Na+ para neutralizá-lo e com ajuda de ATP. Por fim, H+ será necessário para transporte de Na+ do vaso sanguíneo – e não do lúmen ductular pancreático - para a região intracelular.
O pâncreas é estimulado pela acetilcolina e CCK, que ativam ácinos, e secretina, que ativa células ductulares.
Quanto mais ácido o quimo, maior secreção de secretina para liberar bicarbonato, formando NaCl e ácido carbônico.
A última glândula que age na digestão é o fígado, através da bile, composta por ácidos, que emulsificam os alimentos e ajudam na absorção de gordura. Os hepatócitos secretam a bile nos canalículos biliares, que desembocam nos septos interlobulares, os quais seguem para os ductos biliares terminais, depois ao ducto hepático e ao ducto biliar comum, assim segue para o duodeno ou para a vesícula biliar pelo ducto cístico, onde será armazenada. 
Os hepatócitos secretam sais biliares e colesterol e as células endoteliais nos ductos e canalículos secretam bicarbonato e íons de sódio.
A secretina é responsável pela secreção das células endoteliais. 
Com a chegada de gordura no duodeno, a CCK é acionada, estimulando a contração biliar e relaxamento do esfíncter de Oddi. Assim, é possível que os sais biliares exerçam a sua função de emulsificar (detergente) as gorduras, facilitando a quebra delas, bem como engloba os lipídeos em micelas, propiciando a absorção deles, na medida em que são insolúveis em água e, portanto, precisam estar englobadas numa camada fosfolipidica para terem acesso à região intracelular do intestino.
O colesterol é transformado em ácido cólico ou quenodesoxicolico, que se combina a glicina ou taurina para gerar ácidos biliares glico/tauroconjugados, os quais têm seus sais de sódio, principalmente, secretados na bile. 
2. Bioenergética
Quando NAD+ e FAD+ são reduzidos a NADH e FADH2, eles armazenam energia até sofrerem oxidação pelo O2 na cade de elétrons, liberando energia suficiente para a produção de ATP em prol da fosforilação oxidativa. Esse ATP será hidrolisado para possibilitar trabalhos mecânicos, de transporte e bioquímicos (rotas metabólicas).
Energia não utilizada gera calor.
Reação endorgânica: síntese; G>0; absorção de energia. Exorgânica: degradação; G<0 (ligação química forte); liberação de energia.
G= valor calórico para transferência de elétrons para O2, o qual tem alta afinidade com elétrons, assim a oxidação é muito mais favorável. 
Em bioquímica, elétron é considerado como H+.
A maior parte da energia liberada a partir da hidrolise de ADP é em forma de calor, portanto, é mais favorável ao organismo que o fosfato seja transmitido para uma proteína ou intermediário metabólico que libere energia para as rotas metabólicas. 
O trabalho mecânico consiste em usar grupo fosfato do ATP para ativar proteína responsável por movimento. No de transporte, esse grupo gera energia para transportar substâncias. Na bioquímica, as ligações de fosfato propiciam conversão de moléculas tóxicas em não-tóxicas. 
Termogênese é a energia gasta para liberar calor. Assim, tremores são contrações musculares assincrônicas para que isso ocorra. 
O corpo humano necessita de ATP para gerar energia e realizar suas atividades, desse modo, são imprescindíveis nutrientes (carboidratos, proteínas, lipídeos, água, vitaminas) para que isso ocorra. Assim, deve haver uma homeostase metabólica, que consiste em um equilíbrio no armazenamento, na absorção e na produção dessas substâncias. Isso é controlado a partir de hormônios, sistema nervoso e concentrações no sague.
2.1Controle hormonal
 2.1.1Insulina 
Produzida e transformada de pró-hormonio para pró-insulina no R.E.G, a qual é englobada por vesícula no complexo de Golgi, onde há uma protease que retira o peptídeo C – que se une ao Zn existente na vesícula - para diminuir a densidade do hormônio, formando a insulina, que será exocitada quando há hiperglicemia no meio extracelular das células β-pancreáticas.
A estimulação das células B pela glicose leva à ativação de fosfolipase C (PLC), promovendo a hidrólise de fosfolípideos de membrana e gerando inositol-trifosfato (IP3) e diacilglicerol (DAG). O IP3 ativa os canais de cálcio localizados na membrana do R.E., proporcionando a saída de Ca²+ da organela ao citosol. O DAG, por sua vez, também ativa canais de Ca²+, porém localizados na membrana, favorecendo a entrada do íon na célula. O DAG também ativa a proteína quinase C (PKC), que ativa proteínas dos grânulos secretórios de insulina que, juntamente com o Ca²+, promoverão a ativação do sistema de microtúbulos e microfilamentos, responsável pela translocação desses grânulos para as proximidades da membrana plasmática e consequente exocitose. 
Outrafunção proposta para a PKC é de ativação da adenilato ciclase e o consequente aumento do conteúdo intracelular de AMPc, que ativa a proteína quinase A (PKA), que parece agir nos processos de síntese proteica da célula. A PKA pode, ainda, pela fosforilação do canal de Ca2+, sensível à voltagem, permitir a entrada do íon na célula, secretando insulina.
Aumento de ATP gera secreção de insulina.
Nesse sentido, após a refeição, há ação da insulina, secretada pelas células β das ilhotas de Langerhans, que promove crescimento e armazenamento de nutrientes. Assim, a glicose é transformada em glicogênio para ser guardada em fígado e músculos e em síntese, uso e armazenamento de ácidos graxos. 
A ação da insulina se dá a partir de sua ligação ao seu receptor nas células do corpo, o qual possui subunidade β, que está transversa na membrana, e a subunidade α, que recebe o hormônio. Quando há a conexão, a subunidade β, que possui a tirosina-quinase ligada a ela, é autofosforilada, na medida em que essa enzima elimina resíduos de tirosina existentes ali. Assim, a fosforilação resulta em substrato-1 de receptor de insulina (IRS1) ou em IRS2, que possui sítios de resíduos da tirosina, locais que permitem sua associação a proteínas que possuem domínios SH2 e SH3 de reconhecimento específico para fosfotirosina. A enzima PI 3-quinase contém ambos os domínios, logo, ao fosforilar o IRS 1 ou 2, catalisa a fosforilação de vários fosfatidilinositóis, que a ativam, resultando na estimulação do transporte de glicose. Em exemplo, o transporte de GLUT4 para o ápice da célula pela proteína quinase-B, ativada por fosfatidilinositol trifosfato (PIP3).
 
Estado alimentar: hiperglicemiainsulina liberadaproteina fosfatase ativadaliberação de frutose-2,6-bifosfatomaior atividade de PFK-1.
PFK-1=fosfofrutoquinase I; dá inicio à glicólise (metabolização de carboidrato).
Ácidos graxos criam resistência insulínica, pois induzem β-oxidação com aumento da produção de acetil-CoA, levando à inibição da piruvato desidrogenase e oxidação do piruvato. Ao mesmo tempo, o aumento de citrato e ATP inibe a fosfofrutoquinase e a glicólise, resultando em acúmulo da G-6-P, o produto da ação da glicocinase, pois o acetil-CoA não precisa mais ser produzido e transformado em citrato. Portanto, a glicocinase fica inibida, assim como a insulina. 
2.1.2Glucagon 
Produzido e transformado no R.E.G. de um composto de 160 para 29. É secretado quando há aumento de digestão proteica, de insulina e de glicogênio. É liberado por exocitose também, porém pelas células α das ilhotas de Langerhans.
O glucagon se liga ao receptor, que se acopla na proteína G, propiciando a liberação de GTP contido na subunidade α, responsável por ativar a adenilato-ciclase a partir da hidrolise de GTP, logo, retornando para a subunidade βƴ da proteína G. A adenilato-ciclase por sua vez, produz AMPc a partir da desfosforilação de ATP, que é transformada em AMP por uma fosfodiesterase. Além disso, o AMPc ativa a proteína quinase-A, a qual fosforila a fosforilase-quinase-P, ativando-a, o que acarreta em fosforilação da glicogênio-fosforilase, acionando essa enzima, conversora de glicogênio em glicose-1-fosfato, ou seja, iniciando a glicogenólise. Também, a proteína quinase-A inativa o glicogênio-sintase por fosforilação, impedindo a glicogênese.
Jejum: hipoglicemiaglucagon liberadoprodução de AMPcativa quinaseinativa piruvato quinasereduz produção de frutose-2,6-bifosfatomenor atividade de PFK-1.
Glucagon não age nos músculos, pois eles não possuem seus receptores. 
2.2.3Catecolaminas
A epinefrina é liberada em situações de estresse, assim, estimula produção de glicose a partir de glicogênio e liberação de ácidos graxos do tecido adiposo. Quando a adrenalina se liga ao receptor β, ela ativa a quinase-A do mesmo modo que o glucagon. 
Já no receptor α, ela irá desfosforilar a proteína G, formando GDP em sua subunidade, assim, transmitindo o sinal para a fosfolipase C, a qual hidrolisa fosfatidilinositol-bifosfato (PIP), formando diacilglicerol (DAG) e inositol trifosfato (IP3). Então, o IP3 estimula a liberação de Ca²+ do reticulo endoplasmático, que junto ao DAG ativa a quinase C, que inativa a glicogênio-sintase, impedindo a Glicogênese. O Ca²+-calmodulina também tem essa ação, porém é capaz de, além disso, ativar a glicogênio-fosforilase, responsável pela glicogenólise, através da fosforilação da fosforilase-quinase.
2.2.4Esteroides
O cortisol é liberado em situações de estresse, logo, produz aminoácidos a partir do musculo, gliconeogenese e liberação de ácidos graxos. 
3.Esqueleto Bioenergético 
Todos os metabolismos convergem para o ciclo de Krebs ou do Ácido Tricarboxílico.
O acetil-Co-A sofre ação do citrato sintase, que utiliza H2O para transferir o grupo acetil para oxalacetato (processo de condensação), gerando citrato (que possui mais energia, pois tem 6 carbonos) e liberando Co-A. Depois, o citrato é desidratado pela aconitase, sendo transformado em cis-aconitato e liberando H2O. Esse novo substrato é hidratado pela mesma enzima anterior, se transformando em isocitrato. Por sua vez, este vira α-cetoglutarato por atuação de isocitrato desidrogenase e de NADP+/NAD+. 
Após essa descarboxilação oxidativa, há outra, para formação de succinil-Co-A sob ação do complexo α-cetoglutarato desidrogenase (funciona do mesmo modo que o complexo piruvato desidrogenase) e da CoA, liberando CO2. O succinil-CoA é fosforilado por GDP, Pi e enzima succinil-Co-A sintetase, sendo convertido em succinato e liberando Co-A. Esse novo substrato é desidrogenado por succinato desidrogenase e FAD, liberando FADH² e fumarato, o qual é hidratado pela fumarase, logo, virando malato. Por fim, o malato é desidrogenado pela malato desidrogenase e pelo NAD+, gerando oxalacetato, que reinicia o ciclo ao use unir com o acetil-CoA. 
O GTP formado transfere seu fosfato ao ADP, que vira ATP.
Para toda entrada de CoA, sai CO2. 
Quando o CoA sai, a energia serve para a entrada de água ou para gerar ATP. 
CO2 sai junto com NADH.
Dica: FAD+ entra quando a letra F se encaixa no substrato a ser formado (fumarato).
 
Esse ciclo tem a função de oxidar substratos, integrando os metabolismos e dispondo 95% de energia para a cadeia respiratória. 
Gera-se POR PIRUVATO: 3CO2, 1ATP, 1FADH2, 4NADH.
FADH carrega menos energia que NADH.
CoA é composta a partir de pantotenato e FAD de riboflavina.
O ciclo de Krebs é regulado pela citrato-sintase, por isocitrato-desidrogenase, por complexo α-cetoglutarato-desidrogenase e por substratos intermediários. Assim, mantem-se o nível necessário de NADH em relação ao NAD+, bem como de ATP/ADP. Além disso, é regulada pelas fontes de acetil-CoA: β-oxidação, degradação de corpos cetônicos, oxidação de etanol, piruvato (que saiu da glicólise ou de aminoácidos: alanina e serina) submetido ao complexo piruvato-desidrogenase, leucina e isoleucina do metabolismo proteico. A remoção dos intermediários do ciclo também influencia na regulação. 
Assim, há a ação da piruvato-carboxilase também, que usa CO2, biotina, acetil-CoA, Mg²+ e piruvato, gerando oxaloacetato. É considerada como reação anaplerótica, pois retira substratos do ciclo para gerar oxaloacetato. Desse modo, os aminoácidos podem entrar no ciclo. Outro modo é pela transaminação de glutamato a α-cetoglutarato. 
Então, por fim, a energia produzida chega à cadeia respiratória, iniciada pela fosforilação oxidativa e composta por, nesta ordem, complexo I (NADH desidrogenase), ubiquinona (coenzima Q), complexo III, citocromo C, complexo IV, carreador fosfato e ATP-sintase. 
Os complexos são proteínas integrais, exceto o II. 
A NADH desidrogenase possui FMN, que transfere elétrons para centro Fe-S, capazes de levar elétrons para grandes orbitais de outras proteínas. 
O citocromo possui Fe³+ que se reduz a Fe²+ quando recebe elétrons, desse modo, a anemia afeta a produção de ATP. 
A existência de Cu+ no citocromo C promove grande atração entre ele e o O2, facilitandoa sua redução e gerando H2O. 
O NADH que chega transfere 2 elétrons para o complexo I, favorecendo a passagem de 4H+, pelos desacopladores (também chamados de UCP ou de ionóforos de prótons), da região intermembranar, onde há mais H+, para dentro da matriz mitocondrial e sendo atraído por O2. No complexo III, fornece energia para a passagem de mais 4H+ e no IV, mais 2H+, por causa da energia já perdida. Além disso, nesse ultimo complexo, os elétrons se aderem ao O2, o aceptor final, produzindo H2O. 
UCP1: termogenina; associada à termogênese no tecido adiposo marrom, sendo ativada quando a energia foi gerada por meio de ácidos graxos oxidados. 
Existem outras proteínas desacopladoras: UCP2 existe na maioria das células, UCP3 fica no m. esquelético, UCP4 e UCP5 no cérebro. 
Como dentro da célula, há grande eletronegatividade e fora eletropositividade, os H+ tendem a retornar à região intramitrocondrial. Assim, o H+ entra pelo carreador fosfato, por onde esse próton carrega Pi, e pela ATP-sintase, passam 4H+, que fazem com que a proteína gire, aderindo ADP ao Pi, formando ATP.
Logo, cada NADH produz-se 2,5ATP. 
Já para a descarga do FADH2, usa-se o complexo II (também chamada de succinato desidrogenase), assim, os seus elétrons não passam pelo complexo I, de modo que apenas 6H+ no total são passados para fora da célula, então, apenas 1,5ATP são formados pelo FADH2.
Concluindo, no final, como se tem 10NADH por cada glicólise e ciclo de Krebs, produz-se 25ATP. E a partir de FADH2, 3ATP são formados. Somando-se com a ATP formada antes, 32ATP são produzidas. 
Sem oxigênio, os elétrons ficam impedidos de serem transferidos de uma proteína para outra, na medida em que se acumulam nelas á medida que falta O2 para recebê-las. 
O cianeto se liga ao Fe³+ no citocromo, impedindo a transferência de elétrons. 
Para regular a fosforilação oxidativa, usam-se concentrações de ADP/ATP, na medida em que mais ADP (ex.: durante exercício físico) estimula a saida de prótons e o consumo alto de O2. O inverso é verdadeiro.
O ATP produzido sai da matriz para fora da mitocôndria pela ATP-ADP-translocase (também nomeada de ANT), uma proteína antiporte, ou seja, desloca ADP para a matriz e ATP para fora. 
Lembrando que a entrada de piruvato e de Pi é por proteína simporte, de modo, que entram na matriz mitocondrial junto com H+. Além disso, a do Ca²+ é uniporte. 
Já na membrana externa, há maior permeabilidade, uma vez que existem os canais de ânions dependentes de voltagem (VDAC), os quais permitem uma livre passagem de ATP, ADP, piruvato, P e etc. 
Há associações entre VDAC e ANT, formando o poro mitocondrial de permeabilidade transitória (MPTP), o qual se atrela ciclofilina D, de modo que excesso de Ca²+ ou de fosfato ativam esse poro, gerando uma repentina hipóxia devida à muita entrada de “combustíveis” da fosforilação oxidativa. 
4. Carboidratos
Composição:
Sacarose = glicose + frutose.
Maltose = glicose + glicose.
Lactose = glicose + galactose.
A digestão começa na boca, onde há ação da amilase salivar, que digere o amido, liberando α-dextrina, que será digerida pela amilase pancreática, obtendo como produtos dextrinas limites (têm resíduos de glicose e isomaltose, resíduos unidos por ligações α-1,6). 
A amilase pancreática tem maior ação no duodeno. 
Células em escova secretam glicoamilase (representa 20% de ação da maltase, quebrando ligações α-1,4 em amilopectina, amilase, glicogênio e maltose), complexo sacarose-isomaltase (representa 80% de ação da maltase, quebrando ligações α-1,6 e as outras em maltose e maltoriose), trealase (digere trealose) e β-glicosidase (quebra ligações β entre galactose e glicose). 
Trealose pode ser encontrada em fungos.
Sacarase-isomaltase e a β-glicosidase têm maior ação no jejuno.
Glicoamilase tem maior ativação no íleo. 
No intestino grosso, há a formação de gases, ácidos acético, propiônico e butírico pela ação da flora bacteriana.
Fibras não são absorvidas, bem como a celulose.
Então, são transportados por SGLT1 (duodeno, jejuno e em túbulo proximal do nefron; 2Na+ para cada glicose), SGLT2 (túbulo proximal do nefron; 1Na+ para cada glicose), GLUT1 (presente em eritrócitos, na barreira hematocefálica, rim e feto), GLUT2 (hepatócitos, rim, células β-pancreáticas, intestino delgado, cérebro), GLUT3 (neurônio, placenta e testiculos), GLUT4 (tecido adiposo e musculo esquelético e cardiaco), GLUT5 (testículo, intestino delgado) e GLUT7 (hepatócitos, R.E.R.).
GLUT2 possui alta sensibilidade á glicose. 
GLUT3 só funciona com insulina.
GLUT5 transporta apenas frutose.
GLUT6 é pouco expressivo. 
SGLT’s localizam-se nas bordas em escova.
A diferença entre SGLT e GLUT é que: aquele promove um transporte contra gradiente de concentração de glicose e a favor do de concentração de Na+, e este é a favor do de glicose. 
Para entrar na célula, a glicose é fosforilada por ATP e pela hexocinase (responde adrenergicamente à hipoglicemia em neurônios) ou glicocinase (no fígado e nas células β-pancreaticas durante hiperglicemia), formando glicose-6-fosfato, um substrato impossível de sair da célula, devido à entrada do fosfato no carbono-6. 
A PRGK, proteína reguladora da glicocinase nos hepatócitos se liga a essa enzima na presença de frutose-6-fosfato, inibindo-a. 
As hexocinases precisam de Mg²+, na medida em que eles formam complexos com o ATP.
Após isso, sob ação de fosfoglicose-isomerase (que tem pode agir revertendo a fosforilação), a glicose-6-fosfato se torna frutose-6-fosfato (e vice-versa) para aproximar o grupo carbonila ao carbono 3 através de maior simetria molecular, proporcionada pela frutose, favorecendo as posteriores catalises nos carbonos 3 e 4. A frutose-6-fosfato é fosforilada pelo ATP e pela enzima fosfofrutoquinase-1 (PFK-1), gerando frutose-1,6-bifosfato, um substrato irreversível e que possui fosfato no carbono 1 também em prol da simetria molecular. Inicia-se a GLICÓLISE, que ocorre no citosol.
A PFK-1 é inibida por alta concentração de ATP ou de citrato (promove síntese de glicogênio) e estimulada por alta de AMP ou de frutose-2,6-fosfato (produzida por PFK-2 através de frutose-6-fosfato).
Fosfato tem carga negativa.
A frutose-1,6-bifosfato é clivada em gliceraldeido-3-fosfato e dildroxiacetona-fosfato pela aldolase. Assim, finaliza-se a primeira fase da glicólise, denominada de INVESTIMENTO, uma vez que serve para aumentar a energia livre e gerar produto comum.
A dildroxiacetona-fosfato é convertida em gliceraldeido-3-fosfato pela triose fosfato isomerase. Essa conversão é favorecida pelo alto consumo de gliceraldeido-3-fosfato, que desequilibra a reação: DHAP<->GAP. Assim, formam-se duas moléculas de glieraldeido-3-fosfato no inicio da fase de PAGAMENTO, na qual se gerará energia.
Cada glicerato-3-fosfato será desidrogenada pela gliceraldeido-3-fosfato-desidrogenase, Pi e NAD+(auxiliado por H2O), gerando 1,3-bifosfato-glicerato através de oxidação e fosforilação acopladas. Esse sofre ação de fosfoglicerato-quinase, gerando 2ATP e duas moléculas de 3-fosfoglicerato. Essas ultimas serão transformadas em 2-fosfoglicerato pela fosfoglicerato-mutase. Por sua vez, cada 2-fosfoglicerato produzirá H2O e fosfoenolpiruvato sob ação de enolase. Ao final, as duas moléculas de fosfoenolpiruvato serão desfosforiladas por 2ADP piruvato-quinase, formando 2 piruvatos e 2ATP. Enfim, obteve-se: 2 piruvatos, 4 ATP, 2NADH, 2H2O e 4H+. E foi gasto: glicose, 2 ATP, 2NAD+ e 2Pi. 
O Pi é transferido para substrato e depois retirado, pois quando inorgânico, ele não tem energia. 
A glicólise é regulada por hexocinase (inibida por seu produto), PFK-1 (ativada por produto, frutose-2,6-bifosfato e AMP e inibida por citrato e AMP-Mg²+), piruvato desidrogenase, AMP, ATP, ADP.
Diminuição de ATP e aumento de ADP/AMP estimulam rotas de produção energética. 
A frutose-2,6-bifosfato é formada a partir de frutose-6-fosfato e da ação de PFK-2, que também faz o processo reverso. A PFK-2 é acionada pela PFKA (dependente de AMP), no fígado, quando há jejum, de modoque há produção de frutose-6-fosfato a partir de frutose-2,6-bifosfato.
Destinos do piruvato:
1) complexo piruvato-desidrogenase
Composto por cinco enzimas: piruvato-desidrogenase (E1), di-idrolipoil-transacetilase (E2), di-hidropolipoil-desidrogenase (E3), piruvato-desidrogenase-cinase (PDH-cinase) e piruvato-desidrogenase-fosfatase (PDH-fosfatase). Também possui cinco coenzimas: tiamina-pirofosfato (TPP), ácido lipoico, Co-A, FAD+, NAD+. 
O piruvato sofrerá ação de E1 e TPP para liberar CO2 e formar o hidroxietil-TPP, que é catalisado pela E2 e ácido lipoico, gerando acetildiidrolipoliamido e TPP. Esse produto sofre ação de E2 e Co-A a fim de formar acetil-Co-A e ácido lipoico hidrogenado. Os hidrogênios serão capturados pelo FAD+, que, por sua vez, é oxidado por E3 e NAD+, retornando ao seu formato inicial. 
A regulação desse complexo é feita através de PDH-cinase, que o inibe quando há alta concentração de ATP, NADH e acetil-Co-A, na medida em que fosforila E1. Por outro lado, a PDH-fosfatase, acionada em presença de Ca²+ desfosforila E1, estimulando-a. 
O arsênico liga-se ao conjunto (–SH), impedindo que o acido lipoico seja usado. Assim, há acumulo de piruvato e lactato.
Esse acetil-Co-A segue para o ciclo de Krebs ou para a síntese de ácidos graxos.
2) ácido láctico
O piruvato pode sofrer ação da lactato-desidrogenase, tornando-se ácido láctico, que se dissocia em lactato, H+ e carboxilato. 
Acúmulo de lactato dentro da célula diminui o Ph e gera câimbras. Quando ele cai no sangue, pode ser transformada em piruvato no fígado e no coração, onde é oxidado por NAD+ e lactato desidrogenase no ciclo de Krebs. Nos hepatócitos, ele pode sofrer gliconeogenese, formando glicose.
Ocorre mais em eritrócitos (não têm mitocôndrias), pele, olho, cérebro, m. esquelético, medula renal e mucosa intestinal.
O lactato (proveniente de eritrócitos, músculo e outros) segue para o fígado em prol da gliconeogenese, assim, fecha-se o ciclo de Cori.
A concentração maior de NADH em relação ao NAD+ previne que o piruvato seja convertido em lactato em vez de encaminhado para o ciclo de Krebs. Hipóxia, interrupção da cadeia respiratória e excesso de álcool acarretam a acidose lática. 
3) biotina e piruvato desidrogenase
Essas enzimas carboxilam e fosforilam o piruvato com ajuda de ATP, formando oxalacetato, o qual serve para o ciclo de Krebs ou gliconeogênese. 
Depois, o oxalacetato é convertido em fosfoenolpiruvato (PEP) por fosfoenolpiruvato carboxiquinase com Mg²+ e GDP (libera-se CO2 e GTP na reação). 
Para haver ação de PEP carboxiquinase, o oxalacetato deve sair da mitocôndria para citosol. Assim, ele deve ser convertido em malato, o qual, diferentemente do oxalacetato, tem transportador. Essa conversão ocorre com ajuda de malato desidrogenase e de NADH. Então, o malato é transportado por malato-α-cetoglutarato. Ao chegar no citosol, volta a ser oxalacetato pela enzima malato desidrogenase, que o oxida com auxilio de NAD+.
O NADH também tem vários destinos, de modo que pode dispor seus elétrons para: 
a)diidroxiacetona-fosfato, através da enzima glicerol-3-fosfato-desidrogenase citosolica, que a transforma em glicerol-3-fosfato, o qual entra na mitocôndria, entregando os elétrons para FAD, que segue para a cadeia respiratória e que se torna FADH² com ajuda de glicerol-3-fosfato-desidrogenase mitocondrial, a qual também produz diidroxiacetona-fosfato,que retorna ao citosol; 
b)oxaloacetato, que é transformado em malato pela malato-desidrogenase, o qual entra na mitocôndria com a saida de α-cetoglutarato. Dentro da mitocôndria, o malato retorna ao substrato inicial pela mesma enzima, produzindo NADH para a cadeia respiratória. O oxalacetato é transaminado, formando o aspartato, que segue para o citosol com a entrada de glutamato, que auxiliou na transaminação referida. Fora da mitocôndria, o aspartato volta a ser oxalacetato com a ajuda de α-cetoglutarato, que é transformado em glutamato. 
Assim, como a glicose pode ser consumida, ela também é produzida, através de um processo denominado GLICONEOGÊNESE.
Esse processo ocorre durante o jejum, quando não há fontes de carboidratos, para o fígado liberar glicose a fim de evitar disfunção do organismo. 
Essas outras fontes vem do músculo, tecido adiposo e eritrócitos. 
O piruvato desse processo, então, vem de lactato (oxidado por lactato-desidrogenase, liberando NADH), alanina (convertida por alanina-aminotransferase) e aminoácidos. 
Ácidos graxos podem ser fontes de energia para a gliconeogênese se sua transformação em acetil-CoA promover produção de malato, liberando assim CO2, necessário na reação, e oxaloacetato. 
Glicerol também pode ser usado para esse processo, na medida em que, ao ser transformado em glicerol-3-fosfato pela glicerol-quinase, depois, pode ser convertido em diidroxiacetona-fosfato por glicerol-3-fosfato desidrogenase, substrato intermediário da gliconeogênese. 
No inicio da gliconeogênese, o piruvato, ao entrar na mitocôndria, é carboxilado por CO2, ATP, piruvato carboxilase e biotina, virando oxaloacetato, um intermediário do ciclo de Krebs, o qual consegue alcançar o citosol. 
O oxalacetato também pode ser convertido a malato (pela malato-desidrogenase e NADH) ou aspartato (por transaminação: aspartato + α-cetoglutarato = oxaloacetato + glutamato), uma vez que essas moléculas conseguem alcançar o citosol, onde são reconvertidas em oxaloacetato, liberando NADH. 
Então, o oxaloacetato é descarboxilado por fosfoenolpiruvato-carboxiquinase e GTP, gerando fosfoenolpiruvato e CO2. Assim, sem essa enzima, alanina, lactato ou outro intermediário do ciclo de Krebs não participam da reação. 
O fosfoenolpiruvato será convertido em 2-fosfoglicerato, depois em 3-fosfoglicerato, o qual será transformado, com uso de ATP, em 1,3-fosfoglicerato. 
O 1,3-fosfoglicerato será convertido, com ajuda de NADH e liberação de Pi, em gliceraldeído-3-fosfato, sendo que a cada produção de duas moléculas desse substrato, forma-se uma diidroxiacetona-fosfato, a qual se une ao gliceraldeído-3-fosfato, formando frutose-1,6-bifosfato pela ação da aldolase. Esse será transformado em frutose-6-fosfato pela frutose-1,6-bifosfatase, liberando Pi. 
Por fim, a frutose-6-fosfato é convertida, pela fosfoglicoisomerase, em glicose-6-fosfato, que é transformada em glicose por glicose-6-fosfatase no reticulo endoplasmático. 
Durante o jejum, a energia obtida para a gliconeogênese é retirada da β-oxidação. 
Essa reação pode ser estimulada por glucagon (inativa a piruvato-quinase e a PFK-2 através de quinase A), cortisol ou adrenalina em alta e insulina baixa, que fomentam liberação de glicerol a partir de tecido adiposo. O lactato produzido no músculo e alimentação com muitas proteínas também atuam estimulando a gliconeogênese. 
Outra forma de regulação desse processo é ação enzimática. Desse modo, a piruvato carboxilase pode ser estimulada por acetil-CoA; a fosfoenolpiruvato-carboxilase por glucagon, adrenalina e corticoides e reprimida por insulina; a frutose-1,6-bifosfato é inibida por frutose-2,6-bifosfato e AMP e estimulada no jejum, como a glicose-6-fosfatase. 
Até 12 horas de jejum, o corpo utiliza o glicogênio como fonte de energia, depois, é apenas gliconeogênese, assim, havendo pouca eliminação de ureia, pois usam-se proteína e corpos cetônicos para a produção de glicose. Assim, em jejum, o glucagon utiliza o fígado e o tecido adiposo para a produção de energia. 
Outrossim, o corpo utiliza uma composição capaz de armazenar a glicose, de modo que em falta de alimento, essa fonte possa dispor de energia suficiente por determinado tempo. Assim, há a GLICOGÊNESE, a síntese do glicogênio. 
Ele é formado a partir de fosforilação de glicose em glicose-6-fosfato, feita pela hexocinase/glicocinase, a qual irá sofrer ação da fosfoglicomutase, formando-se em glicose-1-fosfato. Esse substrato será submetido fosforilação por UTP e UDP-glicose-pirofosforilase, sendo transformado em UDP-glicose (o glicogênio primário, pois a partir dai ele vai ter suacadeia aumentada). Então, várias reações serão desencadeadas pela glicose-sintase (adição de resíduos de glicosil) e pela 4,6-transferase (ramifica a molécula), gerando o glicogênio. 
Lembrando que glicocinase atua apenas em fígado. 
Então, quando o organismo está em jejum, esse glicogênio é utilizado, portanto, deve ser degrado a partir de uma reação denominada GLICOGÊNÓLISE, que é a quebra desse substrato para a formação de glicose. 
Inicialmente, a enzima glicogênio-fosforilase atua sobre o glicogênio, produzindo glicose-1-fosfato através da adição de 8Pi à molécula. Nas etapas seguintes, a enzima desramificadora tem ação dupla: funciona como transferase e 1,6-glicosidase, logo, primeiro, desramifica o glicogênio, transferindo glicosil para a cadeia mais longa e depois, elimina o glicosil remanescente, que sai em forma de glicose. 
Também há presença de enzima conversora de glicogênio nos lisossomos.
Importante ressaltar que a glicogenólise libera mais glicose-1-fosfato do que glicose. 
A glicogênese ocorre no fígado e em órgãos que possuam lisossomos.
Após refeição com carboidrato: ↑insulina gera ↓AMPc, ↑glicose, ↓glucagon, ↓glicogenólise e ↑glicogênese. Em jejum, ocorre o inverso. 
Em exercício ou estresse, no fígado: ↑adrenalina, ↑AMPc, ↑Ca²+-calmodulina, ↑glicogenólise, ↓glicogênese. Contudo, no músculo, o AMPc, durante exercício, está em alta. 
Lembrete: AMPc é liberado a partir de ativação do glucagon, na medida em que ele é transformado em AMP, o qual aciona a quinase-A, responsável por acionar enzimas da glicogenólise. 
A glicogenólise responde mais rápido que a gliconeogênese. 
No músculo, a demanda por glicogênio é alta quando se precisa de muito ATP. 
5.Lipídeos
São substâncias que contem ácidos graxos e triacilglicerois, sendo elas colesterol, hormônios esteroides, sais biliares, glicofosfolipideos e vitaminas lipossoluvies.
Os triacilgliceróis são os principais a serem consumidos, pois são facilmente encontrados na natureza. 
Inicialmente, secreta-se, na boca e a partir de células abaixo da língua, a lipase salivar, que só será funcional sob Ph ácido no estomago, onde a lipase gástrica é liberada. Ambas as enzimas hidrolisam cadeias de ácidos graxos curtos e médios. 
No intestino delgado, lipídeos com cadeias de ácidos graxos grandes vão ser emulsificados, ou seja, após serem quebrados no estomago, serão englobados pelos sais biliares, que tem ação detergente, formando micelas, esferas com uma camada fosfolipidica que permite maior área de ação enzimática. Além disso, há ação de lipases pancreáticas (colesterol-esterase e fosfolipase A), que age nas porções 1 e 3 do glicerol, hidrolisando a gordura e gerando 2-monoacilglicerol, e que são liberadas pelo pâncreas junto com HCO3-, aumentam o Ph em prol de atuação enzimática, e colipase, que se liga na enzima e na gordura, facilitando o processo de digestão lipídica. 
Então, as micelas são levadas pela água para a superfície de absorção na célula enquanto os sais biliares são encaminhados para o íleo, onde são 95% reabsorvidos, seguindo para o fígado, que os armazena. Assim, as micelas são as responsáveis pela entrada de gordura na células intestinais.
Os ácidos graxos, resultantes da digestão, são absorvidos e fosforilados/ativados, gerando ácido graxo ligado à AMP, que sofre ação de coenzima A, eliminando o AMP para se transformar em ácido graxo ligado à CoA, o qual pode se aderir aos gliceróis a fim de ser parte de triacilgliceróis, os quais são transportados.
 
Após serem digeridos e absorvidos, os ácidos graxos e o 2-monoacilglicerol são transportados para o seu destino através de: 
a)quilomícrons: são lipoproteínas transportadoras secretadas pela linfa que levam os tracilgliceróis para o sangue. São sintetizados de modo que no intestino, os ácidos graxos e os 2-monoacilgliceróis são condensados no Reticulo Endoplasmático Agranuloso, onde ficam armazenados para formar triacilgliceróis através de ativação dos ácidos graxos pela ação de acil-CoA, que os torna favoráveis para reagirem com o 2-monoacilglicerol, formando diacilglicerol. Esse, então, reage com outro acil-CoA, resultando em triacilglicerol, componente do quilomícron. Além desse, existem proteínas, denominadas apoproteinas (pois são específicas de transporte lipídico), produzidas pelo R.E. Granuloso. O quilomicron é composto especificamente por apoproteinas B-48 (48% do tamanho da existente no fígado) e triacilgliceróis unidos no complexo de Golgi, bem como por apoproteina E e apoproteína CII, ambas provenientes de HDL e que tornam o quilomícron “’maduro”. 
No R.E., a proteína microssomal transferida de triacilgliceróis (MTP) se une ao lipídeo para transformar a apoproteina B-48 em apoproteina B, que novamento sofre ação de MTP, porém unido ao triacilglicerol, formando maior apoproteina B. 
Apoproteina E: carrega lipoproteínas para meio intracelular, as quais são digeridas por lisossomos.
Apoproteína CII: ativa lipoproteína lipase (LPL), produzida por músculo, tecido adiposo e glândulas mamárias.
O quilomícron entra no sangue pelo ducto torácico após ½ horas seguintes à refeição. Ao chegar no fígado, as apoE se ligam nos hepatócitos permitindo a endocitose de toda a estrutura do quilomícron remanescente, que será degradada pelos lisossomos;
No tecido adiposo e no hepático, o 2-monoacilglicerol é substituído por ácido fosfatidico.
 b)HDL: transporta excesso de glicerol dos tecidos periféricos para o fígado e troca proteínas e lipídeos por VLDL e quilomícrons. Por fim, é produzida no fígado e no intestino;
c)LDL: IDL convertida. É absorvida pelo fígado e tecidos periféricos, assim, transporta colesterol do fígado/sangue para tecidos periféricos (atividade antagônica à do HDL);
 d)VLDL: é produzido a partir de carboidratos e empacota triacilglicerois secretados pelo fígado e formados por ácidos graxos que foram produzidos na lipogênese e esterificados com glicerol.
Ácidos graxos ligados à albumina são absorvidos em musculo, rim, fígado principalmente.
Colesterol compõe membranas de células, hormônios esteroides e sais biliares.
Alimentação pobre em carboidratos diminui a produção de VLDL, pois os que se convertem em lipídeos compõem essa lipoproteína. 
Os ácidos graxos ligados à albumina são armazenados no tecido adiposo como triacilgliceróis e nos músculos ou outros tecidos para serem oxidados, liberando energia.
Já o glicerol segue para o fígado, onde é sintetizado em triacilglicerol.
A LPL do tecido adiposo é mais ativa após refeição do a do músculo.
Insulina estimula secreção e síntese de LPL pelo tecido adiposo.
Os triacilgliceróis também podem ser produzidos a partir de glicose em um processo metabólico denominado LIPOGÊNESE. Ocorre quando há excesso calórico ingerido. 
Proteina e carboidrato são fontes para a produção de ácidos graxos.
Ocorre no fígado. 
Muito ATP e acetil-CoA estimulam a lipogênese.
O citrato não segue o ciclo de Krebs, pois o ATP inibe o isocitrato-desidrogenase.
Inicialmente, é importante saber que esse processo ocorre para armazenar o excesso de energia que há no corpo, portanto, não faz sentido acetil-CoA seguir para o ciclo de Krebs, no qual há o aumento dela. Assim, ele será utilizado na produção de ácido graxo a fim de armazenar energia. Contudo, o acetil-CoA está dentro da mitocôndria e só pode seguir para a lipogênese se sair dela, o que não ocorre na presença de CoA, logo, o acetil-CoA é convertido em citrato pela citrato-sintase, o qual alcança o citosol.
No citosol, o citrato não segue para o ciclo de Krebs, na medida em que a isocitrato-desidrogenase está inibida, ao contrário da citrato-liase, que degrada essa molécula em oxaloacetato e em acetil-CoA. 
O oxaloacetato será transformado em malato, liberando CO2 e NADPH (este último a ser utilizado na lipogênese). O malato, então, será transformado em piruvato, o qual, por ação da piruvato-carboxilase, é convertido em oxaloacetato, alimentando, assim, a lipogênese. 
O acetil-CoA, por suavez, sofrerá ação da acetil-CoA-carboxilase, que usa CO2 e ATP para a formação de malonil-CoA, uma molécula mais energética e que será usada mais adiante. 
Então, tanto o acetil-CoA quanto o malonil-CoA seguem para o complexo ácido-graxo-liase. Nele, há a formação de um ácido graxo de 18 carbonos, o ácido palmítico.
Ocorre que o acetil-CoA se conecta à proteína carreadora de acilas (ACP) para, primeiro, eliminar o CO2, favorecendo a posterior conexão entre essa molécula e as próximas, aumentando a cadeia carbônica. Então, enquanto o acetil aguarda no resíduo de cisteína(CIS), há a entrada do malonil-CoA em ACP, no qual o CO2 que lhe foi acrescido será eliminado, possibilitando a união entre essa molécula e a de acetil. Assim, há duas ligações duplas com o oxigênio, de modo que uma delas precisa ser eliminada para a formação de palmitato. Assim, usa-se NADPH para acrescentar hidrogênio à molécula, assim, quebrando a ligação dupla e formando o grupo hidroxila, o que favorece a saída de água. Portanto, forma-se logo, uma ligação dupla entre carbonos, ou seja, a molécula fica insaturada (C=C). Contudo, o ácido palmítico é saturado, desse modo, faz necessário mais um NADPH em prol da quebra de dupla ligação. Destarte, forma-se uma molécula de 4 carbonos e como o palmitato tem 18, será mais malonil-CoA.
Enfim, usa-se ao todo: 8 acetil-CoA, 7 malonil-CoA, 14 NADPH (que vem da conversão de oxaloacetato em malato e da via pentose-fosfato) e 7 ATP.
↑acetil-CoA inibe piruvato-desidrogenase e estimula piruvato-carboxilase e vice-versa.
Piruvato-desidrogenase só existe na mitocôndria.
Esse processo ocorre para converter um substrato de 2 carbonos em um 16 carbonos, sendo que eles serão acrescidos de dois em dois.
O ácido palmítico será ativado, formando-se em palmitil-CoA, que pode ser alongado (aumenta a cadeia carbônica; funciona como o complexo ácido-graxo-sintase, porém a coenzima A substitui ACP) ou dessaturado (diminui a cadeia; usa citocromo b5, oxigênio e NADH) no R.E. 
Ácido Linoléico: necessário na dieta, pois é precursor de ácido neuronal e de ácido araquidônico que desencadeia a síntese de eicosanóides, liga-se a outro aminoácido para tornar a pele impermeável a água.
Eicosanóides: hormônios locais; responsáveis pela resposta inflamatória durante injuria e inflamação; regulam contração do músculo liso; aumentam a excreção de Na+ e H2O; regulam a pressão sanguínea; controlam os bronquíolos; ex.: prostaglandinas. 
Para a produção de triacilgliceróis, no fígado, o glicerol sofre ação da glicerol-quinase com uso de ATP, gerando glicerol-3-fosfato. Já no tecido adiposo (e no fígado também), a glicose é convertida em diidroxiacetona-fosfato, a qual produz o glicerol-3-fosfato a partir da ação de NADH. 
Então, esse substrato reage com acil-CoA para formar ácido fosfatídico, que é desfosforilado, formando diacilglicerol. Outro acil-CoA reage com esse composto, resultando triacilglicerol. 
No fígado, ele é empacotado no R.E. Agranuloso com apoproteína-100, fosfolipideos e colesterol, gerando VLDL com auxilio de proteína microssomal de transferência de triglicerídeos (MTP). Ao entrar no sangue, o VLDL se amadurece com as apoproteínas CII e E entregues pelo HDL. Então, na hora de serem utilizadas, as lisoenzimas lipídicas atacam o VLDL, liberando os triacilglicerideos para formarem IDL (lipoproteína de densidade intermediária), que pode passar pelo mesmo processo, gerando LDL. 
Durante o jejum, a gordura é a principal reserva utilizada para funcionamento de músculos e fígado (e consequentemente, dos tecidos). O triacilglicerídeo é formado por um glicerol e 3 cadeias de ácidos graxos. 
Então, após a lipólise, o glicerol vai usar ATP para ser convertido em glicerol-3-fosfato, o qual é formado em di-hidroxiacetona-fosfato, o qual pode seguir para a glicólise ou para a gliconeogênese.
Já o ácido graxo se une ao acetil-CoA com a ajuda de acil-CoA-sintetase e ATP (forma AMP, então contabiliza-se como 2ATP), resultando em acil-CoA. Como a coenzima A não consegue atravessar a barreira fosfolipidica, o acil-CoA se adere à carnitina (palmitoil-trasnferase I ou carnitina-acil-transferase I), liberando a CoA, assim, entrando na mitocôndria pela translocase. 
Logo, a acilcarnitina é transformada em acil-CoA novamente com o encaixe de CoA na molécula e a saída de carnitina, que retorna ao citoplasma. 
Então, inicia-se a β-OXIDAÇÃO. O acil-CoA vai ser dessaturado por acil-CoA-desidrogenase e pelo FAD+, depois, hidratado por enoil-CoA-desidratase, oxidado por β-hidroxiacil-CoA-desidrogenase e NAD+ e clivado por CoA, liberando acetil-CoA. Assim, a cada volta no ciclo da β-oxidação perde-se 2 carbonos da cadeia do substrato. Na última volta, ou seja, quando o substrato possui apenas 4 carbonos no inicio da β-oxidação, elimina-se 2 acetil-CoA, uma vez que ele possui 2 carbonos. 
Desse modo, o palmitato ao ser ativado em palmitil-CoA, entra nessa via, liberando 8 acetil-CoA, 7 NADH, 7 FADH2 em 7 voltas. 
 
O acetil-CoA segue para o ciclo de Krebs, produzindo energia. 
Ácidos graxos de cadeia grande são transportados pela albumina.
A rota da β-oxidação é extremamente aeróbia, dependente de sangue e mitocôndria. 
Ácidos graxos de cadeia muito longa são oxidados nos peroxissomos até reduzirem-na, onde o FADH2 é oxidado por H2O, gerando H2O2, o qual será convertido em O2 e água por ação da catalase.
A β-oxidação vai ser regulada pelos níveis de ATP e NADH, pois a oxidação dos ácidos graxos não pode ocorrer mais rapidamente que a fosforilação oxidativa. Também há o controle pela carnitina, uma vez que ela é inibida por malonil-CoA, um substrato sintetizado quando há aumento de AMPc, já que este ativa a quinase B, responsável por forsforilar/ativar a sua enzima sintetizadora. Logo, como durante a prática de exercícios físicos o AMPc aumenta, há pouca oxidação de ácido graxo, já que a escassez carnitina impossibilita a entrada de acil-CoA no ciclo. 
 
No fígado, durante o jejum, a maior parte da acetil-CoA produzida pela β-oxidação serve para a formação de CORPOS CETÔNICOS. Usa-se duas moleculas de acetil-CoA e tiolase para eliminar a CoA e gerar acetoacetil-CoA, que sofre ação de HMG-CoA-sintase, resultando em 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA (HMG-CoA) e eliminação de CoA. Depois, a HMG-CoA-liase converte esse substrato em acetil e em acetoacetato, sendo este transformado em acetona com a eliminação de CO2. 
O acetoacetato pode ser convertido em α-β-hidroxibutirato com a ação de NADH e α-β-hidroxibutirato-desidrogenase. 
Os aminoácidos também podem ser fonte para formação de corpos cetônicos.
O acetoacetato é ativado a acetoacetil-CoA a partir de uma enzima que retira a CoA do succinil-CoA e a entrega ao acetoacetato. O acetoacetil-CoA é convertido em 2 moléculas de acetil-CoA, que segue para o ciclo de Krebs. Assim, a oxidação dos corpos cetônicos gera energia. 
Com a mesma enzima da reação contrária, o α-β-hidroxibutirato é reconvertido em acetoacetato para produção de energia. 
A oxidação dos corpos cetônicos acontece no músculos e a formação deles ocorre no fígado. 
Durante jejum ou dieta com muita gordura e pouco carboidrato, os corpos cetônicos são as principais fontes de energia. 
Criança entra em estado de cetose mais rapido por ficarem em jejum mais rápido tambem. 
Mucosa intestinal, cérebro, adipócitos, feto são os que mais usam os corpos cetônicos. Ao contrário, o fígado e os eritrócitos são os que menos os usam como fonte energética. 
Aumento de NADH e de glucagon estimula a formação de corpos cetônicos. 
Assim, abaixo, segue a sintese da rota lipidica e de carboidratos.
 
6. Vitaminas
Vitamina A (Retinol)
São compostos com retinol, retinal ou ácido retnoico. Existem as pré-vitaminas e as pró-vitaminas, que são aquelas que ativam a vitamina A no corpo. Ela é lipossolúvel, logo, precisa de enzimas pancreáticas e da bile para ser absorvida no intestino, depois, transportada por quilomícronsaté as células de Ito, onde as apoproteínas E as captam para armazená-las. A vitamina A pode ser transferida para outros tecidos (onde se armazena como ester ou oxidada a ácido retnoico) ligada à proteína ligadora de retinol.
O ácido retnóico é importante para o crescimento e para a diferenciação epitelial. 
Fontes de pré-vitamina: fígado, peixes, ovos, leite e manteiga.
Fontes de pró-vitamina (carotenoides): vegetais verdes e amarelos, cenouras, abóboras e espinafre.
As funções do retinol são manutenção da visão, crescimento, diferenciação celular, resistência imunológica, bem como usa receptores retnoicos X para a ativação de receptores ativadores da proliferação de peroxissomos e de receptores de vitamina D.
Os peroxissomos fazem parte da oxidação de ácidos graxos de cadeias carbônicas longas, portanto, a vitamina A auxilia nesse processo.
Sua deficiência implica em dificuldade de absorver gordura, alterações nos olhos, problemas imunológicos e problemas na pele. 
Vitamina D
Encontrado com o lipídeo 7-desidrocolesterol até haver efeito de luz solar, que o converte em colecalciferol (vitamina D3). A vitamina é transportada até o fígado ao se conectar com α1-globulina. Neste órgão, a vitamina é convertida em 25-hidroxicolecalciferol pela 25-hidroxilase. Então, esse substrato é transformado em 1,25-diidroxivitamina D (considerada como um hormônio esteroide e a forma ativa da vitamina D). 
Alguns alimentos têm 25-hidroxicolecalciferol, o qual é facilmente absorvido, na medida em que utiliza mais o sistema porta do que a linfa.
Álcool e fibras diminuem a sua absorção.
Lipossoluvel. 
Auxilia na absorção de Ca²+ e de fósforo (nos rins, ossos e intestino delgado), no crescimento, na resistência óssea, muscular e nervosa e tem poder antimicrobiano. 
Pode ser encontrado no leite e derivados, além de peixes e ovos.
Pessoas obesas têm déficit de D, pois os adipócitos impedem a entrada de luz nas células.
Pessoas com pele mais escura têm níveis baixos de vitamina D, pois possuem muita melanina.
A sua carência gera raquitismo, osteomalácia, tetania hipocalcêmica. 
Nos rins, a 1,25-diidroxivitamina D é regulada de três formas: a) hipocalcemia (secreta o paratormônio, que estimula a sua produção com a 1α-hidroxilase); b) hipofosfatemia (estimulante); c) retroalimentação (seus níveis o controlam). 
Na deficiência de vitamina D, os osteoclasto absorvem mais Ca²+, 1α-hidroxilase renal estimula absorção desse íon, redução de excreção de cálcio e aumento da de fósforo (ativação de fosfatonina causa bloqueio de sua reabsorção). 
Vitamina E
Possui ação antioxidante, pois seu anel aromático reage com radicais livres de oxigênio e outro, destruindo-os, assim, protegendo os ácidos graxos insaturados e lipídeos da membrana contra a oxidação, que fragilizaria a sua estrutura.
Lipossoluvel. 
Está em óleos vegetais, nozes, avelãs, amêndoas, abacate, vegetais e batata.
Sua ausência leva a alterações visuais, neurológicas, fragilidade dos eritrócitos.
É menos absorvido quando há aumento de ácidos graxos insaturados, pois eles sequestram muita vitamina E nas membranas celulares para se tornarem estáveis oxidativamente. O aumento de vitamina A também causa isso. 
Vitamina K
Participa da coagulação sanguínea durante a formação de protrombina, assim, sua ausência retarda ou dificulta esse processo. Além disso, auxilia na formação de ossos, pois ativa a osteocalcina. 
Lipossoluvel. 
Encontrada em plantas e em bactérias intestinais, bem como em óleos (melhor absorvidos, pois a gordura estimula a secreção biliar e a formação de micelas). 
Seu excesso causa hiperbilirrubinemia e dispneia, enquanto seu déficit causa hemorragia. 
Vitamina B1(Tiamina)
Hidrossolúvel, a tiamina é convertida em forma ativa, tiamina-pirofosfato (coenzima TPP), no cérebro e no fígado pela tiamina-difosfotransferase. A TPP faz desidrogenase de α-cetoácido, descarboxilação de piruvato e participa de transcetolase e fosfocetolase, bem como participa da produção de acetilcolina. 
Esta nos cereais, carnes, verduras, cerveja, ovos e soja. 
Sua ausência promove fraqueza, desordens nervosas, beribéri, devido à diminuição de ATP. Além disso, causa perda de apetite, enjoo e depressão. 
O alcoolismo crônico pode acarretar em sua deficiência. 
Vitamina B2 (Riboflavina)
Hidrossolúvel, é capaz de disponibilizar energia dos alimentos, crescimento, restauração e manutenção de tecidos.
Sua ausência causa rachaduras nos lábios, edema na llingua, visão turva, fotofobia e outros problemas na pele. 
Esta no leite, no fígado, rim, coração, cereais, peixes, grãos, ovos e vegetais. 
Compõe as coenzimas FAD e FMN, fazendo oxirreduções. 
Entra no sangue por transporte ativo e é levada pela albumina para os tecidos-alvo. 
Vitamina B3 (Niacina)
Compõe o NAD+ e o NADP+, assim, favorece a captação de energia pelo corpo.
Sua ausência acarreta em fraqueza muscular, secreção glandular insuficiente, morte tecidual, demência, psicose e descamação. 
Regula a taxa de colesterol no sangue, manutenção da pele e proteção do fígado. 
Vitamina B6 (Piridoxina)
Existe sob a forma de piridoxal fosfato, atuando como coenzima no metabolismo proteico durante transaminação. 
Seu déficit causa dermatite, redução de crescimento estetatose hepática. Anemia e deterioração mental.
Vitamina B12 (Cobalamina)
Funciona de modo parecido ao Fe, favorecendo o crescimento e a formação de hemácias. 
Sua deficiência provoca desmilienização de fibras nervosas da medula espinhal e não é causada pela ausência da vitamina e sim, devido à ausência de fator intrínseco, que, normalmente, é secretado pelas células parietais. Também, gera anemia perniciosa, causada pela não maturação das hemácias. 
Vitamina B9 (Ácido Fólico)
Transportador de hidroximetil e formil, sintetizando purinas e tiamina, necessárias para a formação de DNA, logo, auxilia no crescimento.
Sua ausência causa anemia macrótica. 
Vitamina B5 (Ácido Pantotênico)
Compõe a coenzima A, assim, participando de muitas rotas metabólicas.
Sua carência causa problemas no metabolismo lipídico e do carboidrato. Desse modo, promove retardo de crescimento, incapacidade reprodutiva, pelos acinzentados, dermatite, esteatose hepática, necrose adrenocortical hemorrágica. 
Vitamina C (Ácido Ascórbico)
Sua ausência enfraquece as fibras colágenas por todo o corpo, já que é necessário para ativação de prolil hidroxilase, enzima que auxilia na formação de colágeno.
Logo o déficit dessa vitamina está intimamente atrelado a ausência de colágeno, portanto, pode causar escorbuto, ou seja, a incapacidade de cicatrização de feridas; o cessamento de crescimento ósseo e fragilidade das paredes dos vasos sanguíneos. 
7. Proteína
A proteína é um polímero de aminoácidos, ou seja, uma cadeia peptídica, na medida em que os aminoácidos estão ligados entre si por ligações peptídicas, nas quais o grupo amino (-NH²) se conecta ao grupo ácido (-COOH), formando água e [–NH-OC-]. 
Possui 4 estruturas: a) primária – sequência de aminoácidos; b) secundária - enovelamento (helicoildal ou folha-β) com auxilio de ligações de hidrogênio; c) terciária - tridimensional; d) quaternária - união de cadeias. 
Os aminoácidos servem para todas as substâncias que contém nitrogenio para gerar energia.
Existem aminoácidos da dieta e endógenos, sendo estes últimos reaproveitados pela liberação de cadeia carbônica e de grupo amina para ciclo da uréia. 
Então, as proteínas, quando ingeridas, serão digeridas, no estômago, por pepsina (pepsinogênio ativado por HCl e liberado por celulas principais) e, no intestino, liberadas pelo pâncreas, são digeridas por tripsina (tripsinogênio ativado por enteropeptidase), que ativa as demais enzimas: quimiotripsina, elastase e carboxipeptidase A e B.
Para a absorção dos aminoácidos, existe no intestino, bomba de Na+-K+, a qual coloca Na+ para fora da célula e K+ para dentro, uma vez que os aminoácidos precisam se ligar ao sódio para conseguirem entrar.
No fígado, há o sistema N que faz esse transporte. 
Além disso,os aminoácidos podem ser transportados ao reagirem com glutationa, gerando cisteinil-glicina e Ɣ-glutamil-aminoácido, sendo este último submetido à ação de 5-oxoprolinase, formando 5-oxoprolina e liberando o aminoácido. A 5-oxoprolina vai seguir uma via que regenera a glutationa, assim, possibilitando a constante disponibilidade dessa molécula transportadora.
O corpo tem a capacidade de sintetizar, degradar e ressintetizar aminoácidos (TURNOVER).
94% das proteínas ingeridas sofrem turnover por dia.
Além disso, as proteínas são englobadas por vesículas e inseridas nos lisossomos, onde as proteases da família catepsina irão degradá-las. Essas enzimas são as hidrolases ácidas, que degradam proteínas na superfície celular.
As proteínas possuem sinais de degradação, de modo que cadeias de aminoácidos com serina no final tem maior duração no corpo, com aspartato demoram 3 minutos e com a sequência PEST (prolina, glutamato, serina e treonina) é mais rápido ainda. 
A ubiquitina é uma proteína que marca outras proteínas com grupos -amino, provenientes de resíduo de lisina. Isso ocorre através de um processo com três etapas. Depois, o complexo com proteossomas age, desprendendo a ubiquitina da proteína. Nele, primeiro, a proteína catepsina 19S e o ATP promovem a ligação da proteína marcada no proteossoma 20S, em seguida, a 26S faz a proteólise com auxilio de ATP, assim, finalizando a degradação proteica.
No músculo, ocorre o CICLO GLICOSE-ALANINA, que utiliza o piruvato produzido por glicólise nesse tecido para a transaminação na presença de glutamato, de transaminase e de piridoxal-fosfato em prol da formação de α-cetoácido e alanina.
A alanina, então, segue para o fígado, onde é transaminada em piruvato (o qual servirá para a gliconeogênese), em glicose (que retorna ao músculo, fechando o ciclo) e em nitrogênio (que participará da formação de uréia). 
TRANSAMINAÇÃO: é reversível e usa piridoxal-fosfato como co-fator e a transaminase/aminotransferase. Reação: cetoácido + aminoácido cetoácido² + aminoácido². Assim, é um processo que transfere o grupo amina de uma substância para outra. Ex.: aminoácido + α-cetoglutarato α-cetoácido + glutamato. 
A lisina e treonina são as únicas que não participam do processo de transaminação. 
Para transportar mais nitrogênio para a excreção, o glutamato formado a partir de α-cetoglutarato, NH4+, NADPH e glutamato-desidrogenase, será transformado em glutamina com o auxilio de glutamina-sintase, NH4+ e ATP.
 
No fígado, a glutamina sofre ação de glutaminase, liberando NH4+ e glutamato, o qual é segregado em NH4+ e α-cetoglutarato pela glutamato-desidrogenase. 
A glutaminase também age no rim para compor sais com os ácidos e em intestino, compõe o substrato energético. 
O piridoxal-fosfato é produzido a partir de piridoxina (vitamina B6), que é oxidada pelo NAD+, gerando piridoxaldeído. Esse, então, é convertido em piridoxal-fosfato (PLP) sob ação de ATP. 
Os NH4+ formados seguem para o CICLO DA URÉIA. Inicialmente, esse íon se une ao HCO3- e a 2ATP com auxilio da enzima carbamoil-fosfato-sintase I (CPS-I; existe em mitocôndrias do fígado e do intestino) para gerar carbamoil-fosfato, o qual, na mitocôndria, se atrela à ornitina para formar citrulina com ajuda de ornitina-transcarboxilase e do grupo fosfato do substrato. 
Então, a citrulina sai para o citoplasma enquanto a ornitina entra e encontra o aspartato, resultante da transaminação de oxaloacetato com glutamato (que também gera α-cetoglutarato), em prol da formação de argininosuccinato sob ação de argininosuccinato-sintetase e ATP (contabiliza-se 2ATP, na medida em que se usa dois fosfatos, liberando AMP).
O argininosuccinato será segregado em fumarato e arginina com auxilio de argininosuccinato-liase. Esse fumarato é transformado em malato pela fumarase, o qual servirá para a gliconeogênese ou formação de oxaloacetato, que é transaminado em aspartato, necessário para o ciclo da uréia e para o transporte de nitrogênio. Já a arginina será degradada pela arginase em ornitina e uréia. Essa ornitina irá promover a saída de citrulina através de sua entrada na mitocôndria, fechando o ciclo da uréia. 
 
Regulação do ciclo da uréia ocorre por: 1) feed-forward – quanto maior a disponibilidadde de NH3, maior a produção de uréia; 2) NAG – glutamato se une ao acetil-CoA por estímulo da arginina, formando N-acetil-glutamato (NAG), o qual fomenta a ação de carbamoil-fosfato-sintetase I; 3) indução enzimática – quando ela ocorre, mesmo em jejum, aumenta-se a produção de uréia. 
 
Durante o jejum, a alanina é convertida em piruvato e glutamato, garantindo as reservas de energia. De glutamato, o NH4+ é liberado após transformado em α-cetoglutarato e aspartato, quando se une ao oxaloacetato. O NH4+ também sai após conversão de glutamato em α-cetoglutarato. 
A uréia é transportada pelo sangue nos rins para ser excretada ou segue para o intestino, onde é clivada por bactérias, gerando NH3 e CO2 pela urease bacteriana.
Arginina aumenta a produção de uréia por NAG e por ornitina.
A ingestão de proteínas é um tipo de regulação feed-forward, na medida em que o aumento de aminoácidos gera mais nitrogênio, logo, mais uréia. 
 
8. Fígado 
Sua unidade funcional é denominada lóbulo hepático, que é construído em torno da veia central (>hepática>cava) e com placas celulares, onde há canalículos biliares que drenam os ductos biliares. Tambem há arteríolas e vênulas conectadas a esse lóbulo, especificamente, no sinusóide, que drena a veia central. Há vasos linfáticos conectados, porém no espaço de Disse, onde ficam as placas. Entre esse espaço e os sinusoides, há as células de Kupffer, que funcionam como macrófagos. Por fim, há muito e grandes poros no sinusóides, permitindo a formação de linfa. 
O fluxo sanguíneo é igual a 27% do débito cardíaco em repouso.
Resistência baixa: sua pressão é alta (9mmHg) na entrava e baixa (0mmHg) na saída, facilitando a passagem de sangue. 
Cirrose Hepática
As causas são: álcool, hepatite e esteato-hepatite não alcoolica. Caracterizada por fibrose em septos, ou seja, deposição de colágeno, que liga os tratos portais com as veias hepáticas, bem como por nódulos parenquimatosos (resultante de ciclos de regeneração e cicatrização dos hepatócitos) e desorganização estrutural hepática total (assim, a local não é cirrose). 
Hepatócitos morrem e são ocupados por fibras que acabam contraindo os vasos e impedindo o fluxo sanguíneo. Assim, a pressão no intestino aumenta, provocando perda de liquido em excesso. Além disso, há a formação de grande coágulo na via porta, aumentando mais ainda a pressão no TGI. 
Na cirrose, a ativação de células de Kupffer provoca a secreção de citocinas: o fator de crescimento derivado de plaquetas e o fator de necrose tumoral, que ativam células estreladas, que se contraem pela ação de endotelina-1. A fibrinogênese é estimulada pelo fator de crescimento transformador β. 
Desse modo, o espaço de Disse fica impregnado de fibras e as fenestrações se perdem. 
O crescimento do fígado se dá após ação do fator de crescimento dos hepatócitos, que é liberado pelas células mesenquimais, e é inibido pelo fator de crescimento estimulante-β, secretado por hepatócitos. 
A cirrose causa maior resistência na passagem sanguínea, assim, promove excesso de liquido na linfa, gerando edemas abdominais (ascite).
BILE
Hemácias no fim da vida Hb liberada e fagocitada por macrófagos, também denominados como sistemas reticulo-endotelial globina a ser reaproveitada + grupo heme com anel aberto pela heme-oxigenase Fe livre10% se une ao sulfato
 
Biliverdina Bilirrubina não-conjugada no plasma liga-se à albumina Sulfato de bilirrubina
Hepatócitosglicuronil-transferase
80% se conjuga ao ácido glicurônico formação de glicuronídeo de bilirrubina Ação

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