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VITAMINAS Fábio Resende Daline Fernandes UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO GARCIA FILHO NÚCLEO DE NUTRIÇÃO HABILIDADES/SUBUNIDADE NUTRIENTES 2013 Estudo de Micronutrientes na Nutrição Humana • Compostos que não podem ser sintetizado pelo organismo; • São encontrado em pequenas quantidades nos alimentos; • Participam do metabolismo energético, na secreção e ação de hormônios como coenzimas e possuem função antioxidante. Micronutrientes COZZOLINO, Silvia Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. Barueri, Manole, 2005. FUNDAMENTOS DA NUTRIÇÃO HUMANA ESTUDO DE MICRONUTRIENTES - VITAMINAS Vitaminas Estudo de Micronutrientes na Nutrição Humana Classificação de acordo com sua solubilidade Hidrosolúveis: não são armazenadas e excretadas pelas vias urinárias Lipossóluveis: necessitam da bile para sua absorção VITAMINAS COZZOLINO, Silvia Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. Barueri, Manole, 2005. • Está associado à quantidade insuficiente da vitamina da dieta. Afetado pela disponibilidade o aumento das necessidades Estágio Preliminar • Detectado por exames bioquímicos (enzimas) Deficiência Bioquímica • Associado ao aparecimento de sintomas não-especificos, como perda de apetite, fraqueza ou fadiga física. Deficiência fisiológica • Associado a sintomas clínicos específicos. Deficiência clinicamente manifestada VITAMINA A Vitamina A • Funções: Manutenção da córnea (visão), manutenção de pele, células, participa no crescimento ósseo, reprodução e imunização • Alimentos Fontes: Origem animal: Fígado, rim, coração, gema de ovo, leite e derivados = pré- formada. Origem vegetal: folhas verdes escuras, legumes amarelo-alaranjado - carotenóides VITAMINA A • . O termos ingestão de vitamina A geralmente é utilizado para designar todos os compostos com atividade de vitamina A presente na dieta A atividade de vitamina A nos mamíferos é tida pelos ésteres de retinol (retinol associado com ácidos graxos de cadeia longa. Quanto aos carotenoides, dos 600 encontrados na natureza, menos de10% são fontes potenciais de vitamina A, se destacando o beta-caroteno. O retinol é encontrado somente em alimentos de origem animal e em pequeno número de bactérias. Do retinol absorvido, 80 a 90% são depositados no fígado , nas células de Kupfer, na forma de éster retinil. Reservas de retinol hepático: a concentração de retinol na maioria dos tecidos é de 1,5 µmol/kg, com variação entre os indivíduos. As reservas nos tecidos hepáticos situam-se entre 70-140 µmol/kg. FATORES QUE INTERFEREM NA BIODISPONIBILIDADE DE VITAMINA A E CAROTENÓIDES • Os carotenoides são pigmentos naturais amplamente distribuídos na natureza responsáveis pelas cores amarela, laranja e roza das frutas raízes e pescados. • Dos 600 carotenóides conhecidos atualmente, cerca de 50 deles são precursores de vitamina A. Especialização de carotenóides • O conteúdo de pró-vitamina A varia consideravelmente de um alimento para outro. Essas variações são constatadas em amostras de um mesmo alimento em razão de estágio de maturação, diferenças entre cultivares, variedades, efeito climático e geográfico, parte utilizada da planta, manejo pós colheita, cocção e armazenamento. Quantidade ingerida de caroteóides • A absorção de carotenoides é similar à dos lipídios. • A fibra alimentar presente nos vegetais é fator interferente da biodisponibilidade de carotenóides e vitamina A, pela sua interação com sais biliares. • Drogas inibem a absorção de lipídios, reduzindo a concentração sérica de carotenoides. • Admite-se que o consumo de etanol resulte na depleção de vitamina A hépatica em animais e em humanos. Efeitos na absorção e bioconversão • Estado nutricional, herança genética, metabolismo, uso de álcool, cigarro, idade e doenças. Fatores relacionados ao individuo VITAMINA A E:Densidade mineral óssea reduzida, anormalidades no fígado, defeitos congênitos D:Doença infecciosa, degeneração da córnea e cegueira (xeroftalmia), ressecamento da córnea (xerose) VITAMINA D Vitamina D • Funções: Mineralização dos ossos (cálcio e fósforo). Também denominada pro-hormônio. • Fontes: Sintetizada pelos raios solares, alimentos de origem animal. Especialmente óleos de fígado de peixes e alimentos derivados do leite, como manteiga e queijos gordurosos. • Primeiro passo do metabolismo da vitamina D no fígado é a hidroxilação na posição 25. Entra na circulação como calcidiol [(25(OH)D)]; • Uma nova hidroxililação ocorre nos tubulos proximais dos rins na posição 1, transformando em calcitriol. Vitamina D VITAMINA D Com exceção dos efeitos de curto prazo na absorção intestinal de Ca, todas as ações de calcitriol estão relacionadas à modulação da expressão gênica nas células-alvo que possuem receptores de calcitriol. VITAMINA D Localização de receptores de calcitriol Esqueleto Osteoblastos, condrócitos Sistema linfático Linfócitos ativados T e B, macrófagos, mónócitos, baço, timo, amídalas, linfonodos Trato gastrintestinais Células epiteliais intestinais, glãndula parótida, cólon, estômago Trato urinário Rim (túbulo distal e proximal), bexiga Músculo Esquelético, cardíaco e liso Sistema Nervoso Cérebro, gãnglios sensoriais, medula espinhal Sistema reprodutivo Epidimío, testículo, ovários, ovoduto, útero, placenta, glândula mamária Pele Epidernme, fibroblasto,folículo de cabelo, queratimócitos, melanócitos, glândulas sebáceas Sistema endócrino Medula adrenal e córtex, pâncreas (células beta), tireoíde, paratireoide VITAMINA D Deficiência de vitamina D pode ser observada em indivíduos que tem pouca exposição ao sol. Também chama-se atenção de risco de deficiência para os indivíduos que tem problemas no metabolismo lipidico. Adultos: osteomálacia, condição caracterizada pela falha na mineralização da matriz orgânica do osso, resultando em ossos fracos, sensíveis à pressão, fraqueza nos músculos proximais. Baixo estado nutricional de vitamina D: responsável pela menor absorção de Ca e portanto efeitos importantes para osteoporose. Em crianças: deficiência resulta em raquitismo, com anormalidades ósseas (raro). Considerações sobre deficiência de vitamina D VITAMINA D E: Calcificação de tecidos moles, desequilíbrio do cálcio D: Raquitismo, osteomalácia, osteoporose VITAMINA E Vitamina E • Funções: Antioxidante de membrana celular, capaz de inibir a ação dos radicais livres e dessa forma evitar a peroxidação lipídica. • Alimentos Fontes: Óleos vegetais, fígado, gema de ovo, vegetais de folhas verdes VITAMINA E Em humanos, a deficiência ocorre principalmente em crianças prematuras de baixo peso e pacientes com anormalidades na absorção de gorduras O termo vitamina E se refere a família de 8 compostos homólogos de ocorrência natural O principal local de absorção é o intestino delgado e é dependente de uma função pancreática adequada, da secreção da bile e da formação de micelas. COZZOLINO, Silvia Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. Barueri, Manole, 2005. • Em estudos de longa duração uma verificação da ação da vitamina E em eventos fatais. Considerar que há necessidade de maior número de estudos para concretizar a correlação. Doença Cardiovascular • O desenvolvimento da doenças esta ligado ao aumento do estresse oxidativo. Porém os estudos não recomendam suplementação de vitamina E em pacientes diabéticos. Diabetes mellitus • Não se possui uma associação forte e positiva por tal fato se recomenda a título de prevenção a suplementação. Câncer • Estudos em idosos indicam uma melhora imune associadoa suplementação de vitamina E.. Função Imune VITAMINA E e Doenças Crônicas VITAMINA E COZZOLINO, Silvia Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. Barueri, Manole, 2005. VITAMINA E D: Danos aos nervos, envolvida com a reprodução humana VITAMINA K Vitamina K • Funções: Síntese de proteínas de coagulação sanguínea e de proteínas ósseas • Fontes: Produção pelas bactérias do intestino, hortaliças verde-escuro COZZOLINO, Silvia Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. Barueri, Manole, 2005. VITAMINA K A filiquinona, principal forma de vitamina na dieta, é absorvida juntamente com os lipídios no intestino delgado. Doses elevadas de vitamina E (suplementos) podem antagonizar a ação da vitamina k. Existe correlação positiva da ingestão de vitamina K com melhoras em patologias como: osteorporose e aterosclerose (mecanismos pouco esclarecidos) COZZOLINO, Silvia Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. Barueri, Manole, 2005. VITAMINA K A determinação das recomendações de vitamina K é dificultada devido à síntese bacterina intestinal. Crianças de até 6 meses: baixa reserva hepática de vitamina K, como resultado da barreira da placenta que limita a tomada fetal da vitamina VITAMINA K D: resulta no prolongamento de doença hemorrágica, como resultado da diminuição da síntese de proteínas envolvidas na coagulação. Muitos antibióticos, se administrados de forma prolongada, podem causar deficiência de vitamina K, resultando em defeito de coagulação. COZZOLINO, Silvia Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. Barueri, Manole, 2005. Bibliografia � CARDOSO, Marly Augusto. Nutrição e Metabolismo. Nutrição Humana. Vannuchi, H (editor). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 345p. � COZZOLINO, Silvia M. Franciscato. Biodisponibilidade de nutrientes. 3 ed. São Paulo: Manoel, 2009. 1172p. � DUTRA-DE-OLIVEIRA, J. E.; MARCHINI, J. Sergio. Ciências Nutricionais. São Paulo: Editora Sarvier, 2000. 402p. � Institute of Medicine. Dietary reference intakes. Washington (DC): National Academies Press, 2002.
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