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Revisão Teoria Geral do Crime - Art. 13 ao 18 com questões de concursos

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Revisão Teoria Geral do Crime 
OBS nosso CP é finalista + bipartite, porque às vezes é crime, mas não é imputável, como no 
caso de menor que comete homicídio. Mas a doutrina moderna caracteriza como finalista + 
tripartite. 
OBS se não houver o fato típico ou antijuricidade → exclui o crime. 
OBS se não houver a culpabilidade → isenta de pena. 
OBS pressupõe que todo fato típico é antijurídico. 
OBS esse é o conceito de crime analítico. 
 
Relação de causalidade 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe 
deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
 
Teoria adotada → da Equivalência dos antecedentes causais → Conditio sine qua non 
Se faz pelo → processo hipotético de eliminação. Onde é necessário voltar no tempo e ver se a 
conduta anterior causou o resultado. 
Crítica → gera regressão ao infinito. 
Solução → verifica se houve dolo ou culpa. 
Superveniência de causa independente 
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por 
si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
Causa pode ser: 
Absolutamente independente → causa que vai gerar resultado independente da conduta do 
agente, vai acontecer de qualquer forma. 
Exemplo: toma cinco tiros, mas morre por envenenamento. 
Relativamente independente → causa independente + conduta do agente. 
Exemplo: vítima hemofílica é esfaqueada uma vez pelo agente que sabia disso, a facada por si 
só não iria matar, mas pela condição da vítima sim. 
 
Essas causas podem ser: 
Preexistente → antes 
Concomitantes → ao mesmo tempo 
Supervenientes → posterior 
OBS nas causas preexistentes e concomitantes → responde pelo resultado produzido, de acordo 
com a sua vontade (dolo). 
Na superveniente → é necessário ver se está na linha de desdobramento natural 
 
Se for superveniente que não produziu resultado por si só e estiver na linha de desdobramento 
natural o agente responde pelo resultado de acordo com a sua vontade (dolo). 
Exemplo: A da facada em B, que vai para o hospital e morre de infecção. 
 
Se for superveniente que por si só produziu o resultado exclui a imputação. 
Exemplo: A leva tiro de B, que vai para o hospital na ambulância que colide e a vítima morre 
em decorrência da batida. B responderá somente pelos fatos anteriores e não pelo resultado, 
responderá por tentativa de homicídio e não pode homicídio. 
1. (OAB/Exame Unificado - 2013.3) Paula, com intenção de matar Maria, desfere contra ela quinze facadas, todas 
na região do tórax. Cerca de duas horas após a ação de Paula, Maria vem a falecer. Todavia, a causa mortis 
determinada pelo auto de exame cadavérico foi envenenamento. Posteriormente, soube-se que Maria nutria 
intenções suicidas e que, na manhã dos fatos, havia ingerido veneno. Com base na situação descrita, assinale a 
afirmativa correta. 
(A) Paula responderá por homicídio doloso consumado. 
(B) Paula responderá por tentativa de homicldio. 
(C) O veneno, em relação às facadas, configura concausa relativamente independente superveniente que por si 
só gerou o resultado. 
(D) O veneno, em relação às facadas, configura concausa absolutamente independente concomitante. 
 
2. (OAB/Exame Unificado - 2014.2) Wallace, hemofílico, foi atingido por um golpe de faca em uma região não letal 
do corpo. Júlio, autor da facada, que não tinha dolo de matar, mas sabia da condição de saúde especifica de 
Wallace, sai da cena do crime sem desferir outros golpes, estando Wallace ainda vivo. No entanto, algumas horas 
depois, Wallace morre, pois, apesar de a lesão ser em local não letal, sua condição fisiológica agravou o seu estado 
de saúde. Acerca do estudo da relação de causalidade, assinale a opção correta. 
(A) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente preexistente, e Júlio não deve 
responder por homicídio culposo, mas, sim, por lesão corporal seguida de morte. 
(B) O fato de Wallace ser hemofllico é uma causa absolutamente independente preexistente, e Júlio não deve 
responder por homicldio culposo, mas, sim, por lesão corporal seguida de morte. 
(C) O fato de Wallace ser hemofilico é uma causa absolutamente independente concomitante, e Júlio deve 
responder por homicldio culposo. 
(D) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente concomitante, e Júlio não deve 
responder pela lesão corporal seguida de morte, mas, sim, por homicldio culposo. 
 
3. (FGV – 2008) José da Silva é guarda-vidas da piscina do clube Bonsucesso, muito .frequentado por crianças. 
Todos os dias, a piscina do clube é aberta às 9 horas da manhã pelo servente João de Souza e José da Silva é 
sempre o primeiro a entrar na área da piscina e assumir seu posto no alto da cadeira de guarda-vidas. Contudo, 
no dia 1° de novembro de 2008, José da Silva não chegou no horário. Mesmo sabendo que a piscina é aberta às 9 
horas, José chegou no clube somente às 10 horas e se deparou com uma cena macabra: duas crianças estavam 
mortas, afogadas na piscina. A partir do fragmento acima, assinale a alternativa correta. 
(A) José da Silva não praticou crime algum. 
(B) José da Silva praticou o crime de omissão de socorro {art. 135, do Código Penal). 
(C) José da Silva praticou o crime de homicídio culposo {art. 121, § 3°, do Código Penal). 
(D) José da Silva praticou o crime de homicidio doloso na modalidade comissiva {art. 121, caput, do Código Penal). 
(E) José da Silva praticou o crime de homicidío doloso na modalidade comissiva por omissão, pois ele exercia à 
função de garantidor {art. 121, caput ele art. 13, § 2°, do Código Penal). 
4. (FGV - 2008) Josefina Ribeiro é médica pediatra, trabalhando no hospital municipal em regime de plantão. De 
acordo com a escala de trabalho divulgada no início do mês, Josefina seria a única médica no plantão que se 
iniciava no dia 5 de janeiro, ás 20h, e findava no dia 6 de janeiro, ás 20h. Contudo, depois de passar toda a noite 
do dia 5 sem nada para fazer, Josefina resolve sair do hospital um pouco mais cedo para participar da 
comemoração do aniversário de uma prima sua. Quando se preparava para deixar o hospital às 18h do dia 6 de 
janeiro, Josefina é surpreendida pela chegada de José de Souza, criança de apenas 06 anos, ao hospital precisando 
de socorro médico imediato. Josefina percebe que José se encontra em estado grave, mas decide deixar o hospital 
mesmo assim, acreditando que Joaquim da Silva {o médico plantonista que a substituiria ás 20h) chegaria a 
qualquer momento, já que ele tinha o hábito de se apresentar no plantão sempre com uma ou duas horas de 
antecedência. Contudo, naquele dia, Joaquim chega ao hospital com duas horas de atraso {às 22h) porque estava 
atendendo em seu consultório particular. José de Souza morre em decorrência de ter ficado sem atendimento por 
quatro horas. Que crime praticaram Josefina e Joaquim, respectivamente? 
(A) Homicídio culposo e homicidio culposo. 
(B) Homicídio doloso e homicidio doloso. 
(C) Omissão de socorro e omissão de socorro. 
(D) Homicídio doloso e nenhum crime. 
(E) Homicídio doloso e homicídio culposo . 
 
Relevância da omissão 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o 
resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
 
Crime comissivo → exige uma atividade concreta do agente, uma ação, isto é, o agente faz o 
que a norma proíbe. 
Crime omissivo próprio → é o crime que se perfaz pela simples abstenção do agente, 
independentemente de um resultado posterior, como acontece no crime de omissão de 
socorro. 
Crime omissivo impróprio ou comissivo por omissão → é aquele em que uma omissão inicial do 
agente dá causa a um resultado posterior, o qual o agente tinha o dever jurídicode evitá-lo. 
OBS nos crime omissivo próprio não admite tentativa, mas omissão imprópria admite-se sim. 
OBS nesses casos o nexo causal é normativo, pois decorre da lei. 
5. (OABIExame Unlflcado-2014.2) lsadora, mãe da adolescente Larissa, de 12 anos de idade, saiu um pouco mais 
cedo do trabalho e. ao chegar à sua casa, da janela da sala vê seu companheiro, Frederico, mantendo relações 
sexuais com sua filha no sofá. Chocada com a cena, não teve qualquer reação. Não tendo sido vista por ambos, 
lsadora decidiu, a partir de então, chegar à sua residência naquele mesmo horário e verificou que o fato se repetia 
por semanas. lsadora tinha efetiva ciência dos abusos perpetrados por Frederico, porém, muito apaixonada por 
ele, nada fez. Assim, lsadora sabendo dos abusos cometidos por seu companheiro contra sua filha, deixa de agir 
para impedi-los. Nesse caso, é correto afirmar que o crime cometido por lsadora é: 
A) omissivo impróprio. 
(B) emissivo próprio. 
(Cl comissivo. 
(D) omissivo por comissão. 
 
6. (OAB/Exame Unificado - 2013.3) Odete é diretora de um orfanato municipal, responsável por oitenta meninas 
em idade de dois a onze anos. Certo dia Odete vê Elisabeth, uma das recriadoras contratada pela Prefeitura para 
trabalhar na instituição, praticar ato libidinoso com Poliana, criança de 9 anos, que ali estava abrigada. Mesmo 
enojada pela situação que presenciava, Odete achou melhor não intervir, porque não desejava criar qualquer 
problema para si. Nesse caso, tendo como base apenas as informações descritas, assinale a opção correta. 
(A) Odete não pode ser responsabilizada penalmente, embora possa sê-lo no âmbito cível e administrativo. 
(B) Odete pode ser responsabilizada pelo crime descrito no Art. 244-A, do Estatuto da Criança e do Adolescente, 
verbis: "Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2º desta Lei, à prostituição ou à 
exploração sexual. 
(C) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de estupro de vulnerável, previsto no Art. 217-Ado CP, verbis: "Ter 
conjunção cama/ ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos". 
(D) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de omissão de socorro, previsto no Art. 135, do CP, verbis: "Deixar 
de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa 
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o soco"º da 
autoridade pública". 
 
7. (FGV-2013) Com relação ao estudo da teoria do crime, assinale a afirmativa incorreta. 
(A) A conduta pode se manifestar por meio de um comportamento positivo (ação) ou de um comportamento 
negativo (omissão) quando não atua o agente de acordo com o comportamento esperado pela norma. 
(B) Os crimes omissivos se dividem em próprio e impróprio, não se admitindo a tentativa em qualquer deles. 
(C) Os delitos omissivos impróprios são crimes próprios, já que se exige do autor uma qualidade especial. 
(D) Admite-se a coautoria nos crimes omissivos impróprios. 
 
Art. 14 - Diz-se o crime: 
Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; 
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade 
do agente. 
Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 
 
Inter Criminis → etapas que se sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento do delito. 
 
1ª e 2ª etapa não são puníveis → Regra geral 
Exceção → quando legislador definir como crime. Exemplo → formação de quadrilha. 
 
Características da tentativa Não se admite a tentativa 
- Só ocorre nos crimes dolosos; - Crimes habituais; 
- Só a partir da execução; - Crimes preterdolosos; 
- Não se consuma por circunstâncias - Crimes culposos; 
alheias a vontade do agente. - Crimes unissubsistentes; 
 - Crimes omissivos próprios. 
 - Contravenção penal. 
 
Punibilidade da tentativa → é causa de diminuição de pena 
Teoria adotada → objetiva → diz que a pena da tentativa é menor do que a do crime 
consumado. 
Diminui → 1/3 a 2/3. 
OBS quanto mais perto chegar da consumação menor é a diminuição de pena, é inversamente 
proporcional. 
 
8. (OAB/Exame Unificado - 2009.2) De acordo com o art. 14, inciso li, do CP, diz-se tentado o crime quando, iniciada 
a execução, este não se consuma por circunstâncias alheias á vontade do agente. Em relação ao instituto da 
tentativa (conatus) no ordenamento jurídico brasileiro, assinale a opção correta. 
(A) A tentativa determina a redução da pena, obrigatoriamente, em dois terços. 
(B) As contravenções penais não admitem punição por tentativa. 
(C) O crime de homicídio não admite tentativa branca. 
(D) Considera-se perfeita ou acabada a tentativa quando o agente atinge a vítima, vindo a lesioná-la. 
 
9. (FGV - 2008) Relativamente ao Direito Penal Brasileiro, analise as afirmativas a seguir: 
I. Os crimes unissubsistentes, habituais próprios, comissivos e permanentes na forma omissiva não admitem 
tentativa. 
lI. Considera-se desistência voluntária ou arrependimento[ posterior a conduta do agente que, depois de 
consumado o crime, repara o dano causado respondendo o agente somente pelos fatos praticados. 
III. Considera-se impossível o crime quando o meio utilizado pelo agente é relativamente incapaz de alcançar o 
resultado. 
IV. Nos crimes tentados, aplica-se a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/3 a 2/3, ao passo que no 
arrependimento eficaz se aplica a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/6 a 1/3. 
Assinale: 
(A) se apenas as afirmativas 1 e li estiverem corretas. 
{B) se apenas as afirmativas 1 e Ili estiverem corretas. 
(C) se apenas as afirmativas 1 e IV estiverem corretas. 
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(E) se apenas as afirmativas li e Ili estiverem corretas. 
 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o 
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 
Desistência voluntária → arrepende e desiste antes da execução; 
Arrependimento eficaz → depois da execução e faz o contrário para o crime não se consumar. 
Arrependimento eficaz é diferente de crime tentado: 
No arrependimento → desiste por vontade do agente. 
No crime tentado → não se consuma por circunstâncias alheias. 
OBS desistência não precisa ser espontânea, basta que seja voluntaria. 
OBS caso o agente se arrependa depois da execução e tente impedir que o resultado ocorra, 
porem ele falhe, ele responde pelo resultado. 
10. (OAB/Exame Unificado - 2006.3) Considere-se que, depois de esgotar todos os meios disponíveis para chegar 
à consumação da infração penal, o agente arrependa- se e atue em sentido contrário, evitando a produção do 
resultado inicialmente por ele pretendido. Nessa hipótese, configura-se 
(A) arrependimento eficaz. 
(B) desistência voluntária. 
(C) crime impossível. 
(D) Arrependimento posterior. 
11. (FGV -2008) Assinale a afirmativa incorreta. 
(A) Sempre que o agente, por ato voluntário, reparar o dano ou restituir a coisa, antes do recebimento da 
denúncia ou da queixa, a pena será reduzida de um a dois terços. 
(B) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime 
culposo, se previsto em lei. 
(C) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é 
impossível consumar-se o crime. 
D) A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado, sendo o 
dever de agir descrito no Código Penal. 
(E) Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativacom a pena correspondente ao crime consumado, 
diminuída de um a dois terços. 
 
12. Determinado agente, insatisfeito com as diversas brigas que tinha com seu vizinho, resolve matá-lo. Ao ver 
seu desafeto passando pela rua, pega sua arma, que estava em situação regular e contava com apenas uma bala, 
e atira, vindo a atingi-lo na barriga. Lembrando-se que o vizinho era pai de duas crianças, arrepende-se de seu 
ato e leva a vítima ao hospital. O médico, diante do pronto atendimento e rápida cirurgia, salva a vida da vítima. 
(FGV - 2013) Diante da situação acima, o membro do 
Ministério Público deve 
(A) denunciar o agente pelo crime de lesão corporal, pois o arrependimento posterior no caso impede que o 
agente responda pelo resultado pretendido inicialmente. 
(B) denunciar o agente pelo crime de lesão corporal, pois houve arrependimento eficaz. 
(C) denunciar o agente pelo crime de lesão corporal, pois houve desistência voluntária. 
(D) denunciar o agente pelo crime de tentativa de homicídio, tendo em vista que o resultado pretendido 
inicialmente não foi obtido. 
(E) requerer o arquivamento, diante da atipicidade da conduta. 
 
13. (OAB I Exame Unificado - 2006.2) Se, durante os atos de execução do crime, mas sem esgotar todo o 
processo executivo do delito, o agente desiste, voluntariamente, de nele prosseguir, ocorre 
(A) Arrependimento eficaz. 
(B) Desistência voluntária. 
(C) Arrependimento posterior. 
(D Tentativa perfeita. 
 
14. (OAB/Exame Unificado - 2010.3) Marcus, visando roubar Maria, a agride, causando-lhe lesões corporais de 
natureza leve. Antes, contudo, de subtrair qualquer pertence, Marcus decide abandonar a empreitada criminosa, 
pedindo desculpas á vitima e se evadindo do local. Maria, então, comparece à delegacia mais próxima e narra os 
fatos à autoridade policial. 
No caso acima, o delegado de policia 
(A) nada poderá fazer, uma vez que houve a desistência voluntária por parte de Marcus. · 
(B) deverá lavrar termo circunstanciado pelo crime de lesões corporais de natureza leve. 
(C) nada poderá fazer, uma vez que houve arrependimento posterior por parte de Marcus. 
(D) deverá instaurar inquérito policial para apurar o crime de roubo tentado, uma vez que o resultado pretendido 
por Marcus não se concretizou. 
 
Arrependimento posterior 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou 
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, 
a pena será reduzida de um a dois terços. 
Ocorre após a consumação e antes do recebimento da denúncia. 
OBS não é quando a parte oferece a denúncia e sim quando o juiz à recebe! 
É uma causa geral de diminuição de pena → de 1/3 a 2/3. Quanto mais perto do recebimento 
da denúncia menor é a diminuição da pena. 
Redução da pena estende-se aos coautores. 
Não ocorre somente nos crimes patrimoniais, pode ocorrer em dano moral por exemplo. 
OBS não precisa ser espontânea, basta que seja voluntaria. 
 
15. (OAB/Exame Unificado - 2015.3) Mário subtraiu uma TV do seu local de trabalho. Ao chegar em casa com a 
coisa subtraída, é convencido pela esposa a devolvê-la, o que efetivamente vem a fazer no dia seguinte, quando 
o fato já havia sido registrado na delegacia. 
O comportamento de Mário, de acordo com a teoria do delito, configura 
(A) desistência voluntária, não podendo responder por furto. 
(B) arrependimento eficaz, não podendo responder por furto. 
(C) arrependimento posterior, com reflexo exclusivamente no processo dosimétrico da pena. 
(D) furto, sendo totalmente irrelevante a devolução do bem a partir de convencimento da esposa . 
 
16. (OAB/Exame Unlflcado-2001.2) É cabível o arrependimento posterior no crime de 
(A) Roubo. 
(B) Furto. 
(C) Lesão corporal dolosa. 
(D) Homicidio. 
 
17. (FGV - 2010) Um funcionário público apropria-se de valores particulares, dos quais tinha posse em razão do 
cargo, em proveito próprio. Posteriormente, acometido por um conflito moral, arrepende-se e, antes do 
recebimento da denúncia, por ato voluntário, restitui os valores indevidamente apropriados e repara totalmente 
os danos decorrentes de sua conduta. De acordo com o Código Penal, a hipótese será de: 
(A) causa de inadequação típica pelo arrependimento eficaz. 
(B) desistência voluntária com exclusão da tipicidade. 
(C) arrependimento posterior que extingue a punibilidade. 
(D) circunstância atenuante genérica pela reparação eficaz do dano. 
(E) causa de diminuição de pena pelo arrependimento posterior. 
 
Crime impossível 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
Súmula 145, STF → flagrante preparado → crime impossível → não há crime quando a 
preparação do flagrante pela polícia, torna impossível a sua consumação. 
18. (OAB/Exame Unificado) Cristiane, revoltada com a traição de seu marido, Pedro, decide matá-lo. Para tanto, 
resolve esperar que ele adormeça para, durante a madrugada, acabar com sua vida. Por volta das 22h, 
Pedro deita para ver futebol na sala da residência do casal. Quando chega à sala, Cristiane percebe que Pedro 
estava deitado sem se mexer no sofá. Acreditando estar dormindo, desfere 11 facadas em seu peito. Nervosa e 
arrependida, liga para o hospital e, com a chegada dos médicos, é informada que o marido faleceu. O laudo de 
exame cadavérico, porém, constatou que Pedro havia falecido momentos antes das facadas em razão de um 
infarto fulminante. Cristiane, então, foi denunciada por tentativa de homicídio. Você, advogado (a) de Cristiane, 
deverá alegar em seu favor a ocorrência de 
(A) crime impossível por absoluta impropriedade do objeto. 
(BJ desistência voluntária. 
(C) arrependimento eficaz. 
(D) crime impossível por ineficácia do meio. 
 
19. (FGV - 2013) Sobre o crime impossível, assinale a afirmativa incorreta. 
(A) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é 
impossível consumar-se o crime. 
(B) A jurisprudência dos Tribunais Superiores tem entendido que a existência de sistema de monitoramento do 
local por câmeras não autoriza, por si só, o reconhecimento de crime impossível. 
(C) Na hipótese de flagrante preparado e esperado, aplica-se a mesma regra do crime impossível. 
(D) A hipótese de crime impossível é caso de atipicidade comportamental. 
(E) O princípio da lesividade é um dos principais fundamentos para o tratamento conferido pelo Código 
Penai ao crime impossível. 
 
20. (FGV - 2008) Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível? 
(A) O furto de dinheiro guardado, cujas cédulas haviam sido marcadas para descobrir quem ia tentar a 
subtração. 
(B) A tentativa de homicídio com revólver descarregado. 
(C) A apresentação ao banco de cheque para sacar determinado valor, se a vítima já determinara asustação do 
pagamento do cheque furtado. 
(D) Quando o agente pretendia furtar um bem que estava protegido por aparelho de alarme que tomava 
absolutamente ineficaz o meio empregado para a subtração. 
(E) Quando o agente deu veneno à vítima, mas a quantidade não foi suficiente para matá-la. 
 
Art. 18 - Diz-se o crime: 
Crime doloso 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
Crime culposo 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou 
imperícia. 
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto 
como crime, senão quando o pratica dolosamente 
 
No dolo alternativo o agente responde pelo mais grave; 
Culpa consciente é quase igual o dolo eventual; 
No silencio da lei → doloso; 
Culposo → precisa estar expresso na lei; 
21. (OAB/Exame Unificado-2013.3) Wilson, competente professor de uma autoescola, guia seu carropor uma 
avenida à beira-mar. No banco do carona está sua noiva, lvana. 
No meio do percurso, Wilson e lvana começam a discutir: a moça reclama da alta velocidade empreendida. 
Assustada, lvana grita com Wilson, dizendo que, se ele continuasse naquela velocidade, poderia facilmente perder 
o controle do carro e atropelar alguém. Wilson, por sua vez, responde que lvana deveria deixar de ser medrosa e 
que nada aconteceria, pois se sua profissão era ensinar os outros a dirigir, ninguém poderia ser mais competente 
do que ele na condução de um veículo. 
Todavia, ao fazer uma curva, o automóvel derrapa na areia trazida para o asfalto por conta dos ventos do litoral, 
o carro fica desgovernado e acaba ocorrendo o atropelamento de uma pessoa que passava pelo local. A vitima do 
atropelamento falece instantaneamente. Wilson e lvana sofrem pequenas escoriações. Cumpre destacar que a 
perícia feita no local constatou excesso de velocidade. .Nesse sentido, com base no caso narrado, é correto afirmar 
que, em relação à vitima do atropelamento, 
Wilson agiu com 
(A) dolo direto. 
(B) dolo eventual. 
(Cl culpa consciente. 
(D) culpa inconsciente. 
 
22. (OAB/Exame Unificado - 2012.3.B) Platão, desejando matar 
Sócrates, entrega a Aristóteles uma arma, fazendo-o supor, erroneamente, que está desmuniciada e, portanto, 
incapaz de oferecer qualquer perigo. Ao perceber que Aristóteles está manuseando a arma e que sequer conferiu 
a informação dada no sentido de que não havia balas no seu interior, Platão induz Aristóteles a acionar o gatilho 
na direção de Sócrates. Assim é feito e Sócrates acaba falecendo em decorrência do tiro que levou. 
Com base na situação descrita, assinale a afirmativa correta. 
(A) Platão praticou homicídio doloso e Aristóteles, homicídio culposo. 
(B) Platão participou, dolosamente, do crime culposo de Aristóteles. 
(C) É possível verificar-se o concurso de pessoas. 
(E) Platão agiu com dolo direto e Aristóteles, com dolo eventual. 
 
 
 
23. (OAB/Exame Unificado -2008.1) Acerca do dolo e da culpa, assinale a opção correta. 
(A) Quando o agente comete erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime, exclui-se o dolo, embora 
seja permitida a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
(B) Quando o agente, embora não querendo diretamente praticar a infração penal, não se abstém de agir e, com 
isso, assume o risco de produzir o resultado que por ele já havia sido previsto e aceito, há culpa consciente. 
(C) Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era previsível, fica caracterizada a culpa imprópria e o 
agente responderá por delito preterdoloso. 
(O) Quando o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta porque acredita, 
sinceramente, que esse resultado não venha a ocorrer, caracteriza-se a culpa inconsciente. 
 
24. (OAB I Exame Unificado -2007.3) É elemento do crime culposo 
(A) A observância de um dever objetivo de cuidado. 
(B) O resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente. 
(C) A conduta humana voluntária, sempre comissiva. 
(D) A previsibilidade. 
 
25. (OAB/Exame Unificado - 2001.3) Com relação aos crimes culposos, é correto afirmar que se denomina 
(A) imprudência a conduta do atirador de elite que mata a vitima em vez de acertar o criminoso. 
(B) culposa a conduta do motorista que foge, omitindo socorro após provocar um acidente de trânsito. 
(C) imperícia a conduta do motorista que desrespeita um sinal vermelho em um cruzamento. 
(D) negligência a conduta do pai que deixa sua arma de fogo ao alcance de seus filhos menores. 
 
26. (OAB/Exame Unificado - 2004.ES) Assinale a opção correta. 
(A) No crime preterdoloso, há resultado diverso do pretendido, havendo dolo direto no antecedente e dolo 
eventual no consequente. 
(B) O dolo eventual ocorre quando o\ agente não assume o risco de produzir o resultado do crime, mas age com 
imprudência. 
(C) Ocorre culpa consciente quando o agente, embora preveja o resultado do crime, acredita sinceramente que 
ele não se produzirá. 
(D) O dolo eventual é punido com a pena do tipo doloso, reduzida de um a dois terços. 
 
27. (FGV -20001 João da Silva acabara de roubar um banco. 
Ao sair da agência bancária, furta um veículo que estava estacionado e sai em alta velocidade. Durante a fuga, 
começa a ser perseguido por dois carros de polícia. João da Silva é um excelente motorista e está em vias de 
despistar os policiais quando surge no meio da rua, logo à frente, um carro de polícia bloqueando a pista e um 
policial a pé determinando a parada do carro para uma fiscalização de rotina blitz. Ao invés de reduzir, João 
aumenta a velocidade, pretendendo passar ao lado do policial sem atropelá-lo. Como é bom motorista, acredita 
que conseguirá passar, mas pensa consigo mesmo: "Se o policial for atropelado, azar o dele." Se João atropelar o 
policial, sua conduta deverá ser classificada como: 
(A) culpa inconsciente. 
(B) culpa consciente. 
(C) dolo eventual. 
(D) dolo direto. 
(E) estado de necessidade. 
 
GABARITO 
1 B 5 A 9 D 13 B 17 E 21 C 25 D 
2 A 6 C 10 A 14 B 18 A 22 A 26 C 
3 A 7 B 11 A 15 C 19 C 23 A 27 C 
4 D 8 B 12 B 16 B 20 E 24 D

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