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DIREITO PENAL 
Professor Paulo Henrique Helene 
 
 
 
TEORIA DA NORMA 
 
 
1. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
 
O Direito Penal deve procurar proteger a comunidade de crimes que tenham gravidade razoável, evitando 
punir os chamados crimes de bagatela (ninharia). Fundamenta-se no princípio da fragmentariedade, pois 
compete ao Direito Penal proteger bens jurídicos mais importantes, e não proteger qualquer bem jurídico. A 
conduta já nasce insignificante, atípica (excluída a tipicidade material). 
 
Para sua incidência, a jurisprudência do STF e do STJ firmou entendimento de que é necessária a presença dos 
seguintes vetores: 
 
a) a mínima ofensividade da conduta do agente; 
b) a nenhuma periculosidade social da ação; 
c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; 
d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada; 
 
 
 
 
 
 SÚMULAS RELACIONADAS: 
 
- Súmula 589, STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados 
contra a mulher no âmbito das relações domésticas. 
 
- Súmula 599, STJ: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública. 
 
- Súmula 606, STJ: Não se aplica o princípio da insignificância aos casos de transmissão clandestina de sinal de 
internet via radiofrequência que caracterizam o fato típico previsto no artigo 183 da lei 9.472/97. 
 
 
 
 
 COMO JÁ APARECEU NO EXAME DE ORDEM: 
 
 
01. Ano: 2014 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=(sumula%20adj1%20%27589%27).sub.&TIT1TEMA0
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=(sumula%20adj1%20%27589%27).sub.&TIT1TEMA0
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=(sumula%20adj1%20%27589%27).sub.&TIT1TEMA0
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=(sumula%20adj1%20%27599%27).sub.&TIT1TEMA0
Pedro Paulo, primário e de bons antecedentes, foi denunciado pelo crime de descaminho (Art. 334, caput, do Código 
Penal), pelo transporte de mercadorias procedentes do Paraguai e desacompanhadas de documentação comprobatória 
de sua importação regular, no valor de R$ 3.500,00, conforme atestam o Auto de Infração e o Termo de Apreensão e 
Guarda Fiscal, bem como o Laudo de Exame Merceológico, elaborado pelo Instituo Nacional de Criminalística. Em defesa 
de Pedro Paulo, segundo entendimento dos Tribunais Superiores, é possível alegar a aplicação do 
 
a) princípio da proporcionalidade. 
b) princípio da culpabilidade. 
c) princípio da adequação social. 
d) princípio da insignificância ou da bagatela. 
 
02. Ano: 2012 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Em relação ao princípio da insignificância, assinale a afirmativa correta. 
 
a) o princípio da insignificância funciona como causa de exclusão da culpabilidade. A conduta do agente, embora típica e 
ilícita, não é culpável. 
b) mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do 
comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica constituem, para o Supremo Tribunal Federal, requisitos de ordem 
objetiva autorizadores da aplicação do princípio da insignificância. 
c) a jurisprudência predominante dos tribunais superiores é acorde em admitir a aplicação do princípio da insignificância 
em crimes praticados com emprego de violência ou grave ameaça à pessoa (a exemplo do roubo). 
d) o princípio da insignificância funciona como causa de diminuição de pena. 
 
03. Ano: 2011 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Jefferson, segurança da mais famosa rede de supermercados do Brasil, percebeu que João escondera em suas vestes três 
sabonetes, de valor aproximado de R$ 12,00 (doze reais). Ao tentar sair do estabelecimento, entretanto, João é preso 
em flagrante delito pelo segurança, que chama a polícia. A esse respeito, assinale a alternativa correta. 
 
a) A conduta de João não constitui crime, uma vez que este agiu em estado de necessidade. 
b) A conduta de João não constitui crime, uma vez que o fato é materialmente atípico. 
c) A conduta de João constitui crime, uma vez que se enquadra no artigo 155 do Código Penal, não estando presente 
nenhuma das causas de exclusão de ilicitude ou culpabilidade, razão pela qual este deverá ser condenado. 
d) Embora sua conduta constitua crime, João deverá ser absolvido, uma vez que a prisão em flagrante é nula, por ter sido 
realizada por um segurança particular. 
 
 
 GABARITO: 
 
01- D / 02- B / 03- B 
 
 
 
 
 
TEORIA DO CRIME 
 
 
2. CONDUTA 
 
De acordo com a Teoria Finalista (de Hans Welzel), conceitua-se a conduta como um comportamento humano 
voluntário e consciente dirigido a uma finalidade. 
Assim, tradicionalmente teremos como FORMAS DE CONDUTA: 
 
 
- AÇÃO: movimento corpóreo ou comportamento positivo; por exemplo: matar, subtrair, constranger. 
 
 
- OMISSÃO: abstenção de um comportamento. 
 
 
- Crime omissivo próprio: o agente viola a norma mandamental, deixando de fazer o que ela determina 
(obrigação de fazer). 
 
 
- Crime omissivo impróprio / comissivo por omissão: o agente pode e deve agir (dever jurídico 
especial) para impedir o resultado, mas se omite. 
 
O garante se omite acarretando a produção do resultado naturalístico. 
 
 
Noutro giro, NÃO haverá conduta quanto: 
 
 
→ CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR: fato imprevisível. 
 
Exemplo: Thiago dirige normalmente seu automóvel em viagem de férias quando, em determinado momento, 
ocorre o rompimento da barra de direção do veículo que, desgovernado, sai da pista e atinge o transeunte 
Pedro, causando-lhe lesões corporais graves. 
 
 
→ MOVIMENTO (OU ATO) REFLEXO: movimento de reação a um estímulo interno ou externo – ato 
fisiológico. 
 
Exemplo: convulsão epilética; excitação sensitiva (espirro, acesso de tosse). 
 
ATENÇÃO: os atos instintivos e automáticos (ex.: ação em curto circuito; reação impulsiva ou explosiva) são 
passíveis de controle pelo querer (atenção) do agente e não excluem a ação. 
 
 
 
→ ESTADO DE INCONSCIÊNCIA: atos realizados independentemente da vontade humana. 
 
Exemplo: sonambulismo; sono profundo; hipnose profunda. 
 
 
→ COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL (vis absoluta): Força, constrangimento físico exterior que obriga 
materialmente o agente. Deve ser irresistível, isto é, sem possibilidade de resistência / sem domínio do próprio 
corpo. 
 
Segundo Zaffaroni e Pierangeli, são “hipóteses em que opera sobre o homem uma força de tal proporção que 
o faz intervir como uma mera massa mecânica”. 
 
 
 
 
 
 COMO JÁ APARECEU NO EXAME DE ORDEM: 
 
 
04. Ano: 2014 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Isadora, mãe da adolescente Larissa, de 12 anos de idade, saiu um pouco mais cedo do trabalho e, ao chegar à sua casa, 
da janela da sala, vê seu companheiro, Frederico, mantendo relações sexuais com sua filha no sofá. Chocada com a cena, 
não teve qualquer reação. Não tendo sido vista por ambos, Isadora decidiu, a partir de então, chegar à sua residência 
naquele mesmo horário e verificou que o fato se repetia por semanas. Isadora tinha efetiva ciência dos abusos 
perpetrados por Frederico, porém, muito apaixonada por ele, nada fez. Assim, Isadora, sabendo dos abusos cometidos 
por seu companheiro contra sua filha, deixa de agir para impedi-los. Nesse caso, é correto afirmar que o crime cometido 
por Isadora é 
 
a) omissivo impróprio. 
b) omissivo próprio. 
c) comissivo. 
d) omissivo por comissão. 
 
05. Ano: 2016 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Carlos presta serviço informal como salva-vidas de um clube, não sendo regularmente contratado, apesar de receber 
uma gorjeta para observar os sócios do clube na piscina, durante toda a semana. Em seu horário de “serviço”, com várias 
crianças brincando na piscina, fica observando a beleza física da mãe de uma das crianças e, ao mesmo tempo, falando 
no celular com um amigo, acabando por ficar de costas paraa piscina. Nesse momento, uma criança vem a falecer por 
afogamento, fato que não foi notado por Carlos. Sobre a conduta de Carlos, diante da situação narrada, assinale a 
afirmativa correta. 
 
a) Não praticou crime, tendo em vista que, apesar de garantidor, não podia agir, já que concretamente não viu a criança 
se afogando. 
b) Deve responder pelo crime de homicídio culposo, diante de sua omissão culposa, violando o dever de garantidor. 
c) Deve responder pelo crime de homicídio doloso, em razão de sua omissão dolosa, violando o dever de garantidor. 
d) Responde apenas pela omissão de socorro, mas não pelo resultado morte, já que não havia contrato regular que o 
obrigasse a agir como garantidor. 
 
 
06. Ano: 2013 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XII Exame de Ordem Unificado 
 
Odete é diretora de um orfanato municipal, responsável por oitenta meninas em idade de dois a onze anos. Certo dia 
Odete vê Elisabeth, uma das recreadoras contratada pela Prefeitura para trabalhar na instituição, praticar ato libidinoso 
com Poliana, criança de 9 anos, que ali estava abrigada. Mesmo enojada pela situação que presenciava, Odete achou 
melhor não intervir, porque não desejava criar qualquer problema para si. Nesse caso, tendo como base apenas as 
informações descritas, assinale a opção correta. 
 
a) Odete não pode ser responsabilizada penalmente, embora possa sê-lo no âmbito cível e administrativo. 
b) Odete pode ser responsabilizada pelo crime descrito no Art. 244-A, do Estatuto da Criança e do Adolescente, verbis: 
“Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração 
sexual”. 
c) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de estupro de vulnerável, previsto no Art. 217-A do CP, verbis: “Ter 
conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos”. 
d) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de omissão de socorro, previsto no Art. 135, do CP, verbis: “Deixar de 
prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida 
ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”. 
Preexistentes 
Absolutas Concomitantes 
Dependentes 
CONCAUSAS Supervenientes 
Independentes 
Preexistentes 
Relativas Concomitantes 
Não por si só = 
Evento Previsivel 
Supervinientes 
Por si só = 
Evento 
Imprevisivel 
 
 
 GABARITO: 
 
04- A / 05- B / 06- B 
 
 
 
 
 
3. RELAÇÃO DE CAUSALIDADE (NEXO CAUSAL) 
 
No artigo 13, caput, do Código Penal encontramos a teoria da equivalência dos antecedentes, a qual deve ser 
conjugada ao processo de eliminação hipotética. 
 
 
 
CONCAUSAS 
 
 
 
CONCAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE 
 
 
Exemplo: Maria, por volta das oito horas, serve veneno para João seu marido. Uma hora depois João é atingido 
por um disparo efetuado por Antônio, seu desafeto. Socorrida a vítima morre na madrugada do dia seguinte 
em razão dos efeitos do veneno. 
 
Exemplo: Maria, por volta das oito horas, serve veneno para seu marido. Na mesma hora, coincidentemente 
a vítima é alvo de um disparo efetuado por Antônio, seu desafeto, vindo a morrer. 
 
Exemplo: Maria, por volta das oito horas, serve veneno para seu marido. Antes mesmo de o veneno fazer 
efeito, cai um lustre na cabeça do João que descansava na sala, causando sua morte por traumatismo 
craniano. 
 
CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE 
 
 
Exemplo: João, portador de hemofilia, é vítima de um golpe de faca executado por Antônio. 
 
Exemplo: Antônio, com a intenção de matar, atira em João, mas não atinge o alvo. A vítima entretanto 
assustada tem um colapso cardíaco e morre. 
 
Exemplo: João, é vítima de um disparado de arma de fogo efetuado por Antônio, que age com a intenção de 
matar. Levado ao hospital, João morre em decorrência de erro médico durante a cirurgia. 
 
Exemplo: Antônio com vontade de matar desfere um tiro em João, que segue em uma ambulância até o 
hospital. Quando está convalescendo, o hospital pega fogo matando o paciente queimado. 
 
 
 
 
 COMO JÁ APARECEU NO EXAME DE ORDEM: 
 
 
07. Ano: 2013 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
João, com intenção de matar, efetua vários disparos de arma de fogo contra Antônio, seu desafeto. Ferido, Antônio é 
internado em um hospital, no qual vem a falecer, não em razão dos ferimentos, mas queimado em um incêndio que 
destrói a enfermaria em que se encontrava. Assinale a alternativa que indica o crime pelo qual João será 
responsabilizado. 
 
a) Homicídio consumado. 
b) Homicídio tentado. 
c) Lesão corporal. 
d) Lesão corporal seguida de morte. 
 
08. Ano: 2013 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XII Exame de Ordem Unificado 
 
Paula, com intenção de matar Maria, desfere contra ela quinze facadas, todas na região do tórax. Cerca de duas horas 
após a ação de Paula, Maria vem a falecer. Todavia, a causa mortis determinada pelo auto de exame cadavérico foi 
envenenamento. Posteriormente, soube-se que Maria nutria intenções suicidas e que, na manhã dos fatos, havia ingerido 
veneno. Com base na situação descrita, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Paula responderá por homicídio doloso consumado. 
b) Paula responderá por tentativa de homicídio. 
c) O veneno, em relação às facadas, configura concausa relativamente independente superveniente que por si só gerou 
o resultado. 
d) O veneno, em relação às facadas, configura concausa absolutamente independente concomitante. 
 
09. Ano: 2014 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Wallace, hemofílico, foi atingido por um golpe de faca em uma região não letal do corpo. Júlio, autor da facada, que não 
tinha dolo de matar, mas sabia da condição de saúde específica de Wallace, sai da cena do crime sem desferir outros 
golpes, estando Wallace ainda vivo. No entanto, algumas horas depois, Wallace morre, pois, apesar de a lesão ser em 
local não letal, sua condição fisiológica agravou o seu estado de saúde. Acerca do estudo da relação de causalidade, 
assinale a opção correta. 
a) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente preexistente, e Júlio não deve responder 
por homicídio culposo, mas, sim, por lesão corporal seguida de morte. 
b) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa absolutamente independente preexistente, e Júlio não deve responder 
por homicídio culposo, mas, sim, por lesão corporal seguida de morte. 
c) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa absolutamente independente concomitante, e Júlio deve responder por 
homicídio culposo. 
d) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente concomitante, e Júlio não deve responder 
pela lesão corporal seguida de morte, mas, sim, por homicídio culposo. 
 
10. Ano: 2019 / Banca: FGV / Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
 
Após discussão em uma casa noturna, Jonas, com a intenção de causar lesão, aplicou um golpe de arte marcial em 
Leonardo, causando fratura em seu braço. Leonardo, então, foi encaminhado ao hospital, onde constatou-se a 
desnecessidade de intervenção cirúrgica e optou-se por um tratamento mais conservador com analgésicos para dor, o 
que permitiria que ele retornasse às suas atividades normais em 15 dias. A equipe médica, sem observar os devidos 
cuidados exigidos, ministrou o remédio a Leonardo sem observar que era composto por substância à qual o paciente 
informara ser alérgico em sua ficha de internação. Em razão da medicação aplicada, Leonardo sofreu choque anafilático, 
evoluindo a óbito, conforme demonstrado em seu laudo de exame cadavérico. Recebidos os autos do inquérito, o 
Ministério Público ofereceu denúncia em face de Jonas, imputando-lhe o crime de homicídio doloso. Diante dos fatos 
acima narrados e considerando o estudo da teoria da equivalência, o(a) advogado(a) de Jonas deverá alegar que a morte 
de Leonardo decorreu de causa superveniente 
 
a)absolutamente independente, devendo ocorrer desclassificação para que Jonas responda pelo crime de lesão corporal 
seguida de morte. 
b) relativamente independente, devendo ocorrer desclassificação para o crime de lesão corporal seguida de morte, já 
que a morte teve relação com sua conduta inicial. 
c) relativamente independente, que, por si só, causou o resultado, devendo haver desclassificação para o crime de 
homicídio culposo. 
d) relativamente independente, que, por si só, produziu o resultado, devendo haver desclassificação para o crime de 
lesão corporal, não podendo ser imputado o resultado morte. 
 
 
 GABARITO: 
 
07-B / 08- B / 09- A / 10- D 
 
 
 
 
4. TIPO DOLOSO 
 
Dolo é a consciência e a vontade de realização da conduta descrita em um tipo penal. 
 
 
DOLO DIRETO: 
 
 
→ Dolo de 1º Grau: representa o que o autor quer realizar. 
 
 
→ Dolo de 2º Grau: compreende as consequências típicas representadas como certas ou necessárias pelo 
autor. 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oab
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2019-oab-exame-de-ordem-unificado-xxix-primeira-fase
Exemplo: caso Thomas (Alemanha, 1875). 
 
 
 
DOLO EVENTUAL: compreende as consequências típicas representadas como possíveis pelo autor, que 
consente (ou concorda) em sua produção. 
 
Exemplo: caso Lederriemenfall (Alemanha, 1955). 
 
 
 
 
5. TIPO CULPOSO 
 
Culpa é a inobservância do dever objeto de cuidado manifestada em conduta produtora de um resultado não 
querido, objetivamente previsível. 
 
 
ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO: 
 
a) Conduta inicial voluntária: 
b) Violação de um dever de cuidado objetivo; 
c) Resultado involuntário; 
d) Nexo Causal; 
e) Previsibilidade Objetiva de Resultado; 
f) Ausência de previsão; 
g) Tipicidade; 
 
 
DIFERENÇAS ENTRE DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE 
 
 
 
 
DOLO EVENTUAL 
 
CULPA CONSCIENTE 
 
a) Descaso em relação ao bem jurídico; 
 
b) O agente anui ao advento do resultado, 
assumindo o risco de produzi-lo, em vez de 
renunciar a ação; 
 
c) O agente decide agir por egoísmo, a 
qualquer custo; 
 
a) Confiança nas próprias habilidades; 
 
b) O agente repele a hipótese de 
superveniência do resultado, na esperança 
de que este não ocorrerá; 
 
c) O agente o faz leviandade, por não ter 
refletivo suficientemente. 
 
6. ERRO DE TIPO ESSENCIAL 
 
É a ignorância ou a falsa de representação de qualquer dos elementos constitutivos do tipo penal. 
 
 
 
 
Mesmo que o 
indivíduo tivesse 
 empregado o grau de 
Exclui o dolo e a culpa 
atenção de uma 
pessoa prudente, o 
erro teria ocorrido. 
 
 
Se o indivídio tivesse 
empregado o grau de 
 
Exclui o dolo, mas 
 atenção de uma permite a punição por 
pessoa prudente, o 
erro não teria 
ocorrido. 
crime culposo se 
estiver previsto em lei. 
 
 
 
 
 
Exemplo: Caçador que, pensando disparar contra capivara, atinge companheiro de expedição; 
 
Exemplo: Aquele que mantém relações sexuais consentidas com menor de 14 anos que tem aparência de ser 
bem mais velha, sem cogitar sequer estar em companhia de menor; 
 
Exemplo: Quem transporta droga sem ter consciência do que faz; 
 
Exemplo: Um senhor, por equívoco, em lugar de pegar a sua bicicleta, acaba se apoderando de outra 
(deixando a sua no local); 
 
Exemplo: Venda de bebida alcoólica a menor supondo que fosse maior; 
 
 
 
 
 COMO JÁ APARECEU NO EXAME DE ORDEM: 
 
 
10. Ano: 2013 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Wilson, competente professor de uma autoescola, guia seu carro por uma avenida à beira-mar. No banco do carona está 
sua noiva, Ivana. No meio do percurso, Wilson e Ivana começam a discutir: a moça reclama da alta velocidade 
empreendida. Assustada, Ivana grita com Wilson, dizendo que, se ele continuasse naquela velocidade, poderia facilmente 
perder o controle do carro e atropelar alguém. Wilson, por sua vez, responde que Ivana deveria deixar de ser medrosa e 
que nada aconteceria, pois se sua profissão era ensinar os outros a dirigir, ninguém poderia ser mais competente do que 
ele na condução de um veículo. Todavia, ao fazer uma curva, o automóvel derrapa na areia trazida para o asfalto por 
conta dos ventos do litoral, o carro fica desgovernado e acaba ocorrendo o atropelamento de uma pessoa que passava 
Escusável, Inevitável, 
ou Invencível 
ESPÉCIES 
Inescusável, Evitável, 
ou Vencível 
pelo local. A vítima do atropelamento falece instantaneamente. Wilson e Ivana sofrem pequenas escoriações. Cumpre 
destacar que a perícia feita no local constatou excesso de velocidade. Nesse sentido, com base no caso narrado, é correto 
afirmar que, em relação à vítima do atropelamento, Wilson agiu com 
 
a) dolo direto. 
b) dolo eventual. 
c) culpa consciente. 
d) culpa inconsciente. 
 
11. Ano: 2013 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Bráulio, rapaz de 18 anos, conhece Paula em um show de rock, em uma casa noturna. Os dois, após conversarem um 
pouco, resolvem dirigir-se a um motel e ali, de forma consentida, o jovem mantém relações sexuais com Paula. Após, 
Bráulio descobre que a moça, na verdade, tinha apenas 13 anos e que somente conseguira entrar no show mediante 
apresentação de carteira de identidade falsa. A partir da situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável doloso. 
b) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável culposo. 
c) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de tipo essencial. 
d) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de proibição direto. 
 
12. Ano: 2017 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XXII Exame de Ordem Unificado 
 
Tony, a pedido de um colega, está transportando uma caixa com cápsulas que acredita ser de remédios, sem ter 
conhecimento que estas, na verdade, continham Cloridrato de Cocaína em seu interior. Por outro lado, José transporta 
em seu veículo 50g de Cannabis Sativa L. (maconha), pois acreditava que poderia ter pequena quantidade do material 
em sua posse para fins medicinais. Ambos foram abordados por policiais e, diante da apreensão das drogas, denunciados 
pela prática do crime de tráfico de entorpecentes. Considerando apenas as informações narradas, o advogado de Tony e 
José deverá alegar em favor dos clientes, respectivamente, a ocorrência de 
 
a) erro de tipo, nos dois casos. 
b) erro de proibição, nos dois casos. 
c) erro de tipo e erro de proibição. 
d) erro de proibição e erro de tipo. 
 
 
 GABARITO: 
 
10- C / 11- C / 12-C 
 
 
 
 
 
7. FASES DE REALIZAÇÃO DO DELITO (ITER CRIMINIS) 
 
A realização de qualquer fato humano delitivo percorre um caminho, mais ou menos longo, de acordo com 
cada caso. Esse caminho, processo ou sucessão de etapas recebe o nome de iter criminis. 
 
Exemplo: O agente, com a intenção de matar a vítima (cogitação), adquiri um revolver e se posta de 
emboscada a sua espera (atos preparatórios), atirando contra ela (execução) e produzindo a morte 
(consumação). 
 
TENTATIVA 
 
 
ELEMENTOS DO CRIME TENTADO: 
 
a) início da execução; 
b) não consumação do crime por circunstância alheias à vontade do agente; 
c) dolo de consumação; 
d) resultado possível; 
NÃO ADMITEM TENTATIVA: 
a) os crimes culposos; 
Exemplo: art. 121, §3º, CP. 
 
b) os crimes condicionados (a existência de um resultado naturalístico); 
Exemplo: art. 122, CP. 
c) os crimes habituais (exigem a prática reiterada da conduta); 
Exemplo: art. 282, CP. 
d) os crimes omissivos (omissão própria); 
Exemplo: art. 135, CP. 
e) os crimes unisubsistentes (praticados com um único ato); 
Exemplo: art. 140, CP (verbal). 
f) os crimes de perigo abstrato (o perigo é absolutamente presumido por lei); 
Exemplo: art. 306, CTB. 
g) os crimes preterdolosos (dolo no início e culpa no resultado) 
Exemplo: art. 129, §3º, CP. 
 
 
ESPÉCIES DE TENTATIVA: 
 
 
a) Perfeita/ Acabada/ Crime falho: o agente esgotatodos os meios executórios que tinha a sua 
disposição e não consegue consumar o delito por circunstâncias alheias a sua vontade. 
 
b) Imperfeita/ Inacabada: o agente inicia a execução, mas não esgota o processo executório, deixando 
de consumar o crime por circunstâncias alheias a sua vontade. 
c) Tentativa Branca (incruenta): ocorre quando o objeto material não é atingido pela conduta criminosa. 
 
d) Tentativa Vermelha (cruenta): ocorre quando o objeto material é atingido pela conduta criminosa. 
 
 
CRITÉRIO PARA A DIMINUIÇÃO DA PENA (- 1/3 a - 2/3): 
 
A análise do iter criminis (itinerário do crime) percorrido tem importância para a adoção do critério de 
diminuição de pena. Quanto mais próximo da consumação, menor será a redução de pena, e no sentido 
inverso, na hipótese da tentativa se distanciar da consumação. 
 
 
 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA / ARREPENDIMENTO EFICAZ 
 
 
DESISTENCIA VOLUNTÁRIA: pressupõe a desistência voluntaria “o não fazer”, isto é, o abandono da pratica 
dos atos que conduzam a consumação do crime, bem como a voluntariedade do agente (independentemente 
do motivo). 
 
 
Exemplo: desferidos dois disparos, possuindo outros projéteis, cessa a agressão, por ato voluntário do agente, 
sem que a vítima tenha sofrido lesão fatal. 
 
No exemplo citado o agente responderá pelos atos até então praticados: lesão corporal. 
 
 
ARREPENDIMENTO EFICAZ (resipiscência): o arrependimento eficaz pressupõe eficácia e um “fazer”. Ele 
ocorre quando o agente age para evitar que o resultado se produza, após o esgotamento dos atos executórios. 
 
Exemplo: o agente desfere uma facada na perna de seu desafeto com animus necandi, porém desiste de mata- 
lo e o leva até o hospital. 
 
Exemplo: após ter envenenado a vítima, o agente fornece a ela o antídoto. 
 
 
 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR 
 
São requisitos cumulativos para sua incidência: 
 
a) Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; 
b) Reparação do dano ou restituição da coisa; 
c) Ato voluntário do agente; 
d) Até o recebimento da denúncia. 
 
Exemplo: Tício furtou a TV de Mévio, porém Tício, influenciado por seu pai, resolveu restituir a coisa no dia 
seguinte. 
 
 
 
 COMO JÁ APARECEU NO EXAME DE ORDEM: 
 
 
13. Ano: 2012 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: VII Exame de Ordem Unificado 
 
Filolau, querendo estuprar Filomena, deu início à execução do crime de estupro, empregando grave ameaça à vítima. 
Ocorre que ao se preparar para o coito vagínico, que era sua única intenção, não conseguiu manter seu pênis ereto em 
virtude de falha fisiológica alheia à sua vontade. Por conta disso, desistiu de prosseguir na execução do crime e 
abandonou o local. Nesse caso, é correto afirmar que 
 
a) trata-se de caso de desistência voluntária, razão pela qual Filolau não responderá pelo crime de estupro. 
b) trata-se de arrependimento eficaz, fazendo com que Filolau responda tão somente pelos atos praticados. 
c) a conduta de Filolau é atípica. 
d) Filolau deve responder por tentativa de estupro. 
 
14. Ano: 2016 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Durante uma discussão, Theodoro, inimigo declarado de Valentim, seu cunhado, golpeou a barriga de seu rival com uma 
faca, com intenção de matá-lo. Ocorre que, após o primeiro golpe, pensando em seus sobrinhos, Theodoro percebeu a 
incorreção de seus atos e optou por não mais continuar golpeando Valentim, apesar de saber que aquela única facada 
não seria suficiente para matá-lo. Neste caso, Theodoro 
 
a) não responderá por crime algum, diante de seu arrependimento. 
b) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de sua desistência voluntária. 
c) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de seu arrependimento eficaz. 
d) responderá por tentativa de homicídio. 
 
15. Ano: 2016 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Mário subtraiu uma TV do seu local de trabalho. Ao chegar em casa com a coisa subtraída, é convencido pela esposa a 
devolvê-la, o que efetivamente vem a fazer no dia seguinte, quando o fato já havia sido registrado na delegacia. 
O comportamento de Mário, de acordo com a teoria do delito, configura 
 
a) desistência voluntária, não podendo responder por furto. 
b) arrependimento eficaz, não podendo responder por furto. 
c) arrependimento posterior, com reflexo exclusivamente no processo dosimétrico da pena. 
d) furto, sendo totalmente irrelevante a devolução do bem a partir de convencimento da esposa. 
 
16. Ano: 2017 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XXIV Exame de Ordem Unificado 
 
Decidido a praticar crime de furto na residência de um vizinho, João procura o chaveiro Pablo e informa do seu desejo, 
pedindo que fizesse uma chave que possibilitasse o ingresso na residência, no que foi atendido. No dia do fato, 
considerando que a porta já estava aberta, João ingressa na residência sem utilizar a chave que lhe fora entregue por 
Pablo, e subtrai uma TV. Chegando em casa, narra o fato para sua esposa, que o convence a devolver o aparelho 
subtraído. No dia seguinte, João atende à sugestão da esposa e devolve o bem para a vítima, narrando todo o ocorrido 
ao lesado, que, por sua vez, comparece à delegacia e promove o registro próprio. Considerando o fato narrado, na 
condição de advogado(a), sob o ponto de vista técnico, deverá ser esclarecido aos familiares de Pablo e João que 
 
a) nenhum deles responderá pelo crime, tendo em vista que houve arrependimento eficaz por parte de João e, como 
causa de excludente da tipicidade, estende-se a Pablo. 
b) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena apenas a João, em razão 
do arrependimento posterior. 
c) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena para os dois, em razão do 
arrependimento posterior, tendo em vista que se trata de circunstância objetiva. 
d) João deverá responder pelo crime de furto simples, com causa de diminuição do arrependimento posterior, enquanto 
Pablo não responderá pelo crime contra o patrimônio. 
 
17. Ano: 2018 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XXVII Exame de Ordem Unificado 
 
No dia 05/03/2015, Vinícius, 71 anos, insatisfeito e com ciúmes em relação à forma de dançar de sua esposa, Clara, 30 
anos mais nova, efetua disparos de arma de fogo contra ela, com a intenção de matar. Arrependido, após acertar dois 
disparos no peito da esposa, Vinícius a leva para o hospital, onde ela ficou em coma por uma semana. No dia 12/03/2015, 
porém, Clara veio a falecer, em razão das lesões causadas pelos disparos da arma de fogo. Ao tomar conhecimento dos 
fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Vinícius, imputando-lhe a prática do crime previsto no Art. 121, 
§ 2º, inciso VI, do Código Penal, uma vez que, em 09/03/2015, foi publicada a Lei nº 13.104, que previu a qualificadora 
antes mencionada, pelo fato de o crime ter sido praticado contra a mulher por razão de ser ela do gênero feminino. 
Durante a instrução da 1ª fase do procedimento do Tribunal do Júri, antes da pronúncia, todos os fatos são confirmados, 
pugnando o Ministério Público pela pronúncia nos termos da denúncia. Em seguida, os autos são encaminhados ao(a) 
advogado(a) de Vinícius para manifestação. Considerando apenas as informações narradas, o(a) advogado(a) de Vinicius 
poderá, no momento da manifestação para a qual foi intimado, pugnar pelo imediato 
 
a) reconhecimento do arrependimento eficaz. 
b) afastamento da qualificadora do homicídio. 
c) reconhecimento da desistência voluntária. 
d) reconhecimento da causa de diminuição de pena da tentativa. 
 
18. Ano: 2019 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
 
Durante a madrugada, Lucas ingressou em uma residência e subtraiu um computador. Quando se preparava para sair da 
residência, ainda dentro da casa, foi surpreendido pela chegada do proprietário. Assustado, ele o empurrou e conseguiu 
fugir com a coisa subtraída.Na manhã seguinte, arrependeu-se e resolveu devolver a coisa subtraída ao legítimo dono, o que efetivamente veio a 
ocorrer. O proprietário, revoltado com a conduta anterior de Lucas, compareceu em sede policial e narrou o ocorrido. 
Intimado pelo Delegado para comparecer em sede policial, Lucas, preocupado com uma possível responsabilização penal, 
procura o advogado da família e solicita esclarecimentos sobre a sua situação jurídica, reiterando que já no dia seguinte 
devolvera o bem subtraído. 
Na ocasião da assistência jurídica, o(a) advogado(a) deverá informar a Lucas que poderá ser reconhecido(a) 
 
a) a desistência voluntária, havendo exclusão da tipicidade de sua conduta. 
b) o arrependimento eficaz, respondendo o agente apenas pelos atos até então praticados. 
c) o arrependimento posterior, não sendo afastada a tipicidade da conduta, mas gerando aplicação de causa de 
diminuição de pena. 
d) a atenuante da reparação do dano, apenas, não sendo, porém, afastada a tipicidade da conduta. 
 
19. Ano: 2018 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase 
 
No dia 05/03/2015, Vinícius, 71 anos, insatisfeito e com ciúmes em relação à forma de dançar de sua esposa, Clara, 30 
anos mais nova, efetua disparos de arma de fogo contra ela, com a intenção de matar. Arrependido, após acertar dois 
disparos no peito da esposa, Vinícius a leva para o hospital, onde ela ficou em coma por uma semana. No dia 12/03/2015, 
porém, Clara veio a falecer, em razão das lesões causadas pelos disparos da arma de fogo. Ao tomar conhecimento dos 
fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Vinícius, imputando-lhe a prática do crime previsto no Art. 121, 
§ 2º, inciso VI, do Código Penal, uma vez que, em 09/03/2015, foi publicada a Lei nº 13.104, que previu a qualificadora 
antes mencionada, pelo fato de o crime ter sido praticado contra a mulher por razão de ser ela do gênero feminino. 
Durante a instrução da 1ª fase do procedimento do Tribunal do Júri, antes da pronúncia, todos os fatos são confirmados, 
pugnando o Ministério Público pela pronúncia nos termos da denúncia. Em seguida, os autos são encaminhados ao(a) 
advogado(a) de Vinícius para manifestação. Considerando apenas as informações narradas, o(a) advogado(a) de Vinicius 
poderá, no momento da manifestação para a qual foi intimado, pugnar pelo imediato 
 
a) reconhecimento do arrependimento eficaz. 
b) afastamento da qualificadora do homicídio. 
c) reconhecimento da desistência voluntária. 
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https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2019-oab-exame-de-ordem-unificado-xxix-primeira-fase
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https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2018-oab-exame-de-ordem-unificado-xxvii-primeira-fase
d) reconhecimento da causa de diminuição de pena da tentativa. 
 
 
 GABARITO: 
 
13- D / 14- B / 15- C / 16- D / 17-B / 18-D / 19-B 
 
 
 
 
 
 
8. CAUSAS EXCLUDENTES DA ILICITUDE (JUSTIFICANTES) 
 
 
 
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO 
 
É o ato da vítima (ou do ofendido) em anuir ou concordar com a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico do 
qual é titular. 
 
São requisitos para sua incidência: 
 
a) Bem jurídico disponível; 
b) Ofendido capaz; 
c) Consentimento livre, indubitável e anterior ou no máximo, contemporâneo à conduta; 
d) Que o autor do consentimento seja titular exclusivo ou expressamente autorizado a dispor sobre o 
bem jurídico. 
 
Exemplo: “A”, maior e capaz, consente previamente que “B” destrua seu veículo. 
 
 
ESTADO DE NECESSIDADE 
 
 
O estado de necessidade caracteriza-se pela colisão de interesses juridicamente protegidos, devendo um deles 
ser sacrificado em prol do interesse social. 
 
São requisitos para sua incidência: 
 
a) Existência de perigo atual (instantâneo); 
b) Direito próprio ou alheio ameaçado pelo perigo; 
c) Perigo não causado voluntariamente pelo agente; 
d) Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo (Art. 24, §1º); 
e) Inevitabilidade do comportamento; 
f) Razoabilidade do sacrifício; 
g) Conhecimento da situação justificante; 
 
Exemplo: O pai para salvar a vida do filho furta alimentos de uma mercearia (furto famélico). 
LEGÍTIMA DEFESA 
 
 
A legítima defesa apresenta duplo fundamento: de um lado, a necessidade de defender bens jurídicos perante 
uma agressão; de outro, defender o próprio ordenamento jurídico, que se vê afetado ante uma agressão 
ilegítima. 
 
São requisitos para sua incidência: 
 
a) Agressão Injusta; 
b) Atual ou Iminente; 
c) Direito próprio ou alheio; 
d) Repulsa com meios necessários; 
e) Uso moderado de tais meios; 
f) Conhecimento da situação justificante; 
 
 
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO 
 
 
É o desempenho de atividade permitida por lei, penal ou extrapenal, passível que ferir bem ou interesse 
jurídico de terceiro, mas que afasta a ilicitude do fato típico produzido. 
 
Exemplo: Art. 301, CPP - Flagrante facultativo. 
 
 
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL 
 
 
É o desempenho de obrigação imposta em lei, ainda que termine por ferir bem jurídico de terceiro, afastando- 
se a ilicitude do fato típico gerado. 
 
Exemplo: Art. 301, CPP - Flagrante obrigatório. 
 
 
 
9. CAUSAS EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE (EXCULPANTES) 
 
 
 
DOENÇA MENTAL 
 
 
É a perturbação mental ou psíquica de qualquer ordem, capaz de eliminar ou afetar a capacidade de entender 
um caráter criminoso do fato ou a capacidade de comandar à vontade com esse entendimento. 
 
Exemplos: Esquizofrenia; neurose; paranoia. 
DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO 
 
 
Desenvolvimento mental que não se concluiu, a pessoa está evoluindo intelectualmente para se adaptar a 
sociedade. 
 
Exemplos: Menor de idade (-18 anos); Índio não adaptado. 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO 
 
 
Pessoa cuja aptidão mental é incompatível com a idade cronológica dela. 
 
Exemplo: Débil mental; imbecil; idiota. 
 
 
EMBRIAGUEZ ACIDENTAL COMPLETA 
 
 
Embriaguez é uma causa capaz de levar a exclusão da capacidade de entendimento e de vontade do agente, 
em virtude de uma intoxicação aguda e transitória causado por álcool ou qualquer outra substância 
psicotrópica. 
 
Todavia, não será qualquer espécie de embriaguez que afastará a responsabilidade penal. 
 
 
 
 
 
 
EMBRIAGUEZ NÃO 
ACIDENTAL 
 
- VOLUNTÁRIA: O agente quer 
se embriagar. 
 
- CULPOSA: Por negligência, 
embriagou-se. 
 
COMPLETA ou INCOMPLETA: 
 
Não exclui a imputabilidade, em razão da 
teoria da actio libera in causa. 
 
 
 
 
 
 
EMBRIAGUEZ 
ACIDENTAL 
 
 
 
-CASO FORTUITO: O agente 
desconhece os efeitos da 
substância que ingere. 
 
 
 
-FORÇA MAIOR: O agente é 
obrigado a ingerir a substância. 
 
- COMPLETA: Retira a capacidade de 
entendimento e autodeterminação 
 
Exclui a imputabilidade (art. 28, §1º); 
 
- INCOMPLETA: Diminui a capacidade de 
entendimento e autodeterminação. 
 
Diminui-se a pena do sujeito, (art. 28, §2º) 
 
EMBRIAGUEZ 
PATOLÓGICA 
 
Embriaguez doentia. 
 
Art. 26, CP 
 
 
EMBRIAGUEZ 
PREORDENADA 
 
 
Serve como meio para prática 
de crime. 
 
 
Agravante (art. 61, II, “l”, CP) 
 
 
 
ERRO DE PROIBIÇÃO 
 
 
Incide o erro sobre a ilicitude do fato quanto o agente sabe exatamente o que está fazendo, porém não sabe 
que era proibido. Se pelas características dele (baixo nível sociocultural, vida rústica, estrangeiro etc.) comete 
erro inevitável será isento de pena. 
 
 
- SE INEVITÁVEL (ESCUSÁVEL): Isenta de pena, dois exclui a culpabilidade. 
 
- SE EVITÁVEL (INESCUSÁVEL): Poderá diminuir a pena de 1/6 para 1/3. 
 
 
Exemplo: Agente proveniente da Holanda com sua cota diária de maconha foi surpreendido em posse da 
droga no aeroporto de Cumbica (SP) e alegou que desconhecia a proibição da droga no Brasil, quando se trata 
de posse para uso próprio. 
 
Exemplo: Marinheiropreso em flagrante com lança-perfume, quando vinha da Argentina (onde lança- 
perfume, ao contrário do que ocorre no Brasil, é permitido). 
 
 
 
COAÇÃO MORAL 
 
 
 
 
SE A COAÇÃO FOR IRRESISTÍVEL 
 
SE A COAÇÃO FOR RESISTÍVEL 
 
 
COATOR 
 
Responde, como autor, pelo crime praticado 
pelo coagido + crime de tortura (art. 1° da 
Lei de Tortura) 
 
Responde, também, pelo crime 
praticado pelo coagido + agravante 
(art. 62, II, CP) 
 
 
COAGIDO 
 
Isento de pena por inexigibilidade de 
conduta diversa. 
 
Responde pelo crime praticado + 
atenuante (art. 65, III, “c”,CP) 
OBEDIÊNCIA HIERARQUICA 
 
 
 
 SE A ORDEM NÃO FOR 
MANIFESTAMENTE ILEGAL 
SE A ORDEM FOR 
MANIFESTAMENTE ILEGAL 
SE A ORDEM POR 
LEGÍTIMA 
 
 
SUPERIOR 
 
Responde, como autor 
mediato, pelo crime 
praticado pelo subordinado 
 
Responde, pelo crime 
praticado pelo subordinado 
 
Não há crime (estrito 
cumprimento do dever 
legal) 
 
 
 
SUBORDINADO 
 
Isento de pena por 
inexigibilidade de conduta 
diversa 
 
Responde, pelo crime 
praticado, mas poderá ser 
a pena atenuada (art. 65, 
III, “c”, CP) 
 
Não há crime (estrito 
cumprimento do dever 
legal) 
 
 
 
 
 
 COMO JÁ APARECEU NO EXAME DE ORDEM: 
 
 
20. Ano: 2015 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e bastante escura, já de madrugada, 
quando são surpreendidos com a vinda de um cão pitbull na direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra a 
criança, Carlos, que estava armado e tinha autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na direção do cão, 
que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando por atingir o dono do animal, Leandro, que chegava 
correndo em sua busca, pois notou que ele fugira clandestinamente da casa. A vítima atingida veio a falecer, ficando 
constatado que Carlos não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu filho, não sendo sua conduta 
tachada de descuidada. Diante desse quadro, assinale a opção que apresenta situação jurídica de Carlos. 
 
a) Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo responder, porém, pela morte de Leandro. 
b) Carlos atuou em estado de necessidade defensivo, devendo responder, porém, pela morte de Leandro. 
c) Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro. 
d) Carlos atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve responder pela morte de Leandro. 
 
21. Ano: 2013 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Débora estava em uma festa com seu namorado Eduardo e algumas amigas quando percebeu que Camila, colega de 
faculdade, insinuava-se para Eduardo. Cega de raiva, Débora esperou que Camila fosse ao banheiro e a seguiu. Chegando 
lá e percebendo que estavam sozinhas no recinto, Débora desferiu vários tapas no rosto de Camila, causando-lhe lesões 
corporais de natureza leve. Camila, por sua vez, atordoada com o acontecido, somente deu por si quando Débora já 
estava saindo do banheiro, vangloriando-se da surra dada. Neste momento, com ódio de sua algoz, Camila levanta-se do 
chão, agarra Débora pelos cabelos e a golpeia com uma tesourinha de unha que carregava na bolsa, causando-lhe lesões 
de natureza grave. Com relação à conduta de Camila, assinale a afirmativa correta. 
a) Agiu em legítima defesa. 
b) Agiu em legítima defesa, mas deverá responder pelo excesso doloso. 
c) Ficará isenta de pena por inexigibilidade de conduta diversa. 
d) Praticou crime de lesão corporal de natureza grave, mas poderá ter a pena diminuída. 
 
22. Ano: 2016 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Wellington pretendia matar Ronaldo, camisa 10 e melhor jogador de futebol do time Bola Cheia, seu adversário no 
campeonato do bairro. No dia de um jogo do Bola Cheia, Wellington vê, de costas, um jogador com a camisa 10 do time 
rival. Acreditando ser Ronaldo, efetua diversos disparos de arma de fogo, mas, na verdade, aquele que vestia a camisa 
10 era Rodrigo, adolescente que substituiria Ronaldo naquele jogo. Em virtude dos disparos, Rodrigo faleceu. 
Considerando a situação narrada, assinale a opção que indica o crime cometido por Wellington. 
 
a) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro na execução. 
b) Homicídio consumado, considerando-se as características de Rodrigo. 
c) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro sobre a pessoa. 
d) Tentativa de homicídio contra Ronaldo e homicídio culposo contra Rodrigo. 
 
23. Ano: 2014 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Eslow, holandês e usuário de maconha, que nunca antes havia feito uma viagem internacional, veio ao Brasil para a Copa 
do Mundo. Assistindo ao jogo Holanda x Brasil decidiu, diante da tensão, fumar um cigarro de maconha nas 
arquibancadas do estádio. Imediatamente, os policiais militares de plantão o prenderam e o conduziram à Delegacia de 
Polícia. Diante do Delegado de Polícia, Eslow, completamente assustado, afirma que não sabia que no Brasil a utilização 
de pequena quantidade de maconha era proibida, pois, no seu país, é um habito assistir a jogos de futebol fumando 
maconha. Sobre a hipótese apresentada, assinale a opção que apresenta a principal tese defensiva. 
 
a) Eslow está em erro de tipo essencial escusável, razão pela qual deve ser absolvido. 
b) Eslow está em erro de proibição direto inevitável, razão pela qual deve ser isento de pena. 
c) Eslow está em erro de tipo permissivo escusável, razão pela qual deve ser punido pelo crime culposo. 
d) Eslow está em erro de proibição, que importa em crime impossível, razão pela qual deve ser absolvido. 
 
24. Ano: 2016 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Miguel, com 27 anos de idade, pratica conjunção carnal com Maria, jovem saudável com 16 anos de idade, na residência 
desta, que consente com o ato. Na mesma data e também na mesma residência, a irmã de Maria, de nome Marta, com 
18 anos, permite que seu namorado Alexandre quebre todos os porta-retratos que estão com as fotos de seu ex- 
namorado. O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Miguel pelo crime de estupro. Marta, após o fim da 
relação, ofereceu queixa pela prática de dano por Alexandre. Os réus contrataram o mesmo advogado, que deverá alegar 
que não foram praticados crimes, pois, em relação às condutas de Miguel e Alexandre, respectivamente, estamos diante 
de 
 
a) causa supralegal excludente da ilicitude e causa supralegal de excludente da culpabilidade. 
b) causa excludente da tipicidade, em ambos os casos. 
c) causa excludente da tipicidade e causa supralegal de excludente da ilicitude. 
d) causa supralegal de excludente da ilicitude, em ambos os casos. 
 
25. Ano: 2013 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Para aferição da inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, assinale a 
alternativa que indica o critério adotado pelo Código Penal vigente. 
 
a) Biológico. 
b) Psicológico. 
c) Psiquiátrico. 
d) Biopsicológico. 
26. Ano: 2018 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XXV Exame de Ordem Unificado 
 
Laura, nascida em 21 de fevereiro de 2000, é inimiga declarada de Lívia, nascida em 14 de dezembro de 1999, sendo que 
o principal motivo da rivalidade está no fato de que Lívia tem interesse no namorado de Laura. Durante uma festa, em 
19 de fevereiro de 2018, Laura vem a saber que Lívia anunciou para todos que tentaria manter relações sexuais com o 
referido namorado. Soube, ainda, que Lívia disse que, na semana seguinte, iria desferir um tapa no rosto de Laura, na 
frente de seus colegas, como forma de humilhá-la. Diante disso, para evitar que as ameaças de Lívia se concretizassem, 
Laura, durante a festa, desfere facadas no peito de Lívia, mas terceiros intervêm e encaminham Lívia diretamente para o 
hospital. Dois dias depois, Líviavem a falecer em virtude dos golpes sofridos. Descobertos os fatos, o Ministério Público 
ofereceu denúncia em face de Laura pela prática do crime de homicídio qualificado. Confirmados integralmente os fatos, 
a defesa técnica de Laura deverá pleitear o reconhecimento da 
 
a) inimputabilidade da agente. 
b) legítima defesa. 
c) inexigibilidade de conduta diversa. 
d) atenuante da menoridade relativa. 
 
 GABARITO: 
 
20-C / 21-D / 22-C / 23-B / 24-C / 25-D / 26-A 
 
 
 
TEORIA DA PENA 
 
 
 
10. APLICAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
 
 
 
CRITÉRIO TRIFÁSICO 
 
 
 
 
1º Fase 
 
 
O juiz analisa as circunstâncias judiciais elencadas 
no art. 59, CP; 
 
 
Estabelece a 
PENA-BASE 
 
 
 
2º Fase 
 
 
O juiz analisa as circunstâncias agravantes (art. 61 
a 64, CP) e as circunstâncias atenuantes (art. 65 e 
66, CP); 
 
 
Estabelece a 
PENA PROVISÓRIA 
 
 
3º Fase 
 
 
O juiz analisa as causas de diminuição e aumento 
da pena; 
 
 
Estabelece, por fim, a 
PENA DEFINITIVA 
Reincidência 
Portador de 
maus 
antecedentes 
REINCIDÊNCIA 
 
 
Reincidir significa incidir novamente, já no Direito Penal significa repetir o fato punível. 
Atente-se que os efeitos da reincidência são temporários (sistema da temporariedade). 
 
 
1º Crime Trânsito em julgado 
de sentença 
condenatória 
Fim do 
Cumprimento da 
Pena / Extinção da 
Fim do período 
depurador (prazo 
de 5 anos) 
 
 
 
 
Ficta Real 
 
 
- GERA REINCIDÊNCIA: 
 
 
 
 
Se a pessoa é condenada 
definitivamente por 
 
E depois da condenação 
definitiva pratica novo (a) 
 
Qual será a consequência? 
Crime (Brasil ou exterior) Crime Reincidência 
Crime (Brasil ou exterior) Contravenção Reincidência 
Contravenção (Brasil) Contravenção Reincidência 
Contravenção (Brasil) Crime Não há reincidência 
Contravenção (estrangeiro) Crime ou contravenção Não há reincidência 
 
 
- NÃO GERA REINCIDÊNCIA: 
 
 
 Crimes militares próprios; 
 
São aqueles previstos apenas no código penal militar. 
 
Exemplo: embriaguez em serviço (art. 202, CPM); dormir em serviço (art. 203, CPM); desrespeito (art. 160, 
CPM; cobardia (art. 363, CPM); fuga na presença de inimigo (art. 365, CPM). 
 
 Crimes políticos; 
 
É aquele de motivação política que lesione (lesionar) ou ameaça a estrutura político-social vigente no país, 
isto é, atentam contra a ordem constitucional ou o Estado Democrático. 
Exemplo: art. 2° da Lei 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional). 
 
 
 
 SÚMULAS RELACIONADAS: 
 
- Súmula 231, STJ: A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do 
mínimo legal. 
 
- Súmula 241, STJ: A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, 
simultaneamente, como circunstância judicial. 
 
- Súmula 443, STJ: O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige 
fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de 
majorantes. 
 
- Súmula 545, STJ: Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará 
jus à atenuante prevista no artigo 65, III, d, do Código Penal. 
 
- Súmula 636, STJ: A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os maus 
antecedentes e a reincidência. 
 
 
 
 
12. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
 
As penas restritivas de direitos ostentam duas características, a saber: autonomia e substitutividade. 
Podemos esquematizar os requisitos elencados no artigo 44 do Código Penal da seguinte forma: objetivos 
(dizem respeito ao fato praticado) e subjetivos (relacionados ao agente). 
 
 
 
 
REQUISITOS OBJETIVOS 
 
REQUISITOS SUBJETIVOS 
 
 
 
CRIME DOLOSO 
 
 Pena não superior a 4 anos; 
 
 
 Crime cometido, sem violência ou 
grave ameaça à pessoa. 
 
 Não ser o condenado 
reincidente em crime 
doloso;* 
 
 A substituição seja 
indicada e suficiente; (art. 
44, § 3º, CP) 
 
CRIME CULPOSO 
 
 Qualquer pena aplicada. 
 
× 
 
ATENÇÃO: O reincidente em crime culposo não tem impedimento para receber uma pena restritiva de 
direitos. 
 
ATENÇÃO: Mesmo sendo reincidente (em crime doloso), o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em 
face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado 
em virtude da prática do mesmo crime. 
 
ATENÇÃO: na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena 
restritiva de direitos. 
 
ATENÇÃO: na condenação superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena 
restritivas de direitos e multa ou por duas penas restritivas de direitos. 
 
 
13. CONCURSO DE CRIMES 
 
 
 
CONCURSO MATERIAL 
 
Ocorre o concurso material quando o agente, mediante mais de uma conduta (ação ou omissão), pratica dois 
ou mais crimes, idênticos ou não. 
 
No concurso material há pluralidade de condutas e pluralidade de crimes. 
 
Adota-se, nesse caso, o CÚMULO MATERIAL – este sistema recomenda a soma das penas de cada um dos 
delitos componentes do concurso. 
 
 
 
 
CONCURSO FORMAL 
 
Ocorre o concurso formal quando o agente, mediante uma só conduta (ação ou omissão), pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não. 
 
No concurso formal há unidade de conduta e pluralidade de crimes. 
 
 
CONCURSO FORMAL PRÓPRIO 
 
O concurso formal será próprio (perfeito) quando a unidade de comportamento corresponder à unidade 
interna da vontade do agente, isto é, o agente deve querer realizar apenas um crime, obter um único resultado 
danoso. 
 
Adota-se, nesse caso, a EXASPERAÇÃO – este sistema recomenda a aplicação da pena mais grave, aumentada 
de terminada quantidade em decorrência dos demais crimes. 
CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO 
 
O concurso formal será impróprio (imperfeito) quando o agente deseja a realização de mais de um crime, ou 
seja, tiver consciência e vontade em relação a cada um deles (desígnios autônomos). 
 
Adota-se, nesse caso, o CÚMULO MATERIAL – este sistema recomenda a soma das penas de cada um dos 
delitos componentes do concurso. 
 
 
CONCURSO MATERIAL BENÉFICO (FAVORÁVEL) 
 
Se o sistema da exasperação elevar a pena além daquilo que a simples soma aritmética representaria, a lei 
determina que seja realizado o cúmulo material. 
 
 
 
CRIME CONTINUADO 
 
 
É uma ficção jurídica, em benefício do réu, significando que a prática de várias condutas, implicando em vários 
resultados típicos, desde que concretizem crimes da mesma espécie, em circunstâncias semelhantes de lugar, 
tempo e modo de execução, pode formar um só delito consumado, aplicando-se a pena do mais grave, ou se 
idênticas, qualquer delas, com um aumento variável, como regra, de um sexto a dois terços. 
 
Adota-se, em regra, a EXASPERAÇÃO – este sistema recomenda a aplicação da pena mais grave, aumentada 
de terminada quantidade em decorrência dos demais crimes. 
 
Agora cuidado, pois se for crime continuado específico, ou seja, praticado com violência ou grave ameaça à 
pessoa, contra vítimas diferentes, o juiz pode aumentar a pena até o triplo. 
 
 
 
 
 
 COMO JÁ APARECEU NO EXAME DE ORDEM: 
 
 
27. Ano: 2015 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XVII Exame de Ordem Unificado 
 
Reconhecida a prática de um injusto culpável, o juiz realiza o processo de individualização da pena, de acordo com o Art. 
68 do Código Penal. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A condenação com trânsito em julgado por crime praticado em data posterior ao delito pelo qual o agente está sendo 
julgado pode funcionar como maus antecedentes. 
b) Não se mostra possível a compensação da agravante da reincidência com a atenuante da confissão espontânea. 
c) Nada impede que a pena intermediária, na segunda fase do critério trifásico, fique acomodada abaixo do mínimo legal. 
d) O aumento da pena na terceira fase no roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, sendo insuficiente a 
simples mençãoao número de majorantes. 
 
28. Ano: 2014 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
José cometeu, em 10/11/2008, delito de roubo. Foi denunciado, processado e condenado, com sentença condenatória 
publicada em 18/10/2009. A referida sentença transitou definitivamente em julgado no dia 29/08/2010. No dia 
15/05/2010, José cometeu novo delito, de furto, tendo sido condenado, por tal conduta, no dia 07/04/2012.Nesse 
sentido, levando em conta a situação narrada e a disciplina acerca da reincidência, assinale a afirmativa correta. 
a) Na sentença relativa ao delito de roubo, José deveria ser considerado reincidente. 
b) Na sentença relativa ao delito de furto, José deveria ser considerado reincidente. 
c) Na sentença relativa ao delito de furto, José deveria ser considerado primário. 
d) Considera-se reincidente aquele que pratica crime após publicação de sentença que, no Brasil ou no estrangeiro, o 
tenha condenado por crime anterior. 
 
29. Ano: 2014 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XX Exame de Ordem Unificado 
 
Rafael foi condenado pela prática de crime a pena privativa de liberdade de 04 anos e 06 meses, tendo a sentença 
transitado em julgado em 10/02/2008. Após cumprir 02 anos e 06 meses de pena, obteve livramento condicional em 
10/08/2010, sendo o mesmo cumprido com correção e a pena extinta em 10/08/2012. Em 15/09/2015, Rafael pratica 
novo crime, dessa vez de roubo, tendo como vítima senhora de 60 anos de idade, circunstância que era do seu 
conhecimento. Dois dias depois, arrependido, antes da denúncia, reparou integralmente o dano causado. Na sentença, 
o magistrado condenou o acusado, reconhecendo a existência de duas agravantes pela reincidência e idade da vítima, 
além de não reconhecer o arrependimento posterior. O advogado de Rafael deve pleitear 
 
a) reconhecimento do arrependimento posterior. 
b) reconhecimento da tentativa. 
c) afastamento da agravante pela idade da vítima. 
d) afastamento da agravante da reincidência. 
 
30. Ano: 2017 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Cássio foi denunciado pela prática de um crime de dano qualificado, por ter atingido bem municipal (Art. 163, parágrafo 
único, inciso III, do CP – pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), merecendo destaque que, em sua Folha de 
Antecedentes Criminais, consta uma única condenação anterior, definitiva, oriunda de sentença publicada 4 anos antes, 
pela prática do crime de lesão corporal culposa praticada na direção de veículo automotor. Ao final da instrução, Cássio 
confessa integralmente os fatos, dizendo estar arrependido e esclarecendo que “perdeu a cabeça” no momento do crime, 
sendo certo que está trabalhando e tem 03 filhos com menos de 10 anos de idade que são por ele sustentados. Apenas 
com base nas informações constantes, o(a) advogado(a) de Cássio poderá pleitear, de acordo com as previsões do Código 
Penal, em sede de alegações finais, 
 
a) o reconhecimento do perdão judicial. 
b) o reconhecimento da atenuante da confissão, mas nunca sua compensação com a reincidência. 
c) a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, apesar de o agente ser reincidente. 
d) o afastamento da agravante da reincidência, já que o crime pretérito foi praticado em sua modalidade culposa, e não 
dolosa. 
 
31. Ano: 2011 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
Com relação aos critérios para substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, assinale a alternativa 
correta. 
 
a) A substituição nunca poderá ocorrer se o réu for reincidente em crime doloso. 
b) Somente fará jus à substituição o réu que for condenado a pena não superior a 4 (quatro) anos. 
c) Em caso de descumprimento injustificado da pena restritiva de direitos, esta será convertida em privativa de liberdade, 
reiniciando-se o cumprimento da integralidade da pena fixada em sentença. 
d) Se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa 
ou por duas restritivas de direitos. 
 
32. Ano: 2014 / Banca: FGV / Órgão: OAB /Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Roberto estava dirigindo seu automóvel quando perdeu o controle da direção e subiu a calçada, atropelando dois 
pedestres que estavam parados num ponto de ônibus. Nesse contexto, levando-se em consideração o concurso de 
crimes, assinale a opção correta, que contempla a espécie em análise: 
a) concurso material. 
b) concurso formal próprio ou perfeito. 
c) concurso formal impróprio ou imperfeito. 
d) crime continuado. 
 
33. Ano: 2017 / Banca: FGV / Órgão: OAB /Prova: XXIII Exame de Ordem Unificado 
 
Pedro, quando limpava sua arma de fogo, devidamente registrada em seu nome, que mantinha no interior da residência 
sem adotar os cuidados necessários, inclusive o de desmuniciá-la, acaba, acidentalmente, por dispará-la, vindo a atingir 
seu vizinho Júlio e a esposa deste, Maria. Júlio faleceu em razão da lesão causada pelo projétil e Maria sofreu lesão 
corporal e debilidade permanente de membro. Preocupado com sua situação jurídica, Pedro o procura para, na condição 
de advogado, orientá-lo acerca das consequências do seu comportamento. Na oportunidade, considerando a situação 
narrada, você deverá esclarecer, sob o ponto de vista técnico, que ele poderá vir a ser responsabilizado pelos crimes de 
 
a) homicídio culposo, lesão corporal culposa e disparo de arma de fogo, em concurso formal. 
b) homicídio culposo e lesão corporal grave, em concurso formal. 
c) homicídio culposo e lesão corporal culposa, em concurso material. 
d) homicídio culposo e lesão corporal culposa, em concurso formal. 
 
34. Ano: 2012 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem Unificado 
 
Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu favor. Para tanto, desfere 
projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte. Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda 
atinge Iago, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais. Considerando-se que Otelo praticou crime de 
homicídio doloso qualificado em relação a Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como 
que praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena de 2 meses de reclusão, é correto 
afirmar que 
 
a) o juiz deverá aplicar a pena mais grave e aumentá-la de um sexto até a metade. 
b) o juiz deverá somar as penas. 
c) é caso de concurso formal homogêneo. 
d) é caso de concurso formal impróprio. 
 
35. Ano: 2018 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XXV Exame de Ordem Unificado 
 
Juarez, com a intenção de causar a morte de um casal de vizinhos, aproveita a situação em que o marido e a esposa estão 
juntos, conversando na rua, e joga um artefato explosivo nas vítimas, sendo a explosão deste material bélico a causa 
eficiente da morte do casal. Apesar de todos os fatos e a autoria restarem provados em inquérito encaminhado ao 
Ministério Público com relatório final de indiciamento de Juarez, o Promotor de Justiça se mantém inerte em razão de 
excesso de serviço, não apresentando denúncia no prazo legal. Depois de vários meses com omissão do Promotor de 
Justiça, o filho do casal falecido procura o advogado da família para adoção das medidas cabíveis. No momento da 
apresentação de queixa em ação penal privada subsidiária da pública, o advogado do filho do casal, sob o ponto de vista 
técnico, de acordo com o Código Penal, deverá imputar a Juarez a prática de dois crimes de homicídio em 
 
a) concurso material, requerendo a soma das penas impostas para cada um dos delitos. 
b) concurso formal, requerendo a exasperação da pena mais grave em razão do concurso de crimes. 
c) continuidade delitiva, requerendo a exasperação da pena mais grave em razão do concurso de crimes. 
d) concurso formal, requerendo a soma das penas impostas para cada um dos delitos. 
 
36. Ano: 2018 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: XXVI Exame de Ordem UnificadoCadu, com o objetivo de matar toda uma família de inimigos, pratica, durante cinco dias consecutivos, crimes de 
homicídio doloso, cada dia causando a morte de cada um dos cinco integrantes da família, sempre com o mesmo modus 
operandi e no mesmo local. Os fatos, porém, foram descobertos, e o autor, denunciado pelos cinco crimes de homicídio, 
em concurso material. Com base nas informações expostas e nas previsões do Código Penal, provada a autoria delitiva 
em relação a todos os delitos, o advogado de Cadu 
a) não poderá buscar o reconhecimento da continuidade delitiva, tendo em vista que os crimes foram praticados com 
violência à pessoa, somente cabendo reconhecimento do concurso material. 
b) não poderá buscar o reconhecimento de continuidade delitiva, tendo em vista que os crimes foram praticados com 
violência à pessoa, podendo, porém, o advogado pleitear o reconhecimento do concurso formal de delitos. 
c) poderá buscar o reconhecimento da continuidade delitiva, mesmo sendo o delito praticado com violência contra a 
pessoa, cabendo, apenas, aplicação da regra de exasperação da pena de 1/6 a 2/3. 
d) poderá buscar o reconhecimento da continuidade delitiva, mas, diante da violência contra a pessoa e da diversidade 
de vítimas, a pena mais grave poderá ser aumentada em até o triplo. 
 
37. Ano: 2019 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
 
Douglas foi condenado pela prática de duas tentativas de roubo majoradas pelo concurso de agentes e restrição da 
liberdade das vítimas (Art. 157, § 2º, incisos II e V, c/c. o Art. 14, inciso II, por duas vezes, na forma do Art. 70, todos do 
CP). No momento de fixar a sanção penal, o juiz aplicou a pena base no mínimo legal, reconhecendo a confissão 
espontânea do agente, mas deixou de diminuir a pena na segunda fase. No terceiro momento, o magistrado aumentou 
a pena do máximo, considerando as circunstâncias do crime, em especial a quantidade de agentes (5 agentes) e o tempo 
que durou a restrição da liberdade das vítimas. Ademais, reduziu, ainda na terceira fase, a pena do mínimo legal em razão 
da tentativa, novamente fundamentando na gravidade do delito e naquelas circunstâncias de quantidade de agentes e 
restrição da liberdade. Após a aplicação da pena dos dois delitos, reconheceu o concurso formal de crimes, aumentando 
a pena de um deles de acordo com a quantidade de crimes praticados. O Ministério Público não recorreu. Considerando 
as informações narradas, de acordo com a jurisprudência pacificada do Superior Tribunal de Justiça, o(a) advogado(a) de 
Douglas, quanto à aplicação da pena, deverá buscar 
 
a) a redução da pena na segunda fase diante do reconhecimento da atenuante da confissão espontânea. 
b) a redução do quantum de aumento em razão da presença das majorantes, que deverá ser aplicada de acordo com a 
quantidade de causas de aumento. 
c) o aumento do quantum de diminuição em razão do reconhecimento da tentativa, pois a fundamentação apresentada 
pelo magistrado foi inadequada. 
d) a redução do quantum de aumento em razão do reconhecimento do concurso de crimes, devido à fundamentação 
inadequada. 
 
 
 GABARITO: 
 
27-D / 28-C / 29-D / 30-C / 31-D / 32-B/ 33-D / 34-B / 35-D / 36-D / 37-D 
 
 
 
 
 
CRIMES EM ESPÉCIE 
 
 
 
14. CRIMES CONTRA A VIDA 
 
 
14.1. HOMICÍDIO PRIVILEGIADO-QUALIFICADO 
 
É possível o homicídio privilegiado qualificado, desde que a circunstância qualificadora que concorre com o 
privilégio seja objetiva (incisos III e IV). 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oab
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2019-oab-exame-de-ordem-unificado-xxviii-primeira-fase
14.2. HOMICÍDIO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR 
 
Aplica-se o disposto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (princípio da especialidade), cuja pena é 
mais rigorosa. 
 
 
14.3. PERDÃO JUDICIAL 
 
Na hipótese do homicídio culposo, o juiz, analisando as circunstâncias que envolvam o caso concreto, decidirá 
sobre a aplicação do perdão judicial (art. 121, §5º). 
 
 
14.4. ABORTO NECESSÁRIO 
 
Caso seja necessária a realização do aborto por pessoa sem a habilitação profissional do médico (parteira, 
farmacêutica, enfermeira etc.), apesar de ser fato típico, está o agente acobertado pela descriminante do 
estado de necessidade (art. 24). 
 
 
15. CRIMES CONTRA A HONRA 
 
 
15.1. RETRATAÇÃO 
 
Pela retratação o agente reconsidera a afirmação anterior e, assim, procura impedir o dano que poderia 
resultar da sua falsidade. 
 
Há hipóteses legais em que a retratação exime o réu de pena, esses casos são os de calúnia, difamação, falso 
testemunho e falsa perícia (art. 143 e 342,§2º). 
 
 
 
15.2. CALÚNIA x DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA 
 
 
CALÚNIA (ART. 138) DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA (ART. 339) 
 
 
 
Imputar determinado fato previsto como 
crime, sabidamente falso. 
 
 
Imputar a alguém falsamente fato definido 
como crime; 
+ 
Dar causa à instauração de procedimento 
oficial contra alguém. 
 
 
Tutela-se a honra objetiva da vítima, isto é, 
sua reputação perante terceiros. 
 
Tutela-se o regular andamento da 
Administração da Justiça, impulsionada inútil 
e criminosamente; em segundo lugar, 
protege-se a honra da pessoa ofendida. 
 
 
15.3. INJÚRIA RACIAL x RACISMO 
 
 
 INJÚRIA PRECONCEITO RACISMO 
 
Dolo do agente 
 
Injuriar pessoa determinada 
 
Discriminar grupo 
 
Prescrição 
 
Prescritível 
 
Imprescritível 
 
Fiança 
 
Afiançável 
 
Inafiançável 
 
Ação penal 
 
Pública condicionada a 
representação 
 
Pública incondicionada 
 
 
 
16. CRIMES CONTRA O PATRIMÔMIO 
 
 
16.1. FURTO x CRIME IMPOSSÍVEL 
 
Súmula 567, STJ - Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de 
segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime 
de furto. 
 
 
 
16.2. FURTO PRIVILEGIADO 
 
Súmula 511, STJ - É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de 
crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a 
qualificadora for de ordem objetiva. 
 
 
16.3. CONSUMAÇÃO DO CRIME DE ROUBO 
 
Súmula 582, STJ - Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de 
violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e 
recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. 
https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00028481940
16.4. RECEPTAÇÃO x FAVORECIMENTO REAL 
 
 
RECEPTAÇÃO (ART. 180) FAVORECIMENTO REAL (ART. 349) 
 
Crime contra o patrimônio. 
 
Crime contra a Administração da Justiça. 
 
O agente busca vantagem pessoal ou de 
terceiro (que não o autor do crime anterior). 
 
O agente não busca vantagem pessoal, mas 
assegurar vantagem do autor do crime 
anterior, prestando-lhe auxílio. 
 
 
 
16.5. ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS NOS DELITOS PATRIMONIAIS 
 
 
(CP) Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: 
 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. 
 
(CP) Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em 
prejuízo: 
 
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
 
(CP) Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
 
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência 
à pessoa; 
II - ao estranho que participa do crime. 
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos 
 
 
 
17. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
 
 
17.1. IMPORTUNAÇÃOSEXUAL 
 
 
(CP) Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a 
própria lascívia ou a de terceiro: 
 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave. 
17.2. DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO OU DE CENA DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL, DE CENA DE SEXO OU 
DE PORNOGRAFIA 
 
 
(CP) Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou 
divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou 
telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de 
vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, 
nudez ou pornografia: 
 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Aumento de pena 
 
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que 
mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. 
 
Exclusão de ilicitude 
 
§ 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação 
de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a 
identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 (dezoito) anos. 
 
 
 
17.3. AÇÃO PENAL NOS DELITOS CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
 
(CP) Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública 
incondicionada. 
 
 
 
 
18. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
18.1. PECULATO CULPOSO 
 
Pune-se o funcionário público q que, através de manifesta negligência, imprudência ou imperícia, infringindo 
dever de cuidado objetivo, criar condições favoráveis à prática do peculato doloso, em qualquer de suas 
modalidades (apropriação, desvio ou subtração). 
Nessa hipótese, reparado o dano antes do trânsito em julgado da sentença ou do acórdão condenatório, 
extingue-se a punibilidade. Caso a reparação ocorra após esse limite legal, reduz-se a pena pela metade (art. 
312, § 3º, CP) 
 
18.2. CONCUSSÃO 
 
A conduta típica se consubstancia em exigir o agente, por si ou por interposta pessoa, explícita ou 
implicitamente, vantagem indevida, abusando da sua autoridade pública como meio de coação. Trata-se de 
uma forma especial de extorsão, executada pelo funcionário público. 
 
 
18.3. CORRUPÇÃO PASSIVA 
 
O particular só será vítima se a corrupção partir do funcionário público corrupto. Se o particular oferecer ou 
promoter vantagem, responderá por corrupção ativa (art. 333), um caso típico de exceção pluralista à teoria 
monista ou unitária do concurso de pessoas (art. 29). 
 
 
CORRUPÇÃO PASSIVA (ART. 317) CORRUPÇÃO ATIVA (ART. 333) 
 
SOLICITAR 
 
- 
 
RECEBER 
 
OFERECER 
 
ACEITAR PROMESSA 
 
PROMETER VANTAGEM 
 
 
 
 
 
 COMO JÁ APARECEU NO EXAME DE ORDEM: 
 
 
38. Ano: 2015/ Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase 
 
Maria mantém relacionamento clandestino com João. Acreditando estar grávida, procura o seu amigo Pedro, que é 
auxiliar de enfermagem, e implora para que ele faça o aborto. Pedro, que já auxiliou diversas cirurgias legais de aborto, 
acreditando ter condições técnicas de realizar o ato sozinho, atende ao pedido de sua amiga, preocupado com a situação 
pessoal de Maria, que não poderia assumir a gravidez por ela anunciada. Durante a cirurgia, em razão da imperícia de 
Pedro, Maria vem a falecer, ficando apurado que, na verdade, ela não estava grávida. Em razão do fato narrado, Pedro 
deverá responder pelo crime de 
 
a) aborto tentado com consentimento da gestante qualificado pelo resultado morte. 
b) aborto tentado com consentimento da gestante. 
c) homicídio culposo. 
d) homicídio doloso. 
 
39. Ano: 2016 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIX - Primeira Fase 
 
Patrício, ao chegar em sua residência, constatou o desaparecimento de um relógio que havia herdado de seu falecido 
pai. Suspeitando de um empregado que acabara de contratar para trabalhar em sua casa e que ficara sozinho por todo o 
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dia no local, Patrício registrou o fato na Delegacia própria, apontando, de maneira precipitada, o empregado como autor 
da subtração, sendo instaurado o respectivo inquérito em desfavor daquele “suspeito”. Ao final da investigação, o 
inquérito foi arquivado a requerimento do Ministério Público, ficando demonstrado que o indiciado não fora o autor da 
infração. Considerando que Patrício deu causa à instauração de inquérito policial em desfavor de empregado cuja 
inocência restou demonstrada, é correto afirmar que o seu comportamento configura 
 
a) fato atípico. 
b) crime de denunciação caluniosa dolosa. 
c) crime de denunciação caluniosa culposa. 
d) calúnia. 
 
40. Ano: 2017 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase 
 
Roberta, enquanto conversava com Robson, afirmou categoricamente que presenciou quando Caio explorava jogo do 
bicho, no dia 03/03/2017. No dia seguinte, Roberta contou para João que Caio era um “furtador”. Caio toma 
conhecimento dos fatos, procura você na condição de advogado(a) e nega tudo o que foi dito por Roberta, ressaltando 
que ela só queria atingir sua honra. Nesse caso, deverá ser proposta queixa-crime, imputando a Roberta a prática de 
 
a) 1 crime de difamação e 1 crime de calúnia. 
b) 1 crime de difamação e 1 crime de injúria. 
c) 2 crimes de calúnia. 
d) 1 crime de calúnia e 1 crime de injúria. 
 
 
41. Ano: 2018 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase 
 
Leonardo, nascido em 20/03/1976, estava em dificuldades financeiras em razão de gastos contínuos com entorpecente 
para consumo. Assim, em 05/07/2018, subtraiu, em comunhão de ações e desígnios com João, nascido em 01/01/1970, 
o aparelho de telefonia celular de seu pai, Gustavo, nascido em 05/11/1957, tendo João conhecimento de que Gustavo 
era genitor do comparsa. Após a descoberta dos fatos, Gustavo compareceu em sede policial, narrou o ocorrido e indicou 
os autores do fato, que vieram a ser denunciados pelo crime de furto qualificado pelo concurso de agentes. No momento 
da sentença, confirmados os fatos, o juiz reconheceu a causa de isenção de pena em relação aos denunciados, 
considerando a condição de a vítima ser pai de um dos autores do fato. Inconformado com o teor da sentença, Gustavo, 
na condição de assistente de acusação habilitado, demonstrou seu interesse em recorrer. Com base apenas nas 
informações expostas, o(a) advogado(a) de Gustavo deverá esclarecer que 
 
a) os dois denunciados fazem jus a causa de isenção de pena da escusa absolutária, conforme reconhecido pelo 
magistrado, já que a circunstância de a vítima ser pai de Leonardo deve ser estendida para João. 
b) nenhum dos dois denunciados faz jus à causa de isenção de pena da escusa absolutória, devendo, confirmada a autoria, 
ambos ser condenados e aplicada pena. 
c) somente Leonardo faz jus a causa de isenção de pena da escusa absolutória, não podendo esta ser estendida ao 
coautor. 
d) somente João faz jus a causa de isenção de pena da escusa absolutória, não podendo esta ser estendida ao coautor. 
 
 
42. Ano: 2017 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira

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