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TGDPRI Código civil – 1916 - 1917 Código civil – 2002 – 2003 O novo CPC se encontra hoje no chamado Vocatio Legis: e o tempo para adaptação do sistema jurídico e para que todos tenham conhecimentos das novas leis e não alegar o desconhecimento. Código Civil Parte Geral ou 1°fase – artigos 1 ao 103 pessoas e bens (física ou natural – jurídica ou moral). 2° fase – artigos 104 aos 232 – negocio jurídico. (Pessoas do Art. 3 = nulos/ pessoas do Art. 4 =anuláveis) Pessoas Incapazes Absolutamente incapaz Art. Três I – Os menores de 16 anos; II – Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a pratica desses atos; III – Os mesmos por causa transitória, Mao poderem exprimir a vontade. Relativamente incapazes Art. Quatro I – Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II – Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental tenham o discernimento reduzido; III – Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo IV – Os pródigos – e o que dissipa seus bens, que gasta mais do que o necessário; mão tem controle de seus gastos. Fontes do Direito Fonte Principal = leis, costumes (lícitos) Fontes acessórias = Analogia, Costumes e Princípios Gerais Do Direito = jurisprudência, doutrina e a sociedade. Princípios Gerais Do Direito Autonomia da vontade: quando o individuo gozando de todas as suas faculdades mentais, pode exercer todos seus direitos e deveres e responder por seus atos, sem necessário de alguém como espectador para sua vida civil. Consensualismo: e o consenso entre as partes para um acordo ou contrato Pacta Sunt Servanda: e a força do contrato entre as partes, tornando o contrato como força de lei, o contrato com força normativa para ser sujeito a sanção emitida no contrato quando uma das partes vai contra o contrato. Solidariedade da Família: e a solidariedade entre os membros da família como pensão alimentícia, mas quando provada a necessidade e a possibilidade de pagamento da outra parte. Mas também deve agir a proporcionalidade no pagamento da pensão. Pluralismo Familiar: e a multiplicidade de famílias de acordo com a doutrina, a jurisprudência. Famílias Casamento: Hetero ou homoafetivo União Estável: Hetero ou Homoafetivo Monoparental: quando a família só e composta pelo o pai ou a mãe. Ex: pai que não registra a criança e abandona a família, pai morto, ou separação. Anaparental: família entre irmãos sem a presença dos pais. Mosaico: e quando o casal já tem filhos de outro casamento, quando se casam de novo vivem todos os filhos tantos os do outro casamento quanto os que vieram do novo casamento. Paralela: e a família formada com uma mulher fora do casamento (amante) Poliamor: e uma família onde e constituída de, mas de duas pessoas no relacionamento. Ex: uma mulher e dois homens, um homem e duas mulheres. Adoçal: e a família constituída por filhos adotados. Socioafetivas: são aquelas que são formadas por filhos não consangüíneos, mas de consideração ou quando não a conhecimento do não parentesco. Eu sozinho: solteiros, viúvos ou separados. Eudomonista: O importante e ser feliz. Limitação do testar: e a forma do testamento. E as regras que tem que ser seguidas para ser atestado. Propriedade do atestado que seja própria e quitada, e todo patrimônio e atestado para os parentes de acordo com a lei. A limitação e que 50% do patrimônio e para os ditados na lei filhos, pais e cônjuge. Liberdade de Testar: e poder atesta a sua propriedade para quem você escolher, mas deve ser limitado pela lei. Contraditório: e a contestação feita pela defesa contra uma petição ou qualquer tipo de acusação, a defesa do réu e o principio do contraditório. O principio do contraditório e de 15 dias corridos. Mas hoje com o NCPC será de 15 dias úteis. Imparcialidade: e por que o juiz deve agir de forma imparcial. Código Civil lei n° 10/406/2002 Art. 1° - Homem – pessoa: mo código civil de 2002 a palavra homem foi trocada para pessoa, assim englobando homens e mulheres com direitos iguais para ambos. Art. 2 – teorias de como da inicio a personalidade I – Natalista: e que diz que seu direito começa quando se tem um nascimento com vida, assim se tornando uma pessoa. Ou seja, quando ele nasce. II – Concepção: essa teoria determina que o nascituro já e pessoa, mesmo que este não nasça. A vida para essa teoria começa quando a vida uterina (abrangendo também o feto). Essa concepção pode ser usada no âmbito jurídico, com um pedido de alimentos – gravídicos, que são dados para o feto por determinação do juiz. III - Personalidade Condicionada: essa teoria diz que o nascituro e pessoa se esse nascer com vida. OBS: A teoria Natalista afirma que a aquisição da personalidade só ocorre partir do nascimento com vida, ou seja, não sendo pessoa o nascituro possui apenas uma 'expectativa de direito'. Enquanto a teoria da personalidade condicional aceita o nascituro com direito sob forma suspensiva, ou seja, ao ser concebido o nascituro adquire direito, como o direito à vida, mas não direitos referentes a patrimônios; por exemplo. Porém a personalidade civil só é adquirida após o nascimento com vida. As diferenças entre o CPC E NCPC Art. 3 (hoje) Absolutamente incapaz (AI) – devem ser representados se não os atos se tornaram nulos. I – menores de 16 anos / todo menos não tem direito no processo civil II – deficientes mentais.... III – os que por causa transitório... Art. 3 (depois de 2015) I – menores de 16 anos. Art. 4 (hoje) Relativamente incapaz (RI) – necessitam ser assistidos se não os atos se tornam anuláveis. I – entre 16 e 18 anos II – Ébrios habituais (ex, alcoólatras), viciados em tóxicos, deficiência mental reduzida III – excepcionais... IV – Prodigo § único Art. 4(depois de 2015) I – 16/18 anos II – Ébrios III – os que por causa transitória.. IV – prodigo – pessoas que gastam sem limites. § único O parágrafo único fez a troca de “índio” para “indígenas”. A capacidade do índio será indicada por legislação especial, Estatuto do Índio. De acordo com o estatuto do índio em classifica os índios em: a) Índio integrado: o índio que apesar de respeitar a tradição e costumes, e inteiramente integrado na sociedade e também respeitando os direitos e deveres civis (absolutamente capaz); b) Índio semi – integrado: o índio que permanece na sua tribo e seguindo seus costumes, mas, aceita uma ajuda do externo (ex: que professores entre nas tribos para alfabetizar os jovens e adultos da tribo (relativamente incapaz); c) Índio não – integrado: o índio que permanece na sua tribo isolada e sem o a interferência do externo, só seguindo seus costumes e tradições. (absolutamente incapaz) Emancipação Art. 5° CC – Gozar de plenos direitos civis, se tornando capaz mesmo sem a idade. A classificação (numnus clausus – rol taxativo, não aceito interpretação extensiva) 1) Parental ou voluntaria – 1°parte do I – do Art. 5°: e aquela emancipação feita pelos pais de livre e espontânea vontade. Legal: incisos II - Pelo casamento, III – Pelo exercício publico efetivo, IV – Pela colação de gral em curso de ensino superior, V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Judicial: 2° parte do inciso I – do Art. 5°: pela falta dos pais e nomeado um tutor o juiz por ordem judicial pode determina a emancipação, se o jovem tiver dezesseis anos completos.2) Legal: expressar – quando a um documento expressamente atestando sua emancipação. Tácita – incisos II, III, IV e V. A emancipação só pode ocorrer entre os 16 anos e 18 anos. Pais podem emancipar o filho de maneira voluntaria ou por ação judicial, quando o tutor deve entrar com uma ação para ser a pessoa a comparecer no pedido de emancipação do tutelado. O casamento também traz a emancipação dos menores, sendo que a idade mínima para contrair núpcias e 16 anos com a aprovação dos pais, salvo se o menor for emancipado. Se o casamento e valido a amancipação permanece mesmo com a separação. Caso o casamento for nulo: Em regra o casamento nulo não produz nenhum efeito (art.1563 CC), logo o emancipado retorna à situação de incapaz. Entretanto, aquele que contraiu o casamento de boa-fé permanecerá válido os efeitos civis (por exemplo, a emancipação), senão vejamos: Art. 1561: “Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória. § 1o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão. § 2o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão." Art. 6° – morte real: e quando a um corpo para provar a morte do individuo Art. 7° - morte presumida: e quando a um desaparecimento e não a corpo para provar a morte de acordo com requisitos do Art7°(I / II) I – O individuo tem que estar em estado de perigo, por exemplo, um seqüestro, onde a uma comprovação (uma ligação) para prova o perigo, e não havendo o corpo para provar. II – Quando o individuo esta em Estado de guerra/campanha ou refém de das forças armadas inimigas, após dois anos não houve volta e declarado a morte presumida. § único – depois de provado o estado de perigo do individuo, não havendo noticias e finalizadas as busca pelo corpo, abrira a ação para emitir o atestado de óbito. Art. 8° Comoriência ou morte simultânea: e quando a duas ou mas mortes acontecem e não se pode determina a sequencia das mortes, declarando assim a morte simultânea. Ex: em um avião esta o pai e o filho, mas velho de três, sendo assim o primogênito, durante o vôo acontece uma a queda desse avião e ambos morrem. Nesse caso a parte do primeiro e um herdeiro com sua morte a beneficiada de a mãe sendo que esse filho não tinha herdeiros, só que a mãe dos outros dois filhos não quer que a ex mulher do seu falecido seja herdeira então essa entra com uma ação para que seja declarada a morte simultânea para que assim o primeiro filho não seja herdeiro, pois se o filho morre simultaneamente com o pai então ele não será herdeiro por que primeiro filho só herda se o pai falecer primeiro. Casos de comoriência são raros e estão ligados a patrimônios a serem herdados. Lei. 6.015/73 1.1Principio da Imutabilidade relativa ou nome. ( os casos em que uma pessoa possa mudar seu nome) Nome:Prenome - Marcos Vinicius/ Sobrenome – Fernandes De Brito 1.2Hipóteses 1. Ridículo – Dês de 1973 registrarmos um nascituro com o nome que exponha este ao ridículo e proibido por lei. (feri a dignidade da pessoa humana Art. 60 CF) 2. Alcunha ou hipocorístico – o primeiro referiu - se a um apelido publico e notório Ex. pele, tiririca, lula, Xuxa esse apelido podendo ser introduzido no nome se assim o dono alcunha for conhecido publicamente. O segundo são apelidos provenientes do seio familiar do individuo. Ex. Pedrinho, bia, biel este apelido não e conhecido publicamente. 3. Agnome – e o que se usa para diferencia nomes idênticos. Ex. ao fim do nome filho, neto, primeiro, segundo e etc. 4. Adoção – e quando a adoção pode se permutar o prenome e sobrenome dependendo da idade da criança. 5. Casamento – no caso do casamento pode- se ou não incorpora o sobrenome do cônjuge 6. União estável – reconhecida a União estável no cartório pode – se incorporar o sobrenome do companheiro (pros administrativos) 7. Divorcio - quando a o divorcio pode - se retirar o sobrenome mas, podendo permanecer para não haver perda de identidades com os filhos. 8. Coação – a alteração do nome por este caso e quando a coação sobre o individuo traz a necessidade de mudar todo o nome para proteger a integridade física do individuo. 9. Prejuízo Profissional – quando a perda do nome for prejudicial para sua carreira profissional. 10. Socioafetivas – e o vínculo que acontece entre pessoas que não são exatamente pais e filhos consangüíneos. Ex. madrasta, padrasto pois a um vínculo afetivo entre eles que pode ser reconhecido judicialmente e podendo ser incorporado no nome do enteado o sobrenome do padrasto e também na certidão de nascimento. 11. Transexual – quando a troca de gênero e podendo haver a troca do nome que vá contra o gênero que foi escolhido, não necessariamente obrigatório a mudança de sexo para mudar de nome, pois se for do desejo do individuo mudar para um nome diferente do seu gênero e permitido. Como o nome social a baixo. 12. Nome Social – e quando as pessoas pedem para formalmente e socialmente ser chamado por outro nome. Ex. um homem quer ser chamado socialmente por um nome de mulher. Direito a Personalidade 1. Pessoa: e todo ente físico ou coletivo suscetível de direitos e deveres 2. Integridade Física – e sobre a preservar o corpo do individuo (vivo ou morto) Intelectual – direitos autorais, pensamentos, teorias, conceitos e etc. Moral – o nome, imagem, reputação, dignidade e etc. Art. 52 – CC: e aplicável a pessoas jurídicas o direito previsto no direito a personalidade no que cobre a pessoa jurídica. A pessoa jurídica não tem direito a integridade física somente a integridade intelectual e moral. Características Absoluto – pois e para todos, pessoas física ou jurídica podem pedir a proteção dos direitos a personalidade. Ilimitado – pois não acaba perdura alem da vida. Vitalício – pois perpetuasse eternamente ate pós morte. Impenhorável - seu corpo não pode ser dado como garantia de qualquer bem. Irrenunciável – não pode – se renunciar a proteção dos direitos e nem transmissível, salvo em casos previstos em lei. Ex. você não pode doar seu coração, mas pós morte ele pode ser transplantado caso o indivíduo for adepto do transplante. Ausência - 22/39 1. Fases 1.1 – Curatela dos bens do ausente Art. 22/26 1.2 – Ausência ou sucessão provisória. Art.26/36 1.3 – ausência ou sucessão definitiva. 2. Características * Desaparecimento * Bens ao desamparo * Decisão judicial * Falta de noticias O ausente e um absolutamente capaz, pois ele não esta nos artigos 3 ou 4 da CF. E no inciso que fala, ‘’os mesmos de forma transitória..” o ausente não entra nesse inciso pois são para indivíduos com perda da sua capacidade temporariamente. A uma diferença entre o ausente e a morte presumida, pois o ausente tem um desaparecimento sem estado de perigo com a morte presumida o indivíduo some durante um estado de perigo comprovado. Fases do processo de ausência. Pode haver três fases no processo de ausência. Primeiro deve – se ativar a maquina do Estado, só quem pode requerer o processo de ausência são as pessoas do Art. 27 e o ministério publico, para requerer o processo deve – se provar as características taxadas no Art. 28. 1° fase – curatela dos bens do ausente Depois de aceitado o requerimento e nomeado um curador para avaliar os bens do ausente em um período de um ano. As pessoas que podem ser curado esta no Art.22. Na falta de alguém para ser o curador o juiz determinara um para o caso. Passado um ano e cento e oitenta dias entra na segunda fase. 2° fase – sucessão provisória, não havendo, mas necessidade de um curador nessa fase. O juiz então determina após a solicitação da ausência provisória a partilha dos bens do ausente entre os seus herdeiros, nessa fase os herdeiros não podem vender os bens do ausente devem cuidar de e proteger os bens sendo agora os curadores desse bem. Essa fase dura 10 anos. 3° fase – após os dez anos da fase provisória, solicitam – se a ausência definitiva, os herdeiros podem agora vender os bens adquiridos na partilha. Essa fase também dura 10 anos. Se durante os dez anos o ausente retorna, ele tem o direito a reaver todos os bens que o herdeiro recebeu, se o bem foi vendido e o dinheiro foi convertido em outro bem o ausente recebera o bem que o herdeiro adquiriu no lugar do seu bem. (Art.39) Após os dez anos o ausente regressar ele não terá direito de reaver o que já foi herdado pelos herdeiros. Art. 33 – Os herdeiros necessários podem goza de 100% dos frutos e rendimentos, não sendo um herdeiro necessário, por exemplo, um colateral (irmão), deve – se capitalizar somente 50% dos frutos e rendimentos. Devendo ser guardando os outros 50% dos frutos e rendimentos para se caso o ausente regressar durante a provisória ele tem direito a esses 50% dos frutos e rendimentos caso comprovada que a sua ausência não foi de má Fé, caso contrario ele perde direito aos 50%. (Art. 30). Tipos de Herança Herança jacente – e o caso de morte presumida ou ausência, a herança jacente e quando a morte do individuo e este não tem herdeiros, ninguém para receber a herança, ou todos os herdeiros renunciarem a herança. Na ausência, a herança jacente e no período da curatela de cento e oitenta dias. Com essa falta se torna herança vacante. Herança vacante – e que a herança passa paras as mãos do Estado caso o ausente volte o Estado deve devolver a herança ao ausente. Caso onde a ausência tem somente duas fases – quando o ausente tiver um procurador nomeado legalmente. Nesse caso o processo terá somente duas fases por que a fase da curatela não fará, mas parte do processo. Sendo agora após 3 anos (tempo que a procuração perdera a força) e cento e oitenta dia será então aberta a fase de sucessão provisória. Caso em que haverá somente uma fase – quando o ausente tem mas de oitenta anos e já esta desaparecido a cinco anos, o processo pode ser aberto já na fase definitiva. 1. Morte presumida sem declaração de ausência - Art. 7 e quando o indivíduo some com de acordo com as especificações desse artigo, sendo declarada a morte presumida sem o processo de ausência. 2. Morte presumida com declaração de ausência - e quando a o processo de ausência e na definitiva se declara a morte presumida. Domicilio - Art. 70/78 conceito - "domicílio é o lugar onde a pessoa estabelece a sede principal de seus negócios (constitutio rerum et fortunarum), o ponto central das ocupações habituais". Em nosso Código Civil encontramos a indicação de qual seria, como regra geral, o domicílio da pessoa natural (note-se que o Código não fornece um conceito de domicílio): Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. No conceito de domicílio estão presentes dois elementos: um subjetivo e outro objetivo. O elemento objetivo é a caracterização externa do domicílio, isto é, a residência. O elemento subjetivo é aquele de ordem interna, representado pelo ânimo de ali permanecer. Logo, domicílio compreende a idéia de residência somada com a vontade de se estabelecer permanentemente num local determinado. Pluralidade de domicílios e domicílio incerto É perfeitamente possível que uma pessoa possua mais de um domicílio, residindo em um local e mantendo, por exemplo, escritório ou consultório em outro endereço. A pluralidade de domicílios é disciplinada nos arts. 71 e 72, do Código Civil: Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. Há também casos de pessoas que vivem de passagem por vários locais, como os circenses, sendo que o Código Civil estabelece, para tanto, a seguinte solução: Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. (grifo nosso). Tal regra aplica-se também em relação às pessoas que têm vida errante, como ambulantes, vagabundos, pessoas desprovidas de moradia etc. Espécie Civil - Local onde a pessoa estabelece, com ânimo definitivo, sua residência e responde por suas atividades sociais e negócios jurídicos. Voluntario - O domicílio voluntário da pessoa natural é o lugar onde ela fixa sua residência com ânimo definitivo (CC, art. 70), admitindo pluralidade de domicílios quando a pessoa tiver diversas residências, onde alternadamente viva (CC art.71); e quando exercer sua profissão em lugares diversos (CC art. 72). Considera-se como domicílio da pessoa que não tem residência habitual o lugar onde a mesma for encontrada (CC art. 73). O domicílio voluntário da pessoa jurídica de direito privado é o do lugar da administração ou onde o estatuto designar. No entanto, se a pessoa jurídica tiver diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados (CC, art. 75, §1.º; STF, Súmula 363). Convencional - O domicílio convencional (ou foro de eleição), por último, pode ser ajustado entre as partes nos contratos escritos, sendo, no entanto, que não será válido o foro de eleição que prejudicar o consumidor ou o aderente (nos contratos de adesão). O domicílio convencional só vale para as obrigações daquele contrato específico (domicílio especial). Eleitoral - Domicílio eleitoral é a expressão legal para definir o local em que um cidadão deve votar nas eleições.É o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado o alistando ter mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. É regulado pelo artigo 42 do Código Eleitoral. Legal ou Necessário: decorre da lei, em atenção à condição especial de determinadas pessoas. Assim, temos: (art. 76, CC) ● Domicílio do incapaz: é o do seu representante ou assistente; ● Domicílio do servidor público: é o lugar em que exerce permanentemente as suas funções; ● Domicílio do militar: é o lugar onde serve, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontra imediatamente subordinado; ● Domicílio do marítimo: é o lugar onde o navio estiver matriculado; ● Domicílio do preso: é o lugar em que cumpre a sentença. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve (art. 77, CC). O domicílio necessário poderá ser originário ou legal. Será originário quando adquirido ao nascer, como ocorre com o recém-nascido que adquire o domicílio dos pais. O domicílio legal é aquele que decorre, como o próprio nome já acusa, de imposição da lei. É o caso dos menores incapazes, que têm por domicílio o de seus representantes legais(art. 76, CC). O domicílio do menor acompanha o domicílio dos pais, sempre que estes mudarem o seu. Ocorrendo impedimento ou a falta do pai, o domicílio do menor será o da mãe. Se os pais forem divorciados, o menor terá por domicílio o daquele que detém o poder familiar. E no caso de menores sem pais ou tutor, sob cuidados de terceiros? Levar-se-á em consideração o domicílio desses terceiros. E se não existirem tais terceiros? Deverá ser levado em conta o domicílio real. Quanto ao militar, se em serviço ativo, consiste o domicílio no lugar onde estiver servindo. Caso esteja prestando serviço à Marinha, terá por domicílio a sede da estação naval ou do emprego em terra que estiver exercendo. Em se tratando da marinha mercante (encarregada do transporte de mercadorias e passageiros), seus oficiais e tripulantes terão por domicílio o lugar onde estiver matriculado o navio. O preso também está sujeito ao domicílio legal, no local onde cumpre a sentença. Se o preso ainda não tiver sido condenado, seu domicílio será o voluntário. c) de Eleição: decorre do ajuste entre as partes de um contrato (art. 78, CC e art. 111, CPC). A eleição de foro só pode ser invocada nas relações jurídicas em que prevaleça o princípio da igualdade dos contratantes e de sua correspondente autonomia de vontade (arts. 51 IV, CDC e 9º, CLT). Domicílio da Pessoa Jurídica As pessoas jurídicas de direito público interno possuem domicílio especificado em lei: art. 75, do CC, art. 99 do CPC, e art. 109, §§ 1º e 2º da CF/88. O domicílio da pessoa jurídica de direito privado é o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, isto quando os seus estatutos não constarem eleição de domicílio especial. O parágrafo 1º do mesmo artigo estabelece que se houver mais de um estabelecimento relativo a mesma pessoa jurídica, em lugares diferentes, cada qual será considerado domicílio para os atos nele praticados. Caso a pessoa jurídica só tenha sede no estrangeiro, em se tratando de obrigação contraída por agência sua, levar-se-á em consideração o estabelecimento, no Brasil, a que ela corresponda como emana do parágrafo 2º do já citado art. 75, CC. Dispõe a Súmula 363, do STF: "A pessoa jurídica de direito privado pode ser demandada no domicílio da agência, ou do estabelecimento, em que se praticou o ato". O Código de Processo Civil, em seu art. 88, I e parágrafo único, também disciplinam a matéria, dispondo: "Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: I - o réu, qualquer que seja sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; Parágrafo único. “Para o fim do disposto no n° I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal”. Bens Bem Econômico – um bem suscetível a ser adquirido, comprado comercializado. Bem Não – Econômico – algo não comercializável, não pode ser vendido nem doado. Ex: a vida e a liberdade. Classificação 1. Bem móvel – e o bem que não pode ser movido, retirado, transportado, transferido e não pode ser removido, pois si ele for perdera seu valor e finalidade. Divide – se em: Por natureza – Art. 79 – e um bem natural que nasci, cresce sem a interferência do homem. Ex: o solo e tudo que provem dele naturalmente. Determinação legal – o bem que excepcionalmente por determinação judicial ou por lei se torna imóvel. Ex: na partilha provisória do processo de ausência, a herança e um bem móvel que por lei se torna imóvel para que não aja subtração de bens por ma Fe. Convencional – contrato, acordo, (vender de porteiras fechadas). As vendas de bens movem que por contrato e vendido como um conjunto, uma bem imóvel. Ex: apartamentos mobilhados. Artificial – e todos os bens que são feitos pelo homem, prédios, casas, carros. 2. Bem móvel – Art. 82 – todo bem que pode ser transportado, mudado de lugar, movido. Divide – se em: Remoção alheia – são bens que só e movidos por terceiros, que sozinhos não se movem. Ex: carros Remoção própria – são bens que se movem sozinhos, por vontade própria. Ex: animais Ex: materiais não fixados ao solo são moveis . Matérias que são retirados de lugares imóveis depois recolocados são continua sendo imóvel Matérias retirados e não fixados de volta no lugar sendo vendidos ou descartados se tornam moveis novamente. Uma moradia mesmo móvel não perdera seu caráter imóvel, pois tem lugares fixos. 3. Bem fungível – e um bem de fácil substituição, por outro de mesmo gênero, qualidade e finalidade. Ex: objetos corriqueiros como lápis, canetas. Bens infungíveis – são bens raros que não podem ser substituídos. Ex: obras de artes, carros únicos e raros. Pode – se também um juiz decidir que um bem fungível ser considerado para uma pessoa infungível, dependendo do caso. OBS: um carro pode ser considerado infungível pelo fato do chassi. 4. Bem divisível – e quando o bem mesmo que for dividido não perdera sua finalidade ou valor econômico. Ex: quantias em dinheiro. Bem indivisíveis – e o bem que apesar de poder se dividido literalmente perde sua finalidade e o valor econômico como uma mesa, como rasgar uma nota de vinte reais ela perderia a sua finalidade se for rasgada. Bem consumível - será um bem que podem ser consumidos, dês que ocorrendo uma destruição imediata ou destinado a alienação (transferência para outra pessoa de bem ou direito. Bem inconsumíveis – são bens que admitem seu uso, mas sem destruição das suas substancia. Bens principais – são os bens que existem independentes de outro. Que existe por si só Art. 92 CC (Ex: o solo e principal) Bens acessórios – são os bens que existem por dependência de outros. O bem acessório segue o principal. OBS: O bem principal e extinto o bem acessório também será ao contrario o principal segue existindo independente do acessório pois ele existe por si só. Ex: o solo e principal, tudo que se incorpora permanentemente a ele e acessório, como arvores, plantas ou construções. Nos bens moveis, principal e aquele para a qual as outras se destinam, para fins de uso, enfeites ou complementos. Ex: uma jóia a pedra e um acessório do colar. Benfeitorias – melhoramentos feitos no bem incorporados ao objetos elevando seu valor comercial. pertenças – não se incorporar no bem servem apenas para proteger, conservar ou para adunar o bem, e não agrega valor comercial no bem. Benfeitorias classificam em: a) Necessárias: são benfeitorias de urgência que se não forem feitas acabara danificando o bem. Se nesse caso de emergência o concerto for feito pelo locatário este será ressarcido. Caso o proprietário não pagar de forma voluntaria o locatário pede aplicar o Direito de retenção e reter o bem do proprietário. b) Úteis – benfeitorias que foram feitas para a facilitação do uso do bem pelo locatário. Deve – se ser necessário a autorização do proprietário em acordo entre eles. Ex: armários planejados, havendo a autorização desta benfeitoria sendo que vai aumentar o valor econômico do apartamento então o proprietário deve ressarci o locatário. c) Benfeitorias voluptuárias – são benfeitorias feitas desnecessariamente por mero capricho, apenas para enfeitar o bem por desejo do locatário. Essas benfeitorias não são ressarcidas, salvo acordado com o proprietário. Se feito uma benfeitoria como essa e acabar por mudar o bem do proprietário de forma drástica, o locador pode pedir que sejam desfeitas e colocadas da formas que estavam anteriormente Bens Públicos Art. 39 Classificasse: I – Uso comum do povo – são bens abertos a todo povo, para todos e que todos possam usufruir e acessar. Tais como – rios, mares, estradas, ruas e praças. Apesar de publico eles podem sercobrados pelo o Estado para o acesso. Ex: o zoológico. II – De uso especial – um bem publico, mas tem uma finalidade especial. Ex: Edifícios, terrenos específicos para uso de destinados serviços ou estabelecimentos administrativos, Federas, Estaduais e municipais estes bens que são criados com uma finalidade especifica. Ex: tribunais, ministérios, não somente bens imóveis. Bens Públicos dominicais - São aqueles bens que pertencem a União, ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Município, não sujeito a usucapião, que somente podem ser alienados na forma e nos casos especificados em lei. Os bens públicos poderão ser de uso comum, ou seja, aqueles que são utilizados pela comunidade de forma indistinta, como as praças, por exemplo; poderão ser de uso especial, ou seja, aqueles que são utilizados pelo próprio poder público para o cumprimento de suas funções, como as repartições públicas, por exemplo; e, por fim, poderão ser de uso dominicais, ou seja, aqueles que são utilizados pelo Estado com fim econômico, como imóveis desocupados, por exemplo. Bens Públicos só podem ser alienados (transferidos do seu domínio) quando este Fo desafetado (mudado por lei, e a conversão de um bem publico especial para um bem dominical assim podendo ser alienado). Pessoa Jurídica - Art. 40 / 69 O que é pessoa jurídica? – a pessoa jurídica e um órgão ou impressa, por exemplo, a pessoa física representa a pessoa jurídica, a PJ e sujeita de Direito e Deveres, traz o conceito de realidade técnica a PJ existe é e regulada pela legislação. Classificam – se em: Direito Público – interno /externo Direito Privado – Art. 44 Pessoa Jurídica de Direito Publico Interno – e a União, Estados – Membros, Municípios e o DF, e a pessoa jurídicas que o Estado cria por leis dentro do Estado. Pessoa Jurídica de Direito Publico Externo - são as pessoas jurídicas internacionais empresas que tratam e assuntos de interesse publico, regulamentado pelo código internacional. A PJ de DIR – Público Externo são aquelas recepcionadas por tratado e etc. Ex: ONU Pessoas Jurídicas de Direito Privado Art.44 Tipos: 1 – Associação / Art. 53- 61 2 – Fundação / Art. 62 – 69 3 – Sociedade – não é bem retratada no CC 4 – Partido Político – não é bem retratada no CC 5 – Organização Religiosa – não é bem retratada no CC 6 – EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) Em relação pessoas jurídicas de direito privado observa-se que: a) ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS - São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento; b) PARTIDOS POLÍTICOS - Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. Assim, estas pessoas jurídicas serão reguladas por legislação própria; c) APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEGISLAÇÃO - As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial do Novo Código Civil. 2. EXISTÊNCIA LEGAL Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro (prazo decadencial). 3. REGISTRO DA ENTIDADE O registro declarará: I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. Associação 4. CONCEITO DE ASSOCIAÇÃO A associação é uma pessoa jurídica de direito privado tendo por objetivo a realização de atividades culturais, sociais, religiosas, recreativas etc., sem fins lucrativos, ou seja, não visam lucros e dotadas de personalidade distinta de seus componentes. Com a aquisição da personalidade jurídica a associação passará a ser sujeito de direitos e obrigações. Em decorrência, cada um dos associados constituirá uma individualidade, e a associação uma outra, tendo cada um seus bens, direitos e obrigações, sendo que há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocas. 5. CONTEÚDO DO ESTATUTO Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção; V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução; VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 6. DIREITOS DOS ASSOCIADOS Os associados deverão ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. 7. INTRANSMISSIBILIDADE DA QUALIDADE DE ASSOCIADO A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, "de per si", na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 8. EXCLUSÃO DE ASSOCIADO A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 9. EXERCICIO DO DIREITO DE ASSOCIADO Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. 10. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA ASSEMBLÉIA GERAL Compete privativamente à assembléia geral: I - destituir os administradores; II - alterar o estatuto. Para essas deliberações é exigida Assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. 11. CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la. 12. DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56 do Novo Código Civil (Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto), será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberaçãodos associados, poderão estes, antes da destinação do remanescente, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação. Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União. Fundação: As Fundações de Direito Privado são constituídas a partir de um patrimônio ou viabilidade econômica, estabelecendo seu funcionamento e organização através de um Estatuto, que passa a ser a lei que rege as relações jurídicas envolvidas. O estatuto tem por escopo estabelecer as relações entre órgãos da fundação, e as conseqüências para os beneficiários. Tem a força de observância obrigatória, por ser a lex privata da entidade, ou seja, traz cláusulas normativas que criam regras de obediência dentro da entidade . Vincula a todos, quaisquer que sejam os fatos supervenientes ou circunstanciais à sua execução. Assim, o processo de criação do contrato, ainda que unilateral, produz regramento de eficácia que conduz à criação da fundação privada, bem como à especificação do modo de administração e respectivo regulamento. É o estatuto, instrumento contratual de regramento interna corporis, advindo de negócio jurídico unilateral, competindo ao instituidor ou às pessoas encarregadas por ele, o encargo de redigir a norma interna corporis, em obediência às linhas estruturais fixadas no negócio jurídico instituidor. Nessa elaboração, deve-se observar estritamente as determinações do instituidor definidas no negócio de instituição em conformidade com o Código Civil Brasileiro e a Lei de Registros Públicos. Caio Mário da Silva assim conceituou a pessoa jurídica denominada FUNDAÇÃO “É a atribuição de personalidade jurídica a um patrimônio, que a vontade humana destina a uma finalidade social. É um pecúlio, ou um acervo de bens, que recebe da ordem legal a faculdade de agir no mundo jurídico, e realizar as finalidades a que visou o seu instituidor”. Constituindo um patrimônio em função do fim a que se destina, vê-se logo seu substrato material, representado pela idéia ou pela afetação patrimonial que a caracteriza, diferentemente das sociedades e das associações, cujo substrato é a vontade das pessoas. O acervo de bens que as integra desprende-se da vontade criadora para cumprir sua destinação de forma absolutamente autônoma, cuja atuação se dá através de seus órgãos deliberativos. Segundo definição mais concisa que encontramos fundação nada mais é que um patrimônio personalizado, destinado a um fim. Realmente, fundação é, em última análise, o patrimônio separado para fazer nascer ente jurídico que deverá cumprir os objetivos fixados pelo instituidor. Assim, e conforme se infere do artigo 62 do Código Civil, não é possível a instituição de qualquer fundação sem que sejam separados, pelo instituidor, “bens livres” necessários e suficientes para a sua formação. “Artigo 62. Para criar uma fundação, far-lhe-á o seu instituidor, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la”. (Código Civil) A finalidade é necessária ressaltar, além de não ser egoística, também não pode ser genérico, devendo ser a mais especifica possível. Não podemos ver, como correta, a pretensão de alguém instituir fundação que não tenha um objetivo “específico e determinado”. A disposição de bens por um ou mais particulares para a realização de um fim de utilidade pública não constitui, por si só, substrato da fundação. É preciso que o próprio instituidor, ou o executor da sua vontade exprima o desejo de que o fim seja realizado por uma entidade jurídica expressamente criada e que essa entidade tenha organização adequada. O ato de instituição completo é, pois, aquele em que o instituidor, adaptando a forma legalmente conveniente, disponha dos bens para a realização de fim especifica e logo trace a normas orgânicas da entidade que deverá gerir o patrimônio criado para prosseguir o escopo indicado. Assim, com o patrimônio separado, há duas hipóteses de nascimento de fundação: por atos vivos (escritura publica, com interveniência do Ministério Público) ou causa mortis (por testamento, sendo também imprescindível a presença do Ministério Público, agora nos autos de inventário). Nas duas situações, serão sempre observados os requisitos determinados na legislação aplicável: 1 – um patrimônio composto de bens livres no momento da constituição ou da lavratura do testamento; 2 - ato constitutivo da fundação, em regra por escritura pública, se vivo o instituidor, ou ainda, por testamento onde se doa o patrimônio necessário para futura constituição da entidade, por quem de direito; 3 – declaração da finalidade precípua e especifica da fundação; 4 – o estatuto ou seu esboço (dispensável em casos de testamento) que conterá no mínimo: a) denominação, sigla, fins e sede; b) patrimônio e forma de geri-lo; c) modelo de administração, sendo necessária a instituição de um Conselho Curador como autoridade máxima no comando da entidade fundacional; d) rito de eleição dos membros da direção; e) nomeação do representante legal da entidade (geralmente o Diretor Presidente) perante os órgãos públicos, inclusive Poder Judiciário; f) rito para reforma estatutária ou mesmo extinção da entidade fundacional e a conseqüente destinação de seu patrimônio (para entidades congêneres); g) disposições transitórias. 5 – Aprovação do Ministério Público para posterior obtenção do necessário registro no Cartório das Pessoas Jurídicas, obtendo a entidade no mundo legal personalidade e capacidade jurídica. Consoante a legislação em vigor, o órgão encarregado de velar pelas fundações é o Ministério Público que, então, dá a última palavra sobre a possibilidade ou não de se instituir uma fundação. Fundação é uma pessoa jurídica criada por dotação de um particular, ou mesmo do Estado, para fins de utilidade pública em geral, em regra beneficente, filantrópica ou para desenvolvimento cultural, científico ou tecnológico. Para criar uma fundação, far-lhe-á o seu instituidor, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que a destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens doados serão convertidos em títulos da dívida pública, se outra coisa não dispuser o instituidor, até que, aumentados com os rendimentos ou novas dotações, perfaçam capital bastante. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado, onde situadas. Aqueles, a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases, os estatutos da fundação projetada, submetendo-os, em seguida, à aprovação da autoridade competente. Se esta lha denegar, supri-la-á o juiz competente, com os recursos da lei. Para se poderem alterar os estatutos da fundação, é mister: - que a reforma seja deliberada pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a fundação; - que não contrarie o fim desta; - que seja aprovada pela autoridade competente. A minoria vencida na modificação dos estatutos poderá, dentro em 1 (um) ano, promover-lhe a nulidade, recorrendo ao juiz competente, salvo o direito de terceiros. Verificado ser nociva, ou impossível, a mantença de uma fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou nos estatutos, será incorporado em outras fundações, que se proponham a fins iguais ou semelhantes.Esta verificação poderá ser promovida judicialmente pela minoria, ou pelo Ministério Público. EIRELI – não será retratada nesse momento, mas no direito empresarial. Mas e bom ter uma Idéia. DEFINIÇÃO Criada pela Lei 12.441, de 11/07/2011, a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI é aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa. A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. Ao nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. A Empresa individual de responsabilidade limitada será regulada, no que couber, pelas normas aplicáveis às sociedades limitadas. O DREI - Departamento de Registro Empresarial e Integração, publicou a Instrução Normativa nº 10/2013, em 05/12/2013, que aprova o Manual de Atos da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, conforme seu Anexo V (consulte aqui o Manual da EIRELI) REQUISITOS E IMPEDIMENTOS Para ser titular de empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI, alguns requisitos legais devem ser preenchidos por aquele que deseja constituir ou abrir uma EIRELI. Seguem abaixo requisitos e impedimentos para ser titular e administrador. CAPACIDADE PARA SER TITULAR Pode ser titular de EIRELI a pessoa natural, desde que não haja impedimento legal: a) maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que se achar na livre administração de sua pessoa e bens; b) menor emancipado: • por concessão dos pais, ou de um deles na falta de outro se o menor tiver dezesseis anos completos. A outorga constará de instrumento público, que deverá ser inscrito no Registro Civil das Pessoas Naturais e arquivado na Junta Comercial. • por sentença do juiz que, também, deverá ser inscrita no Registro Civil das Pessoas Naturais; • pelo casamento; • pelo exercício de emprego público efetivo (servidor ocupante de cargo em órgão da administração direta, autarquia ou fundação pública federal, estadual ou municipal); • pela colação de grau em curso de ensino superior; e • pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria; Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado A prova da emancipação do menor de 18 anos e maior de 16 anos, anteriormente averbada no registro civil, correspondente a um dos casos a seguir, deverá instruir o processo ou ser arquivada em separado, simultaneamente, com o ato constitutivo: a) pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, ou por sentença judicial; b) casamento; c) exercício de emprego público efetivo; d) colação de grau em curso de ensino superior; e) estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha adquirido economia própria. IMPEDIMENTO PARA SER TITULAR Não pode ser titular de EIRELI a pessoa jurídica, bem assim a pessoa natural impedida por norma constitucional ou por lei especial. IMPEDIMENTOS PARA SER ADMINISTRADOR Não pode ser administrador de EIRELI a pessoa: a) condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perduraram os efeitos da condenação; b) impedida por norma constitucional ou por lei especial: • brasileiro naturalizado há menos de 10 anos: - em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e imagens; • estrangeiro sem visto permanente. A indicação de estrangeiro para cargo de administrador poderá ser feita, sem ainda possuir “visto permanente”, desde que haja ressalva expressa no ato constitutivo de que o exercício da função depende da obtenção desse “visto”; • natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território nacional e que se encontre no Brasil; - em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão sonora e de sons e imagens; - em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural na Faixa de Fronteira (150 Km de largura ao longo das fronteiras terrestres), salvo com assentimento prévio do órgão competente; • português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode ser administrador de EIRELI, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; • pessoa jurídica; • o cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado; • o funcionário público federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário estadual e municipal, observar as respectivas legislações; • o Chefe do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal; • o magistrado; • os membros do Ministério Público da União, que compreende: Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; • os membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição respectiva; • o falido, enquanto não for legalmente reabilitado; • o leiloeiro; • a pessoa absolutamente incapaz, tais como: o menor de 16 anos; o que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiver o necessário discernimento para a prática desses atos; o que, mesmo por causa transitória, não puder exprimir sua vontade; • a pessoa relativamente incapaz, quais sejam: o maior de 16 anos e menor de 18 anos (pode ser emancipado e, desde que o seja, pode assumir a administração de empresa); o ébrio habitual, o viciado em tóxicos, e o que, por deficiência mental, tenha o discernimento reduzido e o excepcional, sem desenvolvimento mental completo. Alerta importante: a capacidade dos índios é regulada por lei especial (Estatuto do Índio). ABERTURA, REGISTRO E LEGALIZAÇÃO Para abertura, registro e legalização do EIRELI, é necessário registro na Junta Comercial e, em função da natureza das atividades constantes do objeto social, inscrições em outros órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria de Fazenda do Estado (inscrição estadual e ICMS) e Prefeitura Municipal (concessão do alvará de funcionamento e autorização de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, meio ambiente e outros, conforme a natureza da atividade). REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL Faça o registro de EIRELI e o seu enquadramento como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP). Ocasião em que se deve apresentar para arquivamento (registro) o Requerimento de Empresário e o enquadramento como ME ou EPP na Junta Comercial, desde que atenda ao disposto na Lei Complementar 123/2006. A Consulta de Viabilidade do Nome Empresarial deve ser a primeira providência a ser tomada antes do registro (Requerimento de Empresário) da empresa. Essa medida é para certificar-se que não existe outra empresa já registrada com nome igual ou semelhante ao quevocê escolheu. Ato Constitutivo: Considerado na sua essência ou resultado, o ato constitutivo é o que tem poder de constituir, estabelecendo assim um direito ou um dever característico, essencial. Ato constitutivo pode ser considerado o mesmo que Contrato Social ou Estatuto. Documento redigido de acordo com determinadas normas, susceptível de produzir conseqüências jurídicas. Ato de constituir, estabelecer, firmar estatuto. ato constitutivo: ato jurídico expressivo da vontade humana, delineador da constituição e execução da pessoa jurídica; “manifestação escrita de vontade, com intenção de criar pessoa jurídica, sob forma permitida em lei, para a realização de objetivo determinado” (Walter Ceneviva) - critério das disposições normativas: vontade + condições legais predeterminadas – CC, arts. 45 e 46 / LRP, arts. 114 a 126. - duas fases no processo: 1ª) constituição ato inter vivos, nas associações e sociedades (fase volitiva) estatuto/contrato sócia ato inter vivos ou causa mortis, nas fundações escritura pública/testamento 2ª) registro > início, alterações, extinção (administrativa) CC, arts. 45 e 46 LRP, arts. 114 a 121 OBS: O estatuto e o contrato e um ato inter vivos são feitos perante vontade dos indivíduos para estabelecer, o estatuto que regira a associação. A outro tipo de ato constitutivo, este é para fundações que pode ser constituído por um ato inter vivos ou causa morte. Ato inter vivos: acordos feitos entre vivos que para a criação do estatuto. Ato causa morte: se caso um individuo deixar expresso no seu testamento que deseja ter a metade do seu bem que não comprometa a parte dos herdeiros necessários para criação de uma fundação. Sociedade fato / irregular: Atualmente, depois da entrada em vigor do Código Civil de 2002, a sociedade de fato e a sociedade irregular são consideradas espécies do gênero sociedades em comum, reguladas nos artigos 986 a 990 do referido diploma legal. Nada obstante sejam tratadas, na maioria das vezes, como expressões sinônimas, são conceitos que não se confundem. Nunca é demais lembrar que a sociedade se constitui somente depois da inscrição (registro) do ato constitutivo (contrato social ou estatuto social) no órgão competente. Partindo dessa premissa, e, em poucas palavras, deve-se compreender que sociedade de fato é aquela que não possui ato constitutivo, ao passo que, a sociedade irregular se evidencia por possuir ato constitutivo, mas não levado a registro. Teoria da desconsideração da pessoa jurídica: A pessoa jurídica e tem uma autonomia patrimonial a parte de seus sócios, a teoria da desconsideração e o afastamento temporário dessa autonomia para a quitação de dividas subtraída pelo o mau uso da pessoa jurídica. Vejamos se um grupo de pessoa entra em comunhão para a criação de uma sociedade limitada (empresa). Após um tempo a sociedade entre em decline e o dinheiro da PJ some ficando somente as dividas, entra ai a desconsideração da pessoa jurídica que e o afastamento a autonomia da PJ para que seja tirado do patrimônio dos sócios o necessário para a quitação das dividas e obrigações adquirida pela PJ. OBS: não confunda desconsideração com despersonalização. A primeira tem um caráter temporário de afastar a autonomia patrimonial para que possa ser atingidos os patrimônios dos sócios, a segunda tem uma caráter de extinguir a personalidade jurídica dando fim ao seu ato constitutivo coisa que não acontece na desconsideração. Desconsideração inversa – ocorre, mas no direito de família e quando o dado sócio passa seu patrimônio para a pessoas jurídica para dizer que tem pouco patrimônio se aproveitando do afastamento que a entre o patrimônio da pessoa física e o da jurídica, nesses casos comprovado essa ma Fe a desconsideração e inversa que passa d penetra o bem da pessoa jurídica para substituir o da pessoa física. RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS No tocante à responsabilidade civil das pessoas jurídicas, podemos subdividi-la em duas espécies: RESPONSABILIDADE CONTRATUAL É a responsabilidade que decorre de relação contratual. Assim, no que tange à responsabilidade contratual, as pessoas jurídicas de direito privado em geral, desde que se tornem inadimplentes, respondem por perdas e danos (art. 389 - CC). Entretanto, vale notar que as pessoas jurídicas de direito público têm regras próprias, previstas da Lei de Licitações (Lei 8666/93). RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL Na esfera extracontratual, as pessoas jurídicas de direito privado respondem civilmente pelos atos causados por culpa ou dolo de seus prepostos, tenham ou não fins lucrativos (art. 186 cc 932, III - CC). Por outro lado, por força do art. 37, §6º, CF, as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem independentemente de dolo ou culpa de seus prepostos, pelos danos que causarem a terceiros. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo (art. 43 – CC) A responsabilidade é objetiva, mas na modalidade do risco administrativo (não do risco integral, em que o Estado respondem em qualquer circunstância). Assim, a vítima não tem mais o ônus de provar culpa ou dolo do funcionário, mas o Estado se exonerará da obrigação de indenizar se provar culpa exclusiva da vítima, caso fortuito, força maior ou fato exclusivo de terceiro. Diferença entre Associação e Fundação Associação – Art.53 / 61 1- Conceito: art. 53 – Um grupo de pessoas sem fins econômicos (lucrativo) 2- Finalidade livre: Pode-se criar uma associação para qualquer fim. 3- Extinção da associação. 4- Ato constitutivo: Estatuto (ato inter vivos), onde estará as regras da associação e para os associados, onde se localiza a sede, quem são seus membros, seu ato constitutivo e etc. E a certidão de nascimento de uma pessoa jurídica (Ass.). Fundação Art. 62 / 69 1- Conceito: art. 62 – uma dotação de bens livres. 2- Finalidade (atual) CRAM: Cultura, Religião, Assistência e Moral. O novo CPC mudou o texto deste art. 3- Extinção das Fundações 4- Ato Constitutivo: (estatuto ou testamento/estatuto) – E o ato constitutivo causa morte quando um individuo no seu testamento deixa expresso para que seus bens livres sejam usados para que seja feita uma fundação após sua morte. Mas o testamento em si não e o ato constitutivo da fundação devesse ter no testamento expresso um representante que irar instituir o estatuto desta fundação. O capital deixado pelo falecido não pode ser superior aos 50% já determinados pela lei para o os herdeiros necessários, nesses casos o testamento não se torna totalmente nulo, somente o valor do capital que excedeu será barrado dando aos herdeiros necessários o capital determinado e o restante destinado para a fundação do falecido. Também podendo deixar o capital livre para uma fundação já existente. 5- Na falta de um constituinte já expresso no testamento, será tarefa do Ministério Publico valera sobre a fundação, instituir o Ato Constitutivo, criara o Estatuto e manterá a fundação.6- Extinção pelo Ministério Publica: Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. PAES, José Eduardo Sabo. Fundações e entidades de interesse social: aspectos jurídicos, administrativos, contábeis e tributários. 4. ed. rev., atual. e amp. de acordo com a Lei nº 10.406, de 10.1.2002 (Novo Código Civil brasileiro). Brasília: Brasília Jurídica, 2003. Extinção das Fundações: opera-se quando se verificar ser ilícita, impossível ou inútil sua finalidade, ou vencido o prazo de sua existência (CC, art. 69). Estado: através do órgão do Ministério Público competente, cabe verificar se existem situações de fato e de direito a justificarem a supressão dessa pessoa jurídica. Ministério Público: sempre que entender que a extinção é inconveniente, cabe encontrar maneiras dentro do seu poder de velamento de alterar a administração, destituir administradores, reforçar ou reconstituir o patrimônio ou até permitir uma adequação nos fins para que a entidade possa sobreviver. Cabe ao MP verificar a ocorrência das causas apresentadas como impedidoras da continuidade das atividades da fundação e aprovar sua extinção administrativa, ou extingui-la judicialmente. Administradores fundacionais (integrantes dos Conselhos gestores e executores): como representantes da vontade do instituidor, são os primeiros a procurar manter viva e operante a fundação e, em caso de não possível a mantença da entidade, pela sua nocividade, insolvência, ou, em razão do término de sua duração, propor a sua extinção. CAUSAS DE EXTINÇÃO 1 – Ilicitude de seu objeto Constatada quando a fundação desenvolve e mantém suas atividades em desvio das finalidades lícitas e sociais para as quais ela foi instituída. Exemplos: a) a entidade passa a agir como uma verdadeira empresa comercial, auferindo lucro e colocando no mercado seus produtos e serviços de forma mercantilista; b) a fundação passa a agir em desacordo com suas normas estatutárias, dilapidando seu patrimônio, através da distribuição dos bens de seu acervo patrimonial entre os próprios dirigentes, ou com comportamentos ilegais, como sonegação fiscal ou movimentação de recursos financeiros sem comprovação documental. c) a atividade desempenhada pelo ente fundacional passe a ser tipificada como crime. Exemplo singelo é aquele da existência de uma fundação que tivesse por objeto o amparo de pessoas envolvidas com o denominado “jogo do bicho”, antes da lei penal tratar como contravenção referida atividade. Assim que editada a lei que tipificou o delito, o que, na instituição da entidade era reputado como lícito, deixou de sê-lo. Outro exemplo seria aquele de uma fundação voltada para o abrigo e proteção de moças que se imiscuísse na exploração de prostituição, ou, ainda, de uma fundação de assistência social e menores carentes que se envolvesse no tráfico de órgãos humanos. O que era moral e lícito, no ato de instituição, passou a ser imoral e criminoso com as atitudes adotadas pelos administradores. Ao comando legal supramencionado, compete extirpar tais entidades do mundo jurídico, independentemente das sanções penais a serem aplicadas a seus dirigentes. 2 – Finalidade impossível ou inútil Finalidade impossível: aquela que não apresenta nenhuma condição de exeqüibilidade por parte dos administradores do ente fundacional. Pode ser pela falta de condições financeiras ou humanas ou porque tornou-se um fim humanamente irrealizável. Além disso, torna-se impossível a manutenção de uma fundação quando ela fica acéfala ou inativa por um grande período. Não entra em efetivo funcionamento, não presta contas de suas atividades ao Ministério Público, enfim, não cumpre os objetivos pelos quais foi instituída. Há nesses casos uma existência apenas formal, de direito. Os indivíduos querem se aproveitar do instituto fundacional para a obtenção de vantagens, principalmente ilícitas ou imorais, e que, percebendo a impossibilidade de suas indevidas aspirações, simplesmente abandonam as atividades da fundação. Existem também os casos de administradores que não conseguem sustentar o patrimônio ou os rendimentos que permitem a atuação da entidade, levando-a a estado de insolvência, impossibilitando, também assim, a manutenção desta. Finalidade inútil: é aquela que com o decorrer do tempo e da própria evolução social, científica e tecnológica, tornou-se desnecessária, não apresentando-se mais a utilidade antes existente ou não se prestando mais ao objetivo a que se destinava. Exemplo: uma fundação cujo fim é socorrer os membros de uma determinada moléstia em certo lugar, será dissolvida no momento em que morrer o último membro daquela família ou for curado o último desses doentes. A fundação pode ainda ser extinta em conseqüência de uma ação judicial promovida pelos herdeiros ou credores do instituidor, com fundamento na nulidade do ato que a instituiu; e pode acontecer que, sendo os bens devolvidos aos herdeiros ou entregues aos credores, a fundação fique em estado de penúria de meios para sua mantença. E a extinção será a conseqüência inevitável. 3 – Impossibilidade de sua mantença Caracteriza-se impossível a mantença de uma fundação quando é caracterizada a sua inviabilidade econômico-financeira ou o estado de insolvência ou acefalia de seus órgãos, sendo essas situações, a seguir definidas, identificadas por meio de uma análise dos demonstrativos contábeis, exame das atas de reunião, bem como por meio do contexto administrativo e operacional da entidade, normalmente através da prestação de contas que anualmente a entidade deve encaminhar ao Ministério Público. a) Inviabilidade econômica: as receitas da entidade são insuficientes para arcar com suas despesas de manutenção e com os custos de execução de suas atividades durante períodos sucessivos; não há perspectiva de aumento de receitas ou de desenvolvimento de novos projetos rentáveis. b) Inviabilidade financeira: não há recursos financeiros disponíveis para arcar com as obrigações da entidade, principalmente as de curto prazo, e não há perspectiva de que a situação se reverta. c) Estado de insolvência: o nível de endividamento da entidade é muito elevado, tornando-se impossível saldar as dívidas sem que haja a descaracterização do patrimônio da entidade. d) Acefalia dos órgãos: os órgãos da fundação encontram-se totalmente paralisados, não atuam, não se reúnem, não deliberam, deixam escoar por meses, senão anos, os prazos estatutários de realização de nova eleição para o provimentos dos cargos de administração. É a situação de abandono ou de estado de paralisia, casos em que o patrimônio certamente estará fadado à deterioração. e) Desaparecimento dos destinatários: é o caso de não existirem beneficiários ou destinatários aos qual a fundação visa a atender. f) Inexeqüibilidade dos fins: neste caso, a própria finalidade ou o objeto da fundação é impossível de ser concretizado por uma impossibilidade material ou jurídica que pode ser produzida por uma mudança de circunstâncias externas ou internas da fundação. 4 – Vencimento do prazo de sua existência Vencido o prazo de existência estabelecido na escritura pública, a fundação se extingue. Portanto, o vencimento do prazo só é causa extintiva para aquelas fundações que são instituídas com termo ou condição final de existência e, implementado um desses, finda a pessoa jurídica. Também aqui, serão observadas as formalidades legais paraa extinção da pessoa jurídica: averbação em cartório, destinação do patrimônio, etc. Extinção da associação 1- O primeiro passo e liquidar as dividas da associação. Ex = 300 mil de dividas. 2- Após a liquidação das dividas sobre 50 mil, se estiver disposto no estatuto da associação esse dinheiro será repassado para ressarcir os associados e suas aplicações. 3- Caso após o ressarcimento dos associados sobre um capital remanescente, e esteja disposto no Estatuto para qual associação deve ser remanejado esse capital. Caso não esteja expresso o capital será destinado para uma associação de mesma finalidade. Extinção da Fundação 1- Liquidação das dividas adquiridas pelas fundações 2- No caso de fundações não a segunda fase como na associação, pós as fundações são cridas por dotação de bens livres não a ressarcimento de doações. 3- O mesmo processo da associação, se sobrar capital esse será destinado para uma fundação determinado no estatuto ou na falta para outra fundação de mesmo fim. Fato Jurídico Art. 104/232 Fato Jurídico – E todo acontecimento que tem repercussão no mundo jurídico (gera dano, efeitos, responsabilidade e etc.) Pela doutrina existe o fato neutro que não causam efeitos jurídicos. Fato Jurídico Natural – E um acontecimento que gera efeitos no mundo jurídico, mas independe da vontade humana. Ex: a morte. Fato Jurídico humano – São os acontecimentos com efeito no mundo jurídico, mas que necessitam da vontade humana. Ex: compra e venda. Fato Jurídico Natural Ordinário – E o fato que não depende da vontade humana, mas que pode ser prevenido, previsível e diminuir o dano decorrente do fato. Ex: a morte, terremotos em lugares freqüentes. Fato Jurídico Natural Extraordinário – E o fato jurídico que não depende da vontade humana, mas não pode ser previsível. Ex: como um terremoto no Brasil. Fato Jurídico Humano licito – Ato jurídico meramente licito: E os atos que são imposta pela lei quais os procedimentos a serem percorridos pelas partes. Estes atos começam como negocio jurídico (que um acordo feito mediante a vontade das partes sem a participação da lei), mas para torna o ato valido ele terá que se submeter as leis se tornando um ato meramente licito. Ato Ilícito (Art.186/187) 1- Comete ato ilícito todos àqueles que por ação ou omissão Culpa in Comitendo (ação), Culpa in Omitendo (omissão) 2- A ação ou omissão deve causar danos a alguém tanto material ou moral. Patrimonial/material e/ou moral. 3- Culpa/dolo – sendo culposo ou doloso não importa para o direito civil,só a comprovação da culpabilidade do agente. O dolo e culpa será para o direito penal. 4- Deve haver uma negligencia ou uma imprudência do agente para se caracterizar como ilícito. 5- Art. 187 – Infringir uma lei (direito, costumei uma infração). Negocio Jurídico: Conceito: É o ato jurídico com finalidade negocial, ou seja, com o intuito de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos. Para diferenciar o Ato jurídico do Negócio jurídico, observa-se que no primeiro a vontade é simples (realizar ou não o ato) e no segundo, por sua vez, a vontade é qualificada (realizar ou não o ato e escolher o conteúdo/efeito do ato), ou seja, no Ato jurídico os efeitos são previstos em lei, ao passo que no Negócio jurídico alguns efeitos decorrem das leis, podendo outros efeitos ser acordados entre as partes. Art. 104 – O negocio jurídico para ser valido. Três fases 1° fase – Existência 2° fase - Validade 3° fase – Eficácia Que se chama de escada pontiana OBS: Negocio Jurídico – pode ser valido e não eficaz ( testamento e valido mas só e eficaz após morte.) Art. 104 – Âmbito da Existência: este campo sozinho não tem significado. I – Agente II – Objeto III – Forma Art. 104 – Âmbito da Validade: tem que cumprir todos os requisitos para ser valido. I – O agente deve ser capaz – se este não for capaz e não for representado ou assistido como manda a lei o negocio pode ser nulo (REP) anulável (ASS). II – O objeto deve ser licito, Possível, determinável ou determinado (específico) III – Forma prescrita em lei ou não desfez lei – não prescrito em lei (um contrato firmado entre pessoa). IV – deve ser por própria vontade (existência) e livre (validade). Âmbito da Eficácia 1- Condição 2- Termo 3- Encargo (Ônus) Classificação do Negocio Jurídico 1- Bilateral: todo negocio jurídico e bilateral, contudo os efeitos decorrentes do negocio jurídico podem ser Bilaterais ou Unilaterais. O negocio jurídico só será BI, BI quando houver bônus e ônus para ambas as partes e será BI, UNI quando a um bônus para uma parte e o ônus para a outra. Ex: Contrato Bilateral com efeitos Bilaterais compra e venda, pois ambos têm direitos e deveres, bônus e ônus. Contrato Bilateral com efeitos Unilaterais seria uma doação bônus só para uma parte e o ônus para outra parte. 2- Pluripessual – pode ter vários devedores e credores. Unilateral - com apenas uma devedor ou um credor. 3- Onero – e um contrato que tem ônus para ambos pólos. Ex: compra e venda Gratuito – quando o ônus e só de uma pessoa. Trazendo o ônus para um pólo. 4- Comutativo - (equivalente) o preço pago e valido ao objeto equivalente ao preço. 5- Aleatório – futuridade e incerteza. E a compra com risco de que não haja o recebimento do objeto equivalente. Compra algo que traz uma duvida do que será recebido. Ex: Imóvel na planta 6- Paritário – Provem das partes. Significa a igualdade das partes, no contrato ambos tem igualdade podendo discutir as cláusulas do contrato. 7- Adesão – e o contrato a qual deve ser aderido os dados do individuo no contrato já estabelecido, mas necessita da aprovação do individuo. Sendo um contrato, mas maleável nas suas clausulas diferente de um contrato leonino que e um contrato já estabelecido que não e maleável. 8- Continuada – contrato que a pessoa assume uma obrigação pagar num período de tempo como uma compra parcelada. 9- Instantâneo – contrato qual um prazo para pagar ate o dia determinado para liquidar a divida obtida. Representação – 115/120 1- Espécie – legal/necessária ou convencional Legal/necessária – e os casos de necessidade de um representante legal. E expressos em lei quem deve ser o representante legal da pessoa de acordo com Art. 3 e 4 do CC. A falta do representante deixa indicada a nulidade ou anualidade do negocio. Convencional – e o que o representante e convencionado pela sua própria vontade. Autocontrato ou contrato consegue mesmo Art. 117 E quando na falta do comprador ou do vendedor um dos dois assina em nome do outro. Na ausência de um deles na hora da validação do contrato, pode – se o individuo ausente passar uma procuração para a outra parte que estará presente para que assine pelo ausente e por ele próprio caracterizando o autocontrato, podendo ser anulado o contrato dentro de dois anos caso a parte que assinou mudou alguma clausula de ma Fe.
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