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CADERNO DE EXERCÍCIOS LOGÍSTICA INTEGRADA 2 Aula 2 - Estudo de Caso: O Estágio de Maria Aparecida Maria Aparecida é funcionária de carreira do Banco Estatal há alguns anos e pretende ser gerente de uma agência. Os novos gerentes do Banco devem passar por testes e fazer estágios em campo, com os veteranos. Maria Aparecida pediu para fazer estágios em uma agência na qual pudesse enfrentar desafios, porque acreditava que assim aprenderia muito mais. Ela foi enviada para uma agência na qual o gerente era seu colega Augusto, nomeado dois meses antes. No primeiro dia, Maria Aparecida sentou-se ao lado do gerente, para observá- lo em ação. Antes do inicio do expediente, Augusto mostrou a Maria Aparecida qual era a situação dele e da agência: - A agência estava em situação de equilíbrio. Nem lucro, nem prejuízo. Em mais 30 dias, ele deveria entregar o Plano de Metas da agência para o Diretor. - Os primeiros 45 dias Augusto havia passado conhecendo a agência, sua estrutura e seus problemas. Neste período, não foram feitas operações de crédito, apenas renovações de operações e cadastros. - Augusto contava com a motivação dos funcionários, em sua maioria jovens com pouco tempo de casa. O quadro havia sido renovado recentemente, com a aposentadoria de funcionários antigos. - Augusto contava inicialmente em dividir os funcionários em equipes, cada uma - atuando em um seguimento – venda de cartões de crédito e de seguros, recuperação de crédito e assim por diante. Tudo com valores mínimos e rentabilidade prevista calculada. - No entanto, ele acreditava que seria melhor fazer o planejamento junto com os funcionários. Ele já havia dado uma palestra sobre a importância do planejamento para seus funcionários e esperava que todos ajudassem a definir os meios para realizar os objetivos definidos no programa de trabalho. Também ficou claro para todos que as metas seriam usadas nas avaliações para aumentos salariais e promoções. - Nas reuniões com os funcionários, além da discussão das metas, os seguintes problemas e situações indesejáveis haviam sido levantados: - Concentração das fontes de resultados da agência em poucos clientes. - Elevada insatisfação dos clientes. - Precárias condições de trabalho e de segurança. - Baixo volume de empréstimos. - Imagem neutra do Banco na praça – os clientes não percebiam nenhuma vantagem em relação aos concorrentes. - Os funcionários tinham dúvidas sobre a ligação entre o plano de metas e a avaliação de desempenho. - A agência enfrentava algumas pendências administrativas A agência não tinha alvará de funcionamento, mas os funcionários antigos asseguravam que a Prefeitura não criaria problemas, porque tinha interesse na presença do Banco na cidade. Também não havia um plano de segurança. Augusto também contou a Maria Aparecida que a agência tinha casos antigos de grandes dividas. Esses casos vinham-se arrastando de um gerente para outro, sem se resolver. Um dos casos era muito curioso. Era uma operação, um cliente dera um cheque para comprar um lote de gado. Sem dinheiro na conta, telefonou e pediu para 3 Pagarem o cheque e prepararem uma operação de crédito, dizendo que logo em seguida passaria na agência para assinar os documentos. O cheque foi pago. No caminho entre a fazenda e a agência, o cliente sofreu um acidente e faleceu. Maria Aparecida notou que a vida pessoal de Augusto está complicada. Ele vem trabalhando muito para consertar a situação da agência. Além de tudo, á noite, ele está fazendo um curso de auditoria, pois já pensou em mudar de área no Banco. Com a sobrecarga de trabalho e estudos, sua família tem reclamado que ele nunca está em casa. Além disso, sua saúde não está boa Um médico lhe disse que precisa cuidar do corpo e da mente, pois o estado de tensão em que se encontra tem prejudicado suas condições físicas. O quadro é agravado pelo fato de que Augusto se alimenta muito mal, à base de sanduíches e refeições rápidas, porque precisa de, tempo para o trabalho e o estudo. Augusto havia sido chamado à Diretoria alguns dias antes da chegada de Maria Aparecida, para conhecer as medidas que deveria tomar para reverter a situação deficitária da agência. Uma das providências é a redução do quadro da agência, de 32 pa 25 funcionários. Augusto acha essa providência muito difícil de tomar, pois suas relações com os funcionários são positivas. Finalizando, Augusto disse a Maria Aparecida: - É isso aí, colega, você queria desafios, eu vou arranjar um para você. Eu estou meio atrapalhado, correndo atrás do dia-a-dia e, ao mesmo tempo, tendo que pensar em planejamento e controle. Será que você pode me ajudar, preparando um plano de trabalho, dizendo quais são as prioridades que devo atacar? Questões 1 – Se você fosse Augusto, qual sua expectativa em relação ao plano de trabalho solicitado a Maria Aparecida? Ou seja, quais são as prioridades profissionais de augusto? 2 – Como Maria Aparecida deve fazer o plano de Augusto? Como ela pode em seu plano conciliar recomendações para a vida pessoal e a vida profissional de Augusto? 3 – Como dizer isso a ele? Referência Bibliográfica Introdução a Administração Antonio Cesar Amauri Maximiano Editora Atlas 4 Aula 4 - Leitura: Missão e Valores da Empresa Missão e Valores da Empresa Assim como em nossas vidas pessoais temos que ter objetivos, na empresa não é diferente. A empresa deve definir sua Visão, Missão e Valores afim de que seus talentos saibam onde a “empresa quer chegar” e lutar para atingir esse objetivo. Vamos utilizar como modelo uma empresa desenvolvedora de sites. Visão: É a perspectiva da empresa em longo prazo, onde a empresa pretende chegar dentro de alguns anos, porem algo atingível. Ex.: Ser a maior e melhor empresa desenvolvedora de sites do Brasil com 1 filial em cada estado brasileiro. Missão: È o que a empresa pratica hoje, é realmente as atividades atuais da empresa. Ex.: Desenvolvimento de sites institucionais, transacionais, com recursos de download, upload, envia e recebimento de e-mail, vídeo conferencia etc. Valores: São as qualidades que a empresa apresenta contem adquiridas com o passar dos anos. Ex.: Tradição, Qualidade, Seriedade, Excelência, Competência etc. Porque é tão importante divulgarmos dentro de nossa empresa esses conceitos? Para que todos juntos trabalhem por uma “causa”, temos que motivar nossos talentos a “lutar” por uma causa que é a Visão da empresa empregando os valores como ferramenta www.administradores.com.br Política de gestão da Aracruz A Aracruz Celulose, fornecedora mundial de celulose branqueada de eucalipto, considera que a qualidade de seus produtos e a qualidade de seus serviços, providos por meio da operação e gestão sustentável de seu negócio, são fundamentais para assegurar retorno sustentável aos acionistas a partir de: Fornecimento de produtos e serviços adequados e diferenciados aos clientes. Gestão orientada pela excelência operacional focada em resultados com melhoria contínua. Uso sustentável dos recursos naturais e operações com impactos ambientais minimizados por meio de ações de prevenção e controle. Atendimento à legislação, normas e compromissos assumidos formalmente pela empresa. Relacionamento ético e comunicação transparente com as partes interessadas. Promoção de um ambiente de trabalho motivador, com elevados padrões de saúde e segurança. Pessoas capacitadas, motivadas e aptas a atuar eficazmente conforme as estratégias da empresa. Desenvolvimentoe aplicação de tecnologias que garantam inovação e competitividade. www.aracruz.com.br 5 Aula 5 - Exercício: Análise de Portifólio O caso EDS, Computer Sciences Corporation e Andersen Consulting EDS, Computer Sciences Corporation e Andersen Consulting A EDS viram durante anos sua base de negócios – a terceirização – crescerem 25 por cento anualmente. No entanto, em 1993 essa porcentagem caiu para apenas 7 por cento. O principal negócio da EDS era o gerenciamento das operações de processamento de dados para clientes como a Continental Airlines e a General Motors. Os avanços tecnológicos, no entanto, levaram a uma migração geral de equipamentos de grande porte para redes de microcomputadores. Havia menos demanda pelo principal talento da EDS: o fornecimento de engenheiros e técnicos de software para escrever programas e mantê-los rodando em gigantescos centros de dados. Os clientes agora querem empresas de serviços de informática como consultoras, para ajudar a reengenharia de processos-chave de negócios. A Computer Sciences Corporation e a Andersen Consulting já se estabeleceram nesta área, e a EDS está sofrendo uma turbulenta transição enquanto procura responder á alteração no ambiente. Para contrabalançar a perda de participação de mercado, a EDS cortou custos, ampliou seus esforços em arquitetura cliente-servidor, contratou mais consultores para reengenharia e desenvolveu alianças com empresas de telecomunicações. A adequação estratégica entre uma empresa e o ambiente sofrerá um desgaste inevitável, porque o mercado muda mais rapidamente do que os 7 S. assim, uma organização permanece eficiente enquanto perde em efetividade. Peter Drucker destacou que é mais importante “fazer as coisas certas” (efetividade) do que “fazer as coisas da maneira certa” (eficiência). As empresas mais bem sucedidas fazem as duas coisas muito bem. Quando uma organização não consegue responder a uma alteração do ambiente, fica cada vez mais difícil reaver a posição perdida. Isso aconteceu com a imbatível Motorola, quando ela não conseguiu responder à nova tecnologia digital e continuou produzindo telefones analógicos. Examinemos também o que houve com a Lótus Development Corporation seu software Lótus 1-2-3 já foi líder no mundo, e agora sua participação no mercado de softwares para microcomputadores caiu tanto que os analistas nem se preocupam em acompanhá-la: Lótus As vendas do PC IBM original foram impulsionados pelo Lótus 1-2-3, que combinou uma planilha de contabilidade com um programa que podia transformar colunas de números em gráficos. A Lótus, no entanto, não conseguiu acompanhar a velocidade da evolução do microcomputador. Chegou tarde para comercializar uma versão do 1-2-3 para o Macintosh da Apple e permitiu que o Exel, da Microsoft, tomasse conta do mercado. Estava novamente atrasada quando o Microsoft decolou, cedendo o próprio microcomputador para o Exel, e ficou para trás uma vez mais quando o mercado voltou para pacotes de aplicativos. Por fim, a IBM adquiriu a empresa em 1995. Com sua capacidade de unir aplicativos a sistemas operacionais, a Microsoft ainda detém uma vantagem imbatível sobre a Lótus – que não tem mais ilusões quanto a recuperar a glória passada e trabalha junto com a Microsoft para garantir que seu novo software Smart Suíte possa funcionar o melhor possível no Windows 95, no Windows 98 e no Windows NT. As empresas, principalmente as maiores, estão sujeitas à inércia. Estabelecem-se como máquinas eficientes, e é difícil mudar uma parte sem ajustar o restante. No entanto, elas podem ser alteradas com lideranças vigorosas, de preferência antes de uma crise, mas certamente no meio de uma. A chave para a saúde organizacional é a disposição para examinar o ambiente em constante alteração e para adotar acompanhamentos e metas novos e adequados. Empresas de alto desempenho monitoram continuamente o ambiente e procuram, por meio de um planejamento estratégico flexível, manter se adequadas ao ambiente em evolução. 6 O exercício a ser feito consiste em você colocar dentro das matrizes abaixo, as ameaças e oportunidades de acordo com a situação da empresa. 1 - Modelo do Boston Consulting Group (ou modelo BCG) http://pt.wikipedia.org/wiki/Balanced_Scorecard 7 Aula 6 - Exercício Matriz de Oportunidades Fonte: Site Wikpedia Aplicação prática http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_SWOT Análise SWOT Estas análise de cenário se divide em ambiente interno (Forças e Fraquezas) e ambiente externo (Oportunidades e Ameaças). 8 As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam, quase sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos. O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Desta forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito. Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá-lo com freqüência, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos. A Matriz SWOT deve ser utilizada entre o diagnóstico e a formulação estratégica propriamente dita. A aplicação da Análise SWOT num processo de planejamento pode representar um impulso para a mudança cultural da organização Exercicio: Estas considerações da empresa Habib’s voce poderá colocar dentro da matriz S WO T . Matriz SWOT Habib´s: - Baixo custo nos seus principais produtos. - Numero de atendentes insuficientes. - Delivery não possui uma grande área de cobertura, permitindo que o cliente deste tipo de serviço siga para outras opções. - Constante alta dos preços de seus principais produtos. - Lançamento de novos sabores de produtos ou produtos, utilizando a mesma base existente de produtos. Ex.: Novos kibes recheados, novas esfihas - Serviço "Drive-thru" ineficiente. Gerando filas e desgastes da marca. - Expansão da rede - Não aceitação de cartões de crédito em algumas filiais. - Fidelização de clientes/Conquista de novos clientes com novas promoções. - Grande quantidade de produtos em seu cardápio - Padronização de seus produtos em suas filiais. http://bobeiradavez.blogspot.com/2008/10/exerccio-03-matriz-swot-habibs_04.html 9 Aula 7 - Leitura: A Teoria de Maslow AS NOSSAS NECESSIDADES E OS NOSSOS DESEJOS "Um músico deve compor, um artista deve pintar, um poeta deve escrever, caso pretendam deixar seu coração em paz, O que um homem pode ser, ele deve ser, A essa necessidade podemos dar o nome de auto-realização." Abraham Harold Maslow (1908 - 1970) É comum ouvirmos que o marketing cria desejos e necessidades nas pessoas. Mas isso será uma verdade, ou pelo menos isso teria um fundo de verdade? Segundo a Teoria de Maslow, as necessidades humanas podem ser agrupadas em cinco níveis: 1. Necessidades fisiológicas Estas são as necessidades mais básicas, mais físicas (água, comida, ar, sexo, etc.). Quando não temos estas necessidades satisfeitas ficamos mal, com desconforto, irritação, medo, doentes. Estes sentimentos e emoçõesnos conduzem à ação na tentativa de diminuí-las ou aliviá-las rapidamente para estabelecer o nosso equilíbrio interno. Uma vez satisfeitas estas necessidades nós abandonamos estas preocupações e passamos a nos preocupar com outras coisas. 2. Necessidades de segurança No mundo conturbado em que vivemos procuramos fugir dos perigos, buscamos por abrigo, segurança, proteção, estabilidade e continuidade. A busca da religião, de uma crença deve ser colocada neste nível da hierarquia. 3. Necessidades sociais O ser humano precisa amar e pertencer. O ser humano tem a necessidade de ser amado, querido por outros, de ser aceito por outros. Nós queremos nos sentir necessários a outras pessoas ou grupos de pessoas. Esse agrupamento de pessoas pode ser a antiga tribo, ou a tribo (grupo) atual, no seu local de trabalho, na sua igreja, na sua família, no seu clube ou na sua torcida. Todos estes agrupamentos fazem com que tenhamos a sensação de pertencer a um grupo, ou a uma "tribo". Política, religião e torcida são as tribos modernas. 4. Necessidades de "status" ou de estima O ser humano busca ser competente, alcançar objetivos, obter aprovação e ganhar reconhecimento. Há dois tipos de estima: a auto-estima e a hetero-estima. A auto-estima é derivada da proficiência e competência em ser a pessoa que se é, é gostar de si, é acreditar em si e dar valor a si próprio. Já a hetero-estima é o reconhecimento e a atenção que se recebe das outras pessoas. 5. Necessidade de auto-realização O ser humano busca a sua realização como pessoa, a demonstração prática da realização permitida e alavancada pelo seu potencial único. O ser humano pode buscar conhecimento, experiências estéticas e metafísicas, ou mesmo a busca de Deus. www.wikipedia.com.br 10 http://www.merkatus.com.br/10_boletim/112.htm Agora faça o exercício de planejamento estratégico onde elaboramos um plano de negócios, para uma determinada empresa. Poderá der feito em grupo e deve ser feito em sala de aula com acompanhamento do professor. Estudo de Caso: Elaboração de Planejamento Estratégico EMPRESA: _______________________________________________ EQUIPE: 1.______________________________________________________________ 2. _____________________________________________________ 3. ____________________________________________________________ 4. ____________________________________________________________ 5. __________________________________________________________ 11 ORIENTAÇÕES SOBRE AS ATIVIDADES DA EQUIPE A equipe deverá selecionar uma empresa ou um negócio (real ou fictício) para o qual será desenvolvido o planejamento estratégico. Você é o principal executivo da empresa selecionada, com real interesse em obter vantagem competitiva, ampliando suas perspectivas de mercado, obtendo maior agilidade e qualidade no atendimento ao consumidor e reduzindo seus custos operacionais. À luz do ambiente competitivo, da força da Globalização e conseqüente abertura de mercados, do potencial de uso da Tecnologia da Informação, das mudanças bruscas do mercado e turbulências permanentes nos negócios, a equipe deve desenvolver uma análise estratégica, visando obter real vantagem competitiva, bem como o planejamento, implementação e controle das estratégias da organização em estudo. PARTE I COMO CONDUZIMOS NOSSO NEGÓCIO? EXERCÍCIO 1: DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO O objetivo é determinar o âmbito de atuação da empresa. O negócio deve ser visto como um processo de satisfação das necessidades do cliente. Identifique o maior número de características possíveis de seus clientes. Para as pessoas: sexo, grau de instrução, idade, classe econômica, profissão, estado civil e número de filhos, entre outras informações. Para as empresas: tamanho, setor de atuação, quem decide sobre a compra de seus produtos, os usos de seu produto na empresa, entre outros dados. Responda: Quem são nossos clientes atuais? __________________________________________________________________________ ____________________________________________________ _______________________________________________________________ 12 Quem são nossos clientes potenciais (aqueles clientes que você quer atender no futuro)? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Onde estão localizados os nossos clientes (bairro, cidade, estado, região, país)? Clientes atuais: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Clientes potenciais: __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ _________________________________ Quais necessidades dos clientes atuais o nosso produto ou serviço satisfaz? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Quais necessidades dos clientes potenciais o nosso produto ou serviço pretende satisfazer? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ O que os clientes atuais mais valorizam em relação a seus produtos ou serviços (não chute, pergunte a eles)? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Com base nas informações levantadas pelo grupo, agora tente sumarizar as idéias acima numa frase de efeito que sintetize o significado amplo do seu negócio (quais clientes você quer atender, quais necessidades deles você vai satisfazer e como você vai satisfazê-las)? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 13 Agora reflita: Qual será o nosso negócio daqui a 5 anos? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ EXERCÍCIO 2: ELABORAÇÃO DA MISSÃO A missão evidencia a finalidade ou razão de ser da empresa. Representa os desejos ou necessidades que satisfaz quando o cliente compra seus produtos e serviços. Não deve ser confundida com a definição do negócio da empresa. O negócio é um meio através do qual a missão será atingida. Questões que ajudam à elaboração da missão: 1. Fazemos o quê? (qual o nosso negócio?) 2. Para quem? (quem é o nosso cliente?) 3. Onde? (base, prioridade, estratégia de segmentação) 4. Como? (desafio, diferencial) 5. Com que finalidade? (grupos de interesse) Com base nas respostas acima (definição do negócio, produtos ou serviços da empresa, clientes, necessidades dos clientes, visão de futuro, dentre outras), defina a missão de sua empresa, sempre trabalhando com os seus sócios e principais funcionários.______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ____________________________________________________________ EXERCÍCIO 3: ELABORAÇÃO DA VISÃO DE FUTURO DA EMPRESA Por que estamos nesse negócio? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 14 A onde queremos chegar com esse negócio (qual é o maior e mais audacioso objetivo da empresa)? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ O que precisamos fazer para chegar lá? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Quais são as três coisas que gostaríamos que nossos clientes falassem de nossa empresa? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Quais são as três coisas que gostaríamos que nossos funcionários dissessem de nossa empresa? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Quais são as três coisas que gostaríamos que nossos concorrentes comentassem a respeito empresa? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ EXERCÍCIO 4 : Fatores Críticos de Sucesso Liste os 3 a 5 principais Fatores Críticos de Sucesso do sem negócio 15 EXERCÍCIO 5 : ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES, AMEAÇAS, FORÇAS E FRAQUEZAS (SWOT) 1. Objetivo essencial a ser alcançado Identificar as principais forças que nos afetam no ambiente competitivo externo e como estamos preparados para enfrentá-las. 2. Questões-chave que devem ficar respondidas após a execução do exercício Quais são as principais oportunidades que o ambiente externo permite à nossa empresa? 16 Quais são as principais ameaças que o ambiente externo apresenta à nossa empresa? Quais são as nossas principais forças como empresa? Quais são as nossas principais fraquezas como empresa? Afinal, como estamos posicionados para enfrentar o macroambiente competitivo? Na análise SWOT (strenghts, weaknesses, opportunities and threats) fazemos o fechamento do diagnóstico estratégico para nossa empresa, ou seja, a consolidação das análises do macroambiente, competitiva e interna num conjunto objetivo de forças-fraquezas- oportunidades-ameaças que dará a nossa orientação estratégica básica. a) Reflita sobre o espectro SWOT de sua empresa. Anote livremente nos quadrantes. Análise SWOT 1 - Agora, responda as seguintes perguntas: 2 - Que forças alavancam as oportunidades da empresa? 3 - Que fraquezas fazem piorar os efeitos das ameaças sobre a vulnerabilidade da empresa? 4 - Que pontos fracos restringem o aproveitamento das oportunidades? 5 - Que forças amenizam os impactos das ameaças Quais as fraquezas a serem atacadas e eliminadas com prioridade? Estas são diretrizes estratégicas fundamentais! 17 Quais as forças que temos que explorar? Estas são possíveis fontes de Vantagem Competitiva! Analise SOWOT O que predomina no ambiente externo: oportunidades ou ameaças? O que predomina no ambiente interno: forças ou fraquezas? Em que quadrante está sua organização? IMPACTO DE AMEAÇAS / OPORTUNIDADES Quociente Oportunidade / ameaça + AS OPORTUNIDADES SERÃO PERDIDAS (verbo = perder) 1 EMPRESA APTA A APROVEITAR OPORTUNIDADES (verbo = vencer) EMPRESA ESTÁ VULNERÁVEL (verbo = morrer) - 1 EMPRESA PREPARADA PARA ENFRENTAR AMEAÇAS (verbo = sobreviver) + Quociente forças / fraqueza PREDOMINÂNCIA DE FORÇAS / FRAQUEZAS EXERCÍCIO 6: DEFINIÇÃO E DESDOBRAMENTO DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS OBJETIVOS E METAS Agora você deve selecionar e agrupar seus objetivos estratégicos por “tema” e estabelecer as metas correspondentes, prazo e responsáveis. Objetivos Metas Prazo Resp. Financeiro Marketing / Vendas 18 Produção / Qualidade Recursos Humanos EXERCÍCIO 7: DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS Com base em todas as conclusões das análises anteriores, use o espaço a seguir para listar as cinco (3) grandes linhas do direcionamento estratégico que sua empresa deve seguir e que posteriormente serão detalhadas em objetivos, metas e projetos específicos. 19 Exercício 8 - PLANO DE AÇÃO Utilizando os objetivos e metas e Estratégias das atividades anteriores, faça o planejamento das ações necessárias para o atingimento dos objetivos e metas. O que (Ações) Quem (Responsável) Quando (Prazo) Por que (justificativa) Onde (local) Como (procedi mento) Quanto Custa Fonte: www.scribd.com.br / Centro de Estudos Atenas Maranhense 20 Aula 8 - Fluxogramas Fluxograma: serve para demonstrar os seguintes aspectos parciais de execução: parcial e total Exercício com fluxograma A empresa não tinha um estoque informatizado e o os pedidos ao estoque ocorriam da seguinte forma: O estoquista ao receber uma solicitação de peça, verifica na listagem do estoque a disponibilidade da mesma. Caso esteja disponível, a peça é entregue ao solicitante e em seguida, é efetuada a baixa no estoque. Caso a peça não esteja disponível, verifica-se junto aos fornecedores de peças*, o tempo de entrega. Informa-se o tempo necessário ao solicitante. Caso este (solicitante) ainda deseje a peça, o pedido ao fornecedor é efetuado imediatamente. Aguarda-se a chegada da peça e a sua entrada no estoque. Em seguida ela é entregue ao solicitante e é efetuada a baixa no estoque. *considereque o fornecedor sempre tem a peça solicitada disponível para entrega. http://fabricio.unis.edu.br/SI/Exerc%C3%ADcios.doc Exercício de planejamento 1. O que é um Plano de Negócios? 2. Qual a importância de elaborar um Plano de Negócios para uma empresa? 3. . Pense num negócio bem-sucedido que você conhece. Qual foi a oportunidade vislumbrada pelos que iniciaram o projeto? Escreva sua resposta. 21 4. Descreva através do fluxograma abaixo os vários processos que executa em sua rotina de trabalho. 5. Com estes mesmos processos faça um fluxograma de suas atividades demonstrando através de simbologia que está na apostila. 22 Aula 9 - Exercício: Sistemas de Informações Gerenciais Resumo Foram apresentadas nesta aula os aspectos principais dos sistemas de informações gerenciais, de fundamental importância para analista de sistemas, organização e métodos que possa desenvolver seus trabalhos de maneira eficiente, eficaz e efetiva. O Sistema de Informações Gerenciais (SIG) procura, entre outros aspectos, aproximar os dados das informações, as informações das decisões, as decisões das ações e as ações dos resultados. Exercício Sistemas de informações com base nas áreas funcionais de uma empresa. Com base na empresa em que trabalha ou tem nível de conhecimento adequado, estabelecer um sistema de informações considerando as seguintes etapas: 1- Identificar as áreas funcionais da empresa em questão. 2- Estabelecer as atividades das áreas funcionais (com detalhes, inclusive separando por unidade dentro da área). Exemplo: Finanças, considerando, no mínimo, as funções e as atividades. Contabilidade; Custos; Orçamento; e Tesouraria: contas a pagar, contas a receber e caixa. 3 – Fazer as interações entre as áreas funcionais, explicitando o tipo de interação com base nas partes do sistema de informações gerenciais.Dado; Tratamento ou informação; Informação;Decisão;Ação;Resultado;Recursos; e Controle e avaliação. Estudo de Caso TNT – O grupo de transporte mundial A TNT á a líder do mercado europeu em distribuição expressa global, logística e serviços correio internacional. Fornecem serviços regionais na Europa, América do Norte e do Sul e Oceania e também serviços globais de transporte de carga para quase todos os destinos. O grupo baseado em Amsterdã emprega 100.000 pessoas em todo o mundo. Os principais negócios da TNT são cargas em geral, carga expressa rodoviária e aérea e serviços especializados, incluindo cargas a granel, manuseio de materiais, transportes de autos, transporte refrigerado de rejeitos industriais, distribuição de produtos e apoio logístico. O grupo está também diretamente envolvido em operações de transporte de passageiros e de carga aérea, leasing de aviões, turismo e administração de hotéis de lazer (resorts). A face internacional mais familiar do grupo é o seu TNT Skpack Internacional Express – conjunto de serviços de transporte e entrega de pacotes, cargas e objetos em cerca de 190 países. O serviço Express Courier usa uma rede de computadores on line que liga todas as partes de suas operações para a comunicação de dados em tempo real e para acesso ás informações vitais de embarque. O sistema de informações TNT Skytrack também atende ao consumidor, do ponto de vista da coleta de carga, movimentação de encomendas e roteamento ate o rastreamento provar a entrega. O Mailfast Premium Letter Service oferece serviço de mala direta a empresas para enviar material diretamente aos pontos de correio de destino ou fazer entregas nos principais centros comerciais. O Registered Mail Service providencia recibos de entrega assinados. O Express Post Service é preparado para competir com os serviços urgentes dos correios. 23 O propósito de longo prazo do grupo é fornecer um conjunto abrangente de serviços de transporte em todo o mundo, ajustando á ampla variedade de necessidades dos consumidores, nas mais importantes regiões do mundo. Individualmente, os serviços variados serviços do grupo competem entre si de formas diferentes. Nos serviços de courier (porta á porta), o preço é menos impotante do que os fatores como variedade de opções de serviço ( no dia seguinte, à noite, em dois dias, etc.) e garantia de entrega. O Mailfast enfoca a facilidade de uso e a qualidade do serviço, desde a coleta até a entrega. O Express Post compete com rapidez de entrega e preço. O transporte mais pesado do grupo é altamente competitivo em preço, mas os usuários dessa modalidade estão mais dispostos a assinar contratos de longo prazo. Questões 1 – Identifique os três principais papéis da função produção: implementação da estratégia empresarial, apoio para a estratégia empresarial e impulsão da estratégia empresarial. 2 – Identifique os objetivos de desempenho diferentes que cada serviço deve ter. 24 Aula 11 - Exercício Questionário 1) O que é Cross Docking? 2) O que é VMI ( Vendor Management Inventory)? 3) Podemos dizer que Condomínio ou Just in Sequence é? 4) Como podemos definir Consórcio Modular? 5) O que é Kanbam? 6) O que você entende por EDI? 7) O que é Milk Run? 8) O que é Just In Time? 9) Em logística porque é utilizado o código de barras? 10) Para que servem as ferramentas logísticas? Estudo de Caso usando uma ferramenta logistica TÓPICO: Controle - Empregar indicadores uma ferramenta logística que possibile o maior desempenho na entrega para seu cliente RAMO DE ATIVIDADE: - Transporte ESCOPO: - Conceito - Objetivo - Depois - Conclusão RESPONSABILIDADES DO FORNECEDOR: Disponibilizar materiais conforme programa recebido da GM (sem excedentes), devidamente etiquetados; Estar com a documentação correta e pronta (Nota Fiscal); ter a doca liberada no momento de chegada do caminhão; fazer uso de embalagens em condições de uso, e padronizadas conforme acordado previamente com a GM; palletizar e Cintar o material no momento de embarque no caminhão; completar toda a transação dentro do horário de coleta pré-estabelecido; enviar aviso de embarque (ASN) no momento de saída do caminhão; conferir e descarregar as embalagens retornáveis, bem como fazer o carregamento do material no veículo. ANTES: O Fornecedor não estava disponibilizando o material na doca no momento de chegada do caminhão; atrasando a entrada do veículo da transportadora em sua fábrica, e/ ou retendo acima do tempo pré-determinado de coleta; o fornecedor estava disponibilizando quantidade menor ou maior que a quantidade programada para o dia e não estava enviando o aviso de embarque. 25 Caso o fornecedor não disponibilize as peças de acordo com a necessidade da GM , documentação (Nota Fiscal) correta e a área de expedição (doca) livre no horário de janela do Milk Run, o caminhão continuará com a rota * SEM as peças do fornecedor. O fornecedor será responsável pelo custo da Entrega Direta ou do frete especial, bem como retorno das embalagens vazias; se houver alguma falha no sistema ou no processo, o fornecedor poderá ainda ser responsável pelo custo total da Estadia,mediante análise posterior. *Se por algum motivo o fornecedor não tiver as peças disponíveis para a coleta, deverá avisar o Material Flow com antecedência e abrir uma janela de acordo com a necessidade da GM. Se o caminhão ficar retido ou seguir sem coletar as peças o fornecedor sofrerá multa. O que você deve fazer: Descrever o conceito da ferramenta logística que vai usar, descrever o objetivo e depois da ferramenta usada como ficou o trabalho a conclusão. O grande objetivo de implantar esta ferramenta é manter a estadia zero (quer dizer o caminhão de entrega deve permanecer o mínimo possível ou o suficiente para o tempo de entrega). 26 Aula 12 - Exercício: Empresa Estrela da Manhã Na aula 12 você aprendeu ferramentas de gestão aplicadas a logística. Dentro destes conceitos você deve escolher uma ou mais ferramentas e de forma criativa desenvolver uma rotina de empresa em que sejam aplicadas estas ferramentas. Faça a descrição do processo. Ex: Uma empresa de autopeças tem um sistema de entrega para montadoras ela deve usar uma ferramenta para gerir a sua entrega, como por exemplo, o JIT ou Milk Run, como as informações chegam para os seus clientes, qual ferramenta vai utilizar. Esta empresa tem concorrentes ela pratica benchimarkic. Descreva a sua empresa, os processos as ferramentas usadas, use quantas ferramentas quiser e descreva a funcionalidade destas ferramentas. 27 Aula 13 – Exercício Leitura e Análise Gestão da qualidade total A gestão da qualidade total (em língua inglesa "Total Quality Management" ou simplesmente "TQM") consiste numa estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade em todos os processos organizacionais. É referida como "total", uma vez que o seu objetivo é a implicação não apenas de todos os escalões de uma organização , mas também da organização estendida, ou seja, seus fornecedores, distribuidores e demais parceiros de negócios. Compõe-se de diversos estágios, como por exemplo, o planejamento, a organização, o controle e a liderança. A Toyota, no Japão, foi primeira organização a empregar o conceito de "TQM" (ver Toyotismo), superando a etapa do fordismo, onde esta responsabilidade era limitada apenas ao nível da gestão. No "TQM" os colaboradores da organização possuem uma gama mais ampla de atribuições, cada um sendo diretamente responsável pela consecução dos objetivos da organização. Desse modo, a comunicação organizacional, em todos os níveis, torna-se uma peça-chave da dinâmica da organização. Tem sido amplamente utilizada, na atualidade, por organizações públicas e privadas, de qualquer porte, em materiais, produtos, processos ou serviços. A conscientização e a busca da qualidade e do reconhecimento da sua importância, tornou a certificação dos sistemas de gerenciamento da qualidade indispensável uma vez que:aumenta a satisfação e a confiança dos clientes; aumenta a produtividade; reduz os custos internos; melhora a imagem e os processos de modo contínuo; possibilita acesso mais fácil a novos mercados. A certificação permite avaliar as conformidades determinadas pela organização através de processos internos, garantindo ao cliente um material, processo, produto ou serviço concebido conforme padrões, procedimentos e normas. Uma organização que se propõe a implementar uma política de gestão voltada para a "qualidade total" tem consciência de que a sua trajetória deve ser reavaliada periódicamente. Sistemas de Gestão da Qualidade O objetivo do Sistema de Gestão de Qualidade - SGQ é ajudar a uma organização geralmente empresarial, a melhorar continuamente os níveis de satisfação de seus clientes, atendendo suas expectativa e necessidades. Em um SGQ, a empresa diz o que vai fazer e as provas deverão ser consistentes através de documentos. Exemplos A) Em um laboratório clínico, as necessidades dos clientes podem ser descritas como necessidades de terem resultados rápidos, confiáveis e com sigilo. Essas necessidades ou requisitos devem alinhar-se com a missão institucional da organização, que persegue continuamente os requisitos de seus clientes. Para a isso, os requisitos devem estar expressos nas especificações do produto ou serviço. 28 O SGQ também leva a organização a analisar requisitos e criar processos que tornem possível a obtenção de produtos aceitáveis por seus clientes e a manter o controle destes processos. O SGQ pode fornecer estrutura para melhoria contínua com objetivo de aumentar a probabilidade de ampliar a satisfação de clientes ou partes interessadas. B) O laboratório deve criar todos procedimentos que direta ou indiretamente influenciem nos resultados dos exames e no grau de satisfação do cliente. Tais procedimentos devem ser criados, controlados, auditados e reavaliados. O controle de procedimentos envolve uma visão sistemática da organização, é o que chamam de abordagem de processo, as atividades utilizam recursos para transformar insumos em produtos. Cabe portanto, ao SGQ organizar, documentar e buscar melhoria contínua. A palavra chave é controle, e não há controle sem informação. No entanto, padrões terão de ser estabelecidos para atividades de apoio, como contratação de pessoal, treinamento, compras de matérias primas, organização interna, gestão de recursos de tecnologias, assim como também, gestão de informação da organização. Em um SGQ é crucial que todos procedimentos, normas e especificações sejam documentados (documentos da qualidade) e que todo resultado de processo de trabalho sejam registrados em documentos (registros). Portanto trabalhar com SGQ e trabalhar com Gestão de Informação. Filosofia da qualidade: Se um processo foi realizado mas não foi documentado, então nada foi feito. Informações: As normas da qualidade, não se referem diretamente ao termo arquivo, mas como "dados significativos". Ela surge efetivamente nos termos DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS. Documentação é tida como conjunto de documentos, ex: especificação, registros e documento, são as informações e o meio no qual ela está contida. Desta relação subentende-se a relação entre conteúdo (informação) e suporte (meio físico). Este suporte pode ser papel, disco de computador, fotografias, amostras padrão ou uma combinação destes. Há documentação sob diversas formas fundamentais para o bom desempenho do SGQ que auxiliam para: Atender as necessidades declaradas ou implícitas da empresa, clientes ou interessados. Possibilitar os treinamentos adequados. Assegurar a rastreabilidade e repetibilidade dos processos. Prover evidências objetivas. Avaliar a eficácia e adequação do sistema. Os tipos de documentos são classificados de acordo com suas características e funções: Manual da qualidade 29 Planos da qualidade Especificações Diretrizes Procedimentos documentados, instruções, de trabalho, desenhos Registros Manual da Qualidade: documento que especifica o SGQ de uma organização. Plano da Qualidade: documento que especifica quais procedimentos e recursos serão utilizados, quando serão, por quem e como. Especificações: estabelece os requisitos, podendo ser relacionado a atividades (especificação de processos e ensaios), ou a produtos (especificações de produtos, desenho ou desempenho). Diretrizes: documentos que estabelecem condições e sugestões. Procedimentos documentados, instruções de trabalho e desenhos: Documentos que forcem instruçõesde como realizar o trabalho de forma satisfatória. http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_da_qualidade http://www.qualidade.com/conc-01.htm#Modelo http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_de_Gest%C3%A3o_da_Qualidade Questionário: 1 – Como você entende qualidade? 2 – Porque as empresas precisam implantar um sistema de qualidade na empresa? 3 – Fale o que entendeu de ISO 9000? 4 – O que é qualidade total descreva? 5 - Descreva a sigla SGQ? Atividade de Gestão de Qualidade. Uma empresa do ramo textil fabricante de tecidos ituada no ABC paulista está passando por alguns problemas na sua confecção de tecidos para o mercado em geral. Seus principais produtos são tecidos de algodão, poliester, malha e nylon. A empresa atua no mercado há 25 anos. Neste tempo conquistou um grande mercado consumidor. Seus principsis clientes são fabricas de confecção em geral e rede atacadista de tecidos da região do bairro do Brás. A falta de envolvimento da alta organização da empresa nos últimos anoslevou a empresa a ter queda em sua produtividade nos últimos anos. Problemas encontardos: Maquinário – Não foi modernizado. O maquinário envolve máquinas de grande porte que recebem o fio de algodão beneficiado e o transformam em tecidos. O algodão – É a principal matéria prima, e não está sendo feito a verificação e análise deste produto e seu padrão de qualidade. Com isto o fio quando esta sendo trabalhado constantemente se parte na máquina, fazendo com que o tecido apresente furos e 30 abaixando assim o seu padrão de qualidade. Porque as empresa que recebem este tecido reclamam constantemente de sua qualidade. O tecido pronto – No armazenamento e transporte das bobinas de tecido estavam acontecendo grandes transtornos. As bobins de tecido eram armazenadas e transportadas em paletes com epilhamento de até 6 camadas de rolos de tecido. Com isto alguns rolos ficavam com o tecido amassados e sem condições de uso devido. Estavam gerando muitas trocas e reclamações deste evento. Como podemos resolver estas questões, melhorar estes processos para que sejam eliminados estes problemas. Curiosidade: O algodão Sendo o algodoeiro uma cultura industrial, as operações de colheita, armazenamento do algodão em caroço e o beneficiamento, são de suma importância para a obtenção de um produto de boa qualidade, necessário para a produção pela indústria de tecidos e linhas de qualidade capazes de competir no mercado internacional. A qualidade global do algodão envolve vários aspectos, como as próprias características tecnológicas da fibra (comprimento, uniformidade do comprimento, finura, resistência, maturidade, brilho, cor, elasticidade, aderência etc.) que dependem, potencialmente, da cultivar e recebem influência do manejo cultural e condições edafoclimáticas de cada região e da qualidade, aqui chamada extrínseca, que depende das condições da colheita, do armazenamento e do beneficiamento. http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Algodao/Algoda oAgriculturaFamiliar/colheita.htm 31 www.tiosam.com/enciclopedia/?q=Campina_Grande www.pi.gov.br/materia.php?id=14804 32 www.copasul.blz.com.br/noticia.php?id=54 33 Aula 17 - Exercício: Leia e faça um resumo As Atividades Primárias da Logística Sabemos que a Logística busca otimizar os fluxos de informações e materiais desde o ponto de origem (aquisição) até o ponto de destino final (consumidor), visando assim proporcionar níveis de serviço adequados as necessidades dos clientes/fornecedores e a um custo competitivo.Muitas são as atividades logísticas necessárias para se atender os objetivos acima. Vários autores dividem estas atividades em primárias e de apoio. As atividades primárias são: Transportes, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos e as atividades de apoio são: Armazenagem, Manuseio de Materiais, Embalagem de Proteção, Obtenção, Programação de Produtos e Manutenção de Informação. Abaixo os principais pontos sobre as atividades primárias: • Transportes – Ainda hoje, muitas empresas consideram esta atividade como a mais importante, sendo que muitas pensam que a área de Logística se resume a esta atividade o que é um grande equívoco. A atividade de transporte está relacionada aos diversos métodos de se movimentar produtos e insumos e por isso é essencial ao processo logístico, sendo ainda responsável por uma grande parte dos custos logísticos da empresa.Vale ressaltar que existem diversos modais (meios) de transportes disponíveis: rodoviário, ferroviário, aeroviário, duto viário e marítimo, sendo que em nosso país ainda existe uma grande predominância pelo modal rodoviário.Em termos mundiais, observa-se uma tendência a multimodal idade, ou seja, a integração dos diversos modais de transporte. • Manutenção de Estoques – A questão dos estoques merece uma atenção especial dos profissionais de logística, pois o grande desafio é ter o menor nível de estoque possível sem prejudicar o nível de serviço ao cliente, ou seja, dispor da quantidade necessária para atender ao cliente quando ele desejar. Sabemos que não é um desafio simples. No entanto existem técnicas de gestão que auxiliam nesta tarefa. Em termos de custo logístico esta atividade também representa uma parcela considerável dos mesmos, sendo então necessária atenção especial a este ponto. • Processamento de Pedidos – Mesmo não sendo uma atividade que representa um custo elevado como as anteriores, esta atividade está relacionada diretamente ao nível de serviço ofertado aos clientes, logo também é de extrema importância para o processo logístico. O grande desafio do profissional de logística consiste em reduzir o “ciclo do pedido” que é o tempo total entre o cliente realizar um pedido e o mesmo ser entregue. Logo é importante contar com sistemas eficientes de recebimento de pedido, checagem de estoque, aprovação de crédito, separação, expedição e entrega do produto comprado para o cliente. Com o crescimento do comércio eletrônico esta atividade vem se tornando extremamente importante e pode ser um diferencial competitivo para as empresas, visto que ao fazer uma compra na Internet o consumidor espera uma entrega tão ágil quanto foi o processo de realizar o pedido. Após esta leitura faça um resumo descrevendo o que você entende por atividades primárias na empresa, e porque elas são importantes nos processos logísticos. www.administradores.com.br / www.wikpedia.com.br 34 Aula 18 – Exercício Leitura e Análise Aqui você tem uma leitura que completa os seus conhecimentos dos objetivos logísticos. Principais objectivos A principal missão da Logística Empresarial é colocar produtos adequada (bens e serviços) No lugar certo no momento certo e nas condições desejadas, contribuindo, tanto quanto possível para a lucratividade da empresa.Logística visa atender a demanda nas melhores condições de serviço, custo e qualidade. Ele gerencia os recursos necessários para atingir esse objetivo (superfícies, meios de transporte, computadores) e mobiliza os recursos tanto humanos e financeiros são adequados. Garantir a qualidade do serviço, é a conformidade com os requisitos do cliente, proporciona uma vantagem competitiva para a empresa. Fazendo um custo mais baixo aumenta a margem de lucro Companhia. Dirigido segurança permite que a empresa, para evitar sanções, mas também comunicar sobre questões da actualidade, tais como respeito pelo ambiente, produtos éticos... Estes três parâmetros poderiam explicar a naturezaestratégica da logística em função de muitas empresas (a pressão do ambiente cria a função ). Agora, os gestores de logística são os membros dos comitês de direção dos negócios e relatório para os acionistas. Os domínios de responsabilidade da logística são longas e cobrir os níveis: operacional (operacional), organização empresarial tático e estratégia (planos estratégicos). Cadeia logística Nos negócios, logística pode ter o foco interno ou externo que abrange o fluxo desde a origem até à entrega ao usuário final. Entre os militares, especialistas em logística determinar como e quando se mobilizar certos recursos para onde eles são necessários. Na ciência militar, o importante é manter as suas linhas de abastecimento próprio e perturbar o inimigo e alguns diriam que é o elemento mais importante (como uma força armada sem alimentos / combustível é algo inútil). Existem duas etapas fundamentais da logística: - uma otimiza um fluxo constante de material através de uma rede de ligações remessa e instalações de armazenamento. - o outro coordena uma seqüência de recursos para executar um determinado projeto. Tudo isso a um custo global mínimo para a empresa. Sistemas de logística de fluxo geralmente são otimizadas para um dos vários objectivos: para evitar a escassez de produtos (em sistemas militares, especialmente referindo-se combustível e munições), Para minimizar os custos de transporte, pegue um bom tempo mínimo ou um mínimo de armazenagem de mercadorias (em tempo e quantidade). Fluxo logístico é particularmente importante na fabricação just in time no qual grande ênfase é colocada na minimização Stock. Uma tendência recente em grandes redes de varejo é alocar esses objetivos comuns para os itens individuais, ao invés de otimizar todo o sistema para um determinado destino. Isso é possível porque as plantas geralmente descrevem quantidades comuns são armazenados em cada local e estes variam dependendo do Estratégia. O método básico de otimização de um sistema de distribuição padrão é usar uma árvore de cobertura mínima de distribuição para o projeto da rede de transporte e, em seguida coloque o armazenamento de nós para gerir a procura mínima dimensionada, médio ou número máximo de itens. Muitas vezes, a demanda é limitado pela capacidade de transporte existente fora da localização do nó de armazenamento. Quando o transporte era um ponto de armazenamento ou capacidade de armazenamento superior à sua entrada, armazenamento só é útil para combinar a quantidade de transporte por unidade de tempo a fim de reduzir os picos de carga no sistema de transporte. 35 Funções da área de logística:A função logística é responsável pela gestão dos fluxos físicos (matérias-primas, produtos acabados) e está interessada em seu ambiente. O ambiente neste caso corresponde a: recursos (pessoal, material, electricidade ). Bens necessários para a realização do benefício (lojas próprias, ferramentas, próprios caminhões, sistemas de computador). (serviços de transporte ou de contrato de armazenagem,). A função logística gerencia diretamente os fluxos físicos e fluxos de informação financeira e indiretamente associados. Os fluxos físicos são geralmente divididos entre "comprar" (entre um fornecedor e cliente), "distribuição" (entre um fornecedor e cliente final), "Return" (logística reversa). Logística comprar:A compra inclui a gestão logística de fluxos físicos, de informação e administrativa do seguinte modo: planejamento da oferta de fornecedores de acordo com a produção e previsões de vendas, a execução do fornecimento e transporte e outras operações de importação relacionados. Gestão do relacionamento com os fornecedores (com o objectivo de melhorar o serviço e reduzir custos logísticos). Logística de Distribuição: A logística de distribuição inclui a gestão dos fluxos físicos, de informação e administrativa do seguinte modo: centros de previsão da atividade de logística armazenamento.A transferência de mercadorias de um lugar para uma outra loja com os recursos e equipamentos necessários. A preparação de ordens ou realização de cross docking (trânsito). Ás vezes, tendo as atividades de processamento de pequenos produtos (kits, rotulagem ...). Distribuição de transporte para o cliente. Logística Reversa: A logística reversa inclui a gestão dos fluxos físicos, de informação e administrativa do seguinte modo; Recolha do produto no cliente. Conformar-se, a reparação, a reintegração em estoque, destruição, reciclagem e armazenamento. Principais indicadores KPI logística: Os indicadores devem permitir; Performance de retenção das várias organizações (fornecedores, transportes, controladores de armazenamento, logística). Gerenciar a atividade em relação aos principais objectivos da profissão (nível de serviço, estoque, custos, produtividade ...) O que são KPI: KPIs (Key Performance Indicators) ou Indicadores Chave de Performance são considerados “veículos de comunicação”, pois permitem que os executivos comuniquem os objetivos da organização aos mais baixos níveis hierárquicos, envolvendo diretamente todos os colaboradores na realização dos objetivos estratégicos da empresa. www.produção.inforgs.br Questões para serem respondidas 1 – Qual é o grande objetivo da logística? 2 – O que as empresas pretendem com este grande objetivo logístico? 3 – Quais são os efeitos negativos de manter estoques? 4 – Como você descreve a gestão de materiais? 5 – Quais os procedimentos para se obter um estoque enxuto? 36 Aula 19 – Exercício Estudo de Caso Caso prático sistema Toyota de produção Durante décadas, os Estados Unidos baixaram custos produzindo em massa um menor número de tipos de carros. Era um estilo de trabalho americano, não japonês. O problema da Toyota era como cortar custos e, ao mesmo tempo, produzir pequenas quantidades de muitos tipos de carros. Com a finalidade de alcançar esse objetivo, iniciou-se a elaboração do Just-in-time que significa, - processo de fluxo; as partes corretas necessárias à montagem alcançam a linha de montagem no momento em que são necessários e somente na quantidade exata. Uma empresa que estabeleça esse fluxo integralmente pode chegar a estoque zero. Observando-se sob o ponto de vista de gestão, esse é um estado ideal, entretanto, em um produto feito com milhares de componentes, o número de processos envolvidos é enorme. Obviamente que é muito difícil aplicar o just-in-time ao plano de produção de todos os processos de forma ordenada. Freqüentemente, é usada a palavra "eficiência" ao falar sobre produção, gerência e negócio. Eficiência nas empresas, em geral, significa redução de custos. Na Toyota, como em todas as indústrias manufatureiras, o lucro só pode ser obtido com a redução de custos. Quando se aplica princípio de custos, preço de venda = lucro + custo real, passa-se ao consumidor a responsabilidade do custo. Esse princípio não tem lugar na atual indústria competitiva. Estabelecer um fluxo de produção e manter um constante suprimento externo de matérias- primas para as peças serem usinadas era os modos pelos quais o sistema Toyota, ou japonês de produção seria operado. Foi necessário efetuar um "trabalho de campo" com os fornecedores externos, primeiro verificando as necessidades e, depois, conseguindo uma produção nivelada, conforme a situação, discutindo a cooperação do fornecedor em termos de mão-de-obra, materiais e dinheiro. Esse processo foi lento, pois foi necessária uma revolução de consciência; um industrial pode se inquietar com a sobrevivência nesta sociedade competitiva sem manter alguns estoques de matérias-primas, produtos semi-acabados e produtos prontos. Essetipo de estocagem, contudo, já não é mais prático. A sociedade industrial deve desenvolver coragem, ou melhor, bom senso, e buscar apenas o que é necessário, quando for necessário e na quantidade necessária. Normalmente, em uma empresa o Quê, o Quando e o Quanto são estabelecidos pela seção de planejamento de produção. Quando esse sistema é utilizado, o "Quando" é determinado arbitrariamente, e as pessoas pensam que estará tudo bem, se as peças chegarem a tempo ou antes, teremos um problema, a palavra just (apenas) em just-in-time (apenas a tempo) significa exatamente isso. Se as peças chegarem antes que sejam necessárias e não no momento exato, o desperdício não será eliminado. No sistema Toyota de produção, o método de trabalho utilizado para atingir o Just-in-time é o Kanban. O kanban impede totalmente a superprodução, como resultado, não há necessidade de estoque extra e não há necessidade de depósito. No quadro a seguir, serão demonstradas, as funções e as regras de utilização do kanban: 37 A primeira e segunda regras do kanban servem como um pedido de retirada, um pedido de transporte e como uma ordem de fabricação. A regra três do kanban proíbe que se retire qualquer material ou que produza qualquer mercadoria sem um kanban. A regra quatro requer que um kanban seja afixado às mercadorias. A de número cinco exige produtos 100% livres de defeitos, ou seja, não envia peças defeituosas para o processo subseqüente. O kanban é sempre movido com as mercadorias necessárias e assim se torna uma ordem de fabricação para cada processo. Dessa forma, pode-se evitar a superprodução, que é a maior perda na produção. Os processos de produção não precisam de estoques adicionais. Assim, se o processo anterior gerar peças defeituosas, o processo seguinte deve parar a linha. Todos vêem quando ocorre essa falha, e a peça defeituosa é levada de volta ao processo anterior. É preciso um grande esforço para praticar todas as regras já discutidas. Introduzir esse processo sem efetivamente praticar essas regras, não trará nem o controle esperado, nem a redução de custos. Assim, uma introdução parcial do kanban traz uma centena de malefícios sem qualquer ganho. A seguir, compara-se o sistema Ford com o sistema Toyota, ao se fazer grandes lotes de uma única peça, isto é, produzir uma grande quantidade de peças sem uma troca de matriz, é ainda hoje uma regra de consenso de produção. Essa é a chave do sistema de produção em massa planejada, tem o maior efeito na redução de custos. O sistema Toyota de produção toma o curso inverso. Na Toyota, a base é a produção em pequenos lotes e troca rápida de ferramentas. O sistema Ford advoga grandes quantidades e produz muito inventário. Por contraste, o sistema Toyota trabalha com a premissa de eliminar totalmente a superprodução gerada pelo inventário e custos relacionados a operários, propriedades e instalações necessárias à gestão do inventário. Para conseguir praticar o sistema kanban, o processo posterior vai até um processo anterior para retirar peças necessárias apenas a tempo. Para ter certeza de que o processo anterior produz somente tantas peças quanto foram apanhadas pelo processo posterior, os operários e o equipamento em cada processo de produção devem estar capacitados a produzir o número de peças exato, quando forem necessárias. Entretanto, se o processo posterior varia sua tomada de materiais em termos de tempo e quantidade, o processo anterior será preparado para ter disponível a quantidade máxima possivelmente necessária na situação de flutuação. Esse é, obviamente, um desperdício que aumenta muito os custos. A eliminação total de desperdício é a base do sistema Toyota de produção. Conseqüentemente, a sincronização da produção é praticada com rigidez, e a flutuação é nivelada ou suavizada. Os tamanhos dos lotes são diminuídos, e o fluxo contínuo de um item em grande quantidade é evitado. Por exemplo, não se consolidou toda produção do Corona durante a manhã, e a produção do Carina, durante a tarde. Os Coronas e Carinas são produzidos em uma seqüência alternada. Em resumo, onde o sistema Ford tem a fixa idéia de produzir em uma só vez boa quantidade do mesmo item, o sistema Toyota sincroniza a produção de cada unidade. A idéia por trás dessa abordagem é a de que no mercado, cada consumidor adquire um carro diferente, e, assim, na fabricação, os carros devem ser feitos um por vez. Mesmo no estágio de produção de peças, cada peça é produzida uma por vez. A General Motors, a Ford e os fabricantes de carros europeus têm aperfeiçoado e refinado seus processos de produção a seu modo. Contudo, eles não têm tentado a sincronização da produção, que a Toyota vem trabalhando para alcançar. 38 A grande pergunta é: qual sistema se encontra em uma posição superior, o da Ford ou da Toyota? Como ambos são aperfeiçoados e inovados diariamente, não se pode estabelecer uma conclusão. Entretanto, como método de produção para períodos de baixo crescimento, o sistema Toyota é mais adequado. É de grande importância para a logística integrada o estudo do sistema Toyota de produção, porém quando é feita uma analogia do sistema logístico japonês com o sistema logístico brasileiro, verifica-se que se está muito aquém de alcançar essa realidade. Observe-se que, exceto quanto às empresas automobilísticas que praticamente estabelecem regras para que seja atingido o objetivo de sua logística de estoques, dificilmente consegue-se verificar um grau de integração logística tão elevada quanto o do japonês. É claro que esse sistema foi desenvolvido ao longo do tempo e que também será possível se desenvolver um sistema tão eficiente, ou até melhor que esse e de acordo com a necessidade brasileira. As empresas estão se modernizando para continuar competindo, e isso envolve diretamente a logística de estoques, pois é um dos fatores primordiais para a redução de custos das empresas. E também, nesse ambiente competitivo, a busca por uma posição única e sustentável, assim como a busca da maior eficácia operacional, por meio da logística e do gerenciamento da cadeia de abastecimento, fazem parte da estratégia de toda empresa que queira ser lucrativa em longo prazo. Referência: OHNO Tanchi Sistema Toyota de Produção Boohman 1977 Faça uma conclusão deste estudo de caso em relação ao que entendeu do sistema de produçãoToyota. 39 Aula 20 – Exercício Leitura e Análise Armazenagem A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados ou semi- acabados. Uma vez que este processo envolve mercadorias, este apenas produz resultados quando é realizada uma operação, nas existências em trânsito, com o objectivo de lhes acrescentar valor (Dias, 2005, p. 189). Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre os custos e a melhor solução para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos os factores que influenciam os custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos. ImportânciaDe forma a ir ao encontro das necessidades das empresas, e uma vez que os materiais têm tempos mortos ao longo do processo, estes necessitam de uma armazenagem racional e devem obedecer a algumas exigências (Casadevante, 1974, p. 22):Quantidade: a suficiente para a produção planeada; Qualidade: a recomendada ou pré-definida como conveniente no momento da sua utilização; Oportunidade: a disponibilidade no local e momento desejado; Preço: o mais económico possível dentro dos parâmetros mencionados Vantagens A armazenagem quando efectuada de uma forma racional poderá trazer inúmeros benefícios os quais se traduzemdirectamente em reduções de custos. Se não vejamos (Casadevante, 1974, p. 28): Redução de risco de acidente e consequente aumento da segurança; Satisfação e aumento da motivação dos trabalhadores; Incremento na produção e maior utilização da tecnologia; Melhor aproveitamento do espaço; Redução dos custos de movimentações bem como das existências; Facilidade na fiscalização do processo e consequente diminuição de erros; Redução de perdas e inutilidades; Versatilidade perante novas condições Desvantagens Algumas desvantagens da armazenagem são segundo Krippendorff (1972, p. 24): Os materiais armazenados estão sujeitos a capitais os quais se traduzem em juros a pagar; A armazenagem requer a ocupação de recintos próprios ou o aluguer que se traduz em rendas; A armazenagem requer serviços administrativos; A mercadoria armazenada têm prazos de validade que têm de ser respeitados; Um armazém de grandes dimensões implica elevados custos de movimentações Factores que afectam a armazenagem Na armazenagem pode-se considerar que intervém uma série de variáveis, as quais se denominam “factores”. Estes possuem uma influência específica para cada caso e têm um 40 papel preponderante na realização de uma boa armazenagem (Casadevante, 1974, p. 45). Se não veja-se: l O material é destacado como o principal ítem da armazenagem. Este pode ser diferenciado pela sua utilização, consumo, e apresentação, bem como outras características especiais que podem ser determinantes nas medidas a adoptar, devendo-se por isso classificar os materiais tendo em conta diversos itens (Casadevante, 1974, p. 62). A espera: A espera é destacada como grande impulsionadora da armazenagem. Esta traduz-se na antecipação com que os materiais devem ser colocados na empresa à espera de serem utilizados no processo (Casadevante, 1974, p. 62). A existência; A existência traduz-se na acumulação ou reunião de materiais em situação de espera. Este conceito também se pode estender à quantidade de cada material em espera num armazém (Casadevante, 1974, p. 62). O tráfego:O tráfego está incutido no processo de armazenagem, pois este envolve a reunião de homens, máquinas e principalmente dos materiais. O tráfego contém geralmente operações com (Casadevante, 1974, p. 72): Desacomodação; Carregamento; Movimentações internas do local; Movimentações externas do local; Descarregamento e Colocações. Custos Na armazenagem os custos envolvidos são geralmente fixos e indirectos, percebendo-se desde logo a dificuldade da gestão das operações e principalmente o impacto dos custos. Por outro lado, a alta parcela dos custos fixos na armazenagem potencia a que os custos sejam proporcionais à capacidade existente no armazém, isto é, independentemente deste estar vazio ou cheio, os custos continuarão os mesmos uma vez que o espaço, os trabalhadores, os equipamentos e outros investimentos continuam a existir. Na análise de custos deve-se começar pela identificação dos itens responsáveis, que podem ser equipamentos, alugueres de armazém e outros, e prosseguir com o cálculo dos mesmos (Dias, 2005, p. 191). Armazenagem em função das prioridades Não existe nenhuma norma que regule o modo como os materiais devem estar dispostos no armazém, porém essa decisão depende de vários factores. Senão veja-se: Armazenagem por agrupamento Esta espécie de armazenagem facilita a arrumação e busca de materiais, podendo prejudicar o aprovisionamento do espaço. É o caso dos moldes, peças, lotes de aprovisionamento aos quais se atribui um número que por sua vez pertence a um grupo, identificando-os com a divisão da estante respectiva (Krippendorff, 1972, p. 110). Armazenagem por tamanho, peso e característica do material Neste critério o talão de saída deve conter a informação relativa ao sector do armazém onde o material se encontra. Este critério permite um melhor aprovisionamento do espaço, mas exige um controlo rigoroso de todas as movimentações (Krippendorff, 1972, p. 110). 41 Armazenagem por frequência O controle através da ficha técnica permite determinar o local onde o material deverá ser colocado, consoante a frequência com que este é movimentado. A ficha técnica também consegue verificar o tamanho das estantes, de modo a racionalizar o aproveitamento do espaço (Krippendorff, 1972, p. 110). Armazenagem com separação entre lote de reserva e lote diário Esta armazenagem é constituída por um segundo armazém de pequenos lotes o qual se destina a cobrir as necessidades do dia-a-dia. Este armazém de movimento possui uma variada gama de materiais (Krippendorff, 1972, p. 111). Armazenagem por sectores de montagem Neste tipo de armazenagem as peças de série são englobadas num só grupo, de forma a constituir uma base de uma produção por família de peças. Este critério conduz à organização das peças por prioridades dentro de cada grupo (Krippendorff, 1972, p. 111). A mecanização dos processos de armazenagem fará com que o critério do percurso mais breve e de menor frequência seja implementado na elaboração de novas técnicas de armazenagem (Krippendorf, 1972, p. 111). Tipos de armazenagem Armazenagem temporária Aqui podem ser criadas armações corridas de modo a conseguir uma arrumação fácil do material, colocação de estrados para uma armazenagem directa, pranchas entre outros. Aqui a força da gravidade joga a favor (Krippendorf, 1972, p. 59). Armazenagem permanente É um processo predefinido num local destinado ao depósito de matérias. O fluxo de material determina (Krippendorf, 1972, p. 60): A disposição do armazém- critério de armazenagem; A técnica de armazenagem- espaço físico no armazém; Os acessórios do armazém; A organização da armazenagem. Armazenagem interior/exterior A armazenagem ao ar livre representa uma clara vantagem a nível económico, sendo esta muito utilizada para material de ferragens e essencialmente material pesado (Krippendorf, 1972, p. 60). 42 Movimentação na armazenagem A movimentação é um factor de extrema importância na armazenagem, da qual se destaca (Krippendorf, 1972, p. 60-61): Ponte móvel ou ponte rolante sobre o armazém Na ponte móvel o material é colhido verticalmente, o que ajuda nos acessos. É o caso do material metálico, que implica uma armazenagem de curta distância. Armazém munido de guindaste em rodas Para o guindaste em rodas já são precisos acessos de maior dimensão, pois este guindaste não possui um grande alcance. O guindaste têm de estar bem firme, ao passo que o material necessita de carris ou pranchas para ser movimentado. Movimentação por empilhador ao ar livre Para a utilização do empilhador ao ar livre são necessários bons acessos. O material têm de ser previamente colocado em estrados, visto que o empilhador não tem ajudas. O solo deve ser firme e consistente. Armazenagem em função dos materiais A armazenagem deve ter em conta a natureza dos materiais de modo a obter-se uma disposição racional do armazém, sendo importante classificá-los (Krippendorff, 1972, p. 61- 62):Material diverso;O principal objectivo é agregar o material em unidades de transporte e armazenagem tão grandes quanto possíveis, de modo a preencher o veiculo por completo. Material a granel;A armazenagem deste material deve ocorrer nas imediações do local de utilização, pois o transporte deste tipo de material é dispendioso. Para grandes quantidades deste material a armazenagem faz-se em silos ou reservatórios de grandes dimensões. Para quantidades menores utilizam-se bidões, latas e caixas. Líquidos;Nos líquidos aplica-se a mesma lógica do material a granel. Estes têm a vantagem de poderem ser directamenteconduzidos do local de armazenagem para a fábrica através de condutas. Gases; Os gases obedecem a medidas especiais de precaução, uma vez que tornam-se perigosos ao estarem sujeitos a altas pressões e serem inflamáveis. Por sua vez a armazenagem de garrafas de gás está sujeita a regras específicas e as unidades de transporte são por norma de grandes dimensões. www.wikipedia.com.br Questionário: 1 – O que você entende por armazenagem? 2 – Fale cinco principais funções do setor de armazenagem? 3 – Quantos armazens eu devo ter e em que tamanho eu devo intestir? 4 – Quais os custos que incidem no meu armazem? 5 – Quais os critérios devo ter na armazenagem? 43 Aula 21 - Exercicio Questões 1 – Descreva qual o conceito de embalagem? 2 – Como pode ser classificada as funções da embalagem? 3 – Cite as finalidades das embalagens? 4 – De exemplos de embalagens de distribuição física? 5 – Qual embalagem pode ser transportada manualmente? 6 – O que é embalagem retornável? 7 – Quais os objetivos das embalagens? 8 – Quais os problemas típicos relacionados com embalagens? 9 – Quais as razões para inovar a embalagem? 10 – Descreva: Embalagem de Contenção: Embalagem de Proteção: 44 Aula 22 - Exercício Leitura e Análise Estudo de caso Armazém Pesquisa Benchmarking em Armazéns 2005 Vamos analisar neste exercício as condições de construções destes armazéns e tirar uma conclusão se é possível construção do mesmo porte aqui no Brasil. Pesquisa recentemente realizada pelo WERC (Warehousing Educational Research Council) e pelo The Logistics Institute da Georgia Tech University com 139 empresas americanas, apontou que, atualmente, o principal desafio na gestão de armazéns nos Estados Unidos está relacionado ao alto turn-over da mão-de-obra, que alcançou uma média de 16%, atingindo todos os níveis hierárquicos. Participaram dessa pesquisa empresas como Avon, BAX Global, Coca-Cola, DHL Solutions, Direct TV, Disneyland, Eagle Global Logistics, Fuji Photo Film, GlaxoSmithKline, Intel, Lucent, Merial, Mobil, Novartis, Pernod Ricard e UPS, dentre outras diversas. 47% dos entrevistados informaram estar muito preocupados com as altas taxas de turn- over. Outros 45% mostraram preocupação com a avançada idade de seus operadores. Os resultados da pesquisa indicam que mais empresas estão envolvidas com a utilização de indicadores de desempenho na gestão de armazéns. 70% dos entrevistados informaram que utilizam de 11 a 15 diferentes métricas para avaliar a sua performance operacional. O indicador mais utilizado é “acuracidade no pedido expedido”, utilizado por 81% dos entrevistados. A segunda métrica mais utilizada é “acuracidade do inventário”, empregada por 78%. A pesquisa também explorou os tipos de tecnologias utilizadas na gestão e na operação dos armazéns. 71% dos entrevistados utilizam o escaneamento por código de barras, enquanto que 7% utilizam etiquetas de radiofreqüência. Vale destacar que 64% dos entrevistados afirmam que NÃO tem interesse na implantação de RFID. A pesquisa constatou que 70% dos armazéns utilizam sistemas WMS (Warehouse Management System). Quando questionados sobre mudanças ou adaptações físicas que gostariam de realizar em seus armazéns, 57% dos entrevistados informaram que gostariam de contar com um maior número de docas. Outros 31% gostariam de dispor de um pé-direito mais alto. A pesquisa mostra que cada armazém tem, em média, 8 projetos de melhorias em andamento. Os cinco mais citados foram: desenvolvimento de padrões de produtividade operacional, fixação de endereços para a separação de pedidos (picking), implantação do inventário cíclico ABC, treinamento da mão-de-obra e a utilização da tecnologia ASN (Advanced Shipment Notice) ou Aviso Prévio de Embarque. Este é o armazém médio norte-americano, obtido a partir das 139 empresas participantes: - tamanho médio: 13.850 m² - proporção entre comprimento e largura: 1,7 para 1,0 - pé-direito: 8,5 metros 45 - número de docas ou portas: 15 - nível de ocupação: 82% em períodos normais e 96% no “pico” - equipe operacional: 60 pessoas - proporção entre supervisores e operadores: 1 para 11,3 - produtividade da mão-de-obra: 64,8 caixas por homem por hora - expedição: 564.000 linhas/ano; 60.500 pedidos por ano; 9 linhas por pedido - itens em estoque: total de 5.001, sendo 3.502 ativos - giro do estoque: 11 - taxa de Atendimento do Pedido (Order Fill Rate): 97,1% - configuração da rede logística: 3 armazéns em média por empresa - representatividade do custo do armazém em relação às vendas: 3,4% Referência: Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda. 46 Aula 23 - Exercício Questões para serem respondidas 1 – Ao que se refere a movimentação de materias? 2 – Qual a função de movimentação? 3 – Quais as formas de movimentação? 4 – O que é ex´pedição de materiais? 5 – Quais os tipos de expedição? 6 – Como estão clssificados a triagem de materiais devolvidos ao estoque? Estudo de caso de empresas que tiveram problemas para fazer a movimentação de seus materiais, e tiveram o seu problema solucionado com estudos espesíficos para a sua cadeia de abastecimeno. Casas Pernambucanas / vamos analisar estas situações 1. Breve histórico Empresa com 98 anos de experiência, construída com muito trabalho e seriedade, hoje conta com 12 mil colaboradores, 238 pontos de venda em sete estados brasileiros. Rede varejista responsável pela comercialização de tecidos, artigos para casa, confecção e aparelhos eletrônicos. 2. Dificuldade encontrada Movimentação de Peças de Vestuário O transporte das roupas era feito em caixas convencionais, desta maneira as peças eram dobradas e ensacadas pelos fornecedores, depois entregues nas lojas e deveriam ser passadas antes de colocadas nas araras. 3. Projeto desenvolvido A Linx implementou um sistema de logística interna, um transportador aéreo Formove. As vantagens do sistema são agilidade e dinamismo, já que as peças são transportadas em cabides por meio de trolleys – carrinhos que andam sobre trilhos suspensos. 4. Solução Os trolleys contendo os cabides circulam ao longo de 6,5 km de trilhos suspensos e, por meio de um acessório denominado extensão telescópica, colocam a mercadoria diretamente nos caminhões; anteriormente os produtos demoravam até 72 horas para serem distribuídos, hoje este tempo não passa de 24 horas. 47 5. Resultados e benefícios alcançados A aplicação do sistema modificou a estrutura do CD. Só o espaço dedicado ao vestuário aumentou 16%, passando de seis para sete mil m2. A produtividade também aumentou: antes a separação era de 50 peças homem/hora, agora este índice é de 300 peças homem/hora. Ao todo, o CD das Casas Pernambucanas armazena mais de um milhão de peças de vestuário. Outra vantagem já é observada: anteriormente o transporte das roupas era feito em caixas convencionais, desta maneira as peças eram dobradas e ensacadas por fornecedores, tendo que ser passadas antes de colocadas nas araras. Agora já saem do CD prontas para exposição, pois não há mais necessidade de manipulação por parte dos funcionários. Submarino 1. Breve histórico A Submarino é a empresa líder dentre aquelas que operam exclusivamente no varejo eletrônico no Brasil. Construiu uma marca forte para atender a um mercado extremamentecompetitivo e exigente, buscando agilidade e sendo capaz de oferecer mais de 700 mil itens, em 24 categorias de produtos, de mais de 1300 fornecedores, além de serviços de comércio eletrônico terceirizado, vendas de viagens on-line e distribuição de ingressos. A companhia entrega pedidos para as principais cidades do Brasil, em média em até dois dias úteis e, para alguns produtos, entrega no mesmo dia na região metropolitana de São Paulo. 2. Dificuldade encontrada A necessidade da Submarino de automatizar seu Centro de Distribuição Aumentar consideravelmente o fluxo de mercadorias movimentadas significava neste caso, um incremento considerável no número de operadores. Este incremento geraria necessariamente uma diminuição do nível de serviço do centro de distribuição em conseqüência de uma menor produtividade, retrabalho, erros. A automação era a melhor alternativa para absorver os grandes incrementos nas vendas da Submarino, garantindo e até melhorando o nível de serviço até então oferecido, permitindo que grandes fluxos fossem processados sem erros e retrabalho num curto espaço de tempo. Há uma grande diferença de aquisição de mão-de-obra pela empresa no caso da implantação do Classificador de Bandeja, ou seja, da automatização do processo. Com a automatização, a empresa estimava necessitar de um acréscimo de 18% no quadro de funcionários, até dezembro de 2007. Se não houvesse a implantação do novo sistema, a Submarino teria um aumento de 100% na contratação de novos colaboradores até dezembro de 2007. 3. Projeto desenvolvido O objetivo do projeto foi a automatização do centro de distribuição da Submarino, desde o processo de separação de pedidos até a expedição, de maneira a apoiar o crescimento da empresa e garantir o nível do serviço atualmente oferecido aos seus clientes. 48 4. Solução O objetivo é substituir a manipulação individual, automatizar a separação da mercadoria, agilizar a entrega, reduzir custos operacionais e reduzir erros. 5. Resultados e benefícios alcançados Com a implementação do sistema automático de separação de pedidos, a Submarino garantiu um alto rendimento e produtividade e, conseqüentemente, um menor custo por pedido separado, por meio de uma redução da mão-de-obra, menor manipulação dos itens, diminuição dos erros e retrabalhos, além de baixos custos de manutenção e um layout compacto. É importante ressaltar que o projeto todo foi concebido garantindo flexibilidade e permitindo ampliações futuras. No caso da Submarino, o retorno sobre o investimento esperado com a implementação de todo o equipamento é de 24 a 30 meses. Lojas Renner 1. Breve histórico Teve seu primeiro ponto de venda inaugurado em 1922, a partir de 1940 tornou-se uma loja de departamentos, varejo de vestuário, artigos de beleza e serviços. Uma empresa de capital aberto, atualmente conta com 81 lojas no Brasil. Responsabilidade social e ambiental orientam as suas ações. 2. Dificuldade encontrada Movimentação e armazenagem de produtos em seu Centro de Distribuição A Renner precisava que seus departamentos no Centro de Distribuição fossem interligados. 3. Projeto desenvolvido O projeto desenvolvido pela Linx foi dividido em 5 fases. Foi instalado o transportador aéreo que possibilitou a união de áreas distantes e movimentação de qualquer tipo de produto através de trolleys desenhados de acordo com as necessidades de cada empresa. Em 2002 ficou pronta a primeira fase do projeto no Centro de Distribuição da Renner em São Bernardo do Campo – SP. Nessa fase, implementou-se um pulmão de recebimento e um pulmão de separação de pedidos para lojas, além da interligação entre estas duas áreas. Em 2003 a Renner definiu que todos os produtos do Centro de Distribuição circulariam por meio do transportador aéreo, tornando o Formove o principal meio de movimentação. Novas linhas foram instaladas e novos trolleys foram desenvolvidos para os produtos não encabidados como caixas, sapatos, perfumaria, entre outros. Em 2004, além da ampliação necessária devido ao aumento do número de lojas, que ocasionou um aumento do fluxo do Centro de Distribuição, foi criada uma área específica para produtos com giro diferenciado e estratégico. No ano de 2005, foi criado um grande pulmão estático com o objetivo de centralizar o estoque das lojas e implementar a reposição das vendas de alguns produtos, verticalizando o Centro de Distribuição. A automação completa do Centro de Distribuição, permitindo que as mercadorias fossem encaminhadas automaticamente às áreas de armazenagem e expedição, foi feita em 2006. 49 4. Solução Com este projeto foi duplicada a velocidade de processamento e redução em um terço das avarias. 5. Resultados e benefícios alcançados A parceria entre a Renner e a Linx deu tão certo que em 2003 foi reconhecida pela ABML por meio do IV Prêmio de Logística, no projeto de Movimentação e Armazenagem. E ainda vai além do fornecimento de serviços e equipamentos: em abril de 2005 a Linx contribuiu com a doação dos insumos para a produção de 374 quilos de ovos de páscoa, nas instalações do Centro de Distribuição das Lojas Renner, em Porto Alegre – RS, com a participação de seus funcionários no projeto Oficina de Páscoa V. Neste ano foram atendidas 415 crianças, dando continuidade ao projeto criado pela Renner há cinco anos e que já beneficiou cerca de 3.942 crianças, de instituições como o Instituto do Câncer Infantil, a AACD, o Samaritano, a Creche Meu Bebê e a Creche Nova Americana. Casas Bahia 1. Breve histórico Desde 1952 a serviço de todas as classes no Brasil, fenômeno do varejo nacional, a Casas Bahia é hoje uma das maiores empregadoras do Brasil, com mais de 52 mil colaboradores, presente em oito estados, multiplicando suas filiais de 250 para 540 lojas. A habilidade para entender as necessidades emocionais e os hábitos de compra dos clientes de baixa renda e a capacidade de viabilizar o sonho de consumo por meio de acesso ao crédito resultou em modelo de negócio único no que diz respeito ao varejo. 2. Dificuldade encontrada Interligar e automatizar a movimentação interna dos dois Centros de Distribuição A Casas Bahia precisava interligar e automatizar a movimentação interna dos dois Centros de Distribuição, localizados em Jundiaí – SP. Para ganhar agilidade, o armazém principal (160 mil m2) tinha que ter acesso ao novo prédio (80 mil m2). 3. Projeto desenvolvido Inédito no país e um dos únicos do mundo em relação às proporções e grau de complexidade, de acordo com a Linx, o projeto logístico que envolveu os dois Centros de Distribuição da Casas Bahia, localizados em Jundiaí, foi dividido em três fases. A primeira consistiu na interligação do armazém principal (destinado a eletrodomésticos, móveis, colchões e parte dos produtos eletrônicos) ao novo prédio (destinado a sofás e eletroeletrônicos). Além do porte da estrutura, o desafio foi transpor um desnível de 25 metros (formado por uma montanha de rocha) e uma linha de transmissão de alta tensão. Tudo isso sem prejudicar a circulação periférica dos caminhões e o alto fluxo de movimentação interna de mercadorias. A segunda e terceira fases, concluídas em 2005, consistiram na automação interna dos dois armazéns. O circuito do Tow Line foi expandido do túnel para o perímetro interno de todos 50 os CDs, reduzindo consideravelmente o trânsito de empilhadeiras e paleteiras e garantindo maior produtividade. 4. Solução A solução encontrada pela Linx foi a construção de um túnel equipado com Tow Line (transportador de piso com trilho enterrado e corrente embutida) unindo os dois CDs. Concluído em apenas 11 meses, o equipamento movimenta 700 carros por hora (cada carro com capacidade de duas toneladas) nos dois sentidos(ida e volta), funcionando 22 horas por dia, sete dias por semana. Dessa forma, as mercadorias recebidas ou separadas em um prédio podem ser manipuladas e consolidadas no outro de maneira rápida. Integração perfeita que hoje permite administração dos dois armazéns como se fossem um só. 5. Resultados e benefícios alcançados A empresa pôde reduzir estoques e responder rapidamente aos clientes, permitindo realizar entregas em até 24 horas depois da compra. Com este projeto a Linx foi vencedora do Prêmio ABML de Logística em 2004, na categoria Sistemas de Movimentação & Armazenagem. WWW.linx.com.br 51 Aula 24 - Exercício Leitura e Análise TÉCNICAS DE UNITIZAÇÃO DE CARGAS EM PALETES A ciência de unitização de carga para o transporte envolve dois conceitos relativamente novos no Brasil. São os conceitos de logística e de embalagens de transporte. A logística estuda formas de suprir e distribuir mercadorias. Tem na unitização de cargas aliada a movimentação mecanizada um forte potencial de produtividade e eficácia. Existem várias formas de unitização de cargas para o transporte no mundo, porém o sistema paletizado é aquele que tem demonstrado o maior crescimento. Paletes ou estrados são plataformas destinadas a suportar cargas permitindo a movimentação por meio de garfo, onde os produtos podem ser unitizados. Os paletes têm como função a movimentação de grande escala. A palavra palete é uma adaptação do termo inglês "PALLET". Paletes são dispositivos de unitização de cargas criados para dinamizar a movimentação mecânica na produção industrial, nos depósitos e tendem agilizar os meios de transportes no momento de carregamento e descarga. O conhecimento da logística aplicada à distribuição física dos produtos reconhece no palete uma alternativa eficiente de unitização, a qual facilita a movimentação, o transporte e a armazenagem das cargas. Apesar da obviedade da vantagem do sistema paletizado sobre a movimentação manual os dois sistemas convivem simultaneamente no Brasil. O motivo é o custo da implantação do sistema versus o custo de manutenção do convencional. Não existem estudos sobre quando a movimentação paletizada é possível, ou quanto de carga há ser movimentada é necessária para a implantação de um sistema unitizado. 2. Vantagens da Paletização Os produtores, de uma forma geral os atacadistas e as empresas de armazenagem, que recebem produtos e mercadorias durante a operação normal ou de movimentação de materiais estão bastante seguros das várias vantagens na operação de cargas e das economias como resultado da adoção de um programa de paletização. Casos recentes onde métodos de movimentação mecânica têm sido adotados, repetidamente confirmam a validade destes potenciais ganhos prontamente disponíveis para melhores negócios da empresa. Após a utilização nos portos como equipamento de movimentação, os paletes passaram a ser na indústria em geral, e na de bens de consumo em particular, um importante equipamento de movimentação e armazenagem de cargas unitizadas. A NWPMA "National Wooden Pallet & Container Association" norte americana aponta dezesseis vantagens de um programa de paletização 1. A melhor utilização dos espaços verticais, pois um programa de paletização possibilita uma quantidade maior de armazenagem em uma dada área. 2. Redução de acidentes pessoais na substituição da movimentação manual pela movimentação mecânica. 3. Economia de 40% a 45% no custo da movimentação devido a paletização. 52 4. O tempo de movimentação fica reduzido. Economia por homens/horas na eliminação dos sobretempos ociosos 5. Os paletes carregados permitem a ventilação entre as mercadorias tanto nos depósitos como durante o transporte 6. A paletização simplifica o controle de inventário. 7. Histórias de casos demonstraram que a adoção de métodos de movimentação mecânica e de carregamento paletizado resultaram na eliminação quase total de danos aos produtos. 8. A unitização de cargas sobre paletes reduz o tempo de rotulagem e as despesas operacionais deste item. Um ou dois rótulos por unidade de carga elimina a necessidade de identificar cada embalagem do produto. 9. O furto é reduzido quando itens individuais são unitizados por cintas, faixas ou filmes. 10. A paletização permite uniformizar o local de estocagem resultando em áreas com aproveitamento racional. 11. Os paletes são a forma natural de subpisos para o qual cintas de aço podem ser usadas facilmente na ancoragem segura das mercadorias. 12. Uso do palete elimina freqüentes custeios do sistema de transporte e permite entregas, cargas e descargas dentro de qualquer ponto acessível por equipamentos de movimentação. 13. Paletes bem adequados na linha de produção elimina interrupções e gargalos e proporciona maior produtividade. 14. Operários não precisam perder seu valioso tempo para dar apoio na movimentação de materiais. 15. Corta pela metade o tempo de carga e descarga de caminhões: (a) redução dos custos de prorrogação no tempo de embarque e eliminação de (sobretaxa); (b) a melhor utilização dos equipamentos de carga e descarga; (c) crescimento do peso de rendas no transporte, otimiza a relação de caminhões. 53 16. Tempo de carga e descarga pode ser reduzido com o uso do palete, resultando em: (a) rapidez no retorno do caminhão (b) redução de custos. Economias são claramentes visualizadas quando realizadas pelo custo de carga e descarga de mercadorias, pois muitas vezes são maiores naquelas que envolve operação de transbordo. Tipos e Modelos Existentes A Norma de Terminologia para paletes, NBR 8254 editada em novembro de 1983, classifica os tipos de paletes de seguinte forma: Quanto ao tipo de operação: Palete descartável - Como alternativa ao palete circulante debate-se a utilização de paletes descartáveis que também apresentam problemas relativos a custos. Esses paletes acabam agregando custo ao produto. Outro problema é o ecológico relativo aos produtos a serem descartados Palete de uso repetitivo - são aqueles destinados a várias operações de transporte e/ou armazenamento. Palete circulante ou retornável - Um dos maiores usuários de cargas paletizadas são as indústrias de bens de consumo que distribuem seus produtos através dos supermercados. Desta forma a Associação Brasileira de Supermercados, conhecida como "ABRAS", tem procurado a padronização dos paletes em função da qualidade, dimensões e desenho 54 Quanto ao modelo: Palete de duas entradas - são aqueles que permitem a introdução de garfo somente por dois lados opostos Palete de quatro entradas - são aqueles que permitem a introdução de garfos pelos quatro lados, conforme Figura 2. Palete face simples - são aqueles com apenas uma face destinada a receber a carga, conforme Figura 3. Palete face dupla - são aqueles que possuem uma face superior para receber carga e outra inferior para apoio, conforme Figura 4. Palete reversível - são aqueles que possuem duas face iguais, Palete desquinados - são aqueles com os cantos cortados ou arredondados. 55 Caixa-Palete - são aqueles, com três ou quatro paredes, podendo ser removíveis ou com tampa, conforme Figura 7. Cuidados no Manuseio Na utilitização das unidades de cargas paletizadas alguns cuidados devem ser tomados para a conservação do palete e para evitar disperdícios com os componentes de fixação da carga no palete. Fabricantes de paletes de madeira recomendam os seguintes cuidados: 1. O usuário deve conhecer a capacidade da empilhadeira ou paleteira que irámovimentar as cargas no intuito de evitar danos aos equipamentos ou a unidade de carga. 2. Deve-se também tomar cuidado com obstáculos como pilares, muretas, canos e outros. As condições do piso devem ser sistematicamente verificadas. Pulos da empilhadeira devido a irregularidades no piso solicitam duas vezes mais a resistência a compressão das embalagens. 3. Adequar a abertura do garfo da empilhadeira aos vãos do palete evitam impactos indesejáveis nas unidades de cargas e preservam o palete. 4. Na movimentação das unidades de carga a empilhadeira deve estar perfeitamente encaixado para evitar instabilidade de pilha, causada por inclinações no palete. 56 5. A distribuição da carga no palete e o planejamento da carga na sobreposição são importantes para evitar danos nas embalagens. 6. Freiadas bruscas e curvas rápidas desestabilizam a unidade de carga solicitando maior resistência das embalagens e dos paletes. 7. É recomendável elevar as cargas sempre com a torre inclinada um pouco para trás inclinando para frente no momento de depositar a carga no lugar. 8. É importante estar sempre atento à movimentação da carga não permitindo a permanencia de pessoas sobre o garfo ou sob as unidades de carga e abaixar completamente os garfos quando estacionar. 9. A aproximação das unidades de carga deve ser lenta, evitando também partidas bruscas e trancos, tanto na movimentação da carga como no transporte. 10. No carregamento do caminhão as cargas não devem ser arrastadas com o intuito de não danificar o palete ou a carroceria dos veículos Formação das Unidades de Carga São três os métodos de montagem: - Manual. - Semi-automática. - Automática (Paletizadora) A montagem manual consiste de um ou mais operários arrumando os itens no palete. Na montagem semi-automática um operário recebe os itens de um transportador e os arruma, dentro de um padrão de disposição em camadas e a máquina transfere cada camada para o palete e o posiciona, enquanto o operador forma uma nova camada e o procedimento de montagem se repete até a carga estar pronta. O carregador automático ou paletizadora é uma máquina que recebe caixas de papelão, sacos, tambores ou latas e os arruma em camadas, coloca-os no palete e deposita a carga completa em um transportador para a sua remoção. Operação com paletizadora - Procedimentos: O processo básico de formação consiste de uma linha de alimentação de embalagens sucessivas sobre uma mesa. Quando a camada é completada, a mesa é removida para depositar a camada no palete vazio ou sobre a camada anterior. O palete é abaixado em uma distância igual à altura da camada e então, a placa retorna e a camada é formada. As embalagens vêm por um transportador dotado de um contador (isto é, um dispositivo que registra o número de embalagens), com velocidade e espaçamento uniforme. A unidade de controle, combina com o dispositivo contador por foto-célula e governa automaticamente as séries de movimentos necessários para um certo palete. Na medida em que as embalagens entram na área de carregamento, a unidade de controle sinaliza um dispositivo de giro, geralmente um braço telescópico, quando uma delas deve ser girada a 90º. Quando uma fileira é formada, um empurrador a transfere-a para a mesa. Se camadas alternadas necessitarem de formações diferentes nas suas filas, o controle também regulará isto automaticamente. Os paletizadores podem ser especialmente projetados para montagem de cargas como tambores, sacos, barris, etc. Existem alguns equipamentos como paletizadores que operam de dois modos: removendo as camadas de produtos de cima da carga ou removendo os produtos de baixo da carga. 57 Importantes considerações sobre operação com paletizadoras devem ser consideradas, como: - tipo do palete - padrão de cada camada - se é necessário o travamento da carga - se o cintamento, estiráveis ou termo-encolhível são necessários - o produto - se proibições ou ventilação são necessárias - se folhas separadoras são necessárias - qual produto esta para ser movimentado - qual é a pressa - quantas dimensões estão para ser movimentadas - onde a paletizadora será localizada - qual é a velocidade de alimentação desejada - uma vez paletizada, qual delas é adequada para a unidade de carga - o layout do sistema de carregamento de alimentação da paletizadora Filmes termo-encolhíveis (Shrink) e filmes estiráveis (Stretch) Filmes termo-encolhíveis ou filmes estiráveis são duas formas para colocar um envoltório tensionador em torno de um produto, um contêiner, grupo de produtos ou contêineres ou em volta de uma plataforma ou outro transporte de carga para promover a operação de embalagem e reduzir custos. Termo-encolhível -Acondicionamento com Termo-encolhível é originário da França em 1936. Envolve o uso de filme termoplástico que é tensionado ou orientado durante sua fabricação. Tem a propriedade de encolhimento quando submetido ao calor. Em 1960, o sistema ganhou popularidade. O processo continuou a oferecer ganhos durante a década 60. A técnica foi se expandindo como uma aplicação funcional em enfardamento, aplicação com bandejas e na unitização de cargas em paletes. Suas maiores vantagens estão na contenção do produto, aparência, proteção, fixação, limpeza, multi-embalagem e economia. Pode ser aplicado sobre o produto ou sobre o palete, sendo necessário um forno de encolhimento. As vantagens desse processo são devido a grande variedade de termo- encolhível disponível no mercado. O Termo-encolhível é utilizado para itens pesados, moles e perissíveis Filmes estiráveis - Diretor, Laboratory Services Packaging/1985) Stretch Wrapping é um processo onde um filme elástico é tensionado em torno de uma unidade de carga paletizada, de um determinado item, de um fardo ou embrulho a fim de manter a integridade da carga ou proteger o produto contra sujeira. Normalmente os produtos embrulhados com filmes estiráveis são: garrafas de vidro, alimentos para animais, sorvetes, portas de madeira, latarias etc. A versatilidade do uso do filmes estiráveis é muito grande. Filmes estiráveis são aqueles que após sua aplicação mantém o tensionamento amarrando a carga entre si e o palete. Os filmes também possuem a função de proteger a carga contra o pó. Aplicação do filme estirável Os diferentes tipos de equipamentos para embalagem com filme filmes estiráveis estão comercialmente disponíveis. 58 Embalagem por cortina - Na operação de embalagem a carga passa entre duas bobinas de filme, onde o filme é mantido esticado. Quando o palete passa entre as bobinas, o filme é mais uma vez esticado, até envolver totalmente o mesmo. Quando todo o palete estiver envolvido, dois dispositivos de soldagem se aproximam e selam o filme estiráveis. O filme é segurado mecanicamente, até que a junta esfrie e tenha alcançado o esticamento máximo. Foi a partir desse tipo que foi desenvolvido o maquinário de maior avanço tecnológico Embalagem da largura completa. Outro tipo de embalagem do palete é a máquina de embalagem largura completa. O filme usado tem largura suficiente para embalar a carga em uma rotação. Este princípio requer, entretanto, regulagem da carga com precisão, assim tornando seu uso relativamente limitado. Espessuras adequadas acima de 30 micras. 59 Embalagem de pequenos pacotes - O último desenvolvimento em novas aplicações de filme estiráveis é a utilização da embalagem de pequenas unidades. A tecnologia usada de filmes estiráveis, permite redução significativa de consumo de material e elimina as bandejasonde os produtos são normalmente colocados. Esse sistema foi introduzido em 1984, sendo que em menos de 1 ano haviam várias versões no mercado. Existe um grande potencial para aplicação deste tipo de filme. A espessura adequada do filme varia entre 20 a 35 micras Embalagem manual combinada a plataforma giratória - A embalagem manual é o sistema mais simples de se executar. O rolo de filme é montado em uma estrutura, onde o desenrolar pode ser diminuído virando uma manivela. Isto permite um certo grau de controle do estiráveis. Esse esquema é muito apropriado para tarefas como: relacrar cargas que já tenham sido abertas, reparar embalagens estragadas e também embalagens normais que não estejam sujeitas a nenhuma especificação. O sistema manual também pode ser combinado com uma mesa giratória acionada por um motor elétrico ajustado por meio de um pedal. A espessura adequada do filme é de 20 a 30 micras. 60 Embalagem rotativa de palete - Esse é um termo genérico para todas as máquinas baseadas numa mesa giratória combinada com uma estrutrura fixa onde o filme é colocado. Como o filme se move ao longo da estrutura, a mesa gira, resultando numa embalagem especial da carga. Esse tipo é de longe o mais comum, e existe um grande número de diferentes modelos. Pode ser automatizado para variar o grau, e pode também depositar automaticamente uma película de filme na parte superior. A capacidade varia entre 15 e 90 paletes por hora. A espessura adequada do filme é de 20 a 30 micras. Projeto e Especificação de Paletes Devido ao volume de dinheiro envolvido nos dispositivos para a unitização de cargas, vários projetos de aperfeiçoamento experimentais de paletes de madeira, de aço, de plástico e borracha têm sido realizados, porém um enfoque maior está sendo dado à especificação. As empresas que estão adquirindo paletes têm sentido necessidade de atendimento dentro de um bom padrão de qualidade do produto no momento da aquisição. O fornecimento com qualidade passa pela especificação do produto. Existe também grande dificuldade para avaliação das alternativas oferecidas pelo mercado pela variedade de paletes com custos e benefícios tão diferenciados. A metodologia adotada para a especificação do palete considera inicialmente as características da carga. Porém também devem ser considerados os tipos de embalagem, suas dimensões, densidade e o estado físico do produto. Devem ser consideradas também, as possibilidades da utilização de modelos e dimensões de paletes constantes das normas técnicas brasileiras e/ou normas internacionais. Exemplos das dimensões constantes das normas brasileiras que derivam da ANSI ( American National Standards Institute) propõem paletes com 1100 x 1100mm, 1200 x 1000mm, 1100 x 825mm, 1100 x 1320mm e de 1100 x 1650mm. As normas técnicas internacionais ISO (International Organization for Standardization) propõem as dimensões de 800 x 1200mm, 1000 x 1200mm, 1140 x 1140mm e para os contêineres Série 2, paletes de 1200 x 1200mm. O sistema de movimentação de carga é preponderante na escolha do desenho do palete. Muitas vezes é o que determina a opção por blocos ou longarinas na produção do palete. Paletes movimentados por paleteiras devem possuir uma altura maior que aqueles movimentados exclusivamente pelo garfo de empilhadeira ou gancho "C", pois a altura da paleteira está entre 8 a 10cm e o garfo da empilhadeira possui aproximadamente 6cm. 61 O sistema de armazenagem também é determinante no desenho do palete. Na utilização do porta-palete sãopreferíveis paletes com longarinas, devido ao esforço de flexão que existe nesse tipo de estoque de unidades de cargas. O sistema "drive-in" sugere esforços de flexão em outro sentido que deve ser reforçado. Nas cargas blocadas, onde uma unidade de carga fica apoiada sobre a outra, é recomendada a utilização de paletes de face reversível, ou com face inferior de fechamento mínimo de 40% da área de apoio do palete. Isto é para evitar que as caixa inferiores amassem orrendo escorregamento ou rasgo de sacarias. Armazenagem utilizando "racks" (montantes que se apoiam nos cantos do palete), também requerem um desenho específico, tendo em vista maior resistência à flexão nas duas direções e à compressão junto aos cantos do palete. A maior interferência do sistema de transporte no modelo do palete é a dimensão. Não devem ser deixados espaços vagos nas carrocerias devido ao desperdício nos fretes. Nas cargas com densidade inferior a 300 kg/m3, o frete é cobrado por volume. Nesse caso o espaço vazio torna-se crítico, havendo além disso há necessidade de apoio lateral entre as cargas para estabilidade das mesmas. A forma de carregamento do veículo também determina o desenho do palete, pois a existência de docas possibilita a utilização de paleteiras. A falta de docas impõe a necessidade de carregamento pela lateral do veículo com a utilização de empilhadeiras. A especificação de materiais porém acresce o custo do produto, pois na seleção da matéria-prima para a fabricação do palete há exclusão das peças não qualificadas em razão dos nós e esmoados identificados na madeira. Por vezes até 20% das tábuas são recusadas. Apesar do aumento no custo do produto a empresa usuária prefere, pois ganha na qualidade. Portanto isto envolve padrões a serem seguidos por todos os fornecedores, onde os custos apresentados serão relativos a uma mesma qualidade do produto. www.interlog.com.br / www.guialog.com.br / www.administradores.com.br / www.imman.com.br Questionário 1 – O que é unitização de cargas? 2 – Quais as vantagens da paletização? 3 – Cite cinco vantagens de usar paletização no armazém? 4 – Quais os tipos de paletes existentes no mercado? 5 – Quais os cuidados no manuseio de cargas com paletes? 6 – Quais são os métodos de montagem de unidades de carga? 7 – Que material é utilizado para fazer a unitização de carga em palletes? 62 Aula 25 – Exercício Estudo de Caso Centro de distribuição Sadia - RJ A Sadia foi fundada por Attilio Fontana, em 1944, no oeste catarinense. Ao longo dos anos, firmou sua excelência no segmento agroindustrial e na produção de alimentos derivados de carnes suína, bovina, de frango e de peru, além de massas e margarinas. Nos últimos anos, a Sadia se especializou, cada vez mais, na produção e distribuição de alimentos industrializados congelados e resfriados de maior valor agregado. Líder nacional em todas as atividades em que opera, a Sadia também é uma das maiores empresas de alimentos da América Latina e uma das maiores exportadoras do País. No mercado brasileiro tem um portfólio de cerca de 680 itens, que são distribuídos para aproximadamente 300 mil pontos-de-venda. Para o mercado externo, exporta perto de 250 produtos para 92 países. A empresa mantém um parque fabril com 11 unidades industriais, duas unidades agropecuárias e centros de distribuição espalhados por 14 Estados brasileiros. O problema: Em todo o mundo, diversas câmaras frias têm diferentes configurações, mas nenhuma é capaz de eliminar completamente um problema familiar a todos: o risco de condensação e a consequente formação de gelo quando o ar quente e úmido proveniente da atmosfera se mistura com o ar frio da câmara. A solução: Ao enfrentar situações como essa, os especialistas da Munters confeccionaram a solução para as necessidades específicas de cada câmara de refrigeração, como fizeram ao serem convocados pelo departamento de engenharia da SADIA. Devido à constante necessidade de acesso das docas de carga e descarga em seu centro de distribuição em Duque de Caxias no Rio de Janeiro, suas câmaras frias passavam pela inevitável formaçãode gelo por conta do ar quente e úmido proveniente das docas, além da condensação em pisos, paredes e teto. Isso produziu diversos efeitos. A água e o gelo deixaram o piso da área da doca extremamente escorregadio. O gelo começou a se formar ao redor das entradas da câmara. O gelo também começou a se formar no interior da câmara inclusive na entrada das serpentinas do evaporador, criando a necessidade constante de degelos e fazendo que a capacidade de resfriamento fosse afetada ao extremo. Às vezes, havia a formação de névoa no ambiente e a formação de neve no teto. Apesar de todos esses aspectos serem motivo de preocupação para a SADIA, a manutenção da capacidade de resfriamento na câmara era, potencialmente, o aspecto mais dispendioso. Por fim, a solução oferecida pela Munters eliminou todos estes problemas. No centro dessa solução estava o uso dos desumidificadores Munters que desumidificam o ar nas áreas de expedição e recebimento. 63 Aplicação: A solução de desumidificação recomendada pela Munters visou resolver a causa do gelo, ao invés de apenas tratar os sintomas. Com isso, a solução proporcionou uma cura permanente, ao invés de um alívio temporário que é oferecido com a instalação de evaporadores maiores e a redução da velocidade do ar. Isso também permitiu a redução dos ciclos de degelo tanto na freqüência como na duração com conseqüente economia de tempo e dinheiro. Para realizar isso, foi necessário reduzir o ponto de orvalho do ar que entrava no prédio, e depois no interior da câmara. O ponto de orvalho é a temperatura em que a umidade condensa no ar para formar gotas de água. É possível evitar a condensação aumentando-se a temperatura da superfície ou diminuindo o conteúdo de umidade no ar. Dava facilmente para notar que, nas câmaras a temperatura não era variável e com isso o conteúdo de umidade tinha que ser reduzido. Os benefícios que a SADIA obteve ao instalar o sistema foram consideráveis. O gelo na entrada da câmara foi eliminado. A área da doca, agora livre de névoa e das condições escorregadias, se tornou mais segura. A formação de gelo nas serpentinas do evaporador foi eliminada. O número e a duração dos degelos foram reduzidos dramaticamente. A qualidade do produto foi mantida e a capacidade de produção em termos de tempo gasto no carregamento aumentou. O processo: O desumidificador de ar Munters tem como elemento principal o cilindro rotativo monolítico com o formato de colméia, constituído por lâminas corrugadas de material inerte, não metálico, não corrosivo, impregnado com substância de grande capacidade de adsorção, formando um meio dessecante sólido não granular, que retém em sua superfície, água na fase de vapor. A estrutura corrugada forma canais uniformes paralelos ao eixo do cilindro, permitindo o escoamento da corrente de ar em fluxo laminar, de modo a proporcionar a máxima retenção de água com o mínimo de perda de carga. O cilindro gira lentamente, entre duas correntes de ar em sentidos opostos : de um lado, a corrente de ar úmido que é secada ao passar através dos canais, chamada de ar de processo, e do outro, a corrente de ar previamente aquecida, que passa através dos canais do setor de reativação do cilindro, removendo a umidade retida pelo dessecante, chamada de ar de reativação. As partes reativadas do cilindro entram novamente no setor do ar de processo, dando continuidade à secagem do mesmo. O ar utilizado para reativação do cilindro é tomado e descartado em ambiente externo ao processo de secagem. O sistema de rotor dessecante é altamente eficiente, e ao contrário de alguns sistemas de desumidificação alternativos, não usa gases CFC. Principais vantagens: 64 Em gelo ou neve nas entradas da câmara fria - Isto possibilita um melhor acesso e assegura que as portas serão capazes de abrir e operar mais facilmente. Material armazenado perto das áreas de entrada - Não estarão mais sujeitos a colapsos ou serão rejeitados devido a formação de gelo. Doca de Carga livre de neblina ou pisos escorregadios – Isto propicia uma área de trabalho melhor e mais segura, melhora a visibilidade e a estabilidade para pessoas e empilhadeiras, evitando acidentes potencialmente custosos e perda de tempo. Aumento de Eficiência - Uma área seca e com boa visibilidade, com portas que operam corretamente, propicia uma operação mais rápida de carga e descarga. Prevenção de formação de gelo nas serpentinas evaporadoras - Reduzindo a freqüência e a necessidade de ciclos de descongelamento, propiciando maior economia de energia. Garantia de qualidade e temperatura dos produtos – Não havendo gelo ou neve, não há carga latente, o que possibilita que o sistema de refrigeração se concentre somente em manter a temperatura correta de armazenagem dos produtos, sem medo de perda de qualidade. Melhora na aparência - Um ambiente sem gelo, neve ou neblina se apresenta mais limpo para visitantes e potenciais clientes. Redução nos custos de manutenção - Menos gelo na câmara significa: Uma redução no custo do trabalho de reparação de portas que se danificam devido à formação de gelo; Eliminação da mão de obra de quebrar o gelo de serpentinas, paredes e pisos; Menos problemas de colisões e acidentes causados por pisos escorregadios. WWW.munters.com.br Questões: 1 - Escreva as dificuldades da Sadia no seu Centro de Distribuição? 2 - Em sua opinião qual foi a estratégia usada pela Munters, para resolver o problema da Sadia? 3 – A solução da Munters foi suficiente para eliminar o problema que a Sadia vinha enfrentando? 4 – Quais as vantagens que a Sadia obteve? 65 Aula 26 - Exercício Leitura e Análise Logística Reversa - Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais Usualmente pensamos em logística como o gerenciamento do fluxo de materiais do seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo. No entanto, existe também um fluxo logístico reverso, do ponto de consumo até o ponto de origem, que precisa ser gerenciado. Este fluxo logístico reverso é comum para uma boa parte das empresas. Por exemplo, fabricantes de bebidas têm que gerenciar todo o retorno de embalagens (garrafas) dos pontos de venda até seus centros de distribuição. As siderúrgicas usam como insumo de produção em grande parte a sucata gerada por seus clientes e para isso usam centros coletores de carga. A indústria de latas de alumínio é notável no seu grande aproveitamento de matéria prima reciclada, tendo desenvolvido meios inovadores na coleta de latas descartadas. Existem ainda outros setores da indústria onde o processo de gerenciamento da logística reversa é mais recente como na indústria de eletrônicos, varejo e automobilística. Estes setores também têm que lidar com o fluxo de retorno de embalagens, de devoluções de clientes ou do reaproveitamento de materiais para produção. Este não é nenhum fenômeno novo e exemplos como o do uso de sucata na produção e reciclagem de vidro tem sido praticado há bastante tempo. Por outro lado, tem-se observado que o escopo e a escala das atividades de reciclagem e reaproveitamento de produtos e embalagens tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Algumas das causas para isto são discutidas abaixo: Questões ambientais Existe uma clara tendência de que a legislação ambiental caminhe no sentido de tornar as empresas cada vez mais responsáveis por todo ciclo de vida de seus produtos. Isto significa ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega dos produtos aos clientes e do impacto que estes produzem no meio ambiente. Um segundo aspecto diz respeito aoaumento de consciência ecológica dos consumidores que esperam que as empresas reduzam os impactos negativos de sua atividade ao meio ambiente. Isto tem gerado ações por parte de algumas empresas que visam comunicar ao público uma imagem institucional "ecologicamente correta". Concorrência - Diferenciação por serviço Os varejistas acreditam que os clientes valorizam as empresas que possuem políticas mais liberais de retorno de produtos. Esta é uma vantagem percebida onde os fornecedores ou varejistas assumem os riscos pela existência de produtos danificados. Isto envolve, é claro, uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados. Esta é uma tendência que se reforça pela existência de legislação de defesa dos consumidores, garantindo-lhes o direito de devolução ou troca. 66 Redução de Custo As iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. Economias com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas. Além disto, os esforços em desenvolvimento e melhorias nos processos de logística reversa podem produzir também retornos consideráveis, que justificam os investimentos realizados. Nas seções seguintes deste artigo serão apresentados conceitos básicos relacionados à logística reversa e discutidos alguns dos fatores críticos que influenciam a eficiência dos processos de logística reversa. O processo de logística reversa e o conceito de ciclo de vida Por traz do conceito de logística reversa está um conceito mais amplo que é o do "ciclo de vida". A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e deve retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados. Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos custos de compra de matéria-prima, de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo de vida de um produto inclui também outros custos que estão relacionados a todo o gerenciamento do seu fluxo reverso. Do ponto de vista ambiental, esta é uma forma de avaliar qual o impacto que um produto sobre o meio ambiente durante toda a sua vida. Esta abordagem sistêmica é fundamental para planejar a utilização dos recursos logísticos de forma contemplar todas as etapas do ciclo de vida dos produtos. Neste contexto, podemos então definir logística reversa como sendo o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado¹. Figura 1 - Representação Esquemática dos Processos Logísticos Direto e Reverso 67 O processo de logística reversa gera materiais reaproveitados que retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição, conforme indicado na figura 1. Este processo é geralmente composto por um conjunto de atividades que uma empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou obsoletos dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda ou de descarte. Existem variantes com relação ao tipo de reprocessamento que os materiais podem ter, dependendo das condições em que estes entram no sistema de logística reversa. Os materiais podem retornar ao fornecedor quando houver acordos neste sentido. Podem ser revendidos se ainda estiverem em condições adequadas de comercialização. Podem ser recondicionados, desde que haja justificativa econômica. Podem ser reciclados se não houver possibilidade de recuperação. Todas estas alternativas geram materiais reaproveitados, que entram de novo no sistema logístico direto. Em último caso, o destino pode ser a seu descarte final (figura 2). Figura 2 - Atividades Típicas do Processo Logístico Reverso ¹Rogers, Dale S.; Tibben-Lembke, Ronald S. Going Backwards: Reverse Logistics Practice Caracterização da Logística Reversa A natureza do processo de logística reversa, ou seja, quais as atividades que serão realizadas dependem do tipo de material e do motivo pelo qual estes entram no sistema. Os materiais podem ser divididos em dois grandes grupos: produtos e embalagens. No caso de produtos, os fluxos de logística reversa se darão pela necessidade de reparo, reciclagem, ou porque simplesmente os clientes os retornam. Na tabela 1 abaixo mostra taxas de retorno devido a clientes, típicas de algumas indústrias. Note que as taxas de retorno são bastante variáveis por indústria e que, em algumas delas, como na venda por catálogos, o gerenciamento eficiente do fluxo reverso é fundamental para o negócio. 68 Indústria Percentual de retorno Vendas por Catálogo 18-35% Computadores 10-20% Impressoras 4-8% Peças automotivas 4-6% Produtos Eletrônicos 4-5% Tabela 1 - Percentual de Retorno de Produtos O fluxo reverso de produtos também pode ser usado para manter os estoques reduzidos, diminuindo o risco com a manutenção de itens de baixo giro. Esta é uma prática comum na indústria fonográfica. Como esta indústria trabalha com grande número de itens e grande número de lançamentos, o risco dos varejistas ao adquirir estoque se torna muito alto. Para incentivar a compra de todo o mix de produtos algumas empresas aceitam a devolução de itens que não tiverem bom comportamento de venda. Embora este custo da devolução seja significativo, acredita-se que as perdas de vendas seriam bem maiores caso não se adotasse esta prática. No caso de embalagens, os fluxos de logística reversa acontecem basicamente em função da sua reutilização ou devido a restrições legais como na Alemanha, por exemplo, que impede seu descarte no meio ambiente. Como as restrições ambientais no Brasil com relação a embalagens de transporte não são tão rígidas, a decisão sobre a utilização de embalagens retornáveis ou reutilizáveis se restringe aos fatores econômicos. Existe uma grande variedade de containeres e embalagens retornáveis, mas que tem um custo de aquisição consideravelmente maior que as embalagens oneway. Entretanto, quanto maior o número de vezes que se usa a embalagem retornável, menor o custo por viagem que tende a ficar menor que o custo da embalagem oneway. Fatores críticos que influenciam a eficiência do processo de logística reversa Dependendo de como o processo de logística reversa é planejado e controlado, este terá uma maior ou menor eficiência. Alguns dos fatores identificados como sendo críticos e que contribuem positivamente para o desempenho do sistema de logística reversa são comentados abaixo: Figura 3 - Fatores críticos para a eficiência do processo de logística reversa. Bons controles de entrada 69 No início do processo de logística reversa é preciso identificar corretamente o estado dos materiais que retornam para que estes possam seguir o fluxo reverso correto ou mesmo impedir que materiais que não devam entrar no fluxo o façam. Por exemplo, identificando produtos que poderão ser revendidos, produtos que poderão ser recondicionados ou que terão que ser totalmente reciclados. Sistemas de logística reversa que não possuem bons controles de entrada dificultam todo o processo subseqüente, gerando retrabalho. Podem também ser fonte de atritos entre fornecedores e clientes pela falta de confiança sobre as causas dos retornos. Treinamento de pessoal é questão chave para obtenção de bons controles deentrada. Processos padronizados e mapeados Um das maiores dificuldades na logística reversa é que ela é tratada como um processo esporádico, contingencial e não como um processo regular. Ter processos corretamente mapeados e procedimentos formalizados é condição fundamental para se obter controle e conseguir melhorias. Tempo de Ciclo reduzidos Tempo de ciclo se refere ao tempo entre a identificação da necessidade de reciclagem, disposição ou retorno de produtos e seu efetivo processamento. Tempos de ciclos longos adicionam custos desnecessários porque atrasam a geração de caixa (pela venda de sucata, por exemplo) e ocupam espaço, dentre outras aspectos. Fatores que levam a altos tempos de ciclo são controles de entrada ineficiente, falta de estrutura (equipamentos, pessoas) dedicada ao fluxo reverso e falta de procedimentos claros para tratar as "exceções" que são, na verdade, bastante freqüentes. Sistemas de informação A capacidade de rastreamento de retornos, medição dos tempos de ciclo, medição do desempenho de fornecedores (avarias nos produtos, por exemplo) permite obter informação crucial para negociação, melhoria de desempenho e identificação de abusos dos consumidores no retorno de produtos. Construir ou mesmo adquirir estes sistemas de informação é um grande desafio. Praticamente inexistem no mercado sistemas capazes de lidar com o nível de variações e flexibilidade exigida pelo processo de logística reversa. Rede Logística Planejada Da mesma forma que no processo logístico direto, a implementação de processos logísticos reversos requer a definição de uma infraestrutura logística adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída de materiais processados. Instalações de processamento e armazenagem e sistemas de transporte devem desenvolvidos para ligar de forma eficiente os pontos de consumo onde os materiais usados devem ser coletados até as instalações onde serão utilizados no futuro. 70 Questões de escala de movimentação e até mesmo falta de correto planejamento podem levar com que as mesmas instalações usadas no fluxo direto sejam utilizadas no fluxo reverso, o que nem sempre é a melhor opção. Instalações centralizadas dedicadas ao recebimento, separação, armazenagem, processamento, embalagem e expedição de materiais retornados podem ser uma boa solução, desde que haja escala suficiente. Relações colaborativas entre clientes e fornecedores No contexto dos fluxos reversos que existem entre varejistas e indústrias, onde ocorrem devoluções causadas por produtos danificados, surgem questões relacionadas ao nível de confiança entre as partes envolvidas. São comuns conflitos relacionados à interpretação de quem é a responsabilidade sobre os danos causados aos produtos. Os varejistas tendem a considerar que os danos são causados por problemas no transporte ou mesmo por defeitos de fabricação. Os fornecedores podem suspeitar que está havendo abuso por parte do varejista ou que isto é conseqüência de um mal planejamento. Em situações extremas, isto pode gerar disfunções como a recusa para aceitar devoluções, o atraso para creditar as devoluções e a adoção de medidas de controle dispendiosas. Fica claro que práticas mais avançadas de logística reversa só poderão ser implementadas se as organizações envolvidas na logística reversa desenvolverem relações mais colaborativas. Conclusões A logística reversa é ainda, de maneira geral, uma área com baixa prioridade. Isto se reflete no pequeno número de empresas que tem gerências dedicadas ao assunto. Pode-se dizer que estamos em um estado inicial no que diz respeito ao desenvolvimento das práticas de logística reversa. Esta realidade, como vimos, está mudando em resposta a pressões externas como um maior rigor da legislação ambiental, a necessidade de reduzir custos e a necessidade de oferecer mais serviço através de políticas de devolução mais liberais. Esta tendência deverá gerar um aumento do fluxo de carga reverso e, é claro, de seu custo. Por conseguinte, serão necessários esforços para aumento de eficiência, com iniciativas para melhor estruturar os sistemas de logística reversa. Deverão ser aplicados os mesmos conceitos de planejamento que no fluxo logístico direto tais como estudos de localização de instalações e aplicações de sistemas de apoio à decisão (roteirização, programação de entregas etc.) Isto requer vencer desafios adicionais visto ainda a necessidade básica de desenvolvimento de procedimentos padronizados para a atividade de logística reversa. Principalmente quando nos referimos à relação indústria - varejo notamos que este é um sistema caracterizado predominantemente pelas exceções, mais do que pela regra. Um dos sintomas desta situação é a praticamente inexistência de sistemas de informação voltados para o processo de logística reversa. Um tópico a ser explorado em outra oportunidade diz respeito à utilização de prestadores de serviço no processo de logística reversa. Como esta é uma atividade onde a economia de 71 escala é fator relevante e onde os volumes do fluxo reverso são ainda pequenos, uma opção viável se dá através da terceirização. Já é comum no Brasil a operação de empresas que prestam serviço de gerenciamento do fluxo de retorno de pallets. Se considerarmos o escopo mais amplo da logística reversa, existe espaço também para operadores que prestam serviços de maior valor agregado como o rastreamento e o reprocessamento de produtos usados. ESTUDO DE CASO: O presente estudo de caso foi objeto de análise de uma situação real, que tinha como objetivo verificar a alternativa de reutilizar as embalagens (“big bag”) para transporte de bauxita dentro de empresas de um mesmo grupo, envolvendo a mineradora no Brasil e seu Centro de Distribuição nos Estados Unidos. Caracterização da Empresa Os Estados Unidos e o Canadá são os maiores produtores mundiais de alumínio. Entretanto, nenhum deles possui jazidas de bauxita em seu território, dependendo exclusivamente da importação. O Brasil tem a terceira maior reserva do minério no mundo, localizada na região amazônica, perdendo apenas para Austrália e Guiné. Além da Amazônia, o alumínio pode ser encontrado no sudeste do Brasil, na região de Poços de Caldas (MG) e Cataguases (MG). A bauxita é o minério mais importante para a produção de alumínio, contendo de 35% a 55% de óxido de alumínio. A mineradora que iremos analisar está sediada em Minas Gerais, foi estabelecida a mais de 50 anos e controla reservas de 300 milhões métricos de toneladas, possui um faturamento de U$120 milhões/ano. A bauxita e enviada à sua unidade de armazenagem e distribuição (“warehouse”) em Rosenberg no Texas, distribuindo a partir desta unidade para o México, o Canadá e os Estados Unidos. Caracterização do problema O presente estudo de caso pode ser caracterizado como sendo: - Razão do retorno: processo de distribuição - Análise dos direcionadores: econômico, logístico, legislação, tecnologia e ecológico. - Decidir se a reutilização é viável ou não e quais os pontos a serem considerados em sua implantação. Cenário Anterior A bauxita na forma granular é unitizada em big-bags de 1,5 ton e acomodada em containers de 20ft, que por sua vez são transportados de navio até o Texas. Cada container contém 18 big-bags totalizando 27 ton. A capacidade máxima dos containers é 30 ton. No porto, já no Texas, é realizado o splitting da carga. São retirados quatro big-bags de cada container para atendimento da restrição de carga rodoviária igual a 21 ton. Os big-bags retirados são encaminhados de veículos de menor porte até o Centro de Distribuição. O Centro de Distribuição (CD) é uma empresapertencente ao grupo localizada em Rosenberg, a 40 milhas de Houston, Texas. A unidade de armazenagem no CD são os próprios big-bags. Na distribuição os big-bags são descarregados por ação de gravidade em um sistema conveyor, que abastece os veículos de distribuição (a granel) também por ação de gravidade. Depois de descarregados os big-bags, os mesmos são vendidos ao mercado norte-americano. Cada big-bag é adquirido por cerca de R$30 a R$40 (no Brasil) e vendido (nos EUA) a US$ 2,00 cada. O valor do big-bag representa cerca de 4% do valor da mercadoria nele contido Os big-bags utilizados atualmente são considerados do tipo one-way, porém, ainda podem ser reutilizados de duas a três vezes, conforme estudos previamente realizados. Em média são exportados cerca de 150 containers por mês, com cerca de 2700 big-bags. O frete de retorno de um container contendo cerca de 8.000 big-bags custa cerca de US$700. 72 Análise dos Fatores direcionadores Fator econômico: a economia resultante da reutilização dos big-bags, mesmo considerando a possibilidade de utilização de uma única vez mostrou-se significativa resultando numa economia potencial de U$245.318 (Conservador), conforme mostrado na tabela-5. Considerações realizadas para reutilização: Para retornar os big-bags de forma econômica necessita-se acumular uma quantidade que possa utilizar um container de 20ft e retorno marítimo, e isto implica em um prazo de dois meses entre o envio da carga para o CD, a disponibilização de big-bags de retorno em quantidade suficiente, e o tempo de retorno e desembaraço. Após a reutilização (uma vez) o big bag é vendido Tabela-5: Avaliação dos custos envolvidos com e sem reutilização dos big bags Fator Logístico: Envolve adicionar um sistema de controle logístico das embalagens de retorno.Os big-bags utilizados, dentro da proposta de reutilização, requer controle (quantidades enviadas, recebidas e retornadas, número de utilizações), inspeção antes do envio, e acumular uma quantidade para retorno de modo a melhor utilizar um container de 20ft, e com isto reduzir o custo do retorno. Um certo fator de perda (5%) foi considerado na compra de modo a compensar eventuais perdas antes do re-uso e posterior descarte. Um sistema de informações acurado é crucial para o bom desempenho da integração da logística reversa e direta (compra ou não de big-bags). No presente estudo consideramos apenas o re-uso de apenas uma vez, após o que o big-bag é descartado (vendido no mercado EUA). O eventual risco pode ser minimizado pelo sistema de controle dos retornos e pelo fato que os big-bags são disponíveis com fornecedores locais. Fator Legislação: o re-uso dos big-bags não encontra restrições nem nos USA nem no Brasil para o tipo de produto que é utilizado (bauxita). No aspecto legal os big-bags devem observar procedimentos mencionados no art14 no anexo I ao decreto n.5532 no capitulo VIII (exportação sem cobertura cambial) e discriminados no anexo “E”, de modo que possam ter um registro de saída (exportação provisória) e ao retornarem possam ser liberados. Fator Tecnológico: os big-bags denominados one-way pelos testes realizados resistem a re-utilização entre duas a três vezes dentro das especificações de carga atual, no estudo de viabilidade considerou-se o re-uso de apenas uma vez, na medida em que o processo estiver implantado irá ser avaliado a sua re-utilização de uma para duas vezes. Há big-bags desenvolvidos para múltiplos re-usos, com custos muitos maiores, esta avaliação será feita num outro estudo após a implantação com os big-bags atuais (one-way). Os big-bags utilizados atualmente são considerados do tipo one-way, porém, ainda podem ser reutilizados de duas a três vezes, conforme experiência levantada dentro do segmento. Compra de big-bags = 5400 unidades a R$ 40 cada Venda de big-bags = 5400 unidades a US$ 2 cada Reutilização de big-bags = 1 vez (conservador) 1 US$ = R$ 2,20 Frete Retorno = 1 container 20 ft com 5400 big-bags a US$ 700 Bimestre 1 Bimestre 2 Bimestre 3 Bimestre 4 Bimestre 5 Bimestre 6 Total Anual Compra = US$ 98120 Compra = US$ 98121 Compra = US$ 98122 Compra = US$ 98123 Compra = US$ 98124 Compra = US$ 98125 Venda = US$ 10.800 Venda = US$ 10.801 Venda = US$ 10.802 Venda = US$ 10.803 Venda = US$ 10.804 Venda = US$ 10.805 Frete Retorno = US$ 0 Frete Retorno = US$ 1 Frete Retorno = US$ 2 Frete Retorno = US$ 3 Frete Retorno = US$ 4 Frete Retorno = US$ 5 Compra = US$ 103.091 Compra = US$ 0 Compra = US$ 103.091 Compra = US$ 0 Compra = US$ 103.091 Compra = US$ 0 Venda = US$ 0 Venda = US$ 10.800 Venda = US$ 0 Venda = US$ 10.800 Venda = US$ 0 Venda = US$ 10.800 Frete Retorno = US$ 700 Frete Retorno = US$ 0 Frete Retorno = US$ 700 Frete Retorno = US$ 0 Frete Retorno = US$ 700 Frete Retorno = US$ 0 Potencial Economia 245.318 Sem Reutilização de big-bags US$ 524.291 Com Reutilização de big-bags US$ 278.973 73 Fig.12- Tipos de Big Bags Fator Ecológico: os big bags após o seu uso são reciclados (material base polipropileno), o seu re-uso resulta em economia de matéria prima (derivado do petróleo). Cenário atual: a reutilização de uma única vez foi implantada com sucesso e os ganhos são maiores que os considerados, isto é, alem da redução do custo de compras e de disposição como principal beneficio (Rogers and Tibben-Lembke, 1999, pg125), obtem-se redução no custo de capital que não foi considerado inicialmente. Foram determinantes para o sucesso da implantação: Bons controles de entrada e processos redesenhados integrando a logística direta e a reversa (relativa aos big-bags) Sistema de informação acurados, dando visibilidades dos big-bags em transito, em uso no CD, e disponíveis para retorno, bem como dos custos envolvidos. Planejamento de compra dos big-bags e controle de estoque vinculado com os retornos. Relações colaborativas entre as empresas entendendo o valor adicionado com a implantação desta logística reversa de embalagens. Descreva a sua conclusão neste estudo de caso, que utiliza a bauxita matéria prima transportada pata o Canadá e outras localizações. Em sacolas do tipo bag. Faça uma descrição dos pontos qe foram melhorados, e descreva também o problema encontrado. LACERDA, L. Logística Reversa – Uma Visão Sobre os Conceitos Básicos e as Práticas Operacionais. Revista Tecnologística. pp.46-50. 2002. GUIDE JR., V. D. R., WASSENHOVE, L.N.V. Closed Loop Supply Chains INSEAD ¹Rogers, Dale S.; Tibben-Lembke, Ronald S. Going Backwards: Reverse Logistics Practice www.guialog.com.br / 74 Aula 27 – Exercícios CLASSIFICAÇÃO CURVA ABC Exercício 1 Suponha que uma empresa trabalhe com vários itens no seu estoque de acordo com a tabela abaixo e necessita fazer uma classificação ABC destes produtos. Sendo assim, como você classificaria? Quais os produtos A, B e C? Itens Cód do Produto Custo Unitário Volume do Estoque Custo Total Classf % Classif Cres Classf ABC 1 A00001 93.00 3200 2 D00002 31.00 2500 3 T00003 212.00 320 4 C00004 130.00 475 5 A00005 618.00 300 6 B00006 720.00 300 7 A00007 0.25 25000 8 E00008 0.60 6800 9 L00009 1.25 15000 10 B00010 6.30 3000 11 C00011 5.40 600 12 N00012 1.10 1000 13 A00013 25.40 700 14 B00014 0.35 200 15 N00015 3.50 400 Total Valor $ Itens Itens % % A B C Exercício 2 75 Faça a classificação ABC dos itens na tabela abaixo.EXERCÍCIO CURVA ABC Exercício 3 1. Sr. Ludovico pretende construir uma casa em um terreno que possui há vários anos. Como não pode dispor de muitos recursos, ele vai coordenar as obras e responsabilizar – se pelo orçamento e controle de gastos. Ele tem preparado um orçamento do material a ser utilizado, baseado em informações de seu arquiteto, e possui, inclusive, os nomes dos fornecedores. Pela escassez de recursos, decidiu que vai negociar com cada fornecedor para conseguir uma redução de preços. Conversando com o arquiteto, foi de opinião de que não haveria necessidade de negociar com todos, pois isso levaria muito tempo, além de dar bastante trabalho, com valores que não representavam muito. Assim, o arquiteto sugeriu que negociasse os preços dos materiais que, somados, representariam 80% do valor total da construção, uma vez que seriam esses a representar o maior custo total da obra. ORDEM ITEM QUANT. MÉD. EM ESTOQUE (A) CUSTO UNITÁRIO (B) CUSTO TOTAL (A) X (B) CUSTO TOTAL ACUM. PERCEN- TUAIS Unidades R$/unid. R$ R$ % 1º A 80 10,00 2º B 2400 150,00 3º C 500 200,00 4º D 350 11,50 5º E 100 500,00 6º F 450 7,50 7º G 200 0,60 8º H 50 20,00 9º I 1 800,00 10º J 100 70,00 11º K 4 4000,00 12º L 40 30,00 TOTAL 76 Para isso, era necessária a construção de uma classificação ABC, partindo da relação de preços da tabela abaixo: FORNECEDOR MATERIAL PREÇO Sabiá dos Metais Instalação Saitária 8.000,00 Romanino Tijolo, cimento e areia 12.000,00 Planta Viva Jardinagem 1.000,00 Klatibim Azulejos e ladrilhos 2.000,00 Desmonte Ltda Alvenaria 42.000,00 Sóvidro Vidros 5.000,00 Telétrica Material Elétrico 1.000,00 Escave Terraplanagem 98.000,00 Pincelimpo Pintura 1.000,00 Romanino Portas e Janelas 3.000,00 Olaria Olá Telhas 20.000,00 Sótubos Canos e tubulação 4.000,00 Metalúrgica Tico Grades e Portão 2.000,00 Madeira Boa Assoalho 1.000,00 TOTAL 200.000,00 Sendo assim, responda: a) Quais fornecedores o Sr. Ludovico deve negociar os preços? Exercício 4 Um varejista de produtos farmacêuticos tem duas opções para reabastecer suas mercadorias de prateleira: (a) diretamente dos vendedores ou (b) através do depósito da empresa. Itens com alto volume de vendas e lotes de ressuprimento grandes geralmente são mais baratos quando comprados diretamente, pois não são necessários a armazenagem e o manuseio extras do depósito. O varejista ouviu falar da curva ABC e imaginou que ela podia ser útil para dividir sua linha de produtos e alcançar maior economia no suprimento. Existem doze itens numa classe particular de remédios. Dados de vendas anuais foram tabulados a seguir: Se o tamanho do lote de compra segue o nível de vendas, use o princípio da curva ABC para determinar o que deverá ser comprado imediatamente. CÓDIGO DO PRODUTO VENDAS (R$) Custo% Clas Cres Class ABC 10732 56.000,00 14.32 11693 51.000,00 13.04 9721 10.000,00 2.56 14217 9.000,00 2.30 10614 46.000,00 11.76 8776 71.000,00 18.15 12121 63.000,00 16.11 11007 4.000,00 1.02 77 7071 22.000,00 5.62 6692 14.000,00 3.58 12077 27.000,00 6.90 10542 18.000,00 4.60 TOTAL 391.000,00 99.96 Itens % Valor % A B C 78 Aula 27 - Exercícios Exercício: Transporte e Distribuição Questões 1 – O que você entende por distribuição física de materiais? 2 – Qual é o objetivo geral da distribuição física? 3 – O que você entende de cadeia de valor? 4 – Quais os canais de distribuição na distribuição física? 5 – O que é postergação? 6 – O que é especulação? 79 Aula 29 – Exercícios sobre Modais Questões 1 – O que você entende por modais? 2 – Como podemos classificar os modais? 3 – Como classificamos o modal aquaviário? 4 – Cite duas bacias fluviais no Brasil? 5 – O que você entende por cabotagem? 6 – Como se divide o modal dutoviário? 7 – Cite algumas razões para a predominância de transporte rodoviário de cargas no Brasil? 8 – O que é transporte combinado? 9 – O que é transporte intermodal? 10 – O que é transporte multimodal? 80 Aula 30 - Exercício: Estudo de caso Container Refrigerado / All Logística Terminal de contêineres no Mato Grosso permitirá movimentação inédita de cargas refrigeradas para Santos pela ferrovia. A operadora logística ALL, maior ferroviária do Brasil, detentora de uma malha de 21.300 km que abrange parte do Sudeste, Sul do Brasil e Argentina, e a provedora de soluções logísticas intermodais frigorificadas Standard Logística anunciaram ontem na Intermodal o início das operações, no próximo mês de julho, do Terminal de Contêineres do Alto Taquari (MT), que permitirá o escoamento de cargas frigorificadas e secas diretamente para o Porto de Santos (SP), com destino à exportação ou para o mercado interno, principalmente o paulista. A iniciativa exigiu o investimento de R$ 15 milhões da Standard no terminal. A ALL também investiu na reforma de 400 vagões, a ser concluída até o mês de agosto. Na unidade de Alto Taquari, que contará com 35 mil metros quadrados, os contêineres receberão uma carga de frio e seguirão até Campinas, onde recebem outra carga de frio até chegarem ao terminal da Standard em Cubatão, ficando armazenados na retroárea do porto. As cargas poderão tanto ser desembaraçadas por Redex para exportação, como ficarem armazenadas na unidade. Já nos primeiros três meses de operações é esperada uma movimentação de 600 contêineres por mês, com expectativa de atingir um volume mensal de três mil contêineres nos próximos anos. O transit time total de Mato Grosso até Santos é de cinco dias na ferrovia, sendo de 2,5 dia até Campinas, de onde as cargas também podem ser distribuídas, e de mais 1,5 dia até o porto. Cada recarga de frio leva cerca de 12 horas. Além do frigorificado, o corredor também servirá ao escoamento de cargas secas oriundas do Centro-Oeste, como couro, algodão, além de outras cargas conteinerizadas. Para o presidente da Standard, José Luis Demeterco, o transporte pela ferrovia proporciona uma economia muito interessante em relação ao modal rodoviário, de cerca de 20%, sem contar a segurança e a confiabilidade no transporte. Além da parceria com a ALL, o presidente adianta que o terminal matogrossense poderá operar também para outros clientes da Standard. A parceria entre as empresas para o transporte de produtos refrigerados pela ferrovia já existe há três anos, com a movimentação de contêineres reefer desde o terminal da Standard em Esteio (RS) até o Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Rio Grande, que viabilizou o primeiro trem expresso frigorificado do Brasil. Posteriormente, a parceria foi estendida para os portos de São Francisco do Sul (SC) e para o TCP – Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), sendo complementada agora com Santos. "Nestes três anos de parceria, a confiança dos clientes vem crescendo ano a ano. E isto numa operação com alto grau de exigência como é a frigorificada. Atualmente, antes mesmo de o terminal estar pronto, já temos clientes, oque demonstra esta confiança”, diz Demeterco. Segundo ele, com a crise as empresas passaram a olhar melhor para os seus custos, entre os quais a logística é um dos mais importantes. "Oferecemos um custo logístico menor, o que possibilita a elas praticarem um custo final menor, o que é fundamental em momentos de crise. 81 Para a ALL, o terminal de Alto Taquari deverá se transformar, em um ano, no maior da empresa no segmento de contêineres, cuja movimentação é uma das que mais crescem no setor industrial, com aumento de 26% no ano passado em relação a 2007 e projeção de crescer 150% neste ano, conforme declarou Sergio Nahuz, diretor de industrializados da empresa. O novo terminal deverá responder por cerca de 40% do volume total de contêineres movimentados pela ALL. A concessionária também planeja a abertura de terminais em Ponta Grossa e Telêmaco Borba (PR), Araraquara (SP) e Cruz Alta (RS), para complementar a movimentação para os quatros portos em que hoje opera. As unidades se encontram em estudo final de viabilidade e deverão ser abertas ainda em 2009. A ALL trabalha com duas modalidades de movimentação de contêineres refrigerados. Há os do próprio armador, que sobem para ser estufados e depois retornam ao porto com carga fechada para exportação; e os que consolidam carga transferida pelo próprio cliente produtor, que é desovada no destino e depois transferida para o contêiner do armador. "Cada vez mais os armadores tomam consciência da importância de terem contêineres vazios mais próximos das zonas produtoras, com terminais funcionando como um depot. Isto reduz o transit time e, consequentemente, os custos, afirma o diretor. Para Nahuz, hoje o contêiner é a grande fronteira de crescimento para a ALL nos próximos anos. Ele calcula que a demanda reprimida, apenas para os quatro portos atendidos, seja de cerca de 4 milhões de TEUs. Mesmo com o expressivo crescimento esperado para este ano, o diretor coloca que ele não representa nem 2% do volume total potencial do mercado de contêineres para exportação. Do total movimentado pela ALL, as commodities ainda representam cerca de 70%, ficando 30% restantes com as cargas conteinerizadas, das quais menos de 10% são frigorificadas. www.amreicalatinalogistica.com.br 82 Aula 31 - Exercício: Escolha do Modal ESCOLHA DE MODAL – CASO ELIANE A Eliane Revestimentos Cerâmica S/A, sediada em Criciúma (SC), desenvolveu fortes trabalhos mercadológicos, que lhe permitiu se posicionar de um promissório mercado de pisos, azulejos e revestimentos cerâmicos na região nordeste, principalmente no Estado do Ceará. Somente para o estado, a empresa vende, anualmente, 700 toneladas de cerâmicas, que são vendidas a um preço médio de R$ 12,00, a caixa com 10 quilos. Para atender estas conquistas do marketing da empresa, foi decidido criar um canal de distribuição física direto, desde a fábrica em Criciúma, se suportando totalmente no modal rodoviário. A transportadora Iguaçu foi contratada para realizar o processo de transportes, utilizando carretas de 20 toneladas de capacidade para o percurso Criciúma a Fortaleza. Este transporte é feito só quando se consegue lotar plenamente uma carreta, o que implica que os produtos tenham que esperar no armazém de produtos acabados da fábrica durante o tempo médio de 5 dias. O custo com o frete é de R$ 0,045 por quilo transportado. Em Fortaleza, as carretas são descarregadas num depósito da transportadora Ouro Verde, onde é feita a desconsolidação e triagem das cargas, agrupando-as por clientes e formando assim os roteiros de entrega. O processo de entrega é feito pela própria Ouro Verde, alocando caminhões tipo trucks, com capacidade de 10 toneladas. Este processo de desconsolidação e entrega, precisam de 3 dias como valor médio e o frete cobrado é de R$ 0,02 por quilo transportado. Com esta política de alimentar os pedidos dos clientes diretamente desde Criciúma, gera-se um ciclo do pedido (desde o momento da solicitação do pedido até a sua entrega) de 12 dias. Outros concorrentes de peso (Portobello, Cecrisa, De Lucca, etc) realizaram fortes trabalhos mercadológicos e logísticos e entraram para disputar o mercado no nordeste, conseguindo nestes momentos fazer entregas dos pedidos dos clientes num prazo máximo de 8 dias. Esta situação começou a impactar no posicionamento da Eliane nesse território, registrando- se uma diminuição de 15% do mercado, pela migração dos clientes para os concorrentes, atraídos pelo serviço que é oferecido a estes. Caso não seja revertida a situação, existe uma clara tendência de se incrementarem ainda mais essas perdas de mercado. Para tanto, algumas estratégias estão sendo estudadas, conforme descrito abaixo: 1. Realizar o transporte rodoviário diretamente para Fortaleza em caminhões de 10 toneladas, a um custo de R$ 0,056 por quilo, com o tempo de viagem diminuído para 6 dias e meio, mais 1 dia para a entrega aos clientes, perfazendo no total 7 dias e meio. 2. Realizar o transporte rodoviário da Fábrica até o Porto de Itajaí, com caminhões- conteiners de 20 toneladas, a um custo de R$ 0,02 por quilo transportado, o que levaria, em média, 5 dias. Chegando no porto, a carga seria armazenada até a chegada de um navio, onde a carga seria transportada, via cabotagem, até o Porto do Pecém. Sabe-se que existem rotas mensais neste trecho e que a viagem dura, em média, 7 dias e o frete é de R$ 0,001 por quilo transportado. Chegando ao Porto 83 do Pecém, esta carga seria desconsolidada e transportada pela Ouro Verde em caminhões de 10 toneladas, a um custo de R$ 0,02 por quilo transportado. O tempo de desconsolidação e entrega duraria, em média, 1 dia. Questão: 1. perfile uma nova estratégia para o canal de distribuição, que permita reverter para a Eliane a situação, mas ao mesmo tempo seja mais econômico, sob o ponto de vista de custos. http://br.geocities.com/marcosricarte/Logistica.html O exercício está resolvido e o professor fará explicação em sala de aula juntamente com os alunos. D 1.460.000,00 kg/anos 4.000,00 kg/dia P (cx) R$ 12,00 cx Peso R$ 10,00 kg P (kg) R$ 1,20 kg i 10% ao ano SITUAÇÃO ATUAL PARTE 1 L 20.000,00 kg t 9 dias F R$ 0,0450 /kg CF R$ 65.700,00 /ano EMS 56.000,00 kg CES R$ 6.720,00 /ano CL1 R$ 72.420,00 /ano PARTE 2 L 10.000,00 kg t 3 dias F R$ 0,0200 /kg CF R$ 29.200,00 /ano EMS R$ 22.000,00 kg CES R$ 2.640,00 /ano CL2 R$ 31.840,00 CL R$ 104.260,00 /ano 84 ESTRATÉGIA 1 PARTE 1 L 10.000,00 kg t 7,5 dias F R$ 0,0560 /kg CF R$ 81.760,00 /ano EMS 40.000,00 kg CES R$ 4.800,00 /ano CL R$ 86.560,00 /ano ESTRATÉGIA 2 PARTE 1 L 20.000,00 kg t 5 dias F R$ 0,0200 /kg CF R$ 29.200,00 /ano EMS 40.000,00 kg CES R$ 4.800,00 /ano CL1 R$ 34.000,00 /ano PARTE 2 L 121.666,67 kg t 7 dias F R$ 0,0010 /kg CF R$ 1.460,00 /ano EMS 149.666,67 kg CES R$ 17.960,00 /ano CL2 R$ 19.420,00 /ano PARTE 3 L 10.000,00 kg t 1 dias F R$ 0,0200 /kg CF R$ 29.200,00 /ano EMS 14.000,00 kg CES R$ 1.680,00 /ano CL3 R$ 30.880,00 /anoCLT R$ 84.300,00 /ano 85 Aula 32 - EXERCÍCIO ESCOLHA DE MODAL I A empresa CONTINENTAL S/A compra turbinas elétricas de um fornecedor em Curitiba. O departamento de transporte da empresa deseja escolher entre os modais rodoviário e ferroviário para mover os produtos. A ferrovia cobra um frete de R$ 0,008 por Kg, para um lote mínimo de carga de 90.000Kg, enquanto o frete rodoviário é de R$ 0,02 por Kg para um mínimo de 40.000Kg. Informações adicionais são resumidas abaixo: Necessidade de produção ao ano.......................12.000 turbinas Peso de cada turbina........................................................100 Kg Preço da turbina...........................................................R$ 500,00 Taxa de Oportunidade.......................................................5% a.a. Tempo de trânsito: Rodovia........................................................................2 dias Ferrovia........................................................................3 dias Sabendo disso, responda as seguintes questões: a) Qual a demanda anual e diária em Kg? b) Qual o número de viagens a ser dada para cada modal e qual o intervalo entre as viagens? c) Qual o custo de uma turbina em Kg? d) Qual o Estoque Médio no Sistema para cada um dos modais? e) Qual o Custo com Estoque para cada um dos modais? f) Qual o Custo com frete para cada um dos modais? g) Qual o Custo Total para cada um dos modais? h) Que modal você recomendaria? Por que? Resolução do Exercício escolha do modal 1 RODOVIÁRIO FERROVIÁRIO LOTE 40.000 Kg LOTE 90.000 Kg FRETE R$ 0,02 R$/Kg FRETE R$ 0,008 R$/Kg TEMPO 2 DIAS TEMPO 3 DIA DEMANDA ANUAL 12.000 UNID/ANO CUSTO DO ITEM R$ 500,00 R$/UNID TAXA DE JUROS 5% a.a. PESO DA TURBINA 100 Kg CÁLCULO DA DEMANDA d = D/365 d = 12.000 /365 d = 33 UNIDADES/DIA d(Kg) = 3.288 Kg D(Kg) = 1.200.000 Kg CÁLCULO DO PREÇO DA TURBINA EM Kg P(Kg) = R$ 5,00 86 ESTOQUE MÉDIO DO SISTEMA RODOVIÁRIO EMS = L + t x d EMS = 40.000 + 2 x 3.288 EMS = 46.575 UNIDADES FERROVIÁRIO EMS = L + t x d EMS = 90.000 + 3 x 3.288 EMS = 99.863 UNIDADES CUSTO DO ESTOQUE NO SISTEMA CES = CU x EMS x TJ RODOVIÁRIO CES = R$ 5,00 x 46.575 x 5% CES = R$ 11.643,84 /ANO FERROVIÁRIO CES = R$ 5,00 x 99.863 x 5% CES = R$ 24.965,75 /ANO EXERCÍCIO ESCOLHA DE MODAL II CUSTO DE FRETE CF = F x D RODOVIÁRIO CF = R$ 0,02 x 1.200.000 CF = R$ 24.000,00 /ANO MODAL 02 CF = R$ 0,01 x 1.200.000 CF = R$ 9.600,00 /ANO CUSTO TOTAL CT = CES + CF RODOVIÁRIO CT = R$ 11.643,84 + R$ 24.000,00 CT = R$ 35.643,84 MODAL 02 CT = R$ 24.965,75 + R$ 9.600,00 CT = R$ 34.565,75 MODAIS CES CF CT RODOVIÁRIO R$ 11.643,84 R$ 24.000,00 R$ 35.643,84 FERROVIÁRIO R$ 24.965,75 R$ 9.600,00 R$ 34.565,75 87 Certo gerente de tráfego pode escolher entre transporte aéreo e rodoviário para entregar peças de computador produzidas na fábrica localizada em Denver, Colorado, para seus Clientes em Asheville, Carolina do Norte. As peças valem R$ 12.000,00 por caixa e a fábrica produz cerca de 100 caixas por mês. A entrega aérea exige um lote mínimo de 5 caixas e o frete custa R$ 100,00 por caixa, levando no total 1 dia para realizar a entrega. Já o modal rodoviário exige um lote mínimo de 20 caixas, sendo que o frete custa R$ 10,00 por caixa, levando 4 dias para entregar. Sabendo - se que a taxa de juros é de 5% ao ano, qual o melhor modal de transporte para a empresa sob o ponto de vista econômico? Modal Aéreo R$ 12 000,00 Cada caixa A fábrica produz 100 / mês Modal aéreo = Frete R$ 100,00 cada caixa / com mínimo de 5 caixas Tempo gasto para entrega = 1 dia Modal Rodoviário Lote mínimo = 20 caixas Frete = R$ 10,00 por caixa Tempo 4 dias Taxa de juros = 5% a/a Solução AÉREO RODOVIÁRIO LOTE 5 UNID LOTE 20 UNID FRETE R$ 100,00 R$/UNID FRETE R$ 10,00 R$/UNI D TEMPO 1 DIAS TEMP O 4 DIAS DEMANDA ANUAL 1.200 UNID/ANO CUSTO DO ITEM R$ 12.000,00 R$/UNID TAXA DE JUROS 5% a.a. DEMANDA DIÁRIA d = D/365 d = 1.200 /365 d = 3 UNIDADES/DI A ESTOQUE MÉDIO DO SISTEMA AÉREO EMS = L + t x d EMS = 5 + 1 x 3 EMS = 8 UNIDADES RODOVIÁRIO EMS = L + t x d EMS = 20 + 4 x 3 88 EMS = 33 UNIDADES CUSTO DO ESTOQUE NO SISTEMA CES = CU x EMS x TJ AÉREO CES = R$ 12.000,00 x 8 x 5% CES = R$ 4.972,60 /ANO RODOVIÁRIO CES = R$ 12.000,00 x 33 x 5% CES = R$ 19.890,41 /ANO CUSTO DE FRETE CF = F x D AÉREO CF = R$ 100,00 x 1.200 CF = R$ 120.000,00 /ANO MODAL 02 CF = R$ 10,00 x 1.200 CF = R$ 12.000,00 /ANO CUSTO TOTAL CT = CES + CF AÉREO CT = R$ 4.972,60 + R$ 120.000,00 CT = R$ 124.972,60 MODAL 02 CT = R$ 19.890,41 + R$ 12.000,00 CT = R$ 31.890,41 MODAIS CES CF CT AÉREO R$ 4.972,60 R$ 120.000,00 R$ 124.972,60 RODOVIÁRI O R$ 19.890,41 R$ 12.000,00 R$ 31.890,41 89 CUSTOS COM TRANSPORTES A Transportadora SG está preparando uma proposta para uma fábrica de cerveja localizada em Natal / RN para transportar seus produtos da fábrica até Fortaleza. A SG trabalha com caminhões tipo carreta. Sabendo – se que a cobrança se dá por quilômetro e que a SG está concorrendo com duas empresas que praticam R$ 1,50 e R$ 1,62/Km, calcule o Custo de Transporte da SG, bem como o valor que a empresa gastará cada vez que percorrer a rota. Se você fosse o gerente operacional da SG, quais as providências para tornar a empresa mais competitiva e ganhar essa concorrência, visto que a fábrica de cerveja é um Cliente em Potencial? Dados do Problema: 1. Dados da Empresa: Salário do motorista: R$ 750,00 / mês Horas trabalhada: 176 h / mês Encargos e benefícios do motorista: R$ 562,50 / mês Custos administrativos: R$ 500,00 / mês Taxa de juros: 4% a.m. 2. Dados do Veículo: Consumo de combustível: 2,53 Km / l Intervalo entre troca de óleo: 10.000 Km Litros de óleo por troca: 30 l Número de pneus em um caminhão: 18 unid Intervalo entre troca de pneus / recapagem: 80.000 km Número de recapagens: 02 Custos com Manutenção: R$ 0,13 / Km Intervalo entre lubrificações: 2.000 Km Velocidade média do veículo na estrada: 60 Km / h 3. Dados externos: Valor de aquisição do veículo: R$ 165.000,00 Vida útil do veículo: 120 meses Valor residual do veículo: R$ 65.000,00 Preço do óleo: R$ 2,7 / l Preço do combustível: R$ 0,65 / l Preço do pneu: R$ 620,00 Preço da recapagem: R$ 180,00 IPVA / Seguro obrigatório: R$ 1.200,00 Preço da lubrificação / lavagem: R$ 80,00 Distância Natal – Fortaleza: 504 Km 90 Resolução do Exercício Custos com Transportes CUSTOS LOGÍSTICOS 1 – Calcular os Custos Fixos e Mensais: Custo com Depreciação Cdep = (Valor de Aquisição – Valor Residual) / Nº de Meses Cdep = ( 165.000 – 65.000) / 120 = R$ 833,33 / mês Custo do Capital Parado: Ccap = Valor de Aquisição X Taxa de Juros Ccap = 165.000 X 0,04 = R$ 6.600,00 / mês Custo com Pessoal: Cpessoal = Salários + Encargos + Outros Cpessoal = 750 + 562,50 = R$ 1.312,50 / mês Custo com IPVA / Seguro Obrigatório: Cipva / so = Valor Anual / 12 Cipva / so = 1.200 / 12 = R$ 100,00 / mês Custos Administrativos: Cadm = R$ 500,00 / mês CF = Cdep + Ccap + Cadm + Cipva / so + Cpessoal CF = 833,33 + 6.600,00 + 1.312,50 + 100,00 + 500,00 = R$ 9.345,83 / mês 2 – Calcular os Custos Variáveis por Quilômetro: Custo com Combustível: Ccomb = Preço por Litro / Rendimento (Km/L) Ccomb = 0,65 / 2,53 = R$ 0,26 / Km Custo com Óleo: Cóleo = Preço do Litro de Óleo (R$/L) X Capacidade do Tanque (L) / Intervalo entre as Trocas (Km) Cóleo = 2,7 X 30 / 10.000 = R$ 0,01 / Km Custo com Pneus: Cpneus = Qde de Pneus X (P1 + Qde de Recapagens X P2) Vida Útil de um Pneu com Recapagem (Km) Cpneus = 18 X (620 + 2 X 180) / 80.000 = R$ 0,22 / Km Custo com Manutenção: Cmanu = R$ 0,13 / Km Custo com Lavagem / Lubrificação; Clav/lub = Custo da Lavagem ou Lubrificação / Intervalo (Km) Clav/Lub = 80 / 2.000 = R$ 0,04 / Km CV = Ccomb + Cóleo + Cpneus + Cmanu + Clav/lub + Cped CV = 0,26 + 0,01 + 0,04 + 0,22 + 0,13 = R$ 0,66/Km 3 – Calcular os Custos de Transportes: Calcular o Custo Fixo por Hora trabalhada: 01 mês trabalha – se 176 h 91 Se para trabalhar 1 h a empresa gasta R$ 9.345,83 Para trabalhar 1 hora a empresa gasta X CF hora = CF mês / Horas Trabalhadas CF hora = 9.345,83 / 176 = R$ 53,10 / hora Calcular o Custo Fixo por Quilometro Rodado CF Km = hora / velocidade Média do Veículo CF Km = 53,10 / 60 = R$ 0,88 / Km CT = CF + CV CT = 0,66 + 0,88 = R$ 1,54 / Km 4 - Calcular o Custo da Rota: Crota = tempo(h) X CF (R$/h) + Distância (Km) X CV (R$/Km) Crota = 8,4 X 53,10 + 504 X 0,66 = R$ 778,68 Referências Bibliográficas: Ballou, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos / Logística Empresarial, Transportes Administração de Materiais, Distribuição Física. www.cel.coppead.ufrg.br www.interlog.com.br NETTO, R. M. Logística reversa: uma nova ferramenta de relacionamento. In: www.guialogística.com.br / www.ogerente.com / www.administradores.com.br / CHING, Hong Yuh, Gestão e estoques, São Paulo, Editora Atlas, 2001ARNOLD, J.R. Tony, Administração de Materiais, São Paulo, Editora Atlas, 1999GASNIER, Daniel Georges, A dinâmica dos estoques, editara IMAM, 2002 Administração Teoria Processo e Prática / Amauri Maximiano Administração de Marketing / Klotter Estratégia e o Cenário dos Negócios/ P.Ghemawat Gerenciamento de Transporte e Frotas Amir Mattar Valente, Eunice Passaglia e Antonio Galvão Novaes