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aula - direito das obrigações

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02/08
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
CONCEITO: Tem que ser patrimonial, pode ser não determinável de início, mas deve ser determinado. Se estabelece entre pessoas de tal –forma que uma possa exigir da outra o seu cumprimento. 
Direitos pessoais (não tem conteúdo patrimonial direito à liberdade honra direito a imagem direito da personalidade direito entre família – cunho pessoal) e direitos patrimoniais são cunho patrimonial – direitos reais (pessoas - direito das coisas) e direitos obrigacionais (vínculo entre pessoas duas pessoas se estabelecem entre sujeitos).
CARACTERISTICAS: 
Direito relativo: dizem respeito as partes que se compõe na relação obrigacional, COMPRADOR X VENDEDOR.
Direitos a uma prestação positiva ou negativa: pode ser uma prestação de dar, fazer e não fazer.
Sujeito ativo (vinculo um objeto, que gera uma prestação) Sujeito passivo
	
	DIREITO PESSOAIS/ORIGACIONAIS
	DIREITO REAL – art.1225
	Objeto
	Exigem o cumprimento de determinada prestação.
	Incidem sobre uma coisa.
	Sujeito
	O sujeito passivo é determinado ou determinável.
	O sujeito passivo é indeterminado.
	Duração
	São transitórios e se extinguem pelo cumprimento.
	São perpétuos.
	Formação
	Resultam da vontade das partes “numerus apertus”.
	Só podem ser criados por lei “numerus clausus”.
	Exercício
	Exigem uma figura intermediaria, o devedor.
	São exercidos diretamente sobre a coisa.
	Ação Dirigida
	Somente contra quem configura na relação jurídica como S.P.
	Pode ser exercida contra quem, quem quer que detenha a coisa.
FIGURAS HIBRIDAS:
Obrigações propter rem: É a que recai sobre uma pessoa por força de pessoal, mas existe por seu proprietário, determinado em direito real. Obrigação que temos por causa da coisa. Ex: direito de vizinhança – taxas de condomínio – locatário é obrigado rateamento, limpeza.
Ônus reais: Obrigações que imitam o uso e o gozo da propriedade, constituindo gravames ou direitos oponíveis erga omnes (contra todos) obrigações que decorrem da própria coisa. Ex: direito de garantia como hipoteca (bem imóvel)/penhor (bem móvel)/impostos. 
	Distinções
	ONUS REAIS
	propter rem
	
	Limite é o valor efetivo da coisa 
	Patrimônio devedor, não há limitação
	
	Obrigações já vencidas e vincendas 
Ex: Você adquire hoje, mas responde por coisas anteriores.
	Obrigações apenas com as vincendas.
Ex: você compra imóvel hoje e passa a ter domínio a partir de hoje.
Obrigações com eficácia real: São as que, sem perder seu caráter de direito de a prestação, transmitem-se e são oponíveis a terceiros que adquira direito sobre determinado bem. Ex: Quero vender meu imóvel, inquilino não quis comprar, vendo para um terceiro, se o terceiro quiser morar no imóvel ele tem que respeitar o contrato de locação até o fim do prazo de locação. Não pode despejar o inquilino = direito real.
03/08
DAS OBRIGAÇÕES
EVOLUÇÃO DA TEROIA DAS OBRIGAÇÕES
Devedor: não pagou, era colocado em praça pública. Caso ninguém viesse pagar, o devedor era leiloado para servir de escravo. Caso não fosse comprado por ninguém o devedor viraria escravo do credor.
A partir da lei “LEX POETALIA PAPIRA” o devedor passou a pagar as dívidas somente com o patrimônio e não com o corpo. 
Art.391 CC: “todos os bens do devedor” salvo o patrimônio mínimo. Respeitando o mínimo necessário existencial. Lei 8009/90 – bem de família. Art.833 CPC
1916: A base contratual observou características individualistas, observando apenas uma igualdade formal, fazendo lei entre as partes (Pacta Sun Servana) 
Dirigismo contratual: Princípio limitador da autonomia da vontade das partes contratantes, por intervenção do Estado.
Teoria da Imprevisão: modifica na sua totalidade ou em parte toda a anterior decisão contratual. É idêntica à cláusula “rebus sic stantibus” do direito privado
POSIÇÕES DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES NO CC
A disciplina legal específica sobre o Direito das Obrigações no Código Civil começa no artigo 233.
UNIFICAÇÃO DO DIREITO OBRIGACIONAL.Surge então o CC/2002 onde unificou ambos, as obrigações mercantis estão na parte Especial do livro II, porém o Código Comercial de 1850 ainda se encontra em vigência.
Obrigações civis CC/1916
Obrigações mercantis C COM 1850
NOÇÕES DE OBRIGAÇÕES
CONCEITO: É a relação jurídica de natureza transitória estabelecida entre credor e devedor cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica positiva ou negativa devida pelo segundo ao primeiro garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio.
RELAÇÃO JURIDICARelação Jurídica
OBJETIVO
Devedor – sujeito passivo
Credor – sujeito ativo
PRESTAÇÃO: conteúdo patrimonial 
(positiva – fazer/dar - ou negativa – não fazer)
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA RELAÇÃO JURIDICA OBRIGACIONAL
Subjetivo/pessoal: Sempre diz respeito aos sujeitos ATIVOS (credor) ou PASSIVO (devedor). Qualquer pessoa pode ser sujeito de direito obrigacional, a partir do momento que a pessoa respirou – bebe. Basta ter personalidade civil – pessoa física. Enquanto menor de idade, é representado pelos seus representantes. Ex: bebe que fica órfão, as relações jurídicas carregadas pelo seus pais, transferem-se para ele, quanto credito quando débito. Pode ser qualquer pessoa, só deve ser determinado ou determinável.
Objetivo/material: É a prestação (comportamento/conduta do devedor). Deve ter conteúdo patrimonial. Obrigação de dar ou fazer – atitude positiva, ou negativa – não faze/abster/omitir. Deve ser licita, possível, determinado ou determinável. 
Imediato: É a conduta que se quer do devedor – a própria prestação. Ex: pagar - comportamento
Mediato: É a coisa, o bem que se pretende, bem da vida. Ex: o próprio dinheiro do pagamento
Vinculo jurídico/imaterial/espiritual: Vinculo entre as partes, ligação que materialmente não enxergamos.
09/08
Diferença entre obrigação e responsabilidade: 
Obligatio/Halftung/Responsabilidade: obrigação sem debito.
 Ex: fiador/analsita
 RELAÇÇÃO JURIDICA
Delitum/Schuld/Obrigação: debito sem obrigação/responsabilidade Ex: obrigações naturais
Prestação 
A responsabilidade só surge se o devedor não cumpre espontaneamente a obrigação.
PRINCIPIOS DOS DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Autonomia da vontade: significa que as partes possuem liberdade para definir sobre a relação. a capacidade da pessoa humana de praticar ou abster-se de praticar certos atos de acordo com sua vontade.
Liberdade de estipulação negocial: liberdade que as partes têm de estipular a forma de comprimento/objeto do negócio jurídico, sendo ilimitado, desde que obedeça aos elementos do art.104. 
Solidariedade social: Art.421. O contrato deve ter uma função social, pois interfere no bem comum. Conciliando as necessidades da coletividade e dos interesses particulares.
Boa-fé objetiva: Art.422. Materializa a boa-fé nas relações negociais, exigindo das partes o comportamento/dever de veracidade, integridade, honradez e lealdade. Boa-fé de conduta antes, durante e depois.
Proibição do enriquecimento ilícito: Trata-se do enriquecimento injusto, é vedado pelo Código Civil.
10/08
FONTES DAS OBRIGAÇÕES
Primaria/imediata: É a lei em si.
Secundaria/mediata: São os fatos jurídicos, que podem ser naturais ou humanos 
Contratos: Responsabilidade contratual - Negócio jurídico bilateral, tem origem no acordo de vontade, sempre de acordo com a lei, com o objetivo de criar, modificar ou extinguir direitos.
Atos ilícitos e abuso do direito: art.186/187 – responsabilidade extracontratual/aquiliana decorre do ato ilícito (Aquele que por ação ou omissão causa dano a alguém, surge então a obrigação de reparar e quem sofreu é o credor, com o direito a reparação). O abuso do direito – ex: policial, quando excedem gera o dever de indenizar.
Atos unilaterais: São as declarações unilaterais de vontade.
Promessa de recompensa –art.854 a 860: promessa pública. Ex: vencedor ganha ...
Gestão de negócios – 861 a 875: é a administração de negócios alheios sem o conhecimento do dono. Assim, se recolho a correspondência de vizinhosem viagem, sem qualquer combinação prévia, serei gestor de negócios. Se em meio à correspondência descubro conta vincenda e a pago, farei jus ao reembolso, como se o vizinho me houvesse pedido para pagar. Na verdade, não houve contrato, mas é como se tivesse havido.
Pagamento indevido – 876 a 883: ocorre quando o devedor realiza o pagamento não ao credor, mas sim a uma outra pessoa (com a qual inexiste a relação jurídica obrigacional). Dessa situação surgem duas consequências: quem paga mal para duas vezes; repetição do indébito (pedir de volta). É importante ressaltar que existem casos em que não cabe a repetição.
Enriquecimento sem causa: 884 a 886: 
Títulos de credito: Art.882 a 926 CC - Documentos que trazem em seu bojo, com caráter autônomo, a existência de uma relação obrigacional de natureza privada (é estudado no direito empresarial).
REGRAS BASICAS DO DIEITO DAS OBRIGAÇÕES
“Res perit domnio”: O prejuízo é do dono da coisa.
O domínio das coisas se transfere pela tradição: art.1267
O acessório segue o principal: ex: carro é o principal. Roda/som acessório. 
Proibição do “aluid pro alio”: Uma coisa por outra. O credor não é obrigado a aceitar outra coisa diferente.
“Ad impossibila, nulla obligatio”: a impossibilidade da coisa torna nula a obrigação. Ex: condição nula = pisar na lua.
Não havendo culpa, não há perdas e danos
Havendo culpa, há perdas e danos
Se faltar justa causa para o pagamento, este deverá ser restituído. – Vedação ao enriquecimento sem causa.
16/08
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
Em relação ao vinculo:
Civil.
Imperfeitas: São obrigações imperfeitas porque o vínculo é defeituoso, ele não está provido de sanção (inexigível judicialmente).
Moral: constitui mero dever de consciência, sendo cumprida apenas por questão de princípios; logo, sua execução é mera liberalidade.
Natural: é aquela em que o credor não pode exigir do devedor certa prestação, embora em caso de seu adimplemento, espontâneo ou voluntário, possa retê-la a título de pagamento e não de liberalidade. Ex: dívida prescrita, de jogo, empréstimo a menor de idade. 
Ato aos elementos 
Simples: são as que se apresentam com um sujeito ativo, um sujeito passivo e um único objeto, ou seja, com todos os elementos no singular.
Complexas/composta: qualquer elemento a cima no plural. 
Impessoais ou intuito personae: Impessoal – fungíveis: é a obrigação em que o importante é o objeto e não os sujeitos. Ex: venda de casa, não interessa quem é o dono você quer o objeto. Mas quando mira exclusivamente a pessoa do devedor, como é o caso do artista contratado para restaurar uma obra de arte, a obrigação é intuito personae, porque se leva em conta as qualidades pessoais do obrigado – obrigação infungível.
Quando ao conteúdo
De meio: o resultado não é o seu objeto, mas sim o processo para se alcançar. É obrigação do médico fornecer os meios para curar o doente. Não é de resultado, por ser este imprevisível. Ex: advogado, médico. EXCEÇÃO cirurgião plástico. 
De resultado: É quando o fim por ela colimado é algo perfeito, acabado. Ex: obrigação contraída em compra e venda – o objetivo, qual seja, a transferência da propriedade de um bem ao comprador, é resultado. Ex: dentista, transportador – responsabilidade objetiva.
Especificas ou genéricas: Distinguem-se as genéricas das específicas pelo objeto da prestação, se é individuado (um carro X, da marca Y, ano Z, etc.) ou não (uma tonelada de minérios). Nas genéricas, o objeto da prestação é determinado apenas em seu gênero e qualidade. Nas específicas, determina-se não só o gênero, como a espécie.
17/08
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR
Obrigação de dar: Dar/entregar = tradição. A prestação de dar pressupõe a transferência de direito real sobre a coisa.
A coisa certa – art.233: É aquela perfeitamente identificada, completamente distinguível de todas as outras coisas da mesma espécie existentes no mundo, por suas próprias características.
A coisa incerta: É aquela apenas identificada pela espécie e quantidade, poucas características...
ACESSÓRIOS DAS COISAS CERTAS:
Acessões: Obras realizadas na coisa e que criam uma coisa nova. São acréscimos naturais (aluvião, avulsão) ou mesmo artificiais (plantações ou construções novas) que aderem ao bem principal onde nada existia anteriormente. Ex: Construir uma garagem, uma edícula ou um muro.
 Benfeitorias: São obras realizadas na coisa sem criar coisas novas, com o objetivo de embelezar, melhorar ou conservar a coisa principal. São sempre construções efetivadas pelo homem em uma coisa já existente. Ex: Reformar um banheiro ou um carro.
Necessárias: Evita a deterioração e preserva a coisa;
Úteis: Melhora a utilização da coisa, potencializa;
Voluptuárias: Feitos por mero prazer.
Partes Integrantes: São coisas que ao se unirem ao principal, formam com ele um todo, perdendo utilidade material própria. São bens unidos de tal modo à coisa principal, que essa ficaria incompleta sem a parte integrante. Assim uma torneira, os canos e os fios são partes integrantes de uma casa e os pneus de um carro. 
Pertenças: São coisas que estão unidas à outras coisas, para conservar ou facilitar-lhe o uso, sem ser dele parte integrante. São aqueles bens que se destinam de modo duradouro ao uso, serviço ou aformoseamento de outro, e não se constituem partes integrantes (art. 93). Assim, o ar condicionado será pertença, assim como um quadro, um piano com relação a casa. As pertenças NÃO SEGUEM a sorte da coisa principal, salvo por disposição expressa das partes ou determinação legal.
Pertença essencial: São aquelas que não podem ser separadas da coisa sem modificar a sua essência, o seu uso. Ex: macaco de carro
Pertença não-essencial: São aquelas que podem ser separadas da coisa sem modificar a sua essência, o seu uso. Ex: Toca CD de carro. 
Frutos: São aqueles bens acessórios produzidos periodicamente pela coisa, cuja percepção e consumo não alteram a substância da coisa principal frugívera. São frutos naturais aqueles produzidos pela força orgânica (ex: bezerro, carneiro, maçã, laranja); industriais os produzidos pela arte humana (ex: tecido produzido pelo tear) e civis aqueles produzidos pela coisa em razão da cessão remunerada da posse (ex: rendimentos, juros, aluguel).
Produtos: São acessórios que não se produzem com periodicidade e seu consumo altera a substância da coisa principal, reduzindo, portanto, o seu valor. Exemplo se dá com o petróleo, o ouro, as pedras preciosas. Produz mas esgota.
23/08
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR DA COISA CERTA
Obrigação de restituir – art.238: A coisa é do credor e está de uso temporário do devedor que após o uso devolve ao credor. Ex: aluguel de carro, locação. A prestação de restituir se caracteriza por envolver uma devolução.
Na obrigação de restituir coisa certa o devedor tem o dever de devolver coisa que não lhe pertence.
Art.238. Perda da coisa sem culpa do devedor e antes da tradição, aplica-se a remota regra pela qual a coisa perece para o dono, suportando o credor o prejuízo. 
Art.239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.
Art. 241. Se, no caso da obrigação de restituir, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. Lucrará o credor desobrigado de indenização o melhoramento ou acréscimo feito à coisa sem trabalho ou despesa do devedor, isto tendo em vista a vedação ao enriquecimento sem causa.
Art.242. Se para o melhoramento ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
O devedor deverá ser indenizado pelas benfeitorias úteis e necessárias, conforme dispõem os arts. 1.219 a 1.222 do CC. No que concerne às voluptuárias, o devedor poderá levantá-las desde que isso não gere diminuição do valor da coisa principal e que o sujeito passivo da obrigação tenha agido de boa-fé. Em caso de má-fé, somente serão ressarcidasas benfeitorias necessárias, não havendo qualquer direito de retenção quanto a estas (art. 1.220 CC). Em relação às benfeitorias úteis e voluptuárias, havendo má-fé do devedor, não lhe assistirá qualquer direito. No que se refere aos frutos percebidos, deverão ser observadas as regras que constam dos arts. 1.214 e 1.216 do CC. Desse modo, sendo o devedor possuidor de boa-fé, terá direito aos frutos. Porém, se o possuidor tiver agido de má-fé, não haverá qualquer direito, além de responder por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como por aqueles que, por culpa sua, deixou de perceber (art. 1.216 CC).
	Obrigação
	Fato c/ Bem
	Sem Culpa
	Com Culpa
	Dar
	Perda
	Resolve-se a obrigação para ambas as partes
	Pode o credor:
Exigir o valor equivalente + Perdas e danos
	Dar
	Deterioração
	Pode o credor:
Resolver a obrigação ou aceitar a coisa com abatimento do preço
	Pode o credor:
Exigir o equivalente ou aceitar a coisa com abatimento do preço + perdas e danos (nos dois casos)
	Restituir
	Perda
	Resolve-se a obrigação para ambas as partes
	Pode o credor:
Exigir o valor equivalente + perdas e danos
	Restituir
	Deterioração
	O credor recebe a coisa no estado em que se encontra
	Pode o credor:
Exigir o equivalente ou aceitar a coisa com abatimento do preço + perdas e danos (nos dois casos)
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA
Art.243: A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero (espécie) e pela quantidade.
A coisa incerta pode ser:
Ilimitada: GENNUS ILIMITATUM
Limitada ou restrita: GENNUS LIMITATUM, ex: Automóvel Volkswagen, modelo gol.
O gênero nunca perece genus nunquam perit
Art. 244: A escolha pertence ao devedor, e não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor
Art.245: Após a escolha feita, e tendo sido cientificado o credor, a obrigação genérica é convertida em obrigação específica, aplicando-se as regras dos arts. 233 a 242 do CC). Ou seja, aqui se passa a transformação da coisa incerta para coisa certa. A escolha se faz quando há a entrega da coisa ou quando notificado o credor.
Art. 246: Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. Regra: o gênero nunca perece (genus nunquam perit). Isto porque ainda não há individualização da coisa.
24/08
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Obrigação de fazer: Concretiza-se em um ato do devedor, normalmente a prestação de um trabalho que pode ser manual, artístico, intelectual ou científico.
Obrigação de fazer fungível: Possibilidade de substituir a pessoa ou a coisa. Neste caso a obrigação pode ser cumprida por um 3º, à custa do devedor originário (arts. 816 e 817 do CPC).
Obrigação de fazer infungível: (intuito persona – personalíssimas) Leva em consideração as características particulares do devedor.
Art.247: só se aplica no caso da obrigação infungível. Nas perdas e danos estão incluídos os danos materiais (arts. 402 a 404 CC) e os danos morais (art. 5º., V e X da CF). Pode o credor ainda requerer o cumprimento da obrigação e indenização/multa.
Art. 248: Se a prestação se tornar impossível: sem culpa do devedor, resolve-se a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. Aplica-se na hipótese da prestação fungível e infungível.
Art. 249: (fungíveis). Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor (caso já tenha pagado), sem prejuízo da indenização cabível. Precisa de autorização judicial. §ú urgência permite fazer autorização e depois pedir ressarcimento considera-se autotutela.
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Não ato/omissão/abstenção de uma conduta.
Se não é possível desfazer vai pra perdas e danos.
Se for possível desfazer resolve a obrigação. Ex: vizinho com vizinho não construir muro alto. Se o fez, diminui o muro.
Art.250: Se realizou ato que se comprometeu a não realizar, mas sem culpa ou obrigado, não indeniza.
Art.251: Praticado pelo devedor o ato, pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Judiciário sempre se não há urgência. §ú urgência – autotutela
30/09
OBRIGAÇÕES QUANTO AO MODO DE EXCECUÇÃO 
SIMPLES
Prestação
COMPOSTA
Composta subjetiva: divisíveis ou indivisíveis / solidarias 
Prestação
Composta objetiva: cumulativa/alternativa/facultativa 
Prestação
COMPOSTA OBJETIVA
Cumulativa: Mais de uma prestação, sendo que o devedor somente se exonera se cumprir todas.
Facultativa: Objeto X. Substitui a prestação por outra.
Alternativa: Pagamento de uma só delas. Normalmente, a obrigação alternativa é identificada pela conjunção OU. 
Art.252 - Se nada for estipulado fica a escolha do devedor.
Art.253 – se uma delas não puder mais ser objeto, se concentra na outra. Virando obrigação simples. 
Art.254 – CULPA DO DEVEDOR + IMPOSSIBILIDADE DE TODAS AS PRESTAÇÕES + ESCOLHA NÃO CABE AO CREDOR = VALOR DA PRESTAÇÃO QUE ULTIMO SE IMPOSSIBILITOU + PERDAS E DANOS.
Art.255 – Culpa do devedor + impossibilidade das prestações + escolha cabe ao credor = prestação subsistente ou o valor da prestação que se perdeu + perdas e danos.
Culpa do devedor + impossibilidade de todas as prestações + escolha cabe ao credor = valor de qualquer uma das prestações + perdas e danos.
Art. 256 – Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
COMPOSTA SUBJETIVA
OBRIGAÇÕES DIVISIVEIS E INDIVISIVEIS – art.87 e 88.
Obrigação divisível: é a que pode ser cumprida de forma fracionada, ou seja, em partes; desde que as partes fracionadas não percam as características essenciais do todo. Ex: dinheiro é divisível.
Obrigação indivisível: é aquela que não admite fracionamento quanto ao cumprimento. São aquelas em que as partes estipulam que só por inteiro podem ser cumpridas, ou quando uma impossibilidade material ou jurídica impede que o objeto possa ser fracionado. Ex: Um lote urbano, analisado materialmente, comporta divisão. Entretanto, se a divisão importar em impossibilidade de edificação ou ferir o Código de Normas do Município, será indivisível.
Material: Ex: Boi.
Intelectual –por causa da lei ou convenção das partes. 
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
06/09
DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
Obrigações solidárias são aquelas em que existem vários credores (ativa), ou vários devedores (passiva), ou ambos (mista), em que cada um tem direito ou é obrigado à dívida toda, por força da lei ou do contrato. (“Um por todos, todos por um”).
SOLIDARIEDADE ATIVA: art.267 a 274SOLIDARIEDADE PASSIVA
EXCEÇÕES: defesa
Comuns: defesas ligadas à dívida, servindo para minorar o seu valor; que atingem o montante da dívida. Ex: pagamento parcial, transação, compensação, etc.
Pessoais: defesas dirigidas contra o vínculo obrigacional, fulcradas em circunstâncias pessoais atinentes a um só dos devedores. Ex: nulidades relativas da obrigação, fraude, etc. 
13/09
Ativa:
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. É aquela onde qualquer um dos credores pode exigir do devedor o cumprimento da obrigação por inteiro, como se fosse um só credor. Exemplo de solidariedade ativa decorrente da lei: art. 2º da Lei 8245/91, lei do inquilinato.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. Enquanto não houver demanda (ação judicial) o devedor pode pagar a qualquer um dos credores. Mas quando houver ação, o credor escolhido tem que receber obrigatoriamente do devedor.
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. O pagamento parcial da prestação não extingue a solidariedade, o restante da dívida pode ser exigido de qualquer um dos credorespor inteiro, inclusive daquele credor que recebeu parcialmente.
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. Se um dos credores falecer, a obrigação se transmite a seus herdeiros, cessando a solidariedade em relação aos herdeiros. Cada herdeiro somente poderá exigir a quota do crédito relacionada com o sua herança Exemplo: o credor tinha direito de $3 mil e morreu. Assim cada um dos 2 herdeiros só pode exigir $1.5 mil que é a sua parte. Se a obrigação for indivisível: o cumprimento da prestação ocorrerá quando o objeto for entregue a qualquer um dos herdeiros, aplicando-se as regras da obrigação indivisível. 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. É a principal distinção entre a obrigação solidária ativa e a obrigação indivisível.
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. No caso de remissão (perdão) por parte de um dos credores solidários, o devedor se desonera. Mas o credor que perdoou responderá perante os outros pagando a parte de cada um.
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros. As exceções são defesas como por exemplo: pagamento parcial ou total, dívida prescrita, nulidades (defeitos), vícios de vontade como a coação, etc. Existem defesas comuns e defesas pessoais. As defesas comuns atacam a própria obrigação e podem ser alegadas por todos e contra todos, como por exemplo a dívida estar prescrita. Já as defesas pessoais são contra uma determinada pessoa, como por exemplo a incapacidade do credor. Na obrigação solidária ativa o devedor não poderá alegar essas defesas contra os demais credores diante de sua natureza personalíssima, só pode alegar contra aquela pessoa em específico. Exemplo: se o devedor foi coagido pelo credor 1 a celebrar determinado negócio jurídico, a anulabilidade do negócio somente poderá ser alegada em relação a esse credor, não em relação aos demais credores, que nada têm a ver com a coação exercida.
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. Se um dos credores vai a juízo e perde, por qualquer motivo, essa decisão não tem eficácia em relação ao demais credores, que podem ingressar em juízo ainda. Mas, caso o julgamento seja favorável a um dos credores, ou seja, se o credor vai a juízo e ganha, essa decisão beneficiará os demais credores.
Passiva:
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Ex: caso em que há um credor A e três devedores B, C e D, sendo a dívida de R$ 30.000,00. Se B paga R$ 5.000,00, poderá ainda ser demandado nos R$ 25.000,00 restantes, o que não exclui, por lógico, C e D.
Art.276. No caso de falecimento de um dos devedores solidários, cessa a solidariedade em relação aos sucessores do de cujus, eis que os herdeiros somente serão responsáveis até os limites da herança – se não há herança, acaba - e de suas cotas correspondentes. Ex: divida de R$ 30.000,00 e se C, um dos três devedores, falecer, deixando herdeiros, D e E, cada um destes somente poderá ser cobrado em R$ 5.000,00. A regra não se aplica se a obrigação for indivisível. Ex: Estando um dos herdeiros com o touro reprodutor (obrigação indivisível), este deverá entregar o animal, permanecendo a solidariedade.
Art. 277. Tanto o pagamento parcial realizado por um dos devedores como o perdão da dívida (remissão) por ele obtida não têm o efeito de atingir os demais devedores. No máximo, caso ocorra o pagamento direto ou indireto, os demais devedores serão beneficiados de forma reflexa, havendo desconto em relação à quota paga ou perdoada.
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora (retardamento da obrigação), ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
Art. 281. Na solidariedade passiva, o devedor demandado poderá opor contra o credor as defesas que lhe forem pessoais e aquelas comuns a todos, tais como pagamento parcial ou total e a prescrição da dívida. Mas esse devedor demandado não poderá opor as exceções pessoais a que outro codevedor tem direito, eis que estas são personalíssimas. É o caso dos vícios da vontade ou das incapacidades em geral.
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores.
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar. O interessado direto pela dívida responde integralmente por ela. Ex: caso um fiador pague a dívida de um locatário, devedor principal, poderá cobrar dele todo o montante da obrigação. Entretanto, se o fiador paga toda a dívida de outro fiador, poderá aquele exigir somente a metade da mesma, eis que são devedores da mesma classe (art. 829, p. u. e 831, CC). Se o devedor principal satisfez a dívida, nada pode cobrar dos outros, pois eles não têm “debitum”.
14/09
SOLIDARIEDADE MISTA – art.2 LI Lei 8245/91
	Obrigação Solidária
	Obrigação Indivisível
	-
	A solidariedade tem origem pessoal/subjetiva e decorre da lei ou de acordo das partes.
	A indivisibilidade tem origem objetiva, da natureza do objeto da prestação.
	Diferença aplicável tanto para a solidariedade ativa quanto passiva.
	Convertida em perdas e danos, é mantida a solidariedade.
	Convertida em perdas e danos, é extinta a indivisibilidade.
	Diferença aplicável tanto para a solidariedade ativa quanto passiva.
	Com a referida conversão, havendo culpa de apenas um dos devedores, todos continuam responsáveis pela dívida. Pelas perdas e danos, somente responde o culpado (art. 279 CC).
	Com a conversão em perdas e danos, havendo culpa de apenas um dos devedores, ficarão exonerados totalmente os demais (art. 263, p. 2º. CC).
	Diferença relacionada apenas a solidariedade passiva.
Havendo, ao mesmo tempo, pluralidade de credores e devedores, todos solidários entre si, estará caracterizada a obrigação solidária mista. Essa obrigação tem origem convencional, mas pode também ter origem legal, o que acontece nos casos envolvendo vários locadores e locatários de imóvel urbano – art. 2º. da Lei 8245/91. Em casos tais, devem ser aplicadas, ao mesmo tempo, todas as regras que foram vistas paras as obrigações solidárias ativa e passiva.
OUTRAS MODALIDADES DE OBRIGAÇÃO:
Obrigações de Meio: São aquelas em que o devedor se obriga tão somente a usar de prudência e diligência normais na prestação de um certo serviço, tendente a produzir um determinado resultado, sem vincular-se a obtê-lo. Assim, o devedor não está obrigado à obtenção do resultado, mas apenas atuar com a diligência necessária para que esse resultado seja obtido.
Ex: O advogado,cuja prestação de serviços é qualificada pela efetivação cuidadosa de toda sua atividade técnica, sem que o seu cliente possa lhe exigir como único resultado a pretensão procedente; a obrigação do médico, que se obriga apenas a desenvolver os seus melhores esforços para que a cura do doente seja obtida.
 Obrigações de Resultados: São aquelas em que o credor tem direito a exigir do devedor a produção de um resultado, sem o que se terá a responsabilidade do devedor. Ou seja, o devedor efetivamente se vincula a um resultado determinado, respondendo pelo descumprimento se esse resultado não for obtido, somente se exonerando desta obrigação de indenizar se excluir o nexo causal, provando a incidência de força maior (art. 730 c/c 734 CC).
Ex: a obrigação do transportador de entregar a coisa transportada no lugar e tempo determinado.
Obrigações de Garantia: São aquelas que têm por conteúdo eliminar um risco que pesa sobre o credor, cumprindo o devedor sua obrigação tão somente assumindo o risco. Ou seja, o conteúdo desta obrigação consiste na função atribuída ao devedor de eliminar um risco que pesa sobre o credor ou as suas consequências, propiciando-lhe maior segurança (independe do resultado).
Ex: contratos de seguro (art. 764 CC).
MOMENTO DE CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES
Obrigações Instantâneas ou Momentâneas (com cumprimento imediato): São aquelas que se exaurem num só momento; é aquela cumprida imediatamente após a sua constituição. Ex: pagamento à vista.
 Obrigação de execução diferida: é aquela cujo cumprimento deverá ocorrer de uma vez só, no futuro. Ex: situação em que se pactua o pagamento com cheque pré-datado.
Obrigações de Execução Continuada, De Trato Sucessivo ou Periódicas: São aquelas cujo cumprimento se dá por meio de subvenções periódicas. Ex: financiamentos em geral; contrato de locação.
Nos contratos de execução continuada os efeitos do inadimplemento, em regra, são dirigidos ao cumprimento das obrigações futuras e não às pretéritas, já desaparecidas pelo adimplemento.
OBRIGAÇÕES PURAS E SIMPLES, CONDICIONAIS, A TERMO E MODAIS
Quanto à presença ou não de elemento acidental, as obrigações podem ser puras ou simples, condicionais, modais ou com encargo e a termo. São cláusulas acessórias que visam modificar os elementos essenciais e naturais do ato jurídico.
As obrigações que não possuem nenhum elemento acidental podem ser chamadas de puras e simples. 
Possuindo condição, denominam-se condicionais
Se forem sujeitas a encargo, chamam-se modais
Se dependerem da ocorrência de um evento futuro e certo são denominadas a termo.
OBRIGAÇÕES LÍQUIDAS E ILÍQUIDAS
Quanto à liquidez, a obrigação pode ser líquida ou ilíquida.
Obrigações Líquidas: São as obrigações certas quanto a sua existência e determinadas quanto ao seu objeto e valor. Nela se encontram especificadas, de modo expresso, a quantidade, a qualidade e a natureza do objeto devido. Ex: Mensalidade da Univel. O inadimplemento de obrigação positiva e líquida no exato vencimento constitui o devedor em mora automaticamente – art. 397 CC.
 Obrigações Ilíquidas: é aquela incerta quanto à existência e indeterminada quando ao conteúdo e valor. Para que seja cobrada é necessário antes que seja transformada em líquida, geralmente por um processo de conhecimento. Após, é preciso realizar a liquidação da sentença nas formas previstas no CPC (arts. 509 a 533).
OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS
Quanto à dependência em relação à outra obrigação, a obrigação pode ser principal ou acessória.
Obrigação Principal: é aquela que independe de qualquer outra para ter existência, validade ou eficácia, ou seja, é a que tem vida própria, autônoma. Ex: contrato de compra e venda. *Ver. Art. 92 CC.
Obrigação Acessória: é a que tem a sua existência, validade ou eficácia subordinada a outra relação jurídica obrigacional. Ex: juros, cláusula penal.
OBRIGAÇÕES QUESÍVEIS E PORTÁVEIS
No que tange ao local de cumprimento a obrigação pode ser quesível ou portável.
Obrigação quesível (ou quérable): tem o seu cumprimento no domicílio do devedor. Não havendo previsão no contrato, constitui regra geral (art. 327 CC).
Obrigação portável (ou portable): é aquela em que o seu cumprimento deverá ocorrer no domicílio do credor ou de terceiro.
OBRIGAÇÃO DE DINHEIRO OU DE VALOR
Obrigações de Dinheiro: São aquelas cujo conteúdo da prestação consiste em um número de unidades monetárias.
Obrigações de Valor: São aquelas que têm por objeto qualquer prestação que não seja dinheiro.

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