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Apostila de Medidas e Avaliação

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO
 
MEDIDA E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
MEDIDA E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
 
2014 
2 
 
CEARÁ 
 
MEDIDA E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
3 
 
SUMÁRIO 
ANEXO 1.......................................................................................................................................110 
ANEXO 2.......................................................................................................................................121 
ANEXO 3.......................................................................................................................................124 
 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4 
 PONTOS DE REFERÊNCIA ANTROPOMÉTRICOS .......................................................... 17 
 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS ANTROPOMÉTRICOS .................................................... 20 
 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ........................................................................................ 32 
 Definição ............................................................................................................................. 32 
 Classificação ........................................................................................................................ 32 
 Recomendações.................................................................................................................... 33 
 Medidas lineares .................................................................................................................. 34 
 Estatura ou Altura ................................................................................................................ 34 
 Altura total ........................................................................................................................... 37 
 Envergadura .......................................................................................................................... 38 
 MEDIDAS TRANSVERSAIS OU DIÂMETROS ................................................................... 38 
Definição ............................................................................................................................. 38 
Precauções ........................................................................................................................... 40 
Locais padronizados para medições de diâmetros: ................................................................ 40 
 MEDIDAS DE CIRCUNFERÊNCIAS OU PERÍMETROS ................................................... 44 
Definição ............................................................................................................................. 44 
Material ............................................................................................................................... 44 
Precauções ......................................................................................................................... 45 
ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS DE SAÚDE............................................................................55 
 Índice de massa corporal (IMC) ............................................................................................ 51 
 Relação cintura quadril (RCQ) ............................................................................................. 55 
 Índice de Conicidade (IC)..................................................................................................... 58 
DOBRAS CUTÂNEAS.....................................................................................................................68 
Locais padronizados para medições de dobras cutâneas ........................................................ 64 
 Fórmulas para estimativa da densidade corporal/percentual de gordura corporal ................... 69 
 ANALISE DA POSTURA CORRETA E SUAS IMPLICAÇÕES .......................................... 81 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O objetivo desta apostila é discutir como um programa de medidas e avaliação 
pode assumir um papel de capital importância no processo de ensino aprendizagem, como e 
quando empregar técnicas e instrumentos para medir e avaliar determinadas características 
ou habilidades com precisão, resultando em um processo calcado em bases científicas, 
dando, desta forma, origem a um trabalho mais credível. 
Com o aumento de informação sobre atividade física, cada vez mais pessoas descobrem que 
o exercício é um meio saudável, para ajudar a evitar doenças hipocinéticas (coronarianas, 
hipertensão arterial, diabetes, osteoporose e etc.) se obter o máximo das capacidades 
mentais e se sentir bem, energético, alegre e etc. 
 A Avaliação da Aptidão Física vem sendo amplamente estudada, tanto para 
fornecer informações e/ou classificações e, como forma de desenvolver uma melhor análise 
dos efeitos de treinamento com particular atenção ao crescimento e desenvolvimento do ser 
humano através da determinação dos índices de Aptidão Física Geral. Delgado (2004), em 
sua monografia apresentada na Universidade Federal do Maranhão, procurou selecionar 
dentre os inúmeros protocolos, testes e medidas, aqueles que pelas suas características 
tivessem uma maior adequação às condições de trabalho dos profissionais de educação 
física, dados que foram compilados e colocados neste trabalho. 
Uma boa avaliação física depende da analise de muitas variáveis: antropométricas; 
composição corporal; análise postural; avaliações metabólicas e neuromusculares; 
avaliações nutricionais, psicológica e social. Estas duas últimas são essenciais para que um 
programa de treinamento tenha pleno sucesso, porque nos dão acesso aos hábitos e à 
personalidade da pessoa. 
 Delgado (2004) afirma ainda, que uma avaliação bem feita é aquela em que utiliza 
critérios e protocolos bem selecionados, fornecendo dados quantitativos e qualitativos que 
indique, através de análises e comparações, a real situação em que se encontra o avaliado. 
Em meio a tanto conhecimento técnico-científico, não se pode mais permitir a utilização do 
protocolo do "achismo", ainda empregado por alguns profissionais em suas avaliações. Só é 
5 
 
possível fazer um programa de exercícios com qualidade e segurança com uma avaliação 
física em que se utilize metodologia, protocolos e critérios de avaliação adequados. Além 
disso, as avaliações devem ser periódicas e sucessivas, permitindo uma comparação para 
que possamos acompanhar o progresso do avaliado com precisão, sabendo se houve 
evolução positiva ou negativa. Dessa forma, é possível reciclar o programa de treinamento 
e estabelecer novas metas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 MEDIDA E AVALIAÇÃO 
 
2.1 CONCEITOS BÁSICOS 
 
A seguir serão definidos alguns dos conceitos básicos, relacionados à avaliação da aptidão 
física. 
 
Testes: Marins (1998) define teste como: “...instrumento, procedimento ou técnica usada 
para se obter uma informação”. Já Carnaval (1997) diz que é “... uma pergunta ou um 
trabalho específico utilizado para aferir um conhecimento ou habilidade da pessoa que se 
mede...”. Segundo o dicionário Aurélio, “teste é o conjunto de provas que se aplicam a 
indivíduos para se apreciar o seu desenvolvimento mental, aptidão e outras, provas que se 
executam para aferir a eficiência ou os outros efeitos de determinadas substâncias”.Um 
teste pode ser considerado como tentativa para determinar o grau de certas qualidades ou 
condições que formam a base para a tomada de decisões. Na realidade, na vida diária 
constantemente testa-se ou coleta-se informações. 
 
Medidas “...É o processo utilizado para coletar as informações obtidas pelo teste, 
atribuindo um valor numérico aos resultados...” (MARINS, op cit). “É uma técnica que 
fornece, através de processos precisos e objetivos, dados quantitativos que exprimem, em 
bases numéricas, as qualidades que se deseja medir. Ela proporciona dados crus”. Carnaval 
(op cit). Medir significa determinar a quantidade, a extensão ou grau de alguma coisa, 
tendo como base um sistema de unidades convencionais. O resultado de uma medida se 
refere sempre ao aspecto quantitativo do fenômeno a ser descrito. O que medir? - Por que 
medir? - Como medir? Somente a partir destes conhecimentos poderemos delimitar com 
clareza a atuação e limitação das diversas formas de medida. 
 
Análise: São técnicas que permite visualizar a realidade do trabalho que se desenvolve, 
criando condições para que se entenda o grupo e situe-se um indivíduo dentro deste grupo. 
São exemplos de analises comparações entre as medidas de um indivíduo com as medidas 
padrões e as medidas relativas dele com ele mesmo e ocasiões diferentes. 
7 
 
 
Avaliação “É um processo pelo qual, utilizamos as medidas, se pode subjetivamente e 
objetivamente, exprimir critérios. A avaliação julga o quanto foi eficiente o sistema de 
trabalho com um indivíduo ou com um grupo de indivíduos.” (CARNAVAL, op.cit) 
“Determina a importância ou valor da informação coletada. Deve refletir a filosofia, as 
metas e os objetivos do profissional, faz comparações com algum padrão.” 
De modo geral, podemos dizer que avaliação é julgar ou fazer a apreciação de alguém ou 
alguma coisa, tendo como base uma escala de valores. Assim sendo, avaliar consiste na 
coleta de dados quantitativos e qualitativos e na interpretação desses resultados com base 
em critérios previamente definidos, fornecendo subsídios capazes de favorecer o 
desenvolvimento e a aplicação de conhecimentos. Para FARINATTI & MONTEIRO (op. 
cit, p.194) a avaliação abrange um aspecto qualitativo, podendo tomar dimensões de grande 
ou pequena complexidade em função de: - Objetivos propostos; - Condições de trabalho; - 
Seleção dos procedimentos. O investigador experiente deve avaliar um dado sob diversos 
prismas e tentar detectar qual o caminho mais aconselhado a ser colocado em prática. 
Podemos exemplificar uma avaliação quando dizemos a nota da prova é regular em 
consideração a média das notas dos alunos de uma determinada classe, ou que o percurso 
realizado pelo aluno, de acordo com o seu sexo e faixa etária é classificado como bom. 
 
2.2 TIPOS DE AVALIAÇÕES 
 
Dependendo do objetivo, o avaliador pode lançar mão de três tipos de avaliação: 
Diagnóstica, Formativa e Somativa. 
 
Avaliação diagnóstica: Nada mais é do que uma análise dos pontos fortes e fracos do 
indivíduo, ou da turma, em relação a uma determinada característica. Esse tipo de 
avaliação, comumente efetuado no início do programa, ajuda o profissional a calcular as 
necessidades dos indivíduos e, elaborar o seu planejamento de atividades, tendo como base 
essas necessidades ou, então a dividir a turma em grupos (homogêneos ou heterogêneos), 
visando facilitar o processo de assimilação de tarefas propostas. 
 
8 
 
Avaliação Formativa: Este tipo de avaliação informa sobre o progresso dos indivíduos, no 
decorrer do processo ensino aprendizagem, dando informações tanto para os indivíduos 
quanto para os profissionais, indicando aos profissionais se ele está ensinando o conteúdo 
certo, da maneira certa, para as pessoas certas e no tempo certo. A avaliação é realizada 
quase que diariamente, quando a performance do indivíduo é obtida, avaliada e em seguida 
é feita uma retroalimentação, apontando e corrigindo os pontos fracos até atingir os 
objetivos propostos. 
 
Avaliação Somativa: Refere-se aos instrumentos que pretendem avaliar o final de um 
processo de aquisição de um conteúdo. É a soma de todas as avaliações realizadas no fim 
de cada unidade do planejamento, com o objetivo de obter um quadro geral da evolução do 
indivíduo. 
 
2.3 PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES 
 
Para que um programa de medidas e avaliações tenha sucesso, deve-se ter em mente certos 
princípios que são fundamentais durante o processo de medidas e avaliações: 
A avaliação é um processo contínuo e sistemático, Portanto, ela não pode ser esporádica, 
mas, ao contrário, deve ser constante e planejada. Nessa perspectiva, a avaliação faz parte 
de um sistema mais amplo que é o processo ensino aprendizagem, nele se integrando. 
A avaliação é funcional, porque se realiza em função de objetivos, ou seja, para se avaliar, 
efetivamente, todas as medidas devem ser conduzidas com os objetivos do programa em 
mente. 
Devem ser conduzidos e supervisionados por profissionais treinados. Não é qualquer 
pessoa que pode administrar efetivamente um programa de medida e avaliação, as decisões 
poderão afetar importantes aspectos da vida de um indivíduo. 
A avaliação é integral, pois, os resultados devem ser interpretados em termos do indivíduo 
como um todo: social, mental, físico e psicológico; Se um indivíduo sai-se mal num teste, o 
profissional consciente irá verificar quais as razões que levaram a tal resultado e, na medida 
do possível e se necessário, prover assistência especial a pessoa. As razões de resultados 
"fracos" em um teste físico podem ser várias; entretanto, se a razão for física, o bom 
9 
 
profissional deverá descobrir qual o ponto fraco do indivíduo e dirigir um programa para 
que ele possa superar tal deficiência (Kirkendall et ai, 1980). 
A avaliação é orientadora, pois não visa eliminar alunos, mas orientar o seu processo de 
aprendizagem para que possam atingir os objetivos propostos. 
Tudo que existe pode ser medido, em outras palavras, qualquer assunto incluído em um 
programa de Educação Física deve ser medido. 
Nenhum teste ou medida é perfeito; os profissionais, às vezes, depositam tanta confiança 
nos testes e medidas que acabam acreditando que eles são infalíveis. Deve-se usar sempre o 
melhor teste possível, mas ter sempre em mente que podem existir erros. 
Não há teste que substitua o julgamento profissional, este talvez seja o mais importante 
princípio da avaliação. Como problema de fato, a avaliação é julgamento. Algumas vezes 
os profissionais tentam substituir medidas objetivas por julgamentos, entretanto, as 
primeiras não podem nunca tomar o lugar dos segundos. Se não houvesse lugar para o 
julgamento em medidas e avaliação, então o profissional poderia ser substituído por uma 
máquina ou por um técnico. Por outro lado, julgamentos feitos sem dados substanciais são 
sempre inaceitáveis. As medidas fornecem os dados que levam o profissional a fazer um 
melhor julgamento ou tomar uma melhor decisão 
Deve sempre existir a reavaliação para se observar o desempenho. Se a habilidade 
inicial do indivíduo não for medida, então não se terá conhecimento sobre o seu 
desempenho no programa de Educação Física. Não é possível reconhecer as necessidades 
do indivíduo sem se saber por onde começar, como, também, não se pode determinar o que 
os indivíduos aprenderam ou melhoraram, se não se souber em que nível eles estavam antes 
de começar o programa. Se a habilidade dos indivíduos for medida somente no fim da 
unidade, aula ou semestre, o teste só vai informar onde eles estão naquele espaço de tempo, 
isto é, não irá esclarecer nada sobre os efeitos que o programa exerceu nos mesmos.Em 
outras palavras, se não forem medidos tanto o começo como o final do programa, os 
métodos e materiais empregados permanecerão desconhecidos, sem que possam ser 
avaliados. 
Usar os testes que mais válidos, fidedignos e objetivos e que se aproximam da situação 
da atividade. Os testes devem refletir as situações da atividade. Por exemplo, um jogador 
de futebol chuta a gol, tendo por objetivo que a bola entre na meta. O teste deve ser 
10 
 
construído de tal maneira que, com um certo número de tentativas, o indivíduo deva chutar 
a bola a uma determinada distância e atingir um alvo. 
 
2.4 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 
 
A Educação Física é uma disciplina que visa o desenvolvimento, ou aperfeiçoamento, do 
indivíduo na sua totalidade, isto é, nos aspectos biológicos, psíquicos e sociais. Para 
determinar se os objetivos estão, ou não, sendo alcançados, diferentes técnicas e 
instrumentos de avaliação devem ser empregados, para se poder medir e avaliar o indivíduo 
como um todo. Assim, é conveniente conceituar o que é técnica e o que é instrumento. 
 
Técnica: é o método usado para se obter as informações. 
Instrumento: é o recurso usado para se obterem as informações: Basicamente há três 
técnicas para se obterem as informações: observação, inquirição e testagem. 
 
Técnicas de avaliação 
 
Observação Segundo o dicionário, observar é: olhar atentamente; examinar com minúcias; 
espreitar; estudar; cumprir, respeitar as prescrições ou preceitos de; obedecer a; praticar; 
usar; ponderar; notar. A observação é uma técnica que permite ao profissional conseguir 
informações sobre atitudes, hábitos de estudo, ajustamento social, qualidade de liderança e 
habilidades físicas, podendo ser empregada também, em menor escala, para se obter 
informações acerca de habilidades cognitivas. Quando do contato com os indivíduos, 
durante as sessões de atividades físicas, tem-se uma excelente oportunidade para observar 
os comportamentos que não são considerados como sendo normais; estes devem ser 
registrados a fim de ser estudados e, se possível, solucionados. Para se fazer uma análise 
objetiva, devem ser empregados instrumentos adequados para registrar o que foi observado. 
Entre os instrumentos de observação, os mais utilizados na Educação Física são: 
Anedotário, Lista de checagem, Escala de classificação. 
 
 
11 
 
2.5 PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DA AVALIAÇÃO 
 
 A construção de um programa de avaliação pressupõe que se tenha definido, 
a priori, alguns parâmetros básicos. Definir o plano de avaliação, sua filosofia, seus 
princípios, sua estrutura e sua finalidade, deve anteceder, sempre, qualquer elaboração 
programática. Para que um programa de avaliação funcione adequadamente e forneça, a 
quem o utiliza, informes verdadeiros e consistentes, capazes de produzir dados utilizáveis, 
sobretudo quando se lida com a área do movimento humano em toda a sua potencialidade 
atualmente explorada, é indispensável que haja uma administração adequada do processo. 
O êxito depende de uma série de diferentes e cuidadosas atitudes, nas quais, havendo falha 
em um segmento, o todo fica comprometido, e que podem ser grupados em três momentos 
interdependentes e seqüenciais: Fase de preparação, Fase de aplicação dos testes e Fase de 
análise. Sendo a avaliação um processo que pressupõe a aplicação de testes, a coleta dos 
resultados e o seu tratamento e interpretação analítica, em etapas periódicas, é necessária 
uma absoluta segurança de atuação durante todo o processo, mantendo-se rígidas diretrizes, 
passíveis de serem expressão fiel dos indicadores que nortearão a interpretação dos 
resultados, para que possam orientar o processo de utilização, seja num contexto formativo-
educativo, seja num de manutenção ou de recuperação ou de reeducação. 
 
Fase de preparação, geralmente os testes padronizados são organizados em baterias e 
comercialmente distribuídos. Há perguntas que não podem deixar de ser respondidas: 
Avaliar o que? Quem avaliar? Com que avaliar? Para que? Quando e onde avaliar? Como? 
e submetê-los à aprovação segundo determinado critério. 
 
Avaliar o que? Dentre as variáveis de condicionamento que podem ser treinadas na escola 
e/ou academias, podemos citar: • Variáveis Médicas - Histórico médico - Pressão arterial, 
freqüência cardíaca, temperatura; - Níveis de lipídios sanguíneos, glicose e etc • Variáveis 
Cineatropométricas - Composição corporal – Somatotipo - Proporcionalidade - Estado 
nutricional - Crescimento e desenvolvimento • Variáveis Metabólicas (cardiopulmonares) - 
Sistema energético aeróbico - Sistema energético anaeróbico alático - Sietama energético 
anaeróbico lático • Variáveis Neuromusculares - Força - Potência - Resistência muscular 
12 
 
localizada e flexibilidade • Variáveis Psicomotrizes - Velocidade - Coordenação - Ritmo - 
Agilidade - Equilíbrio - Descontração • Variáveis Técnicas - Biomecânica do movimento - 
Eficiência técnica • Variáveis Psíquicas – Ansiedade - Motivação - Inteligência - 
Personalidade 
 
Avaliar quem? Na área da ciência da motricidade humana o quem sempre será um homem 
que, pela sua situação atual, pode revelar diversas condições que, para o êxito do trabalho, 
devem ser consideradas. Há questões, nitidamente pessoais, que devem ser respondidas: se 
há atividade prévia ao teste que possa alterar a fisiologia normal; uso de medicamentos, 
álcool, fumo o outras drogas; hora e tipo da última alimentação; horas de sono normal e 
imediatamente anteriores ao teste, e outras. É fundamental, de início, saber se: - Esse 
homem apresenta ou não algum desvio da normalidade, capaz de interferir no seu agir, seja 
em que área este agir se posicione/ - Estamos diante de uma pessoa de vida ativa habitual? - 
De um sedentário? - De um paciente em recuperação de uma patologia? - De um portador 
de algum tipo de limite: sensorial, comportamental, motor, social, intelectual, cultural, ou 
de outro tipo? Com o objetivo de direcionar um trabalho mais coerente, Gomes (1995, p.6), 
realizou a seguinte analise do perfil do perfil das pessoas que praticam atividade física. 
Quanto aos motivos que o levaram a procurar a atividade física, aparece os seguintes: 
Social: muitos alunos inicialmente procuram a atividade, principalmente em academias, 
com a expectativa de um “saudável convívio social”. 
Moda: esta na moda ter corpos malhados e com o mínimo possível de gordura. 
Estético: é a busca incessante pelo corpo perfeito, valendo de tudo desde silicone, 
lipoaspiração, dietas malucas e que podem levar a estados patológicos como anorexia, 
câncer e etc. 
Lazer: muitas pessoas procuram a atividade física como um meio de ocupar o seu tempo 
livre de maneira a lhe proporcionar o tão almejado prazer. 
Clínicos: normalmente indicados pelos profissionais de saúde, enquadram-se aqui os 
portadores de vícios posturais e necessidades especiais e de reabilitação, cardíacos, 
hipertensos, diabéticos, obesos e etc. 
Preparação física: visando a melhora da condição física, neste grupo podemos definir dois 
trabalhos distintos a preparação física desportiva e o condicionamento físico para 
13 
 
sedentários. Quanto ao estado inicial de condicionamento físico, analisando o 
comportamento de indivíduos que nunca ou há muito tempo não praticam atividade física 
periodicamente, observamos que alguns deles, às vezes, podem apresentar um bom nível de 
aptidão inicial devido a sua carga genética. Portanto, para melhor compreensão, 
apresentaremos alguns aspectos que de alguma maneira, identificam um baixo nível de 
aptidão: - Baixa capacidade aeróbica (VO2MAX); - Força reduzida; - Amplitude articularreduzida (flexibilidade); - Baixo nível de coordenação. 
 
Avaliar com o que? Muitos são os fatores que irão interferir para realização de uma boa 
avaliação e o primeiro passo é fazer uma boa medida. Matsudo (1999) no CD-ROM Testes 
em ciências do esporte, lembrar alguns aspectos que ajudarão bastante nesse sentido. 
Segundo ele, para analisarmos o nível de aptidão física precisamos medir o maior número 
de suas variáveis, dentro de uma filosofia de trabalho que use: - Material não sofisticado - 
Técnicas não complexas - Métodos que possam ser aplicados a grandes grupos Entre os 
principais equipamentos utilizados na avaliação podemos citar: Esfignomanômetro e 
Estetoscópio, Balança, Estadiômetro, Fita Métrica, Paquímetro e Compasso de Dobras 
Cutâneas, Colchonete, Banco de Wells, Cronômetro, Freqüencímetro, Ergômetro (Campo, 
Banco, Bicicleta Ergométrica e Esteira Rolante), nos parece suficiente para uma avaliação 
funcional em uma academia, sabendo que se pode ainda utilizar outros instrumentos como a 
Maquina de Lactato, Bio-impedância e etc.. Os instrumentos de medida deverão merecer 
especial atenção quanto: 
Aquisição: devemos selecionar aquele equipamento que mais se ajuste às condições reais 
de trabalho. 
Manipulação: procuraremos conhecer o uso adequado do equipamento antes de iniciarmos 
a operação dos testes propriamente ditos, fato que dará melhor qualidade de medida e um 
menor tempo de execução. 
Calibração: todo instrumento de medida deverá ter sua calibração conferida antes do inicio 
dos testes. Lembre-se que uma simples balança mal calibrada poderá por todo seu trabalho 
por terra. 
Conservação: os equipamentos sempre significam um investimento financeiro e prolongar 
sua vida média de uso é um hábito que o avaliador deve cultivar. Assim, devemos ter 
14 
 
atenção com: limpeza adequada; o uso somente por pessoa habilitada ou sob supervisão; 
manutenção em local seguro, com boas condições de ventilação. 
 
Para que avaliar? (objetivos) Dentre os diversos tipos objetivos da avaliação da aptidão 
física, podemos citar: - Obter informações quanto ao estado inicial do indivíduo ao iniciar 
um programa de treinamento e ou condicionamento; - Determinar e acompanha o progresso 
do indivíduo; - Classificar e selecionar os indivíduos; - Impedir que a atividade física seja 
um fator de agressão; - Motivar no sentido de melhorar sua performance; - Manter padrões 
de performances e servir como feedback durante o processo de treinamento; - Experiência 
indivíduo/profissional e diretrizes para pesquisa; WEINECK (1999, p.44) distingue duas 
formas de avaliação: uma imediata e outra não-imediata. Segundo ele, a avaliação imediata 
examina os efeitos imediatos após cada sessão de treinamento. A avaliação não-imediata 
estuda os efeitos de um conjunto de sessões de treinamento, de um período de treinamento 
e seus efeitos globais. A correlação entre avaliação imediata (ou seja, de minúcias de uma 
sessão de treinamento) e a avaliação não-imediata (ou seja, de efeitos globais) é de grande 
importância, porque os efeitos de sessões isoladas não são tão observáveis como o são após 
algum tempo de treinamento. Os procedimentos de treinamento adotados são descritos 
objetivamente na documentação de treinamento (Carl em Rothig 1992). A avaliação 
imediata e a não-imediata do treinamento permitem esclarecer as seguintes questões: - Se 
os objetivos de uma sessão (ou bloco de sessões) de treinamento foram atingidos; - Se os 
objetivos correspondem ao potencial para desempenho do grupo ao qual se refere; - Se as 
condições locais foram utilizadas adequadamente para o treinamento; - Se os exercícios 
foram adequadamente escolhidos; - Se a abrangência e intensidade dos estímulos foram 
avaliadas corretamente; - Se o programa e o período planejados para o treinamento foram 
respeitados; - Se os métodos e o programa de uma sessão (ou bloco de sessões) de 
treinamento correspondem ao objetivo preestabelecido (adequação ao objetivo geral do 
treinamento); - Se a relação entre o estímulo e a recuperação foi adequadamente avaliada. 
 
Quando e onde avaliar? Este aspecto relaciona-se à questão espaço-temporal como: - 
Quais as condições que serão encontradas no local da avaliação? - De que instalações e 
equipamentos se dispõem? - Adequam-se à realidade do avaliado? - Quando será efetuada: 
15 
 
dia, hora? - Quanto tempo encontra-se disponível para um procedimento de avaliação? 
Condições adequadas para avaliação física: 
Dimensão: mínima 20m² e máxima 48 m², com decoração discreta e existência de um 
telefone e de uma pia. 
Luz: de boa qualidade. 
Som: o mínimo possível 
Temperatura: 21 a 24° C 
Condições climáticas: a umidade relativa do ar, com valores oscilando entre 40 e 60%. - 
Condições do solo: é importante que o piso seja firme, antiderrapante, sem desníveis ou 
imperfeições. 
Segurança: o procedimento de segurança habitual inclui a presença de pelo menos dois 
avaliadores, sendo, preferencialmente, um deles médico e de equipamentos de emergência 
que deveram estar guardados em local discreto, para não assustar o avaliado. Dentre os 
equipamentos médicos podemos citar: luvas, gaze, algodão e materiais convencionais para 
curativos, soluções glicosadas, soluções de eletrólitos, analgésicos, antitérmicos e etc. 
Trânsito de pessoal: é importante que durante a avaliação evitar o transito de pessoas no 
local. Alguns testes, como o cicloergométrico em bicicleta eletromagnética, exigirão a 
presença de rede elétrica. Por outro lado, quando possível a medida de pressão atmosférica 
e umidade relativa do ar é uma prática recomendável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3 CINEANTROPOMETRIA 
 
 3.1 CONCEITO - É uma área científica emergente que estuda a forma, dimensão, 
proporção, composição, maturação e o desenvolvimento do corpo na ontogênese humana 
em relação ao crescimento, ao desporto, à atividade física e à nutrição. 
Origem da palavra - Este neologismo deriva-se da língua grega. Onde KINES significa 
movimento. ANTROPHO genericamente identifica o homem, e metry é traduzido por 
medida. 
 
3.2 IMPORTÂNCIA DA CINEANTROPOMETRIA EM EDUCAÇÃO FÍSICA. 
 A ciência evolui quando os fenômenos estudados podem ser medidos. Ao se realizar um 
trabalho físico, aspectos importantes como a altura, peso, batimentos cardíacos só terão 
valor se puderem ser medidos, para que possamos analisar, comparar, construir tabelas, etc. 
Só pode haver ciência quando se pode medir os fenômenos. Em educação física, os 
exercícios aplicados só produzem efeitos benéficos quando bem dosados em qualidade e 
em quantidade. 
3.3 OBJETIVOS PRINCIPAIS DO TRABALHO CINEANTROPOMÉTRICO EM 
EDUCAÇÃO FÍSICA. 
• Determinar a condição física do indivíduo. 
• Determinar o valor físico do indivíduo. 
• Detectar assimetrias de forma. 
• Detectar deficiências físicas 
• Determinar o tipo constitucional. 
• Dosagem dos exercícios e avaliação dos resultados. 
 
3.4 CIÊNCIAS AFINS À CINEANTROPOMETRIA 
 Anatomia, Fisiologia, Psicologia, Bioquímica, Matemática, Estatística. 
17 
 
 
3.5 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA CINENTROPOMETRIA 
Antropômetro de Martin - Medidas no sentido vertical. 
Compasso de BarrasRRAS - Diâmetros 
Compasso de Corrediça - Medidas pequenas 
Compasso de Pontas Rombas - Diâmetros 
Fita Métrica - Perímetros 
Balança - Peso 
Compasso de Lange - Dobras cutâneas 
 
4 PONTOS ANTROPOMÉTRICOS 
4.1 PONTOS DE REFERÊNCIA ANTROPOMÉTRICOS 
 
Pontos de referência antropométricos, são pontos ósseos (acidentes ósseos) 
identificáveis, os quais geralmente estão próximos a superfície corporal e são as marcas 
que irãoidentificar a exata localização dos pontos de mensuração. 
 
4.2 TÉCNICA PADRÃO PARA A LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE 
REFERÊNCIA ANTROPOMÉTRICOS: 
 
• Os pontos são localizados com os dedos indicador e polegar. 
• Após localizar, exatamente o ponto, os dedos são retirados, a fim de evitar 
distorções na pele, sendo localizado novamente e marcado com a ponta fina da 
caneta ou lápis dermográfico. 
• A marca, é então, checada novamente, para garantir a exata localização do 
ponto. 
• Todos os pontos devem ser localizados e marcados, antes de se realizar qualquer 
medida. 
18 
 
• cuidado com o desconforto gerado 
� cuidado com a movimentação da pele 
� seguir a literatura 
 
 
19 
 
 
 
 
 
20 
 
4.3 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS ANTROPOMÉTRICOS 
 
ACROMIAL 
 
Definição: 
É o ponto superior e lateral da borda do processo acromial, na distância média 
entre as bordas do feixe anterior e posterior do músculo Deltóide, quando visto de lado. 
Protocolo: 
O avaliador deve se posicionar por trás e do lado direito do avaliado e apalpar ao 
longo da espinha da escápula até a ponta do processo acromial. Aplique a ponta de uma 
caneta ao bordo lateral do processo acromial para confirmar a localização do ponto. 
 
 
RADIAL 
Definição: 
É o ponto proximal e lateral da borda da cabeça do rádio. 
Protocolo: 
O avaliador deve apalpar, no sentido de cima para baixo na direção do dimple 
lateral do cotovelo direito. Deve ser possível sentir o espaço entre o capitulum do úmero 
21 
 
e a cabeça do rádio. Pode-se fazer uma pequena rotação do antebraço para que haja uma 
rotação da cabeça do rádio e poder perceber melhor 
 a localização exata do ponto. 
 
 
 
 
MESO-UMERAL 
Definição: 
É o ponto eqüidistante (médio) entre os pontos acromial e radial. 
Protocolo: 
O avaliador deve medir a distância entre os pontos acromial e radial, estando o 
avaliado com o braço relaxado e ao longo do corpo. O avaliador deve realizar uma 
pequena marca horizontal ao nível do ponto médio entre estes dois pontos, projetando 
esta marca nas faces posterior e anterior ao redor do braço. 
22 
 
 
 
 
ESTILÓIDE RADIAL 
 
Definição: 
É o ponto mais distal na margem lateral da região inferior da cabeça do processo 
estilóide do rádio. 
Protocolo: 
O avaliador, usando o dedo polegar, irá apalpar o espaço triangular identificado 
pelos tendões dos músculos do punho. Uma vez localizado este ponto, o avaliador irá 
apalpar o espaço entre o ponto distal do processo estilóide radial e o ponto mais 
proximal do primeiro metacarpo, para identificar com exatidão o processo estilóide 
radial. 
 
 
23 
 
 
 
MESO-ESTILÓIDE 
 
Definição: 
É o ponto médio, na face anterior do punho, ao nível do processo estilóide radial 
e ulnar. 
Protocolo: 
Com uma fita alinhada ao nível dos pontos estilóide radial e ulnar, é desenhada 
uma linha horizontal perto do ponto meso-estilóide. Uma linha vertical é desenhada, 
exatamente sobre o ponto meso-estilóide, fazendo uma interseção com a linha 
horizontal. 
 
 
DACTILÓIDE 
Definição: 
É o ponto mais distal do dedo médio da mão, quando o braço se encontra 
estendido ao longo do corpo e as mãos estendidas também. 
Protocolo: 
24 
 
Não há necessidade de se fazer marcações. As unhas não devem ser consideradas 
como ponto de referência. 
 
XIFOIDAL (XIPHOIDALE) 
Definição: 
É o ponto mais inferior do processo xifóide, no plano medial. 
Protocolo: 
O avaliador deve apalpar, com o dedo indicador, o esterno em direção a parte 
inferior, até sentir uma depressão, perto do músculo diafragma. O avaliador deve proceder 
com cuidado, pois é uma região muito sensível devido à cartilagem do processo xifóide. 
 
AXILAR MÉDIO (ILIO-AXILLA LINE) 
Definição: 
É uma linha imaginária vertical, a partir do ponto médio da axila até o bordo 
superior e lateral da crista ilíaca. 
Protocolo: 
O avaliador deve localizar o ponto mais superior e lateral da crista ilíaca com a mão 
direita, estando o avaliado com o braço levemente afastado, de modo que não altere a 
tensão na pele, e o ponto médio da axila A mão esquerda é usada para equilibrar o corpo do 
avaliado. A linha imaginária vertical é a interseção deste dois pontos. 
 
SUBESCAPULAR 
Definição: 
É o ponto mais distal do ângulo inferior da escápula, no seu bordo medial. 
Protocolo: 
 
O avaliador irá apalpar o ângulo inferior da escápula com o dedo polegar 
esquerdo. Caso haja dificuldade em localizar o ângulo inferior da escápula, o ava
deve, lentamente, tentar alcançar a região lombar da coluna vertebral com o braço 
direito. O avaliador deve, então, localizar o ponto e manter contato com a área enquanto 
o avaliado retorna com o braço para a posição correta, ou seja, braços estendid
longo do corpo. 
 
MESO-ESTERNAL 
Definição: 
É o ponto de interseção dos planos mesosagital e horizontal, no esterno, ao nível do 
4º espaço da articulação condro
Protocolo: 
Com o dedo polegar, o avaliador deverá apalpar a parte superior da clavícula e 
desliza-lo até o primeiro espaço intercostal, que se encontra entre a primeira e segunda 
costela. O dedo polegar é trocado pelo dedo indicador e o procedimento é repetido até o 
espaço intercostal. O avaliador deve, então, desenhar uma linha horizontal que irá 
interceder com o plano mesosagital, no esterno.
O avaliador irá apalpar o ângulo inferior da escápula com o dedo polegar 
esquerdo. Caso haja dificuldade em localizar o ângulo inferior da escápula, o ava
deve, lentamente, tentar alcançar a região lombar da coluna vertebral com o braço 
direito. O avaliador deve, então, localizar o ponto e manter contato com a área enquanto 
o avaliado retorna com o braço para a posição correta, ou seja, braços estendid
 
 
É o ponto de interseção dos planos mesosagital e horizontal, no esterno, ao nível do 
4º espaço da articulação condro-esternal (intercostal). 
Com o dedo polegar, o avaliador deverá apalpar a parte superior da clavícula e 
lo até o primeiro espaço intercostal, que se encontra entre a primeira e segunda 
costela. O dedo polegar é trocado pelo dedo indicador e o procedimento é repetido até o 
espaço intercostal. O avaliador deve, então, desenhar uma linha horizontal que irá 
interceder com o plano mesosagital, no esterno. 
25 
O avaliador irá apalpar o ângulo inferior da escápula com o dedo polegar 
esquerdo. Caso haja dificuldade em localizar o ângulo inferior da escápula, o avaliado 
deve, lentamente, tentar alcançar a região lombar da coluna vertebral com o braço 
direito. O avaliador deve, então, localizar o ponto e manter contato com a área enquanto 
o avaliado retorna com o braço para a posição correta, ou seja, braços estendidos ao 
É o ponto de interseção dos planos mesosagital e horizontal, no esterno, ao nível do 
Com o dedo polegar, o avaliador deverá apalpar a parte superior da clavícula e 
lo até o primeiro espaço intercostal, que se encontra entre a primeira e segunda 
costela. O dedo polegar é trocado pelo dedo indicador e o procedimento é repetido até o 4º 
espaço intercostal. O avaliador deve, então, desenhar uma linha horizontal que irá 
26 
 
 
 
ÍLEOCRISTAL 
Definição: 
É o ponto mais superior da crista ilíaca no plano frontal, seguindo a linha axilar 
média. 
Protocolo: 
O avaliador deve localizar o ponto mais superior e lateral da crista ilíaca com a mão 
direita, estando o avaliado como braço levemente afastado, de modo que não altere a 
tensão na pele. A mão esquerda é usada para equilibrar o corpo do avaliado, enquanto se 
localiza o ponto mencionado anteriormente. O ponto é marcado na interseção do ponto 
mais superior e lateral da crista ilíaca com a linha axilar média 
 
 
 
27 
 
 
ÍLEO-ESPINHAL 
Definição: 
É o ponto mais inferior do ponto ântero-superior da espinha ilíaca. 
Protocolo: 
O avaliador deve apalpar a superfície superior do osso ilíaco e seguir anteriormente 
e inferiormente ao longo da crista ilíaca até a maior proeminência do osso ilíaco começar a 
seguir uma direção posterior. A marcação, então é feita, na margem mais inferior que o 
avaliador pode sentir. Caso haja dificuldade na localização, o avaliado poderá elevar o pé 
direito e executar uma pequena rotação 
do fêmur 
. 
 
TROCANTÉRIO 
Definição: É o ponto mais superior do trocanter maior do fêmur. 
Protocolo: O avaliador deve se posicionar por trás do avaliado e irá apalpar com a palma 
da mão direita, em forma de concha, a parte lateral da região glútea, enquanto que a mão 
esquerda tentará manter o quadril equilibrado. Após a localização do trocanter maior, o 
avaliador deve apalpar a região com o dedo indicador e médio a fim de encontrar a borda 
mais superior do trocanter maior. Em indivíduos que apresentam muita quantidade de 
gordura ou de músculos nesta região, o avaliador poderá pedir ao avaliado, que este, 
28 
 
movimente a perna direita,realizando adução e abdução a fim de que possa perceber a 
localização do trocanter maior do fêmur. 
 
 
TIBIAL MEDIAL 
Definição: 
É o ponto mais superior da borda medial da cabeça da tíbia. 
Protocolo: 
O avaliado deve estar sentado, com o tornozelo direito apoiado no joelho esquerdo 
(perna cruzada), de modo que a região medial da perna fique livre, permitindo o acesso do 
avaliador. A marcação deve ser feita no bordo medial da tuberosidade da tíbia. Nesta 
posição o avaliador não encontrará dificuldade de localizar o ponto, sendo bem visível. 
 
 
 
29 
 
 
 
TIBIAL LATERAL 
Definição: 
É o ponto mais superior do bordo lateral da cabeça da tíbia. 
Protocolo: 
O avaliador deve localizar o espaço entre o côndilo femural e a cabeça da tíbia, 
pressionando com o dedo polegar. Pode-se pedir ao avaliado que faça uma flexão e 
extensão do joelho várias vezes, a fim de perceber este espaço. O ponto é identificado no 
bordo lateral da cabeça da tíbia. 
 
 
MALEOLAR TIBIAL OU MEDIAL 
Definição: 
É o ponto mais distal do maléolo medial da tíbia. 
Protocolo: 
O avaliador pode localizar visualmente, fazendo a marcação no ponto mais distal do 
maléolo medial da tíbia. É marcado com o avaliado sentado e com o pé correspondente à 
medida apoiado em uma caixa. 
 
30 
 
 
 
 
 
5 COMPRIMENTO DOS MEMBROS E SEGMENTOS 
Membro superior – Comprimento total: É a distância entre o acromial e o dactilium 
Comprimento do braço – É a distância entre o acromial e o radial 
Comprimento do ante braço – É a distância entre o radial e o stylion 
Comprimento da mão – É a distância entre o stylion e o dactilium 
Comprimento do membro inferior – É a distância entre o ponto trocanterion e a planta 
dos pés 
Comprimento da coxa – É a distância entre o ponto trocanterion e o tibial 
Comprimento da perna – É a distância entre o ponto tibial e o maleolar 
 
 6 ANTROPOMETRIA 
 
6.1 Conceito - Segundo Marins & Giannchi (2003, p. 35) a antropometria representa um 
importante recurso de assessoramento para uma analise completa de um indivíduo, seja ele 
atleta ou não, pois oferece informações ligadas ao crescimento, desenvolvimento e 
envelhecimento, sendo por isso crucial na avaliação do estado físico e no controle de 
diversas variáveis que estão envolvidas durante uma prescrição de treinamento. 
 
6.2 Histórico -De acordo com Petroski (1995, p.81) a antropometria tem sua origem não na 
medicina, nem na biologia, mas nas artes, embuídas da sua filosofia pitagórica, da 
31 
 
assimetria e da harmonia. A história da antropometria inicia na antiga civilização da Índia, 
Egito e Grécia, com uso de dimensões de certas partes do corpo como o primeiro padrão de 
medida, na tentativa de estabelecer o perfil das proporções do corpo humano. 
Segundo HITCHOCK (1886) apud KRAKOWER (1937), os matemáticos e artistas da 
Índia e Egito entendiam que se deveria adotar alguma parte do corpo do corpo (os egípcios 
antigos, adotavam o dedo médio, os gregos a altura da cabeça), como referência ou a 
dimensão padrão para todas as partes. Um tratado chamado “Silpi Sastri”, da antiga 
civilização da Índia, analisou um corpo dividido-o em 480 partes. 
No Egito, entre os séculos XXXV e XXII a.C., a unidade de medida foi o cumprimento do 
dedo médio do sacerdote ou o então chamado dedo de saturno (KROKOWER, 1937). De 
acordo com este critério a estatura de um homem adulto bem formado deveria ser 19 vezes 
esta medida. Os gregos, porém, usavam como critério, a altura da cabeça que dividia a 
estatura em oito vezes. O povo grego possivelmente tenha sido o primeiro povo a cultuar a 
forma corporal como sinônimo de beleza, estética e saúde; seus deuses eram figuras 
compostas por formas que eram consideradas perfeitas. 
QUETELET (1786-1874), considerado o pai da antropometria, é creditado como tendo 
descoberto a ciência e divulgado o termo Antropometria. Ele descobriu que a teoria da 
curva de Gauss podia ser aplicada nos modelos estatísticos para a análise dos fenômenos 
biológicos, principalmente em medidas antropométricas. Em 1835, Quelet publicou o 
trabalho “Man and the Development of his Faculties”, ou “An Essay Upon social Physics”, 
em quatro volumes, sendo que os dois primeiros são dedicados as qualidades físicas do 
homem (KROKOWER, 1937). 
O termo Antropometria parece ter sido usado pela primeira vez no seu sentido 
contemporâneo, em 1659, na tese de graduação do alemão ELSHATZ. Seu estudo, 
“Antropometria - da mútua proporção dos membros do corpo humano: questões atuais de 
harmonia” eram inspiradas nas leituras de Pitágoras e Platão, e da filosofia médica de sua 
época. O avanço da antropometria aconteceu no final do século XIX, com a definição dos 
pontos anatômicos, os quais foram estudados, discutidos e padronizados, para realizar as 
medidas antropométricas. Em 1906, no I Congresso Internacional de Antropologia, 38 
dimensões de cadáveres e 19 medidas da cabeça e face foram padronizadas. Já, por ocasião 
32 
 
da realização do II Congresso Internacional, em 1912, foram padronizadas medidas do 
corpo humano vivo (PEREIRA NETO, 1992). 
 
7 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
 
7.1 Definição – Fernandes Filho (2003, p.33) define antropometria como: 
 
“a ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as proporções do 
corpo humano, através de medidas de rápida e fácil realização, não 
necessitando equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro”. 
 
Costa (1999) diz que, através de medidas antropométricas é possível fazer o 
acompanhamento de crescimento morfológico, bem como de alterações de medidas 
corporais decorrentes da prática de exercícios físicos e dietas, proporcionando dados de 
grande valia para os profissionais da área da saúde. 
Este acompanhamento pode ser realizado simplesmente pela observação da alteração das 
medidas em valores absolutos ou através da utilização das mesmas em modelos 
matemáticos que têm a finalidade de estimar as quantidades dos diferentes componentes 
corporais: massa muscular, massa óssea, massa gorda e massa residual. 
A grande vantagem das medidas antropométricas reside no fato que as mesmas podemser 
utilizadas em estudos com grandes amostras populacionais, que podem proporcionar 
estimativas nacionais e dados para análise de mudanças seculares. 
7.2 Classificação – Pode-se classificar as principais medidas antropométricas utilizadas em 
Educação Física em: 
 
• Medidas lineares: que incluem as medidas de caráter longitudinais (alturas e 
comprimentos) e transversais (diâmetros). 
• Medidas de circunferência ou perímetros: 
33 
 
• Medidas de dobras cutâneas; 
• Medidas de composição corporal; 
• Índices antropométricos; 
• Medidas somatotipologicas. 
 
7.3 Recomendações - Marins & GiannichiI (op. cit) apresentam algumas recomendações 
gerais sobre antropométria: 
- Antes da coleta de dados é sempre interessante que o avaliador tenha 
conhecimento sobre as razões e objetivos da medição; 
- Procure realizar a coleta de dados em um local de uso exclusivo do avaliador e 
do avaliado; 
- O avaliado deverá receber, com antecedência, um formulário com as 
orientações sobre o tipo de roupa adequada para esta avaliação; 
- Deve-se ter total atenção quanto a questão da calibração periódica dos 
instrumentos; 
- O registro de dados antropométricos deverá seguir sempre o lado direito do 
avaliado, mesmo no caso em que este lado não corresponda ao lado 
dominante do avaliado; 
- Recomenda-se a marcação dos pontos anatômicos de referência, com lápis 
dermográfico antes do registro dos dados; 
- Observar a postura do avaliado, que deverá ser compatível com o 
procedimento de registro do dado; 
- É interessante que o avaliador mantenha certa distância do avaliado, evitando, 
assim, situações constrangedoras; 
- Um auxiliar colaborando com o registro dos dados aumenta a velocidade da 
coleta; 
- Em um trabalho longitudinal é importante reproduzir o mesmo método e 
protocolo em todas as provas, permitindo, assim, uma comparação 
adequada entre os resultados. Sempre que for possível também se 
recomenda que a coleta de dados seja feita pelo mesmo avaliador. 
 
34 
 
 7.4 Medidas lineares - Podem ser subdivididas em longitudinais e transversais. As 
medidas longitudinais correspondem às medidas de alturas e comprimentos e as medidas 
transversais, também conhecidas como diâmetros, são medidas de largura ou profundidade 
entre dois pontos, usadas para mensurar o crescimento e o desenvolvimento ósseo. 
 Estatura ou Altura - O estudo da altura é muito importante porque esta medida se relaciona 
com quase todas as medidas somáticas, além de ser importante para estudos biotipológicos 
e raciais. Atletas de grandes alturas são mais indicados para esportes como corrida de meio 
fundo, natação, salto em altura e à distância e ciclismo; esportes como corrida de 
velocidade e boxe são apropriados para indivíduos de altura média, enquanto corridas de 
fundo, luta livre e arremesso de peso, por exemplo, são indicados para indivíduos de 
pequena altura. 
A altura varia fisiologicamente de acordo com os seguintes fatores: posição do corpo, hora 
do dia, fase da vida e evolução da espécie. A medida da altura na posição em pé pode 
deferir em até 3 cm da medida na posição deitada. 
A ação da gravidade, o peso do corpo e o achatamento dos discos intervertebrais são os 
responsáveis por este fenômeno. No decorrer das 24 horas do dia, a altura varia em média 
2,5 cm em média. 
Em conseqüência, deve-se usar o termo altura ou estatura para definir a medida 
longitudinal, obtida na posição em pé, quando se mede o indivíduo na posição deitada, fala-
se em distância ou comprimento. Esta posição é utilizada para medir crianças até 3 anos. 
Após os três anos, a criança cresce em média 6 cm por ano. Observa-se que os meninos 
crescem sempre mais que as meninas, na mesma raça. Na puberdade, porém, as meninas 
crescem mais que os meninos e na idade adulta estes recuperam e ultrapassam aquelas, em 
altura. Na idade adulta, a média de altura é de 130 a 199 cm. A mulher tem geralmente 10 
cm, em média, menos que o homem, de mesma idade. 
Durante a vida, a altura passa por uma fase em que há uma elevação dos valores e que vai 
do nascimento até os 25 anos aproximadamente. A seguir, os valores se mantém até os 50 
anos, quando começam a diminuir devido a processos que afetam os discos intervertebrais. 
 
35 
 
7.4.1 Altura 
Definição - A altura ou estatura é a medida da distância em linha reta entre dois planos, um 
tangente à planta dos pés e outro tangente ao ponto mais alto da cabeça (ponto vértex), 
estando o indivíduo em pé, na posição fundamental, com o corpo o mais alongado possível 
e a cabeça posicionada com o plano de FRANKFURT. 
 
Figura 1- Altura 
Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. 
 
 Material - O instrumento que se utiliza para medir a altura é o estadiômetro, este 
equipamento consiste de uma prancha de madeira, ferro ou plástico vertical, presa a uma 
base horizontal, formando um ângulo de 90 graus, a esta prancha, fixa-se uma trena, cuja 
sua leitura é de ordem de 1mm, possuindo uma escala de medida vertical, instalada a partir 
de uma base lisa e rígida, com um plano horizontal adaptado, para a execução das medidas, 
utiliza-se um cursor ou esquadro, que deve formar um ângulo de 90 graus entre a escala do 
estadiômetro e o vértex do avaliado. Comumente, as balanças clínicas já apresentam um 
estadiômetro, porém, a utilização de uma peça individualizada é vantajosa, pois com esta, 
podemos medir indivíduos com valores extremos de estatura, com maior precisão. 
 
 
36 
 
 
 
Figura 2 Altura ou estatura. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa 
 
Protocolo - O avaliado deve estar na posição ortostática (em pé), pés unidos, procurando 
pôr em contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, 
cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A medida é feita com o indivíduo em 
apnéia inspiratória, de modo a minimizar possíveis variações sobre esta variável 
antropométrica. A cabeça deve estar orientada no plano de Frankfurt, paralela ao solo. A 
Medida será feita com o cursor em ângulo de 90 graus em relação à escala. Permite-se ao 
avaliado usar calção e camiseta, exigindo-se que esteja descalço. São feitas três medidas 
considerando-se a média como valor real da altura. 
Cuidados durante as medidas das alturas 
Ao efetuar as medidas de altura, determinados cuidados devem ser levados em 
consideração, para diminuir a margem de erros. Os principais cuidados são: 
1) O avaliador deve preferivelmente se posicionar à direita do avaliado. 
37 
 
2) Devemos registrar a hora em que foi feita a medida, sendo que em trabalhos 
longitudinais devemos procurar efetuar as medidas em um mesmo horário 
ou período do dia. 
3) Evitar que o indivíduo se encolha quando o cursor tocar sua cabeça. 
4) Observar que entre as medidas o avaliado troque de posição no instrumento 
de medida. 
7.4.2 Altura total 
Definição - É à distância do ponto dactylion até a região plantar, estando o avaliado com o 
membro superior direito na vertical elevado a 180°, por sobre a cabeça e com o cotovelo 
estendido. 
 
 
 
 
Figura 3 Altura total. 
Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. 
 
 Material - Uma tábua, 30 centímetros de largura por 2 metros de comprimento, graduada 
em centímetros e milímetros e fixada a partir de 2 metros de altura. Para crianças a tabua 
deve ser fixada, a partir de 1 metro de altura, pó de giz ou magnésio, 1 cadeira (45 cm) e 
material para anotação. 
38 
 
Procedimento - O avaliado deve sujar as pontas dos dedos com giz ou pó de magnésio, 
posicionar-sede pé, lateralmente à superfície graduada, e com braço estendido acima da 
cabeça, o mais alto possível, tocar na tábua próxima a graduação. 
 
7.4.3 Envergadura 
Definição - É a distancia entre o dactylion (dedo médio) direito e o esquerdo. 
Material - Fita métrica graduada em centímetros, fixada em uma parede lisa. 
Protocolo - Medir a distancia do dactylion direito ao esquerdo, com o avaliado em pé e os 
braços em abdução de 90° com o tronco; os cotovelos devem estar estendidos e os 
antebraços supinados. Deverão ser feitas três medidas, considerando-se a média das 
mesmas. 
Precauções: 
- O avaliado deverá estar em pé; 
- Braços supinados e mãos espalmadas com os dedos unidos; 
- A Medida será feita com o avaliado em apnéia insiratória. 
 
7.5 Medidas transversais ou diâmetros 
Definição - São medidas biométricas, realizadas em projeção entre dois pontos 
considerados, que podem ser simétricos ou não, situados em planos geralmente 
perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. As medidas podem ser realizadas em ambos 
os lados do corpo, mas quando o fator tempo para aplicação for considerado, o lado direito 
deverá ser o escolhido por convenção internacional. 
Entre os principais tipos de antropômetros podemos citar: o Paquímetro Ósseo, o Compasso 
de Pontas Rombas e o Antropômetro de Delizamento. 
 
39 
 
Paquímetro ósseo 
 
Figura 4 Paquímetro ou antropômetro. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
É o aparelho usado para medir pequenos perímetros ósseos como: Biestilóide do Punho, 
Biepicondiliano do Úmero e Biepicondiliano do Fêmur. É importante que as hastes dos 
aparelhos sejam longos o suficiente para permitir a medida sem limitação de acesso aos 
pontos anatômicos. 
Compasso de pontas rombas - É um aparelho utilizado para a medida dos diâmetros do 
tronco. 
 
 
Figura 5 Compasso de pontas rombas. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
Antropômetro de delizamento - É utilizado para a medida dos diâmetros do tronco, além de 
também poder ser utilizado para medidas de comprimento. 
 
40 
 
 
Figura 6 Antropômetro de delizamento. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
Precauções - Entre as principais precauções podemos citar que: 
- O antropômetro não deve ficar frouxo, nem fazer pressão excessiva; 
- O resultado é dado em cm com precisão de 0.1 cm. 
 
Locais padronizados para medições de diâmetros: 
As principais medidas transversais usadas na avaliação da composição corporal são: 
- Diâmetro Biestilóide do Punho; 
- Diâmetro Biepicondiliano do Úmero; 
- Diâmetro Biespicondiliano do Fêmur; 
- Diâmetro Biacromial; 
- Diâmetro Torácico Transverso; 
Diâmetro biestilóide rádio-ulnar do punho 
 
Figura 7 Diâmetro biestilóide do punho. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
• Objetivo: determinar a distância entre os processos estilóides do rádio e da 
ulna. 
41 
 
• Procedimento: o cotovelo do avaliado é estendido em supinação com o punho 
em flexão dorsal. 
 Diâmetro biepicôndiliano umeral (cotovelo) 
 
 
 
Figura 8 Diâmetro biepicôndiliano do úmero. 
Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. 
 
 Objetivo: determinar a distância entre as bordas externas dos epicôndilos medial e lateral 
do úmero. 
Procedimento: o avaliado deve estar em pé com o cotovelo e ombro em flexão a 90 graus. 
As hastes do paquímetro devem estar a 45 graus em relação à articulação do cotovelo. O 
avaliador deve posicionar-se à frente do avaliado, devendo delimitar o diâmetro bi 
epicondilar com auxilio dos dedos médios enquanto os indicadores controlam as hastes do 
paquímetro. 
 
Precauções: 
 1) Ao se medir o diâmetro o aparelho não deve ficar frouxo nem fazer 
pressão excessiva. 
 2) Observar a colocação do aparelho em relação ao diâmetro a ser medido. 
42 
 
 
 
Figura 9 Diâmetro biepicôndiliano do fêmur. 
Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. 
 
Objetivo: determinar a distância entre as bordas externas dos côndilos medial e lateral do 
fêmur. 
Procedimento: o avaliado deve estar sentado com a perna e a coxa formando um ângulo de 
90 graus e os pés livres. As hastes do paquímetro são ajustados à altura dos côndilos em um 
ângulo de 45 graus em relação a articulação do joelho, os côndilos são delimitados pelos 
dedos médios, enquanto os indicadores controlam as hastes do paquímetro. 
Precauções: ao se medir, o aparelho não deve ficar frouxo nem fazer pressão excessiva. 
Observar a colocação do aparelho em relação ao diâmetro a ser medido. 
 Diâmetro biacromial - É à distância das bordas súpero-lateral dos acrômios direito e 
esquerdo, estando a avaliado em pé, na posição anatômica, pois com o indivíduo sentado há 
interferência na postura requerida para a medida. Preferencialmente o avaliador deve 
posicionar-se atrás do avaliado para a execução da medida. 
 
43 
 
 
Figura 10 Diâmetro biacromial . 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
 Diâmetro torácico transverso - A medida é realizada com o avaliado em pé, com abdução 
de membros superiores, a fim de permitir a introdução do aparelho, na altura da sexta 
costela, sobre a linha axilar medial. 
 
 
 
Figura 11 Diâmetro torácico transverso. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
7.6 Medidas de circunferência ou perímetro 
Definição - As medidas antropométricas de circunferência correspondem aos chamados 
perímetros que podem ser definidos como perímetro máximo de um segmento corporal 
quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo. 
 Material 
 
 
Figura 12 Fita métrica metálica flexível. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
Para medir circunferências, usa-se uma fita métrica antropométrica, que deve ser feita de 
um material flexível (de preferência metálica), que não se estique com o uso com precisão 
de 0,1 cm. 
Precauções - Antes de iniciarmos a descrição das medidas antropométricas é importante 
citar algumas precauções como: 
1) Medir sempre sobre a pele nua. 
2) Nunca utilizar uma fita elástica ou de baixa flexibilidade. 
3) Cuidado com a compressão exagerada, colocar a fita levemente na maior 
circunferência. 
4) Não deixar o dedo entre a fita e a pele. 
5) São feitas três medidas calculando-se a média. 
6) Não utilizar fita muito larga 
7) Recomenda-se marcar o ponto da medida com caneta, pois auxiliará no 
momento da medida de dobra cutânea de panturrilha medial. 
8) Para algumas circunferências (ex.: ombro, peitoral, cintura, abdômen e 
quadril) a fita deve ser alinhada com o plano horizontal; 
45 
 
9) A precisão das circunferências devem ser de: (a) 1cm para ombro, peito, 
abdômen, cintura e quadril; (b) 0,5cm para coxa e (c) 0,2cm para perna, 
tornozelo, pulso, braço e antebraço. 
Locais padronizados para medições de circunferências 
 Pescoço - A medida é realizada com o avaliado sentado ou em pé, desde que esteja com a 
coluna ereta e a cabeça no plano horizontal de Frankfurt. A trena deve ser aplicada na 
menor circunferência do pescoço logo acima da proeminência laríngea (pomo de Adão). 
 
Figura 13 Medidas da circunferência do pescoço. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
Ombros - A medida é realizada com o avaliado em posição ortostática,posicionado a trena 
na maior saliência do deltóide abaixo de cada acrômio. A leitura da medida deve ser 
realizada após uma expiração normal. 
 
Figura 14 Medida da circunferência dos ombros. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
Tórax - O perímetro torácico pode ser medido em três pontos de referência. A nível 
mesoesternal ou longo abaixo da axila, ao nível da prega axilar, na altura dos mamilos, ou a 
nível do ponto xifoidal do esterno. 
46 
 
 
 
 
 
 Figura 15 medida da circunferência do tórax. 
 Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto 
Fernandes da Costa. 
 
Cintura - Parte mais estreita do tronco, no nível da cintura “natural” entre as costelas e a 
crista ilíaca. Tomada em um plano horizontal ao redor da cintura no nível da parte mais 
estreita do tronco. 
 
 
Figura 16 Medida da circunferência da cintura. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof. Roberto Fernandes da Costa. 
47 
 
Abdome - A medida é realizada no plano horizontal na protuberância anterior máxima do 
abdome, usualmente no nível da cicatriz umbilical, com avaliado em pé em posição 
ortostática. 
 
 
Figura 17 Medida da circunferência do abdome. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
Quadril - Extensão posterior máxima dos glúteos. Tomada ao nível dos pontos trocantéricos 
direito e esquerdo. Deve ser realizada paralelamente ao solo, estando o avaliado com os pés 
unidos. 
 
 
Figura 18 Medida da circunferência do quadril. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
48 
 
 
Braço relaxado - A medida do perímetro braquial relaxado pode ser realizada de três formas 
diferentes, na primeira a medida é tomada na área de maior circunferência, estando o braço 
posicionado no plano horizontal e cotovelo em extensão. Na segunda o avaliado fica com o 
braço relaxado e ao longo do corpo e a medida é realizada no ponto de maior perímetro 
aparente e a terceira, o avaliado deve ficar com a articulação do cotovelo a 90 graus, no 
plano sagital, e com o braço relaxado. 
 
 
 Figura 19 Medida da circunferência do braço relaxado. 
 Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da 
Costa. 
 Braço contraído - Medida tomada na área de maior circunferência com o braço 
posicionado no plano horizontal e antebraço fletido em supino num ângulo de 90°. Neste 
caso podemos utilizar o braço oposto para trazer oposições à contração. 
 
 
Figura 20 Medida da circunferência do braço contraído. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
49 
 
 Antebraço - Tomada no plano perpendicular ao eixo longo do antebraço, ponto de maior 
circunferência, devendo o cotovelo estar em extensão. 
 
Figura 21 medida da circunferência do antebraço. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
 
 Punho - É a circunferência medida transversalmente sobre os processos estilóides do rádio 
e da ulna. 
Figura 22 Medida da circunferência do punho. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof. Roberto Fernandes da Costa. 
 
 Coxa glútea - Tomada no plano horizontal abaixo da dobra glútea, estando o peso corporal 
igualmente distribuído nos membros. 
 
 
Figura 23 Medida da circunferência da coxa glútea. 
50 
 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof. Roberto Fernandes da Costa. 
Coxa medial - Para tomar esta medida circunda-se a fita no plano paralelo ao solo, na 
metade da distância entre a língua inguinal e a borda superior da patela. 
 
Figura 24 Medida da circunferência da coxa medial. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof. Roberto Fernandes da Costa. 
 
Perna - Tomada no plano horizontal, na área de maior circunferência da panturrilha, 
estando o peso corporal igualmente distribuído nos membros inferiores. 
 
 
Figura 25 Medida da circunferência da perna. 
Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. 
Tornozelo - O avaliado deverá estar em pé, de frente para o avaliador, com os pés 
ligeiramente afastados, distribuindo o peso do corpo em ambas as pernas. Circundar a fita 
no plano paralelo ao solo ao nível dos pontos sphyrions tibiale e fibulare. 
 
Figura 26 Medida da circunferência do tornozelo. 
Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 
51 
 
 
 
8 ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS DE SAÚDE (MODELOS PREDITORES DE 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES) 
 
 Pesquisas indicam que a maneira pela qual a gordura está distribuída pelo corpo, 
é mais importante que a gordura corporal total, na determinação do risco individual de 
doenças (ASHWELL, McCALL, COLE & DIXON, 1985) apud HEYWARD (op.cit, p.87). 
Dentre os principais índices antropométricos que podemos dispor citaremos: índice de 
massa corporal (IMC), a relação entre circunferências da cintura e do quadril (RCQ) e o 
índice de conicidade. 
 
8.1 Índice de massa corporal (IMC) 
 
O IMC (Body Mass Index, BMI), termo proposto por KEYS e associados em 1972 
(WEIGHELEY, 1989, apud FERNANDES 2003, p.99), tem sido referido também como 
Índice Quetelet (LEE et al., 1981), que leva o nome de seu criador, após 1800, que é 
considerado o pai da antropométria. O IMC é considerado o mais popular índice de estatura 
e peso, ou mais precisamente, da proporção do peso do corpo para altura ao quadrado; IMC 
(kg/m²) = PC (kg)/ AL² (m). Sua utilização se baseia no conceito de excesso de peso que 
segundo POLLOCK (1993, p.47) é simplesmente definido como aquela condição onde o 
peso do indivíduo excede ao da média da população, determinada segundo o sexo, altura e 
o tipo de sua compleição física. O termo pesado segundo McARDLE (1992, p.387) se 
refere somente ao peso corporal em excesso de algum padrão, em geral o peso médio para 
determinada estatura. WEINECK (1991, p.393) diz que se partindo do chamado “Peso 
Normal”, o excesso de peso é calculado a partir da altura e equivale à altura menos 100 
(Equação de BROCA). BROCA considera como valor normal os que se colocam para mais 
10 ou menos 10 do peso ideal calculado. 
52 
 
Durante muito tempo às tabelas de peso/estatura foram e ainda são utilizadas como forma 
de classificação do excesso de massa corporal ou para a avaliação dos efeitos dos 
programas de exercícios físicos sobre o organismo, a sua grande limitação está no fato que 
a mesma não fornece informação fidedigna acerca da composição relativa ou da qualidade 
do peso corporal do indivíduo, pois o IMC não diferencia peso de gordura de peso livre de 
gordura. Elas se baseiam, essencialmente, nas estatísticas das variações médias do peso 
corporal para pessoas de 25 a 59 anos de idade, quando a taxa de mortalidade é mais baixa, 
sem levar em consideração as causas específicas da morte ou a qualidade da saúde antes da 
morte. Segundo FERNANDES (op.cit) o IMC possui uma moderada correlação (r=0,70) 
com o percentual de gordura predito a partir de pesagem hidroestática (KEYS et al, 1972). 
O erro padrão da predição de percentual de gordura do IMC foi aproximadamente de 5-6% 
(POLLOCK 1995, p.88). 
A equação para estimar o percentual de gordura de adultos com idade inferior a 83 anos, a 
partir do IMC é a seguinte: 
GC = (1.2 x IMC) + (0.23 x Idade) - (10.8 x Sexo) - 5.4 
Onde: 
IMC = Índice de Massa Corporal em kg/m
3 
 
Idade= Idade em anos 
Sexo: Mulher =0; Homem =1 
Logo concluímos que, embora o IMC possa serum índice rudimentar de obesidade e sua 
utilização seja questionável na avaliação de indivíduos, para estudos populacionais, sendo 
que o mesmo não pode ser utilizado para estimar a gordura corporal, este índice constitui 
uma alternativa bastante válida, pois além de ser o método mais simples e de baixo custo, 
requer apenas as medidas de peso e estatura, e segundo (SICHIERI, 1998) apud COSTA 
(2001, p.39) se uma população apresenta valores elevados de IMC podemos afirmar que 
isso ocorre em função do excesso de componente gordura corporal, já que na maioria das 
pessoas que apresentam excesso de massa isso não ocorre por excesso de massa magra. 
 
53 
 
 
 
Classificação do percentual de gordura. 
Classificação Homem Mulher 
a Em risco para desenvolvimento de doenças relacionadas a má nutrição. 
b Em risco para desenvolvimento de doenças relacionadas a obesidade. 
Em risco a <= 5% <= 8% 
Abaixo da média 6-14% 9-22% 
Média 15% 23% 
Acima da média 16-24% 24-31% 
Em risco b >= 25 >= 32% 
 
 
 
 
 
As tabelas abaixo apresentam os valores para classificação do sobrepeso por meio do IMC 
 
 
 
 
 
54 
 
Tabela 1 Padrões de aptidão saudáveis para IMC em meninos e meninas entre as idades de 
5 a 18 anos. 
Idade IMC (Meninos) IMC (Meninas) 
7 13-20 14-20 
8 14-20 14-21 
9 14-20 14-20 
10 14-20 14-21 
11 15-21 14-21 
12 15-22 15-22 
13 16-23 15-23 
14 16-24 17-24 
15 17-24 17-24 
16 18-24 17-24 
17 18-25 17-25 
18 18-26 18-26 
Fonte: FERNANDES (2003, p.100) 
 
 
Tabela 2 Classificação do sobrepeso e obesidade pelo IMC, adaptado de WHRO (1997) e 
OMS(1995) 
Classificação de Obesidade IMC (kg/m²) 
Baixo Peso 3 (grave) Risco Grave <16 
Baixo Peso 2 (moderado) Risco Moderado 16-17 
Baixo Peso 1 (leve) Abaixo da Média 17-18,5 
Normal Ideal 18,5-24,9 
Sobrepeso Excesso de Peso 25,0-29,9 
Obesidade I Risco Moderado 30,0-34,9 
Obesidade II Risco Grave 35,0-39,9 
Obesidade Mórbida Risco Muito grave >40 
Fonte: FERNANDES (2003, p.100) 
 
 
 
 
Tabela 3 Classificação de obesidade segundo o Physical Test 3.1 for Windows 1998 
Classificação 
Abaixo da Média 
Normal 
Excesso de Peso 
Moderadamente Obeso 
Severamente Obeso 
Fonte: FERNANDES (2003, p.100) 
 
Há evidências, na literatura especializada, de que valores baixos de IMC estão relacionados 
com as doenças pulmonares obstrutivas, câncer pulmonar e tuberculose, e de que valores 
altos de IMC estão associados com as doenças cardiovasculares, hipertensão ar
diabetes e outras. 
Valores que estão associados a maior incidência de hipertensão arterial, diabetes, 
coronariopatias são maiores que 34,3 kg/m² para mulheres e maiores que 28 kg/m² para 
homens. 
 
 
 
Cálculos 
Determinando o IMC
 
 8.2 Relação Cintura Quadril (RCQ) 
 A proporção da cintura para o quadril (RCQ) é fortemente associada à gordura 
visceral e parece ser um índice aceitável de gordura intra
Classificação de obesidade segundo o Physical Test 3.1 for Windows 1998 
Homens Mulheres 
Abaixo da Média <19 
20,0-25,0 
Excesso de Peso 25,1-30,0 25,0
Moderadamente Obeso 30,1-39,9 30,0
Severamente Obeso > 40,0 
: FERNANDES (2003, p.100) 
Há evidências, na literatura especializada, de que valores baixos de IMC estão relacionados 
com as doenças pulmonares obstrutivas, câncer pulmonar e tuberculose, e de que valores 
altos de IMC estão associados com as doenças cardiovasculares, hipertensão ar
Valores que estão associados a maior incidência de hipertensão arterial, diabetes, 
coronariopatias são maiores que 34,3 kg/m² para mulheres e maiores que 28 kg/m² para 
Determinando o IMC 
uadril (RCQ) 
A proporção da cintura para o quadril (RCQ) é fortemente associada à gordura 
visceral e parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal. Entretanto alguns 
55 
Classificação de obesidade segundo o Physical Test 3.1 for Windows 1998 
Mulheres 
<18 
19-24,9 
25,0-29,9 
30,0-39,9 
> 40 
Há evidências, na literatura especializada, de que valores baixos de IMC estão relacionados 
com as doenças pulmonares obstrutivas, câncer pulmonar e tuberculose, e de que valores 
altos de IMC estão associados com as doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, 
Valores que estão associados a maior incidência de hipertensão arterial, diabetes, 
coronariopatias são maiores que 34,3 kg/m² para mulheres e maiores que 28 kg/m² para 
 
A proporção da cintura para o quadril (RCQ) é fortemente associada à gordura 
abdominal. Entretanto alguns 
56 
 
pesquisadores mostram que a circunferência da cintura, sozinha, é um melhor preditor de 
depósito da gordura visceral que a RCQ. 
Esses achados sustentam a hipótese de que a deposição de gordura abdominal poderia 
aumentar a circunferência da cintura a despeito de o tecido se acumular em pontos 
profundos ou superficiais. A circunferência do quadril, porém, é influenciada apenas pela 
deposição de gordura subcutânea; assim, a precisão da RCQ em avaliar a gordura visceral 
diminui com o aumento dos níveis de gordura. 
A RCQ pode mudar na mulher, dependendo do estágio de menopausa no qual ela se 
encontra, ou seja, mulheres na pós-menopausa apresentam um padrão mais masculino de 
distribuição de gordura do que as que estão na pré-menopausa. 
Com essas discrepâncias, nenhuma norma foi estabelecida para a circunferência da cintura. 
Portanto, nós recomendamos que classifique-se os indivíduos nas categorias de alto risco 
ou baixo risco utilizando a RCQ. 
A RCQ é simplesmente calculada dividindo a circunferência da cintura (medida em cm) 
pela do quadril (medida em cm), quanto a classificação dos valores podemos utilizar a 
tabela abaixo. 
Tabela 4 Normas para a proporção entre Circunferência da Cintura e do Quadril (RCQ) 
para Homens e Mulheres. 
Sexo 
Risco Estimado 
Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 
Homens 
20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94 
30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96 
40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00 
50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02 
60-69 <0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 >1,03 
Mulheres 20-29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82 
 
30-39 <0,72 
40-49 <0,73 
50-59 <0,74 
60-69 <0,75 
Fonte: HEYWARD & STOLARCYK (op.cit, 91)
 
 
CÁLCULOS DA RELAÇÃO CINTURA QUADRIL
Relação Cintura/Quadril (
RCQ = CCT/CQD 
Onde: 
• RCQ = relação cintura/quadril; 
• CCT = circunferência da cintura (cm); 
• CQD = circunferência do quadril 
 
 
 
Determinando a RCQ
 
 
 
 
<0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 
<0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 
<0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 
<0,75 0,76-0,83 0,84-0,90 
HEYWARD & STOLARCYK (op.cit, 91) 
RELAÇÃO CINTURA QUADRIL 
Relação Cintura/Quadril (RCQ) 
= relação cintura/quadril; 
= circunferência da cintura (cm); 
= circunferência do quadril (cm). 
Determinando a RCQ 
57 
>0,84 
>0,87 
>0,88 
>0,90 
 
58 
 
8.3 Índice de Conicidade (IC) 
 
 Medida antropométrica para estimar o valor clínico quando se tenta medir a 
distribuição de gordura e o risco de doenças. O IC é baseado na idéia de que o corpo 
humano muda de formato de um cilindro (IC=1) para o de um cone duplo, com o acúmulo 
de gordura ao redor da cintura (IC=1,73). É calculado pela formula: 
IC = Cintura/0,109 x √(MC/H) 
Onde: 
MC: massa corporal (kg) e 
H: estatura (m). 
As vantagens deste índice em relação ao RCQ são: 
- Possui um faixa teórica esperada de valores (1,00 a 1,73); 
- Compara a CCT do avaliado com

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