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Técnicas miofasciais e de tecido conjuntivo

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Técnicas miofasciais e de 
tecido conjuntivo 
Prof. Me. Ricardo José Tecchio Serrão 
Sumário 
1. Massagem de bolo fecal; 
2. Tecido Conjuntivo; 
3. Técnicas miofasciais e de tecido 
conjuntivos: 
3.1 Massagem Cicatricial; 
3.2 Fricção transversa profunda; 
3.3 Técnicas de Energia muscular (TEM); 
3.4 Pontos-gatilho miofasciais; 
 
 
Massagem de bolo fecal 
 Massagem que auxilia na 
movimentação do bolo fecal; 
 Útil para pacientes com constipação; 
 Qual sua importância para a 
fisioterapia? 
◦ Pacientes com prolapsos e que sofrem de 
constipação aumentam muito a pressão 
intra-abdominal quando vão evacuar, 
aumentando a pressão exercida sobre os 
órgãos e dificultando sua sustentação. 
Massagem de bolo fecal 
 Aplicação: 
◦ 2 dedos abaixo do ponto médio entre a 
espinha ilíaca ântero-superior e a cicatriz 
umbilical; 
◦ Massagem realizada no sentido horário, 
porém com movimentos anti-horários; 
◦ Movimentação direta e reflexa do bolo 
fecal; 
Tecido Conjuntivo 
 Tecido não contrátil espalhado por todo o corpo: 
◦ Ligamentos; 
◦ Tendões; 
◦ Cápsulas Articulares; 
◦ Fáscias; 
 Pode desenvolver aderências que limitam a 
flexibilidade ADM; 
◦ Essas aderências ocorrem pelo desalinhamento 
entre as fibras colágenos do tecido conjuntivo; 
 
 Para aumentar a sua extensibilidade é 
necessário alterar sua arquitetura básica 
(estrutura); 
 
Tecido Conjuntivo 
 Composição do tecido conjuntivo: 
◦ Fibras de colágeno: 
 Responsáveis pela força e rigidez do tecido, resistindo a 
forças tensivas; 
◦ Fibras de elastina: 
 Responsáveis por promover extensibilidade ao tecido; 
◦ Fibras de reticulina: 
 Dão volume ao tecido; 
◦ Substância fundamental amorfa: 
 Proteoglicanos: hidratam a matriz, estabilizam as malhas 
de colágeno e resistem a forças compressivas; 
 Glicoproteínas: formam uma ligação entre a matriz e as 
células. 
 Em resumo: reduz atrito entre as fibras, transporta 
nutrientes, e metabólitos e pode ajudar a prevenir as 
ligações transversas entre as fibras. 
Tecido Conjuntivo 
 Colágeno Proteoglicanas – 
resistência a carga tensiva; 
 
 Proteoglicanas – resistência a cargas 
compressivas; 
 
 Colágeno: alongamento < 10%; 
 Elastina: alongamento > 150%; 
 Colágeno: 5x mais forte que a elastina; 
Tecido Conjuntivo 
 O alinhamento das fibras de 
colágenos refletem as forças de 
tensão que o atuam sobre o tecido; 
 
KISNER, C. & COLBY,L.A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2016. 
Curva tensão-deformação 
 
KISNER, C. & COLBY,L.A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2016. 
Curva tensão-deformação 
 Região de ponta: 
◦ Pouca força leva a deformação consideravel; 
 Região elástica: 
◦ Após a tensão, o tecido retorna ao tamanho 
original; 
 Região Plástica: 
◦ Ocorre rompimento de colágeno e o tecido 
não retorna ao seu tamaho original; 
 Pescoço: 
Região onde ocorre o enfraquecimento rápido 
do tecido levando ao ponto de falha, onde 
ocorre ruptura completa do tecido; 
Curva tensão-deformação 
 Essa curva representa o 
comportamento do tecido conjuntivo 
quando sofre tensão; 
 Dessa maneira, o tecido pode receber 
uma tensão e voltar ao tamanho 
normal (região elástica), receber uma 
tensão e não retornar ao tamanho 
inicial (Região plástica) ou ocorrer a 
ruptura completa do tecido (Falha) 
Massagem cicatricial 
 Cicatrização: processo no qual o tecido 
necrosado é substituído por tecido 
conjuntivo; 
 Processo de cicatrização: 
◦ Limpeza; 
 Processo inflamatório; 
 Remoção dos detritos celulares; 
◦ Retração; 
 Redução do tamanho do ferimento; 
◦ Tecido de granulação; 
 Proliferação de fibroblastos e angiogênese; 
◦ Reepitelização; 
 Crescimento de células epiteliais; 
Massagem cicatricial 
 2 tipos de cicatrização: 
◦ 1ª intenção (sutura): rápida, assépitca e 
regular; 
◦ 2ª intenção (natural): larga, visível e frágil; 
 
Massagem cicatricial 
 Formação excessiva de tecido 
conjuntivo na cicatriz, adquirindo volume 
considerável; 
◦ Cicatriz hipertrófica: 
 Reversível, regride parcialmente com o passar do 
tempo; 
 Acompanha o tamanho do ferimento; 
◦ Quelóide: 
 Pode não regredir ou ter regressão muito lenta; 
 Não acompanha a margem do ferimento; 
 Pode estar associada a dor e parestesia; 
 Quando muito extensa pode passar por 
procedimento cirúrgico para sua remoção; 
Massagem cicatricial 
 Objetivo da massagem: 
◦ Amolecer o tecido cicatricial; 
◦ Relaxar musculatura ao redor; 
 
 Aplicação: 
◦ Iniciar apenas com cicatriz bem fechada; 
◦ Óleo (rosa mosqueta – atenuar cicatriz e 
quelóide); 
◦ Fricção; 
◦ Ao longo da cicatriz (4cm); 
◦ Reduzir 1 cm por semana até fazer sobre a 
cicatriz; 
◦ Semana seguinte: transversal a cicatriz; 
Fricção transversa profunda 
 Fricção transversa de Cyriax: 
◦ Produz inflamação terapêutica controlada; 
◦ Aplicar em Áreas pequenas; 
◦ Duração: até 15min.; 
◦ Manter músculo alvo relaxado; 
◦ Manter o tendão tensionado; 
◦ Solicitar contração após o procedimento para 
promover circulação; 
◦ Indicações: Tendinite crônica, aderência e 
contratura. 
 
Técnica de Energia Muscular 
(TEM) 
 Técnica utilizada para ganho de 
extensibilidade; 
 
 Sua aplicação pode promover: 
◦ Ganho de ADM; 
◦ Redução de tensão; 
◦ Tratamento de ponto-gatilho; 
 
Técnica de Energia Muscular 
(TEM) 
 Capaz de promover alongamento de 
músculos encurtados e tonificação de 
músculos inibidos; 
 
 Exemplo: 
◦ Um tensionamento/encurtamento de 
iliopsoas leva a inibição recíproca de seu 
antagonista, no caso o glúteo; 
Técnica de Energia Muscular 
(TEM) 
 Aplicação: Consiste na aplicação de 
relaxamento pós isométrico. É solicitado 
uma contração (moderada – 35%máx) 
isométrica do músculo agonista (o 
músculo que queremos trabalhar) contra 
resistência por 7-10s. Em seguida o 
músculo é levado a nova barreira de 
restrição (30s). 3 a 5 repetições; 
 Barreira de restrição: local onde pode 
ser identificado os primeiros sinais de 
resistência (tensão a palpação e/ou 
necessidade de impor esforço); 
 
Técnica de Energia Muscular 
(TEM) 
 Não devemos alongar a musculatura 
(ou seja, ir além da barreira de 
restrição), apenas posicionar até o 
limite dessa barreira 
 Não deve ocorrer dor, caso isso 
ocorra considere a possibilidade de 
utilizar inibição recíproca, ou seja, a 
contração do músculo antagonista (o 
músculo de movimento oposto ao que 
você tem a intenção de tratar). 
 
Técnica de Energia Muscular 
(TEM) 
 Quadro Agudo: 
◦ 3 semanas ou com sinais inflamatórios; 
◦ Contração isométrica: no ponto da 
barreira de restrição; 
◦ Levar até a nova barreira; 
 Quadro Crônico; 
◦ Contração isométrica: um pouco antes de 
se atingir a barreira; 
◦ Levar além da barreira inicial com 
discreto alongamento; 
Técnica de Energia Muscular 
(TEM) 
 Trabalhar simultâneo a respiração; 
◦ Inspirar durante a contração (7 a 10 
segundos); 
◦ Soltar a contração durante a expiração; 
◦ Inspirar e expirar novamente 
◦ Simultâneo a segunda expiração levar o 
tecido até a barreira; 
 O relaxamento de um músculo pode 
resultar em relaxamento de outro; 
Técnica de Energia Muscular 
(TEM) 
 Pode ocorrer desconforto de 12 a 36h 
após o tratamento devido alterações 
bioquímicas e imunológicas 
decorrentes da contração: 
◦ Pode ser utilizado a massagem para 
minimizar tais efeitos; 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Definição: 
◦ “Localhiperirritável no músculo 
esquelético, associado a um nódulo de 
hipersensível palpável e uma faixa tensa. 
O local é doloroso a palpação, e podedar 
origem a dor referida característica, 
sensibilidade referida, disfunção motora e 
fenômenos autônomos” (Travell e 
Simons) 
 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Trigger point x Tender Point 
 
 Trigger: ponto gatilho que produz dor 
irradiada; 
 
 Tender: ponto de tensão local sem dor 
irradiada; 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Podem reduzir a flexibilidade; 
◦ Encurtamento do sarcômero; 
 
 Produzir fraqueza muscular; 
◦ Desalinhamento do posicionamento 
correto entre actina e miosina; 
 
 Alterar propriocepção; 
 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Fisiopatologia; 
◦ Teoria do Botão terminal disfuncional e crise 
de energia; 
 Mecanismo de lesão; 
 Inicialmente ocorre um 
microtraumatismo por: 
◦ Movimentos repetitivos; 
◦ Movimentos muito rápidos; 
◦ Posições sobre tensão; 
 
 Vão levar a microlesões musculares com 
rompimento do retículo sarcoplasmático 
e liberação de cálcio; 
 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 A disfunção do botão terminal abre com 
maior frequência o canal de cálcio; 
 O cálcio acumulado pelo rompimento do 
retículo sarcoplasmático atravessa a 
membrana pré-sinaptica e facilita a 
ligação das vesículas sinápticas com a 
membrana pré-sináptica; 
 Ocorre então a liberação de acetilcolina 
para a fenda sináptica e uma contração 
sustentada dos sarcômeros; 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Essa contração sustentada leva a 
uma isquemia local, reduzindo o 
aporte de energia e aumentando as 
necessidades metabólicas da região; 
 
 
 Área fica isquêmica, rígida e com 
acúmulo de resíduos metabólicos; 
Crise de energia local 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Em condições normais essa situação 
seria revertida com a reabsorção do 
cálcio pelo retículo sarcoplasmático; 
 
 Porém, devido a falta de energia para 
ativar a bomba de cálcio do retículo 
sarcoplasmático, ocorre um acúmulo 
de cálcio na região; 
Círculo vicioso 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Formando o pondo gatilho!!! 
 
 Liberação de substâncias que 
sensibilizam os nociceptores; 
Provocando Dor 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Classificação dos pontos-gatilhos: 
 Ativo: 
◦ Produz dor local e referida sem palpação. 
Provoca espasmo quando comprimido; 
 Latente: 
◦ Semelhante ao ativo porém produz dor local e 
referida apenas quando comprimido; 
 Satélite: 
◦ Ponto gatilho no mesmo músculo, no sinergista 
ou nos músculos de padrão de dor referida; 
◦ Se resolve com a resolução do ponto gatilho 
principal; 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Diagnóstico: 
◦ Faixa tensa palpável; 
◦ Ponto sensível de um nódulo na faixa 
tensa; 
◦ Reconhecimento da dor pelo paciente; 
◦ Sinal de alongamento positivo; 
 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Tratamento: 
◦ Alongamento + Crio spray; 
◦ Posicionar o paciente na amplitude 
máxima muscular, sem alongamento. 
Aplicar o Spray 3 vezes no mesmo 
sentido da fibra muscular. Aplique 
alongamento suave. Repetir até 3 vezes. 
 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Tratamento: 
 Compressão isquêmica; 
◦ Rápida: 
 Compressão total e continua, produz dor severa e pode 
levar a resposta de defesa muscular; 
◦ Progressiva: 
 Compressão até sentir certa resistência do tecido. 
Segurar na mesma intensidade e quando essa 
resistencia diminuir ou ocorrer uma sensação de 
“derretimento” incluir uma pressão adicional até nova 
resistência. Aplicar até não haver mais resistência do 
tecido. 
◦ 30 segundos até 2 minutos; 
◦ Respiração profunda e lenta. Manter o 
relaxamento é importante para a eficácia da 
técnica. 
 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 A liberação do ponto gatilho deve ser 
sempre seguida de alongamento 
miofascial; 
◦ Manter o grau de relaxamento e colocar o 
músculo em sua posição de alongamento 
correta; 
 Diferente dos alongamentos tradicionais; 
◦ Relaxamento em extensão X Alongamento 
com esforço 
◦ Associar a respiração 
 Inibe a ação do fuso neuromuscular; 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Alongamento miofascial: 
 Procedimento: 
◦ Levar o músculo até o final da amplitude 
de movimento com leve tensão; 
◦ Buscar uma ADM maior durante a 
expiração; 
◦ 20 a 45 segundos; 
◦ O alongamento não deve produzir dor; 
 Crio Spray! 
Ponto-Gatilho Miofascial 
 Paciente pode: 
◦ Ficar roxo; 
◦ Apresentar dor de sensibilidade; 
Referências 
 KISNER, C. & COLBY,L.A. Exercícios terapêuticos: 
fundamentos e técnicas. 6ª ed. São Paulo: Manole, 
2016. 
 KOSTOPOULOS, D. Rizopoulos K. Pontos-Gatilho 
miofasciais: teoria, diagnóstico e tratamento. Rio de 
Janeiro: Ed. Lab, 2007.

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