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Empresarial II .

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Direito Empresarial 05/08/2017
SOCIEDADES 
Conceito (Art. 981, CC):
É a agregação de pessoas que possuem um objetivo comum e se reúnem, contribuindo com dinheiro, bens ou serviços, para conseguir com menor dificuldade, objetivando conteúdo econômico para rateio entre elas.
Espécies: Simples e Empresária
A sociedade será considerada simples quando não possuir o elemento de empresa, ou seja, quando não for empresária.
A sociedade empresária é aquela que exerce atividade econômica de produção ou circulação de bens ou serviços, atividade essa que não seja o exercício de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, que não seja elemento de empresa. (Art. 981/982, CC)
Personalização -> Criação da pessoa jurídica 
Em regra geral, a pessoa física e a pessoa jurídica têm seus direitos e obrigações distintos, assim um não responde pelo outro. As sociedades podem ser personificadas e, assim, distintas das pessoas dos sócios, titularizando seus próprios direitos e obrigações.
A natureza jurídica da pessoa jurídica é objeto de duas teorias: 
1 – Teoria orgânica: defende uma pré-existência da pessoa jurídica em face do direito; isto é, para esta teoria o direito não cria a pessoa jurídica, somente a reconhece.
2 – Teoria da ficção ou realidade objetiva: Afirma que a pessoa jurídica não preexiste ao Direito sendo criada por este. É a teoria mais aceita.
A sociedade personificada é aquela tida como sujeito de direitos, tendo aptidão para a prática de qualquer ato jurídico não proibidos pela lei.
Efeitos da personalização
Titularidade obrigacional
Titularidade processual
Titularidade patrimonial
Princípio da autonomia patrimonial
Tem como base a separação patrimonial entre os bens da sociedade e os bens dos sócios; respondendo em princípio, pelas obrigações da sociedade apenas os bens desta. Como exceção ao princípio da autonomia patrimonial, temos o instituto da desconsideração da personalidade jurídica, que permite, em casos específicos, que os sócios respondam com o patrimônio pessoal pelas obrigações da sociedade.
Início da personalização (Art. 45, CC)
A personalização das sociedades se inicia com o registro do ato constitutivo no órgão competente.
O registro competente para as sociedades simples é o registro civil das pessoas jurídicas do local da sede; e para as sociedades empresárias é o registro público das empresas mercantis (junta comercial), do local da sede. (Arts 998 e 1.150, CC).
Término da personalidade
Ocorre por meio do processo dissolutório que dissolve o patrimônio por via judicial ou extrajudicial. O processo dissolutório tem basicamente 2 etapas:
1 – Liquidação: Visa a solução das pendências negociais da sociedade.
2 – Partilha: Tem por objetivo distribuir, quando houver, acervo patrimonial entre os sócios.
Classificação das sociedades de pessoas e de capital
Essa classificação leva em consideração o grau de dependência da sociedade em relação as qualidades subjetivas do sócio.
1 – Sociedade de pessoas: São aquelas em que a realização do objeto da sociedade depende mais dos atributos individuais dos sócios que da contribuição material que eles dão. Exemplo: Sociedade em norma coletiva (Arts 1.039 e 1.044) e as sociedades comandita simples.
2 – Sociedade de capital: São aquelas em que a contribuição material é mais importante que as características subjetivas dos sócios. Exemplo: Sociedade por ações.
Classificação das sociedades contratuais e institucionais (Lei 6.404)
Essa classificação leva em consideração o regime legal para a constituição ou dissolução do vínculo societário.
1 – Sociedades Contratuais: São aquelas constituída através de contrato celebrado entre os sócios. Exemplos: Sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples e sociedade limitada. 
2 – Sociedades Institucionais: Também se constituem por manifestação de vontade dos sócios, mas não são revestidas de natureza contratual em razão da forma de vinculação que o direito impõe a essas sociedades. Exemplo: Sociedades por ações.
As sociedades contratuais são regidas pelo Código Civil e as sociedades institucionais pela lei 6.0404.
Sociedade de responsabilidade limitada, ilimitada e mista 12/08/2017
 
Essa classificação leva em consideração a limitação ou não da responsabilidade dos sócios em relação as obrigações contraídas pela sociedade.
Na sociedade de responsabilidade limitada os sócios responderão, pelas obrigações contraídas pela sociedade, de forma limitada ao valor de sua contribuição para a formação do capital da sociedade.
Na sociedade de responsabilidade ilimitada, os sócios responderão, pelas obrigações contraídas sociedade, tanto com o valor que contribuiu para a formação do capital da sociedade quanto com o seu patrimônio pessoal.
Na sociedade de responsabilidade mista teremos sócios que responderão, pelas dívidas contraídas pela sociedade, de maneira limitada aos sócios responderão de forma ilimitada.
Sociedade regular, sociedade irregular e sociedade de fato
Essa classificação leva em consideração o preenchimento das imposições legais para aquisição, pela sociedade, da personalidade jurídica própria.
As sociedades regulares são aquelas que tem seus respectivos atos constitutivos devidamente registrados no órgão registral competente, conforme determina o Art 45, CC, e o Art 1.150, CC.
As sociedades irregulares são aquelas que têm ato constitutivo, porém o mesmo não foi levado a registro no órgão competente, não adquirindo assim a personalidade jurídica própria.
As sociedades de fato são aquelas que não possuem sequer ato constitutivo, deixando os sócios de reduzir a escrito os seus ajustes.
Tanto as sociedades irregulares, quanto as sociedades de fato, serão regidas pelas obrigações da sociedade incomum, Art. 986 a 990, CC, conforme a determinação do Art. 986
SOCIEDADE
1° não personalizadas (personificadas):
Sociedade em comum
Sociedade em conta de participação
2º personificadas:
Sociedade simples
Sociedade empresária: 1- Sociedade em nome coletivo
 2- Sociedade em comandita simples
 3- Sociedade limitada
 4- Sociedade anônima
 5- Sociedade em comandita por ações
Sociedade em comum
Conceito: Sociedade não personificada que segundo a doutrina corresponde à sociedade irregular ou à sociedade de fato.
Regime Jurídico
Regime jurídico: (Art. 986 a 990, CC.) e subsidiariamente as normas da sociedade simples (Art. 997 a 1.038, CC), naquilo que for compatível com o regime da sociedade em comum.
Prova da existência da sociedade Art. 987
Nos termos do Art. 987, os sócios, nas relações entre si ou por terceiros somente provarão a existência da sociedade por escrito. Já os terceiros poderão provar a existência da sociedade por qualquer meio de prova admitido em direito, inclusive prova testemunhal.
Patrimônio especial
É a parte do patrimônio das pessoas dos sócios que foi afetada diretamente na atividade econômica.
Responsabilidade dos sócios (Regra)
A responsabilidade será subsidiária, solidária e ilimitada.
Responsabilidade do sócio contratante (exceção)
O sócio contratante tem responsabilidade Direta e ilimitada pelas obrigações contraídas pela sociedade, ficando este excluído do benefício de ordem.
Administração da sociedade
A administração é comum a todos os sócios, mas podem os sócios pactuarem, expressamente, limitação de poderes alguns dos sócios.
Responsabilidade do sócio com limite poderes
Se o sócio pratica ato de gestão fora dos poderes a ele conferidos, e o terceiro tinha conhecimento ou deveria ter, da limitação de poderes responderá pelas obrigações assumidas o patrimônio pessoal dosócio contratante, ficando isento de responsabilidade o patrimônio dos outros sócios e da sociedade.
Conceito - Regime jurídico 19/08/2017
Sociedade não personificada que se caracteriza por um contrato de participação que vincula os sócios
Regime jurídico (Art. 991 a 996 CC) e subsidiariamente as normas da sociedade simples (Art. 997 ao 1038) naquilo que for compatível com o regime da conta de participação
Categorias de Sócios
Ostensivo é aquele que exerce sozinho a atividade econômica em seu nome individual e por sua própria e exclusiva responsabilidade.
Participação/Oculto também conhecido como sócio oculto, é o sujeito que celebra com o sócio ostensivo um contrato de investimento para em contrapartida auferir lucro; não praticando qualquer ato de gestão e nem assumindo responsabilidades frente as obrigações contraídas pela atividade econômica
Responsabilidade do sócio ostensivo: Será pessoal e ilimitada
São investidores que não exercem a atividade econômica, portanto não tem responsabilidade perante terceiros. Se por acaso vierem a praticar algum ato de gestão, passará a responder solidariamente com o sócio ostensivo pela obrigação contraída.
Do contrato entre os sócios
No contrato estabelecido o sócio participante se obriga a prestar determinada quantia a ser pregada na atividade econômica do sócio ostensivo, que em contrapartida paga-lhe participação nos lucros.
Características do contrato
Primeira: Natureza secreta por ser celebrado apenas entre os sócios e não ser de conhecimento dos terceiros que contratam a sociedade; 
Segunda: A prova da existência da sociedade/ contrato pode ser por qualquer meio de prova, admitida em direito bem como os próprios sócios;
Terceira: Produz efeitos exclusivamente entre as partes
Quarta: Eventual registro não confere personalidade jurídica a sociedade.
Entrada de novo sócio
Salvo previsão em contrato, o sócio ostensivo não poderá admitir novo sócio sem que haja consentimento expresso do sócio de participação 
Patrimônio especial
Constituem patrimônio especial e essa especialização semente produzirá efeito entre os sócios
Falência do sócio ostensivo
Acarretará a dissolução da sociedade de conta de participação’ com a liquidação da conta e se houver saldo esse se constituirá em crédito bibliotecário. Sem preferência no juízo da falência.
Nome social
Nome dado à sociedade. Firma ou denominação. 
A sociedade em conta de participação não possui nome empresarial uma vez que é despersonificada.
 Personificadas
Sociedade simples – Conceito: Art. 982
O conceito de sociedade simples é dado por exclusão ao conceito de sociedade empresária, ou seja, se a sociedade personificada não for empresária então será simples; sendo consideradas empresárias aquelas que exploram uma atividade empresarial.
Regime Jurídico da Sociedade Simples Clássica (Art. 997 a 1.038, CC).
Forma de Constituição: A sociedade simples se constituirá através de contrato escrito, sob a forma pública ou particular.
Vinculação ao contrato (Art. 997, CC): O parágrafo único do Art. 997 determina que não gera efeitos, em relação a terceiros, qualquer pacto em separado que seja contrário ao disposto no contrato social.
Registro do ato constitutivo (Art. 998, CC): O ato constitutivo deve ser levado a registro no prazo de 30 dias, contados da sua constituição, do Registro Civil de Pessoas Jurídicas do local da sede da sociedade.
Instituição de sucursal ou filial: Quando houver abertura de filial ou sucursal deverá ser registrado no Registro Geral de Pessoas Jurídicas no local da sede ou sucursal, e averbada no Registro Público da sede da sociedade.
Sociedade simples (Art. 983) 26/08/2017
Forma clássica X Adoção de tipo de Sociedade Empresária
Segundo o artigo 983, a sociedade simples poderá ser constituída sob regime jurídico das sociedades empresárias (sociedade em nome coletivo – art. 1.039 ao 1.044, sociedade em comandita simples – art. 1.045 a 1.051 e sociedade limitada – art. 1.052 ao 1.087); devendo obedecer ao regime jurídico do tipo escolhido 
Quorum p/ modificação do contrato 
Para modificação das normas constantes no Art. 997 será necessário a concordância de todos os sócios; para modificar outras cláusulas o Quorum será de maioria absoluta, salvo se o contrato exigir unanimidade para estas. 
Formalidade p/ modificação contratual 
Qualquer alteração contratual deverá ser averbada a margem do registro da sociedade no prazo de 30 dias contados da realização da alteração. 
Início e término das obrigações dos sócios 
O início das obrigações sociais dar se com a assinatura do contrato social caso o contrato não estabeleça outra data; e terminam com a conclusão do processo dissolutório previsto nos Arts. 1.033 a 1.038, CC. 
Cessão de Quotas 
A cessão, parcial ou total de quotas, depende da anuência de todos os sócios e da respectiva averbação a margem do registro. 
Responsabilidade do sócio cedente 
Responderá solidariamente com o cessionário, durante dois anos, após a averbação, pelas obrigações contraídas antes da averbação. 
Contribuição do sócio 
A contribuição dos sócios para a formação do capital social poderá ser feita com bens ou serviços. 
Contribuição com bens imóveis 
O sócio que com o objetivo de integralizar as quotas que subscreveu, transmitiu a sociedade o domínio de bens, responderá pela evicção. (Evicção - A perca do direito sobre o bem fundado em ato anterior a transmissão). 
Contribuição com crédito 
Se o sócio cede crédito de que é possuidor responderá pela solvência do devedor. 
Contribuição por serviço 
Se a contribuição consistir em serviço o sócio não poderá, salvo permissão do contrato, empregar-se em atividade estranha a sociedade, sob pena de perder os lucros e ser excluído da sociedade. 
Inadimplemento de obrigação por sócio 
Caso o sócio não cumpra obrigação estabelecida no contrato, a sociedade o notificará para que no prazo de 30 dias cumpra a obrigação sob pena de responder pelos danos caudados a sociedade, Art. 1.004. 
Punição alternativa 
Alternativamente, a maioria dos sócios poderá optar, ao invés da indenização pela exclusão do sócio ou pela redução de suas quotas ao montante já integralizado, sendo feito a respectiva diminuição do contrato social. 
Participação dos sócios 
Os sócios participam dos lucros e das perdas de forma proporcional as suas respectivas quotas, salvo se o contrato dispuser de maneira diversa. 
Participação do sócio de serviço 
O sócio de serviço somente participará dos lucros da sociedade que serão na proporção da média do valor das quotas sociais, salvo se o contrato estipular outra forma. 
OBS: A estipulação contratual, acerca da participação dos sócios tem o condão de alterar as regras de participação, porém, será nula qualquer estipulação que exclua sócio de participar dos lucros e das perdas 
Responsabilidade pelas obrigações sociais 
Regra: Subsidiária 
Se a sociedade adota a forma clássica, quando os bens sociais não forem suficientes para cobrir a dívida então os sócios responderão, com o patrimônio pessoal, pelo saldo na proporção em que participem das perdas, salvo se no contrato houver previsão diversa ou cláusula de solidariedade. Caso seja constituída sob tipo de sociedade empresária lhe será aplicada a regra de responsabilidade inerente ao tipo societário escolhido. 
Responsabilidade do sócio admitido posteriormente 
Será também responsável por dívidas da sociedade anteriores a sua admissão; desde que seja devidamente averbada a margem do registro. 
Responsabilidade pessoal de sócio perante terceiro 
O credor particular de sócio, na insuficiência de outros bens do sócio devedor, poderá recair a execução/cobrança sob o que tiver direito nos lucros da sociedade, ou a parte que lhe tocar na liquidação das quotas. 
 
Administração da sociedade simples clássica02/09/2017
A administração deve competir a pessoa física, que poderá ser sócia ou não. No silêncio do estatuto a administração da sociedade competirá separadamente a cada um dos sócios.
Administração da sociedade simples não clássica
Quando a sociedade optar por tipo de sociedade empresária a administração será conforme o tipo escolhido, como por exemplo na sociedade limitada, não havendo previsão no contrato, somente poderá exercer a administração pessoa sócia.
Administração conjunta
Quando por disposição de lei o contrato couber aos sócios a administração conjunta, então as decisões serão tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das cotas de cada um; em caso de empate prevalece a vontade da maioria dos sócios e, persistindo o empate a decisão deverá ser judicial.
Formalidade p/ nomeação do administrador (Art.997)
Em regra, a nomeação deverá ser feita no ato constitutivo, ou por instrumento separado, que deverá ser averbado a margem do registro da sociedade, sob pena do administrador responder junto com a sociedade, solidariamente pelos atos praticados antes da averbação.
Poderes do administrador
No silêncio do ato constitutivo os administradores poderão praticar todos os atos pertinentes a gestão do negócio.
Excesso por parte do administrador
O excesso por parte do administrador somente poderá ser oposto a terceiros nas seguintes hipóteses: 
Se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada a margem do registro.
Se a sociedade provar que a alimentação de poderes era conhecida do terceiro. 
 Tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.
Resolução da sociedade em relação a um sócio
 Por morte: No caso de morte do sócio liquidar-se-á suas cotas, salvo:
 1.1. Se o ato constitutivo dispuser de outra forma. 
1.2. Se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade. 
1.3. Se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição 
Retirada voluntária: Se a sociedade for por prazo determinado o sócio retirante deverá demonstrar judicialmente justa causa para sua saída se por prazo indeterminado não precisará apresentar justa causa, porém deverá notificar os demais sócios com o prazo mínimo de antecedência de 60 dias.
OBS: Em sendo por prazo indeterminado os demais sócios poderão, no prazo de 30 dias, seguintes a notificação, optarem pela dissolução da sociedade
 Retirada compulsória: O sócio que deixar de cumprir obrigação prevista no contrato social, poderá ser excluído ou ter sua participação reduzida ao montante já integralizado, mediante deliberação da maioria dos sócios (Art. 1004). Poderá ainda ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou por incapacidade superveniente. (Art. 1030, CC)
Liquidação das quotas
Nos casos em que a sociedade se resolva em relação a um sócio, o valor de suas quotas, considerado pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição diversa no contrato, com base na situação patrimonial da sociedade, a data da resolução, verificada em um balanço especial.
O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor das quotas liquidadas.
As quotas liquidadas serão pagas em dinheiro, no prazo de 90 dias contados da liquidação; salvo disposição diversa no contrato.
Responsabilidade do retirante/excluído/falecido
O sócio que se retirar, for excluído ou falecer ou os herdeiros ficarão pelo prazo de 2 anos, após a resolução, responsáveis pelas obrigações contraídas anteriormente a sua saída.
Dissolução da Soc. Simples Clássica
Prazo determinado: Se vencer o prazo e não houver oposição de sócios, e a sociedade não entrar em liquidação, a sociedade passará a ser por prazo indeterminado.
Por consenso unânime dos sócios: a vontade dos sócios tem o condão de dissolver a sociedade simples.
Por deliberação dos sócios: nas sociedades por prazo indeterminado os sócios poderão dissolvê-la por maioria absoluta.
Falta de pluralidade de sócios: Caso ocorra falta de pluralidade de sócios e esta não seja reconstituída no prazo de 180 dias, a sociedade será dissolvida
Extinção de autorização: (Art. 45): A cassação de autorização de funcionamento, pelo poder público, gera a dissolução da sociedade.
Judicialmente: Quando for requerida, por qualquer sócio, a anulação da constituição da sociedade; ou quando exaurido o fim da sociedade; ou quando verificada sua inexequibilidade (Art. 1034)
Liquidante
Nomeação: Ocorrida a dissolução, cumpre aos administradores providenciar, imediatamente, a investidura/nomeação do liquidante e restringir a gestão aos negócios inadiáveis, sendo vedadas novas operações, pelas quais responderão solidaria e ilimitadamente.
Não nomeação no ato constitutivo: O art. 1038 determina que se o liquidante não estiver sido nomeado no ato constitutivo, poderá ser eleito pelos sócios, podendo a escolha recair sobre sócio ou não.
Destituição do liquidante: Se o liquidante foi nomeado em instrumento separado por deliberação dos sócios, poderá ser destituído a qualquer tempo; e poderá ser destituído, em qualquer caso, a requerimento de um ou mais sócios, ocorrendo justa causa.
Sociedade ilimitada em nome coletivo 09/09/2017
 - Regime jurídico (Art. 1039 ao 1044, CC)
É subsidiariamente as normas de sociedade simples (Arts. 997 a 1038)
 - Conceito
Sociedade personificada, classificada com sociedade de pessoas, que se baseia na confiança recíproca entre sócios, daí falar-se em sociedade intuito personal. Nessa sociedade as características pessoais dos sócios são fundamentais para a constituição da sociedade e para sua vida empresarial.
- Natureza Personalista
É uma sociedade que somente poderá ser constituída por pessoas físicas, não sendo admitido como sócio pessoas jurídicas, por não se pode cogitar de uma “confiança” no seu sentido mais subjetivo.
- Administração da sociedade
Caberá apenas a quem goze da condição de sócio, pois a gestão deve ser mantida na mão das pessoas que inspiram confiança a constituição da sociedade.
- Nome Social
Dada a importância da pessoa do sócio para esta sociedade, a lei impõe que a sociedade utilize uma razão social que traga o nome de todos os sócios, para que os terceiros saibam com quem estão contratando. Não havendo o nome de todos na razão social há de se registrar a presença de outros através de expressões como: “e Companhia”, “e Cia”, “e irmãos”, e etc.
- Responsabilidade dos sócios
Todos os sócios respondem de forma subsidiária, solidaria e ilimitada pelas obrigações sociais, perante os terceiros, não havendo possibilidade de alteração desta regra.
OBS: Observada a regra acima prevista no Art. 1039, os sócios poderão estabelecer entre si eventual limitação de responsabilidade que somente produzirá efeitos entre eles.
- Responsabilidade pessoal do sócio perante terceiros 
O credor particular de sócio não pode antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação das quotas do devedor, salvo: 
Quando a sociedade houver sido prorrogada tacitamente 
Tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, apresentada no prazo de 90 dias da publicação do ato dilatório.
- Dissolução da sociedade
A sociedade dissolve pelos motivos previstos nos arts. 1033 e 1044, CC, e pela declaração de falência. (Dissolução da sociedade simples).
- Sociedade em Comandita Simples
Conceito: Tipo de sociedade personificada que se caracteriza pela existência de duas categorias de sócio, que exercem papéis diferentes dentro da sociedade.
- Regime jurídico
Art. 1045 a 1051, CC, e subsidiariamente as normas da sociedade em nome coletivo e da sociedade simples naquilo que forem compatíveis com o regime da comandita simples.
- Categorias de sócios
Existem duas categorias: 1º Comanditados e 2° Comanditários 
Os comanditados são aqueles que apresentam responsabilidadesubsidiaria, solidária e ilimitada; também recebem a atribuição de administrar a sociedade, assumindo total responsabilidade perante terceiros. Caso não seja nomeado o administrador, a administração caberá a todos os sócios comanditados de forma separada.
- Razão social (Nome empresarial)
O nome empresarial será composto pelo nome dos sócios comanditados, de todos ou de alguns, acrescido de expressão que denote a existência de outros.
- Sócios Comanditários
É a categoria de sócio que participa da sociedade apenas com contribuição para formação do capital social e dos lucros. Tendo responsabilidade limitada ao valor integralizado ao capital.
 
O sócio comanditário não pode administrar a sociedade tendo em vista a imitação de responsabilidade perante terceiros que é característica dessa categoria.
O nome do sócio comanditário não poderá integrar a razão social, sob pena de responsabilidade subsidiaria, solidaria e ilimitada.
- Direito dos Comanditários
Estes tem o direito de votar nas decisões judiciais, fiscalizar a administração e participar dos lucros. 
- Caso de morte do sócio comanditário 
No caso de morte ao sócio comanditário, e o contrato for cilente (silencioso) a sociedade continuará com sucessores.
- Dissolução 
Arts. 1033 e 1044

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