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AULA FARMACOGERIATRIA

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18/09/2011
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POLIPATOLOGIA E POLIFARMÁCIA
PROFª STELLA MAIA
FARMACOLOGIA: IMPORTÂNCIA 
PARA A ENFERMAGEM E 
ESPECIFICIDADE DO IDOSO 
• O envelhecimento é processo biológico natural, no qual as
funções de diferentes órgãos tornam-se deficientes, alterando
a atividade dos medicamentos. A presença de diversas
patologias concomitantes também é comum, o que facilita
a polifarmácia.
• A longevidade é crescente, aumentando a incidência de
doenças agudas ou crônicas, com considerável aumento do
uso de medicamentos. Isso pode associar- se a doenças
iatrogênicas aumento de hospitalizações.
• Como as prescrições são feitas por diferentes profissionais,
aumenta o risco de associações medicamentosas prejudiciais,
e geralmente não há esforço no sentido de formular esquemas
de administração integrados, mais cômodos para o paciente.
FARMACOGERIATRIA
• O processo de envelhecimento e a elevação da frequência
de doenças crônico-degenerativas, é acompanhado por uma
maior demanda pelos serviços de saúde e por
medicamentos, o que predispõe grandemente a
população geriátrica aos riscos da prática de
polifarmácia e aos efeitos adversos dos medicamentos.
• No entanto, deve-se atentar para o fato de que o organismo
idoso apresenta mudanças em suas funções fisiológicas que
não devem ser desconsideradas, pois podem levar a uma
farmacocinética diferenciada e maior sensibilidade tanto
aos efeitos terapêuticos quanto adversos das drogas.
FARMACOGERIATRIA POLIFARMÁCIA
• Considera-se haver polifarmácia quando há uso
desnecessário de pelo menos um medicamento ou
presença de cinco ou mais fármacos em associação.
• Alguns autores consideram também polifarmácia como
tempo de consumo exagerado (pelo menos 60 a 90
dias).
• A polifarmácia, praticada em grande escala, seja por
prescrição médica ou automedicação, favorece a
ocorrência de efeitos adversos e interações
medicamentosas.
POLIFARMÁCIA
• Os medicamentos mais consumidos incluem anti-
hipertensivos, analgésicos, anti-inflamatório e sedativos.
Idosos na faixa de 65 a 69 anos consomem em média
13,6 medicamentos prescritos por ano, enquanto aqueles
entre 80 a 84 anos podem alcançar 18,2
medicamentos/ano.
• Estudo prospectivo com acompanhamento de quatro anos
mostrou que a polifarmácia ocorreu em 42% dos idosos e
que a presença de hipertensão arterial e fibrilação atrial
está associada a aumento significativo de fármacos
utilizados.
POLIFARMÁCIA
• Em outro estudo, efeitos adversos foram
responsáveis por 3,4% das internações, e 4% dos
pacientes foram a óbito.
• Para cada medicamento utilizado pelo idoso, existe
um aumento de 65% de chance de internação por
complicações medicamentosas.
• Acresce que o custo de tratamento aumenta com a
polifarmácia, principalmente quando os prescritores
privilegiam fármacos de introdução recente no
mercado. A maior parte dos gastos relaciona-se com
hospitalizações.
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POLIFARMÁCIA
• Os problemas ou doenças iatrogênicos surgidos
aumenta o consumo de novos fármacos.
• Dessa forma, a polifarmácia torna-se problema de
saúde pública, devido ao aumento do custo com os
serviços de saúde e medicamentos, sem que isso se
traduza em aumento da qualidade de vida da
população.
ADESÃO A TRATAMENTO
• Idosos não têm necessariamente menor adesão a
tratamento do que adultos mais jovens. Porém, as
deficiências sensoriais (visão, por exemplo) e de
capacidade cognitiva contribuem, respectivamente, para
dificuldade de leitura de bulas e instruções e para não-
compreensão e esquecimento da prescrição, o que
resulta em uso inadequado ou abandono do
tratamento.
• Idosos necessitam de acompanhamento mais próximo e
constante orientação. Aqueles com funções cognitivas
preservadas terão maior sucesso no tratamento.
Absorção
1. Dificuldade de deglutição, uso de Sonda, gastro ou
jejunostomia
2. Alteração da motilidade intestinal aumentando o tempo
de esvaziamento esofágico e gástrico
3. Diminuição das vilosidades intestinais, diminuindo a área
de absorção no trato gastrointestinal
4. Diminuição da secreção de ácido clorídrico,
naturalmente ou causado por medicação
Alterações Farmacocinéticas
Distribuição
1. Diminuição da quantidade de água corporal
2. Diminuição da massa muscular
3. Aumento da gordura corporal
4. Diminuição do fluxo esplâncnico 
5. Diminuição das proteínas plasmáticas 
Alterações Farmacocinéticas
Metabolismo
1. Alterações no metabolismo acarretam prolongamento da 
meia-vida de alguns fármacos e podem alterar a 
biodisponibilidade daqueles que sofrem metabolismo de 
primeira passagem. 
2. Diminuição de 30 a 40% na atividade enzimática nos 
idosos, porém em pacientes saudáveis isso não tem 
repercussão clínica
Alterações Farmacocinéticas
Excreção
1. É influenciada principalmente pela função renal. Nos 
idosos, há diminuição de fluxo renal e filtração glomerular. 
Fármacos com excreção renal preponderante, aumentam 
a meia-vida, o que pode resultar em acúmulo e 
toxicidade, o que ocorre com digoxina, vancomicina e 
lítio.
Alterações Farmacocinéticas
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• Dados revelam que 10% dos pacientes hospitalizados
entre 40-50 anos e 25% dos acima de 80 anos
apresentam doenças iatrogênicas, muitas associadas a
classes específicas de medicamentos, como os
cardiovasculares, psicotrópicos, fibrinolíticos e diuréticos.
• O termo “cascata da prescrição” (prescribing cascade)
tem sido usado para descrever a situação em que o
efeito adverso de um fármaco é interpretado
incorretamente como nova condição médica que
exige nova prescrição, sendo o paciente exposto ao
risco de desenvolver efeitos prejudiciais adicionais
relacionados a tratamento potencialmente desnecessário.
Reações Adversas
1. Absorção: Hidróxido de alumínio interage na absorção 
da tetracilcina
2. Excreção: Diureticos aumentam o risco de intoxicação 
digitálica por perda de Potássio
3. Alergenicidade cruzada: Penicilina e Cefalosporina
4. Competição de receptores: Metildopa diminui onumero 
de receptores de medicações anti hipertensivas
5. Efeito farmacológico aumentado ou diminuído: Alcool 
aumenta o efeito de barbituricos. Triciclicos diminuem o 
efeito do Propanolol
Interações Medicamentosas (Exemplos)
Caso Clínico
Paciente 76 anos, sexo feminino, viúva, proveniente de São Gotardo,
residente em Belo Horizonte há 40 anos.
Mora com sua filha e dois netos e os três trabalham o dia todo
Ela é a responsável pelas atividades domésticas incluindo cozinhar,
faxina e cuidar das roupas
É hipertensa e segundo a mesma tem Depressão, Gastrite e Osteoporose
com muita dor articular. Faz controle com o médico do Centro de Saúde
mas reclama que os médicos não param no Centro de Saúde. Só no ano
passado foram 3 médicos diferente na sua equipe.
Procura seu consultório porque está com problemas para lembrar as
coisas e dificuldade para descascar, picar, e outra atividades de função
motora fina.
Apresenta uma sacola de plástico com diversos medicamentos dentro
dela. Quando questionada relata que faz uso irregular de alguns deles
mas que o comprimido vermelho ela sempre toma. O comprimido grande
branco que divide ela toma só de manhã, mas o branco pequeno ela
toma de manha e a noite. Os medicamentos dentro da sacola são os
seguintes:
1. AAS 100mg 
2. Ginkobiloba (Tanakan) 
3. Cinarizina 75mg 
4. Cimetidina 200 mg
5. Diclofenaco 50 mg
6. Diazepam 10 mg
7. Lactopurga
8. Digoxina 0,25 mg
9. Furosemida 40 mg
10.Metildopa 500mg
11.Amoxacilina 500mg
12.Sulfametoxazol 400mg + Trimetoprim 80 mg
Exercício:
Aponte os potenciais problemas encontrados neste caso 
clínico relativos ao uso de medicamentos por essa 
paciente.
OBRIGADA!

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