Sistema Respiratório

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Histologia
UCII
Aula 2 - 23/03/16
1. Descrever o aspecto Histofisiológico do pulmão
	O sistema respiratório consiste em um par de pulmões e em uma série de vias respiratórias que levam o ar pra dentro e para fora do pulmão. 
O pulmão divide-se em porção condutora – fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos - e uma porção respiratória (onde ocorrem as trocas gasosas) – bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos.
	Para assegurar a passagem contínua de ar, a parede da porção condutora é constituída por uma combinação de CARTILAGEM, TECIDO CONJUNTIVO E TECIDO MUSCULAR LISO, que proporcionam suporte estrutural, flexibilidade e extensibilidade. A mucosa da parte condutora é revestida por um epitélio especializado chamado de epitélio respiratório.
	O PULMÃO ESQUERDO é dividido em dois lobos, enquanto que o pulmão DIREITO é dividido em três lobos.
A) EPITÉLIO RESPIRATÓRIO 
A maior parte da porção condutora é revestida por EPITÉLIO CILIADO PSEUDOESTRATIFICADO COLUNAR ou CILINDRICO com muitas células caliciformes.
O epitélio respiratório típico consiste em 5 tipos celulares no qual tem como célula mais abundante a CÉLULA COLUNAR CILIADA. 
Quantitativamente, o segundo lugar é composto por CÉLULAS CALICIFORMES (em forma de cálice), secretoras de muco. 
As demais células colunares são conhecidas como CÉLULAS EM ESCOVA (brush cells), devido aos numerosos microvilos presentes na parte apical. Na base das células em escova existem terminações nervosas aferentes e são, por isso, consideradas receptores sensoriais.
 
Há ainda as CÉLULAS BASAIS, que são pequenas e arredondadas e estão apoiadas também na membrana basal, mas não se estendem até a superfície livre do epitélio como as células em escova.
Por último, encontra-se a CÉLULA GRANULAR, que parece a célula basal, mas contém numerosos grânulos.
TODAS AS CÉLULAS DO EPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO COLUNAR CILIADO APOIAM-SE NA LÂMINA BASAL.
B) ÁRVORE BRÔNQUICA – é constituída por Brônquios, Bronquíolos, Ductos Alveolares e Alvéolos.
	Brônquios – Nos ramos maiores a mucosa é igual a da Traqueia, ou seja, revestida por EPITÉLIO REVESTIMENTO CILIADO PSEUDOESTRATIFICADO COLUNAR com muitas células caliciformes. 
5 CAMADAS DOS BRONQUIOS: o EPITÉLIO está na camada mucosa, LÂMINA PRÓPRIA, camada muscular, camada submucosa. Até aqui: tecido conjuntivo frouxo. Camada cartilaginosa e camada adventícia – que é tecido conjuntivo propriamente dito denso.
Nos ramos menores (brônquios intrapulmonares) o EPITÉLIO pode ser CILÍNDRICO SIMPLES CILIADO. A Lâmina Própria é rica em fibras elásticas. 
O EPITÉLIO TÁ NA CAMADA MUCOSA. Segue-se a mucosa uma CAMADA MUSCULAR LISA, formada por feixes circulares dispostos em espiral que circundam completamente o brônquio. OS BRÔNQUIOS PODEM SER IDENTIFICADOS PELAS SUAS PLACAS DE CARTILAGEM E POR UMA CAMADA CIRCULAR DE MÚSCULO LISO. 
	Externamente a essa camada muscular existem glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem na luz brônquica.
	As peças cartilaginosas são envolvidas por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas. 
	A parede do brônquio é, portanto, composta de 05 camadas:
		a) Mucosa – é composta de um epitélio pseudoestratificado similar ao da traqueia. Ou seja, EPITÉLIO CILIADO PSEUDOESTRATIFICADO COLUNAR. A altura das células, no entanto, diminuem à medida que os brônquios diminuem de diâmetro. 
		b) Muscular – é uma camada contínua de músculo liso nos brônquios maiores. Torna-se mais atenuada e frouxamente organizadas nos brônquios menores, em que PODE APARECER DESCONTÍNUA, em virtude da sua organização espiralada. É A CONTRAÇÃO DO MÚSCULO QUE REGULA O DIÂMETRO DA VIA RESPIRATÓRIA.
		c) Submucosa - permanece como tecido conjuntivo relativamente frouxo. Nos brônquios maiores há glândulas e também tecido adiposo.
		d) Camada Cartilaginosa – são placas de cartilagem descontínuas, que se tornam menores à medida que o diâmetro do brônquio diminui.
		e) Adventícia – consiste em tecido conjuntivo moderadamente denso, que é contínuo com o das estruturas adjacentes, tais como a artéria pulmonar e o parênquima pulmonar.
	BRONQUÍOLOS – são ductos condutores de ar, tem diâmetro de 1mm ou menos. NÃO APRESENTA CARTILAGEM, GLÂNDULAS OU NÓDULOS LINFÁTICOS. 
	Bronquíolos terminais – são as últimas porções das árvores brônquicas. Têm estrutura semelhante à dos bronquiolos, porém com a parede mais delgada, revestida internamente por epitélio baixo ou cúbico, com células ciliadas e não ciliadas. Possuem ainda as Células de Clara, não ciliadas, que apresentam grânulos secretores em suas porções apicais. As Células de Clara secretam proteínas que protegem o revestimento bronquiolar contra certos poluentes do ar inspirado e contra inflamações. 
	
Bronquíolos Respiratórios - cada bronquíolo terminal se subdivide em dois ou mais bronquíolos respiratórios que constituem a transição entre a porção condutora e a respiratória. O bronquíolo respiratório é um tubo curto, às vezes ramificado, com estrutura semelhante à do bronquíolo terminal, EXCETO PELA PRESENÇA DE NUMEROSAS EXPANÇÕES SACULIFORMES constituídas por ALVÉOLOS, onde ocorrem as trocas gasosas.
	As porções dos bronquíolos respiratórios que não têm alvéolos são revestidas por EPITÉLIO SIMPLES que varia de COLUNAR BAIXO à CUBÓIDE, podendo apresentar cílios na porção inicial. Também tem as Células de Clara. O músculo liso e as fibras elásticas formam uma camada mais delgada do que a presente no bronquíolo terminal.
	A parede de TODOS os bronquíolos apresenta uma camada relativamente espessa de MÚSCULO LISO. 
	DUCTOS ALVEOLARES - 	À medida que a árvore respiratória se prolonga no parênquima pulmonar, o número de alvéolos abrindo-se no bronquíolo respiratório vai aumentando até que a parede passa a ser constituída só de alvéolos e o tubo passa a ser chamado de DUCTO ALVEOLAR. Tanto os ductos alveolares como os alvéolos são revestidos por EPITÉLIO SIMPLES PLANO cujas células são bem finas. Nas bordas dos alvéolos, a lâmina própria apresenta feixes de músculo liso. Os ductos alveolares mais distais não apresentam músculo liso. 
	
	Uma matriz rica em fibras elásticas e contendo também fibras reticulares constitui suporte para os ductos e os alvéolos. São as fibras elásticas que se distendem durante a inspiração e se contraem passivamente na expiração. As fibras reticulares servem de suporte para os delicados capilares sanguíneos interalveolares e para a parede dos alvéolos, impedindo a distensão excessiva dessas estruturas e eventuais danos.
	ALVÉOLOS – O ducto alveolar termina em um alvéolo único ou em sacos alveolares constituídos por diversos alvéolos. Tecido epitelial de revestimento pavimentoso simples.
	Os alvéolos são estruturas encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios. Constituem as últimas porções da árvore brônquica, sendo os responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar. São pequenas bolsas abertas de um lado, cujas paredes são constituídas por uma camada epitelial fina que se apoia um tecido conjuntivo delicado, onde está presente uma rica rede de capilares sanguíneos. Essa parede alveolar é comum a dois alvéolos vizinhos, constituindo, portanto, uma parede ou septo interalveolar.
	
	A parede interalveolar é formada por três tipos celulares principais: células endoteliais dos capilares, pneumócitos tipo 1 e pneumócitos tipo II. As células endoteliais dos capilares são as mais numerosas e têm o núcleo mais alongado (Figura 17.22) que o dos pneumócitos. O endotélio é do tipo contínuo, não fenestrado (Figura 17.20). O pneumócito tipo I, também chamado de célula alveolar pavimentosa, tem núcleo achatado, fazendo uma ligeira saliência para o interior do alvéolo.
	Os pneumócitos tipo II, também cl1amados de células septais, localizam-se e11tre os pneun1ócitos tipo I. Os pneumócitos tipo II são células arredondadas qt1e ficam sempre sobre a membra11a basal do epitélio alveolar, como parte desse epitélio.