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Sistemas de produSistemas de produçção de mudasão de mudas Tipos de semeadura na produção de mudas CIF 140 – Viveiros Florestais Estratégia de produção de mudas = grupo sucessional ou funcional da espécie (pioneiras, clímax exigentes de luz e clímax tolerantes à sombra) Espécies pioneiras: Tamanho reduzido; Com dormência; Viáveis no banco de sementes do solo por vários anos Armazenadas a longo prazo Espécies clímax: Maiores dimensões; Livres de dormência; Difícil armazenamento (sementes recalcitrantes) Ciclo de produção: 60 a 120 dias Ciclo de produção: 210 a 270 dias FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN Semeadura de espécies com sementes dormentes, para posterior repicagem Semeadura (maio, junho e julho) e crescimento das mudas de espécies CS Semeadura (julho, agosto e setembro) e crescimento das mudas de espécies CL Semeadura (agosto, setembro e outubro) e crescimento das mudas de espécies P Plantio das mudas no campo Figura 1 – Cronograma de semeadura considerando-se os distintos grupos sucessionais de espécies nativas Método de semeadura • Semeadura direta (não há impedimento à imediata germinação): - dispensa a construção de sementeiras; - evita o enovelamento de raízes ou o “pião-torto”; - ocorre menor incidência de pragas e principalmente de doenças; - dispensa o sombreamento dos canteiros durante e logo após a repicagem; - menos gasto com mão de obra e - possibilita menor custo final da muda • Semeadura em sementeiras (para posterior repicagem): - Sementes dormentes; - Sementes com baixa germinação; - Sementes com comportamento desconhecido; - Sementes muito pequenas Semeadura em sementeiras – Cuidados com a repicagem - Manuseio das mudas: evitar danos ao sistema radicular; - Condições climáticas adequadas: dias nublados e temperaturas amenas; - Aparato de cobertura para os canteiros de mudas recém- repicadas; - Canteiros com mudas recém-repicadas: irrigações mais frequentes Sementeira 3 a 5 m 1,2 m Apoio lateral Nível do solo Substrato Material drenante 30 cm 20 cm 1,2 m Figura 2 – Sementeira: Visão geral (acima) e corte transversal (abaixo). Tamanho da semente Composição Pequena/Média 70% de terra de subsolo peneirada 20% de esterco curtido de curral, ou casca de arroz carbonizada 10% de areia (se o solo for argiloso) Pequena/média 80% de areia média 20% de húmus de minhoca, ou esterco bovino curtido Grande 100% de areia média Tabela 1- Composição de substratos para sementeiras Tipos de semeadura • Semeadura a lanço: sementes espalhadas uniformemente sobre a sementeira; • Semeadura em sulcos: sementes dispostas lado a lado, em sulcos feitos na sementeira; profundidade do sulco = espessura da semente • Após semeadura: - peneirar camada de substrato ou terra - camada de cobertura morta - realizar irrigações até a repicagem Repicagem • Processo de transferência das plântulas da sementeira para as embalagens (sacos plásticos ou tubetes); • Operação precedida de irrigação; • Sementes pequenas: plântula com 2º par de folhas; • Sementes grandes: assim que ocorra a emergência. CUIDADOS COM A REPICAGEM: • Evitar o dobramento e/ou enovelamento da raiz no novo recipiente; • “Calçar” o substrato ao redor da raiz e do colo da plântula; • Espalhar casca de arroz por cima dos recipientes sem cobrir as plântulas; • Molhar abundantemente; • Cobrir o canteiro com Sombrite 50% por 7 dias ou até que se note o pegamento das mudas; • A repicagem deve ser feita pela manhã ou à tarde, preferencialmente em dias nublados ou mesmo chuvosos. Figura 3 – Semeadura em sulcos em sementeira (A), emergência de plântulas (B) e repicagem (C). A B C Semeadura direta • Antes da semeadura: separar as sementes do mesmo lote (3 categorias) para uniformidade dos lotes de mudas; • 1 a 7 sementes/recipiente em função do tamanho e qualidade física, fisiológica das mesmas; • Após semeadura: Fina camada de substrato e cobertura morta (CA ou capim picado); • Decorridos de 10 a 30 dias após semeadura: desbaste, retirando-se as mudas em excesso (Muda mais vigorosa por recipiente) Vantagens: • Eliminação da necessidade de confecção de sementeiras e posterior repicagem; • Dispensa dos aparatos para sombreamento de plântulas recém- repicadas; • Redução do prazo para produção das mudas; • Produção de mudas mais vigorosas; • Diminuição das perdas de mudas por doenças; • Produção de mudas com sistema radicular de melhor conformação; • Produção de mudas a um menor custo. Recipientes Biologicamente: 1) Propiciar suporte, nutrição, aeração e água; 2) Proteção das raízes de danos mecânicos e da desidratação; 3) Moldar o sistema radicular na forma mais favorável para o desenvolvimento das raízes, assim como maximizar a sobrevivência e crescimento inicial das mudas após plantio no campo. Funções/características dos recipientes Tubete de Plástico Saco Plástico Recipientes Operacionalmente: 1) Facilidade de manuseio no viveiro e campo; 2) Durabilidade; 3) Resistência; 4) Possibilidade de reaproveitamento; 5) Custo; 6) Dimensões; 7) Disponibilidade no mercado. Funções/características dos recipientes Tubete de Plástico Saco Plástico Espécie Custos Quantidade de mudas Espécie Custos Quantidade de mudas Escolha do recipiente Escolha do recipiente Recipientes Tipos de Recipientes • Torrão Reba (blocos de substratos orgânicos); • Torrão Paulista (blocos de substratos orgânicos); • Torronete (blocos de substratos orgânicos); • Laminado de madeira (recipiente em forma de cilindro, sem fundo, feita de laminados de madeira macia, biodegradável); • Togaflora (recipiente de papel kraft em forma de tubo cilíndrico vazado, revestido com uma fina camada de plástico na parte externa); • Paper-Pot (recipiente biodegradável feito de folha de papel fina tratada, apresentando seção hexagonal); • Fértil-Pot (recipiente em forma de tronco de cone ou de pirâmide com seções circulares ou quadradas, feitos a partir de pasta de fibra de madeira e turfa + nutrientes minerais); • Vapo (blocos prensados, feitos de turfa seca + nutrientes); • Bandejas de isopor/plástico (moldes de isopor/plástico com cavidades afuniladas, na forma de pirâmide invertida).ss . Ellepot Tipo de Recipiente: SACO PLÁSTICO SACO PLÁSTICO: recipiente constituído de uma sacola plástica de polietileno de dimensões variadas. Saco Plástico Tipo de Recipiente: SACO PLÁSTICO Principais Vantagens: 1) Preço baixo; 2) Disponibilidade no mercado; 3) Não requer mão de obra especializada. Principais Desvantagens: 1) Enchimento manual; 2) Enovelamento do sistema radicular; 3) Manejo das mudas no viveiro; 4) Custo de transporte das mudas; 5) Retirada da embalagem para plantio; 6) Utilização de terra de subsolo. Saco Plástico PREPARO DO SUBSTRATO Terra de Subsolo Recipientes: Sacos de polietileno • Dimensões comuns de sacos plásticos: 8x12 cm; 10x15 cm; 10x17 cm; 12x22 cm e 18x24 cm; • Evitar sacos plásticos com capacidade acima de 1 litro: mais caros, consomem grande quantidade de substrato, mais difíceis de encher, ocupam grande espaço no viveiro, aumento no custo de transporte e difícil manuseio no viveiro e no plantio; • Encanteirados na diagonal, evitando-se o excesso de espaços vazios entre eles. Sistema de produção de mudas por sacos plásticos Vantagens: - menor investimento inicial na implantação do viveiro; - mais aplicável a programas de extensão em pequena escala; - mais aplicável para espécies do Cerrado e da Caatinga, com estruturas adaptativas ao bioma de origem; Desvantagens:- enovelamento de raízes; - substrato pesado dificultando operações de manejo no viveiro; - aumento do custo de transporte; - enchimento manual; - dificuldade na retirada da embalagem, retardando o plantio; - problemas ergonômicos na produção e no plantio; - necessidade de realização de moveções periódicas; - risco de acidentes com animais peçonhentos; - maior incidência de contaminação fúngica Substrato para produção de mudas em sacos plásticos: • 3 partes de terra de subsolo peneirada; • 1 parte de esterco de curral; • 1 parte de casca de arroz carbonizada; • 4 Kg de superfosfato simples/m3; • 120g de cloreto de potássio/m3 Para formar volume de 1 m3: 12 carrinhos-de-mão de terra, 3 de esterco e 3 de casca de arroz carbonizada, 4Kg de super simples e 120g de KCl. Tipo de Recipiente: TUBETE DE PLÁSTICO Tubete de Plástico Rígido: recipiente constituído de plástico rígido, levemente cônico, de seção circular ou quadrada, com dimensões variadas no mercado. Tipo de Recipientes: TUBETE DE PLÁSTICO Peso: 10 gramas Dim. Externa: ø 34 mm Dim. Interna: ø 28 mm Furo: ø 12 mm Altura: 125 mm Capacidade: 53 cm³ N°. de Estrias: 4 ou 6 Peso: 40 gramas Dim. Externa: ø 63 mm Dim. Interna: ø 52 mm Furo: ø 13 mm Altura: 190 mm Capacidade: 280 cm³ N°. de Estrias: 8 Tubetes • Estados Unidos por volta de 1970: economia e automação do sistema de produção de mudas; • Vantagem biológica: obtenção de mudas com sistema radicular sem distúrbios; • Recipientes plásticos, levemente cônicos, várias dimensões e 6 a 8 saliências internas longitudinais (evitar enovelamento de raízes); • Produção de mudas de espécies nativas: tubetes com 50 a 180 cm3; • Tubetes > 180 cm3 = alto custo, alto consumo de substrato e mudas com sistema radicial muito comprido Suporte para TUBETE DE PLÁSTICO Bandejas de Plástico Estruturas de Metalon Tipo de Recipiente: TUBETE DE PLÁSTICO Principais Vantagens: 1) Possibilidade de mecanização; 2) Facilidade operacional do processo; 3) Possibilidade de melhores condições de trabalho; 4) Menor custo e facilidade de transporte das mudas; 5) Uso em qualquer condição climática; 6) Permite processo estático de produção das mudas; 7) Evita enovelamento do sistema radicular; 8) Produção de mudas de alta qualidade. Tipo de Recipiente: TUBETE DE PLÁSTICO Principais Desvantagens: 1) Custo dos recipientes/suportes; 2) Custo da implantação do viveiro; 3) Requer mão de obra com melhor qualificação; 4) Maior consumo de nutrientes e água; 5) Exigência de um substrato adequado ao tubete; 6) Irrigações mais frequentes; Tipo de Recipiente: TUBETE BIODEGRADÁVEL Substratos Função do SUBSTRATO: sustentação da planta e servir de fonte de nutrientes e água. Composição do SUBSTRATO: fase sólida (partículas minerais e orgânicas), fase líquida (água/solução do substrato) e fase gasosa (ar). Tipos de Substratos Terra de subsolo Composto orgânico Vermiculita Esterco bovino Moinha de Carvão vegetal Serragem Bagaço de cana Acículas de Pinus Húmus de minhoca Composto de resíduo sólidos urbanos Fibra de coco Casca de arroz carbonizada Sistema de produção de mudas por tubetes Vantagens: - arestas internas, equidistantes, percorrendo o tubete longitudinalmente, impedindo o enovelamento das raízes; - melhor ergonomia (bandejas apoiadas em bancadas, manuseio das mudas em pé); - mudas não estão em contato com o solo: reduz o risco de infecções fúngicas; - nulo o risco de acidentes com animais peçonhentos; - produção de mudas em série, permitindo a mecanização; - podem ser reutilizados diversas vezes; - menor quantidade de substrato; - não é necessário executar a poda das raízes; - sistema radicular mais compacto e estruturado, menos susceptível a lesões no manuseio, transporte e plantio; - permite realizar a alternagem das mudas, reduzindo o estiolamento; - as mudas são mais leves, facilitando o manuseio no viveiro e distribuição no campo; - rendimento maior de transportes das mudas para o campo; - redução na necessidade de mão de obra; - custo final da muda reduzido (1/3 do custo de mudas em saco plástico) Desvantagens - maior investimento inicial na implantação do viveiro; - maior frequência de irrigação (menor quantidade de substrato para reter umidade); - lixiviação de nutrientes mais intensa (constantes adubações em cobertura) Tipos de substratos para tubetes • Várias composições: uso da terra ( máximo 20%) ou ausência de terra; • Características de um bom substrato: - custo: ser barato e facilmente disponível; - ausência de sementes de plantas invasoras, principalmente gramíneas; - aeração (equilíbrio entre macroporos e microporos); - permeabilidade; - capacidade de retenção de umidade (teor e qualidade da matéria orgânica); - granulometria: componentes com mesma densidade, evitar a segregação no tubete Alguns substratos usados na produção de mudas em tubetes - 50% esterco + 20% de casca de arroz carbonizada + 20% de vermiculita + 10% de terra de subsolo; - 70% de composto (a base de casca de Pinus) + 20% de húmus de minhoca + 10% de vermiculita; - 40% esterco + 20% húmus + 20% vermiculita + 20% terra subsolo; - 60% húmus + 30% casca de arroz carbonizada + 7% areia + 3% terra de subsolo; - 70% fibra de côco + 30% composto de casca de Pinus; - 80% composto orgânico/húmus + 20% casca de arroz carbonizada; - 60% composto orgânico/húmus + 20% casca de arroz carbonizada + 20% terra arenosa
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