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Endosso cambial

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Ação de regresso- endosso
Endosso (como letra de câmbio só quando é ) título nominativo à ordem.
Título ao portador não 
demanda endosso
Conceito: O endosso é o meio pelo qual se processa a transferência do título de um credor para outro. Em seus efeitos o endosso confere direitos autônomos, enquanto da cessão resultam direitos derivados. No endosso, a nulidade de um não afeta os endossos posteriores, devido à autonomia das relações cambiárias. O endossatário não pode opor exceção senão diretamente contra o endossante que lhe transferiu o título. Ao endossar, o endossador transfere ao endossatário o título e, em consequência, os direitos nele incorporados.
O endosso transmite a propriedade da letra de câmbio, sendo suficiente, para sua validade, a simples assinatura do próprio endossador ou de seu mandatário especial, no verso da letra, quando em branco. A Lei Uniforme não faz essa exigência em relação ao endosso em preto, que pode ser conferido tanto no verso como no anverso. É possível lavrar o endosso em documento à parte, ou concedê-lo por meio de instrumento público. Não. Não é possível, pois sendo um meio cambiário de transferência do título, há de constar, de ser inserido, no documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele constante.
Pode, todavia, faltando espaço no verso do título, ser escrito numa folha de extensão, ligada ao corpo do título, extensão, alongue, alongamento ou folha de alongamento. O endosso, ademais, deve ser puro e simples. Não pode ser, uma vez concedido, restringido por qualquer condição, pois a cláusula restritiva será considerada inexistente, não escrita. O endosso parcial é, assim, vedado, tanto no regime do Decreto nº 2.044, como no da Lei Uniforme, que reza: “O endosso parcial é nulo”. O mesmo estabelece o Código Civil, no art. 912, parágrafo único. Cancela-se simplesmente o endosso riscando-o.
Há a possibilidade de uma letra de câmbio ao portador?
Não na origem, em sua origem só na forma nominativa, a letra de câmbio só se transmite diante do endosso, devendo ser definido de forma expressa.
Endossante: É o credor, o que promove o endosso, passa a ser co-devedor.
Endossatário: Recebe o título. É a quem a cambial é transferida e passa a ser o novo titular da letra de câmbio;
O primeiro endossante é o tomador, sempre.
Só quem pode endossar é quem cota na condição de legítimo credor, devendo formalizá-lo no título, assinando no verso do título. O endosso pode ser nominativo ou ao portador, em preto (caracterizando novo credor) ou em branco.
Classificação
Próprio: Transferência de posse e do crédito
Impróprio ou endosso mandato: Transferência da posse 
Com cláusula não à ordem: Não tem eficácia, mas não cria impedimento insuperável, e não pode ser aceita a título de câmbio, mas sim a título de circulação. Assinatura aposta no verso do título. É possível, todavia, ao sacador, impedir a circulação da letra por endosso desde que tendo sacado a letra em forma nominativa, através da cláusula não à ordem, ou outra equivalente. Diz a Lei Uniforme que, “quando o sacador tiver inserido na letra as palavras não à ordem, ou expressão equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de crédito”. 
O endossante pode, também, proibir, após ter recebido o título, novos endossos, inserindo a cláusula proibitiva no ato em que dispuser da letra. Neste caso, não garante o pagamento às pessoas a quem a letra for posteriormente endossada, com desrespeito à cláusula. A transferência da letra se processa, mas sem os efeitos cambiários naturais do endosso. 
Modalidades de endosso
Para conceder-se o endosso em branco bastava a assinatura do endossante. Não se designava o beneficiário do endosso, que assim não teria endossatário ostensivo. Neste caso, o endosso, para ser válido, devia ser escrito no verso da letra ou na folha anexa, só admitia qualquer espécie de endosso apenas no verso.
Ocorreu, entretanto, que o legislador brasileiro, impressionado com as preocupações da administração federal sobre a evasão tributária, terminou por proibir o endosso em branco dos títulos de crédito em geral, dentre eles a letra de câmbio. A proibição do endosso em branco continua prevalecendo em face da lei especial, nos termos do art. 903.
No endosso em preto o endossante designava, acima da sua assinatura, o nome do endossatário, a quem se destinava o endosso. O endosso em preto podia ser concedido tanto no dorso como na face da letra.
Efeitos do endosso
O endossante, bem como o sacado, ficam vinculados, para com o endossatário, cambiariamente. O endossatário pode dirigir contra ele a ação cambial. Daí ter a Lei Uniforme expressamente disposto que, salvo cláusula em contrário, o endossante é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra (art. 15). Se a letra não for aceita, a obrigação volta-se contra ele, o mesmo ocorrendo caso, aceita a letra, o aceitante não a pague no vencimento.
Havendo uma série ou cadeia ininterrupta de endossos, o detentor da letra é considerado legítimo portador, mesmo que o último endosso seja em branco.
Espécies de endosso
Procuração:
É admissível, pela lei, a inserção, no endosso, de cláusula que expresse a sua finalidade, como, por exemplo, por procuração, valor a cobrar, para cobrança ou outra expressão que implique mandato para determinado fim. É o genericamente chamado endosso-mandato ou endosso-procuração. Transmite-se ao mandatário-endossatário, assim investido de mandato e da posse do título, o poder de efetuar a cobrança, dando quitação de seu valor. Desse modo se transfere a posse da letra, mas não a disponibilidade de seu valor, cujo crédito pertence ao endossante. O endossatário, todavia, para protestar o título deve ser investido de poderes especiais. O endossatário-mandatário pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas só pode endossá-la na qualidade de procurador, uma vez que, como se acentuou, não tem disponibilidade do valor do crédito. Os coobrigados, adverte a Lei Uniforme, nesse caso, só podem invocar contra o portador, mandatário, as exceções que eram oponíveis ao endossante, e não as que tivessem contra o endossatário-mandatário. 
Se o endosso deve ser puro e simples, o mandato nele inserido deve ser também puro e simples, não admitindo cláusula restritiva, que ensejaria ao terceiro interpretá-la, o que não é consentâneo com a transmissibilidade rápida da cambial. A eficácia do endosso-procuração apesar da morte ou superveniente incapacidade do endossante — mandante. É preciso admitir igualmente que o mandato conferido ao endossatário terá fim pela morte, incapacidade ou falência deste.
Caução
Pode ocorrer, com efeito, que o endossante deseje transferir ao endossatário a letra de câmbio apenas como uma garantia de outra obrigação assumida.
Fiduciário
Sendo a letra de câmbio uma cousa, inscrevendo-se entre os bens móveis, não resta dúvida que pode ser objeto de alienação fiduciária em garantia. O endosso pode-se revestir, intrinsecamente, do aspecto de endosso fiduciário.
Tardio
O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso anterior. Todavia, apenas o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz os efeitos de uma cessão ordinária, de crédito. No endosso sem data, anote-se, presume-se que tenha sido feito antes de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, salvo, evidentemente, prova em contrário.
Cada um dos endossantes deve, dentro de dois dias úteis que se seguirem ao da recepção do aviso de protesto por falta de aceite ou de pagamento, informar o seu endossante desse aviso que recebeu, e assim sucessivamente até chegar ao sacador, pois aquele que deixar de expedir tal aviso será responsável pelo prejuízo decorrente de sua negligência, até o valor da letra.

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