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12/08/2017 1 Bases fisiológicas da Ventilação Mecânica Profº Anderson A Camargo E-mail: a-a-c@uni9.pro.br Força elástica Força resistiva Força gravitacional Caixa torácica Ciclo respiratório Para respirar é necessário... Aspectos Fisiológicos • Sistema respiratório = pulmão + parede torácica; • A ventilação pulmonar envolve a movimentação volumétrica do sistema respiratório; • Para que haja ventilação, deve existir uma pressão capaz de vencer as propriedades resistivas e elásticas do sistema respiratório. Aspectos Fisiológicos Fluxo Constante e Volume conhecido. Aspectos Fisiológicos Legenda do gráfico anterior: Aspectos Fisiológicos CEF = Complacência Efetiva ou Dinâmica; considera componentes resistivos. CST = Complacência Estática; considera a elasticidade do parênquima pulmonar. R= Resistência. 12/08/2017 2 Aspectos Fisiológicos • Complacência Efetiva ou Dinâmica (CEF): considera componentes resistivos, é importante para avaliar o estado de obstrução das vias aéreas, que deve ser confirmada pelo cálculo da resistência. • Complacência Estática (CST): considera apenas a elasticidade do parênquima pulmonar. • Resistência (R): é feito cálculo para identificar fatores que provocam oposição ao fluxo de ar no sistema. Deve-se lembrar que o diâmetro da COT e/ou obstrução da mesma por secreção ou rolhas influencia na resistência. Aspectos Fisiológicos • Método de Oclusão: • Posteriormente, é realizada a oclusão das vias aéreas ao final da inspiração; • Após a oclusão não haverá mais fluxo no sistema, portanto, as forças que resistem ao fluxo deixam de existir (resistência do sistema). • Assim, a partir desse momento, restam apenas as forças relacionadas à elasticidade do sistema (complacência). Conceito de complacência? Ventilação Mecânica (VM) ou Suporte ventilatório Definição A ventilação mecânica (VM) ou suporte ventilatório é um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada Ventilação Mecânica VM ou suporte ventilatório mecânico: • Invasivo ou não invasivo; • Tecnologia dos aparelhos: reduz as repercussões fisiológicas, aumenta a eficácia de monitorização e introduz novos recursos de segurança. Histórico da VM 12/08/2017 3 Pulmão de aço Histórico Década de 40 Aspiração de secreções Ventilação manual e/ou mecânica Facilidade em aumentar a FiO2 Surgem os aparelhos de pressão positiva para anestesia Ventiladores Mecânicos Década de 50 – Bird Mark 7 Ventiladores Mecânicos Década de 60 / 70 VM Ciclada a Volume Descrita a SARA Ventiladores capazes de garantir fluxo e volume independente da condição pulmonar VC = 10 a 15 ml /kg para evitar atelectasia PEEP como medida extrema para aumentar PO2 evitar toxicidade O2. Ventiladores Mecânicos 12/08/2017 4 Década de 80 – VM Microprcessados Surgem diferentes modalidades ventilatórias Diferentes formas de fluxo Surgimento da pressão controlada Surgimento da pressão de suporte Ventiladores Mecânicos Década de 90 Conceito de Volutrauma - VC mais baixos; Conceito de Lesão Pulmonar Induzida pela VM; VM terapêutica + uso da PEEP para evitar colapso alveolar; Hipercapnia permissiva na SARA e preferência por limitação da pressão. Ventiladores Mecânicos Ventiladores Mecânicos • Tecnologia • Pesquisa científica • Escolha do ventilador adequado • Importância do preparo e treinamento da equipe Objetivos da VM Objetivos da VM • Reverter a hipoxemia • Prevenir fadiga da musculatura respiratória • Reverter a acidose respiratória • Reduzir o consumo de O2 • Reduzir o desconforto respiratório • Permitir terapêuticas específicas Indicações para VM 12/08/2017 5 • Reanimação devido à parada cardiorrespiratória; • Hipoventilação e apneia; • Insuficiência respiratória devido a doença pulmonar intrínseca e hipoxemia; • Falência mecânica do aparelho respiratório; • Prevenção de complicações respiratórias; • Redução do trabalho muscular respiratório. Comando respiratório instável • Quadro clínico de um paciente com: • Trauma craniano • Hipertensão intracraniana • Acidente vascular cerebral (AVC) • Intoxicação exógena • Abuso de drogas Sinais clínicos • Dispneia / taquipneia; • Utilização de musculatura acessória; • Batimento de asa de nariz (BAN); • Alteração de comportamento ou rebaixamento do nível de consciência (RNC); • Convulsões; Hipoxemia • Resultado das alterações na relação V/Q • Efeito espaço morto • Efeito shunt • Achado mais comum: queda na Pressão parcial de O2 (PaO2<60mmHg) – gasometria arterial • Avaliar Hb e Débito cardíaco Importância da avaliação da oxigenação • PaO2: • SatO2: • PaO₂/FiO₂: • D(A-a)O₂: Hipercapnia • PaCO2 é o reflexo da ventilação alveolar • A acidose respiratória mostra que há hipoventilação alveolar • Causas: lesões do centro respiratório, intoxicação ou abuso de drogas, embolia pulmonar • Sinais clínicos: sonolência, torpor, coma, dispneia, utilização de musculatura acessória, vasoconstricção periférica e sudorese 12/08/2017 6 Avaliação exames laboratoriais Medidas Normal Indicação de VM VC (ml/kg) 5-8 <5 Capacidade Vital (ml/kg) 65-75 <15 FR (rpm/ipm) 12-20 >35 PiMax (cmH2O) 80-100 <30 Vent min (L/min) 5-6 >10 PaCO2 (mmHg) 36-44 >50 PaO2 (mmHg) 75-100 (aa) <50 (aa) ou <70 (FiO2 0,6) PaO2/FiO2 350-450 <200 Mecânica Respiratória • Respiração • Sistema nervoso central • Sistema neuromuscular • Caixa torácica • Pulmão • Ventilação • Difusão • Sistema cardiovascular • Difusão • Ventilação Mecânica Duas forças: • Elemento resistivo das vias aéreas • Elemento elástico e inercial do pulmão e da caixa torácica Complacência • Definição • Complacência pulmonar= distensibilidade pulmonar • Complacência depende da variação de: • Volume + Pressão Ou seja, quanto maior a variação de volume maior será a variação de pressão. C = ΔV ΔP Resistência através de um tubo • Fluxos menores: moléculas de gases se movimentam em camadas. • Próximo ao tubo: velocidade 0 • Maior velocidade no centro (fluxo laminar) • Fluxo maior: movimentação desordenada, maior atrito na parede do tubo Aspectos Fisiológicos Em resumo:::: • Complacência Pulmonar = Variação de Volume Variação de Pressão • Resistência do Sistema Respiratório = Variação de Pressão Variação de Fluxo Constante de tempo • Tempo requerido para equilibrar as pressões entre a via aérea e o alvéolo (produto da resistência pela complacência) • É a velocidade com que uma unidade pulmonar se enche ou se esvazia 12/08/2017 7 Próximos passos ciclo ventilatório...
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