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QUESTÕES REVISÃO AV1 – SAUDE DA MULHER TEORICO 1. Qual o conceito de gênero? R: Gênero pode ser definido como aquilo que identifica e diferencia os homens e as mulheres, ou seja, o gênero masculino e o gênero feminino. 2. Quais as principais políticas de saúde da mulher no Brasil e suas características? R: O Sistema Único de Saúde deve estar orientado e capacitado para a atenção integral à saúde da mulher, numa perspectiva que contemple a promoção da saúde, as necessidades de saúde da população feminina, o controle de patologias mais prevalentes nesse grupo e a garantia do direito à saúde. – A Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá atingir as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais (mulheres negras, indígenas, residentes em áreas urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso, em situação de risco, presidiárias, de orientação homossexual, com deficiência, dentre outras). – A elaboração, a execução e a avaliação das políticas de saúde da mulher deverão nortear-se pela perspectiva de gênero, de raça e de etnia, e pela ampliação do enfoque, rompendo-se as fronteiras da saúde sexual e da saúde reprodutiva, para alcançar todos os aspectos da saúde da mulher. – A gestão da Política de Atenção à Saúde deverá estabelecer uma dinâmica inclusiva, para atender às demandas emergentes ou demandas antigas, em todos os níveis assistenciais. – As políticas de saúde da mulher deverão ser compreendidas em sua dimensão mais ampla, objetivando a criação e ampliação das condições necessárias ao exercício dos direitos da mulher, seja no âmbito do SUS, seja na atuação em parceria do setor Saúde com outros setores governamentais, com destaque para a segurança, a justiça, trabalho, previdência social e educação. – A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de promoção, proteção, assistência e recuperação da saúde, executadas nos diferentes níveis de atenção à saúde (da básica à alta complexidade). – O SUS deverá garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à saúde, no contexto da descentralização, hierarquização e integração das ações e serviços. Sendo responsabilidade dos três níveis gestores, de acordo com as competências de cada um, garantir as condições para a execução da Política de Atenção à Saúde da Mulher. – A atenção integral à saúde da mulher compreende o atendimento à mulher a partir de uma percepção ampliada de seu contexto de vida, do momento em que apresenta determinada demanda, assim como de sua singularidade e de suas condições enquanto sujeito capaz e responsável por suas escolhas. – A atenção integral à saúde da mulher implica, para os prestadores de serviço, no estabelecimento de relações com pessoas singulares, seja por razões econômicas, culturais, religiosas, raciais, de diferentes orientações sexuais, etc. O atendimento deverá nortear-se pelo respeito a todas as diferenças, sem discriminação de qualquer espécie e sem imposição de valores e crenças pessoais. Esse enfoque deverá ser incorporado aos processos de sensibilização e capacitação para humanização das práticas em saúde. – As práticas em saúde deverão nortear-se pelo princípio da humanização, aqui compreendido como atitudes e comportamentos do profissional de saúde que contribuam para reforçar o caráter da atenção à saúde como direito, que melhorem o grau de informação das mulheres em relação ao seu corpo e suas condições de saúde, ampliando sua capacidade de fazer escolhas adequadas ao seu contexto e momento de vida; que promovam o acolhimento das demandas conhecidas ou não pelas equipes de saúde; que busquem o uso de tecnologia apropriada a cada caso e que demonstrem o interesse em resolver problemas e diminuir o sofrimento associado ao processo de adoecimento e morte da clientela e seus familiares. – No processo de elaboração, execução e avaliação da Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá ser estimulada e apoiada a participação da sociedade civil organizada, em particular do movimento de mulheres, pelo reconhecimento de sua contribuição técnica e política no campo dos direitos e da saúde da mulher. – Compreende-se que a participação da sociedade civil na implementação das ações de saúde da mulher, no âmbito federal, estadual e municipal requer – cabendo, portanto, às instâncias gestoras – melhorar e qualificar os mecanismos de repasse de informações sobre as políticas de saúde da mulher e sobre os instrumentos de gestão e regulação do SUS. – No âmbito do setor Saúde, a execução de ações será pactuada entre todos os níveis hierárquicos, visando a uma atuação mais abrangente e horizontal, além de permitir o ajuste às diferentes realidades regionais. – As ações voltadas à melhoria das condições de vida e saúde das mulheres deverão ser executadas de forma articulada com setores governamentais e não- governamentais; condição básica para a configuração de redes integradas de atenção à saúde e para a obtenção dos resultados esperados. 3. Quais cuidados devem anteceder a realização do exame Papanicolau? Aparar os pelos pubianos e axilares: essa atitude também facilita a visualização e identificação de alterações. - Não fazer uso de medicação com cremes vaginais ou duchas intravaginais de 24 a 48 horas que precedem o dia da coleta: essa recomendação é necessária para evitar que o conteúdo vaginal e outros elementos vaginais e do colo uterino sejam alterados ou retirados por cremes ou duchas, o que dificultaria ou impediria o diagnóstico preciso das alterações celulares e epiteliais. - Evitar relações sexuais de 24 a 48 horas antecedentes ao exame: durante as relações sexuais, pode ocorrer liberação de secreções, do homem e/ou da mulher, que podem alterar as características do conteúdo vaginal, dificultando o exame citopatológico. - Não estar no período menstrual: aguardar o quinto dia após o término da menstruação. É importante salientar que pequenos sangramentos, de origem não menstrual, não constituem impedimento para a coleta, principalmente nas mulheres na pós-menopausa. -Não ter realizado ultravaginal ou Transvaginal em até 48h antes do exame. -Não estar com a bexiga cheia, não ter realizado sexo com preservativo. 4. Qual a periodicidade do exame? A rotina recomendada para o rastreamento no Brasil é a repetição do exame Papanicolau a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano. A repetição em um ano após o primeiro teste tem como objetivo reduzir a possibilidade de um resultado falso-negativo na primeira rodada do rastreamento. A periodicidade de três anos tem como base a recomendação da OMS e as diretrizes da maioria dos países com programa de rastreamento organizado. Tais diretrizes justificam-se pela ausência de evidências de que o rastreamento anual seja significativamente mais efetivo do que se realizado em intervalo de três anos. 5. Quais os fatores de risco para o câncer de colo do útero? -Infecção pelo Vírus do Papiloma Humano. O fator de risco mais importante para o câncer de colo de útero é a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV). -Tabagismo. Mulheres que fumam tem uma probabilidade duplicada de desenvolver câncer do colo de útero em relação àquelas que não fumam. Fumar expõe o corpo a muitos produtos químicos cancerígenos que afetam outros órgãos além dos pulmões. -Imunossupressão. Em mulheres com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) um pré-câncer do colo de útero pode evoluir para um câncer invasivo mais rápido do queo esperado. -Infecção por Clamídia. A Clamídia é um tipo relativamente comum de bactéria, transmitida sexualmente, que pode infectar o sistema reprodutivo. Esta infecção pode causar inflamação pélvica, levando a infertilidade. -Dieta. Mulheres com dietas pobres em frutas e vegetais podem ter um risco aumentado para desenvolver câncer do colo de útero. As mulheres obesas são mais propensas a desenvolver adenocarcinoma do colo uterino. -Pílulas Anticoncepcionais. Existem evidências que fazer uso de contraceptivos orais por um longo período de tempo aumenta o risco de desenvolver câncer do colo de útero, mas este risco tende a desaparecer depois de um tempo em que a mulher para de fazer uso dessa medicação. -Dispositivos Intrauterinos. Estudos recentes detectaram que mulheres que jamais usaram um dispositivo intrauterino (DIU) apresentaram um risco menor de desenvolver câncer de colo de útero. -Múltiplas Gestações. Mulheres que tiveram 3 ou mais gestações tem um risco maior de desenvolver câncer de colo de útero. Acredita-se que muitas dessas mulheres tenham relações sexuais desprotegidas, tornando-as mais expostas ao HPV. -Idade. Mulheres que tiveram a primeira gravidez com menos de 17 anos tem duas vezes mais chances de ter câncer do colo de útero do que as mulheres que engravidaram pela primeira vez após os 25 anos de idade. -Situação Econômica. Muitas mulheres de baixa renda por não terem acesso adequado aos serviços de saúde, não fazem o exame de Papanicolaou, logo não são rastreadas ou tratadas para pré-cânceres ou cânceres de colo de útero. -Dietilestilbestrol. O dietilestilbestrol (DES) é um medicamento hormonal que foi administrado, entre 1940 e 1971, para evitar o aborto. Mulheres cujas mães tomaram DES quando grávidas delas podem desenvolver a doença com uma frequência acima do esperado. Existe cerca de 1 caso deste tipo de câncer em cada 1000 mulheres cujas mães tomaram DES durante a gravidez, o que significa que cerca de 99,9% das filhas, cujas mães fizeram uso do DES não desenvolverão este tipo de câncer. O risco parece ser maior em mulheres cujas mães tomaram o medicamento durante as primeiras 16 semanas de gravidez. 6. Como se dá o procedimento de coleta citológica, a IVA e o teste de schiller? Primeiro, após o preparo prévio da paciente, insere-se o espéculo através do óstio vaginal para visualizar o colo uterino: (após a inserção do espéculo, de tamanho apropriado P,M que deve ser introduzido fechado, lubrificado apenas com SF 0,9% em posição vertical e ligeiramente inclinado e, após inserido, faz- se sua rotação em 90 graus, deixando-o em posição transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique na posição transversa) . As células então podem ser colhidas do fundo de saco posterior da vagina (conhecido como fundo de saco vaginal ou fundo de saco de Douglas), do ectocérvice (abertura do colo) e também, da endocérvice (interior do colo). O conteúdo é então, espalhado sobre a lâmina (previamente identificada com as iniciais da paciente escritas na parte fosca da lâmina com lapís preto antes da coleta). O material colhido é espalhado na lâmina, sendo que o que é retirado de cada área do colo deve ser espalhado na lâmina em direção diferente para que haja na lâmina, ao final da coleta, três regiões (fundo de saco de Douglas, ectocérvice e endocérvice). Depois é colocada a lâmina no pote com álcool absoluto a 95% tampado e vai ser encaminhado para o laboratório. O teste de Schiller e o teste do ácido acético são feitos de forma a aumentar a nossa capacidade de identificar áreas com lesões do colo uterino, que muitas vezes podem parecer normais ao olho nu. O teste é feito com uma pinça de cheron e algodão. O enfermeiro encharca a ponta com iodo (ou ácido acético) e “pinta” toda a região do colo do útero, como se usasse um pincel. Após um minuto de espera, o médico volta a visualizar o colo do útero para tentar identificar áreas que ficaram pouco coradas. O iodo consegue impregnar os tecidos ricos em glicogênio, mantendo-os escuros (pintados). Já as células cancerígenas ou pré-cancerígenas são pobres em glicogênio e, por isso, não se impregnam com o iodo, mantendo-se mais claras, geralmente amareladas, e facilmente distinguíveis do resto do tecido saudável, que permanecesse corado de marrom (cor do iodo). 7. Quais os fatores de risco para o CA de mama? Possui risco aumentado às mulheres com Idade, aspectos endócrinos e genéticos, história familiar e história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade e terapia de reposição hormonal pós- menopausa, principalmente se prolongada por mais de cinco anos. 8. Quais as etapas de realização do exame clínico das mamas? Utiliza-se a inspeção e palpação. Faz-se a inspeção estática e dinâmica. A cliente deve estar sentada ou em pé, com os braços ao longo do corpo. Inspeciona: -Tamanho e Simetria; -Contorno; -Textura; -Características da pele. -Palpação -Cliente deve estar em decúbito dorsal com os braços levantados e as mãos na nuca com o travesseiro sobre os ombros. Palpa-se utilizando as polpas dos dedos anular, indicados e médio em movimentos circulares, comprimindo delicadamente o tecido mamário contra a parede torácica. -Deve-se encaminhar de modo sistemático, investigando a elasticidade e consistência dos tecidos, resposta a estímulos, táteis, sensibilidade dolorosa, presença de massas. Faz-se em seguida a expressão do mamilo verificando a saída de secreção ou não. Mamas - O tamanho varia entre as mulheres, são relativamente simétricas. Tem forma arredondada, textura macia, superfície lisa sem depressões ou abaulamentos. A consistência e a elasticidade vão desde o tecido firme e elástico ao flácido e macio. Problemas: sinais inflamatórios, retração da pele, assimetria mamária, nódulos, edema, lesões e ulcerações, hipersensibilidade e dor. -Mamilos e aréolas - são simétricos, arredondados ou ovalados e superfície contínua. São evertidos (protuso), não apresentam secreções e possuem capacidade erétil. Problemas: assimetria, retração da aréola ou do mamilo(plano), inversão mamilar(invertido), drenagem de secreção, edema, ulcerações, fissuras, hipersensibilidade, ausência de ereção aos estímulos. Axilas - Palpa-se a axila após cada exame das mamas. Os gânglios axilares não são palpáveis. Os linfonodos supra e infra claviculares devem ser palpados. Problemas: erupções da pele, pigmentação incomum, nódulos sensíveis e sem mobilidade, sinais flogísticos. Para registrar os achados devemos dividir a mama em 4 quadrantes e como um relógio. Linfonodos Um linfonodo é parte do sistema linfático do corpo. No sistema linfático uma rede de vasos linfáticos carrega fluido claro chamado linfa. Os vasos linfáticos levam aos linfonodos, os quais são pequenos órgãos redondos que capturam células cancerosas, bactérias, ou outras substâncias danosas que podem estar na linfa. Grupos de linfonodos são encontrados no pescoço, axilas (linfonodos axilares), peito, abdômen e virilha. Linfonodos sentinelas Os sentinelas são os primeiros linfonodos onde provavelmente o câncer se espalha a partir do tumor primário. Células cancerosas podem aparecer no linfonodo sentinela antes de espalharem para outros linfonodos. Em alguns casos, pode haver mais de um linfonodo sentinela. Por isso que nos casos de Câncerde Mama, além da retirada da mama afetada, é feito a remoção dos linfonodos axilares - Mastectomia Radical. 9. Qual a periodicidade dos exames de rastreio do CA de mama? A mamografia de rotina é recomendada para as mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos. A mamografia nessa faixa etária e a periodicidade bienal são rotinas adotadas na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseiam-se na evidência científica do benefício dessa estratégia na redução da mortalidade nesse grupo e no balanço favorável entre riscos e benefícios. Em outras faixas etárias e periodicidades, o balanço entre riscos e benefícios do rastreamento com mamografia é desfavorável. A mamografia é o único exame cuja aplicação em programas de rastreamento apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade do câncer de mama. 10. Qual a definição de planejamento familiar? É um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada dos filhos, e também a prevenir gravidez indesejada. Entende-se o conjunto de ações que têm como finalidade contribuir para a saúde dos entes familiares, permitindo às pessoas escolherem quando querem ter filhos, a quantidade que desejam, o espaçamento entre os nascimentos, o tipo de educação, conforto, qualidade de vida, além das condições sociais e culturais para a prole. 11. Cite e explique os métodos comportamentais, hormonais, de barreira, DIU, LAM, e Cirúrgicos. Métodos comportamentais. -Método do Calendário, tabelinha , Ogino-Knauss: os dias férteis são calculados na base da história menstrual dos últimos seis meses. -Método do Muco Cervical (Billings): os dias férteis são os chamados dias úmidos, quando há muco cervical. -Método da Temperatura corporal basal: os dias férteis se calculam pela variação da temperatura corporal, que sobe depois da ovulação. -Método Sintotérmico: os dias férteis se calculam por um conjunto de sinais físicos, incluindo o muco cervical e a temperatura. -Método dos dois dias:também baseado na presença ou não de muco cervical, que deve ser identificado todos os dias. -Método dos dias fixos, também conhecido como o método do colar: Métodos Hormonais Injetáveis Os anticoncepcionais hormonais injetáveis são anticoncepcionais hormonais que contém progesterona ou associação de estrogênios, para administração parenteral (intra-muscular ou IM), com doses hormonais de longa duração. Implante hormonal Microbastão de hormônio sintético similar à progesterona, que é implantado no antebraço (com anestesia local) e inibe a ovulação. Dura três anos. Anel vaginal O anel vaginal contendo Etonogestrel e Etinilestradiol é colocado na vagina no 5º dia da menstruação, permanecendo nesta posição durante três semanas. Adesivo anticoncepcional O adesivo anticoncepcional que deve ser colado na pele, em diversos locais do corpo, permanecendo na posição durante uma semana. Anticoncepcional Hormonal Combinado Oral (AHCO) O AHCO consiste na utilização de estrogênio associado ao progesterona, impedindo a concepção por inibir a ovulação pelo bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. Também modifica o muco cervical tornando-o hostil ao espermatozóide, altera as condições endometriais, modifica a contratilidade das tubas, interferindo no transporte ovular. Pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte A anticoncepção de emergência é um uso alternativo de contracepção hormonal oral (tomado antes de 72 horas após o coito) evitando-se a gestação após uma relação sexual desprotegida. Este método só deve ser usado nos casos de emergência, ou seja, nos casos em que os outros métodos anticoncepcionais não tenham sido adotados ou tenham falhado de alguma forma, como esquecimento, ruptura da caminsinha, desalojamento do diafragma, falha na tabelinha ou no coito interrompido, esquecimento da tomada da pílula por dois ou mais dias em um ciclo ou em caso de estupro. Este contraceptivo contém o levonorgestrel, que é um tipo de progesterona. Métodos de Barreira Camisinha ou preservativo Quase todas as pessoas podem usar; protege contra doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS; previne doenças do colo uterino; não faz mal a saúde; é de fácil acesso. A camisinha masculina é um envoltório de látex que recobre o pênis, retendo o esperma no ato sexual, impedido o contato deste e de outros microrganismos com a vagina e o pênis ou vice-versa. Uso da camisinha: desenrolar a camisinha no pênis ereto, antes de qualquer contado com a vagina, ânus ou boca. Deve ser retirada do pênis imediatamente após a ejaculação, segurando as bordas da camisinha para impedir que os espermatozóides escapem para a vagina. A camisinha feminina Constitui-se em um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano na cérvice uterina, paredes vaginais e vulva. O produto já vem lubrificado devendo ser utilizado uma única vez, destacando-se que o poliuretano por ser mais resistente que o látex pode ser utilizado com vários tipos de lubrificantes. Diafragma É um anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como uma barreira, ele impede a entrada dos espermatozóides, devendo ser utilizado junto com um espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual. Esponjas e Espermicidas As esponjas são feitas de poliuretano, são adaptadas ao colo uterino com alça para sua remoção e são descartáveis (ao contrário do diafragma), estão associadas a espermicidas que são substâncias químicas que imobilizam e destroem os espermatozóides, podendo ser utilizados combinadamente também com o diafragma ou preservativos. Existem em várias apresentações de espermicidas: cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas. Dispositivo Intra-Uterino (DIU) Os DIUs são artefatos de polietileno, aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônios, que são inseridos na cavidade uterina exercendo sua função contraceptiva. Atuam impedindo a fecundação, tornando difícil a passagem do espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino. LAM O que é o LAM? É um método natural usado nos primeiros seis meses após o parto, por mulheres que estão no período de lactação (amamentação) exclusiva e em amenorreia, ou seja, não começaram a menstruar depois do parto. Como o LAM funciona? Quando a mulher está amamentando é estimulada a liberação de hormônios que impedem a ovulação. Este efeito é suficiente para evitar a gravidez durante os seis primeiros meses pós-parto, desde que a mulher esteja amamentando sem dar outros alimentos ao bebê e não tenha tido ainda menstruação depois do parto. Cirúrgico Laqueadura tubária e Vasectomia A esterilização (laqueadura tubária e vasectomia) um método contraceptivo cirúrgico e definitivo, realizado na mulher através da ligadura ou corte das trompas impedindo, o encontro dos gametas masculino e feminino e no homem, pela ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a presença dos espermatozóides no líquido ejaculado. Quando houver indicação de contracepção cirúrgica masculina e, principalmente, a feminina deve ser baseada em critérios rígidos, observando-se a legislação vigente. 12. O que se entende por abordagem sindrômica? A abordagem sindrômica é mais realista e eficaz para controle das DST em países em desenvolvimento pela simplicidade e baixo custo, um terço do valor do tratamento após confirmação etiológica. Revelou-se eficaz paraas úlceras genitais, apresentando índice de cura de 96,3% quando comparado ao modo convencional de tratamento. Também pode ser utilizada para corrimentos uretrais, mas não para os vaginais. A incidência de infecção cervical associada a Clamídia tracomatis foi elevada entre mulheres com baixo risco para aquisição de DST e a abordagem sindrômica não foi efetiva para detectá-la. Além disso, as infecções por esse agente e por gonococo são frequentemente assintomáticas em mulheres. Para esses casos serão necessárias outras alternativas de avaliação e intervenção. No Brasil, desde 1993, o Programa Nacional de Controle a DST/AIDS recomenda a abordagem sindrômica para tratamento dos doentes com alguma DST. Essa forma de atendimento vem sendo atualmente realizada em várias cidades brasileiras, tendo como base os dados de Consensos. Em São Paulo, por exemplo, conta-se com unidades de atendimento estaduais e municipais distribuídas estrategicamente em 15 bairros. Além do atendimento rápido, fornecem gratuitamente a medicação necessária, orientam quanto às formas de prevenção e distribuem preservativos. As uretrites são as DST mais comuns e mensagens de saúde pública devem enfatizar a necessidade de práticas de baixo risco, como sexo seguro com preservativos e diminuição do número de parceiros sexuais. Como já exposto, o tratamento rápido e adequado das DST diminui a incidência e a propagação do HIV. Sendo assim, cabe aos profissionais de saúde a responsabilidade na divulgação e implantação desse tipo de atendimento. Aos serviços universitários cabe parcela desta responsabilidade, uma vez que além de ter condições de executar este projeto, pode paralelamente realizar os diagnósticos etiológicos, além de exames mais sofisticados em cada especialidade, podendo de certa maneira absorver os casos mais difíceis, além de estarem aptos a realizar estudos populacionais. 13. Cite as principais IST, quadro clínico e tratamento. Cancro mole Causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, transmite-se pela relação sexual com uma pessoa infectada sem o uso da camisinha masculina ou feminina. Quadro Clínico Provoca feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que aparecem com frequência nos órgãos genitais. Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha. Ao se observar qualquer sinal e sintoma de cancro mole, a recomendação é procurar um serviço de saúde. O tratamento deverá ser prescrito pelo profissional de saúde. • Tamanho em torno de 3-50 milímetros, • Possui um líquido amarelo- acinzentado muito contagioso, • Pode sangrar se tocar no local No homem, a ferida surge na cabeça do pênis e na mulher no exterior da vagina e no ânus. Outros sintomas são: • Dor ou queimação ao urinar e durante a relação sexual • Ínguas dolorosas na virilha, podendo se romper e liberar pus • Dor durante a relação sexual • Inchaço na virilha Tratamento O tratamento para cancro mole é rápido quando o paciente segue o que o médico receitou. Muitas vezes a infecção desaparece sem precisar tomar medicação. Alguns dos tratamentos mais eficientes são: Antibióticos: matam as bactérias que causam as feridas. Os mais usados são: • Zithromax • Rocephin • Ciprofloxacina Tomando as doses corretas, dentro de 7 dias as feridas desaparecem. Lembre-se que, seu parceiro (a) deve ser submetido ao tratamento Gonorreia e infecção por Clamídia São IST causadas por bactérias (Neisseria gonorrhoeae e Clamídia trachomatis, respectivamente). Na maioria das vezes estão associadas, causando a infecção que atinge os órgãos genitais, a garganta e os olhos. Quando não tratadas, podem causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde. A transmissão é sexual e o uso da camisinha masculina ou feminina é a melhor forma de prevenção. Os sintomas são: dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), corrimento amarelado ou claro, fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Quadro Clínico A uretrite é manifestação clínica mais comum e se manifesta como uma secreção espontânea de pus pela uretra, com aspecto leitoso, capaz de manchar as roupas íntimas. Outro sintoma comum da uretrite é a disúria (dor ou desconforto na hora de urinar). A intensidade da disúria é variável de caso a caso, podendo ser bastante incômoda para alguns pacientes e quase imperceptível para outros. Uma complicação relativamente frequente da gonorreia nos homens é a infecção do epidídimo (pequeno ducto, localizado acima dos testículos, que coleta e armazena os espermatozoides), provocando dor e edema unilateral na bolsa escrotal. Na mulher a bactéria ataca o colo do útero e apenas 50% das pacientes infectadas apresentam coceira, dor durante o ato sexual e corrimento vaginal purulento. Se houver grande inflamação do útero é possível haver também escapes de sangue pela vagina. Tratamento O tratamento para as formas não complicadas é geralmente feito com Ceftriaxona intramuscular na dose de 250 mg. Este esquema tem taxa de cura de 99%. Azitromicina 1 grama também em dose única pode ser uma opção, mas taxa de sucesso é mais baixa e os efeitos colaterais são mais comuns. O parceiro deve ser sempre investigado e tratado. Indica-se abstinência sexual até que todos os sintomas desapareçam. Nos casos assintomáticos, deve-se evitar relações por pelo menos 1 semana após o tratamento. É possível contrair gonorreia mais de uma vez na vida. Portanto, o esquema clássico para o tratamento de uretrites com corrimento é Ceftriaxona + Azitromicina em dose única. Deste modo, obtém-se cobertura tanto para infecções por gonococo quanto por clamídia. É um tratamento simples, rápido e com alto índice de cura, que pode ser indicado sem a necessidade de maior investigação clínica. Doença Inflamatória Pélvica É uma síndrome clínica, que ocorre quando a gonorreia e a infecção por clamídia não são tratadas, atingindo os órgãos sexuais internos da mulher, como útero, trompas e ovários, e causando inflamações. Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida. A maioria dos casos ocorre em mulheres que tem outra IST, principalmente gonorreia e infecção por clamídia não tratadas; entretanto também pode ocorrer após algum procedimento médico local, como a inserção de Dispositivo Intra- Uterino (DIU), biópsia na parte interna do útero, e curetagem. Quadro Clínico Um quadro de dor abdominal ou pélvica de início súbito. A intensidade da dor é variável, mas é muito comum o fato dela se agravar durante as relações sexuais. A piora da dor durante ou logo após a menstruação também é bastante sugestivo. • Corrimento vaginal amarelado ou esverdeado e com forte odor – leia: Tipos de Corrimento Vaginal: Branco, Amarelo, Marrom… • Sangramento vaginal fora do período menstrual. • Sangramento vaginal após coito. • Menstruação irregular. • Disúria (dor para urinar) – leia: DOR AO URINAR – Principais Causas. • Febre acima de 38ºC. • Intensa dor ao exame ginecológico. Tratamento Existem vários esquemas possíveis, vamos listar apenas algumas opções: • Ceftriaxona 250 mg intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias. • Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias. • Ceftriaxona 250 mg intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias + metronidazol 500 mg 2x pordia, por via oral, por 14 dias. • Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias + metronidazol 500 mg 2x por dia, por via oral, por 14 dias. • Ceftriaxona 250 mg intramuscular em dose única + probenecida 1 g por via oral, dose única. • Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + probenecida 1 g por via oral, dose única. • Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + probenecida 1 g por via oral, dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias. • Ofloxacina 400 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias + Metronidazol, 500 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias. • Amoxicilina + Ácido Clavulânico, 1 g, 3x por dia, por 14 dias + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias. Herpes Genital É causado por um vírus, transmitido pela relação sexual com uma pessoa infectada sem o uso da camisinha. É transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal) sem camisinha masculina ou feminina com uma pessoa infectada. Por ser muito contagiosa, a primeira orientação a quem tem herpes é uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, não furar as bolhas, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras pessoas, não aplicar pomadas no local sem recomendação profissional. Após o contágio, os sinais e sintomas podem aparecer em média após seis dias, e geralmente são pequenas bolhas agrupadas que se rompem e tornam-se feridas dolorosas no pênis, ânus, vulva, vagina ou colo do útero. Essas feridas podem durar, em média, de duas a três semanas e desaparecem. Formigamento, ardor, vermelhidão e coceira no local, além de febre, dores musculares, dor ao urinar e mal-estar, também podem surgir. Os sinais e sintomas podem reaparecer, dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, menstruação, exposição prolongada ao sol, traumatismo ou uso de antibióticos. Quadro clínico • Dores e irritação que surgem de dois a dez dias após o contágio. • Manchas vermelhas e pequenas bolhas esbranquiçadas que costumam surgir dias após a infecção. • Úlceras na região dos genitais, que podem até mesmo sangrar e causar dor ao urinar. • Cascas que se formam quando as úlceras cicatrizam. • Linfonodos aumentados e sensíveis na virilha durante uma crise • Dor ao urinar • As mulheres podem ter corrimento vaginal ou, ocasionalmente, não podem esvaziar a bexiga e precisam de um cateter urinário. Tratamento O tratamento é feito basicamente por meio de medicamentos antivirais, que aliviam a dor e o desconforto causados durante uma crise, curando as lesões com maior rapidez. Para crises recorrentes, comece a tomar o medicamento assim que o formigamento, a queimação ou a coceira começar, ou assim que você notar o aparecimento de bolhas. Os medicamentos mais usados para o tratamento de herpes genital são: • Aciclovir • Ezopen (creme) • Penvir Candidiase A candidíase é uma infecção causada pelo fungo Candida, geralmente Candida albicans. E pode afetar a pele, unha, órgãos genitais, garganta, corrente sanguínea e boca. Apesar de maior número de casos em mulheres, também existem casos de candidíase no homem. Quadro Clínico • Coceira na área vaginal • Dor e vermelhidão na área vaginal • Corrimento vaginal branco e agrupado, parecido com queijo cottage • Relações sexuais dolorosas. Tratamento O tratamento da candidíase vaginal normalmente consiste no uso de pomadas antifúngicas ou medicamentos antimicóticos de uso local. Em casos de candidíase vaginal recorrente, o médico pode indicar medicamentos orais para que o quadro não retorne. Além disso, mudanças na alimentação pode ajudar esses casos. Os medicamentos mais usados para o tratamento de candidíase são: • Canditrat • Clindamin-C • Clocef • Clotrimazol • Colpatrin • Colpistatin • Daktarin • Fentizol • Flogo Rosa • Fluconazol • Gino-Canesten • Gynazole-1 • Gyno-Icaden • Gynopac • Icaden • Itraconazol • Nistatina (creme) • Nistatina (solução) • Nitrato de Miconazol (creme vaginal) Tricomoníase É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, é preciso sempre usar camisinha masculina ou feminina e cuidar da higiene íntima após a relação sexual. Pode atingir o colo do útero, a vagina, a uretra e o pênis. Os sinais e sintomas são: dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais, corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso. Na presença de qualquer sinal ou sintoma de tricomoníase, recomenda-se procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. As parcerias sexuais devem ser tratadas, ainda que não apresentem sinais e sintomas. Quadro Clínico Muitas mulheres e maioria dos homens com tricomoníase não apresentam sintomas, pelo menos não no início. No entanto, os sintomas vulvares de tricomoníase incluem: • Corrimento vaginal abundante e com mau cheiro, que pode ser branco, cinza, amarelo ou verde • Vermelhidão genital • Coceira vaginal • Dor e ardor ao urinar ou na relação sexual • Dor abdominal (raro). Os sinais e sintomas podem piorar durante a menstruação Tratamento O tratamento mais comum para tricomoníase, inclusive durante a gravidez, é tomar uma dose alta de metronidazol, secnidazol ou tinidazol. O medicamento ministrado por via oral é muito mais eficaz para tricomoníase que a inserção de um creme ou gel no órgão sexual. Tanto o paciente quanto os parceiros e parceiras sexuais precisam de tratamento e evitar ter relações sexuais desprotegidas até que a infecção seja curada, o que leva cerca de uma semana. Os medicamentos mais usados para o tratamento de tricomoníase são: • Colpatrin • Colpistatin • Flagyl • Flogo Rosa • Gynopac • Helmizol (comprimido) • Helmizol (gel) • Metronidazol • Secnidazol 14. Quais as principais queixas da gestação e os cuidados para cada? -Náuseas, vômitos e tonturas: sintomas comuns no 1º trimestre. Orientar a gestante a fracionar a dieta (seis refeições leves ao dia), evitar frituras, alimentos gordurosos ou com odores fortes, líquidos durante as refeições e ingerir alimentos sólidos pela manhã antes de escovar os dentes. -Sialorreia: é o aumento da produção de saliva. Orientar a gestante evitar cuspir a saliva. Chupar gelo é uma medida eficaz de amenizar o sintoma. -Pirose ou azia: orientar para evitar fumo, ingestão de café, tereré, chimarrão, chá-preto, frituras, ingestão de líquidos durante refeições, álcool e doces. Fracionar a dieta e ingerir leite frio. Se o vômito for acentuado utilizar antieméticos. -Fraquezas e desmaios: orientar para que não faça mudanças bruscas de posição e evite a inatividade, sentar-se com a cabeça abaixada ou deitar-se em decúbito lateral, respirando profunda e pausadamente. -Dores abdominais e cólicas: corrigir postura, dormir em colchão adequado, evitar calçado de salto muito alto, praticar exercícios diários para tonificar e manter a força muscular, realizar aplicação de calor local e fazer massagem. Deve ser descartada a hipótese de contrações uterinas e trabalho de parto prematuro. Nesse caso, recomenda-se repouso e uso de hioscina. -Corrimento vaginal: os fluxos infecciosos (de cor amarelada, esverdeada ou odor fétido) devem ser tratados. No entanto, é importante observarque a mulher estará com o fluxo vaginal aumentado e que isto é um achado normal na gestação, não havendo necessidade de uso de cremes vaginais. -Dor nas mamas: recomendar uso de sutiã, com boa sustentação. Investigar causas patológicas. -Varizes: procurar descansar com MII elevadas, utilizar meias elásticas, evitar ficar em pé. -Lombalgia: corrigir postura, usar sapatos baixos e confortáveis, aplicar calor local, se necessário utilizar analgésicos. -Câimbras: massagear o músculo contraído e aplicar calor local, orientar ficar de pé e descalça em piso frio. -Cefaleia: em geral, é proveniente de tensão emocional. Descartar possibilidade de hipertensão arterial e pré-eclâmpsia após 20 semanas de gestação. -Flatulência e constipação intestinal: aumentar ingesta de fibras, líquidos, realizar exercícios físicos e caminhada, evitar alimentos de alta fermentação. -Edema: muito comum no final da gestação, decorre da pressão da veia cava inferior pelo útero e se manifesta na região dos tornozelos. Orientar repouso em decúbito lateral ou com MMII elevados. Se o edema for generalizado ou se estender para mãos e face, investigar presença de pré-eclâmpsia e hipertensão arterial. -Queixas urinárias: o aumento da frequência urinária é comum no início e final da gestação devido à compressão que o útero faz sobre a bexiga. Mas se houver queixa de disúria ou hematúria, encaminhar ao médico. 15. Quais os exames de rotina do 1º e 3º trimestres e qual a indicação de cada um? Exame de 1º Trimestre: TIPAGEM SANGUÍNEA A tipagem sanguínea é importante para detectar mulheres que tenham sangue com fator Rh negativo (A-, B-, AB- ou O-) que estejam grávidas de bebês com sangue Rh positivo (A+, B+, AB+ ou O+). PAPANICOLAU O exame ginecológico de papanicolau, também chamado de citologia cérvico- vaginal, é usado para o rastreio do câncer do colo do útero. Toda mulher deve fazer este exame de forma regular e o fato de estar grávida não muda essa rotina. Por isso, em geral, sugere-se que toda mulher com mais de 21 anos de idade, que esteja grávida e não tenha feito o papanicolau recentemente, faça o exame ginecológico na primeira consulta do pré-natal. HEMOGRAMA O hemograma durante o pré-natal tem como principal objetivo a investigação de anemia, que em gestantes é definido quando o valor da hemoglobina encontra-se abaixo de 11 g/dl ou um hematócrito menor que 33% GLICEMIA A dosagem da glicemia (concentração sanguínea de glicose) no pré-natal serve para pesquisar o diabetes mellitus gestacional. Não há um consenso entre as diversas escolas internacionais de obstetrícia sobre a melhor forma de rastrear e diagnosticar o diabetes gestacional. EXAME DE URINA Dois exames de urina fazem parte da avaliação básica do pré-natal: EAS (Urina tipo 1) e a urocultura. O EAS é um exame simples de urina, que serve, principalmente, para detectar sangramentos, presença de pus (leucócitos) ou de proteínas na urina. Ele é habitualmente solicitado no primeiro e no terceiro trimestre. ANTICORPOS IGG E IGM NA GRAVIDEZ Em geral, os anticorpos pesquisados na sorologia são o IgG e o IgM. Um anticorpo do tipo IgM significa que o paciente adquiriu a infecção muito recentemente. Já o anticorpo IgG é um anticorpo de memória, que surge semanas depois do paciente ter sido infectado. Portanto, podemos ter as seguintes situações: – IgM positivo e IgG negativo: este resultado indica infecção recente. Se esse tipo de sorologia surgir durante a gravidez, a gestação corre risco. – IgM negativo e IgG positivo: este resultado sugere infecção antiga e já curada. Esse tipo de sorologia indica que a paciente já teve a doença há muito tempo, curou-se e hoje encontra-se imunizada, sem risco de tê-la novamente. É o melhor resultado para a gestante. – IgM negativo e IgG negativo: este resultado indica que a grávida nunca teve a doença. Esse tipo de sorologia sugere que a paciente não está doente, mas não tem imunidade contra a infecção, podendo contraí-la, caso seja exposta ao germe durante a gravidez. VDRL / teste rápido; Teste para verificar a presença de sífilis. Anti- HIV/ Teste rápido; TESTE RÁPIDO DE HIV. O TESTE DE AIDS É GRATUITO, SIGILOSO E UM DIREITO SEU! ... No Brasil, temos os exames laboratoriais como o Elisa anti-HIV e os testes rápidos que detectam os anticorpos contra o HIV em um tempo inferior a 30 minutos. HBsAg; - HBsAg - É o chamado antígeno de superfície do vírus, um marcador que indica infecção atual. - Anti HBs - Indica se existem anticorpos contra a hepatite B, os quais podem ser por causa da vacina ou de uma infecção anterior curada espontaneamente. Hepatite B e C/ teste rápido Detectar a presença do vírus da Hepatite B e C Ultrassonografia A Ultrassonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis, que utiliza o eco produzido pelo som para diagnosticar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo humano. O efeito Doppler permite aos profissionais conhecer o sentido e a velocidade de fluxos sanguíneos. 3º Trimestre (depois da 24ª sem) • Hemograma completo; O hemograma durante o pré-natal tem como principal objetivo a investigação de anemia, que em gestantes é definido quando o valor da hemoglobina encontra-se abaixo de 11 g/dl ou um hematócrito menor que 33% • Glicemia de jejum; A dosagem da glicemia (concentração sanguínea de glicose) no pré-natal serve para pesquisar o diabetes mellitus gestacional. Não há um consenso entre as diversas escolas internacionais de obstetrícia sobre a melhor forma de rastrear e diagnosticar o diabetes gestacional. • VDRL; O teste VDRL (sigla de Venereal Disease Research Laboratory) é um teste para identificação de pacientes com sífilis • Sumário de urina e urinocultura; • Anti- HIV; TESTE RÁPIDO DE HIV. O TESTE DE AIDS É GRATUITO, SIGILOSO E UM DIREITO SEU! ... No Brasil, temos os exames laboratoriais como o Elisa anti-HIV e os testes rápidos que detectam os anticorpos contra o HIV em um tempo inferior a 30 minutos. • HBsAg; - HBsAg - É o chamado antígeno de superfície do vírus, um marcador que indica infecção atual. - Anti HBs - Indica se existem anticorpos contra a hepatite B, os quais podem ser por causa da vacina ou de uma infecção anterior curada espontaneamente. • Sorologias para Toxoplasmose; Em geral, os anticorpos pesquisados na sorologia são o IgG e o IgM. Um anticorpo do tipo IgM significa que o paciente adquiriu a infecção muito recentemente. Já o anticorpo IgG é um anticorpo de memória, que surge semanas depois do paciente ter sido infectado. Portanto, podemos ter as seguintes situações: – IgM positivo e IgG negativo: este resultado indica infecção recente. Se esse tipo de sorologia surgir durante a gravidez, a gestação corre risco. – IgM negativo e IgG positivo: este resultado sugere infecção antiga e já curada. Esse tipo de sorologia indica que a paciente já teve a doença há muito tempo, curou-se e hoje encontra-se imunizada, sem risco de tê-la novamente. É o melhor resultado para a gestante. – IgM negativo e IgG negativo: este resultado indica que a grávida nunca teve a doença. Esse tipo de sorologia sugere que a paciente não está doente, mas não tem imunidade contra a infecção, podendo contraí-la, caso seja exposta ao germe durante a gravidez. • Ultrassonografia; A Ultrassonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis, que utiliza o eco produzido pelo som para diagnosticar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo humano. O efeitoDoppler permite aos profissionais conhecer o sentido e a velocidade de fluxos sanguíneos. • Citopatológico. O exame ginecológico de papanicolau, também chamado de citologia cérvico- vaginal, é usado para o rastreio do câncer do colo do útero. Toda mulher deve fazer este exame de forma regular e o fato de estar grávida não muda essa rotina. Por isso, em geral, sugere-se que toda mulher com mais de 21 anos de idade, que esteja grávida e não tenha feito o papanicolau recentemente, faça o exame ginecológico na primeira consulta do pré-natal. 16. Quais os medicamentos prescritos no pré-natal de rotina? Ácido fólico, sulfato ferroso. 17. Qual o esquema vacinal da gestante? O calendário consiste em administrar três doses da vacina dT (dupla adulto contra difteria e tétano), com intervalos de dois meses entre as mesmas. Para melhor proteção ao bebê, a terceira dose deve ser aplicada até duas semanas antes do parto. No calendário de vacinação da gestante, pode ser incluída vacina contra hepatite B, desde que indicada pelo médico ginecologista. Gestante não vacinada Esquema básico: consta de três doses, podendo ser adotado um dos seguintes esquemas: a) as primeiras duas doses com intervalo de dois meses (mínimo de um mês) - aplicando-se a primeira o mais precocemente possível - e a terceira, seis meses depois da segunda; caso só haja tempo para aplicação de duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 2, 8). b) três doses, de dois em dois meses (intervalos mínimos de um mês) - aplicando-se a primeira dose o mais precocemente possível; caso só haja tempo para aplicar duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 2, 4). Por motivos de ordem operacional, tem-se optado por um ou outro esquema nas diferentes regiões do país. Hepatite B e Tríplice Viral Gestante com o calendário em dia Esquema básico: na gestante que já recebeu uma ou duas doses da vacina contra o tétano (DTP, DT, dT ou TT), deverão ser aplicadas mais duas ou uma dose, respectivamente, da vacina dupla tipo adulto (dT), para se completar o esquema básico de três doses. Essa terceira dose deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do parto. Reforços: de dez em dez anos, antecipar a dose de reforço se ocorrer nova gravidez cinco anos, ou mais, depois da aplicação da última dose. A dose de reforço deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do parto. 18. Cite e explique as manobras de leopold. Primeira manobra Delimitação do fundo do útero usando ambas as mãos para deprimir a parede abdominal com as bordas cubitais. As mãos ficam encurvadas, para melhor reconhecer o contorno do fundo do útero e a parte fetal que o ocupa. Com uma das mãos imprimindo súbito impulso ao pólo fetal, esse sofre um deslocamento, chamado "rechaço fetal" realizado com a mulher em decúbito dorsal. Segunda manobra Ao deslizar as mãos do fundo uterino para o pólo inferior, tenta-se palpar o dorso fetal e os membros, de um ou outro lado do útero. Terceira manobra explorar a mobilidade do pólo fetal que se apresenta em relação com o estreito superior do trajeto pélvico. Tenta-se apreender esse pólo fetal entre o polegar e o indicador da mão direita, imprimindo movimentos laterais para procurar precisar o grau de penetração da apresentação na bacia. Quarta manobra Com as extremidades dos dedos, palpa-se a pelve para tentar reconhecer o pólo cefálico ou o pélvico, e assim, determinar o tipo de apresentação do concepto. Respondido Por : Acadêmico de Enfermagem Davi De Freitas
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