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Questões da saúde mulher

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QUESTÕES REVISÃO AV1 – SAUDE DA MULHER TEORICO 
 
1. Qual o conceito de gênero? 
R: Gênero pode ser definido como aquilo que identifica e diferencia os homens e 
as mulheres, ou seja, o gênero masculino e o gênero feminino. 
 
2. Quais as principais políticas de saúde da mulher no Brasil e suas 
características? 
 
R: O Sistema Único de Saúde deve estar orientado e capacitado para a atenção 
integral à saúde da mulher, numa perspectiva que contemple a promoção da 
saúde, as necessidades de saúde da população feminina, o controle de patologias 
mais prevalentes nesse grupo e a garantia do direito à saúde. 
– A Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá atingir as mulheres em todos 
os ciclos de vida, resguardadas as especificidades das diferentes faixas etárias e 
dos distintos grupos populacionais (mulheres negras, indígenas, residentes em 
áreas urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso, em situação de 
risco, presidiárias, de orientação homossexual, com deficiência, dentre outras). 
– A elaboração, a execução e a avaliação das políticas de saúde da mulher 
deverão nortear-se pela perspectiva de gênero, de raça e de etnia, e pela 
ampliação do enfoque, rompendo-se as fronteiras da saúde sexual e da saúde 
reprodutiva, para alcançar todos os aspectos da saúde da mulher. 
– A gestão da Política de Atenção à Saúde deverá estabelecer uma dinâmica 
inclusiva, para atender às demandas emergentes ou demandas antigas, em todos 
os níveis assistenciais. 
– As políticas de saúde da mulher deverão ser compreendidas em sua dimensão 
mais ampla, objetivando a criação e ampliação das condições necessárias ao 
exercício dos direitos da mulher, seja no âmbito do SUS, seja na atuação em 
parceria do setor Saúde com outros setores governamentais, com destaque para a 
segurança, a justiça, trabalho, previdência social e educação. 
– A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de 
promoção, proteção, assistência e recuperação da saúde, executadas nos 
diferentes níveis de atenção à saúde (da básica à alta complexidade). 
– O SUS deverá garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à 
saúde, no contexto da descentralização, hierarquização e integração das ações e 
serviços. Sendo responsabilidade dos três níveis gestores, de acordo com as 
competências de cada um, garantir as condições para a execução da Política de 
Atenção à Saúde da Mulher. 
 – A atenção integral à saúde da mulher compreende o atendimento à mulher a 
partir de uma percepção ampliada de seu contexto de vida, do momento em que 
apresenta determinada demanda, assim como de sua singularidade e de suas 
condições enquanto sujeito capaz e responsável por suas escolhas. 
 – A atenção integral à saúde da mulher implica, para os prestadores de serviço, 
no estabelecimento de relações com pessoas singulares, seja por razões 
econômicas, culturais, religiosas, raciais, de diferentes orientações sexuais, etc. 
O atendimento deverá nortear-se pelo respeito a todas as diferenças, sem 
discriminação de qualquer espécie e sem imposição de valores e crenças 
pessoais. Esse enfoque deverá ser incorporado aos processos de sensibilização e 
capacitação para humanização das práticas em saúde. 
 – As práticas em saúde deverão nortear-se pelo princípio da humanização, aqui 
compreendido como atitudes e comportamentos do profissional de saúde que 
contribuam para reforçar o caráter da atenção à saúde como direito, que 
melhorem o grau de informação das mulheres em relação ao seu corpo e suas 
condições de saúde, ampliando sua capacidade de fazer escolhas adequadas ao 
seu contexto e momento de vida; que promovam o acolhimento das demandas 
conhecidas ou não pelas equipes de saúde; que busquem o uso de tecnologia 
apropriada a cada caso e que demonstrem o interesse em resolver problemas e 
diminuir o sofrimento associado ao processo de adoecimento e morte da 
clientela e seus familiares. 
 – No processo de elaboração, execução e avaliação da Política de Atenção à 
Saúde da Mulher deverá ser estimulada e apoiada a participação da sociedade 
civil organizada, em particular do movimento de mulheres, pelo reconhecimento 
de sua contribuição técnica e política no campo dos direitos e da saúde da 
mulher. 
 – Compreende-se que a participação da sociedade civil na implementação das 
ações de saúde da mulher, no âmbito federal, estadual e municipal requer 
– cabendo, portanto, às instâncias gestoras – melhorar e qualificar os 
mecanismos de repasse de informações sobre as políticas de saúde da mulher e 
sobre os instrumentos de gestão e regulação do SUS. 
 – No âmbito do setor Saúde, a execução de ações será pactuada entre todos os 
níveis hierárquicos, visando a uma atuação mais abrangente e horizontal, além 
de permitir o ajuste às diferentes realidades regionais. 
 – As ações voltadas à melhoria das condições de vida e saúde das mulheres 
deverão ser executadas de forma articulada com setores governamentais e não-
governamentais; condição básica para a configuração de redes integradas de 
atenção à saúde e para a obtenção dos resultados esperados. 
 
3. Quais cuidados devem anteceder a realização do exame Papanicolau? 
Aparar os pelos pubianos e axilares: essa atitude também facilita a visualização 
e identificação de alterações. 
 
- Não fazer uso de medicação com cremes vaginais ou duchas intravaginais de 
24 a 48 horas que precedem o dia da coleta: essa recomendação é necessária 
para evitar que o conteúdo vaginal e outros elementos vaginais e do colo uterino 
sejam alterados ou retirados por cremes ou duchas, o que dificultaria ou 
impediria o diagnóstico preciso das alterações celulares e epiteliais. 
 
- Evitar relações sexuais de 24 a 48 horas antecedentes ao exame: durante as 
relações sexuais, pode ocorrer liberação de secreções, do homem e/ou da 
mulher, que podem alterar as características do conteúdo vaginal, dificultando o 
exame citopatológico. 
 
- Não estar no período menstrual: aguardar o quinto dia após o término da 
menstruação. É importante salientar que pequenos sangramentos, de origem não 
menstrual, não constituem impedimento para a coleta, principalmente nas 
mulheres na pós-menopausa. 
 
-Não ter realizado ultravaginal ou Transvaginal em até 48h antes do exame. 
 
-Não estar com a bexiga cheia, não ter realizado sexo com preservativo. 
 
4. Qual a periodicidade do exame? 
 A rotina recomendada para o rastreamento no Brasil é a repetição do exame 
Papanicolau a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados 
com um intervalo de um ano. A repetição em um ano após o primeiro teste tem 
como objetivo reduzir a possibilidade de um resultado falso-negativo na 
primeira rodada do rastreamento. A periodicidade de três anos tem como base a 
recomendação da OMS e as diretrizes da maioria dos países com programa de 
rastreamento organizado. Tais diretrizes justificam-se pela ausência de 
evidências de que o rastreamento anual seja significativamente mais efetivo do 
que se realizado em intervalo de três anos. 
 
5. Quais os fatores de risco para o câncer de colo do útero? 
-Infecção pelo Vírus do Papiloma Humano. O fator de risco mais importante 
para o câncer de colo de útero é a infecção pelo vírus do papiloma humano 
(HPV). 
 
 
-Tabagismo. Mulheres que fumam tem uma probabilidade duplicada de 
desenvolver câncer do colo de útero em relação àquelas que não fumam. Fumar 
expõe o corpo a muitos produtos químicos cancerígenos que afetam outros 
órgãos além dos pulmões. 
 
 
-Imunossupressão. Em mulheres com o vírus da imunodeficiência humana 
(HIV) um pré-câncer do colo de útero pode evoluir para um câncer invasivo 
mais rápido do queo esperado. 
 
 
-Infecção por Clamídia. A Clamídia é um tipo relativamente comum de bactéria, 
transmitida sexualmente, que pode infectar o sistema reprodutivo. Esta infecção 
pode causar inflamação pélvica, levando a infertilidade. 
 
 
-Dieta. Mulheres com dietas pobres em frutas e vegetais podem ter um risco 
aumentado para desenvolver câncer do colo de útero. As mulheres obesas são 
mais propensas a desenvolver adenocarcinoma do colo uterino. 
 
 
-Pílulas Anticoncepcionais. Existem evidências que fazer uso de contraceptivos 
orais por um longo período de tempo aumenta o risco de desenvolver câncer do 
colo de útero, mas este risco tende a desaparecer depois de um tempo em que a 
mulher para de fazer uso dessa medicação. 
 
 
-Dispositivos Intrauterinos. Estudos recentes detectaram que mulheres que 
jamais usaram um dispositivo intrauterino (DIU) apresentaram um risco menor 
de desenvolver câncer de colo de útero. 
 
 
-Múltiplas Gestações. Mulheres que tiveram 3 ou mais gestações tem um risco 
maior de desenvolver câncer de colo de útero. Acredita-se que muitas dessas 
mulheres tenham relações sexuais desprotegidas, tornando-as mais expostas ao 
HPV. 
 
 
-Idade. Mulheres que tiveram a primeira gravidez com menos de 17 anos tem 
duas vezes mais chances de ter câncer do colo de útero do que as mulheres que 
engravidaram pela primeira vez após os 25 anos de idade. 
 
 
-Situação Econômica. Muitas mulheres de baixa renda por não terem acesso 
adequado aos serviços de saúde, não fazem o exame de Papanicolaou, logo não 
são rastreadas ou tratadas para pré-cânceres ou cânceres de colo de útero. 
 
 
-Dietilestilbestrol. O dietilestilbestrol (DES) é um medicamento hormonal que 
foi administrado, entre 1940 e 1971, para evitar o aborto. Mulheres cujas mães 
tomaram DES quando grávidas delas podem desenvolver a doença com uma 
frequência acima do esperado. Existe cerca de 1 caso deste tipo de câncer em 
cada 1000 mulheres cujas mães tomaram DES durante a gravidez, o que 
significa que cerca de 99,9% das filhas, cujas mães fizeram uso do DES não 
desenvolverão este tipo de câncer. O risco parece ser maior em mulheres cujas 
mães tomaram o medicamento durante as primeiras 16 semanas de gravidez. 
 
6. Como se dá o procedimento de coleta citológica, a IVA e o teste de 
schiller? 
 
Primeiro, após o preparo prévio da paciente, insere-se o espéculo através do 
óstio vaginal para visualizar o colo uterino: (após a inserção do espéculo, de 
tamanho apropriado P,M que deve ser introduzido fechado, lubrificado apenas 
com SF 0,9% em posição vertical e ligeiramente inclinado e, após inserido, faz-
se sua rotação em 90 graus, deixando-o em posição transversa, de modo que a 
fenda da abertura do espéculo fique na posição transversa) . 
 
 As células então podem ser colhidas do fundo de saco posterior da vagina 
(conhecido como fundo de saco vaginal ou fundo de saco de Douglas), do 
ectocérvice (abertura do colo) e também, da endocérvice (interior do colo). O 
conteúdo é então, espalhado sobre a lâmina (previamente identificada com as 
iniciais da paciente escritas na parte fosca da lâmina com lapís preto antes da 
coleta). O material colhido é espalhado na lâmina, sendo que o que é retirado de 
cada área do colo deve ser espalhado na lâmina em direção diferente para que 
haja na lâmina, ao final da coleta, três regiões (fundo de saco de Douglas, 
ectocérvice e endocérvice). 
 
Depois é colocada a lâmina no pote com álcool absoluto a 95% tampado e vai 
ser encaminhado para o laboratório. 
 
O teste de Schiller e o teste do ácido acético são feitos de forma a aumentar a 
nossa capacidade de identificar áreas com lesões do colo uterino, que muitas 
vezes podem parecer normais ao olho nu. 
 
O teste é feito com uma pinça de cheron e algodão. O enfermeiro encharca a 
ponta com iodo (ou ácido acético) e “pinta” toda a região do colo do útero, como 
se usasse um pincel. Após um minuto de espera, o médico volta a visualizar o 
colo do útero para tentar identificar áreas que ficaram pouco coradas. 
 
O iodo consegue impregnar os tecidos ricos em glicogênio, mantendo-os escuros 
(pintados). Já as células cancerígenas ou pré-cancerígenas são pobres em 
glicogênio e, por isso, não se impregnam com o iodo, mantendo-se mais claras, 
geralmente amareladas, e facilmente distinguíveis do resto do tecido saudável, 
que permanecesse corado de marrom (cor do iodo). 
 
7. Quais os fatores de risco para o CA de mama? 
 
 Possui risco aumentado às mulheres com Idade, aspectos endócrinos e 
genéticos, história familiar e história de menarca precoce (idade da primeira 
menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 50 anos), primeira 
gravidez após os 30 anos, nuliparidade e terapia de reposição hormonal pós-
menopausa, principalmente se prolongada por mais de cinco anos. 
 
 
8. Quais as etapas de realização do exame clínico das mamas? 
 
Utiliza-se a inspeção e palpação. 
Faz-se a inspeção estática e dinâmica. A cliente deve estar sentada ou em pé, 
com os braços ao longo do corpo. Inspeciona: 
 
-Tamanho e Simetria; 
-Contorno; 
-Textura; 
-Características da pele. 
-Palpação 
 
-Cliente deve estar em decúbito dorsal com os braços levantados e as mãos na 
nuca com o travesseiro sobre os ombros. Palpa-se utilizando as polpas dos dedos 
anular, indicados e médio em movimentos circulares, comprimindo 
delicadamente o tecido mamário contra a parede torácica. 
 
-Deve-se encaminhar de modo sistemático, investigando a elasticidade e 
consistência dos tecidos, resposta a estímulos, táteis, sensibilidade dolorosa, 
presença de massas. Faz-se em seguida a expressão do mamilo verificando a 
saída de secreção ou não. 
 
Mamas 
- O tamanho varia entre as mulheres, são relativamente simétricas. Tem forma 
arredondada, textura macia, superfície lisa sem depressões ou abaulamentos. A 
consistência e a elasticidade vão desde o tecido firme e elástico ao flácido e 
macio. Problemas: sinais inflamatórios, retração da pele, assimetria mamária, 
nódulos, edema, lesões e ulcerações, hipersensibilidade e dor. 
 
 
-Mamilos e aréolas - são simétricos, arredondados ou ovalados e superfície 
contínua. São evertidos (protuso), não apresentam secreções e possuem 
capacidade erétil. Problemas: assimetria, retração da aréola ou do 
mamilo(plano), inversão mamilar(invertido), drenagem de secreção, edema, 
ulcerações, fissuras, hipersensibilidade, ausência de ereção aos estímulos. 
 
Axilas - Palpa-se a axila após cada exame das mamas. Os gânglios axilares não 
são palpáveis. Os linfonodos supra e infra claviculares devem ser palpados. 
Problemas: erupções da pele, pigmentação incomum, nódulos sensíveis e sem 
mobilidade, sinais flogísticos. Para registrar os achados devemos dividir a mama 
em 4 quadrantes e como um relógio. 
Linfonodos 
 
Um linfonodo é parte do sistema linfático do corpo. No sistema linfático uma 
rede de vasos linfáticos carrega fluido claro chamado linfa. Os vasos linfáticos 
levam aos linfonodos, os quais são pequenos órgãos redondos que capturam 
células cancerosas, bactérias, ou outras substâncias danosas que podem estar na 
linfa. Grupos de linfonodos são encontrados no pescoço, axilas (linfonodos 
axilares), peito, abdômen e virilha. 
 
 
Linfonodos sentinelas 
 
Os sentinelas são os primeiros linfonodos onde provavelmente o câncer se 
espalha a partir do tumor primário. Células cancerosas podem aparecer no 
linfonodo sentinela antes de espalharem para outros linfonodos. Em alguns 
casos, pode haver mais de um linfonodo sentinela. Por isso que nos casos de 
Câncerde Mama, além da retirada da mama afetada, é feito a remoção dos 
linfonodos axilares - Mastectomia Radical. 
 
9. Qual a periodicidade dos exames de rastreio do CA de mama? 
 
A mamografia de rotina é recomendada para as mulheres de 50 a 69 anos a cada 
dois anos. A mamografia nessa faixa etária e a periodicidade bienal são rotinas 
adotadas na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do 
câncer de mama e baseiam-se na evidência científica do benefício dessa 
estratégia na redução da mortalidade nesse grupo e no balanço favorável entre 
riscos e benefícios. Em outras faixas etárias e periodicidades, o balanço entre 
riscos e benefícios do rastreamento com mamografia é desfavorável. A 
mamografia é o único exame cuja aplicação em programas de rastreamento 
apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade do câncer de mama. 
 
10. Qual a definição de planejamento familiar? 
É um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada 
dos filhos, e também a prevenir gravidez indesejada. Entende-se o conjunto de 
ações que têm como finalidade contribuir para a saúde dos entes familiares, 
permitindo às pessoas escolherem quando querem ter filhos, a quantidade que 
desejam, o espaçamento entre os nascimentos, o tipo de educação, 
conforto, qualidade de vida, além das condições sociais e culturais para a prole. 
 
 
11. Cite e explique os métodos comportamentais, hormonais, de barreira, 
DIU, LAM, e Cirúrgicos. 
 
Métodos comportamentais. 
 
-Método do Calendário, tabelinha , Ogino-Knauss: os dias férteis são calculados 
na base da história menstrual dos últimos seis meses. 
-Método do Muco Cervical (Billings): os dias férteis são os chamados dias 
úmidos, quando há muco cervical. 
-Método da Temperatura corporal basal: os dias férteis se calculam pela variação 
da temperatura corporal, que sobe depois da ovulação. 
-Método Sintotérmico: os dias férteis se calculam por um conjunto de sinais 
físicos, incluindo o muco cervical e a temperatura. 
-Método dos dois dias:também baseado na presença ou não de muco cervical, 
que deve ser identificado todos os dias. 
-Método dos dias fixos, também conhecido como o método do colar: 
 
Métodos Hormonais 
 
Injetáveis 
Os anticoncepcionais hormonais injetáveis são anticoncepcionais hormonais que 
contém progesterona ou associação de estrogênios, para administração 
parenteral (intra-muscular ou IM), com doses hormonais de longa duração. 
 
Implante hormonal 
Microbastão de hormônio sintético similar à progesterona, que é implantado no 
antebraço (com anestesia local) e inibe a ovulação. Dura três anos. 
Anel vaginal 
O anel vaginal contendo Etonogestrel e Etinilestradiol é colocado na vagina no 
5º dia da menstruação, permanecendo nesta posição durante três semanas. 
Adesivo anticoncepcional 
O adesivo anticoncepcional que deve ser colado na pele, em diversos locais do 
corpo, permanecendo na posição durante uma semana. 
Anticoncepcional Hormonal Combinado Oral (AHCO) 
O AHCO consiste na utilização de estrogênio associado ao progesterona, 
impedindo a concepção por inibir a ovulação pelo bloqueio da liberação de 
gonadotrofinas pela hipófise. Também modifica o muco cervical tornando-o 
hostil ao espermatozóide, altera as condições endometriais, modifica a 
contratilidade das tubas, interferindo no transporte ovular. 
Pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte 
A anticoncepção de emergência é um uso alternativo de contracepção hormonal 
oral (tomado antes de 72 horas após o coito) evitando-se a gestação após uma 
relação sexual desprotegida. Este método só deve ser usado nos casos de 
emergência, ou seja, nos casos em que os outros métodos anticoncepcionais não 
tenham sido adotados ou tenham falhado de alguma forma, como esquecimento, 
ruptura da caminsinha, desalojamento do diafragma, falha na tabelinha ou no 
coito interrompido, esquecimento da tomada da pílula por dois ou mais dias em 
um ciclo ou em caso de estupro. Este contraceptivo contém o levonorgestrel, que 
é um tipo de progesterona. 
Métodos de Barreira 
Camisinha ou preservativo 
Quase todas as pessoas podem usar; protege contra doenças sexualmente 
transmissíveis, inclusive AIDS; previne doenças do colo uterino; não faz mal a 
saúde; é de fácil acesso. 
A camisinha masculina é um envoltório de látex que recobre o pênis, retendo o 
esperma no ato sexual, impedido o contato deste e de outros microrganismos 
com a vagina e o pênis ou vice-versa. 
Uso da camisinha: desenrolar a camisinha no pênis ereto, antes de qualquer 
contado com a vagina, ânus ou boca. Deve ser retirada do pênis imediatamente 
após a ejaculação, segurando as bordas da camisinha para impedir que os 
espermatozóides escapem para a vagina. 
A camisinha feminina 
Constitui-se em um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra 
aberta acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano na cérvice uterina, 
paredes vaginais e vulva. O produto já vem lubrificado devendo ser utilizado 
uma única vez, destacando-se que o poliuretano por ser mais resistente que o 
látex pode ser utilizado com vários tipos de lubrificantes. 
Diafragma 
É um anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher 
deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como uma barreira, ele 
impede a entrada dos espermatozóides, devendo ser utilizado junto com um 
espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual. 
Esponjas e Espermicidas 
As esponjas são feitas de poliuretano, são adaptadas ao colo uterino com alça 
para sua remoção e são descartáveis (ao contrário do diafragma), estão 
associadas a espermicidas que são substâncias químicas que imobilizam e 
destroem os espermatozóides, podendo ser utilizados combinadamente também 
com o diafragma ou preservativos. Existem em várias apresentações de 
espermicidas: cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas. 
Dispositivo Intra-Uterino (DIU) 
 
Os DIUs são artefatos de polietileno, aos quais podem ser adicionados cobre ou 
hormônios, que são inseridos na cavidade uterina exercendo sua função 
contraceptiva. Atuam impedindo a fecundação, tornando difícil a passagem do 
espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino. 
LAM 
O que é o LAM? 
É um método natural usado nos primeiros seis meses após o parto, por mulheres 
que estão no período de lactação (amamentação) exclusiva e em amenorreia, ou 
seja, não começaram a menstruar depois do parto. 
Como o LAM funciona? 
Quando a mulher está amamentando é estimulada a liberação de hormônios que 
impedem a ovulação. Este efeito é suficiente para evitar a gravidez durante os 
seis primeiros meses pós-parto, desde que a mulher esteja amamentando sem dar 
outros alimentos ao bebê e não tenha tido ainda menstruação depois do parto. 
 
Cirúrgico 
Laqueadura tubária e Vasectomia 
A esterilização (laqueadura tubária e vasectomia) um método contraceptivo 
cirúrgico e definitivo, realizado na mulher através da ligadura ou corte das 
trompas impedindo, o encontro dos gametas masculino e feminino e no homem, 
pela ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a 
presença dos espermatozóides no líquido ejaculado. Quando houver indicação 
de contracepção cirúrgica masculina e, principalmente, a feminina deve ser 
baseada em critérios rígidos, observando-se a legislação vigente. 
 
 
 
 
 
 
 
12. O que se entende por abordagem sindrômica? 
 
A abordagem sindrômica é mais realista e eficaz para controle das DST em 
países em desenvolvimento pela simplicidade e baixo custo, um terço do valor 
do tratamento após confirmação etiológica. Revelou-se eficaz paraas úlceras 
genitais, apresentando índice de cura de 96,3% quando comparado ao modo 
convencional de tratamento. Também pode ser utilizada para corrimentos 
uretrais, mas não para os vaginais. A incidência de infecção cervical associada a 
Clamídia tracomatis foi elevada entre mulheres com baixo risco para aquisição 
de DST e a abordagem sindrômica não foi efetiva para detectá-la. Além disso, as 
infecções por esse agente e por gonococo são frequentemente assintomáticas em 
mulheres. Para esses casos serão necessárias outras alternativas de avaliação e 
intervenção. 
 
No Brasil, desde 1993, o Programa Nacional de Controle a DST/AIDS 
recomenda a abordagem sindrômica para tratamento dos doentes com alguma 
DST. Essa forma de atendimento vem sendo atualmente realizada em várias 
cidades brasileiras, tendo como base os dados de Consensos. Em São Paulo, por 
exemplo, conta-se com unidades de atendimento estaduais e municipais 
distribuídas estrategicamente em 15 bairros. Além do atendimento rápido, 
fornecem gratuitamente a medicação necessária, orientam quanto às formas de 
prevenção e distribuem preservativos. As uretrites são as DST mais comuns e 
mensagens de saúde pública devem enfatizar a necessidade de práticas de baixo 
risco, como sexo seguro com preservativos e diminuição do número de parceiros 
sexuais. 
 
Como já exposto, o tratamento rápido e adequado das DST diminui a incidência 
e a propagação do HIV. Sendo assim, cabe aos profissionais de saúde a 
responsabilidade na divulgação e implantação desse tipo de atendimento. Aos 
serviços universitários cabe parcela desta responsabilidade, uma vez que além de 
ter condições de executar este projeto, pode paralelamente realizar os 
diagnósticos etiológicos, além de exames mais sofisticados em cada 
especialidade, podendo de certa maneira absorver os casos mais difíceis, além de 
estarem aptos a realizar estudos populacionais. 
 
13. Cite as principais IST, quadro clínico e tratamento. 
 
Cancro mole 
Causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, transmite-se pela relação sexual 
com uma pessoa infectada sem o uso da camisinha masculina ou feminina. 
Quadro Clínico 
 
Provoca feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, 
que aparecem com frequência nos órgãos genitais. Podem aparecer nódulos 
(caroços ou ínguas) na virilha. Ao se observar qualquer sinal e sintoma de 
cancro mole, a recomendação é procurar um serviço de saúde. O tratamento 
deverá ser prescrito pelo profissional de saúde. 
 
• Tamanho em torno de 3-50 milímetros, 
• Possui um líquido amarelo- acinzentado muito contagioso, 
• Pode sangrar se tocar no local 
No homem, a ferida surge na cabeça do pênis e na mulher no exterior da vagina 
e no ânus. 
Outros sintomas são: 
• Dor ou queimação ao urinar e durante a relação sexual 
• Ínguas dolorosas na virilha, podendo se romper e liberar pus 
• Dor durante a relação sexual 
• Inchaço na virilha 
 
Tratamento 
 
O tratamento para cancro mole é rápido quando o paciente segue o que o médico 
receitou. Muitas vezes a infecção desaparece sem precisar tomar medicação. 
Alguns dos tratamentos mais eficientes são: 
Antibióticos: matam as bactérias que causam as feridas. Os mais usados são: 
• Zithromax 
• Rocephin 
• Ciprofloxacina 
Tomando as doses corretas, dentro de 7 dias as feridas desaparecem. Lembre-se 
que, seu parceiro (a) deve ser submetido ao tratamento 
 
Gonorreia e infecção por Clamídia 
São IST causadas por bactérias (Neisseria gonorrhoeae e Clamídia trachomatis, 
respectivamente). Na maioria das vezes estão associadas, causando a infecção 
que atinge os órgãos genitais, a garganta e os olhos. Quando não tratadas, podem 
causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, 
gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde. A transmissão é sexual e o uso 
da camisinha masculina ou feminina é a melhor forma de prevenção. Os 
sintomas são: dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), corrimento 
amarelado ou claro, fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante 
a relação sexual. 
Quadro Clínico 
A uretrite é manifestação clínica mais comum e se manifesta como uma 
secreção espontânea de pus pela uretra, com aspecto leitoso, capaz de manchar 
as roupas íntimas. Outro sintoma comum da uretrite é a disúria (dor ou 
desconforto na hora de urinar). A intensidade da disúria é variável de caso a 
caso, podendo ser bastante incômoda para alguns pacientes e quase 
imperceptível para outros. 
Uma complicação relativamente frequente da gonorreia nos homens é a infecção 
do epidídimo (pequeno ducto, localizado acima dos testículos, que coleta e 
armazena os espermatozoides), provocando dor e edema unilateral na bolsa 
escrotal. 
Na mulher a bactéria ataca o colo do útero e apenas 50% das pacientes 
infectadas apresentam coceira, dor durante o ato sexual e corrimento vaginal 
purulento. Se houver grande inflamação do útero é possível haver também 
escapes de sangue pela vagina. 
 
Tratamento 
O tratamento para as formas não complicadas é geralmente feito 
com Ceftriaxona intramuscular na dose de 250 mg. Este esquema tem taxa de 
cura de 99%. Azitromicina 1 grama também em dose única pode ser uma opção, 
mas taxa de sucesso é mais baixa e os efeitos colaterais são mais comuns. 
O parceiro deve ser sempre investigado e tratado. Indica-se abstinência sexual 
até que todos os sintomas desapareçam. Nos casos assintomáticos, deve-se evitar 
relações por pelo menos 1 semana após o tratamento. É possível contrair 
gonorreia mais de uma vez na vida. Portanto, o esquema clássico para o 
tratamento de uretrites com corrimento é Ceftriaxona + Azitromicina em dose 
única. Deste modo, obtém-se cobertura tanto para infecções por gonococo 
quanto por clamídia. É um tratamento simples, rápido e com alto índice de cura, 
que pode ser indicado sem a necessidade de maior investigação clínica. 
 
Doença Inflamatória Pélvica 
É uma síndrome clínica, que ocorre quando a gonorreia e a infecção por 
clamídia não são tratadas, atingindo os órgãos sexuais internos da mulher, como 
útero, trompas e ovários, e causando inflamações. Essa infecção pode ocorrer 
por meio de contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida. A 
maioria dos casos ocorre em mulheres que tem outra IST, principalmente 
gonorreia e infecção por clamídia não tratadas; entretanto também pode ocorrer 
após algum procedimento médico local, como a inserção de Dispositivo Intra-
Uterino (DIU), biópsia na parte interna do útero, e curetagem. 
 
Quadro Clínico 
Um quadro de dor abdominal ou pélvica de início súbito. A intensidade da dor 
é variável, mas é muito comum o fato dela se agravar durante as relações 
sexuais. A piora da dor durante ou logo após a menstruação também é 
bastante sugestivo. 
• Corrimento vaginal amarelado ou esverdeado e com forte odor – 
leia: Tipos de Corrimento Vaginal: Branco, Amarelo, Marrom… 
• Sangramento vaginal fora do período menstrual. 
• Sangramento vaginal após coito. 
• Menstruação irregular. 
• Disúria (dor para urinar) – leia: DOR AO URINAR – Principais Causas. 
• Febre acima de 38ºC. 
• Intensa dor ao exame ginecológico. 
 
Tratamento 
 
Existem vários esquemas possíveis, vamos listar apenas algumas opções: 
• Ceftriaxona 250 mg intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 
mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias. 
• Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por 
dia, por via oral, por 14 dias. 
• Ceftriaxona 250 mg intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 
mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias + metronidazol 500 mg 2x pordia, por via oral, por 14 dias. 
• Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por 
dia, por via oral, por 14 dias + metronidazol 500 mg 2x por dia, por via 
oral, por 14 dias. 
• Ceftriaxona 250 mg intramuscular em dose única + probenecida 1 g por 
via oral, dose única. 
• Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + probenecida 1 g por via 
oral, dose única. 
• Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + probenecida 1 g por via 
oral, dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 
dias. 
• Ofloxacina 400 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias + Metronidazol, 
500 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias. 
• Amoxicilina + Ácido Clavulânico, 1 g, 3x por dia, por 14 dias + 
Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias. 
 
Herpes Genital 
É causado por um vírus, transmitido pela relação sexual com uma pessoa 
infectada sem o uso da camisinha. É transmitido por meio de relação sexual 
(oral, anal ou vaginal) sem camisinha masculina ou feminina com uma pessoa 
infectada. Por ser muito contagiosa, a primeira orientação a quem tem herpes é 
uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, não furar as 
bolhas, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras pessoas, não aplicar 
pomadas no local sem recomendação profissional. Após o contágio, os sinais e 
sintomas podem aparecer em média após seis dias, e geralmente são pequenas 
bolhas agrupadas que se rompem e tornam-se feridas dolorosas no pênis, ânus, 
vulva, vagina ou colo do útero. Essas feridas podem durar, em média, de duas a 
três semanas e desaparecem. Formigamento, ardor, vermelhidão e coceira no 
local, além de febre, dores musculares, dor ao urinar e mal-estar, também podem 
surgir. Os sinais e sintomas podem reaparecer, dependendo de fatores como 
estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, menstruação, exposição prolongada 
ao sol, traumatismo ou uso de antibióticos. 
 
Quadro clínico 
• Dores e irritação que surgem de dois a dez dias após o contágio. 
• Manchas vermelhas e pequenas bolhas esbranquiçadas que costumam 
surgir dias após a infecção. 
• Úlceras na região dos genitais, que podem até mesmo sangrar e causar dor 
ao urinar. 
• Cascas que se formam quando as úlceras cicatrizam. 
• Linfonodos aumentados e sensíveis na virilha durante uma crise 
• Dor ao urinar 
• As mulheres podem ter corrimento vaginal ou, ocasionalmente, não 
podem esvaziar a bexiga e precisam de um cateter urinário. 
Tratamento 
O tratamento é feito basicamente por meio de medicamentos antivirais, que 
aliviam a dor e o desconforto causados durante uma crise, curando as lesões com 
maior rapidez. 
Para crises recorrentes, comece a tomar o medicamento assim que o 
formigamento, a queimação ou a coceira começar, ou assim que você notar o 
aparecimento de bolhas. 
Os medicamentos mais usados para o tratamento de herpes genital são: 
• Aciclovir 
• Ezopen (creme) 
• Penvir 
 
Candidiase 
 
A candidíase é uma infecção causada pelo fungo Candida, geralmente Candida 
albicans. E pode afetar a pele, unha, órgãos genitais, garganta, corrente 
sanguínea e boca. Apesar de maior número de casos em mulheres, também 
existem casos de candidíase no homem. 
 
 
Quadro Clínico 
• Coceira na área vaginal 
• Dor e vermelhidão na área vaginal 
• Corrimento vaginal branco e agrupado, parecido com queijo cottage 
• Relações sexuais dolorosas. 
 
Tratamento 
O tratamento da candidíase vaginal normalmente consiste no uso de pomadas 
antifúngicas ou medicamentos antimicóticos de uso local. 
Em casos de candidíase vaginal recorrente, o médico pode indicar medicamentos 
orais para que o quadro não retorne. Além disso, mudanças na alimentação pode 
ajudar esses casos. 
Os medicamentos mais usados para o tratamento de candidíase são: 
• Canditrat 
• Clindamin-C 
• Clocef 
• Clotrimazol 
• Colpatrin 
• Colpistatin 
• Daktarin 
• Fentizol 
• Flogo Rosa 
• Fluconazol 
• Gino-Canesten 
• Gynazole-1 
• Gyno-Icaden 
• Gynopac 
• Icaden 
• Itraconazol 
• Nistatina (creme) 
• Nistatina (solução) 
• Nitrato de Miconazol (creme vaginal) 
Tricomoníase 
É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. A transmissão 
ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, é preciso 
sempre usar camisinha masculina ou feminina e cuidar da higiene íntima após a 
relação sexual. Pode atingir o colo do útero, a vagina, a uretra e o pênis. Os 
sinais e sintomas são: dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para 
urinar, coceira nos órgãos sexuais, corrimento abundante, amarelado ou amarelo 
esverdeado, bolhoso. Na presença de qualquer sinal ou sintoma de tricomoníase, 
recomenda-se procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e 
indicação do tratamento adequado. As parcerias sexuais devem ser tratadas, 
ainda que não apresentem sinais e sintomas. 
 
Quadro Clínico 
Muitas mulheres e maioria dos homens com tricomoníase não apresentam 
sintomas, pelo menos não no início. No entanto, os sintomas vulvares de 
tricomoníase incluem: 
• Corrimento vaginal abundante e com mau cheiro, que pode ser branco, 
cinza, amarelo ou verde 
• Vermelhidão genital 
• Coceira vaginal 
• Dor e ardor ao urinar ou na relação sexual 
• Dor abdominal (raro). 
Os sinais e sintomas podem piorar durante a menstruação 
Tratamento 
O tratamento mais comum para tricomoníase, inclusive durante a gravidez, é 
tomar uma dose alta de metronidazol, secnidazol ou tinidazol. O medicamento 
ministrado por via oral é muito mais eficaz para tricomoníase que a inserção de 
um creme ou gel no órgão sexual. 
Tanto o paciente quanto os parceiros e parceiras sexuais precisam de tratamento 
e evitar ter relações sexuais desprotegidas até que a infecção seja curada, o que 
leva cerca de uma semana. 
 
Os medicamentos mais usados para o tratamento de tricomoníase são: 
• Colpatrin 
• Colpistatin 
• Flagyl 
• Flogo Rosa 
• Gynopac 
• Helmizol (comprimido) 
• Helmizol (gel) 
• Metronidazol 
• Secnidazol 
 
 
14. Quais as principais queixas da gestação e os cuidados para cada? 
 
-Náuseas, vômitos e tonturas: sintomas comuns no 1º trimestre. Orientar a 
gestante a fracionar a dieta (seis refeições leves ao dia), evitar frituras, alimentos 
gordurosos ou com odores fortes, líquidos durante as refeições e ingerir 
alimentos sólidos pela manhã antes de escovar os dentes. 
-Sialorreia: é o aumento da produção de saliva. Orientar a gestante evitar cuspir 
a saliva. Chupar gelo é uma medida eficaz de amenizar o sintoma. 
 
-Pirose ou azia: orientar para evitar fumo, ingestão de café, tereré, chimarrão, 
chá-preto, frituras, ingestão de líquidos durante refeições, álcool e doces. 
Fracionar a dieta e ingerir leite frio. Se o vômito for acentuado utilizar 
antieméticos. 
 
-Fraquezas e desmaios: orientar para que não faça mudanças bruscas de posição 
e evite a inatividade, sentar-se com a cabeça abaixada ou deitar-se em decúbito 
lateral, respirando profunda e pausadamente. 
 
-Dores abdominais e cólicas: corrigir postura, dormir em colchão adequado, 
evitar calçado de salto muito alto, praticar exercícios diários para tonificar e 
manter a força muscular, realizar aplicação de calor local e fazer massagem. 
Deve ser descartada a hipótese de contrações uterinas e trabalho de parto 
prematuro. Nesse caso, recomenda-se repouso e uso de hioscina. 
 
-Corrimento vaginal: os fluxos infecciosos (de cor amarelada, esverdeada ou 
odor fétido) devem ser tratados. No entanto, é importante observarque a mulher 
estará com o fluxo vaginal aumentado e que isto é um achado normal na 
gestação, não havendo necessidade de uso de cremes vaginais. 
 
-Dor nas mamas: recomendar uso de sutiã, com boa sustentação. Investigar 
causas patológicas. 
 
-Varizes: procurar descansar com MII elevadas, utilizar meias elásticas, evitar 
ficar em pé. 
 
-Lombalgia: corrigir postura, usar sapatos baixos e confortáveis, aplicar calor 
local, se necessário utilizar analgésicos. 
 
-Câimbras: massagear o músculo contraído e aplicar calor local, orientar ficar de 
pé e descalça em piso frio. 
 
-Cefaleia: em geral, é proveniente de tensão emocional. Descartar possibilidade 
de hipertensão arterial e pré-eclâmpsia após 20 semanas de gestação. 
 
-Flatulência e constipação intestinal: aumentar ingesta de fibras, líquidos, 
realizar exercícios físicos e caminhada, evitar alimentos de alta fermentação. 
 
-Edema: muito comum no final da gestação, decorre da pressão da veia cava 
inferior pelo útero e se manifesta na região dos tornozelos. Orientar repouso em 
decúbito lateral ou com MMII elevados. Se o edema for generalizado ou se 
estender para mãos e face, investigar presença de pré-eclâmpsia e hipertensão 
arterial. 
 
-Queixas urinárias: o aumento da frequência urinária é comum no início e final 
da gestação devido à compressão que o útero faz sobre a bexiga. Mas se houver 
queixa de disúria ou hematúria, encaminhar ao médico. 
 
 
 
15. Quais os exames de rotina do 1º e 3º trimestres e qual a indicação de 
cada um? 
 
Exame de 1º Trimestre: 
 
TIPAGEM SANGUÍNEA 
A tipagem sanguínea é importante para detectar mulheres que tenham sangue 
com fator Rh negativo (A-, B-, AB- ou O-) que estejam grávidas de bebês com 
sangue Rh positivo (A+, B+, AB+ ou O+). 
 
PAPANICOLAU 
O exame ginecológico de papanicolau, também chamado de citologia cérvico-
vaginal, é usado para o rastreio do câncer do colo do útero. Toda mulher deve 
fazer este exame de forma regular e o fato de estar grávida não muda essa rotina. 
Por isso, em geral, sugere-se que toda mulher com mais de 21 anos de idade, que 
esteja grávida e não tenha feito o papanicolau recentemente, faça o exame 
ginecológico na primeira consulta do pré-natal. 
HEMOGRAMA 
O hemograma durante o pré-natal tem como principal objetivo a investigação de 
anemia, que em gestantes é definido quando o valor da hemoglobina encontra-se 
abaixo de 11 g/dl ou um hematócrito menor que 33% 
GLICEMIA 
A dosagem da glicemia (concentração sanguínea de glicose) no pré-natal serve 
para pesquisar o diabetes mellitus gestacional. Não há um consenso entre as 
diversas escolas internacionais de obstetrícia sobre a melhor forma de rastrear e 
diagnosticar o diabetes gestacional. 
EXAME DE URINA 
Dois exames de urina fazem parte da avaliação básica do pré-natal: EAS (Urina 
tipo 1) e a urocultura. 
O EAS é um exame simples de urina, que serve, principalmente, para detectar 
sangramentos, presença de pus (leucócitos) ou de proteínas na urina. Ele é 
habitualmente solicitado no primeiro e no terceiro trimestre. 
ANTICORPOS IGG E IGM NA GRAVIDEZ 
Em geral, os anticorpos pesquisados na sorologia são o IgG e o IgM. Um 
anticorpo do tipo IgM significa que o paciente adquiriu a infecção muito 
recentemente. Já o anticorpo IgG é um anticorpo de memória, que surge 
semanas depois do paciente ter sido infectado. Portanto, podemos ter as 
seguintes situações: 
– IgM positivo e IgG negativo: este resultado indica infecção recente. Se esse 
tipo de sorologia surgir durante a gravidez, a gestação corre risco. 
– IgM negativo e IgG positivo: este resultado sugere infecção antiga e já curada. 
Esse tipo de sorologia indica que a paciente já teve a doença há muito tempo, 
curou-se e hoje encontra-se imunizada, sem risco de tê-la novamente. É o 
melhor resultado para a gestante. 
– IgM negativo e IgG negativo: este resultado indica que a grávida nunca teve a 
doença. Esse tipo de sorologia sugere que a paciente não está doente, mas não 
tem imunidade contra a infecção, podendo contraí-la, caso seja exposta ao germe 
durante a gravidez. 
VDRL / teste rápido; 
Teste para verificar a presença de sífilis. 
Anti- HIV/ Teste rápido; 
TESTE RÁPIDO DE HIV. O TESTE DE AIDS É GRATUITO, SIGILOSO E 
UM DIREITO SEU! ... No Brasil, temos os exames laboratoriais como o 
Elisa anti-HIV e os testes rápidos que detectam os anticorpos contra o HIV em 
um tempo inferior a 30 minutos. 
 HBsAg; 
- HBsAg - É o chamado antígeno de superfície do vírus, um marcador que indica 
infecção atual. - Anti HBs - Indica se existem anticorpos contra a hepatite B, os 
quais podem ser por causa da vacina ou de uma infecção anterior curada 
espontaneamente. 
Hepatite B e C/ teste rápido 
Detectar a presença do vírus da Hepatite B e C 
 Ultrassonografia 
A Ultrassonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis, 
que utiliza o eco produzido pelo som para diagnosticar em tempo real as 
reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo humano. O efeito 
Doppler permite aos profissionais conhecer o sentido e a velocidade de fluxos 
sanguíneos. 
3º Trimestre (depois da 24ª sem) 
• Hemograma completo; 
O hemograma durante o pré-natal tem como principal objetivo a investigação de 
anemia, que em gestantes é definido quando o valor da hemoglobina encontra-se 
abaixo de 11 g/dl ou um hematócrito menor que 33% 
• Glicemia de jejum; 
A dosagem da glicemia (concentração sanguínea de glicose) no pré-natal serve 
para pesquisar o diabetes mellitus gestacional. Não há um consenso entre as 
diversas escolas internacionais de obstetrícia sobre a melhor forma de rastrear e 
diagnosticar o diabetes gestacional. 
• VDRL; 
O teste VDRL (sigla de Venereal Disease Research Laboratory) é um teste para 
identificação de pacientes com sífilis 
• Sumário de urina e urinocultura; 
• Anti- HIV; 
TESTE RÁPIDO DE HIV. O TESTE DE AIDS É GRATUITO, SIGILOSO E 
UM DIREITO SEU! ... No Brasil, temos os exames laboratoriais como o 
Elisa anti-HIV e os testes rápidos que detectam os anticorpos contra o HIV em 
um tempo inferior a 30 minutos. 
• HBsAg; 
- HBsAg - É o chamado antígeno de superfície do vírus, um marcador que indica 
infecção atual. - Anti HBs - Indica se existem anticorpos contra a hepatite B, os 
quais podem ser por causa da vacina ou de uma infecção anterior curada 
espontaneamente. 
• Sorologias para Toxoplasmose; 
Em geral, os anticorpos pesquisados na sorologia são o IgG e o IgM. Um 
anticorpo do tipo IgM significa que o paciente adquiriu a infecção muito 
recentemente. Já o anticorpo IgG é um anticorpo de memória, que surge 
semanas depois do paciente ter sido infectado. Portanto, podemos ter as 
seguintes situações: 
– IgM positivo e IgG negativo: este resultado indica infecção recente. Se esse 
tipo de sorologia surgir durante a gravidez, a gestação corre risco. 
– IgM negativo e IgG positivo: este resultado sugere infecção antiga e já curada. 
Esse tipo de sorologia indica que a paciente já teve a doença há muito tempo, 
curou-se e hoje encontra-se imunizada, sem risco de tê-la novamente. É o 
melhor resultado para a gestante. 
– IgM negativo e IgG negativo: este resultado indica que a grávida nunca teve a 
doença. Esse tipo de sorologia sugere que a paciente não está doente, mas não 
tem imunidade contra a infecção, podendo contraí-la, caso seja exposta ao germe 
durante a gravidez. 
• Ultrassonografia; 
A Ultrassonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis, 
que utiliza o eco produzido pelo som para diagnosticar em tempo real as 
reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo humano. O efeitoDoppler permite aos profissionais conhecer o sentido e a velocidade de fluxos 
sanguíneos. 
• Citopatológico. 
O exame ginecológico de papanicolau, também chamado de citologia cérvico-
vaginal, é usado para o rastreio do câncer do colo do útero. Toda mulher deve 
fazer este exame de forma regular e o fato de estar grávida não muda essa rotina. 
Por isso, em geral, sugere-se que toda mulher com mais de 21 anos de idade, que 
esteja grávida e não tenha feito o papanicolau recentemente, faça o exame 
ginecológico na primeira consulta do pré-natal. 
 
16. Quais os medicamentos prescritos no pré-natal de rotina? 
Ácido fólico, sulfato ferroso. 
 
17. Qual o esquema vacinal da gestante? 
 
O calendário consiste em administrar três doses da vacina dT (dupla adulto 
contra difteria e tétano), com intervalos de dois meses entre as mesmas. Para 
melhor proteção ao bebê, a terceira dose deve ser aplicada até duas semanas 
antes do parto. No calendário de vacinação da gestante, pode ser incluída vacina 
contra hepatite B, desde que indicada pelo médico ginecologista. 
Gestante não vacinada 
Esquema básico: consta de três doses, podendo ser adotado um dos seguintes 
esquemas: 
a) as primeiras duas doses com intervalo de dois meses (mínimo de um mês) - 
aplicando-se a primeira o mais precocemente possível - e a terceira, seis meses 
depois da segunda; caso só haja tempo para aplicação de duas doses, a segunda 
deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 
2, 8). 
b) três doses, de dois em dois meses (intervalos mínimos de um mês) - 
aplicando-se a primeira dose o mais precocemente possível; caso só haja tempo 
para aplicar duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da 
data provável do parto (esquema 0, 2, 4). Por motivos de ordem operacional, 
tem-se optado por um ou outro esquema nas diferentes regiões do país. 
Hepatite B e Tríplice Viral 
Gestante com o calendário em dia 
Esquema básico: na gestante que já recebeu uma ou duas doses da vacina 
contra o tétano (DTP, DT, dT ou TT), deverão ser aplicadas mais duas ou uma 
dose, respectivamente, da vacina dupla tipo adulto (dT), para se completar o 
esquema básico de três doses. Essa terceira dose deve ser aplicada 20 dias ou 
mais antes da data provável do parto. 
Reforços: de dez em dez anos, antecipar a dose de reforço se ocorrer nova 
gravidez cinco anos, ou mais, depois da aplicação da última dose. A dose de 
reforço deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do parto. 
 
 
18. Cite e explique as manobras de leopold. 
Primeira manobra 
Delimitação do fundo do útero usando ambas as mãos para deprimir a parede 
abdominal com as bordas cubitais. As mãos ficam encurvadas, para melhor 
reconhecer o contorno do fundo do útero e a parte fetal que o ocupa. Com uma 
das mãos imprimindo súbito impulso ao pólo fetal, esse sofre um deslocamento, 
chamado "rechaço fetal" realizado com a mulher em decúbito dorsal. 
Segunda manobra 
Ao deslizar as mãos do fundo uterino para o pólo inferior, tenta-se palpar o 
dorso fetal e os membros, de um ou outro lado do útero. 
Terceira manobra 
 explorar a mobilidade do pólo fetal que se apresenta em relação com o estreito 
superior do trajeto pélvico. Tenta-se apreender esse pólo fetal entre o polegar e o 
indicador da mão direita, imprimindo movimentos laterais para procurar precisar 
o grau de penetração da apresentação na bacia. 
Quarta manobra 
Com as extremidades dos dedos, palpa-se a pelve para tentar reconhecer o pólo 
cefálico ou o pélvico, e assim, determinar o tipo de apresentação do concepto. 
 
Respondido Por : 
Acadêmico de Enfermagem 
Davi De Freitas

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