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13/02/2017
1
DIREITO CONSTITUCIONAL II
IVES FAIAD FREITAS
PROF. MESTRE
1
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Ementa: Organização Federativa do Estado brasileiro.
Estado de Defesa e Estado de Sítio. Forças Armadas e
Segurança Pública. Separação dos Poderes: Poder
Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário;
Competências e Atribuições do Presidente da República;
Crimes Comuns e de Responsabilidade; Julgamento;
Processo Legislativo e suas fases; Competência do Poder
Legislativo; Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI);
Órgãos do Poder Judiciário: competência e composição;
Funções Essenciais à Justiça: Ministério Público,
Defensorias Públicas e Advocacia.
2
13/02/2017
2
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
DO 
ESTADO BRASILEIRO
3
1. NOÇÕES BÁSICAS INICIAIS
- A organização e estrutura do Estado podem ser
analisadas sob três aspectos: forma de governo, sistema de
governo e forma de Estado.
♦ Forma de governo: República/Monarquia;
♦ Sistema de governo: presidencialismo/parlamentarismo;
♦ Forma de Estado: Unitário/Federação/Confederação.
4
13/02/2017
3
- Em um Estado Unitário, qualquer unidade
subgovernamental pode ser criada ou extinta e ter seus poderes
modificados pelo governo central. O processo no qual as
unidades subgovernamentais e/ou parlamentos regionais são
criados por um governo central é conhecido por devolução. Um
Estado unitário pode ampliar e restringir as funções de tais
(sub)governos devolvidos sem o consentimento formal dessas
entidades.
- A maioria dos países do mundo é formada de Estados
unitários, principalmente porque muitos deles não possuem uma
vasta extensão territorial que justifique uma separação de
poderes em suas divisões internas. Já muitos dos Estados não
unitários do mundo possuem grandes extensões territoriais,
particularmente a Rússia, o Canadá, os Estados Unidos da
América, o Brasil, a Índia e a Austrália.
5
ESTADOS UNITÁRIOS NO MUNDO
6
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4
ESTADOS UNITÁRIOS NO MUNDO
(PORTUGAL E FRANÇA)
7
- Dá-se o nome de Federação (do latim: foedus, foedera
"aliança", "pacto", "contrato") ou Estado Federal a um Estado
soberano composto por diversas entidades territoriais
autônomas dotadas de governo próprio. Como regra geral,
os Estados (“Estados Federados") que se unem para constituir
a Federação (o "Estado Federal") são autônomos, isto é,
possuem um conjunto de competências ou prerrogativas
garantidas pela constituição que não podem ser abolidas ou
alteradas de modo unilateral pelo governo central.
- O sistema político pelo qual vários estados se reúnem
para formar um Estado Federal, cada um conservando sua
autonomia, chama-se Federalismo.
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ESTADOS FEDERADOS NO MUNDO
9
ESTADOS FEDERADOS NO MUNDO
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6
ESTADOS FEDERADOS NO MUNDO
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- Em ciência política, a Confederação é uma associação de
Estados soberanos, usualmente criada por meio de tratados, mas
que pode eventualmente adotar uma constituição comum. A principal
distinção entre uma confederação e uma federação é que, na
Confederação, os Estados constituintes não abandonam a sua
soberania, enquanto que, na Federação, a soberania é transferida
para o Estado Federal. As confederações costumam ser instituídas
para lidar com assuntos cruciais como defesa, relações exteriores,
comércio internacional e união monetária.
- Na maioria dos casos, a confederação é governada por
uma assembléia dos Estados confederados, que têm direitos e
deveres idênticos. As decisões desta assembléia são, em princípio,
tomadas por unanimidade. A confederação tem em regra
personalidade jurídica, mas a sua capacidade internacional é limitada.
- Do ponto de vista histórico, a confederação costuma ser uma
fase de um processo que leva à federação, como nos casos dos EUA
e da Suíça. Por vezes, a confederação pode formar-se por Estados
soberanos, a exemplo dos Emirados Árabes Unidos.
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EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
13
- O Brasil, atualmente, adota a forma republicana de
governo, o sistema presidencialista de governo e a forma
federativa de Estado.
- CF/88: “art. 1º A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito [...]”; “art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo
Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de
Estado.”
14
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PACTO 
FEDERATIVO
O QUE É?
15
- O Fundo de Participação dos Estados (FPE) é formado por
21,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre
Produtos Industrializados. Por força da LC 143/2013, até o fim de
2015, a distribuição será feita conforme a renda per capita de cada
estado, em benefício dos mais pobres. Estados do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste ficam com 85% e os das regiões Sul e Sudeste com
15%, com percentuais fixos para cada estado.
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9
17
O Fundo de Participação dos
Municípios - FPM, é uma importante
fonte de receita das prefeituras,
especialmente, para os pequenos
municípios.
- A Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966, mostra que o FPM é
uma transferência constitucional e a
distribuição dos recursos aos
municípios é feita de acordo com o
número de habitantes.
- Do total dos recursos 10%
são destinados aos municípios das
capitais, 86,4% para os demais
municípios e 3,6% para o fundo de
reserva a que fazem jus os municípios
com população superior a 142.633
habitantes (coeficiente 3.8), excluídas
as capitais.
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2. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS FEDERATIVAS
a) Qto à origem e concentração de poder:
♦ agregação (EUA ► centrípeta)
♦ segregação (BRA► centrífugo)
b) Qto à repartição de competências:
♦ dual/clássica: divisão rígida entre os entes federativos
♦ cooperativo/neoclássico: previsão de atribuições comuns entre
os entes federados (BRA – arts. 23 e 24 da CF/88)
19
3. CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
a) Divisão do poder político entre entes federativos;
“A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados (26), o Distrito Federal (1) e os Municípios
(5.570), todos autônomos, nos termos desta Constituição” (CF/88, art. 18, caput)
b) Identificação de tais entes como federados, autônomos e
não hierarquizados;
c) Reconhecimento constitucional da autonomia político-
administrativa: auto-organização (legislação própria);
autogoverno (eleição de representantes) e autoadministração
(organização tributária, p. ex.)
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11
d) Indissolubilidade dos entes federativos (secessão), sob
pena de intervenção (arts. 34 a 36, CF/88);
e) Previsão de órgão legislativo em todos os entes
federados;
f) Previsão de um Tribunal Constitucional;
g) Rigidez constitucional na repartição de competências
(art. 60, §4º, I, CF/88);
h) Soberania exclusiva do Estado Federal como um todo.
i) Previsão de órgão representativo dos Estados Membros.
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INDICAÇÃO DE LEITURA
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INDICAÇÃO DE FILME
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O que é 
FEDERALISMO REGIONAL?
25
Trata-se o Federalismo das Regiões de tese em que se
propõe a instituição de uma quarta esfera de governo, no
caso as “Regiões”, ao lado das tradicionais União, Estados,
Distrito Federal e Municípios. A ideia seria diminuir os
desequilíbrios intrarregionais na medida em que se busca o
desenvolvimento econômico e social não apenas deste ou
daquele Estado-membro, mas de toda uma Região (Centro-
Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste).
Nesse contexto, propõe Bonavides (2000) o
desenvolvimento orgânico da máquina estatal para fazer frente
a esta nova composição federativa, qual seja, a eleição de
senadores representantes de Região, a criação de
Assembleia Legislativa Regional, a instituição de
organismos de desenvolvimento regional(a exemplo das já
existentes Sudam, Sudeco e Sudene). Enfim, prega-se a
institucionalização das Regiões.
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14
27
CF/88:
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um
mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução
das desigualdades regionais.
§ 1º - Lei complementar disporá sobre:
I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os
planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e
social, aprovados juntamente com estes.
§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de
responsabilidade do Poder Público;
II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos
por pessoas físicas ou jurídicas;
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas
de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas
periódicas.
§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de
terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o
estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.
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4. A FEDERAÇÃO BRASILEIRA
- Provisoriamente, a Federação no Brasil surge com o
Decreto n. 1, de 15.11.1889, decreto este instituidor, também,
da forma republicana de governo.
- A consolidação veio com a primeira Constituição
Republicana, de 1891, que em seu art. 1.º estabeleceu: “A
nação Brazileira adopta como fórma de governo, sob o
regimen representativo, a República Federativa proclamada
a 15 de novembro de 1889, e constitue-se, por união
perpetua e indissoluvel das suas antigas provincias, em
Estados Unidos do Brazil”.
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- As Constituições posteriores mantiveram a forma
federativa de Estado, porém, não se pode deixar de registrar o
entendimento de alguns, segundo o qual, nas Constituições de
1937 e de 1967, bem como durante a vigência da Emenda n.
1/69, tivemos no Brasil somente uma “federação de fachada”.
- Fundamentos da federação brasileira:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.”
31
- Objetivos fundamentais da federação brasileira:
“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.”
- Símbolos da federação brasileira
“Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa
do Brasil.
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o
hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter
símbolos próprios.”
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- Princípios que regem a federação brasileira nas relações
internacionais:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas
relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos povos da América
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de
nações.
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5. A UNIÃO
- A União, segundo José Afonso da Silva, “... se constitui
pela congregação das comunidades regionais que vêm a ser os
Estados -Membros. Então quando se fala em Federação se
refere à união dos Estados. No caso brasileiro, seria a união
dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
- Assim, uma coisa é a União — unidade federativa —,
ordem central, que se forma pela reunião de partes, através de
um pacto federativo. Outra coisa é a República Federativa do
Brasil, formada pela reunião da União, Estados -membros,
Distrito Federal e Municípios, todos autônomos, nos termos da
CF.
- A República Federativa do Brasil, portanto, é soberana
no plano internacional (CF/88, art. 1.º, I), enquanto os entes
federativos são autônomos entre si. 35
- A União possui “dupla personalidade”, pois assume
um papel interno e outro internacionalmente.
Internamente, ela é uma pessoa jurídica de direito público
interno, componente da Federação brasileira e autônoma na
medida em que possui capacidade de auto-organização,
autogoverno, autolegislação e autoadministração, configurando,
assim, autonomia financeira, administrativa e política.
Internacionalmente, a União representa a República Federativa
do Brasil (vide CF/88, art. 21, I a IV). Observe-se que a
soberania é da República Federativa do Brasil,
representada pela União Federal.
- Brasília é a capital federal e, ao mesmo tempo, sede do
governo do DF.
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5.1 Competências da União
5.1.1 Competência material, administrativa ou executiva
- Regulamenta o campo do exercício das funções
governamentais, podendo tanto ser exclusiva da União
(marcada pela particularidade da indelegabilidade) como
comum (também chamada de cumulativa, concorrente
administrativa ou paralela) aos entes federativos.
a) exclusiva: art. 21 da CF/88
37
Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de
organizações internacionais;
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II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente;
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V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material
bélico;
"Competência da União para legislar sobre direito penal e material bélico. Lei
1.317/2004 do Estado de Rondônia. Lei estadual que autoriza a utilização, pelas
polícias civil e militar, de armas de fogo apreendidas. A competência exclusiva da
União para legislar sobre material bélico, complementada pela competência para
autorizar e fiscalizar a produção de material bélico, abrange a disciplina sobre a
destinação de armas apreendidas e em situação irregular." (ADI 3.258, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2005, Plenário, DJ de 9-9-2005.)
41
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as
operações de natureza financeira, especialmente as de crédito,
câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de
previdência privada;
“Lei 12.775/2003 do Estado de Santa Catarina. Competência legislativa. Sistema
financeiro nacional. Banco. Agência bancária. Adoção de equipamento que,
embora indicado pelo Banco Central, ateste autenticidade das cédulas de
dinheiro nas transações bancárias. Previsão de obrigatoriedade.
Inadmissibilidade. Regras de fiscalização de operações financeiras e de
autenticidade do ativo circulante. Competênciasexclusivas da União. Ofensa aos
arts. 21, VIII, e 192 da CF.” (ADI 3.515, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em
1º-8-2011, Plenário, DJE de 29-9-2011.)
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de
ordenação do território e de desenvolvimento econômico e
social; 42
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22
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
“A CB confere à União, em caráter exclusivo, a exploração do serviço postal e o
correio aéreo nacional (art. 21, X). O serviço postal é prestado pela Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), empresa pública, entidade da
administração indireta da União, criada pelo Decreto-Lei 509, de 10-3-1969.”
(ADPF 46, Rel. p/ o ac. Min. Eros Grau, julgamento em 5-8-2009, Plenário, DJE
de 26-2-2010.)
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão
ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da
lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de
um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
“Art. 1º, caput e § 1º, da Lei 5.934, de 29-3- 2011, do Estado do Rio de Janeiro, o
qual dispõe sobre a possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais
ofertados pelas operadoras de telefonia, determinando a transferência dos
minutos não utilizados no mês de sua aquisição, enquanto não forem utilizados,
para os meses subsequentes. Competência privativa da União para legislar
sobre telecomunicações. Violação do art. 22, IV, da CF.” (ADI 4.649-MC, Rel.
Min. Dias Toffoli, julgamento em 28-9-2011, Plenário, DJE de 21-11-2011.)
43
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão
ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
“A jurisprudência do STF entende que a Lei 4.117/1962, que obriga empresa de
radiodifusão a transmitir o programa ‘A Voz do Brasil’, foi recepcionada pela CF de
1988.” (RE 531.908-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 2-8-2011, Segunda
Turma, DJE de 13-10-2011.) No mesmo sentido: RE 605.681-AgR-segundo, rel. min.
Luiz Fux, julgamento em 4-9-2012, Primeira Turma, DJE de 23-10-2012.
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o
aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação
com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
O Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional o artigo 2º da Lei paulista
12.635/2007, segundo o qual os postes de sustentação a rede elétrica que estejam
causando transtornos ou impedimentos aos proprietários e compradores de terrenos
serão removidos gratuitamente pelas concessionárias de energia elétrica. Seguindo o
voto do relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4925, ministro Teori
Zavascki, o Plenário concluiu que a competência para legislar sobre energia elétrica é
privativa da União. (12/02/2015) 44
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23
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura
aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos
brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites
de Estado ou Território;
45
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões
públicas e de programas de rádio e televisão;
46
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24
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as
calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos
hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
(Regulamento)
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive
habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional
de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e
de fronteiras;
47
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer
natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o
enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio
de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes
princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida
para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas
e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção,
comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou
inferior a duas horas;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da
existência de culpa; 48
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25
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e
internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público
do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos
Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo
de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de
serviços públicos, por meio de fundo próprio;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística,
geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
49
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da
atividade de garimpagem, em forma associativa.
b) comum (cumulativa, concorrente, administrativa ou
paralela): art. 23 - trata-se de competência não legislativa
comum aos quatro entes federativos, quais sejam, a União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
50
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26
5.1.2 Competência legislativa
- Como a terminologia indica, trata-se de competências,
constitucionalmente definidas, para elaborar leis. Elas foram
assim definidas para a União Federal:
A) privativa: art. 22;
B) concorrente: art. 24;
C) competência tributária expressa: art. 153
(tributária);
D) competência tributária residual: art. 154, I;
E) competência tributária extraordinária: art. 154, II
51
5.1.2 Competência legislativa
- Como a terminologia indica, trata-se de competências,
constitucionalmente definidas, para elaborar leis. Elas foram
assim definidas para a União Federal:
A) privativa: art. 22;
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário,
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
"São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade
e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento." (Súmula 722
o STF)
52
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27
“Lei 7.716/2001 do Estado do Maranhão. Fixação de nova hipótese de prioridade, em
qualquer instância, de tramitação processual para as causas em que for parte mulher
vítima de violência doméstica. Vício formal. (...) A definição de regras sobre a
tramitação das demandas judiciais e sua priorização, na medida em que reflete parte
importante da prestação da atividade jurisdicional pelo Estado, é aspecto abrangido
pelo ramo processual do direito, cuja positivação foi atribuída pela CF privativamente
à União (Art. 22, I, da CF/1988). A lei em comento, conquanto tenha alta carga de
relevância social, indubitavelmente, ao pretender tratar da matéria, invadiu esfera
reservada da União para legislar sobre direito processual. A fixação do regime de
tramitação de feitos e das correspondentes prioridades é matéria eminentemente
processual, de competência privativa da União, que não se confunde com matéria
procedimental em matéria processual, essa, sim, de competência concorrente dos
Estados-Membros.” (ADI 3.483, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 3-4-2014,
Plenário, DJE de 14-5-2014.)
“A competência legislativa atribuída aos Municípios se restringe a seus servidores
estatutários. Não abrange ela os empregadospúblicos, porque estes estão
submetidos às normas de Direito do Trabalho, que, nos termos do inciso I do art. 22
da CF, são de competência privativa da União.” (RE 632.713-AgR, Rel. Min. Ayres
Britto, julgamento em 17-5-2011, Segunda Turma, DJE de 26-8-2011.) Vide: RE
164.715, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 13-6-1996, Plenário, DJ de
21-2-1997.
53
"Art. 32, IV, da Lei sergipana 4.122/1999, que confere a delegado de polícia a
prerrogativa de ajustar com o juiz ou a autoridade competente a data, a hora e o local
em que será ouvido como testemunha ou ofendido em processos e inquéritos. (...) É
competência privativa da União legislar sobre direito processual (...). A persecução
criminal, da qual fazem parte o inquérito policial e a ação penal, rege-se pelo direito
processual penal. Apesar de caracterizar o inquérito policial uma fase preparatória e
até dispensável da ação penal, por estar diretamente ligado à instrução processual
que haverá de se seguir, é dotado de natureza processual, a ser cuidada,
privativamente, por esse ramo do direito de competência da União." (ADI 3.896, Rel.
Min. Cármen Lúcia, julgamento em 4-6-2008, Plenário, DJE de 8-8-2008.)
"Constitucional. Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 1.314, de 1º-4-2004, do
Estado de Rondônia, que impõe às empresas de construção civil, com obras no
Estado, a obrigação de fornecer leite, café e pão com manteiga aos trabalhadores
que comparecerem com antecedência mínima de quinze minutos ao seu primeiro
turno de labor. Usurpação da competência da União para legislar sobre direito do
trabalho (inciso I do art. 22). Ação julgada procedente." (ADI 3.251, Rel. Min. Ayres
Britto, julgamento em 18-6-2007, Plenário, DJ de 19-10-2007.)
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28
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em
tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e
aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
55
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de
estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para
o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal
e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como
organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia
nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança
popular;
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29
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
“É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre
sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.” (Súmula Vinculante 2)
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação
e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e
mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
57
B) concorrente: art. 24;
C) competência tributária expressa: art. 153
(tributária);
D) competência tributária residual: art. 154, I;
E) competência tributária extraordinária: art. 154, II
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5.2 BENS DA UNIÃO
- Art. 20, CF/88
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Lei 8.617/93
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6. REGIÕES ADMINISTRATIVAS OU DE DESENVOLVIMENTO
- O art. 43, caput, da CF estabelece que, para efeitos
administrativos, a União poderá articular sua ação em um
mesmo complexo geoeconômico e social, visando ao seu
desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
- Trata -se, nos dizeres do Professor José Afonso da
Silva, de “formas especiais de organização administrativa do
território”, destituídas de competência legislativa, em razão de
sua falta de capacidade política no âmbito jurídico-formal.
- Lei complementar disporá sobre: a) as condições para
integração de regiões em desenvolvimento; b) a composição
dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os
planos regionais, integrantes dos planos nacionais de
desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente
com estes. 61
- Dentre os incentivos regionais, podemos destacar, além
de outros, na forma da lei: a) igualdade de tarifas, fretes,
seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade
do Poder Público; b) juros favorecidos para financiamento de
atividades prioritárias; c) isenções, reduções ou diferimento
temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou
jurídicas; d) prioridade para o aproveitamento econômico e
social dos rios e das massas de água represadas ou
represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas
periódicas.
- Exemplos: SUDAM, SUDENE, SUDECO, SUFRAMA
etc
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7. TERRITÓRIOS FEDERAIS
- O primeiro Território Federal no Brasil foi o do Acre,
criado pela Lei n. 1.181/1904, na medida em que não havia
previsão na Constituição de 1891. Somente na CF/1934 foi que
os territórios ganharam status constitucional, permanecendo
sua previsão nas Constituições seguintes.
- Apesar de ter personalidade jurídica, o território não é
dotado de autonomia política. Trata-se de mera
descentralização administrativo-territorial da União, qual
seja, uma autarquia que, conforme expressamente previsto no
art. 18, § 2.º, integra a União.
“§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar.”
63
- Não existem mais territórios no Brasil. Até 1988 existiam
três territórios: Roraima, Amapá e Fernando de Noronha.
- Principais características:
♦ São criados na forma do art. 18, § 3.º: estabelece que
os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexar a outros, ou formar Territórios
Federais, mediante aprovação da população diretamente
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por
lei complementar.
♦ lei federal: de acordo com o art. 33, caput, lei ordinária
federal disporá sobre a organização administrativa e judiciária
dos Territórios;
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33
♦ divisão em Municípios: ao contrário do que ocorre
com o Distrito Federal, o art. 33, § 1.º, estabelece a
possibilidade de os Territórios, quando criados, serem divididos
em Municípios, aos quais serão aplicadas as regras previstas
nos arts. 29 a 31 da CF/88;
♦ Executivo: a direção dos Territórios, se criados, dar-se
-á por Governador, nomeado pelo Presidente da República,
após aprovação pelo Senado Federal (art. 84, XIV);
♦ Legislativo: nos termos do art. 45, § 2.º, cada Território
elegerá o número fixo de 4 deputados federais,
caracterizando-se, assim, exceção ao princípio proporcional
para a eleição de deputadosfederais, ou seja, não existirá
variação do número de representantes da população local dos
Territórios;
65
♦ controle das contas: a fiscalização das contas do
governo do Território caberá ao Congresso Nacional, após o
parecer prévio do Tribunal de Contas da União (art. 33, § 2.º);
♦ Judiciário, Ministério Público e defensores públicos
federais: nos Territórios Federais com mais de 100 mil
habitantes, além do Governador nomeado na forma da
Constituição (art. 84, XIV), haverá órgãos judiciários de primeira
e segunda instâncias, membros do Ministério Público e
defensores públicos federais, organizados e mantidos pela
União (art. 33, § 3.º, c/c o art. 21, XIII).
♦ Nos termos do parágrafo único do art. 110, a jurisdição
e as atribuições cometidas aos juízes federais (Justiça Federal
Comum) caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei;
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34
♦ Legislativo: a lei disporá sobre as eleições para a
Câmara Territorial e sua competência deliberativa (art. 33, § 3.º);
♦ Sistema de ensino: organizado pela União, nos termos
do art. 211, § 1.º.
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35
8. DISTRITO FEDRAL
- Atualmente, na CF/88, o Distrito Federal não é mais
Capital Federal, pois, conforme já tivemos a oportunidade de
apontar, de acordo com o art. 18, § 1.º, a Capital Federal é
Brasília, que se situa dentro do território do Distrito Federal.
- Nos termos do art. 6.º da Lei Orgânica do DF, Brasília,
além de Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do
governo do Distrito Federal.
- O Distrito Federal é, portanto, uma unidade federada
autônoma, visto que possui capacidade de auto-organização,
autogoverno, autoadministração e autolegislação.
69
- Principais características:
♦ auto-organização: art. 32, caput, estabelece que o
Distrito Federal se regerá por lei orgânica, votada em dois
turnos com interstício mínimo de dez dias e aprovada por dois
terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos na Constituição Federal;
♦ autogoverno: art. 32, §§ 2.º e 3.º — eleição de
Governador e Vice–Governador e dos Deputados Distritais;
♦ autoadministração e autolegislação: regras de
competência legislativas e não legislativas, que serão abaixo
estudadas.
70
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36
♦ O Distrito Federal é a única unidade federativa
brasileira que não possui municípios (art. 32, caput), sendo
dividido em 31 regiões administrativas, sua área total é de 5
801,937 km², sendo assim a menor unidade federativa
brasileira. Em seu território, está localizada a capital federal do
Brasil, Brasília, que é também a sede do governo do Distrito
Federal.
71
♦ COMPETE PRIVATIVAMENTE À UNIÃO LEGISLAR
SOBRE VENCIMENTOS DOS MEMBROS DAS POLÍCIAS
CIVIL E MILITAR DO DISTRITO FEDERAL (S. 647/STF).
♦ Ainda sobre o assunto: arts. 32 § 4º e 144 § 6º.
♦ Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria
Pública do Distrito Federal serão organizados e mantidos pela
União (arts. 21, XIII e XIV, e 22, XVII).
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8.1 Competências do Distrito Federal
A) Não legislativas (administrativas ou materiais)
- comum (cumulativa ou paralela): trata -se de
competência não legislativa comum aos quatro entes
federativos, quais sejam, a União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, prevista no art. 23 da CF/88.
B) Legislativas
- expressa: art. 32, caput — elaboração da própria lei
orgânica;
- residual: art. 25, § 1.º — toda competência que não for
vedada, ao Distrito Federal estará reservada;
73
- delegada: art. 22, parágrafo único — como vimos, a União
poderá autorizar o Distrito Federal a legislar sobre questões
específicas das matérias de sua competência privativa. Tal
autorização dar -se -á mediante lei complementar;
- concorrente: art. 24 — onde se estabelece concorrência
para legislar entre União, Estados e Distrito Federal, cabendo à União
legislar sobre normas gerais e ao Distrito Federal, sobre normas
específicas;
- suplementar: art. 24, §§ 1.º a 4.º — no âmbito da legislação
concorrente, como vimos, a União limita -se a estabelecer normas
gerais e o Distrito Federal, normas específicas. No entanto, em caso
de inércia legislativa da União, o Distrito Federal poderá suplementá-
la e regulamentar as regras gerais sobre o assunto, sendo que, na
superveniência de lei federal sobre norma geral, a aludida norma
distrital geral (suplementar) terá a sua eficácia suspensa, no que for
contrária à lei federal sobre normas gerais editadas posteriormente;
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38
- interesse local: art. 30, I, combinado com o art. 32, §
1.º;
- competência tributária expressa: art. 155 (a estudar
especialmente em direito tributário).
75
9. ESTADOS
- A autonomia dos Estados-membros caracteriza-se pela
denominada tríplice capacidade de auto-organização
(incluída a autolegislação), autogoverno e autoadministração.
- Essa autonomia, porém, não significa soberania, razão
pela qual a obediência à CF/88 é inafastável, sob pena de
intervenção da União (art. 34).
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39
9.1 Auto-organização e autolegislação
- Prevista nos arts. 25, caput e 11 do ADCT;
- Exercício do Poder Constituinte Derivado Decorrente e
“Princípio da Simetria”;
- “Constitucionalismo Dual” (ALAN TARR);
- De acordo com a doutrina, há duas categorias de
princípios a serem seguidos pelos Estados:
♦ princípios sensíveis (art. 34, VII)
♦ princípios estabelecidos, que são as regras
constitucionais materiais da organização do Estado e
respectivas vedações, bem como as relativas aos princípios da
organização política, social e econômica (ex. art. 37).
77
9.2 Autogoverno
- Fundamenta o autogoverno a capacidade de
organização dos poderes estaduais, conforme dispõem os arts.
arts. 27 (legislativo), 28 (executivo) e 125 (judiciário).
9.3 Autoadministração
- Decorrente das duas anteriores (9.1 e 9.2) e balizada
pelo art. 25, §1º da CF/88, materializa-se pelos atos
administrativos emanados por seus órgãos.
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9.4 Bens dos Estados
- Previstos no art. 26 da CF/88.
9.5 Competências administrativas dos Estados
a) comum (cumulativa ou paralela): trata -se de
competência não legislativa comum aos quatro entes
federativos, quais sejam, a União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, prevista no art. 23 da CF/88;
b) residual (remanescente ou reservada): são reservadas
aos Estados as competências administrativas que não lhe
sejam vedadas, ou a competência que sobrar (eventual
resíduo), após a enumeração dos outros entes federativos (art.
25, § 1.º), ou seja, as competências que não sejam da União
(art. 21), do Distrito Federal (art. 23), dos Municípios (art. 30, III
a IX) e comum (art. 23).
79
9.6 Competências legislativas dos Estados
a) expressa: art. 25, caput ► qual seja, a capacidade de
auto-organização dos Estados, que se regerão pelas
Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da
CF/88;
b) residual (remanescente ou reservada): art. 25, § 1.º ►
toda competência que não for vedada está reservada aos
Estados, ou seja, o resíduo que sobrar, o que não for de
competência expressa dos outros entes e não houver vedação,
caberá aos Estados materializar;
c) delegada pela União: art. 22, parágrafo único ► a
União poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias de sua competência privativa prevista
no art. 22 e incisos. Tal autorização dar-se-á por meio de lei
complementar; 80
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41
d) concorrente: art. 24 ► a concorrência para legislar
dar-se-á entre a União, os Estados e o Distrito Federal, cabendo
à União legislar sobre normas gerais e aos Estados, sobre
normas específicas;
e) suplementar: art. 24, §§ 1.º ao 4.º ► no âmbito da
legislação concorrente, a União limita-se a estabelecer normas
gerais e os Estados, normas específicas.
f) tributária expressa:art. 155 (estudar especialmente
em direito tributário).
81
9.7 Exploração dos serviços locais de gás canalizado
- Art. 25, §2º c/c art. 177, ambos da CF/88.
- Lei n. 9.478, de 06.08.1997 (vide também a Lei n.
9.847, de 26.10.1999), veio dispor sobre a política energética
nacional e as atividades relativas ao monopólio do petróleo,
instituindo o Conselho Nacional de Política Energética e a
Agência Nacional do Petróleo (ANP), além de outras
providências pertinentes à matéria.
- Trata-se, de acordo com o art. 6.º, XXII, da aludida lei,
da distribuição de gás canalizado, ou seja, serviços locais de
comercialização de gás canalizado, junto aos usuários finais,
explorados com exclusividade pelos Estados, diretamente ou
mediante concessão, nos termos do §2.º do art. 25 da CF/88.
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42
9.8 Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões
- O § 3.º do art. 25 da CF/88 estabelece que os Estados
Federados poderão instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões.
- Na conceituação de José Afonso da Silva:
“Região metropolitana constitui-se de um conjunto de Municípios
cujas sedes se unem com certa continuidade urbana em torno de um
Município-pólo. Microrregiões formam-se de grupos de Municípios limítrofes
com certa homogeneidade e problemas administrativos comuns, cujas sedes
não sejam unidas por continuidade urbana. Aglomerados urbanos carecem
de conceituação, mas, de logo, se percebe que se trata de áreas urbanas,
sem um polo de atração urbana, quer tais áreas sejam das cidades sedes
dos Municípios, como na baixada santista (em São Paulo), ou não”.
83
9.9 Formação dos Estados
- A CF/88 delimitou os 26 Estados da Federação, todavia,
também previu a possibilidade da formação de novos, de
acordo com o art. 18, §3º c/c 48, VI.
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43
- Incorporação (fusão)
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- Subdivisão (cisão)
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- Desmembramento anexação
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- Desmembramento formação
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45
- Rito procedimental:
■ plebiscito: por meio de “plebiscito” (art. 49, XV, CF/88),
a “população interessada” deverá aprovar a for mação do novo
Estado. Não havendo aprovação, nem se passará à próxima
fase, na medida em que o plebiscito é condição prévia,
essencial e prejudicial à fase seguinte;
OBS1: O plebiscito nasce de um Projeto de Decreto Legislativo, por
proposta de 1/3, no mínimo, dos membros que compõem qualquer das
Casas do Congresso Nacional (art. 3º, Lei n. 9.709/98).
OBS2: O plenário do STF decidiu, no julgamento da ADI 2.650,36
que o plebiscito para o desmembramento de um Estado da federação deve
envolver não somente a população do território a ser desmembrado mas
também a de todo o Estado-membro.
89
■ propositura do projeto de lei complementar: o art.
4.º, § 1.º, da Lei n. 9.709/98 estabelece que, em sendo
favorável o resultado da consulta prévia ao povo mediante
plebiscito, será proposto projeto de lei perante qualquer das
Casas do Congresso Nacional;
■ audiência das Assembleias Legislativas: à Casa
perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei
complementar referido no item anterior compete proceder à
audiência das respectivas Assembleias Legislativas (art. 4º, §2º,
da Lei n. 9.709/98, regulamentando o art. 48, VI, da CF/88).
Observe-se que o parecer das Assembleias Legislativas dos
Estados não é vinculativo, ou seja, mesmo que desfavorável,
poderá dar-se continuidade ao processo de formação de novos
Estados;
90
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46
■ aprovação pelo Congresso Nacional: após a
manifestação das Assembleias Legislativas, passa-se à fase de
aprovação do projeto de lei complementar, proposto no
Congresso Nacional, através do quórum de aprovação pela
maioria absoluta, de acordo com o art. 69 da CF/88.
OBS: o Congresso Nacional não está obrigado a aprovar
o projeto de lei, nem o Presidente da República está obrigado a
sancioná-lo. Ou seja, ambos têm discricionariedade, mesmo
diante de manifestação plebiscitária favorável, devendo avaliar
a conveniência política para a República Federativa do Brasil.
■ Criado o novo Estado, seguir-se-ão as regras do art.
235 da CF/88.
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IDH dos Estados e
DF, levando em
consideração dados
sobre renda per
capita, expectativa
de vida e nível
educacional.
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10. MUNICÍPIOS
- Nos termos dos arts. 1º, 18 e 34 da CF/88, os
municípios integram a federação brasileira como pessoas
jurídicas de direito público interno dotadas de autonomia.
- Desse modo, há três esferas de governo diversas,
compartilhando o mesmo território e povo: a federal, a estadual
e a municipal.
- Tal qual nos Estados, essa autonomia caracteriza-se
pela denominada tríplice capacidade de auto-organização
(incluída a autolegislação), autogoverno e autoadministração.
93
- Basicamente, o município auto-organiza-se através de
sua Lei Orgânica Municipal e, posteriormente, por meio da
edição de leis municipais; autogoverna-se mediante a eleição
direta de seu prefeito, vice-prefeito e vereadores, sem qualquer
ingerência dos Governos Federal e Estadual; e autoadministra-
se, no exercício de suas competências administrativas,
tributárias e legislativas, diretamente conferidas pela CF/88.
- Vide arts. 29 a 31 da CF/88.
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10.1 Formação dos municípios
- O art. 18, § 4.º, da CF/88, com a nova redação dada
pela EC n. 15/96, estabelece as regras para a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de Municípios, nos
seguintes termos:
■ lei complementar federal: determinará o período para
a mencionada criação, incorporação, fusão ou
desmembramento de Municípios, bem como o procedimento.
96
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49
OBS1: entendeu o STF que o art. 18, § 4.º, na redação
trazida pela EC n. 15/96, é norma de eficácia limitada e, por
isso, toda lei estadual que criar Município sem a sua existência
estará eivada de inconstitucionalidade (ADI 2381).
OBS2: reconhecendo a inertia deliberandi do Congresso
Nacional em apreciar os vários projetos de LC que tramitavam à
época, no julgamento da ADI por omissão n. 3.682, o STF,
fazendo um apelo ao legislador, fixou o prazo de 18 meses para
que o art. 18, § 4º, CF/88 fosse regulamentado.
OBS3: Buscando regularizar a situação de vários
Municípios, o Congresso Nacional promulgou a EC n. 57, de
18.12.2008, acrescentando o art. 96 ao ADCT, com a seguinte
redação: “ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação
e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até
31.12.2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do
respectivo Estado à época de sua criação”.
97
OBS4: Embora considerada imoral pela doutrina, a EC
57/2008 teve sua constitucionalidade reconhecida pelo STF
no julgamento da ADI 2381.
OBS5: não há dúvida de que, se eventual Município vier
a ser criado após 31.12.2006, e ainda não tiver sido editada a
LC federal prevista no art. 18, § 4.º, também estaremos diante
de um vício formal de inconstitucionalidade.
OBS6: Recentemente, A presidente Dilma vetou dois
projetos de LC aprovados pelo Congresso sobre o assunto,
alegando impacto orçamentário negativo, ou seja, contrário ao
interesse público, vez que importaria na criação de pelo menos
200 municípios, rateando ainda mais entre os municípios já
existentes os recursos do FPM
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99
■ estudo de viabilidade municipal: deverá ser
apresentado, publicado e divulgado, na forma da lei, estudo
demonstrando a viabilidade da criação, incorporação, fusão ou
desmembramento de Municípios;
■ plebiscito: desde que positivo o estudo de viabilidade,
far-se-á consulta às populações dos Municípios envolvidos (de
todos os Municípios envolvidos, e não apenas da área a ser
desmembrada, conforme se viu em relação aos Estados-
membros), para aprovarem ou não a criação, incorporação, fusão
ou desmembramento.Referido plebiscito será convocado pela
Assembleia Legislativa, de conformidade com a legislação federal
e estadual (art. 5.º da Lei n. 9.709/98);
■ lei estadual: dentro do período que a lei complementar
federal definir, desde que já tenha havido um estudo de viabilidade
e aprovação plebiscitária, serão criados, incorporados, fundidos ou
desmembrados Municípios, através de lei esta dual. 100
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10.2 Competências administrativas dos Municípios
a) comum (cumulativa ou paralela): trata -se de
competência não legislativa comum aos quatro entes
federativos, quais sejam, a União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, prevista no art. 23 da CF/88;
b) privativa (enumerada): art. 30, III a IX, CF/88.
10.3 Competências legislativas dos Municípios
a) expressa: art. 29, caput — qual seja, como vimos, a
capacidade de auto-organização dos Municípios, através de lei
orgânica;
b) interesse local: art. 30, I - o interesse local diz
respeito às peculiaridades e necessidades ínsitas à localidade.
101
- Algumas decisões do STF, sobre competência
legislativa municipal acerca do “interesse local”:
■ Horário de funcionamento de estabelecimento
comercial
“É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de
estabelecimento comercial.” (Súmula 645/STF)
“Resolução12.000-001 do secretário de Segurança do Estado do
Piauí. (...) Aparência de ofensa aos arts. 30, I, e 24, V e VI, da CF. Usurpação
de competências legislativas do Município e da União. (...) Aparenta
inconstitucionalidade a resolução de autoridade estadual que, sob pretexto
do exercício do poder de polícia, discipline horário de funcionamento de
estabelecimentos comerciais, matéria de consumo e assuntos análogos.”
(ADI 3.731-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 29-8-2007, Plenário,
DJ de 11-10-2007.) No mesmo sentido: ADI 3.691, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 29-8-2007, Plenário, DJE de 9-5-2008.
102
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■ Trânsito
“É incompatível com a Constituição lei municipal que impõe sanção
mais gravosa que a prevista no Código de Trânsito Brasileiro, por extrapolar
a competência legislativa do Município.” (ARE 639.496-RG, Rel. Min.
Presidente Cezar Peluso, julgamento em 16-6-2011, Plenário, DJE de
31-8-2011, com repercussão geral.)
■ Distância mínima entre postos de combustíveis
“(...) o acórdão recorrido está em harmonia com a pacífica
jurisprudência do STF firmada no sentido de que o Município tem
competência para legislar sobre a distância mínima entre postos de revenda
de combustíveis.” (RE 566.836-ED, voto da Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgamento em 30-6-2009, Primeira Turma, DJE de 14-8-2009.) Vide: RE
235.736, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 21-3-2000, Primeira Turma,
DJ de 26-5-2000.
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■ Vocação sucessória dos cargos de prefeito e
vice--prefeito
“O poder constituinte dos Estados--membros está limitado
pelos princípios da CR, que lhes assegura autonomia com
condicionantes, entre as quais se tem o respeito à organização
autônoma dos Municípios, também assegurada constitucionalmente.
O art. 30, I, da CR outorga aos Municípios a atribuição de legislar
sobre assuntos de interesse local. A vocação sucessória dos cargos
de prefeito e vice--prefeito põe--se no âmbito da autonomia política
local, em caso de dupla vacância. Ao disciplinar matéria, cuja
competência é exclusiva dos Municípios, o art. 75, § 2º, da
Constituição de Goiás fere a autonomia desses entes, mitigando--lhes
a capacidade de auto--organização e de autogoverno e limitando a
sua autonomia política assegurada pela Constituição brasileira. Ação
direta de inconstitucionalidade julgada procedente.” (ADI 3.549, Rel.
Min. Cármen Lúcia, julgamento em 17-9-2007, Plenário, DJ de
31-10-2007.) 104
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■ Atendimento ao público e tempo máximo de espera
na fila de bancos
“Atendimento ao público e tempo máximo de espera na fila. Matéria
que não se confunde com a atinente às atividades fim das instituições
bancárias. Matéria de interesse local e de proteção ao consumidor.
Competência legislativa do Município.” (RE 432.789, Rel. Min. Eros Grau,
julgamento em 14-6-2005, Primeira Turma, DJ de 7-10-2005.) No mesmo
sentido: RE 610.221-RG, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 29-4-2010,
Plenário, DJE de 20-8-2010, com repercussão geral; AC 1.124-MC, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgamento em 9-5-2006, Primeira Turma, DJ de 4-8-2006; AI
427.373-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 13-12-2006, Primeira
Turma, DJ de 9-2-2007.
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■ Segurança/conforto nos bancos
“O Município pode editar legislação própria, com fundamento na
autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30, I), com o objetivo de
determinar, às instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em
favor dos usuários dos serviços bancários (clientes ou não), equipamentos
destinados a proporcionar--lhes segurança (tais como portas eletrônicas e
câmaras filmadoras) ou a propiciar--lhes conforto, mediante oferecimento de
instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou, ainda,
colocação de bebedouros. Precedentes.” (AI 347.717-AgR, Rel. Min. Celso
de Mello, julgamento em 31-5-2005, Segunda Turma, DJ de 5-8-2005.)
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■ Distância mínima entre farmácias
“Autonomia municipal. Disciplina legal de assunto de interesse local.
Lei municipal de Joinville, que proíbe a instalação de nova farmácia a menos
de quinhentos metros de estabelecimento da mesma natureza. Extremo a
que não pode levar a competência municipal para o zoneamento da cidade,
por redundar em reserva de mercado, ainda que relativa, e,
consequentemente, em afronta aos princípios da livre concorrência, da
defesa do consumidor e da liberdade do exercício das atividades
econômicas, que informam o modelo de ordem econômica consagrado pela
Carta da República (art. 170 e parágrafo, da CF).” (RE 203.909, Rel. Min.
Ilmar Galvão, julgamento em 14-10-1997, Primeira Turma, DJ de 6-2-1998.)
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c) suplementar: art. 30, II — estabelece competir aos
Municípios suplementar a legislação federal e a estadual no que
couber. “No que couber” norteia a atuação municipal, balizando
-a dentro do interesse local. Observar ainda que tal
competência se aplica, também, às matérias do art. 24,
suplementando as normas gerais e específicas, juntamente com
outras que digam respeito ao peculiar interesse daquela
localidade;
d) plano diretor: art. 182, § 1.º - o plano diretor deverá
ser aprovado pela Câmara Municipal, sendo obrigatório para
cidades com mais de vinte mil habitantes. Serve como
instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana;
e) competência tributária expressa: art. 156 (estudar
especialmente em direito tributário).
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CASTANHAL
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De acordo com a Lei Orgânica...
Art. 3º - O Município de Castanhal integra a divisão
administrativa do Estado do Pará.
Parágrafo Único - O Município de Castanhal pertence à
Mesorregião Metropolitana de Belém e a Microrregião
Castanhal fazendo limites ao Norte - Município de Terra Alta; ao
Sul - Municípios de Inhangapi e São Miguel do Guamá; a Leste
– Municípios de São Francisco do Pará e Santa Maria do Pará;
a Oeste - Municípios de Santa Izabel do Pará, Santo Antônio do
Tauá e Vigia.
Art. 4º - A sede do Município dá-lhe o nome e tem a
categoria de cidade; a sede dos distritos tem a categoria de
vila, enquanto a sede dos subdistritos denomina-se
agrovila.
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- População estimada de 186.895 habitantes
(IBGE/2014).
- Frota de veículos (2013)
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