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Suspensão Soluções Orais Suspensões Emulsões Soluções farmacêuticas são preparações líquidas que contém uma ou mais substâncias químicas dissolvidas, ou seja, em solvente adequado ou em uma mistura miscível de solventes. (USP23) Fase única , homogênea. Duas fases ou mais, aspecto heterogêneo. Fase dispersa – nas suspensões é a fase constituída por sólido insolúvel ou fracamente solúvel em um determinado meio líquido. Fase dispersante ou contínua – é a fase líquida na qual o sólido se encontra disperso (veículo). Podem ser visíveis ao olho nú ou visualizadas por microscopia apenas. Seus diametros variam entre 1nm e 0,5 micrometros. Dispersões grosseiras (suspensões e emulsões) as partículas medem entre 10 e 50 micrometros. Dispersões finas – as partículas compreendem 0,5 e 10 micrometros. Suspensões com partículas de dimensões coloidais são denominadas de colóides como exemplos temos os géis e os magmas. As partículas de uma dispersão grosseira nas suspensões separam-se com mais facilidade da fase líquida devido serem mais densas que o líquido dispersante formando o depósito ou precipitado. Agite antes de usar. Nas emulsões (dispersão água óleo) os óleos têm densidades menores que a do meio aquoso. Suspensões oftálmicas. Suspensões otológicas. Suspensões estéreis para injeção. Oral Tópica Suspensões disponíveis prontas para uso: as partículas estão dispersas no veículo. “SUSPENSÃO ORAL” “SUSPENSÃO TÓPICA” Suspensões disponíveis na forma de pó, mas diluídas em veículo líquido apropriado na hora do uso. “PARA SUSPENSÃO ORAL”. Suspensões preparadas na hora do uso por serem química ou biologicamente instáveis em meio aquoso. Ex: antibióticos. Forma farmacêutica constituída por dispersão de partículas sólidas insolúveis e finamente divididas em um líquido. A fase dispersa é formada pelo sólido insolúvel e a fase dispersante pelo líquido. ou Preparações que contêm partículas de fármacos finamente divididas (o suspensóide), distribuídas de modo uniforme em um veículo no qual esse fármaco exibe mínima solubilidade. O diâmetro da fase dispersa também denominada suspensóide varia entre 1 a 50 micrômetros. Fases dispersas com partículas menores que 1m são chamadas de suspensões coloidais. • Ideal para veicular fármacos insolúveis em veículos que normalmente são utilizados em formulações líquidas. • Ideal para dispersar, em forma líquida, fármacos sólidos, previamente pulverizados, quando indicadas para pacientes que apresentam dificuldade de deglutição. Vantagens: • Opção para veicular fármaco de sabor desagradável (realça menos o paladar quando comparado com as soluções). Pode ser flavorizada e edulcorada. • Alguns fármacos são quimicamente modificados tornando-os insolúveis para que diminuam seu sabor desagradável. • Fármaco deve estar finamente dividido para promover uma rápida dissolução nos fluidos do trato gastrintestinal. • Velocidade de absorção é geralmente mais rápida quando comparado com o comprimido e mas mais lento que a solução. Vantagens: • Velocidade da absorção do fármaco em suspensão depende da viscosidade; produtos mais viscoso liberam mais lentamente o fármaco. • Apresentam maior estabilidade quando comparadas às soluções. • Possibilidade de preparação de suspensão extemporânea para fármacos instáveis. • Fármacos que degradam em soluções aquosas podem ser suspensos em preparações não- aquosas. Vantagens: Lei de Stoke Parâmetros que influenciam a sedimentação de partículas em uma suspensão = 2r2 (s - l) g 9 • = velocidade de sedimentação • g = aceleração da gravidade • s = densidade da partícula sólida • l = densidade da fase líquida • r = raio das partículas • = viscosidade da fase líquida Decréscimo da velocidade de sedimentação de partículas pode ser obtido com: Redução do tamanho de partículas Aumento da densidade e viscosidade da fase contínua. Sedimentação lenta com redispersão ou ressuspensão fácil após agitação. O tamanho da partícula do suspensóide (sólido) deve ser constante. No ato do escoamento do frasco a suspensão deve estar uniforme para garantir a exatidão da dose. Dependem da adequabilidade dos adjuvantes técnicos da preparação. Controle do tamanho de partículas: Necessidade de garantir que o fármaco a ser suspenso tenha um tamanho de partícula bastante reduzido. Velocidade de absorção do fármaco e sua biodisponibilidade podem ser controladas por meio da escolha de uma determinada faixa de tamanho de partícula. Adição de agentes tensoativos ou colóides poliméricos que se adsorvam às partículas prevenindo o crescimento de cristais. Uso de agentes molhantes: Maioria dos fármacos apresentam graus variados de hidrofobicidade dificuldade de molhar os pós. (formação de aglomerados) Necessidade de reduzir z tensão interfacial entre sólido e líquido (remoção do ar adsorvido na superfície do sólido) Agentes molhantes: Agentes tensoativos molhabilidade ocorre devido à diminuição da tensão superficial entre sólido e o líquido. Uso oral: polissorbatos (Tweens) e esteres de sorbitano (Spans) [±0,1% como agentes molhantes] Colóides hidrofílicos revestem as partículas hidrofóbicas sólidas Também são usados como agentes suspensores. (goma adragante, alginatos, goma xantana, derivados de celulose) Solventes (álcool, glicerina e glicóis) Fármaco sólido a ser disperso: Pulverizar em gral com o pistilo Levigação: Agentes molhantes glicerina, propilenoglicol ou o próprio agente suspensor Agentes suspensores: Aumentam a viscosidade e retardam a sedimentação Agentes suspensores Faixa concentração usual Faixa de pH aplicável Goma adraganta 0,5 – 2,0% 1,9 – 8,5 Celulose microcristalina /CMC- Na 0,5 – 2,0% 3,5 – 11 Metilcelulose 0,5 – 5,0% 3,0 – 10 Hidroxipropilcelulose (HPMC) 0,3 – 2,0% 2,0 - 12 Alginato de sódio 1,0 – 5,0% 4,0 – 10 Pectina 1,0 - 3,0 2,0 – 9,0 Agente floculante São utilizados com o objetivo de evitar a formação de agregados, flocos ou cake. Floculação – processo no qual as partículas se agrupam formando aglomerados. Defloculação – quebra dos aglomerados em partículas individuais. Propriedades Floculadas Defloculadas Velocidade de sedimentação Rápida Lenta Sobrenadante Límpido Turvo Sedimento Volumoso Compacto Redispersibilidade Fácil Difícil Propriedades de suspensões floculadas e defloculadas Agentes floculantes - Tensoativos Lauril sulfato de sódio 0,5 – 1,0% Polisorbato 80 (Tween 80) 0,1 – 3% Monooleato de sorbitano ( span 80) 0,1 – 3% Polietilenoglicol 400 até 10% Colóides hidrofóbicos (ex. goma xantana, CMC, etc) Cloreto de sódio até 1% Adjuvantes farmacotécnicos: Edulcorantes Flavorizantes Corantes Corretores de pH ou Sol. tampões Conservantes. Antioxidantes Quelantes Fase aquosa: Xarope simples Sorbitol 70% Glicerina Propilenoglicol Xaropes aromatizados Veículo suspensor. Embalagem , armazenamento e rotulagem Recipientes vedados de boca larga. Deve-se deixar um espaço vazio entre a boca do frasco e o líquido para permitir agitação fácil. Deve constar do rótulo: “Agite antes de usar” Considerações químicas em relação aos quatro paladares primários: Sabores ácidos: proporcional à concentração de ions H+ e a substâncias lipossolúveis. Sabores salgados: associados a substanciasinorgânica ou de baixo peso molecular (NaCl, salicilato de sódio. Sabores adocicados: associado a substâncias polihidroxiladas de baixo peso molecular (sacarose, sorbitol, manitol). Imidas (sacarina) e combinações de aminoácidos (aspartame) também tem sabor doce. Sabores amargos – ions de sal ou substancia de alto peso molecular. Bases lívres e amidas (cafeina, anfetamina, codeina) Critérios na preparação de produto aceitável ao paladar: Trocar ou ajustar veículo se o mesmo for inadequado. Seleção deve ser feita de acordo com a preferência do paciente relacionado com a sua idade Crianças: sabores doces, de frutas e tuti-fruti Adultos: chocolate, café, alcaçuz maçã Verificar o potencial alergênico de certos edulcorantes e flavorizantes. Selecionar conservantes sem sabor Usar dessensibilizantes do paladar (mentol, óleo essencial de menta) Ácido tartárico e ácido cítrico realçam o sabor de frutas Líquidos viscosos podem ser usados para reduzir o contato da droga com as papilas gustativas. Flavorizantes utilizados para mascarar alguns sabores: Doce: baunilha, vanilina, tutti-fruti, uva, morango, framboesa. Ácido/azedo: cítrico, limão, laranja, cereja Salgado: amêndoas, xarope de cereja, xarope de alcaçuz Amargo: anis, café, chocolate, menta, laranja Salino + amargo: xarope de laranja ou de canela Oleoso: menta, anis Metálico: morango, framboesa, cereja e uva Insípido: associar edulcorante + flavorizante, xarope de limão. Edulcorante concentração solubilidade incompatibilidade Sacarose 85% Água, álcool Metais pesados Sorbitol 20 - 70% Água Íons di e trivalentes Manitol 7% Água •Forma complexos com Fe, Al e Cu •Conc. >20% podem se precipitar com NaCl, KCl e em contato de plastico Sacarina sódica 0,04 – 0,06% Água (1:1,2) Altas temperaturas (>125oC) Aspartame 0,1 – 0,5% Água (1:100) Altas temperaturas Frutose 45 – 95% Água (1:0,3) •Ácidos e bases fortes •Na forma aldeídica reage com aminas, aminoácidos e proteínas