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Deficiência Mental e Síndromes AULA COMPLETA

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Deficiência Mental: Cada criança se desenvolve de forma diferente, peculiar, de acordo com seu ritmo, ou seja, o desenvolvimento é individual. No entanto, algumas crianças apresentam um desenvolvimento mais lento. Ocorre um atraso nos processos evolutivos de personalidade e de inteligência, principalmente no que tange a capacidade para aprender e o relacionamento com os demais. Algumas de suas aprendizagens e habilidades não chegam sequer a ser adquiridas denotando significativa limitação em sua capacidade intelectual. Esta limitação não se restringe somente aos conhecimentos escolares, mas também aos conhecimentos sociais e da vida diária.
Alguns Enfoques:
Clínico - durante muito tempo a medicina considerou o portador de deficiência mental como oligofrênico, ou seja, tratou a deficiência mental como doença ou síndrome, considerando um déficit irreversível cuja a única intervenção seria a prevenção.
Psicológico/ Pedagógico - a análise da deficiência mental de acordo com este enfoque se dá através da psicometria que mede a capacidade geral e aptidões específicas dos indivíduos levando em consideração aspectos como a idade mental e o quociente de inteligência. A idade mental corresponde ao nível que o indivíduo atingiu. Assim, um indivíduo com deficiência mental possui sua idade mental bastante distante de sua idade cronológica - uma criança de 12 anos pode apresentar idade mental de 3 anos por exemplo. Em termos psicométricos, identifica-se alguém como deficiente mental quando apresenta um QI inferior a 70(OMS, 1968,1983). Este é um dado que vem sendo refutado e muito discutido por alguns programas educacionais.
Evolutivo - é descritivo e fixa objetivos educacionais para cada indivíduo. A cada objetivo alcançado, propõe-se um nível imediatamente superior.
Comportamental - não adota a terminologia deficiência ou atraso mental, mas simplesmente, conduta atrasada. A conduta atrasada pode ser modificada desde que utilizem-se estímulos adequados. Se a criança for estimulada corretamente, de acordo com este enfoque, dará respostas adequadas. Preocupa-se com o resultado - o produto final.
Cognitivo - neste enfoque o atraso é explicado verificando as disfunções em diferentes momentos do processamento humano da informação - percepção, memória, formação de conceitos e regras, etc. Preocupa-se com o processo cognitivo e com todo o processamento desta informação e não com o produto ou o resultado final. Seu maior objetivo reside em observar as mudanças ocorridas e em que momento ocorreram. Ao identificar os pontos fracos fornece as indicações para uma intervenção.
Deficiências Múltiplas: É a associação de duas ou mais deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa.
ALGUMAS SÍNDROMES:
Síndrome de Down: A Síndrome de Down ou Trissomia do 21 é uma alteração genética cromossômica que ocorre no cromossomo 21, que traz como consequência características físicas marcantes e implicações tanto para o desenvolvimento fisiológico quanto para a aprendizagem.
SÍNDROME DO AUTISMO
Em 1943, o doutor Leo Kanner, um psiquiatra austríaco que residia nos Estados Unidos, publicou os primeiros estudos decisivos acerca do Autismo. Kanner descrevia com precisão os quadros de onze crianças que apresentavam um quadro específico de distúrbio do desenvolvimento. 
Dentre as características, destaca-se:
1. incapacidade para estabelecer relações com outras pessoas;
2. um amplo conjunto de atrasos e alterações na aquisição e uso da linguagem; 
3. uma insistência obsessiva em manter o ambiente sem mudanças, acompanhado por uma tendência a repetir uma gama limitada de atividades ritualizadas. Kanner destacava ainda, que os sintomas de distúrbio de contato afetivo surgiam muito precocemente, que estas crianças possuiam um bom potencial cognitivo - com certas habilidades intelectuais - sobretudo de memória mecânica.
Kanner tomou emprestado o termo "Autismo" da psiquiatria adulta que havia sido utilizada pelo psiquiatra Beutler, para definir a tendência dos pacientes esquizofrênicos a centrarem-se em si mesmos, criando um mundo à parte, imaginário. Isto causou uma certa confusão porque passou a se acreditar que o Autista também vivia num mundo à parte e imaginário.
Atualmente sabe-se que 70% dos autistas também têm deficiência mental e que este quadro pode ocorrer depois de um desenvolvimento normal nos primeiros 30 meses, tendo como principais fatores prognósticos o QI e o desenvolvimento da linguagem.
Em geral, um em cada seis casos se adapta adequadamente ao meio, com vida quase independente e trabalho produtivo. Cerca de dois terços não desenvolvem a capacidade de viver independentemente requerendo, desta forma, educação especial.
O que é autismo?
O autismo é descrito como uma síndrome comportamental com causas múltiplas, decorrente de um distúrbio de desenvolvimento. É caracterizado por déficit na interação social, ou seja, inabilidade para se relacionar com o outro, usualmente combinado com déficit de linguagem e alterações de comportamento. Os sinais e sintomas aparecem antes dos 3 anos de idade e, em cada 10.000 crianças, de quatro a cinco apresentam a doença, com predomínio em indivíduos do sexo masculino (3:1 ou 4:1).
Quais são as causas do autismo? As causas do autismo são desconhecidas mas diversas doenças neurológicas e/ou genéticas foram descritas com sintomas do autismo. Problemas cromossômicos, gênicos, metabólicos e mesmo doenças transmitidas/adquiridas durante a gestação, durante ou após o parto, podem estar associados diretamente ao autismo. Entre 75 a 80% das crianças autistas apresentam algum grau de retardo mental, que pode estar relacionado aos mais diversos fatores biológicos. Portanto, a evidência de que o autismo tem suas causas em fatores biológicos é indiscutível, fazendo-nos reconsiderar a idéia inicial de ligarmos o quadro de autismo a alterações nas primeiras relações mãe-filho. 
Quais são as doenças relacionadas ao autismo? 
Podemos listar uma série grande de doenças das mais diferentes ordens envolvidas nos quadros autísticos: 
Infecções pré-natais - rubéola congênita, sífilis congênita, toxoplasmose, citomegaloviroses; 
Hipóxia neo-natal (deficiência de oxigênio no cérebro durante o parto); 
Infecções pós-natais - herpes simplex; 
Déficits sensoriais - dificuldade visual (degeneração de retina) ou diminuição da audição (hipoacusia) intensa; 
Espasmos infantis - Síndrome de West; 
Doenças degenerativas - Doença de Tay-Sachs; 
Doenças gênicas - fenilcetonúria, esclerose tuberosa, neurofibromatose, Síndromes de Cornélia De Lange, Willians, Moebius, Mucopolissacaridoses, Zunich; 
Alterações cromossômicas - Síndrome de Down ou Síndrome do X frágil (a mais importante das doenças genéticas associadas ao autismo), bem como alterações estruturais expressas por deleções, translocações, cromossomas em anel e outras; 
Intoxicações diversas. 
Quais são os sinais e sintomas do autismo? 
A criança autista prefere o isolamento. O autismo é caracterizado por diversos distúrbios: 
de percepção, como por exemplo dificuldades para entender o que ouve; 
de desenvolvimento, principalmente nas esferas motoras, da linguagem e social; 
de relacionamento social, expresso principalmente através do olhar, da ausência do sorriso social, do movimento antecipatório e do contato físico; 
de fala e de linguagem que variam do mutismo total: à inversão pronominal (utilização do você para referir-se a si próprio), repetição involuntária de palavras ou frases que ouviu (ecocalia); 
movimento caracterizado por maneirismos e movimentos estereotipados. 
Existe tratamento para o autismo? 
Hoje, o tratamento do autismo não se prende a uma única terapêutica. O uso de medicamentos, que antes desempenhava um papel de fundamental importância no tratamento (devido à crença da relação do autismo com os quadros psicóticosdo adulto), passa a ter a função de apenas aliviar os sintomas do autista para que outras abordagens, como a reabilitação e a educação especial, possam ser adotadas e tenham resultados eficazes. 
Em que consiste a reabilitação da criança autista?
A propostas de reabilitação substituem os modelos psicoterápicos de base analítica das décadas de 50 e 60, quando a doença era considerada uma conseqüência de distúrbio afetivo. Esses modelos de reabilitação podem então ser caracterizados como: · 
Modificação de comportamento; 
Terapia de "Holding"; 
Aproximação direta do paciente; 
Comunicação facilitada; · 
Técnicas de integração sensorial; 
Treino auditivo. 
Como é a educação especial para o autista?
Dentre os modelos educacionais para o autista, o mais importante, neste momento, é o método TEACCH, desenvolvido pela Universidade da Carolina do Norte e que tem como postulados básicos de sua filosofia: 
a) propiciar o desenvolvimento adequado e compatível com as potencialidades e a faixa etária do paciente; 
b) funcionalidade (aquisição de habilidades que tenham função prática); 
c) independência (desenvolvimento de capacidades que permitam maior autonomia possível); 
d) integração de prioridades entre família e programa, ou seja, objetivos a serem alcançados devem ser únicos e a estratégias adotadas devem ser uniformes. 
Dentro desse modelo, é estabelecido um plano terapêutico individual, onde é definida uma programação diária para a criança autista. O aprendizado parte de objetos concretos e passa gradativamente para modelos representacionais e simbólicos, de acordo com as possibilidades do paciente. 
Referências Bibliográficas
Schwartzman, J. S.; Assumpção Jr. F.B. - Autismo Infantil. Mennon Eds.; São Paulo, 1995. 
Assumpção Jr. F.B. - Transtornos Invasivos do Desenvolvimento Infantil. Lemos Ed., São Paulo; 1997. 
Gauderer, C. - Autismo, década de 80. Sarvier, São Paulo; 1985. 
SINDROME DE ASPERGER – 
A síndrome de Asperger ou o transtorno de Asperger ou ainda Desordem de Asperger é uma síndrome que está relacionada com o autismo, diferenciando-se deste por não comportar nenhum “atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem”. O termo “síndrome de Asperger” foi utilizado pela primeira vez por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma honrar Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990, mais precisamente em 1994 no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, na sua quarta edição. 
Suspeita-se que Albert Einstein, o físico Isaac Newton, o compositor Mozart e o pintor renascentista Miguel Ângelo também fossem portadores da síndrome, além do cineasta Stanley Kubrick e do filósofo Wittgenstein. 
Características
Interesses específicos ou preocupações com um tema em detrimento de outras atividades; 
Rituais ou comportamentos repetitivos; 
Peculiaridades na fala e na linguagem; 
Padrões de pensamento lógico/técnico extensivo; 
Comportamento social e emocionalmente impróprio e problemas de interação interpessoal; 
Problemas com comunicação não-verbal; 
Transtornos motores, movimentos desajeitados e desordenados. 
Sinais de Alerta
1.	Dificuldade em ler as mensagens sociais e emocionais dos olhares - portadores de SA geralmente não olham nos olhos, e quando olham, não os conseguem “ler”.
2.	Interpretar literalmente - indivíduos com SA têm dificuldade em interpretar coloquialismos, ironia, gírias, sarcasmo e metáforas.
3.	Ser considerado rude e ofensivo - propensos a um comportamento egocêntrico, os Aspergers não captam indiretas e sinais de alertas de que seu comportamento é inadequado à situação social.
4.	Honestidade - portadores de Asperger são geralmente considerados “honestos demais” e têm dificuldade em enganar ou mentir, mesmo às custas de magoar alguém.
5.	Percepção de erros sociais - à medida que os Aspergers amadurecem e se tornam cientes de sua “cegueira emocional”, começam a temer cometer novos erros no comportamento social, e a autocrítica em relação a isso pode crescer a ponto de se tornar numa fobia.
6.	Paranóia - por causa da “cegueira emocional”, pessoas com SA têm problemas para distinguir a diferença entre as atitudes deliberadas ou casuais dos outros, o que por sua vez pode gerar uma paranóia.
7.	Lidar com conflitos - ser incapaz de entender outros pontos de vista pode levar a inflexibilidade e a uma incapacidade de negociar soluções de conflitos. Uma vez que o conflito se resolva, o remorso pode não ser evidente.
8.	Consciência de magoar os outros - uma falta de empatia em geral leva a comportamentos ofensivos ou insensíveis não-intencionais.
9.	Consolar os outros - como carecem de intuição sobre os sentimentos alheios, pessoas com SA têm pouca noção sobre como consolar alguém.
10.	Reconhecer sinais de enfado - a incapacidade de entender os interesses alheios pode levar Aspergers a serem bastante desatentos e geralmente não percebem quando o seu interlocutor está entediado ou desinteressado.
11.	Introspecção e auto-consciência - os indivíduos com SA têm dificuldade de entender os seus próprios sentimentos ou o seu impacto nos sentimentos alheios.
12.	Vestuário e higiene pessoal - pessoas com SA tendem a ser menos afetadas pela pressão dos semelhantes do que outras. Como resultado, geralmente, fazem tudo da maneira que acham mais confortável, sem se importar com a opinião alheia. Isto é válido principalmente em relação à forma como se vestem e aos cuidados com a própria aparência.
13.	Amor e rancor - como os Aspergers reagem mais pragmaticamente do que emocionalmente, as suas expressões de afeto e rancor são em geral curtas e fracas.
14.	Compreensão de embaraço e passo em falso - apesar do fato de pessoas com SA terem compreensão intelectual de constrangimento e gafes, são incapazes de aplicar estes conceitos no nível emocional.
15.	Lidar com críticas - pessoas com SA sentem-se forçosamente compelidas a corrigir erros, mesmo quando são cometidos por pessoas em posição de autoridade, como um professor ou um chefe. Por isto, podem parecer imprudentemente ofensivos.
15.	Exaustão - quando um indivíduo com SA começa a entender o processo de abstração, precisa treinar um esforço deliberado e repetitivo para processar informações de outra maneira. Isto muito frequentemente leva a exaustão mental.
Aspectos Médicos da Síndrome de  Asperger (Dr Walter Camargos Jr. / 2001)
O que é a Síndrome de Asperger (SA)
A Síndrome de Asperger é um transtorno de múltiplas funções do psiquismo com afetação principal na área do relacionamento interpessoal e no da comunicação, embora a fala seja relativamente normal. Há ainda interesses e habilidades específicas, o pedantismo, o comportamento estereotipado e repetitivo e distúrbios motores. A Síndrome de Asperger (SA) é uma das entidades categorizadas pela CID-10  no grupo dos Transtornos Invasivos, ou Globais, do Desenvolvimento – F84 e que todas elas iniciam invariavelmente na infância e com comprometimento no desenvolvimento além de serem fortemente relacionadas à maturação do Sistema Nervoso Central. Pode-se dizer também que desse grupo (Autismo Infantil, Autismo Atípico, a Síndrome de Rett e outros menos relevantes) a SA é o transtorno menos grave do continuum autístico . 
A proporção é de 4 homens para 1 mulher. Costuma fazer perguntas inadequadas às pessoas não conhecidas; histórico familiar de quadros similares, usualmente na linhagem masculina. A afetividade é superficial; ;voz com pouca ou sem modulação (robotizada); fala rebuscada sem a compreensão devida dos termos; persistência no assunto de seu interesse; dificuldade de compreender piadas; compreensão superficial de significados abstratos (p.ex: diferença entre colega e amigo); humor deprimido; memória muito boa, às vezes fotográfica; dificuldade na narrativa de fatos vividos, etc.
Diagnósticos Diferenciais mais importantes
Autismoinfantil (AI), transtorno esquizóide de personalidade e esquizofrenia infantil. Também a hipótese de super-dotado é freqüente assim como distúrbios de comportamento não especificados.
Diferenças Fundamentais entre Autismo Infantil(AI) e Síndrome de Asperger(SA)
Essa delimitação é importante quando o quadro de AI é de grau leve, ou sem histórico de atraso na linguagem, algum tipo de habilidade, QI limítrofe, avaliação em idade anterior a 6-8 anos. Na prática siga a “máxima”: O autista está isolado em seu próprio mundo. O Asperger está em nosso mundo, porém vivendo seu estilo próprio de forma isolada.
Diferenças mais importantes entre SA e a Esquizofrenia Infantil 
A esquizofrenia infantil é mais rara e mais grave. A presença de delírio é fundamental para o diagnóstico da Esquizofrenia Infantil (EI), que formalmente só poderá ser detectada após os 7 - 8 anos de idade, época em que a criança inicia o desenvolvimento do pensamento lógico-formal.
Alucinações, que podem ser encontradas em idades mais precoces são comuns e freqüentes que podem ser detectadas mesmo quando a criança ainda não fala (é comum a descrição por familiares de que a criança muda sua expressão fisionômica e reage como se algo estivesse ocorrendo, saindo do lugar, gritando, se agarrando aos outros, etc). A EI está comumente relacionada a QI limítrofe ou baixo. Não estão presentes as habilidades especiais. Não há comprometimento da interação social nas idades precoces, assim como não é comum atrasos de linguagem. Na idade adulta a dica é sempre a ausência de delírios e alucinações.
Tratamentos
O tratamento, parte do princípio fundamental de identificar co-morbidades psiquiátricas, neurológicas, neuro-psicológicas, o desenvolvimento de programas pedagógicos, orientação à família e a escola. Importante não relevar o tratamento dentário.
A partir do diagnóstico, deve-se buscar otimizar suas capacidades ao invés da cura dos comprometimentos, que são natos. Para isso é importante precisar o QI executivo, o QI verbal, realizar testes neuropsicológicos (cognição, memória, atenção, planejamento, execução, etc,), descobrir suas dificuldades na escola, no mundo social e na comunicação, assim como as dificuldades familiares para lidar com a situação. Ou seja, deve-se construir um “pool” de trabalho em torno da situação.
É importante que a pessoa afetada aprenda: a melhorar sua comunicação social (como abordar socialmente pessoas, que devem dar ao outro a vez na conversa, que devem olhar para as pessoas quando conversam com elas, que devem despedir-se, etc); que o outro tem intenções que são diferentes das suas e que deve saber quais são e como fazer para saber (p.ex.: perguntando); a relatar uma situação vivenciada; a lidar com a equação ansiedade / frustração evitando comportamentos catastróficos; a identificar situações novas; a desenvolver estratégias para solução de problemas cotidianos (p.ex.: alguém pergunta: como vai? – explicar que a pergunta refere-se a se a pessoa está sentindo-se bem e não se ela está indo a pé, de ônibus ou não está indo, mas chegando – compreensão literal das palavras, distúrbio da pragmática); a desenvolver uma auto-suficiência; a promover uma crítica de seu desempenho para manter sua estima elevada; a generalizar o conhecimento; etc.
A família deve ser esclarecida sobre a gravidade da doença do filho, a “lógica” da SA, seus pontos de fragilidade e as habilidades, a importância da participação, a vida adulta e as possibilidades no trabalho. Uma questão importante é a criação de Associações de Pais que promovam a divulgação da Síndrome para a sociedade e que defendam seus interesses (p.ex.: criação de Cooperativas de Trabalho).
No que se refere à escola, não necessitam de Escolas Especializadas, mas sim que seja promovida a INCLUSÃO deste aluno 
Do ponto de vista psiquiátrico o tratamento é sintomático, sendo significativo a presença de depressão, quadros obsessivos e quadros psicóticos em alguma fase da vida. A propedêutica neurológica( busca de diagnóstico certo para que possamos realizar uma terapêutica correta) também é necessária, sendo importante mesmo salientando que o diagnóstico é clínico.
Etiologia: Ainda desconhecida.
A Síndrome de Rett (SR) é uma doença neurológica progressiva, que acomete crianças do
sexo feminino e mais raramente crianças do sexo masculino entre 6-18 meses de idade. Os
primeiros sinais clínicos associam-se à perda de aquisição motora e cognitiva.
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