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Aula 02
Atualidades p/ Bombeiros-PE (Com videoaulas)
Professor: Leandro Signori
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AULA 02 ± Política e Sociedade Internacional - II 
 
 Sumário Página 
1. As migrações 1 
2. América Latina 6 
3. Coreia do Norte 10 
4. Eleições nos Estados Unidos 11 
5. Os separatismos na Europa 14 
6. Organismos, organizações e grupos internacionais 15 
7. Temas Diversos 21 
8. Questões Comentadas 25 
9. Lista de Questões 67 
10. Gabarito 93 
 
1. As migrações 
Migrante é qualquer pessoa que muda de região ou país. Emigrante é 
quem deixa o seu local de nascimento. Imigrante é aquele que entrou em uma 
nova região ou país. Refugiado é a pessoa que muda de região ou país para 
fugir de guerras, conflitos internos, perseguição (política, étnica, religiosa, de 
gênero, etc.) e violação aos direitos humanos. 
O refúgio é um direito que consta na Declaração Universal dos Direitos do 
Homem e convenções da ONU. No caso, os países signatários desses 
documentos se comprometem a receber refugiados prestando a assistência 
necessária. 
O refugiado é um migrante forçado, que teve que fugir do seu país, pois a 
sua sobrevivência física estava ameaçada, o que é um reflexo de um grave 
padrão de violação dos direitos humanos. 
2� GHVORFDPHQWR� GRV� LQGLYtGXRV� SRU� GLIHUHQWHV� HVSDoRV� JHRJUi¿FRV� HP�
busca de melhores condições de vida é um fenômeno que acompanha a história 
humana. Mas, nas últimas décadas, os movimentos migratórios entre 
SDtVHV� H� FRQWLQHQWHV� LQWHQVL¿FDUDP-se, principalmente devido ao 
desenvolvimento desigual das regiões e à multiplicação GH�FRQÀLWRV� 
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Um outro conceito utilizado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para 
Refugiados (ACNUR) é o de deslocado interno. São as pessoas que em virtude 
de conflito armado, violência generalizada, violações a direitos humanos ou 
desastres é forçada a deixar o local de residência, mas permanece no seu país. 
Se os refugiados são forçados a abandonar seus locais de origem por 
PRWLYRV� GH� FRQÀLWRV� RX� SHUVHJXLo}HV�� RV� PLJUDQWHV� WUDGLFLRQDLV� R� ID]HP� SRU�
escolha própria e, sobretudo, por motivação econômica. 
Relatório do ACNUR registra, até o final de 2015, um número recorde de 
refugiados, solicitantes de asilo e de deslocados internos no mundo. São 65,3 
milhões de pessoas deslocadas por guerras, conflitos e perseguições políticas ou 
étnicas dentro ou fora do seu país de origem. É um número que só encontra 
precedente no período que se seguiu à II Guerra Mundial. 
Outro dado da ONU, informa que o número de migrantes no planeta 
aumentou 40% nos últimos 15 anos, chegando a 244 milhões de pessoas em 
2015. Esse número abrange qualquer pessoa que viva em um país diferente 
daquele em que nasceu, mesmo que a mudança de endereço tenha ocorrido há 
décadas. Na Europa, América do Norte e Oceania, eles já somam 10% da 
população. 
Sete em cada dez migrantes residem em países ricos, com destaque para 
a UE e os Estados Unidos (EUA) ± 20% dos migrantes internacionais moram em 
solo norte-americano. Enquanto os EUA passaram a receber, a partir dos anos 
80, enorme contingente de imigrantes da América Latina e do Caribe (devido, 
sobretudo, à crise econômica decorrente da dívida externa desses países), na 
Europa a maior fatia de imigrantes vem das ex-colônias africanas e do próprio 
continente. Esse movimento se acelerou a partir de 2004 com a adesão à UE de 
países do antigo bloco soviético. 
No processo de migração de países pobres em direção aos países ricos, 
tem-VH�XPD�LPSRUWDQWH�PRYLPHQWDomR�¿QDQFHLUD��*UDQGHV�ÀX[RV�GH�UHPHVVDV�
de capitais são enviados pelos migrantes para seus familiares radicados nos 
países de origem. Em alguns países de economia mais fragilizada, como Haiti, 
-DPDLFD�H�&XED��HVVDV�UHPHVVDV�FKHJDP�D�UHSUHVHQWDU�SDUWH�VLJQL¿FDWLYD�GR�
Produto Interno Bruto (PIB). 
Contudo, a crise econômica global iniciada em 2008 desencadeou uma 
mudança importante nas rotas migratórias. Atingidos, no início, com mais força 
pela crise, os países ricos mergulharam em recessão. E os altos índices de 
desemprego afugentaram os imigrantes. Desde o começo da crise, caíram os 
Àuxos migratórios permanentes para boa parte dos países desenvolvidos, 
sobretudo para as nações europeias, e aumentaram para os países em 
desenvolvimento. Destinos anteriormente pouco importantes tornaram-se mais 
atraentes. Um exemplo são países produtores de petróleo do Golfo Pérsico, como 
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os Emirados Árabes Unidos e o Catar. Com um mercado de trabalho forte no 
setor da construção civil, esses países têm hoje os estrangeiros como maioria 
GH�VXD�SRSXODomR��2�6XGHVWH�$VLiWLFR�WDPEpP�p�XPD�UHJLmR�FRP�LQWHQVR�ÀX[R�
migratório, geralmente de países extremamente pobres, como Mianmar, para 
nações em desenvolvimento, como a Tailândia. 
2XWUR�IDWRU�TXH�H[SOLFD�PXGDQoDV�GH�ÀX[R�QDV�PLJUDo}HV�p�SROtWLFR��DV�
decisões adotadas por vários países desenvolvidos, mesmo antes de 2008, de 
fechar cada vez mais severamente as fronteiras à entrada de estrangeiros vindos 
GH�QDo}HV�SREUHV��$�PHQRV�TXH�VHMDP�WUDEDOKDGRUHV�DOWDPHQWH�TXDOL¿FDGRV��DV�
chances de ingresso legal no mercado de trabalho do mundo desenvolvido 
diminuem progressivamente. 
0DV��TXDOL¿FDGRV�RX�QmR��GLDQWH�GRV�HVFDVVRV�HPSUegos e recursos sociais, 
RV� LPLJUDQWHV�VmR�UHFHELGRV��HP�PXLWRV�SDtVHV��FRP�GHVFRQ¿DQoD�H�DYHUVmR��
Além da concorrência por postos de trabalho, as diferenças culturais ajudam a 
gerar tensão nos países ricos, onde ganham força os discursos de políticos da 
extrema direita, no geral com um viés nacionalista. Essa visão xenófoba vem 
acompanhada de um conteúdo abertamente racista, pela cor da pele, ou de 
preconceito religioso ± SRU�H[HPSOR��LGHQWL¿FDU�PXoXOPDQRV�FRP�R�WHUURULVPR�
(islamofobia). 
A situação, sobretudo na Europa, é contraditória: apesar de políticas para 
frear a entrada de imigrantes, as nações mais ricas dependem cada vez mais da 
mão de obra estrangeira para manter a economia em marcha, uma vez que suas 
populações estão envelhecendo. 
A Europa vive uma crise migratória de enormes proporções. Em 2015, 
segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM) mais de 1 milhão 
de migrantes cruzaram o Mediterrâneo para chegar ao continente europeu. 
Destes, 80% entraram na Europa pela Grécia, os demais pela Itália e outros 
países. No mesmo período, ao menos 3.600 refugiados morreram afogados ao 
tentar atravessar o Mediterrâneo em embarcações precárias ou desapareceram. 
Traficantes de pessoas chegam a cobrar mais de R$ 10 mil por individuo para 
realizar a viagem pelo mar. 
Especialistas dividem as travessias do Mediterrâneo em direção ao 
continente europeu em três grandes rotas: 
¾ Mediterrâneo Central: parte da Líbia e tem como principal destino 
a Itália, notadamente a Ilha de Lampedusa, próxima a costa 
africana. 
¾ Mediterrâneo ocidental: também reúne refugiados africanos, que 
partem do Marrocos, Tunísia e Argélia e buscam desembarcar na 
costa da Espanha. 
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¾ Mediterrâneo oriental: é aquela utilizada para fazer a ligação 
entre à Turquia e a Grécia. 
 
 
Fonte: Folha de São Paulo 
 
Os migrantes que utilizam essas rotas, buscam refúgio em países 
europeus. Fogem de guerras, pobreza, repressão política e religiosa têm origem 
principalmente na Síria, Iraque, Afeganistão, Líbia, Nigéria e Eritreia. As 
principais portas de entrada são a Itália e a Grécia. Almejam como destino final 
países mais desenvolvidos da Europa, principalmente a Alemanha, a França, 
a Áustria, a Suécia e a Inglaterra. 
A Síria vive uma sangrenta guerra civil. Tanto nesse país, como no Iraque 
atua o Estado Islâmico que conquistou militarmente vastos territórios, causando 
a fuga de milhões de pessoas das regiões que passou a controlar. Na Nigéria, 
país populoso e com grande pobreza, atua outro grupo fundamentalista islâmico, 
o Boko Haram. 
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O Afeganistão é outro país instável. Em 2001 foi invadido pelos Estados 
Unidos, logo após o ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro daquele ano. 
Osama bin Laden, líder da rede Al-Qaeda, assumiu a autoria dos atentados e se 
refugiava no país. Os norte-americanos depuseram do poder o Talibã, grupo 
fundamentalista islâmico. Mesmo fora do poder, o grupo continua ativo e 
controla regiões do Afeganistão. 
Dos refugiados que cruzam o Mediterrâneo em direção ao sul da Itália, boa 
parte vem da Eritreia. Um dos motivos para cidadãos desse país decidirem 
emigrar é o serviço militar obrigatório - comparável a um regime de 
escravidão. Grupos de defesa dos direitos humanos também afirmam que o país 
vive forte repressão política. 
Em escalas variadas, os países europeus se mostram refratários em 
acolher os refugiados, com alguns de seus líderes tendo opiniões muito críticas. 
Alguns países chegaram a construir muros/cercas fortificadas ao longo de parte 
das suas fronteiras, para bloquear o fluxo de pessoas buscando asilo no norte 
da Europa. 
O duro tratamento e a brutalidade das forças de segurança de países 
europeus para com os refugiados motivaram protestos da população em 
diversas nações da Europa. Solidários, pediam que os seus governos acolhessem 
os estrangeiros. 
A Alemanha, antes resistente em receber os refugiados, mudou de posição 
e agora está mais receptiva. O país é o destino da maioria dos que buscam uma 
vida nova em solo Europeu. 
Na tentativa de restringir o fluxo de refugiados em direção a União 
Europeia, o bloco econômico e a Turquia firmaram um acordo, que entrou em 
vigor em março de 2016. Da Turquia, parte a grande maioria dos que ingressam 
na União Europeia pela Grécia. 
Pelo acordo, a União Europeia vai repassar, até 2018, três bilhões de euros 
à Turquia para que o país possa vigiar e controlar a saída de pessoas em direção 
ao continente europeu. Os recursos servirão também para melhor estruturar e 
atender aos 2,7 milhões de refugiados que estão em acampamentos no país 
turco. 
O acordo também estabelece que todos os imigrantes irregulares que 
chegarem da Turquia até as ilhas gregas a partir de 20 de março de 2016 serão 
devolvidos à Turquia. Os refugiados que chegarem às ilhas gregas deverão ser 
registrados e o pedido de ásilo deverá ser tratado individualmente pelas 
autoridades gregas, de acordo com a direção de procedimentos de asilo e em 
cooperação com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). 
Os refugiados que não solicitarem asilo e aqueles cujo pedido não esteja 
fundamentado ou seja inadmissível serão devolvidos à Turquia. Além disso, 
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segundo o acordo, para cada sírio que seja devolvido à Turquia, outro será 
admitido na União Europeia, levando em conta os critérios de vulnerabilidade da 
ONU. 
O Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos criticou a 
parte do acordo que estabelece a devolução de imigrantes irregulares à Turquia, 
dizendo que são ilegais e que violam o direito internacional e europeu. 
 
2. América Latina 
 Nesta parte da aula, vamos estudar países da América Latina que estão 
em evidência. O que ocorre neles, costuma ser cobrado nas provas de 
Atualidades. 
 
Argentina 
Em dezembro de 2015, Maurício Macri tomou posse como o novo 
presidente da Argentina. A sua vitória encerrou um período de 12 anos de 
governo do kirchnerismo, como é conhecido o período em que a Argentina foi 
governada pelo casal Néstor e Cristina Kirchner. Ambos são peronistas. O novo 
presidente derrotou no segundo turno, Daniel Scioli, candidato do peronismo e 
de Cristina Kirchner. 
 Maurício Macri é empresário, ex-prefeito de Buenos Aires, ex-presidente 
do clube Boca Juniors e líder de uma frente de centro-direita opositora do 
governo de Cristina Kirchner. Esta é a primeira vez que um líder da direita liberal 
chega ao poder pelas urnas em eleições livres, sem o apoio de uma ditadura, 
fraudes ou candidatos proscritos. 
Esta é a primeira vitória, desde que se instituiu o voto, em 1916, de um 
candidato civil que não pertence nem ao partido peronista nem ao radical social-
democrata, as duas grandes forças populares, em 100 anos de vida política na 
Argentina. 
Na área internacional, sob o governo de Macri, a Argentina deve se afastar 
politicamente de posições políticas defendidas pelos países do grupo bolivariano: 
Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua. Por outro lado, terá uma maior 
aproximação com os Estados Unidos e Brasil. 
Macri também promete uma relação menos turbulenta com o Reino Unido, 
na discussão da reivindicação argentina de soberania sobre as ilhas Malvinas e 
negociar a pendência judicial e o pagamento da dívida do país, com fundos 
internacionais norte-americanos. Esses fundos foram chamados de abutres pela 
ex-presidente Cristina Kirchner. 
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Tema que gerou grande repercussão no governo de Cristina Kirchner, a 
dívida externa FRP�RV�³IXQGRV�DEXWUHV´� IRL�paga por Macri, tirando o país da 
moratória, em função do calote da dívida em 2001. 
 
Venezuela 
Hugo Chávez governou a Venezuela de 1999 até sua morte, em 2013. No 
seu governo, ele aplicou políticas estatizantes e antiliberais, especialmente após 
������TXDQGR�GHFODURX�VHX�DSRLR�DR�TXH�FKDPRX�GH�³6RFLDOLVPR�GR�VpFXOR�;;,´��
Apesar de governar por eleições regulares, sofreu uma tentativa de golpe de 
Estado em 2002. Em seus anos no poder, ele comandou programas de reforma 
agrária e habitacional, investiu em gestões participativas entre Estado e 
trabalhadores e aumentou o controle estatal sobre a exploração de gás e 
petróleo ± a Venezuela é o país com a maior reserva comprovada de petróleo 
GR� PXQGR�� 0DLV� iUGXR� DQWDJRQLVWD� GD� LQÀXrQFLD� QRUWH-americana na região, 
Chávez manteve relações hostis com os Estados Unidos (EUA), a ponto de ambos 
os países retirarem seus embaixadores das respectivas capitais em 2010. 
Com a morte de Chávez, nova eleição foi realizada na Venezuela. Nicolás 
Maduro, candidato do governista PSUV ± Partido Socialista Unido da Venezuela, 
venceu em uma disputa acirrada. 
Durante o governo de Hugo Chávez, a oposição sofreu sucessivas derrotas 
eleitorais. No entanto,foi a grande vencedora das eleições legislativas realizadas 
em dezembro de 2015. Reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática 
(MUD), a oposição é formada por partidos conservadores e de centro. 
A Constituição venezuelana de 1999, aprovada no primeiro ano de Hugo 
Chávez na presidência, prevê que, a partir da metade do mandato de qualquer 
cargo eleito, possa ser convocado um referendo revogatório. Nicolás Maduro, 
eleito em 2013 após a morte de Chávez, atingiu a metade do mandato em abril 
de 2016. A oposição está promovendo uma grande mobilização para a realização 
do referendo. 
O país enfrenta uma grave crise econômica, marcada pela alta 
inflação, recessão e escassez de alimentos. Uma severa seca atinge a 
Venezuela, afetando a produção de energia elétrica e causando grandes 
UDFLRQDPHQWRV�H�³DSDJ}HV´��A violência é outro grave problema da Venezuela. 
A Venezuela lidera a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba). Além do 
país, fazem parte do bloco: Cuba, Bolívia, Equador, Granadinas, São Vicente, 
Antígua e Barbuda, Dominica e Nicarágua. O grupo tem esse nome em referência 
à Simon Bolívar (1783-1830), herói da independência da Venezuela, Colômbia, 
Equador, Peru e Bolívia. 
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A Alba foi criada em 2004, em oposição à Área de Livre Comércio das 
Américas (Alca), proposta norte-americana para a região, que não chegou a se 
constituir como um bloco econômico. O acordo de cooperação econômica prioriza 
o fornecimento de mercadorias e serviços entre os países do bloco. A Venezuela 
vende a essas nações petróleo a preços subsidiados, em uma estratégia que fez 
D� VXD� LQÀXrQFLD� QD� UHJLmR� FUHVFHU�� FRP� GLYHUVRV� JRYHUQRV adotando linhas 
políticas semelhantes à sua. 
 
Cuba 
Cuba é o único país socialista das Américas. Vive uma crise econômica, 
com desemprego, queda de renda e racionamento de alimentos. Para enfrentar 
a crise, o governo decidiu reduzir o papel do Estado e abrir a economia 
parcialmente para o mercado. Passou a permitir a criação de empresas privadas, 
a compra e venda de imóveis e automóveis e o arrendamento de terras aos 
agricultores, que poderão ter lucro. 
Após a Revolução Cubana de 1959, e desde a adoção do comunismo, em 
1962, os EUA mantêm um bloqueio, proibindo o comércio e financiamentos de 
empresas norte-americanas para os cubanos. 
Em uma decisão histórica, Cuba e Estados Unidos anunciaram, em 
dezembro de 2014, a retomada das relações diplomáticas após mais de 50 anos, 
mas o embargo comercial à ilha ainda continuará. O fim do bloqueio oficial 
depende de aprovação pelo Congresso norte-americano. Junto com o anúncio, 
foram adotadas medidas que iniciam uma aproximação, como a troca de 
prisioneiros, a redução de restrições a viagens de norte-americanos e a 
remessas de dinheiro para a ilha. O embargo, porém, se mantém, pois tem de 
ser revogado pelo Congresso dos EUA. Ele exerce um grande peso sobre a 
economia cubana, pois sufoca seu comércio exterior. O Vaticano (Papa 
Francisco) e o Canadá atuaram nos bastidores das negociações para o 
restabelecimento das relações diplomáticas. 
Em maio de 2015, Cuba foi retirada da lista norte-americana dos países 
que apoiam o terrorismo. As relações entre os dois países foram formalmente 
retomadas com a reabertura das embaixadas de Cuba em Washington e dos EUA 
em Havana. No entanto, a cerimônia oficial de reabertura da Embaixada dos 
Estados Unidos em Havana, só ocorreu em agosto de 2015, com a presença de 
John Kerry, primeiro secretário de Estado norte-americano a visitar Cuba em 70 
anos. 
Em março de 2016, Barack Obama fez uma visita oficial a Cuba, a primeira 
de um presidente dos Estados Unidos em 88 anos. Antes dele, Calvin Coolidge 
viajou oficialmente a Cuba, em um navio de guerra, em 1928. 
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Os dois países prosseguem com a adoção gradual de medidas econômicas, 
que fomentem o intercâmbio entre ambos e o turismo norte-americano em 
Cuba. 
O Brasil, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES), financiou a construção do Porto de Mariel, projeto de 1 bilhão 
de dólares, executado pela construtora brasileira Norberto Odebrecht. A ilha de 
Cuba fica numa posição privilegiada, na entrada do Golfo do México. O porto foi 
planejado para receber os maiores cargueiros em operação no mundo, que 
poderão atravessar o Canal do Panamá após a conclusão de sua ampliação. O 
projeto do governo cubano é transformar o porto em uma área estratégica de 
logística mercantil internacional. Para isso, está criando em Mariel uma zona 
econômica especial, com baixos impostos, semelhante às zonas econômicas 
especiais da China. 
 
Colômbia 
A Colômbia é um dos destaques econômicos da América Latina, com 
expansão de 4,4% do PIB em 2014 e 3,1% em 2015. Em agosto de 2016, o 
governo colombiano e a maior organização guerrilheira do país, as Forças 
Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), anunciaram um acordo de paz 
definitivo, que encerra mais de 50 anos de um conflito armado, que deixou mais 
de 220 mil mortos na Colômbia. 
As negociações entre o governo e a guerrilha duraram quatro anos e foram 
realizadas em Havana, Cuba. Além desse país, também atuaram como 
mediadores a Noruega, Venezuela e Chile. 
No acordo de paz, o governo e as FARC firmaram os seguintes 
compromissos: realização da reforma agrária, participação política dos ex-
combatentes da guerrilha, cessar-fogo bilateral e definitivo, solução ao problema 
das drogas ilícitas, ressarcimento das vítimas do conflito e mecanismos de 
implementação e verificação. 
O acordo foi submetido a um plebiscito, em 2/10/2016, e rejeitado por 
uma estreita margem de votos. O comparecimento às urnas foi muito baixo e o 
³1mR´�DR�DFRUGR�REWHYH��������GRV�YRWRV��FRQWUD��������SDUD�R�³6LP´� 
$�YLWyULD�GR�³1mR´�QR�SOHELVFLWR�WLQKD�VLGR�FRQVLGHUDGD�XP�GXUR�JROSH�DR�
governo de Santos e teria colocado em dúvida o sucesso do processo para 
superar o conflito. Grupos contrários ao acordo, liderados pelo ex-presidente 
Álvaro Uribe, acusam o governo de ceder demasiadamente à pressão das Farc 
e de deixar abertura para que os guerrilheiros não sejam punidos. Apesar da 
rejeição, o cessar-fogo continua. 
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Mesmo com a rejeição, o presidente colombiano Juan Manuel Santos 
ganhou o Prêmio Nobel da Paz 2016. A láurea foi um reconhecimento pelo 
seu esforço de pacificação do país. 
Com a rejeição, o governo colombiano retomou as negociações com as 
FARC, visando fazer ajustes no acordo de paz. Um novo acordo foi assinado 
entre as partes no dia 24/11/2016. Não foi objeto de deliberação por meio de 
um novo plebiscito. O novo acordo foi aprovado pelo parlamento colombiano. 
As FARC nasceram no dia 27 de maio de 1964 em Marquetalia, região de 
Tolima, onde um grupo de liberais armados tentou frear uma ofensiva do 
Exército que pretendia acabar com uma comunidade autônoma de camponeses 
que existia no lugar. Nas origens do conflito estão a concentração da terra e 
riqueza nas mãos de poucos, a desigualdade, a injustiça social, a falta de 
tolerância e a corrupção. Problemas que persistem na Colômbia. 
As FARC não são o único grupo armado no país. Há aindaa guerrilha do 
Exército de Libertação Nacional (ELN), grupos paramilitares de direita, 
esquadrões da morte e de traficantes de drogas. 
 
Bolívia 
O presidente Evo Morales governa a Bolívia, desde 2006, com forte apoio 
popular e de movimentos sociais. Seu governo reduziu a miséria em mais de 
30%, estatizou o petróleo e o gás e promoveu a reforma agrária. Outra reforma 
foi a constitucional, que pela primeira vez na história do país foi a referendo 
SRSXODU�� (OD� FRQYHUWHX� D� %ROtYLD� QXP� HVWDGR� ³SOXULQDFLRQDO´� D� SDUWLU� GR�
reconhecimento de 36 etnias como nações. Apesar de ser o país mais pobre da 
região, o PIB da Bolívia cresce entre 4% e 6% desde 2010. Em referendo 
realizado em fevereiro de 2016, os bolivianos decidiram que Morales não pode 
se candidatar novamente à presidência em 2019, impedindo sua terceira 
reeleição. 
 
3. Coreia do Norte 
A Coreia do Norte, fundada em 1948, é parte da antiga Coreia, nação 
asiática dividida em duas zonas de ocupação ao final da II Guerra Mundial. De 
1950 a 1953, a Guerra da Coreia opôs os norte-coreanos (governados por 
comunistas e apoiados pela China) à Coreia do Sul (apoiada por tropas da ONU 
e principalmente pelos EUA). Após a assinatura de uma trégua, a Coreia do Norte 
foi reconstruída com a ajuda de URSS e China. Desde o início, o regime 
caracterizou-se pelo culto ao ditador Kim Il Sung, que morreu em 1994. Seu 
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filho, Kim Jong Il, tornou-se então o chefe de Estado, sendo também cultuado. 
Em 2011, morreu, e foi substituído pelo filho mais novo, Kim Jong Un. 
Só por essa forma de transmissão de poder, nota-se que o regime norte-
coreano mistura elementos em princípio incompatíveis, como o fato de se dizer 
comunista e ao mesmo tempo adotar uma sucessão dinástica (de pai para filho). 
Outras características são a forte repressão a opositores e dissidentes e o fato 
de que o país se mantém isolado, fechado a estrangeiros. Desde que Kim Jong 
Um chegou ao poder, a imprensa notícia execuções de altos dirigentes do 
governo e das forças armadas, a seu mando, sob o argumento de conspiração 
contra o regime e traição. 
A imprensa local tem relatado um aumento de atos públicos de dissidência 
no país nos últimos tempos. Grafites ridicularizando o governo e seu líder 
também têm aparecido nas últimas semanas. 
A Coreia do Norte preocupa as potências ocidentais por ameaçar usar 
armas atômicas que desenvolveu e tem testado. O regime norte-coreano deixou 
o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) em 2006. De lá até o presente, já 
fez vários testes com bombas atômicas e tem dado provas de estar acelerando 
seu programa nuclear para constituir um arsenal. Desde 2006, ano do primeiro 
teste, sofre forte pressão internacional e até sanções da ONU. 
A partir de 2002, pressionada pelas dificuldades econômicas, a Coreia do 
Norte iniciou mudanças orientadas para o mercado. Seguindo o exemplo da 
China, o governo criou uma zona industrial especial (Kaesong), na qual 
empresas da Coreia do Sul empregam trabalhadores norte-coreanos a baixo 
custo, e uma zona turística especial. 
 
4. Eleições nos Estados Unidos 
Em novembro de 2016, Donald Trump, candidato do Partido 
Republicano, foi eleito Presidente dos Estados Unidos nas eleições realizadas 
no dia 09/11/2016. Ele derrotou Hillary Clinton, candidata do Partido 
Democrata. 
Quem elege o Presidente nos Estados Unidos é um Colégio Eleitoral, 
composto por 538 delegados, representantes dos estados norte-americanos. 
Para um presidente ser eleito, precisa do voto de pelo menos 270 ± 
delegados, ou seja, maioria absoluta. Cada estado possui certo número de 
delegados no Colégio Eleitoral. Essa quantidade é proporcional à população dos 
estados. 
Nas eleições presidenciais, os eleitores votam no candidato a presidente. 
O candidato mais votado em cada estado levará todos os delegados do estado 
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para o Colégio Eleitoral. É a regra conhecida como ³ZLQQHU�WDNHV�DOO´ (o vencedor 
leva tudo). Porém, há duas exceções: Maine e Nebraska, em que os votos do 
Colégio são distribuídos proporcionalmente à votação dos candidatos. 
O mapa eleitoral dos Estados Unidos é bem dividido entre o Partido 
Democrata e o Partido Republicano. Os estados do nordeste do país e da costa 
oeste costumam votar nos democratas. Nos estados do interior, os republicanos 
predominam. 
Porém, há um grupo de estados em que o voto do eleitor oscila, ora vence 
um candidato democrata, ora vence um candidato republicano. São os chamados 
swing states, os estados decisivos. Sair-se melhor neles é fundamental para 
vencer a eleição norte-americana. Nas eleições de 2016, 13 estados estavam 
nesta situação. No xadrez estratégico dos estados, o Republicano saiu-se melhor 
que a Democrata nos swing states. 
O resultado final das urnas mostra que Donald Trump terá 290 votos e 
Hillary Clinton 228 votos no Colégio Eleitoral. No voto popular, Hillary venceu, 
teve 60.274.974 votos, contra 59.937.338 votos de Trump. Isso pode ocorrer. 
É a quarta vez que um candidato com maior votação popular teve menos votos 
no Colégio Eleitoral. 
A campanha eleitoral foi radicalizada com muitas denúncias, ataques e 
ofensas pessoais entre os candidatos. Trump e o presidente Barack Obama, que 
apoiava Hillary, também trocaram acusações e ácidas críticas. Contra Hillary 
Clinton pesou o escândalo de uso de um servidor particular para todas as suas 
trocas de emails - sejam profissionais ou pessoais - durante os quatro anos em 
que foi Secretaria de Estado, no primeiro governo do presidente Barak Obama. 
O servidor utilizado estava instalado em sua casa, em Nova York. Ela não teria 
usado, nem sequer ativado, a conta de email "state.gov", hospedada nos 
servidores de propriedade do governo dos Estado Unidos. Para os críticos, ao 
utilizar um servidor particular, a correspondência de Hillary Clinton ficou 
vulnerável à espionagem e ao ataque de hackers. Donald Trump foi alvo de 
várias denúncias, entre as quais a de assédio sexual com mulheres. O presidente 
eleito colecionou e defendeu propostas polêmicas. Uma delas é a construção de 
um muro na fronteira com o México, que garante que será pago pelo México, 
para barrar a entrada de imigrantes ilegais. Prometeu também deportar todos 
os imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos, suspender a entrada 
de muçulmanos no país e revogar a ratificação dos Estados Unidos junto ao 
Acordo de Clima de Paris. Seus críticos o taxaram de xenófobo, machista, 
racista, nativista, nacionalista, isolacionista e anti-globalização. 
Trump não representa o político tradicional. Dizer que ele não fez política 
na sua vida, não é verdadeiro. Mas, não é uma pessoa que dedicou sua vida à 
política. É um empresário e bilionário, voltado ao mundo dos negócios. 
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Para ser candidato a presidente, disputou as eleições internas no Partido 
Republicano e superou todos os seus concorrentes. Não foi o candidato da 
direção e das lideranças partidárias. Pelo contrário, se opuseram internamente 
a sua candidatura. 
A grande mídia norte-americana foi contrária a Trump, seja como pré-
candidato do Partido Republicano, sejacomo candidato a presidente. 
Um fator decisivo para a eleição de Trump foi que ele encarnou o discurso 
anti-establishment. Ou seja, uma crítica à ordem política, econômica e social 
dominante nos Estados Unidos. Uma crítica aos políticos tradicionais, a grande 
mídia e ao poder econômico do capital financeiro. 
Já Hillary Clinton fez política a vida toda. A grande mídia lhe apoiou direta 
ou indiretamente. Nas eleições internas do Partido Democrata, quem encarnou 
o discurso crítico ao establishment foi o socialista Bernie Sanders, que deu muito 
trabalho a Hillary Clinton. Foi um adversário difícil de ser derrotado. 
Aqui temos a força do discurso crítico ao sistema e a repulsa de parcela 
dos norte-americanos ao atual estado das coisas. 
Para Demétrio Magnoli, Hillary Clinton foi a candidata preferida dos 
vencedores da globalização, simbolizados na praça da finança de Wall Street e 
nas empresas de alta tecnologia do Vale do Silício. Trump foi o preferido dos 
prejudicados pela globalização: os trabalhadores que perderam o emprego e/ou 
viram a sua qualidade vida diminuir nos últimos anos. 
Trump venceu a eleição no velho cinturão industrial norte-americano que 
sofre com a globalização, onde empresas faliram ou transferiram a sua produção 
para o exterior e trabalhadores perderam os empregos. Nas eleições internas do 
Partido Democrata, Bernie Sanders venceu Hillary nestas regiões. Mas, nas 
eleições presidenciais, esses eleitores preferiram Trump e não Hillary. 
A globalização atual propõe o livre-comércio, a flexibilização das barreiras, 
dos impostos e das tarifas de importação entre os países. Para Trump, os 
Estados Unidos fizeram acordos comerciais que prejudicaram a economia norte-
americana, levaram empresas à falência e trabalhadores a ficarem 
desempregados. Como solução, propõe rever acordos comerciais, entre eles o 
Nafta e elevar impostos de importação de produtos, como os dos chineses. 
Assim, produtos ficariam mais caros no mercado estadunidense e propiciariam 
uma retomada da produção nacional. Propõe também rever a Parceria 
Transpacífica (TTP). 
Trump foi o mais votado entre os eleitores brancos de menor renda e de 
menor escolaridade, que são a maioria dos norte-americanos. Para analistas, é 
um indicativo de que em primeiro lugar o eleitor está preocupado com emprego, 
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salário, vida digna, com saúde, educação e segurança para si e as suas famílias. 
Em segundo lugar viriam as questões dos direitos das minorias. 
Há que considerar também que muitos apoiam e concordam com as 
polêmicas propostas de Trump e por isso votaram nele. Sim, concordam com a 
construção do muro na longa fronteira com o México, com a deportação dos 
imigrantes ilegais, com a revisão do casamento civil entre pessoas do mesmo 
sexo, etc. 
Se o que Donald Trump defendeu na campanha for colocado em prática, 
os Estados Unidos serão um país mais fechado à imigração estrangeira. Serão 
também um país mais protecionista no comércio internacional. 
Como grande potência política, econômica e militar, os EUA são 
determinantes para os rumos da ordem mundial. Novamente, considerando o 
que propôs, os EUA se envolverão menos nos conflitos regionais e serão menos 
intervencionistas militarmente. Segundo ele, as tensões no leste da Ásia é um 
problema a ser resolvido regionalmente, com menos interferência norte-
americana. As tensões no leste europeu entre Rússia e União Europeia é 
principalmente um problema russo e do bloco europeu e menos dos Estados 
Unidos. 
 
5. Os separatismos na Europa 
A Escócia realizou, em setembro de 2015, plebiscito para decidir se 
permanecia ou tornava-se independente do Reino Unido. 55% dos eleitores 
votaram contra a separação, ou seja, a maioria decidiu que a Escócia deve 
continuar fazendo parte do Reino Unido. 
Analistas avaliam que o plebiscito escocês reacendeu o debate sobre a 
soberania na Europa, dando força a movimentos separatistas até então 
sufocados em alguns países. 
É o caso da Catalunha, importante região autônoma da Espanha, onde 
além do espanhol, o catalão também é idioma oficial. A sua capital é Barcelona. 
Os grupos que defendem a independência da Espanha são maioria no 
parlamento regional. O presidente da Catalunha, Artur Mas, também é 
separatista. 
Em um plebiscito informal, realizado em novembro de 2014, 80% dos 
eleitores da região votaram pela separação catalã da Espanha. O plebiscito foi 
considerado inconstitucional pela Justiça espanhola e realizado sob forte 
oposição do governo de Madri. Já em novembro de 2015, o parlamento regional 
aprovou uma resolução para iniciar o processo de separação da Espanha. A 
declaração, que partidos pró-independência na região esperam que possa levar 
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à separação da Espanha em 18 meses, foi apoiada pela maioria no parlamento 
regional. 
 O governo espanhol considera ilegal o desejo separatista da Catalunha. A 
Constituição espanhola não permite separação das regiões. O sentimento 
separatista aumentou durante a crise econômica espanhola, que levou o 
desemprego aos dois dígitos. Há temores crescentes que a articulação territorial 
da Espanha possa afetar a confiança dos mercados e a recuperação do país. 
Na Itália, a população da região do Vêneto (Veneza) aprovou, em 
votação online realizada em março de 2015, a independência em relação a 
Roma. Embora o pleito não tenha valor legal, o resultado surpreendeu: 89% dos 
ouvidos votaram pela separação. O resultado dá forças ao grupo separatista 
³/LJD� 9HQHWD´�� TXH� SUHWHQGH� DSUHVHQWDU� DR� JRYHUQR� LWDOLDQR� XP� SURMHWR� GH�
independência da região. 
Já na Bélgica, os nacionalistas flamengos querem a separação da rica 
região de Flandres, em que se fala o neerlandês, da menos rica Valônia, onde 
se fala o francês. As raízes do separatismo flamengo remontam as origens da 
formação da Bélgica como país. Se as aspirações dos separatistas flamengos se 
concretizarem, a Bélgica pode desaparecer por completo do mapa do mundo. 
Embora os argumentos econômicos tenham importância central no 
debate separatista, no cerne do desejo de independência estão as raízes 
culturais, étnicas e históricas e um sentimento de identidade nacional. 
Por mais legítimo que possa parecer o direito de uma maioria decidir seu 
alinhamento político, de acordo com seu senso de identidade, a prerrogativa de 
autodeterminação é limitada no direito internacional. Há um consenso de que 
isso só pode ocorrer dentro de um processo democrático, transparente e aceito 
pelo governo central, como aconteceu com o referendo escocês. A realização do 
pleito foi decidida em 2012, depois de uma longa negociação entre o parlamento 
escocês e o britânico. 
 
6. Organismos, organizações e grupos internacionais 
Galera, nesta parte da aula, vamos estudar os principais organismos e 
organizações internacionais relacionados à política, às relações internacionais e 
à economia mundial. 
Também, vamos ver três importantes grupos de países da área 
econômico-política: G-20, G-8 e BRICS. 
Vem comigo! 
 
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ONU 
A Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo manter a paz,defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o 
desenvolvimento dos países. Surge após a II Guerra Mundial, em substituição à 
antiga Liga das Nações. 
A organização é constituída por várias instâncias, que giram em torno do 
Conselho de Segurança e da Assembleia-Geral. A ONU atua em diversos conflitos 
por meio de suas forças internacionais de paz. 
A partir da ONU, foram criadas agências especializadas em temas que 
requerem coordenação global. As agências são autônomas. Além do Banco 
Mundial e do FMI na área econômica, e da UNESCO, na de educação, algumas 
das mais conhecidas são: Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO), 
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde 
(OMS). 
O Conselho de Segurança (CS) é considerado o centro do poder político 
mundial. A criação da ONU foi arquitetada pelas potências que emergiram com 
o fim da II Guerra Mundial: Estados Unidos, França, Reino Unido, a antiga 
União Soviética (atualmente a Rússia) e pela China. Esses países desenharam 
a distribuição do poder na ONU e até hoje são os únicos membros permanentes 
do CS. 
O CS é o órgão que toma as decisões mais importantes sobre segurança 
mundial. Tem poder para deliberar sobre o envio de missões de paz para áreas 
em conflito, definir sanções econômicas ou a intervenção militar num país. 
Além dos cinco membros permanentes, outras dez nações participam do 
CS como membros rotativos (que se revezam a cada dois anos). Todos 
participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de 
veto. O Brasil já esteve por dez vezes como membro rotativo, mas atualmente 
não integra o CS. 
A estrutura do CS estava em harmonia com a correlação de forças do 
período da Guerra Fria (1945-1991), quando o mundo permaneceu dividido 
entre os blocos comunista e capitalista. O lado capitalista era representado por 
EUA, França e Reino Unido; o comunista, por China e União Soviética (ex-URSS, 
atual Rússia). As duas partes usavam o poder de veto para proteger suas 
respectivas áreas de influência e negociar soluções para os conflitos na esfera 
internacional. 
Com o fim da Guerra Fria (1945-1991) e um novo cenário mundial, países 
de fora do conselho, como Alemanha, Japão, Brasil e Índia, passam a 
reivindicar uma vaga permanente. As propostas de alteração encontram 
resistência dentro do Conselho de Segurança (CS) e também entre as nações 
integrantes da ONU. 
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O Brasil é candidato a uma vaga de membro permanente do CS. Nos anos 
recentes, acentuou ações diplomáticas para conseguir essa vaga. De mero 
participante de missões militares das Nações Unidas, passou a chefiar, desde 
2004, a Minustah, missão militar da ONU no Haiti. 
O português António Guterres foi escolhido como novo Secretário-Geral 
da ONU. Ele sucederá o sul-coreano Ban Ki-moon, que fica no cargo até 
dezembro. 
 
OEA 
A Organização dos Estados Americanos (OEA) reúne 34 países das três 
Américas e do Caribe. Cuba, excluída em 1962, é o único país do continente que 
não pertence à OEA. A entidade possui quatro pilares de atuação: democracia, 
direitos humanos, segurança e desenvolvimento. 
Dentro dessas áreas, trabalha de muitas formas, como na observação 
independente de pleitos eleitorais, acompanhamento de denúncias de violação 
aos direitos humanos em negociações comerciais entre os países e ajuda 
econômica e humanitária em desastres naturais. Em 2013, por exemplo, a 
Venezuela se retirou do Sistema de Direitos Humanos da OEA, alegando que as 
decisões do órgão não são isentas. Nos últimos anos, a Comissão de Direitos 
Humanos da OEA denunciou o país por não punir os casos de violação de direitos 
humanos. 
 
CELAC 
A Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) foi 
criada em 2010 para agrupar as 33 nações da América Latina e Caribe. Sua 
composição é equivalente à da OEA, sem Estados Unidos nem Canadá. Teve 
como origem o Grupo do Rio ± criado em 1986 para ampliar a cooperação política 
e ajudar na resolução de problemas internos das nações participantes ± e a Calc 
± Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e o Desenvolvimento, 
formada em 2008. 
 
UNASUL 
 A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) é formada pelos 12 países 
da América do Sul. Criada em 2008, entrou em vigor em 11 de março de 2011, 
quando dez países haviam ratificado a adesão. Seu objetivo é articular os países 
sul-americanos em âmbito cultural, social, econômico e político. 
 
FMI 
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização financeira 
criada para promover a estabilidade monetária e financeira no mundo e oferecer 
empréstimos a juros baixos a países em dificuldades financeiras. Os 
empréstimos são concedidos em troca do comprometimento dos países com 
metas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação, 
privatização e concentração de gastos públicos em educação, saúde e 
investimento em infraestrutura, entre outras políticas que são denominadas 
como Consenso de Washington. 
 
Banco Mundial 
O Banco Mundial tem como objetivo oferecer financiamento e assistência 
técnica a países para promover seu desenvolvimento econômico. Criado em 
1944 e composto de duas instituições ± o Banco Internacional para a 
Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e a Associação Internacional de 
Desenvolvimento (ADI) ±, o Banco Mundial é formado por 188 países-membros 
(incluindo o território do Kosovo). Iniciou suas atividades auxiliando na 
reconstrução dos países da Europa e da Ásia após a II Guerra Mundial. 
 
OCDE 
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) 
articula políticas de educação, saúde, emprego e renda entre países ricos e 
alguns emergentes ou em desenvolvimento. Fundada em 1961, substituiu a 
Organização Europeia para a Cooperação Econômica, criada em 1948 no quadro 
do Plano Marshall. 
Membros da OCDE: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, 
Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados 
Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, 
Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, 
Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia. O Brasil não 
é membro da OCDE. 
 
BRICS 
$�VLJOD�%5,&�IRL�FULDGD�HP������SHOR�HFRQRPLVWD�EULWkQLFR�-LP�2¶1HLOO�H�VH�
refere aos quatro mais importantes países emergentes: Brasil, Rússia, Índia 
e China. O estudo que cunhou a expressão estima que em 2050 o grupo poderá 
constituir a maior força econômica mundial, superando a União Europeia. 
Em 2009, Brasil, Rússia, Índia e China formalizaram um grupo diplomático 
para discussão de iniciativas econômicas e posições políticas conjuntas, que 
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realiza reuniões anuais com seus chefes de Estado. Em 2011, a África do Sul, 
na época, a maior economia da África, foi convidada e passou a integrar o grupo. 
Os cinco países dos BRICS têm características comuns: são países com 
indústria e economia em expansão, seu mercado interno está crescendo e 
incluindo milhões de novos consumidores. Quatropossuem territórios extensos 
e entre os maiores do mundo: Brasil, Rússia, China e Índia. 
Também ancoram a economia desses países importantes fatores para o 
comércio internacional. A Rússia é rica em recursos energéticos e fornece 
petróleo, gás e carvão à União Europeia. O Brasil é grande exportador de 
minérios, como a África do Sul, e é o maior exportador mundial de alimentos. 
China e Índia estão se tornando os maiores fabricantes e exportadores de 
produtos industriais na globalização. 
O grupo criou o seu próprio banco de desenvolvimento, o Banco dos Brics 
(Novo Banco de Desenvolvimento ± NDB) e um fundo financeiro de emergência, 
o Arranjo Contingente de Reservas. A criação do banco não significa que os 
países membros do grupo não vão mais participar do Banco Mundial. O banco 
dos BRICS se coloca como mais uma alternativa de fomento ao desenvolvimento 
e está aberto a qualquer país do mundo. 
O Arranjo Contingente de Reservas é um fundo financeiro de emergência 
para ajuda mútua e servirá para ajudar no controle do câmbio quando houver 
crises financeiras globais. Em momentos de especulação internacional, a 
tendência é o dólar disparar. O dinheiro do fundo servirá para segurar a cotação 
do dólar. 
Há tempos, os países dos BRICS reclamam uma maior participação no 
poder de decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). 
Essas instituições foram criadas um ano antes do final da Segunda Guerra 
Mundial, em 1944, na Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos. Até 
hoje, quem detém o poder nelas são os Estados Unidos e a União Europeia. 
A ordem econômica global atual não é mais a mesma do pós-guerra e do 
período da guerra fria, em que Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e 
Alemanha dominavam o mundo capitalista. A criação do Novo Banco de 
Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, de certa forma, é uma 
resposta dos BRICS ao não atendimento das reivindicações dos países 
emergentes por maior distribuição do poder de decisões no Banco Mundial e 
FMI. 
Após a recente desaceleração dos BRICS, Jim O'Neill identificou outros 
quatro países ± México, Indonésia, Nigéria e Turquia ± que, segundo ele, 
também podem se tornar gigantes econômicos nas próximas décadas. Para 
esses países, o economista criou a sigla MINT. 
 
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G-20 
O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequência da crise financeira 
asiática de 1997. Os seus membros representam 90% do PIB mundial, 80% do 
comércio global e dois terços da população mundial. Discute medidas para 
promover a estabilidade financeira mundial, alcançar crescimento e 
desenvolvimento econômico sustentável. Após a eclosão da crise financeira 
mundial, de 2008, tornou-se o mais importante fórum internacional de países 
para o debate das questões políticas e econômicas globais. 
Os membros do G-20 são Argentina, Austrália, Brasil, China, Canadá, 
França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, 
Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Estados Unidos, Reino Unido e União 
Europeia. 
 
G-8 e G-7 
Trata-se de um grupo diplomático, que reúne os sete países mais 
industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo. Todos são nações 
democráticas: Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália Japão e Reino 
Unido. Com a dissolução da União Soviética e a queda do socialismo real, a 
Rússia passou a ser membro do grupo, em 1998. Contudo, devido ao fato de ter 
anexado a Crimeia, a Rússia foi excluída do grupo em 2014, que voltou a se 
chamar de G-7. 
O G7 é muito criticado por um grande número de movimentos sociais, 
normalmente integrados no movimento antiglobalização, que o acusam de 
decidir uma grande parte das políticas globais, sociais e ecologicamente 
destrutivas, sem qualquer legitimidade nem transparência. 
 
 7. Temas Diversos 
 
 Papa Francisco 
 O Papa é Pop! - O Papa Francisco se tornou uma personalidade popular e 
influente no mundo atual. Desde que assumiu o papado, em 2013, estabeleceu 
uma relação mais próxima e informal com os fiéis e vem dando exemplos de 
simplicidade ± como a dispensa de automóveis de luxo. 
 A atuação política, diplomática e religiosa do Papa tem sido cobrada nas 
provas de Atualidades. 
 A busca do diálogo com outras religiões (e até com ateus), um olhar mais 
voltado para os pobres e os países periféricos, as suas fortes críticas ao 
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capitalismo e aos organismos financeiros internacionais e a defesa da questão 
ambiental são ações quem tem marcado a atuação política do Papa. 
 Exemplo recente de diálogo com as outras religiões foi a reunião com o 
imã Ahmed al-Tayeb da mesquita Al-Azhar do Cairo, a máxima autoridade do 
Islã sunita. O encontro entre o chefe da Igreja católica e o influente líder 
muçulmano é considerado histórico e encerra dez anos de tensões entre a Santa 
Sé e a Universidade de Al-Azhar, a instituição mais importante do Islã sunita. 
 Em 2006, as duas instituições romperam relações, depois das polêmicas 
declarações do papa Bento XVI em Ratisbona (Alemanha), nas quais relacionou 
a violência ao Islã. O imã da época de Al-Azhar foi uma das autoridades 
religiosas muçulmanas mais críticas às palavras do Papa alemão, considerando-
as um insulto e uma distorção do Islã. 
 No campo diplomático, o Papa reivindica para si um papel mais político, 
com foco na resolução de conflitos mundiais. Exemplo é o fato de ter reunido os 
presidentes de Israel e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) para uma oração 
no Vaticano, na tentativa de favorecer o processo de paz no Oriente Médio e a 
mediação histórica na retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados 
Unidos. 
 
Tensão racial nos Estados Unidos 
 Frequentes casos de mortes de negros por policiais nos Estados Unidos 
acirram a tensão racial no país. Negros desarmados têm sido mortos, o que tem 
motivado fortes manifestações populares em diferentes cidades do país. Em 
2015, foram 346 mortes. Em 2016, até julho, foram 160 mortes. Os dados são 
GR�³0DSSLQJ�3ROLFH�9LROHQFH´��XP�VLWH�TXH�FRPSLOD�GDGRV�FRODERUDWLYRV�VREUH�D�
violência policial nos EUA. 
 Segundo os levantamentos do site, negros têm até três vezes mais 
chances de serem mortos por policiais do que brancos. Em casos de mortes em 
que a vítima não estava armada, essa possibilidade é até cinco vezes maior. 
Os relatórios avaliaram os dados sobre todas as mortes relacionadas às 
abordagens policiais no país e seus números ajudam a derrubar alguns mitos 
sobre a violência nos EUA. Um deles é a relação entre essas mortes e o 
comportamento criminoso. O site constatou que menos de um em cada três 
negros mortos nesses casos era suspeito de crime violento ou de estar armado. 
De acordo com o site, os negros representam 26% dos mortos por 
policiais, o que traz à tona uma disparidade em relação a sua proporção na 
população, que é de aproximadamente 12%. 
As análises mostram ainda que a população negra é a mais vulnerável, 
pelo menos é esse o cenário nas cem maiores cidades do país, onde um homem 
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negro desarmado tem seis vezes mais chances de ser morto pela polícia queum 
branco. E em 17 dessas cidades, homens negros tem mais probabilidade de 
serem mortos pela polícia do que o americano médio tem se ser morto por 
qualquer pessoa. 
Esta violência policial com os negros, aliada a impunidade dos policiais na 
justiça e a falta de políticas eficazes para acabar com esse problema são fatores 
que explicam o acirramento da tensão racial nos Estados Unidos. 
 
Prêmio Nobel da Paz 2016 
O presidente colombiano Juan Manuel Santos ganhou o Prêmio Nobel da 
Paz pelo esforço de pacificação do país, que vive uma guerra civil que já dura 
mais de 50 anos. Ele foi um dos líderes da negociação que chegou ao acordo de 
paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). 
 
Bob Dylan ganha o Prêmio Nobel de Literatura 2016 
O cantor e compositor americano Bob Dylan, de 75 anos, foi o ganhador 
do Prêmio Nobel de Literatura 2016. A opção por um músico ± e não por um 
escritor de ofício ± soou incomum, mas o nome de Dylan vinha sendo cotado 
havia muitos anos. Também poeta e com diversos livros lançados, o artista é 
aclamado sobretudo pelo lirismo de suas letras. 
A nota biográfica do prêmio afirma que "Dylan gravou um grande número 
de álbuns que giram em torno de temas como a condição humana, religião, 
política e amor". Dentre os clássicos compostos por ele, estão "Blowin in the 
wind", "Subterranean homesick blues", "Mr. tambourine man" e "Like a rolling 
stone". 
 
 Sonda espacial Juno 
A sonda espacial Juno, da NASA, foi lançada do Cabo Canaveral, na Flórida, 
em agosto de 2011. Em 5 de julho de 2016, entrou em uma órbita polar ao redor 
do planeta Júpiter. É a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da cobertura 
densa de nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana que 
era esposa de Júpiter. 
Seu objetivo primário será investigar a origem e evolução de Júpiter, 
e, por extensão, do Sistema Solar. Para isso, possui nove instrumentos 
científicos, que vão estudar a composição do planeta, sua distribuição de massa, 
atmosfera, campos gravitacionais e magnéticos e as regiões polares da 
magnetosfera jupiteriana. 
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Antes, apenas a sonda Galileo, da Nasa, havia orbitado o planeta, em 
1995. Mas a Galileo não tinha as ferramentas de Juno, e nunca uma espaçonave 
se atreveu a chegar tão perto de Júpiter: seus intensos cinturões de radiação 
podem destruir eletrônicos sem a devida proteção. 
A sonda irá orbitar o planeta por um período de 20 meses, realizando 37 
voltas completas e realizará diversos estudos e medições. Após o fim deste 
período, a sonda mergulhará na órbita do planeta até ser completamente 
destruída pela pressão dos gases ali existentes. 
Juno é a primeira sonda espacial movida a energia solar comandada a 
partir da Terra, sendo também a que chegou mais longe. Ela passou a marca de 
791 milhões de quilômetros, antes feita pela sonda Rosetta, da Agência Espacial 
Europeia, em outubro de 2012. Outras sondas foram mais longe, mas eram 
alimentadas por geradores nucleares. 
Além disso, ela detém outro recorde: conforme o Guinness World Records, 
ela é o objeto mais rápido já criado pelo ser humano. Ao se aproximar do 
planeta, era previsto que a gravidade começasse a puxar Juno cada vez mais 
rápido até a espaçonave atingir uma velocidade de mais de 250 mil km/h, 
quebrando um recorde de 40 anos. 
 
 
Depressão é tema de campanha da OMS para Dia Mundial da Saúde 
de 2017 
A depressão será o tema da campanha da Organização Mundial de Saúde 
(OMS) para a Dia Mundial da Saúde de 2017. Com o slogan, ³Depressão: vamos 
FRQYHUVDU´, a organização pretende acabar com os preconceitos intricados ao 
transtorno e fazer com que mais pessoas procurem ajuda após entenderem 
melhor o que é a doença e descobrirem que há formas de prevenir e trata-la. 
O transtorno mental é caracterizado por uma tristeza persistente e a perda 
de interesse por atividades que, antes, a pessoa gostava, além de uma 
dificuldade de realizar as atividades diárias por pelo menos duas semanas. Essa 
mudança de comportamento pode causar perda de energia, mudanças no 
apetite e no sono, dificuldade de concentração, indecisão, ansiedade, 
inquietação e sentimentos de inutilidade, culpa e desespero, acompanhados de 
pensamentos de automutilação e suicídio. 
A depressão não escolhe classe social, país de origem e nem idade, mas 
os jovens entre 15 e 29, mulheres no pós-parto e adultos com mais de 60 anos 
são os que mais correm risco de desenvolver o transtorno. Estes três grupos 
serão alvo principal da campanha da OMS. 
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'H�DFRUGR�FRP�D�FRQVWLWXLomR�GD�206��D�³VD~GH�p�XP�HVWDGR�GH�FRPSOHWR�
bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença ou 
HQIHUPLGDGH´�� $� 2UJDQL]DomR� 3DQ-Americana de Saúde (Opas) explica que 
³VD~GH�PHQWDO� p� XP�HVWDGR� GH� EHP-estar no qual um indivíduo realiza suas 
próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar 
GH�IRUPD�SURGXWLYD�H�p�FDSD]�GH�ID]HU�FRQWULEXLo}HV�j�VXD�FRPXQLGDGH´� 
Fatores como pressões socioeconômicas, mudanças sociais, condições de 
trabalho estressantes, discriminação de gênero, exclusão social, estilo de vida 
não saudável, risco de violência, problemas físicos de saúde e violação dos 
direitos humanos podem contribuir para os transtornos mentais. Há também 
causas psicológicas, de personalidade e até biológicas. 
A Opas alerta que as políticas nacionais de saúde mental não devem se 
ater apenas aos transtornos mentais como a depressão, mas também abordar 
questões mais amplas que promovem a saúde mental, envolvendo também os 
setores de educação, trabalho, justiça, transporte, meio ambiente, habitação e 
bem-estar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS: 
 
01) (VUNESP/2017/TJM SP) O naufrágio de quatro embarcações desde 
terça-feira (15 de novembro) deixou 340 mortos, elevando o número de 
mortos desde janeiro para mais de 4.600. Em 2015, foram registradas 
3.771 mortes na região, um recorde até então. 
(Folha, 17.11.2016. Disponível em: <https://goo.gl/Ubgc5S>. 
Adaptado) 
Os naufrágios estão relacionados 
(A) à pretensão da população cubana de fugir do país, abalado pela 
pobreza, em busca de oportunidades e melhores condições de vida nos 
EUA. 
(B) à situação belicosa existente na Península da Crimeia, que coloca 
em oposição a Ucrânia e a Rússia e leva a população a buscar abrigo no 
Mar Negro. 
(C) às tentativas de saída da população da Coreia do Norte, que tenta 
navegar em direção à China por conta da situação de fome e miséria no 
país. 
(D) às guerras civis e aos conflitos religiosos no sul do continente 
africano, que levaram a tentativas de fuga pelos oceanos Índico e 
Atlântico. 
(E) aos imigrantes e refugiados que morreram afogados ou 
desapareceram ao tentar cruzar o Mediterrâneo em busca de asilo na 
Europa. 
 
COMENTÁRIOS: 
A notícia se refere à crise migratória que vive a União Europeia. Nos 
últimos anos, fugindo de guerras e outros conflitos, milhares de africanos e 
asiáticos buscam refúgio em países da União Europeia. Uma das rotasutilizadas, 
principalmente pelos africanos, é a travessia pelo mar Mediterrâneo. Os 
migrantes realizam a travessia em embarcações precárias e superlotadas, 
contratadas de traficantes de seres humanos. Várias dessas embarcações 
naufragam e muitos migrantes morrem afogados ou desaparecem no 
Mediterrâneo. 
Gabarito: E 
 
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02) (VUNESP/2017/TJM SP) Com Trump eleito, medo toma conta da 
comunidade muçulmana nos EUA 
O país elegeu o republicano, querido pela maioria dos movimentos 
extremistas. Vivem nos EUA 3,3 milhões de muçulmanos, 1% da 
população. Na comunidade, é forte a fobia de uma Casa Branca sob a 
guarda do empresário. 
(Folha, 12.11.2016. Disponível em: <https://goo.gl/EzXE46>. Adaptado) 
Tal fobia deve-se à proposta de campanha de Trump de 
(A) vetar a entrada de muçulmanos nos EUA, especialmente de países 
com histórico terrorista. 
(B) proibir a construção de novas mesquitas no país, impedindo a 
disseminação da religião. 
(C) criminalizar o culto islâmico em espaços públicos, restringindo-o à 
prática doméstica. 
(D) expulsar a população muçulmana estrangeira residente nos EUA, 
cassando os seus vistos. 
(E) censurar a utilização de roupas muçulmanas, tais como o véu 
utilizado por mulheres. 
 
COMENTÁRIOS: 
Donald Trump é um presidente polêmico. Preste atenção no que ele fala e 
faz. Não vai cair, vai despencar nas provas de Atualidades. Presidente eleito dos 
EUA, empossado em janeiro de 2017, prometeu na campanha eleitoral que vai 
vetar a entrada de muçulmanos nos EUA, especialmente de países com histórico 
terrorista. Correta a alternativa (A), as demais são falsas, não correspondem a 
promessas de campanha de Trump. 
Gabarito: A 
 
(CESPE/FUB/2016 ± VÁRIOS CARGOS) Nenhuma outra questão da 
agenda global é mais suscetível à manipulação dos demagogos do que 
D� TXHVWmR� GRV� UHIXJLDGRV� H� PLJUDQWHV�� ³1yV´� FRQWUD� ³HOHV´� p� XP�
unificador irresponsável e atemporal, usado ao longo da história para 
obscurecer nossa humanidade comum. A diferença agora é que, mais do 
que nunca, as pessoas estão em movimento, em uma época em que 
narrativas se espalham com enorme velocidade, e vemos uma crescente 
xenofobia ² que muitas vezes irrompe em violência. 
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Ban Ki-Moon. Uma resposta global aos refugiados. In: Folha de S.Paulo, 
25/9/2016, p. A3 (com adaptações). 
Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial e 
considerando a dimensão nos dias atuais do problema por ele tratado, 
julgue os itens seguintes. 
 
03) Na atualidade, entre os fatores que impelem milhares de pessoas a 
abandonarem seus países de origem em busca de abrigo em outros 
lugares destacam-se perseguições políticas e religiosas, guerras civis, 
estruturas de poder opressivas e sofríveis condições materiais de 
sobrevivência. 
 
COMENTÁRIOS: 
2�H[DPLQDGRU�IRL�FXLGDGRVR��HVFUHYHX�³HQWUH�RV�IDWRUHV´��2X�VHMD��DOpP�
dos relacionados na questão, poderiam haver outros. As guerras, a pobreza e a 
repressão política e religiosa são alguns dos motivos que fazem milhares de 
pessoas saírem de seus países em busca de uma vida melhor no estrangeiro. 
Gabarito: Certo 
 
04) Em geral, mas não exclusivamente, as correntes migratórias 
contemporâneas dirigem-se à Europa, vindas de áreas de conflito no 
Oriente Médio, como a Síria, e de várias regiões africanas marcadas por 
conflitos étnicos, pela violência produzida pelo fanatismo religioso e 
pela fome. 
 
COMENTÁRIOS: 
Em geral, mas não exclusivamente, a Europa tem sido o destino de 
migrantes que saem de países em conflito no Oriente Médio e de várias regiões 
africanas. Os migrantes fogem de conflitos armados, da perseguição política e 
religiosa e de situações de pobreza. Originam-se principalmente da Síria, Iraque, 
Afeganistão, Líbia, Nigéria e Eritreia. As principais portas de entrada são a Itália 
e a Grécia. Os principais destinos são a Alemanha, França, Áustria, Suécia e 
Inglaterra. 
Gabarito: Certo 
 
05) A União Europeia, pelo conjunto de países que a integram, adotou 
medidas facilitadoras para a recepção dos milhares de asiáticos e 
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africanos que atravessam o Mediterrâneo em busca de um novo lar na 
Europa. 
 
COMENTÁRIOS: 
Em escalas variadas, os países europeus se mostram refratários em 
acolher os refugiados e migrantes, com alguns de seus líderes tendo opiniões 
muito críticas. Alguns países chegaram a construir muros/cercas fortificadas ao 
longo de parte das suas fronteiras para bloquear o fluxo de pessoas buscando 
asilo no norte da Europa. 
Gabarito: Errado 
 
06) A França foi pioneira na abertura das fronteiras aos milhares de 
refugiados que para elas acorreram, tendo servido de exemplo a países 
como a Alemanha, cujo governo, com o apoio da maioria da população 
² comprovado pelo resultado das últimas eleições realizadas no país ²
, tem adotado políticas de acolhimento de refugiados. 
 
COMENTÁRIOS: 
A França é um dos países que impõe restrições e dificuldades para o 
ingresso de refugiados que fogem de guerras e situações de perseguição política 
e religiosa. Inicialmente a Alemanha foi refratária ao ingresso no país de 
refugiados. Depois mudou de posição e tornou-se mais receptiva. A abertura das 
fronteiras é muito criticada por setores da sociedade alemã. Nas eleições 
regionais de Berlim, de setembro de 2016, o Partido de Merkel teve o pior 
desempenho da sua história, resultado do crescente descontentamento da 
população com a política imigratória do governo alemão. 
Gabarito: Errado 
 
07) A xenofobia mencionada no texto tem aparecido de forma pontual, 
concentrada em países que, historicamente, mostram-se avessos ao 
recebimento de migrantes, como, por exemplo, os Estados Unidos da 
América, a Argentina e o Brasil. 
 
COMENTÁRIOS: 
Em geral, a xenofobia cresce no mundo todo. Brasil e Argentina não são 
países historicamente avessos ao recebimento de imigrantes. São países 
receptivos. Nos séculos e décadas passadas, os Estados Unidos receberam 
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milhões de migrantes, o que demonstra que não é um país historicamente 
avesso ao recebimento de imigrantes. Nas décadas recentes, o país tem 
obstaculizado o ingresso de imigrantes no seu território. 
Gabarito: Errado 
 
08) (VUNESP/MPE SP/2016 ± OFICIAL DE PROMOTORIA) Leia a notícia 
sobre um país sul-americano, vizinho do Brasil. 
A oposição conquistou a maioria da Assembleia Nacional do país na 
eleição parlamentar deste domingo (06/12/15), em uma vitória 
arrasadora que reequilibra forças em um país onde o governo exerce 
poder hegemônico há 16 anos. 
³$FHLWDPRV�RV�UHVXOWDGRV��«��-RJDPRV�OLPSR��SHUGHPRV�D�EDWDOKD��IRL�
XPD�ERIHWDGD�SDUD�GHVSHUWDU�SDUD�R�TXH�YHP´��GLVVH�R�SUHVLGHQWH�GR�
país em pronunciamento, deixando claro que não cumpriria a ameaça 
de resistir com violência a eventual derrota. 
 
(http://folha.com/no1715846.Adaptado) 
A vitória da oposição ocorreu 
a) na Venezuela. 
b) no Uruguai. 
c) no Chile. 
d) na Colômbia. 
e) na Bolívia. 
 
COMENTÁRIOS: 
A vitória da oposição ocorreu na Venezuela. 
Gabarito: A 
 
09) (VUNESP/MPE SP/2016 ± OFICIAL DE PROMOTORIA) Em julho, EUA 
e Cuba retomaram suas relações diplomáticas e abriram embaixadas 
nos respectivos territórios depois de vários meses de negociações que 
puseram ponto final a mais de meio século de ruptura. 
(http://glo.bo/1NyuLEg) 
Apesar da reabertura das relações diplomáticas, 
a) os dois países não se decidiram sobre a necessidade de vistos para 
viajantes. 
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b) o governo cubano dificulta a presença de turistas estadunidenses no 
país. 
c) os cubanos residentes em Miami têm negados os vistos de 
permanência. 
d) Cuba recusa-se a devolver as instalações da prisão de Guantánamo. 
e) os Estados Unidos ainda mantêm o embargo econômico a Cuba. 
 
COMENTÁRIOS: 
Após a Revolução Cubana de 1959, e desde a adoção do comunismo, em 
1962, os EUA mantêm um bloqueio, proibindo o comércio e financiamentos de 
empresas norte-americanas para os cubanos. 
Em uma decisão histórica, Cuba e Estados Unidos anunciaram, em 17 de 
dezembro de 2014, a retomada das relações diplomáticas após mais de 50 anos. 
Junto com o anúncio, foram adotadas medidas que iniciam uma aproximação, 
como a troca de prisioneiros, a redução de restrições a viagens de norte-
americanos e a remessas de dinheiro para a ilha. 
O embargo comercial à ilha ainda continuará. O fim do bloqueio oficial 
depende de aprovação pelo Congresso norte-americano. Ele exerce um grande 
peso sobre a economia cubana, pois sufoca seu comércio exterior. O Vaticano 
(Papa Francisco) e o Canadá atuaram nos bastidores das negociações que 
reestabeleceram as relações diplomáticas. 
Gabarito: E 
 
10) (CESPE/CPRM/2016 ± TÉCNICO EM GEOCIÊNCIAS) Chefe de Estado 
e líder religioso de expressão universal, o Papa Francisco também se 
notabiliza pela atuação no campo político-diplomático. Nesse sentido, 
além da aproximação com a igreja ortodoxa russa e com lideranças 
muçulmanas e judaicas, ele desempenhou importante papel para o fim 
da ruptura entre dois países americanos, rompendo um distanciamento 
que remontava aos tempos da Guerra Fria. Trata-se da aproximação 
entre os governos dos Estados Unidos da América e 
A de Cuba. 
B da Nicarágua. 
C da Venezuela. 
D do México. 
E do Brasil. 
 
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COMENTÁRIOS: 
Os Estados Unidos e Cuba retomaram, em dezembro de 2014, as relações 
diplomáticas, rompidas desde 1961, há mais de 50 anos. As negociações para o 
reestabelecimento das relações diplomáticas duraram um ano e meio e foram 
realizadas secretamente, no Canadá e no Vaticano, com a participação do Papa 
Francisco. 
Gabarito: A 
 
11) (IDECAN/UFPB/2016) ³$�H[SUHVVmR�*XHUUD�)ULD�GHVLJQRX�D�GLVSXWD�
pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS após a Segunda 
Guerra Mundial. Significou uma intensa disputa econômica, ideológica, 
diplomática e tecnológica pela conquista de áreas de influência. Dividiu 
o mundo em dois blocos, com sistemas econômicos e políticos opostos: 
o chamado mundo capitalista (Primeiro Mundo), liderado pelos EUA, e o 
chamado mundo socialista ou comunista (Segundo Mundo), encabeçado 
pela URSS. A Guerra Fria provocou uma corrida armamentista que se 
estendeu por 40 anos e colocou o mundo sob a ameaça de uma guerra 
nuclear.´ 
Qual foi o símbolo do final da Guerra Fria? 
A) Tratado de Madri. 
B) Queda do Muro de Berlim. 
C) Bomba atômica lançada sobre o Japão. 
D) Assassinato do arquiduque austro-húngaro. 
 
COMENTÁRIOS: 
Símbolo maior da Guerra Fria, o Muro de Berlim foi construído em 1961 e 
dividiu por 28 anos a Alemanha em dois blocos: a República Democrática da 
Alemanha - que seguia o regime socialista liderado pela União Soviética - e a 
República Federal da Alemanha - conduzida sob o regime capitalista. Depois da 
derrocada dos regimes socialistas, ele foi derrubado em 9 de novembro de 1989. 
Gabarito: B 
 
12) �,'(&$1�8)3%�������³(VWi�HQFUDYDGR�QR�LQWHULRU�GH�XP�(VWDGR��
pelo choque entre forças oficiais e movimentos internos em geral 
ligados a minorias étnicas ou religiosas e que têm como objetivo a 
formação de Estados Independentes, como é o caso da guerrilha ETA 
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(Pátria Basca e Liberdade), partidária da soberania do país Basco, 
UHJLmR�HQFUDYDGD�HQWUH�D�)UDQoD�H�D�(VSDQKD�´����������� 
(Manual Compacto de Geografia Geral. 1 ed. São Paulo: Editora Rideel, 2010. p. 339.) 
Trata-se de uma situação 
A) econômica. 
B) separatista. 
C) totalitarista. 
D) agregacionista. 
 
COMENTÁRIOS: 
Trata-se de uma situação separatista, de um povo que almeja constituir o 
seu próprio país. São os nacionalismos. Exemplos de movimentos separatistas 
são o País Basco, encravado entre a Espanha e a França; a Catalunha, na 
Espanha e o Curdistão, cujo território se espalha pelo Iraque, Síria, Turquia e 
Irã. 
Gabarito: B 
 
13) (CESPE/CPRM/2016 ± TÉCNICO EM GEOCIÊNCIAS) Nos últimos 
tempos, a Coreia do Norte tem chamado a atenção da comunidade 
internacional e merecido manchetes dos meios de comunicação 
mundiais. O interesse suscitado por esse pequeno país asiático deve-se, 
entre outras razões, ao fato de ele 
A ter substituído o rígido modelo comunista pela economia de mercado. 
B anunciar testes militares com artefatos poderosos e de grande 
alcance. 
C ter-se decidido a atacar a vizinha Coreia do Sul com armas nucleares. 
D ter, recentemente, enviado tropas para o Oriente Médio em apoio à 
Rússia. 
E ser um país democrático cercado por vizinhos submetidos a regimes 
ditatoriais. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Coreia do Norte é um dos países mais fechados do mundo. O regime é 
comunista, governado com mão de ferro por ditadores que se sucedem de pai 
para filho. O atual ditador é Kim Jong Un. O país mantém uma retórica 
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beligerante para com a Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos. País pobre, 
preocupa o mundo, pois está desenvolvendo armas atômicas e fazendo testes 
militares de grande alcance. 
Gabarito: B 
 
14) (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 ± AUDITOR) Podemos 
chamar de Globalização o processo econômico e social que estabelece 
uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através 
deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias, 
realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos 
culturais pelos quatro cantos do planeta. O conceito de Aldeia Global se 
encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede 
de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando 
as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente. Dentro 
deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram 
blocos econômicos, cujo objetivo

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