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S Prof.a Alethéa Gomes Nardini Desempenho muscular S Capacidade de o músculo realizar trabalho Trabalho = Força X Distância S Força, Potência e Resistência à fadiga com o exercício resistido Força muscular S Habilidade do músculo esquelético de produzir esforço (tensão) e uma força resultante com base nas demandas impostas sobre o músculo F = m x a S Força funcional: habilidade do sistema neuromuscular de produzir, reduzir ou controlar forças, pretendidas ou impostas, de modo suave e coordenado durante atividades funcionais Força muscular S Treinamento de força: S Carga S Repetições S Adaptação: S Aumento da força S Adaptações neurais S Aumento da fibra Potência muscular S Taxa de desempenho do trabalho S Capacidade de realizar trabalho em uma unidade de tempo P = F x d/t P = F x v S A relação entre a força e a velocidade são os dois fatores que influenciam a potência muscular Potência muscular S Potência anaeróbica S Potência aeróbica S Treinamento de potência: S Qto maior a intensidade do exercício e menor o período de tempo levado para gerar força, maior a potência muscular S Treino pliométrico (alongamento-encurtamento) Resistência muscular S Habilidade de desenvolver exercícios repetitivos de baixa intensidade, repetitivas ou sustentadas, por um período prolongado de tempo S Resistência cardiopulmonar (resistência corporal total): atividades motoras dinâmicas e repetitivas S Resistência muscular local Resistência muscular S Treinamento de resistência: S Carga S Repetições S Tempo S Adaptações: S Aumento na capacidade metabólica e oxidativa dos músculos, o que permite melhor transporte e uso do oxigênio Papel dos músculos S Agonistas: músculo que cria o movimento articular. S Antagonistas: são os músculos opositores aqueles que criam o movimento articular. Precisam relaxar-se para permitir que ocorra um movimento ou precisam se contrair ao mesmo tempo que os agonistas para controlar o movimento. S Sinergistas: músculos que trabalham simultaneamente S Estabilizadores Agonistas e antagonistas Componentes do Músculo S Componentes contráteis (CC): S Actina e Miosina. S Componentes elásticos em paralelo (PEC): S Endomísio (fibra) S Perimísio (fascículo) S Epimísio (músculo) S Componentes elásticos em série (SEC): S Tendão. Componentes do Músculo S Característica PEC e SEC: S Resistem à tração S Capacidade de acumular e restituir energia elástica. Fatores que Influenciam a Força S Tipo de fibra muscular S Nº de pontes formadas S Características comprimento – tensão S Ciclo alongamento – encurtamento S Força – ângulo S Velocidade do movimento S Ação muscular S Tipo de contração S Fadiga muscular S Mc Ardle et al. (1998); Hamill, Knutzen (1999); Kisner e Colby (2005) Arquitetura das Fibras Arquitetura das Fibras S Músculos peniformes: projetados para força aumentada às custas de menor distância de encurtamento S Músculos fusiformes: maior distância de encurtamento porém menos força para uma massa muscular equivalente S Força: 3 a 4kg por centímetro quadrado de secção transversal fisiológica S Secção transversa fisiológica: soma total de todas as secções transversas de fibras no músculo no plano perpendicular à direção das fibras Tipos de fibras Características Fibras Tipo I Fibras Tipo IIa Fibras tipo IIb Tempo de contração Lento Moderado Rápido Metabolismo Oxidativa Oxidativa- glicolítica Glicolítica Coloração Vermelha Vermelha Branca Resistência à fadiga Resistente Resistência moderada Resistência baixa Característica Tônicas Intermediária Fásicas Hamill, Knutzen (1999); Brody (2001) Tipos de fibras S O tipo de fibra influi em como o indivíduo será treinado e as técnicas mais adequadas para indivíduos com tipos de fibras específicos. S Músculos x função x reabilitação S Atividade física x reabilitação Recrutamento das fibras Nº de pontes formadas S O músculo desenvolve tensão e encurta-se através de reações eletroquímicas entre actina e miosina. S A quantidade de Força desenvolvida é proporcional ao número de pontes formadas. Curva Comprimento – Tensão S A capacidade de um músculo produzir força depende do comprimento no qual o músculo é mantido. Hamill, Knutzen (1999); Brody (2001) S A capacidade de desenvolver tensão diminui quando o músculo é ativado nos comprimentos muito longos ou muito curtos. Hamill, Knutzen (1999) Cíntia Domingues de Freitas - 2010 Força x Alavancas A força aplicada e a resistência ficam do mesmo lado em relação ao eixo, com a força mais próxima do eixo. Hall, 2005 Força – ângulo S A capacidade efetiva do músculo em gerar força não é uniforme através de toda ADM Mc Ardle et al. (1998) Torque S Torque (), ou momento de uma força, é o produto da força vezes a distância perpendicular (d) desde a sua linha de ação até o eixo do movimento. = F x d Velocidade do movimento S Contrações concêntricas: S < velocidade = > força S > velocidade = < força S > carga = < velocidade S A força ativa ajusta-se continuamente com a velocidade com que o sistema contrátil se move. Hamill, Knutzen (1999) ; Brody (2001) Velocidade do movimento S Contrações excêntricas: S A tensão aumenta com a velocidade de alongamento na ação muscular excêntrica. Hamill, Knutzen (1999) ; Brody (2001) Tipo de contração Hamill, Knutzen (1999) Ciclo Alongamento- Encurtamento S Se a ação muscular concêntrica, ou de encurtamento, for precedida por uma ação muscular excêntrica, ou de pré- alongamento, a ação concêntrica resultante será capaz de gerar maior força Ciclo Alongamento- Encurtamento S O melhor desempenho é explicado através da potencialização reflexa, mecânica e elástica do músculo esquelético. Ciclo Alongamento-Encurtamento S Reflexa = fuso muscular S Mecânica = comprimento muscular: actina /miosina S Elástica = quando o músculo aumenta o seu comprimento ocorre um armazenamento de energia potencial. Colby, Kisner (1992); Brody (2001) Fadiga muscular S Fadiga muscular (local) S Fadiga cardiopulmonar (geral) S Sinais: S Sensação desconforto muscular, dor S Tremor muscular S Movimentos bruscos S Incapacidade de completar ADM S Movimentos compensatórios S Declínio pico de torque S TREINO DE FORÇA: Efeitos do treinamento Força Adaptações neurais X Adaptações estruturais McArdle et al.(1998); Brody (2001) Força S Capacidade de recrutamento unidades motoras x aprendizado motor S Quantidade de proteína contrátil nas fibras musculares (trofismo) McArdle et al.(1998); Brody (2001) NEURAIS: (aprendizado) S Recrutamento, frequência e sincronização das unidades motoras. S São imediatos: o indivíduo aprende a recrutar mais fibras e as fibras corretas. S Maior nível de facilitação neural = aumento de F rápido e significativo no início do treinamento. Mc Ardleet al. (1998) Griffin e Cafarelli (2005) Unidade motora Hamill, Knutzen (1999) ESTRUTURAIS (musculares) S Hipertrofia: secção transversa da fibra muscular = Aumento no tamanho do músculo através da maior síntese protéica *; S Adaptações nas estruturas contráteis * > volume das fibras musculares S Novos sarcômeros são formados Mc Ardle et al. (1998) Hipertrofia S Especificidade X Hipertrofia S Homens X Mulheres S Lesão real – supercompensação da síntese protéica. S Até mesmo as pessoas muito idosas respondem!! S Força muscular > função Mc Ardle et al. (1998) Hipertrofia S 4 a 8 semanas de treinamento moderado a alto S 2 a 3 semanas com treinamento de altíssima intensidade S Ganhos significativos: 6 a 12 semanas Kisner e Colby (2005) McArdle et al.(1998) McArdle et al. (1998) Mc Ardle et al. (1998) S Após um tempo os efeitos neurais se estabilizam e os estruturais tornam-se mais evidentes! Mc Ardle et al. (1998), Hamill,Knutzen (1999) S Adaptações Fisiológicas S Fibras musculares = > tamanho S Osso = > conteúdo mineral S Tecido Conjuntivo = > resistência ligamentos, tendões S Nº e tipo = incertos Mc Ardle et al. (1998); Brody (2001) 1. Predisposição Genética S Distribuição dos tipos de fibras S Biótipo S Antropometria músculo-esquelética 2. Especificidade do treinamento S Os efeitos do treinamento são específicos, portanto os exercícios devem simular as demandas funcionais. S Movimentos específicos, velocidade, nº séries e repetições. S Especificidade x transferência de treinamento ou treinamento cruzado 3. Intensidade do treinamento S Um músculo precisa ser sobrecarregado até um nível limiar particular antes que responda e se adapte ao treinamento. S O estímulo para a força é a quantidade de tensão (carga imposta) no músculo e não o número de repetições. S A quantidade de sobrecarga é determinada por uma % da quantidade máxima de tensão que um músculo pode desenvolver. 3. Intensidade do treinamento S Sobrecarga: S A força muscular se desenvolve quando as cargas do treino provocam tensões superiores àquelas experimentadas no dia-a-dia. S Intensidade = quantidade de resistência, carga do exercício. S Não deve causar dor Intensidade S Cargas de exercício submáximas x máximas S Objetivo do treinamento S Fase do treinamento S Tipo de população (idade, estágio da lesão, nível de preparo físico) S Indivíduos com comprometimento x indivíduos saudáveis Kisner e Colby (2005) Carga submáxima: Indicações S Intensidade moderada a baixa S Estágios iniciais de regeneração S Após períodos de imobilização (cartilagem e osso não capazes ainda de suportar grandes forças compressivas) S Maioria dos idosos e crianças S Objetivo = aumentar a resistência muscular S Aquecimento e desaquecimento S Treinamento isocinético Kisner e Colby (2005) Carga máxima: Indicações S Aumento de força e potência associado à hipertrofia S Adultos saudáveis S Fase final da reabilitação S Nível competitivo, fisioculturismo Kisner e Colby (2005) 4. Repouso S Repouso do músculo durante o treinamento. S Entre as séries (30 a 60 seg), entre os dias de treinamento (24 a 48 h) e antes da competição. Kisner e Colby (2005) 4. Repouso S Durante a recuperação: S As reservas de energia são repostas S O ácido lático é removido do músculo esquelético e do sangue cerca de uma hora após o exercício S As reservas de oxigênio são repostas S O glicogênio é reposto durante vários dias Kisner e Colby (2005) 5. Volume total do treinamento S = soma do número de repetições X carga S No início do programa o volume geralmente é alto e diminui à medida que o indivíduo progride no programa de treinamento, aumentando a intensidade dos levantamentos e fazendo menos repetições. 6. Reversibilidade S Interrupção do treinamento = perdas = reversibilidade = descondicionamento físico S A redução do desempenho muscular começa dentro de uma semana ou duas depois de cessados os exercícios resistidos e continua até que os efeitos do treinamento sejam perdidos. Kisner e Colby (2005) S Treino de Força para o não atleta Não atleta S Os princípios de treino de força são aplicáveis à reabilitação, ao idoso, às crianças e indivíduos não condicionados. S Mesmos princípios com adaptações!!! Hamill, Knutzen (1999) Idoso S Ocorre uma diminuição acentuada de força e da massa muscular com o envelhecimento Degens, Alway (2003) S Contrabalançar a atrofia do tecido ósseo S Moderar a progressão de alterações articulares degenerativas. S Especial cuidado na osteoporose, risco de fraturas. Kisner e Colby (2005); Hamill, Knutzen (1999) Crianças e Adolescentes S As placas epifisárias no jovem são susceptíveis a lesão sob condições de cargas pesadas. S Sistema esquelético em estágio de formação. S Contrações concêntricas com altas repetições e resistências relativamente baixas podem aprimorar a força muscular de crianças. Mc Ardle et al. (1998), Hamill, Knutzen (1999) Treinamento de força: atletas X não atletas S Os atletas tentam trabalhar na porcentagem mais alta de sua capacidade máxima. S A magnitude da resistência variará entre o atleta, idoso, jovem ... S Não atletas: esforços submáximos. Hamill, Knutzen (1999) Exercícios resistidos Exercícios resistidos ** Graus de força muscular S Exercícios resistidos = realizados contra resistências graduáveis, são os mais eficientes para aumentar a capacidade contrátil e o volume dos músculos esqueléticos. Colby, Kisner (1992); Hamill, Knutzen (1999) Resistência S Peso segmento corporal S Resistência manual S Pesos externos Pesos Livres Resistência elástica Aparelhos Musculação Sistema de séries e repetições: S * Repetições = movimentos repetidos realizados sequencialmente sem descanso. S * Série = é um conjunto de repetições, seguida por um intervalo de descanso. Kisner e Colby, 2005 S MODALIDADES DE EXERCÍCIO Exercício resistido Ação muscular Comprimento muscular Estático Isométrica Não altera F= R Dinâmico Concêntrica Diminui F > R Excêntrica Aumenta R > F Contração Isométrica S O treino isométrico sobrecarrega o músculo em uma posição articular, limitando o desenvolvimento de força por toda a ADM. S Isométrico resistido. S Indivíduos descondicionados, pós operatórios, imobilização... Kisner e Colby, 2005 Hamill, Knutzen (1999) S Ganhos de força, hipertrofia Adams et al. 2004 S 6 a 10 seg: pico de tensão e alterações metabólicas no músculo. Kisner e Colby, 2005 Contração Isométrica Isotônico: Concêntrica, Excêntrica S Move um peso específico por uma amplitude de movimento. S Embora o peso seja constante, a carga real imposta ao músculo varia pela ADM (alavancas). S Pesos livres, mecanoterapia, resistências elásticas... S Excêntrico X Concêntrico: aproveitar as duas fases do exercício. S Amplitudes de movimento adaptadas paraevitar traumas articulares. Kisner , Colby, (2005), Hamill, Knutzen (1999) S Força, hipertrofia Adams et al. (2004) Concêntrica, Excêntrica Cíntia Domingues de Freitas - 2010 Concêntrica, Excêntrica ISOCINÉTICO S Velocidade controlada e resistência variável. Colby, Kisner (1992) ISOCINÉTICO CADEIA CINÉTICA ABERTA S Exercício isotônico em que a extremidade da cadeia está livre. Kisner, Colby (2005), Hamill, Knutzen (1999) CADEIA CINÉTICA FECHADA S Exercício isotônico em que a extremidade da cadeia está fixa (ex. pé ou mão sobre o solo). S + próximo das funções humanas normais. Kisner, Colby (2005), Hamill, Knutzen (1999) CCA x CCF CCA x CCF S Programações de treinamento Kisner e Colby, (2005) ; Mc Ardle et al. (1998); Hamill, Knutzen (1999); Brody (2001) 1 – Aquecimento / Flexibilidade S Cuidados com a respiração durante o exercício 2 – Sobrecarga S Os estímulos para aumento da massa muscular e aprimoramento das funções ocorrem mesmo com esforço SUBMÁXIMO. S Intensidade inicial = % de uma 1 RM (repetição máxima de DeLorme) S 1 RM= a maior quantidade de peso que um indivíduo pode erguer por meio da ADM completa apenas uma vez S Teste de 1 RM: Não recomendada para alguns pacientes S Uma outra alternativa para os pacientes S 10 RM = 75% de 1 RM 3 – Objetivo S Força S Resistência S Potência 3.1 – Força S Sobrecarga S velocidade S Repetições S 3 séries de 6 a 12 repetições realizadas 3 x por semana parecem ser o estímulo ideal para conseguir aumentos de força. S O treinamento para Hipertrofia, que utiliza repetições entre 6 e 12 com cerca de 80% da carga máxima é o ideal para a maioria dos objetivos, mesmo no caso de pessoas idosas e debilitadas (Santarém) S 60 – 80% da carga máxima (Mc Ardle) S Colégio Americano Med. do Esporte, 2009: S INICIANTES: 60%, 1-3 séries, 8-12 rep, 2 a 3x sem S TREINADOS: >80%, 1-3 séries, 8-12 rep, 3-5x sem 3.2 – Resistência S repetições (15 – 20 repetições) S Cargas leves (submáximas) S CURIOSIDADE: Quando os músculos ficam imobilizados, as fibras do tipo I (contração lenta) atrofiam-se mais rápido do que as do tipo II (contração rápida) S 3 a 5 séries de 40 a 50 ou mais rep com um grau leve de resist. elástica. 3.3 – Potência S velocidade S Movendo-se uma carga elevada por um pequeno número de repetições S OU S Movendo-se uma carga pequena por um número alto de repetições até o ponto de fadiga muscular. 4 – Volume S Todas as pessoas devem iniciar o treinamento com pesos e volumes de exercícios reduzidos, aumentando progressivamente de acordo com a condição física individual. 5 – Adaptações S Diminuição braços de alavancas S Posicionamentos x Força de gravidade S Amplitude de movimento S > cuidado ao prescrever um exercício para um músculo com grau de força muito diminuído. 6 – Segurança x Adaptações S Na prescrição de treinamento com pesos para pessoas idosas, descondicionadas, debilitadas ou em grupos de risco para acidentes vasculares, a segurança cárdio- circulatória depende que se evitem as contrações musculares máximas, os intervalos curtos de descanso e as repetições altas. S Isometria com alta intensidade: contra-indicada para hipertensos 7 – Progressão S O exercício resistido deve progredir para uma atividade funcional. Brody (2001) S O estímulo para a força, hipertrofia é a quantidade de TENSÃO no músculo e não o número de repetições. Precauções S Manobra de Valsalva S Respiração (expiração x esforço) S Dor imediata S Dor muscular de início tardio S Crianças e adolescentes S Arcos de movimento S Doenças articulares degenerativas S Fadiga S Kisner e Colby, (2005); Brody (2001) Precauções S Movimentos compensatórios S Resistência adequada e estabilização S Pacientes de alto risco: S Geriátricos S AVE, infarto miocárdio, hipertenso S Cirurgia abdominal, hérnia de disco S Osteoporose S Isometria x hipertensão arterial S Kisner ,Colby, (2005) ; Brody (2001) Contra-Indicações S Inflamação e Dor articular e muscular Kisner e Colby, (2005); Brody (2001) S Fortalecimento Exemplos de exercícios Flexores do cotovelo Tríceps braquial Rotadores externos ombro Flexores e extensores do punho Musculatura intrínseca da mão Quadríceps/ílio psoas isométrico Quadríceps Flexores Quadril Flexores de Quadril Abdutores quadril Abdutores quadril Adutores do quadril Adutores Ponte Ponte com bola Isquiostibiais Tríceps Sural Dorsiflexores Inversores Eversores
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