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Resumo Educacao Infantil 2 (AP1 - Aulas de 01 a 07)

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Aula 1
Reescrevendo histórias...
 Aos profissionais que atuam na creche ou pré-escola, tem o dever de conhecer os deveres de todos os adultos em relação às crianças, além dos direito a elas assegurado, em lei. E reconhecerem bem a diferença entre cuidar de bebês a partir de três meses de idade e educá-los e entre cuidar de crianças mais velhas, aquelas que têm entre 3 e 6 anos de vida, e educá-las. 
PIAGET, VYGOSTKY E SUAS CONTRIBUIÇOES
 Para Piaget, as crianças não pensavam como os adultos e tinham direito a estar no centro dos processos de constituição de conhecimentos, no lugar dos objetos a serem conhecidos, o que já significava uma mudança qualitativa imensa para a época, não tão distante assim. Sua Teoria Interacionista Construtivista ficou exposta a duras críticas. Vygotski foi um desses críticos que, mesmo sem ter rebatido diretamente o ideário de Piaget, comprovou em seus estudos uma oposição frontal a certos pontos defendidos por ele.
 Enquanto o Estado russo buscava tomar a todos como iguais, Vygotsky buscava diferenciar, particularizar e garantir o direito à diferença. Assim, segundo ele, o sujeito não nasceria “individual e se tornaria social”, mas, ao contrário do que pensava Piaget, o estudioso russo defendia que cada pessoa nasceria num tempo e espaço determinados, filha de um casal e de uma cultura em que, na interação social, encontrando e convivendo com pessoas diferentes, cada um iria se constituindo como um sujeito único. Singular. Inteiro. Diferenciado. Ainda que do mesmo gênero, da mesma família, de idade semelhante etc.
 Sua teoria, portanto, conhecida como “Interacionista Sócio-Histórica”, vem se configurar como uma vertente sócio-histórica da Psicologia em que a linguagem, não apenas a palavra oral, tem papel constituidor do pensamento. Assim, mais uma vez ele se contrapõe a Piaget quanto à origem e à função da linguagem, descartando a concepção do suíço de que a mesma fosse o resultado de determinadas etapas de construção do desenvolvimento mental e cognitivo.
 Os pontos marcantes da teoria de Vygotsky, não por acaso, são aqueles conflituosos em relação a Piaget, o que demonstra a importância dos dois para os estudos contemporâneos. E os pontos mais conflitantes entre as concepções deles são, basicamente, os aspectos relativos à linguagem, à construção de conceitos, à relação desenvolvimento/ aprendizagem e, ainda, ao conceito de mediação, com crucial peso nos estudos de Vygotsky.
 Há outros, igualmente valiosos, como: Sigmund Freud, Paulo Freire, Henri Wallon, Celestin Freinet, D. Winnicott, Mikhail Bakhtin, para citar apenas alguns.
Anexo: “ Estava claro para mim, que é através da rotina que a criança se localiza no tempo e no espaço.”
Aula 2
Os donos da história
 Como seres multifacetados, tanto quanto os adultos, as crianças têm um corpo, medos, desejos, histórias e sentimentos que dependem de muitos adultos para serem expressos e vividos de forma saudável, em diferentes espaços e circunstâncias. As crianças como pessoas unas, únicas e diferentes umas das outras.
Aula 3
Ser criança e ter infância
SER CRIANÇA É TER INFÂNCIA?
 Ter infância, portanto, é uma circunstância ou uma prerrogativa que só pode ser experimentada por crianças, a despeito de suas culturas, hábitos e valores. Para clarificar esse conceito, é importante, ainda, reforçar o aspecto sócio-histórico do mesmo, para ser possível entendê-lo como algo que está em movimento permanente de significações nos diferentes tempos, espaços e culturas.
 Ao contrário, apenas nos séculos XVIII e XIX este conceito foi se delineando para atender a uma necessidade social de compreender e de nomear os aspectos próprios expressos num determinado período da vida das crianças.
 Ao mesmo tempo, como mostrou Madalena Freire, todas as crianças apresentam valores que são construídos ao longo da sua história, em interação familiar e social, que precisam ser conhecidos, legitimados e respeitados para, um dia, se for o caso, serem questionados. Para isso, muitas vezes o educador/professor precisa repensar as suas práticas, refazer seu planejamento prévio para poder fazer uma intervenção pedagógica ética e produtiva. Vamos ao exemplo das caixas de lápis de cera.
 Com isso, educadores e pedagogos, precisamos compreender que a globalidade de uma turma se compõe de um tecido que se trama a partir do que constitui cada uma das crianças como um “fio” precioso e único.
CRIANÇAS, MAS SEM INFÂNCIA. COMO? 
 Isto só acontece nos casos em que um ou mais direitos infantis são violados, como quando vivem sem uma família, biológica ou substituta; quando são privadas de frequentar creches, pré- escolas e/ou escolas; também quando lhes faltam alimentos, remédios e médicos; quando são exploradas, abusadas ou negligenciadas; quando lhes faltam tempo, espaço adequado e outras crianças para brincar livremente, inventar, descobrir e levar sua curiosidade ao extremo.
Aula 4
Políticas públicas e a legislação brasileira
O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO 
 O Ministério da Educação já estabeleceu como lei que o Ensino Fundamental passe a ter nove anos de duração como uma obrigatoriedade legal, exigindo que todas as crianças com 6 (seis) anos estejam matriculadas no que passou a ser, agora, o seu 1º ano.
 A Lei nº 9.394/1996 deu origem a outra Lei de 2001 (Lei n.º 10.172/2001) que aprovou o Plano Nacional de Educação. O PNE transformou em meta nacional os nove anos de escolaridade, incluindo nos anos previstos para a Educação Fundamental as crianças com seis anos de idade. Assim, em 6 de fevereiro de 2006, a meta foi transformada em exigência legal por meio da Lei nº 11.274/2006.
 O ensino básico de oito para nove anos. Há conceitos e objetivos que sustentam esta nova lei com o intuito de melhorar a qualidade da educação brasileira.
Aula 5
A infância e a legislação brasileira
A LDBEN E SUAS CONTRIBUIÇÕES 
 No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional de 1996 (LDBEN, LEI nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) demorou em torno de 10 anos para ser aprovada e veio substituir uma antiga LDB de 1961, seguida por uma versão em 1971, que vigorou até a promulgação da mais recente, em 1996. Com a promulgação da Constituição de 1988, a LDB anterior (4024/61) foi considerada obsoleta, mas só em 1996 o debate sobre a nova lei foi concluído. A atual LDB (Lei 9.394/96) foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro da educação Paulo Renato em 20 de dezembro de 1996. Baseada no princípio do direito universal à educação para todos, a LDB de 1996 trouxe diversas mudanças em relação às leis anteriores.
EDUCAÇÃO INFANTIL – 1ª ETAPA DA EDUCAÇÃO BÁSICA No TÍTULO V, 
 Capítulo II da mesma Lei, ao se referir à Educação Básica, definem-se os níveis e as modalidades de Educação e Ensino e, no Art. 21, o texto legal diz que a “educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II - educação superior”. Assim, à medida que a Educação Infantil se constitui na etapa inicial da Educação Básica, dela se exige uma ressignificação do atendimento institucional prestado às crianças em creches e pré-escolas que, com a LDBEN, passam a ter compromissos educativos superando assim, o caráter puramente assistencialista de guardar e de cuidar dos que caracterizavam a maioria dos espaços destinados à infância. Assim, a LDBEN foi responsável por demandar a necessidade da criação de outras leis e de dispositivos complementares para ser possível fazer valer a lei maior da Educação, em todo o território brasileiro. Por isso, em 1999 foram aprovadas e instituídas as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil (DCNEI) que se configuram como uma política pública voltada para a infância, o que difere muito do que se chama de uma política de governo. Políticas de governo, mesmo que venham a ser valiosas, podemser engavetadas e tiradas de circulação por governos subsequentes, às vezes por questões menos educativas e mais políticas, como parece ter acontecido com os Parâmetros Curriculares Nacionais. O mesmo não pode acontecer com as Diretrizes Curriculares Nacionais! Como o nome indica, elas são DIRETRIZES com peso de “cumpra-se”, com peso de lei.
Aula 6
A INFÂNCIA E AS DCNEI
Foi determinado pela LDBEN, ainda em 1996 , na Seção II, nos Art. 29, Art. 30 e Art. 31 que a Educação Infantil deve ter como finalidade o “desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” Foi estabelecido, ainda, o direito a atendimento de crianças “em creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade,e em pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade”. E mais, que a avaliação de crianças em Educação Infantil deve ser feita “mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino Fundamental.”
Aula 7
As DCNEI e as propostas pedagógicas
 Quando se trata de Educação Infantil, como é o nosso caso, o compromisso de cuidar e de educar exige uma parceria entre as famílias e os profissionais de modo a estabelecer a melhor organização do espaço, tendo como foco as crianças.
 O tempo e o espaço relacionados às vivências da infância ajudam a organizar o dia a dia das crianças a certos marcadores, alguns individuais e outros coletivos. Desde o portão de entrada, na creche ou na pré-escola, onde se configura a entrega das crianças, passando por onde comem, dormem, brincam e jogam, além do reconhecimento de espaços “proibidos para livre deslocamento” como a cozinha, a escada etc., todos se constituem em elementos ordenadores das rotinas e da vida em que pesam o cuidar e o educar.

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