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Teoria Geral dos Contratos

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Teoria Geral dos Contratos (Contratos I)
Prof. Chacon
Bibliografia
Carlos Roberto Gonçalves. Direito Civil Brasileiro. V III, SP, Saraiva
18/02/13
Introdução
Contrato é um negócio jurídico bilateral que tem por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos, através de acordo de vontades. Neste sentido, contrato é um acordo bilateral que tem a finalidade de gerar efeitos jurídicos entre as partes.
Possui os seguintes requisitos:
- bilateralidade
- consentimento sem vício;
- capacidade das partes;
- forma quando prescrita ou não proibida;
- objeto lícito, possível e determinado.
Antecedentes Históricos 
- Direito Romano: prevalece a forma sobre a vontade. A solenidade (stipulatio - estipular), dá força aos contratos, ou seja, o direito romano não valorizava a vontade e sim o ato/gesto (Justiniano).
- Direito Germânico: exige-se um ritual ou simbolismo que prevalece até a Idade Média, transformando a stipulatio na traditio carte (entrega de documentos). Dá origem à forma escrita dos contratos, substituindo o ato da parte pela formalização da sua vontade em documento.
Obs: o que era privilegiado tanto para o direito romano quanto para o germânico não era a vontade e sim a solenidade do ato.
O código de Napoleão modernizou a visão dos contratos conforme o interesse da burgesia, em oposição á antiga classe dominante, fruto da revolução francesa de 1789. Com isso, o contrato foi estabelecido como forma de aquisição da propriedade conforme a vontade do indivíduo e sua liberdade, valendo e sendo obrigatório entre as partes.
O CC Alemão de 1900, criou o gênero “negócio jurídico” e a espécie “contrato”, assim, antes de avaliar o contrato em si, deve ser aplicado o conteúdo do negócio jurídico (seus pressupostos de validade e eficácia), com isso, construiu-se a autonomia da vontade do indivíduo.
Contexto Atual (visão moderna)
O contrato moderno é o eixo da economia mundial e o gerador de riquezas.
Atualmente a vontade das pessoas não prevalece na maioria das relações contratuais (ex: contrato de consumo, serviços públicos etc).
Com isso, o Estado defendendo o interesse das pessoas foi chamado a intervir nessa nova realidade, criando regras de defesa do consumidor, direitos trabalhistas etc.
Comparação entre os modelos contratuais:
- clássico ou paritário: tem como característica autonomia plena da vontade das partes, igualdade de poder entre os negociantes e equilíbrio na relação contratual.
- moderno ou massificado: houve a perda da autonomia plena, tem como característica a ausência de paridade entre as partes e diminuição do poder de negociação dos mais fortes, prevalecendo interesses dos economicamente mais fortes.
Assim, surgiram os contratos de adesão, os consumidores, a ausência de escolha ou poder da negociação, exigindo uma intervenção estatal para equilibrar a nova modelagem dos contratos.
Princípio da Liberdade Contratual
A liberdade contratual consiste nas seguintes hipóteses:
- optar se quer ou não contratar.
- escolher quem contratar.
- escolher a modalidade do negócio.
- poder fixar o conteúdo do contrato.
Princípio da função social do contrato
Estabelece que o contrato não deve mais ser visto pelo prisma individualista dos contratantes, mas no sentido social de utilidade para a comunidade, ou seja, o contrato existe para garantir o interesse social.
O interesse social do contrato deve prevalecer ainda que atinja a própria liberdade de contratar – principio limitador da autonomia.
A observância da função social do contrato é exigida pelo art. 421 do CC.
- Entendimentos doutrinários:
Segundo Caio Mário o contrato ainda existe para que as pessoas interajam com a finalidade de satisfazerem seus interesses e necessidades, contudo, a função social do contrato serve para limitar a autonomia da vontade quando tal esteja em confronto com o interesse social.
 Segundo Venosa a lei procurou dar aos mais fracos uma superioridade jurídica para compensar a inferioridade econômica. Exemplo disto é o Código de Defesa do Consumidor.
A justificativa da função social de contrato será analisada em cada caso concreto. Na ausência de normas de ordem pública de natureza cogente, o juiz aplica o princípio, seja para invalidar o contrato, para mudar seu conteúdo, etc., pois se trata de norma de ordem pública (organiza ordem econômica, cercando a liberdade de todos em prol de objetivos coletivos).
Princípio do Consensualismo
Estabelece que não é a formalidade que vincula, mas a manifestação de vontade das partes, ou seja, o contrato nasce do consenso puro dos interessados, tendo a vontade como fonte geradora.
Princípio da Obrigatoriedade
Pelo princípio da autonomia de vontade, ninguém é obrigado a contratar. A ordem jurídica concede a cada um a liberdade de contratar e definir os termos e objetos da avença. Os que o fizerem, porém, sendo o contrato válido e eficaz, devem cumpri-lo, não podendo escusar-se das conseqüências, a não ser com a anuência do outro contratante. O principio da força obrigatória do contrato significa a irreversibilidade da palavra empenhada.
Fundamentos:
- necessidade de segurança nos negócios jurídicos
- intangibilidade ou imutabilidade dos contratos: o acordo de vontades faz lei entre as partes, “pacta sunt servanda”, não podendo ser alterado nem mesmo pelo juiz, salvo se autorizado pelo principio da função social do contrato.
Conflito aparente entre a obrigatoriedade e a função social do contrato:
A obrigatoriedade atende os interesses particulares, enquanto a função social atende os interesses coletivos, portanto não poderá se permitir uma manifestação contratual de interesse individual que afete um interesse coletivo.
Principio da Relatividade dos Efeitos do Contrato
Regra geral, os efeitos dos contratos só atinge as partes que fazem parte da relação contratual (efeito interno dos contratos).
Exceção, em razão da função social, o contrato também poderá atingir terceiros que não são propriamente partes do contrato (efeito externo dos contratos).
Princípio da boa-fé contratual
Art. 422, CC
O principio da boa-fé exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as tratativas , como também durante a formação e o cumprimento do contrato.
A regra de boa-fé é uma cláusula geral para a aplicação do direito obrigacional, que permite a solução do caso levando em consideração fatores metajurídicos e princípios jurídicos legais.
- Boa-fé objetiva:
A boa-fé objetiva não está relacionado a consciência e sim ao comportamento, não importando a intenção. O comportamento é uma regra de agir conforme determinados padrões sociais, onde se exige um padrão de conduta variando as exigências de acordo com o caso concreto.
As partes devem agir de forma correta (lealdade e cooperação mútua) respeitando não só as cláusulas do contrato, mas também agindo conforme as regras de boa-fé objetiva perante as obrigações secundárias do contrato.
Funções:
- art. 187, CC: uma das funções é controlar o comportamento dos contratantes, criando deveres secundários, diferentes das cláusulas, gerando um padrão de comportamento.
- art. 113, CC: interpretação, onde o juiz avalia a clausula onde ocorre divergência de interpretação.
- art. 122, CC: integração do negócio jurídico, visando suprir as omissões contratuais.
Classificação dos contratos
Obrigação para os contratantes:
- unilateral: são os contratos que criam obrigações unicamente para uma das partes.
- bilateral: são os contratos que geram obrigações para ambos os contratantes. Essas obrigações são recíprocas e denominadas sinalagmáticas,que significa reciprocidade de obrigações.
Ônus para os contratantes:
- gratuitos: são aqueles em que apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem.
- onerosos: são aqueles que impõe um ônus e ao mesmo tempo vantagem para ambas as partes.
Prestações conhecidas e equivalentes/prestações não necessariamente equivalente, mas conhecidas:
 - comutativos: são os de prestações certas e determinadas.As partes podem prever as vantagens e os ônus.
- aleatórios: são aqueles que pelo menos um dos contraentes não pode prever a vantagem que receberá, em troca da prestação fornecida, ou seja, são aqueles em que caracteriza a incerteza, pois não se conhece e nem sempre é equivalente a prestação. Ex: contrato de seguro.
Conforme previsão legal ou não:
- nominados: aquele em que têm designação própria pela lei, segue os requisitos da lei.
- inominados: são os que não têm denominação própria pela lei, desse modo, terá como regra o acordo entre as partes ou as regras do negócio jurídico.
Simples acordo/forma legal/ entrega do objeto
- consensuais (não solenes): são os de forma livres, basta somente o consentimento das partes para a sua formação.
- solenes: são os contratos que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoar, ou seja, a forma é exigida como condição de validade do contrato.
- reais: são os que exigem, para se aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega (tradição) da coisa que lhe serve como objeto. Portanto, a entrega do objeto não é fase executória, porém requisito da própria constituição do ato.
- principais: são os que têm existência própria, autônoma e não dependem de qualquer outro.
- acessórios: são os que têm sua existência subordinada à do contrato principal.
Em razão da pessoa:
- pessoais: “intuito personare” são aqueles celebrados em atenção às qualidades pessoais de um dos contraentes, assim não podendo ser substituído por outrem.
- impessoais: são aqueles cuja prestação pode ser cumprida, pelo obrigado ou por terceiro. O importante é que seja realizada, pouco importando quem a executa, pois seu objeto não requer qualidades especiais do devedor.
Novas Modalidades:
- cláusulas predispostas: no contrato contemporâneo tornou-se necessária a elaboração do contrato antes mesmo da necessidade de se contratar (ex: contratos em massa). Desse modo, os contratos se tornaram padronizados.
- despersonalização dos contratantes: atualmente os contratos não precisam da figura pessoal dos contratantes, sendo que na maioria das vezes, as empresas adquirem sistemas informatizados que se encarregam de registrar os contratos celebrados.
Classificação:
Contrato de adesão (pode estar fora da relação de consumo)
- clausulas predispostas (desigual): são sempre preparadas pela parte economicamente mais forte. Sugere que seu aderente não tenha nenhuma liberdade contratual, salvo seu consentimento ou não.
O contrato de consumo não é sinônimo de contrato de adesão, visto que o contrato de consumo é uma classificação do contrato de adesão, pois o contrato de adesão nem sempre caracteriza uma relação de consumo.
 Esquema contratual: - redução de custos;
			 - racionalização dos produtos/serviços
Obs: arts. 423, 424, CC
Contrato tipo:
- cláusulas predispostas em igualdade/paridade.
A criação do contrato é dirigida a figuras determinadas, a razão é facilitar a celebração dos contratos nos casos de repetição do negócio jurídico.
Contrato coletivo:
Objetiva regular situações complexas de representação, onde os efeitos serão para todos os envolvidos, ou seja, produz efeitos externos a relação contratual.
Ex: CCT (convenção coletiva de trabalho); CDC
Contrato coativo
É o máximo do dirigismo contratual, caracterizado pela ausência de autonomia, e intervenção do Estado na relação contratual.
Por ser o contrato coativo celebrado pelo Poder Público ou seus concessionários, deverão ser observadas as regras do Direito Administrativo.
Ex: concessão de serviço público.
Contrato dirigido (regulamentado)
Configura a ingerência econômica e reguladora do Estado, resultando a regulamentação de preços e até clausulas do contrato.
 ex: art. 51, CDC.
Formação dos Contratos
A manifestação de vontade é o primeiro e mais importante requisito de existência do negócio jurídico.
A manifestação de vontade pode ser expressa ou tácita. Poderá ser tácita quando a lei não exigir que seja expressa (art. 111, CC). Expressa é exteriorizada verbalmente por escrito, gesto ou mímica, de forma inequívoca.
O silencio pode ser interpretado como manifestação tácita da vontade quando as circunstancias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa, e também quando a lei autorizar.
É imprescindível na formação dos contratos, que o local e o tempo em que for formalizado o contrato sejam expressos. De modo que, seja estabelecida a competência processual, podendo ser esta substituída pela cláusula de eleição de foro.
- Fases que visam alcançar a coincidência de interesses:
a) Negociações Preliminares (tratativas): O contrato resulta de duas manifestações de vontade: a proposta e a aceitação. As negociações preliminares é caracterizada por sondagens, conversações, estudos e debates, também denominada fase da puntação. Nesta, como as partes ainda não manifestaram a sua vontade, não há nenhuma vinculação ao negócio. Mesmo que surge um projeto ou minuta, ainda assim não há vinculação das pessoas.
b) proposta: é a declaração receptícia de vontade, dirigida por uma pessoa a outra (com quem pretende realizar o contrato), por força da qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se outra parte aceitar.
A oferta/proposta traduz uma vontade definitiva de contratar nas bases oferecidas, não estando mais sujeita a estudos ou discussões, mas dirigindo-se a outra parte para que aceite ou não, sendo, portanto, um negócio jurídico unilateral, constituindo elemento da formação contratual.
Proposta:
- vincula o proponente;
- seriedade + dados básicos
- dirigida a sujeito determinado e indeterminado – oferta ao público (comporta reservas – deve ser divulgada junto com a proposta - e revogação, através do mesmo meio da divulgação).
- a proposta deixa de ser obrigatória quando houver:
a) clausulas reservas;
b) ofertas não obrigatórias
c) art. 428 (incisos).
Aceitação:
A exteriorização da aceitação pode ser de forma expressa, tácita ou silencio.
A contratação pode ser entre presentes e ausentes.
Teorias do CC (434)
- teoria da expedição: considera a celebração do contrato no momento em que a aceitação é expedida (adotada como regra geral).
Exceções, não haverá contrato por expedição:
- teoria da recepção (art. 433):
a) se antes ou com a aceitação chega a retratação (ato pelo qual se retira a proposta);
b) no comprometimento da espera da chegada a resposta;
c) se a resposta não chega no prazo.
- teoria da declaração: o contrato se formaria no momento em que o oblato (quem recebe a proposta) declarar sua aceitação;
- teoria da informação: quando o proponente receber e tomar conhecimento da aceitação haverá a celebração do contrato.
Lugar de formação (435)
O lugar de formação é o local em que foi feita a proposta.
É obrigação do proponente avisar o oblato sobre a chegada tardia da aceitação, sob pena de perdas e danos.
A aceitação fora do prazo configura nova proposta.
Obs: se houver conflito no contrato internacional=direito indicativo= determinação de qual lei será utilizada para solucionar o conflito.
Interpretação dos contratos:
Atividade voltada a reconhecer e reconstruir o significado das fontes de valoração jurídica que constituem o seu objeto. O hermeneuta deve buscar a intenção comum dos contratantes, geralmente, exteriorizadas desde as negociações até a aceitação.
O CC não adotou linha especifica, mas artigos esparsos: 112 (intenção); 113 (boa fé e constumes); 114 (restrição da renúncia); 423 (equilíbrio - adesão).
A intenção das partes em confronto com o sentido da linguagem do contrato devem ser utilizados em conjunto para se conhecer a real vontade das partes no momento da celebração do contrato.
Código Civil Frânces e as regras de Pothier:
- intenção prevalece sobre a gramática, mas com equilíbrio;
- deve ser visualizada com a natureza do negócio;
- as cláusulas interpretaram-se uma em relação ás outras, sejam antecedentes ou consequentes;
- em caso de dúvida, a cláusulainterposta em favor do promitente contra o estipulante.
- interpreta-se sempre a cláusula contra quem agiu com má-fé, culpa, obscuridade ou outro vício que a originou.
Contrato preliminar
Conceito: aquele pelo qual as partes se obrigam a celebrar um contrato no futuro.
- obrigação de fazer (personalíssima) 
- relação acessória (pressupõe um contrato principal)
- vinculo e contrato (o fato de vincular as partes torna-se um contrato).
A forma é livre, exigindo somente registro público para gerar efeitos à terceiros.
Clausulas de arrependimento: permite que as partes deixem de cumprir o contrato de forma livre. É possível desde que expressa.
Suprimento da vontade:
A parte prejudicada pode:
- exigir suprimento da vontade 
- rescindir + perdas e danos.
Exemplo: contratos de compra e venda em duas prestações: incialmente gera um compromisso (escritura pública – contrato preliminar) e, depois de quitado o imóvel gerará a transferência (contrato de compra e venda – que no caso é o contrato futuro).
ARRAS
Consiste no sinal entregue como confirmação da celebração.
Funções:
a) confirmativa:
- não permite o arrependimento
- pode ser principio de pagamento
- impossibilidade sem culpa = devolve
- culpa ou recusa do não cumprimento: de quem deu o sinal (perdas e danos); de que recebeu (devolução + equivalente com acréscimos)
# alternativa: 
- reter ou executar;
- possível indenização suplementar (se provado prejuízo maior que as arras).
b) penitencial:
- liberdade de arrependimento
- só com a previsão expressa;
- principio do pagamento
- os arras funcionam como indenização pré-fixada (valores recebidos como indenização)
#alternativa:
- não há direito à execução;
- nem a indenização suplementa.
Garantias Legais (são as previstas no CC)
1) vício redibitório (defeito no objeto)
Defeito oculto de que é portador do objeto de contrato comutativo que lhe prejudica a utilidade ou diminuo o valor.
- alienante responde mesmo se não conhece o vício 
- é permitida a renúncia do direito de reclamar nos vícios redibitórios, muito comum na compra de carros usados.
Efeitos do vício:
- devolução do bem (redibição) com restituição do preço mas resposta (despesas) do contrato com juros e correções;
- se o alienante conhecia o vício responderá por perdas e danos.
- na hipótese de deito parcial poderá o adquirente optar entre: redibitória (devolução do objeto), ou, quantiminoris (abatimento proporcional do preço – ação estimatória – devolução do quanto menos vale a coisa, através de orçamento de conserto ou pericia técnica).
Prazos
- decadencial
- 1 ano para imóveis/ 30 dias para móveis.
- aumento do prazo, nos casos de difícil constatação do defeito.
2) Evicção (defeito no negócio jurídico = contrato)
Perda da utilidade (posse) da coisa recebida do alienante por sentença judicial ou ato administrativo do poder público, baseados em direito de 3º, que se diz verdadeiro dono do objeto, anterior ao contrato.
Ex: quando há a venda de um objeto que não pertencia ao vendedor, porem o adquirente não sabia.
Efeitos: o evicto será restituído:
- restituição do preço
- despesas com o contrato
- honorários advocatícios
- custas judiciais
- frutos e benfeitorias
- plus valia
- perdas e danos
Visão processual:
O adquirente convoca o alienante a contrapor à lide (denunciação), ou seja, o legítimo detentor do objeto entra com uma ação possessória contra quem está com o objeto, diante disso, o evicto denunciará à lide. O prazo para a ação possessória é de 5 à 10 anos.
Evicção Parcial:
Só ocorre se o prejuízo for considerável, ou seja, que faz imaginar que o adquirente não realizaria o negócio.
Extinção dos Contratos
As formas de extinção dos contratos não estão ligadas somente a teoria geral dos contratos, mas também são encontradas, na parte geral e obrigações. 
Os contratos poderão ser extintos:
- cumprimento das obrigações;
- causas de nulidade do contrato = “Rescisão”= termo adequado
Obs: o termo rescisão só será utilizado para as causas de nulidade do contrato
- vício redibitório
Segundo o Código Civil existem 4 formas de extinção dos contratos:
a) Resilição: vontade das partes de desfazer o contrato.
Pode ser de duas formas unilateral (exceção) e bilateral (regra geral).
A resilição unilateral será possível quando a lei ou o contrato tacitamente ou expressamente permitir. A resilição unilateral se perfaz através do ato de denuncia.
Na resilição bilateral o ato se perfaz através do distrato = termo liberatório (segundo Cáio Mario).
A parte que pretende resilir o contrato deverá obedecer um limite temporal que será após a outra parte recuperar os investimentos.
b) Resolução: é a extinção da relação contratual em virtude do inadimplemento.
- cláusula resolutiva (expressa ou tácita): todo contrato possui.
a) cláusula resolutiva expressa: visa permitir que o contrato seja extinto imediatamente diante do inadimplemento.
b) cláusula resolutiva tácita: a extinção ocorrerá a partir da interpretação (aviso comunicando o inadimplemento).
c) Exceção (defesa) do contrato não cumprido: não pode ser cobrado de sua obrigação aquele que também não cumpriu a sua, ou seja, o inadimplente não pode cobrar o outro inadimplente.
É possível a extinção do contrato não cumprido parcialmente (“RIT”).
A exceção será arguida na contestação ou nos embargos de declaração pelo fato de ser uma tese de defesa.
d) Resolução por onerosidade excessiva (art. 317, CC)
O contrato com prestações periódicas é obrigatório enquanto as coisas permanecerem. Pode ocorrer fatores externos imprevisíveis que alterem drasticamente, influenciando no valor das prestações periódicas, desse modo, deverá ser vedado o enriquecimento sem causa (resolução por onerosidade excessiva).
A resolução deverá ser declarada na justiça e tem efeito “ex nunc”, ou seja, produzirá efeitos a partir da decisão.
O juiz não pode alterar o contrato, tão somente extingui-lo.

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