Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 5 Teoria da ligação de valência Teoria da ligação de valência (TLV) • A teoria de Lewis explica a ligação covalente como o emparelhamento de dois elétrons; • Porém, as energias de dissociação e comprimentos de ligação para o H2 e F2 são bem diferentes 436,4 kJ/mol e 74 pm para H2 e 150,0 kJ/mol e 142 pm para F2; • Utilizou-se a mecânica quântica para estabelecer que a ligação química resulta da sopreposição de dois orbitais atômicos com energias semelhantes; • O tipo de interação depende de quais orbitais se alinham ao longo do eixo, entre os núcleos, ou fora dos eixos. Teoria da ligação de valência (TLV) • À medida que os átomos se aproximam, os orbitais atômicos parcialmente preenchidos ou vazios nos átomos devem interagir para formar orbitais moleculares; • Os orbitais moleculares devem ser mais estáveis do que os orbitais atômicos individuais pois eles devem conter elétrons emparelhados compartilhados por ambos átomos; !A energia de interação entre os orbitais atômicos é negativa quando os orbitais atômicos contém um total de 2 elétrons emparelhados (princípio de exclusão). Teoria da ligação de valência (TLV) • Considere a formação da molécula de H2; Os átomos encontram-se suficientemente separados de modo a não haver interação Os átomos começam a interagir à medida que se aproximam A uma distância ótima alcança-se uma menor energia para o sistema ψA(1) ψB(2) ψ = ψA(1) ψB(2) + ψA(2) ψB(1) • Com a formação das ligações, tem-se um novo orbital, englobando os dois núcleos e acomoda os dois elétrons com spins opostos. • os elétrons podem estar em qualquer posição dentro do espaço delimitado por esse orbital. • Cada um dos átomos na ligação mantêm seus próprios orbitais atômicos, mas o par de elétrons na sobreposição é compartilhado pelos dois átomos: • Quanto maior a sobreposição, mais forte é a ligação; Teoria da ligação de valência (TLV) Antes da ligação p1↔ e1 (atração) p2↔ e2 (atração) p1↔ p2 (repulsão) e1↔ e2 (repulsão) Depois da ligação p1 ↔ e1 (atração) p2 ↔ e2 (atração) p1↔ e2 (atração) p2 ↔ e1 (atração) p1 ↔ p2 (repulsão) e1 ↔ e2 (repulsão) Teoria da ligação de valência (TLV) Teoria da ligação de valência (TLV) Hibridização dos orbitais atômicos • Cada átomo de C tem dois elétrons desemparelhados • Segundo a teoria de Lewis o carbono pode formar apenas duas ligações no estado fundamental; • A espécie CH2 é instável; • Como explicar a formação das quatro ligações no CH4? Hibridização dos orbitais atômicos 4 elétrons de valência 2 elétrons desemparelhados • Poderíamos tentar promover um elétron do orbital 2s para o 2p; • O carbono agora é capaz de formar 4 ligações; • A geometria não estaria correta pois teríamos um ângulo de 90o entre as ligações; Hibridização dos orbitais atômicos 4 elétrons de valência 4 elétrons desemparelhados • A TLV foi modificada introduzindo o conceito de hibridização para explicar os arranjos geométricos moleculares • Os orbitais atômicos podem se misturar dentro de um mesmo nível eletrônico para adotarem uma geometria adequada para uma dada ligação. • A hibridização é determinada pelo arranjo geométrica. Hibridização dos orbitais atômicos • Funções de onda podem se combinar matematicamente resultando em um novo conjunto de funções de onda - orbitais atômicos híbridos; • Orbitais atômicos híbridos são orbitais atômicos obtidos quando dois ou mais orbitais não equivalentes do mesmo átomo se combinam para formar ligações covalentes; !sp, sp2, sp3, sp3d, sp3d2 Hibridização dos orbitais atômicos • A hibridização explica as geometrias das moléculas; • Deve-se conhecer a geometria da molécula para se prever o tipo de hibridizaçao. • A geometria dos orbitais híbridos resultantes é determinada pelo número e tipo de orbitais que se combinam. Hibridização dos orbitais atômicos Principais conceitos da teoria da ligação de valência 1. Os orbitais híbridos formados pela combinação de orbitais atômicos tem formas diferentes dos orbitais atômicos puros; 2. Ligações covalen tes são formadas por sobreposição de orbitais híbridos com orbitais atômicos ou sobreposição entre dois orbitais híbridos. 3. A geometria da molécula é determinada pelo geometria resultante da sobreposição dos orbitais. • No metano, quando um orbital s combina-se com três orbitais p, resulta na formação de quatro orbitais equivalentes chamados orbitais híbridos sp3; • O número de orbitais híbridos formados = números de orbitais atômicos que se combinam. Hibridização dos orbitais atômicos 4 orbitais equivalentes Hibridização dos orbitais atômicos Cada orbitais híbrido sp3 tem dois lóbulos, um maior do que o outro Orbital híbrido sp3 Hibridização Os quatro lóbulos maiores são orientados para os vértices de um tetraédro com ângulo de 109,5o. Quatro orbitais híbridos sp3 • Os elétrons compartilhados nos orbitais híbridos gastam maior parte do tempo na região entre os dois núcleos explicando o por que das ligações covalentes com orbitais sp3 serem normalmente fortes; Átomos com 4 grupos de elétrons = tetraédrico Hibridização dos orbitais atômicos Quatro orbitais híbridos sp3 do carbono Quatro orbitais 1s do hidrogênio Metano Cada um das quatro ligações C-H resultam da sobreposição de um orbital sp3 semipreenchido do carbono com um orbital 1s do hidrogênio. Hibridização dos orbitais atômicos O mesmo conjunto de quatro orbitais híbridos sp3 explica a ligação na molécula de NH3 e H2O. Tipos de Ligações • A ligação sigma (σ) resulta da sobreposição ao longo do eixo que conecta os dois núcleos !Ocorre tanto em orbitais atômicos ou orbitais hírbridos "s-s, p-p, híbrido-híbrido, s-híbrido, etc. Tipos de Ligações • A ligação pi (π) resulta da sobreposição paralalela dos orbitais atômicos perpendiculares ao eixo de ligação !Ocorre entre orbitais p não-hibridizados Hibridização dos orbitais atômicos O s t r ê s o r b i t a i s h í b r i d o s s p 2 encontram-se no plano com ângulos de 120o, e um orbital p não hibridizado encontra-se orientado a 90o com os híbridos. Cada orbitais híbrido sp2 tem dois lóbulos, um maior do que o outro Orbital híbrido sp2 Hibridização Átomos com 3 grupos de elétrons = trigonal plana Hibridização dos orbitais atômicos Orbitais híbridos sp2 no BF3 Hibridização dos orbitais atômicos A ligação dupla C=C consiste de uma ligação σ formada por sobreposição frontal de orbitais sp2... . . .e uma l igação π formada pela sobreposição lateral de orbitais p. A l i g a ç ã o π t e m d u a s r e g i õ e s d e sobreposição - uma acima e outra abaixo do eixo internuclear. A combinação de um orbital s e um orbital p resulta em dois orbitais híbridos sp orientados a 180o de distancia um do outro. Hibridização dos orbitais atômicos Dois orbitais p mantêm-se não hibridizados, orientados a âbgulos de 90o dos orbitais híbridos sp Um orbital híbrido sp outro orbital híbrido sp Átomos com 2 grupos de elétrons = Linear Hibridização dos orbitais atômicos Orbitais híbridos sp no BeCl2 Hibridização dos orbitais atômicos d u a s l i g a ç ã o π m u t u a m e n t e perpend icu la res fo rmada pe la sobreposição lateral de orbitais p. Uma ligação σ formada por sobreposição frontal de orbitais sp... Hibridização envolvendo orbitais d Hibridização envolvendo orbitais d Átomos com 5 grupos de elétrons = bipiramidal trigonal Orbitais híbridos sp3d no PCl5 Hibridização envolvendo orbitais d Hibridização envolvendo orbitais d Átomos com 6 grupos de elétrons = octaédrica Orbitais híbridos sp3d2 no SF6 Hibridização envolvendo orbitais d • A rotação livreé possível nas ligações sigma (σ) porque os orbitais que formas as ligações encontra-se ao longo do eixo internuclear, a rotação ao redor da ligação não envolve quebra da interação entre os os orbitais; • Nas ligações pi (π) os orbitais interagem acima e abaixo do eixo internuclear, deste mod a rotação ao redor do eixo requer a quebra das interações entre os orbitais. Rotação das ligações Rotação das ligações Rotação livre Rotação das ligações • O benzeno é o membro mais simples do grupo de compostos aromáticos; • O benzeno sempre foi uma substância que impressionou os químicos; • August Kekulé sugeriu que a molécula tem uma estrutura plana, simétrica em forma de anel; • A estrutura tem todas suas ligações com comprimentos médios entre uma ligação simples e uma dupla. • Sugeriu-se que a estrutura do benzeno era resultado de duas estruturas de ressonância com ordem de ligação 1,5. Ligações π deslocalizadas • No benzeno há duas opções para as três ligações π : • localizadas entre os átomos de C ou • deslocalizadas acima de todo o anel (neste caso, os elétrons π são compartilhados por todos os seis átomos de C). • Experimentalmente, todas as ligações C-C têm o mesmo comprimento no benzeno. • Conseqüentemente, todas as ligações C-C são do mesmo tipo (lembre-se de que as ligações simples são mais longas do que as ligações duplas). Ligações π deslocalizadas Ligações π deslocalizadas • Comece desenhando a estrutura de Lewis; • Use a teoria VSEPR para prevê a geometria do grupo de elétrons ao redor de cada átomo central; • Deduzir o tipo de hibridização do átomo central fazendo coincidir o arranjo do grupo de elétrons com o arranjo dos orbitais híbridos; • Esquematize os orbitais atômicos e os orbitais híbridos dos átomos na molécula, mostrando a sobreposição apropriada para os orbitais; • Nomeie as ligações como σ ou π. Prevendo a hibridização Prevendo a hibridização num. de grupos isolados + núm. de grupos ligantes Hibridização Exemplos 2 3 4 5 6 sp sp2 sp3 sp3d sp3d2 BeCl2 BF3 CH4, NH3, H2O PCl5 SF6 No AlI3, Al tem config. eletrônica [Ne]3s23p1 com 3 elétrons de valência. A estrutura de Lewis do AlI3 é: Promovendo um elétron 3s para um orbital 3p obtemos a configuração no estado excitado. O orbital 3s e dois orbitais 3p se conbinam formando híbridos sp2. Estes se sobrepõem com os orbitais 5p do iodo formando a ligação. Prevendo a hibridização Prevendo a hibridização No PF3 a config. eletrônica do P é [Ne]3s23p3 com 5 elétrons de valência. A estrutura de Lewis do composto é: o diagrama de orbitais para o P é dado por: misturando os orbitais 3s e 3p obtém-se 4 orbitais híbridos sp3. A geometria da molécula é piramidal trigonal. Prevendo a hibridização No PBr5 a config. eletrônica do P é [Ne]3s23p3 com 5 elétrons de valência. A estrutura de Lewis do PBr5 é: O diagrama de orbitais do P é: promovendo um elétron 3s para o 3p resulta em Prevendo a hibridização Misturando o orbital 3s com os três 3p e um 3d origina 5 orbitais híbridos sp3d. estes orbitais se sobrepõem com os orbitais 4p do Br formando 5 ligações covalentes em um arranjo bipiramidal trigonal. Prevendo a hibridização Descreva a ligação no formaldeído: existem 3 pares de eletrons ao redor do C em um arranjo trigonal plano (hibrização sp2). a hibridização segue: Prevendo a hibridização Os orbitais sp2 semipreenchidos formam ligações sigma com os átomos de H e de O. O orbitais 2p não hibridizado está semipreenchido e pode formar uma ligação pi com os orbital 2p semipreenchido do O. • A TLV prevê algumas propriedades melhor do que a teoria de Lewis !Esquema de ligações, força das ligações, comprimento das ligações, rigidez das ligações; • No entanto, ainda existem algumas propriedades das moléculas que não são previstas perfeitamente !Comportamento magnético do O2 Problemas com a TLV Fim da Aula
Compartilhar