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Neurofisiologia Nociceptores

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Tipos e Funções dos Nociceptores
O terminal periférico dos nociceptores maduros está onde os estímulos nocivos são detectados e transformados em energia elétrica. Quando a energia elétrica alcança um valor limite, ou seja, o limiar, um potencial de ação é induzido e dirige-se em direção do Sistema Nervoso Central (SNC). Isso leva a uma sucessão de eventos que permitem a consciência da dor. A especificidade sensorial dos nociceptores é estabelecida pelo alto limiar alcançado somente por alguns estímulos particulares.
 
Somente quanto altos limiares são alcançados por estímulos químicos, térmicos ou mecânicos do meio ambiente, os nociceptores são disparados. A maioria dos nociceptores são classificados pela modalidade do estímulo ambiental ao qual responde ou é sensível. Alguns nociceptores respondem a mais de um desses estímulos e são consequentemente designados como Nociceptores Polimodais. Outros nociceptores respondem a nenhuma dessas modalidades, embora eles possam responder a estímulos sob um estado inflamatório e receberam, por esse motivo, uma designação mais poética: Nociceptores Silenciosos ou Dormentes.
 
Os nociceptores possuem dois diferentes tipos de axônios. O primeiro são as fibras axoniais ADelta. Elas são mielinizadas e podem permitir um potencial de ação capaz de viajar na velocidade de aproximadamente 20 metros por segundo em direção ao SNC. O outro tipo, as fibras axoniais "C", é um condutor mais lento. Como resultado disso, a dor origina-se em duas fases. A primeira fase é mediada pelas fibras de rápida condução (fibras axoniais ADelta) e a segunda fase deve-se às fibras de condução lenta (fibras axoniais C). A dor associada às fibras de rápida condução (fibras axoniais ADelta) podem ser correlacionadas com uma dor inicial extremamente aguda e cruciante, ou seja, "uma pontada fortíssima". A segunda fase apresenta uma dor mais prolongada e menos intensa como resultado de um dano tecidual. Se houver uma quantidade maciça e prolongada de sinais nas fibras axoniais C, ocorre uma elevação progressiva de sinais na medula espinhal. Esse fenômeno é similar à tetania muscular mas é chamado "wind-up" o que poderia ser entendido como vibração (oscilação de corda musical). Se a vibração ocorre, tem-se a possibilidade de elevação da sensibilidade para a dor.

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