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Receptores sensoriais

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OS RECEPTORES SENSORIAIS 
Há cinco tipos de receptores, os mecanorreceptores que são 
responsáveis por detectar a deformação mecânica da 
membrana deste receptor – tato, pressão, vibração e seus 
derivados. Os termorreceptores estimulados por alterações na 
temperatura. Nociceptores, eles detectam os danos físico e 
químicos nos tecidos que dando sensações de dor. Os 
receptores eletromagnéticos são estimulados pela luz na retina 
e vibrações auditivas E por último os quimiorreceptores que 
são responsáveis pela sensibilidade ao gosto, cheiro. 
Osmolalidade dos líquidos corpóreos concentração de oxigênio 
e dióxido de carbono. De modo que eles apresentam diversos 
tipos de terminações nervosas 
 
Cada tipo de receptor é extremamente sensível a um tipo de 
estímulo para o qual se desenvolveu e quase não responde a 
outros tipos de estímulos sensoriais. 
A modalidade sensorial é regida pelo principio das vias rotuladas, 
que é a especificidade das fibras nervosas em transmitir apenas 
uma modalidade de sensação. Já que cada trato nervoso termina 
em área especifica no sistema nervoso central e o tipo de 
sensação percebida, quando a fibra nervosa é estimulada, é 
determinado pela região no sistema nervoso para onde as fibras 
se dirigem. Sendo esse estimulo ou por eletricidade, 
hiperaquecimento, esmagamento da fibra ou pela estimulação 
das terminações nervosas da dor, por lesão das células do tecido. 
 
TRANSDUÇÃO DOS ESTIMULOS SENSORIAIS EM IMPULSOS 
NERVOSOS 
Uma característica em comum entre os receptores sensórias é 
que todos estimulo tem como primeiro efeito no receptor a 
alteração do potencial de ação da membrana esse. De forma 
que podem ser geradas de diferentes maneiras como: 
1. Deformação mecânica do receptor, que distende a 
membrana receptora e abre canais iônicos; 
2. Aplicação de substância química à membrana, também 
abre canais iônicos; 
3. Alteração da temperatura da membrana, que altera sua 
permeabilidade. 
4. Efeito da radiação eletromagnética, como o da luz 
sobre o receptor, alterando características da 
membrana e permitindo íons fluindo através dos canais. 
A causa básica da alteração do potencial de membrana é a 
alteração da permeabilidade da membrana do receptor, que 
permite que os íons se difundam através da membrana 
Amplitude máxima da maioria dos potenciais receptores 
sensoriais é de cerca de 100 milivolts, mas esse nível ocorre 
apenas com estímulo sensorial de intensidade extremamente 
elevada. Mesma voltagem registrada nos potenciais de ação e a 
alteração de voltagem quando a membrana se torna 
maximamente permeável aos íons sódio. 
Temos o potencial de ação quando o potencial receptor chega 
ao limiar, de modo que quanto maior a amplitude desse potencial 
maior é a frequência dos potenciais de ação nas fibras aferentes. 
 
O PONTECIAL RECEPTOR DO CORPUSCULO DE PACINI 
Esse corpúsculo é um mecanorreceptor com uma fibra nervosa 
central que circundando-a existem múltiplas camadas capsulares 
concêntricas – membranas viscoelásticas, de modo que 
qualquer pressão exercida em qualquer região externa do 
corpúsculo vai alongar, comprimir ou deformar de alguma 
maneira a fibra central Entre cada membrana há liquido, o liquido 
extracelular 
 
Ocorre uma deformação nas membranas que vão se 
deformando até que chega na fibras abrindo o canal de sódio 
por deformação mecânica, então o sódio presente no liquido 
extracelular começa a entrar no neurônio central e a carga no 
interior começa a ficar positiva e assim inicia o processo de 
abertura dos canais dependentes de voltagem formando o 
potencial receptor que forma o circuito local até que chega a 
área mielinizada, no primeiro nodo de Ranvier onde ocorre o 
impulso saltatório iniciando o potencial de ação. 
O potencial receptor é estimulado com estímulos fracos, dessa 
forma com um aumento na força do estimulo há um aumento 
exponencial/rápido na amplitude do potencial receptor no início 
e, a seguir, mais lentamente.. A estimulação muito intensa do 
receptor causa, progressivamente, menos aumento adicional do 
número de potenciais de ação. Isso permite que o receptor 
seja sensível à experiência sensorial muito fraca e que não atinja 
frequência máxima de disparos até que a experiência sensorial 
seja extrema. Permite ampla faixa de resposta, de muito fraca 
até muito intensa. 
 
ADPTAÇÃO DOS RECEPTORES 
Os receptores sensoriais se adaptam à estímulos constantes de 
forma total ou parcial. Quando aplicado um estímulo sensorial 
contínuo, o receptor responde inicialmente com alta frequência 
de impulsos e, depois, com frequência progressivamente mais 
lenta até que a frequência dos potenciais de ação diminui até 
muito pouco ou nada. O corpúsculo de Pacini se adapta 
rapidamente e os receptores de pelos se adaptam dentro de 
um segundo, enquanto os receptores de algumas cápsulas nas 
articulações e os fusos neuromusculares se adaptam muito 
lentamente. Alguns receptores sensoriais se adaptam em maior 
extensão que outros. 
Os mecanismos de adaptação do receptore são diferentes para 
casa tipo de receptor, no caso dos mecanorreceptores a 
adaptação ocorre ou devido a viscoelástica e redistribuição 
liquida ou por acomodação (mecanismo mais lento) 
Os receptores de pacini se adaptam muito rapidamente em 
quetão de 0,1 segundo isso devido as membranas viscoelática.s 
Ou seja, quando ele recebe um estimulo no tempo zero – como 
a gente pode observar no gráfico, ele rapidamente responde a 
esse estimulo com até 250 impulsos por segundo e em menos 
de um minuto retorna a 0 impulsos, ou seja, já se adaptou 
Há o mecanismo de adaptação muito mais lento que pode levar 
dia ou até anos para se adaptar, como o de reconhecimento de 
qual membro está por cima de qual, ou seja são esses 
receptores que permitem a propriocepção 
 
 
RECEPTORES TÔNICOS E FÁSICOS 
Os tônicos são os receptores de adaptação lenta continuam a 
transmitir impulsos para o encéfalo enquanto o estímulo estiver 
presente. E o fásicos são receptores que se adaptam 
rapidamente, tendo estímulos com a mesma faixa de tempo e 
intensidade que os tônicos, gerando um potencial receptor com 
a mesma intensidade, mas gera mais potenciais de ação no 
início, no entanto no tempo restante, quando o potencial 
receptor começa a reduzir esse não gera mais potencias de 
ação. Já o tônico enquanto tiver potencial receptor mesmo que 
em redução ainda mantem potenciais de ação espaçados 
Tônicos: Mantem o SNC informado constantemente sobre o 
estado do corpo e sua relação com o meio ambiente são os 
receptores também da mácula do aparelho vestibular, 
nociceptores, barorreceptores do leito arterial e 
quimiorreceptores dos corpos aórticos e carotídeos. 
Fasicos: Tem importância com sua função preditiva. Se a 
velocidade com que ocorre alguma alteração nas condições do 
organismo for conhecido, pode-se predizer quais serão essas 
condições em alguns segundos, ou até mesmo, alguns minutos 
mais tarde. Exemplos são canais semicirculares no aparelho 
vestibular do ouvido, receptores das articulações 
((Fibras nervosas que transmitem diferentes tipos de sinais e 
classificação fisiológica)) 
Fibras mielinizadas – Fibras tipo A, típicas dos nervos espinhais 
o Tipo Aalfa (mais grossa e consequentemente a mais 
rápida – responsável pelo encaminhamento dos sinais 
que necessitam chegar rápido ao SNC 
o Tipo Abeta 
o Tipo Agama 
o Tipo Adelta (mais fina e mais lenta das mielinizadas, 
Fibras amielinizadas – Fibras tipo C é a mais lenta de todas as 
fibras, maioria dos nervos periféricos e fibras autonômicas pós-
ganglionares 
 
 
TRANSMISSÃO DE SINAIS COM DIFERENTES INTENSIDADES 
NOS FEIXES NERVOSOS 
Uma das características de cada sinal que sempre tem que ser 
conduzida é a sua intensidade, por exemplo: intensidade da dor. 
As diferentes graduações de intensidade podem ser transmitidas 
aumentando-se a quantidadede fibras paralelas envolvidas ou 
pelo aumento da frequência dos potenciais de ação em uma só 
fibra. Esses dois mecanismos são chamados, respectivamente, 
somação espacial e somação temporal. 
Somação Espacial 
A medida que se aplica mais força em determinada área mais 
receptores são estimulados, ou seja, mais receptores se somam 
para mandar um potencial de ação, tanto os diretamente 
estimulados quanto os periféricos estimulados por esses 
. 
Somação Temporal 
Quanto maior for o estimulo em uma certa quantidade de 
tempo maior é a quantidade de impulso gerados nesse tempo, 
vários neurônios se somaram rapidamente em um curto 
período de tempo e consequentemente a amplitude da 
intensidade também aumenta 
 
TRANSMISSÃO E PROCESSAMENTO DE SINAIS EM 
GRUPAMENTOS NEURONAIS 
((Retransmissão de Sinais pelos Grupamentos Neuronais)) 
- Organização dos Neurônios 
Cada fibra de entrada se divide centenas a milhares de vezes, 
fornecendo mil ou mais fibrilas terminais que se espalham por 
grande área para fazer sinapse com os dendritos, ou os corpos 
celulares, dos neurônios do grupamento. Os dendritos também 
se arborizam dentro do grupamento. A área neuronal estimulada 
por cada fibra nervosa que entra é chamada de campo 
estimulatório. 
- Estímulos supralimiares, limiares e sublimiares: excitação, 
facilitação e inibição 
Quando um neurônio se liga fortemente em grande quantidade 
a um outro neurônio há uma grande quantidade de botões 
sendo estimulados então temos uma conecção supralimiar. 
Quando liga-se menos que o necessário para levar o impulso 
adiante tem-se uma conecção sublimiar. De modo que na 
imagem temos o 1 estimulando o A e facilitando a excitação do 
B e C. 
A descarga de um só terminal pré-sináptico excitatório quase 
nunca provoca um potencial de ação no neurônio pós-sináptico, 
é preciso haver um grande número de terminações de entrada 
descarregando sobre o mesmo neurônio para causar excitação. 
 
 
Na porção central onde os neurônios são estimulados pela fibra 
de entrada existe a zona de descarga, zona excitada ou zona 
limiar. Nos neurônios facilitados, existem áreas chamadas de 
zonas facilitadas ou zona subliminar. 
DIVERGENCIA E CONVERGÊNCIA DE SINAIS 
 
Divergência do mesmo trato quer dizer que o estimulo está se 
divergindo de neurônio em neurônio, mas se encaminhando para 
o mesmo sentido (se mantem em um único trato) – tipo 
amplificador 
Já na divergência em múltiplos tratos eles se encaminham para 
sentidos diferentes e tratos diversos 
 
((Convergência de Sinais)) 
Na convergência temos múltiplas origens levando impulso para 
um único neurônio que os encaminhará em unidireção. Existe 
convergência a partir de fonte única – terminações múltiplas de 
uma mesma fibra de entrada terminam sobre o mesmo 
neurônio. Também pode resultar de sinais de entrada 
provenientes de múltiplas fontes – essa convergência permite 
a somação da informação de diferentes fontes e a resposta 
resultante é o efeito somado de todos os diferentes tipos de 
informação. 
Importância: os neurônios quase nunca são excitados por 
potencial de ação de uma só terminação de entrada. Porém, 
potenciais de ação convergindo sobre o neurônio a partir de 
múltiplas terminações fornecem suficiente somação espacial 
para trazer o neurônio ao limiar necessário. 
((Circuito Neuronal Causando Sinais de Saída Excitatórios e 
Inibitórios)) 
Às vezes, o sinal aferente para grupamento neuronal gera sinal 
excitatório eferente em uma direção e ao mesmo tempo sinal 
inibitório na outra. Por exemplo, ao mesmo tempo em que sinal 
excitatório é transmitido por grupo de neurônios na medula 
espinhal, gerando o movimento da perna para frente, sinal 
inibitório é transmitido por grupo diferente de neurônios inibindo 
os músculos da parte de trás da perna. Este tipo de circuito é 
característico do controle de todos os pares de músculos 
antagonistas e é chamado circuito de inibição recíproca. 
Funciona assim: a fibra aferente excita diretamente a via 
eferente excitatória, mas estimula interneurônio inibitório que 
secreta substância transmissora diferente, inibindo a segunda via 
eferente desse grupamento. Esse tipo de circuito é também 
importante para evitar a atividade excessiva em muitas partes 
do encéfalo. 
PROLONGAMENTO DO SINAL PELO GRUPAMENTO 
NEURONAL – PÓS-DESCARGA 
Nesse caso, o sinal aferente para um grupamento provoca 
descarga eferente prolongada, chamada pós-descarga, com a 
duração de alguns milissegundos até muitos minutos depois que 
o sinal eferente tenha terminado. 
Pós-descarga Sináptica 
Quando sinapses excitatórias descarregam sobre superfícies dos 
dendritos, ou do corpo celular, desenvolve-se nesse neurônio 
pós-sináptico um potencial que dura por muitos milissegundos – 
especialmente quando substâncias transmissoras sinápticas de 
longa atuação estão envolvidas. Enquanto o potencial durar, ele 
pode excitar o neurônio – salva de impulsos de saída. 
Como resultado, tem-se um só sinal instantâneo de entrada 
causando sinal sustentado de saída (série de descargas 
repetitivas). 
((Circuito Reverberativo como Causa de Prolongamento de 
Sinal)) 
O circiuito se característica a autoexcitação ocorrendo de forma 
que ocorre um impulso no neurônio de aferencia que quando 
faz contato com o neurônio de reverberancia é encaminhado a 
diante até que chega em um bifurcação pelas teledendritas dele 
e quando isso ocorre tem-se tanto o encaminhamento adiante 
quanto a reverberação para o corpo do neurônio reverberante 
liberando neurotransmissores que autoexcitam sem depender 
de um novo estimulo - Uma vez estimulado, o circuito pode 
descarregar repetitivamente por longo tempo. 
As variações podem ser: 
1. Um único neurônio, em que o neurônio de saída manda 
uma fibra nervosa colateral de volta para seus próprios 
dendritos ou corpo celular para se reestimular. 
2. Neurônios adicionais ao circuito dando um período mais 
longo entre a descarga inicial e o sinal de feedback. 
3. Tanto fibras facilitadoras quanto fibras inibitórias 
terminam no circuito reverberativo. O sinal facilitador 
acentua a intensidade e a frequência da reverberação, 
enquanto o inibitório deprime ou faz cessar a 
reverberação. 
4. Muitas fibras paralelas e em cada estação celular, as 
fibrilas terminais se difundem amplamente. Em um 
desses sistemas, o sinal reverberativo total pode ser 
fraco ou forte dependendo da quantidade de fibras. 
 
 
((Sinal Contínuo de Saída de Alguns Circuitos Neuronais)) 
Alguns circuitos emitem sinais eferentes mesmo na ausência de 
sinais aferentes excitatórios. Causada por dois mecanismos: 
descarga neuronal intrínseca contínua e sinais reverberativos 
contínuos. 
((Excitabilidade Neuronal Intrínseca)) 
Neurônios descarregam repetitivamente se o nível excitatório 
do potencial de membrana subir acima do limiar. Potenciais de 
membrana de muitos neurônios são suficientemente altos para 
fazer com que emitam impulsos de maneira contínua – ocorre 
em neurônios do cerebelo e interneurônios da medula espinhal. 
Frequências com que essas células geram impulsos podem ser 
aumentadas por sinais excitatórios ou diminuídas com inibitórios. 
((Sinais Contínuos Emitidos por Circuitos Reverberativos como 
Meio de Transmissão de Informação)) 
Um circuito reverberante, em que a fadiga não é suficiente para 
impedir a reverberação, é fonte de impulsos contínuos. O grupo 
pode estar emitindo impulsos por causa da excitabilidade 
neuronal intrínseca ou como resultado da reverberação. 
Um sinal aferente excitatório aumenta muito o sinal eferente, 
enquanto sinal aferente inibitório diminui muito os sinais 
eferentes. 
Os sinais de controle excitatório e inibitório não causam o sinal 
eferente, porém controlam seu nível de intensidade (onda 
carreadora). 
Usado pelo sistema nervoso autonômico para controlar funções 
– tônus muscular, tônus intestinal, grau deconstrição da íris e 
frequência cardíaca. 
- Sinais Rítmicos de Saída 
Acontece em centros respiratórios da ponte e bulbo, além do 
controle da marcha. 
Exemplos de sinais rítmicos: os que causam os movimentos de 
coçar da perna traseira de cão ou os movimentos da marcha 
Todos os sinais rítmicos são resultam de circuitos reverberativos 
ou de uma sucessão de circuitos reverberativos sequenciais que 
fornecem sinais excitatórios ou inibitórios por via circular de um 
grupamento neuronal para o próximo. 
INSTABILIDADE E ESTABILIDADE DOS CIRCUITOS NEURONAIS 
Com a interconexão encefálica, a excitação de uma parte 
geraria uma cascata reverberativa sem fim. Esse efeito é o que 
ocorre nas convulsões epilépticas. 
O impedimento desse acontecimento está em dois 
mecanismos: circuitos inibitórios e fadiga das sinapses. 
 
Circuitos Inibitórios 
Dois circuitos inibitórios ajudam a impedir a disseminação 
excessiva de sinais: 
1. Circuitos inibitórios de feedback, que voltam das 
terminações das vias para neurônios excitatórios iniciais 
das mesmas vias; 
2. Alguns grupamentos neuronais que exercem controle 
inibitório intenso sobre amplas áreas do encéfalo. 
Fadiga Sináptica 
Transmissão sináptica se torna progressivamente mais fraca, 
quanto mais prolongado e mais intenso o período de excitação. 
Quanto mais curto o intervalo entre os reflexos, menor a 
intensidade de resposta reflexa subsequente. 
Áreas do cérebro que são muito utilizadas se tornam fatigadas, 
com sensibilidade reduzida. O inverso também é verdadeiro. 
A sensibilidade em longo prazo das sinapses pode ser modificada 
pela regulação para baixo do número de proteínas receptoras 
nos sítios sinápticos quando há hiperatividade e pela regulação 
para cima quando há pouca atividade. Proteínas receptoras estão 
constantemente sendo formadas e inseridas na membrana 
sináptica. Quando as sinapses são excessivamente utilizadas, 
muitos desses receptores são desativados permanentemente e 
removidos da membrana sináptica. 
Esses controles (tanto para cima quanto para baixo) ocorrem 
num nível ideal, evitando: câimbras musculares, convulsões, 
distúrbios psicóticos, alucinações, tensão mental e distúrbios 
nervosos. 
SENSAÇÕES SOMÁTICAS: ORGANIZAÇÃO GERAL, TATO E 
POSIÇÃO 
Mecanismos nervosos que coletam informações sensoriais do 
corpo – visão, audição, olfação, gustação e equilíbrio. 
 - Classificação dos Sentidos Somáticos 
1. Sentidos somáticos mecanorreceptores – sensações 
táteis e de posição; seu estímulo é o deslocamento 
mecânico de algum tecido do corpo; (tato, pressão, 
vibração e cócegas). 
2. Sentidos termorreceptores – detectam calor e frio; 
3. Sentidos nociceptivos – ativado por qualquer fator que 
lese tecidos. 
Também podem agrupadas em: 
1. Sensações exterorreceptivas – aquelas a partir da 
superfície do corpo. 
2. Sensações proprioceptivas – têm haver com o estado 
físico do corpo (sensações de posição, as sensações 
provenientes dos tendões e dos músculos, as 
sensações de pressão na sola do pé e até mesmo a 
sensação de equilíbrio) 
3. Sensações viscerais – provenientes das vísceras 
(órgãos internos) 
4. Sensações profundas – vêm dos tecidos profundos 
(fáscia, músculos e ossos). 
Há dois tipos de modalidade sensoriais táteis incluem: 
 Tato (tato, pressão, vibração, cócegas) 
 Posição (estática, velocidade dos movimentos) 
DETECÇÃO E TRANSMISSÃO DAS SENSAÇÕES TÁTEIS 
Inter-relações entre as Sensações Táteis do Tato, da Pressão e 
da Vibração 
São detectadas pelos mesmos tipos de receptores. 
Existem três diferenças principais entre eles: 
1. As sensações do tato, geralmente, resultam da 
estimulação dos receptores táteis na pele ou nos 
tecidos abaixo da pele 
2. As sensações de pressão resultam da deformação dos 
tecidos mais profundos; 
3. A sensação de vibração resulta de sinais sensoriais 
rapidamente repetitivos. Com utilização de receptores 
tanto pra tato quanto pressão 
- Receptores Táteis 
Seis tipos de receptores táteis são conhecidos: 
1. Terminações nervosas livres – encontradas em toda a 
pele e em muitos outros tecidos, é a mais eclética 
detectando tato, pressão, dor, temperatura, cócegas e 
purido. 
Seus sinais são transmitidos por fibras Agama e tipo C 
envia os sinais pra medula espinhal e parte interior do 
tronco encefálico 
2. Corpúsculo de Meissner – captam sensações de toque 
(tato) e de pressão. Fibra nervosa mielinizada grossa 
(tipo A-beta) alongada e encapsulada. Presentes na pele 
Glabra, nas pontas dos dedos, lábios. Adaptam-se em 
frações de segundo, sensíveis à vibração de baixa 
frequência. 
3. (Discos de Merkel) – localizados nas pontas dos dedos 
e áreas que contenham grande quantidade de 
corpúsculos de Meissner. Estes receptores transmitem 
sinal (por fibras Abeta) inicialmente forte, mas que se 
adapta parcialmente e, em seguida, sinal mais fraco e 
contínuo que se adapta lentamente. Detectam sinais de 
tato mantido. São frequentemente agrupados no órgão 
receptor chamado: receptor em cúpula de lggo – 
textura 
4. Órgão terminal do pelo – receptores dos pelos, se 
adaptam rapidamente detectando movimento de 
objetos na superfície do coro, e contato inicial do 
objeto com o corpo, enviam os sinais pelas fibras Abeta 
5. Terminações de Ruffini – tem terminações 
encapsuladas e multirramificadas enviando sinais pelas 
firas Abeta, se adaptam lentamente e detectam 
estímulos contínuos de deformação dos tecidos (tato, 
pressão) são encontrados nas capsulas articulares e 
ajudam a sinalizar o grau de rotação articular 
6. Corpúsculo de Pacini – imediatamente abaixo da pele 
e profundamente nas fáscias dos tecidos. Estimulados 
pelo movimento rápido dos tecidos. Detectam vibração 
dos tecidos ou outras alterações rápidas do estado 
mecânico dos tecidos. 
 
((Transmissão das Sensações Táteis nas Fibras Nervosas 
Periféricas)) 
Quase todos os receptores sensoriais transmitem seus sinais por 
meio de fibras nervosas mielinizadas pequenas do tipo A-beta, 
com velocidades de condução de 30 a 70m/s. 
Transmitem também sinais por meio de fibras A-delta que 
conduzem com velocidades de 5 a 30m/s. 
Algumas terminações livres táteis transmitem por meio de fibras 
amielínicas tipo C, com velocidade de 1 a 2m/s. 
Todos os tipos mais críticos de sinais sensoriais são 
transportados por fibras que conduzem mais rapidamente. O 
inverso também é válido. 
- Detecção da Vibração: Todos receptores táteis estão 
envolvidos. Corpúsculos de Pacini podem detectar sinais de 
vibrações de 30 a 800 ciclos por segundo, e podem transmitir 
1000 impulsos por segundo. Vibrações de baixa frequência (2 a 
80 ciclos por segundo) estimulam especialmente corpúsculos de 
Meissner. 
- Cócegas e Prurido: Terminações livres mecanorreceptoras de 
adaptação rápida provocam ambas as condições, Encontradas 
nas camadas superficiais da pele e transmitidas por fibras 
amielínicas do tipo C. 
Prurido serve como sinal de alerta e o ato de coçar pode 
desencadear o sentimento de dor, que se sobrepõem ao 
prurido. 
VIAS SENSORIAIS PARA TRANSMISSÃO DOS SINAIS PARA 
DENTRO DO SN CENTRAL 
Quase todas as sensações entram na medula espinhal por raízes 
dorsais de nervos espinhais. 
Os sinais sensoriais são conduzidos por uma de duas vias 
sensoriais alterantiva: Sistema da coluna dorsal-lemnisco medial 
ou sistema anterolateral os quais se juntam novamente de forma 
parcial no tálamo 
 
Dorsal-lemnisco: Transmite os sinais até o bulbo pela coluna 
dorsal, depois do bulbo, até o tronco cerebral, pelo tálamo, pelo 
lemnisco medial. – responsável pelo tato fino 
Anterolateral: Possui alto espectro de transmissão de sensações 
(dor, calor, frio, tato). Após entrarem na medula pelas raízes 
nervosas dorsais, fazem sinapse com a substância cinzenta, 
cruzando a medula e subindo pelo lado oposto, terminando em 
todos os níveis de tronco cerebral e tálamo. 
 
SISTEMA COLUNADORSAL-LEMNISCO MEDIAL 
O sistema coluna dorsal-lemnisco medial é a via sensorial 
responsável por transmitir as informações 
de tato fino, vibração e consciência proprioceptiva (capacidade 
em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e 
orientação) do corpo para o córtex cerebral. Ele é uma das duas 
vias principais que transmitem estímulos sensitivos vindos do 
corpo para o cérebro, sendo a outra a via espinotalâmica 
 
Essa via é caracterizada pela ativação que tem seu estimulo 
direcionado para o gânglio paravertebral (região de sinapse), o 
corpo do neurônio manda então seu axônio para dentro de 
medula espinhal – neurônio de primeira ordem. Esse entra pelos 
cornetes posteriores da substancia cinza indo diretamente pra 
substancia branca, a partir dai ascende pela coluna dorsal branca 
até que na região inferior do bulbo ligando-se aos núcleos (grácil 
ou cuneiforme) surgindo desses os neurônios de segunda 
ordem que iram cruzar pro lado oposto do bulbo e se 
encaminham para região mais anterior – Leminisco, que se 
torna gradualmente medial nesse até o tálamo onde os 
neurônios iram fazer sinapse no complexo ventrobasal surgindo 
os de terceira ordem que viajam para o córtex cerebral 
terminando em três terminações somatosensoriais diferentes 
CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL 
Cada parte do cortex é responsável por alguma sensação e 
ação motora 
O córtex é dividido em cerca de 50 áreas distintas, chamadas 
áreas de Brodmann, com base em diferenças histológicas. 
 
Sabe-se que áreas especificas trabalham em conjunto para 
sensibilidades especificas, sendo essas áreas nomeadas com 
1. Area somatossensorial 1 – como a área que recebe 
informações somatossensoriais da coxa, tórax, 
pescoço,ombro, mão, dedos, língua e região intra 
abdominal (área 3, 1 e 2) 
2. Área somatossensorial II – informações da perna, braço 
e face (parte parcial da área 40) 
 
Orientação espacial da área somatossensorial I - é altamente 
organizada espacialmente em referência às partes do corpo 
Há diferenças nos tamanhos das áreas, com lábios, face e 
polegar com áreas maiores e partes do tronco e parte inferior 
com áreas menos representativas. (cada lado do córtex recebe, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vibra%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriocep%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rtex_cerebral
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro_humano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_espinotal%C3%A2mico
quase que exclusivamente, informações sensoriais vindas do lado 
oposto do corpo.) - O tamanho dessas áreas é diretamente 
relacionado ao número de receptores sensoriais da parte do 
corpo. 
 
Áreas Somatossensoriais II 
- A área somatossensorial II de grosso modo é organizada em 
:a face anterior representa a face, centralmente os braços e 
posteriormente as pernas. 
Camadas do Córtex Somatossensorial e Funções 
Há 6 camadas de neurônios no córtex cerebral humano - Cada 
neurônio dessas camadas possuem diferentes funções, sendo a 
camada I a mais superficial, até a camada VI, mais profunda. 
Acredita-se que a área 1 tem como característica a função de 
processamento do que é importante ser mandado adiante. 
Então após essa seleção é encaminhado para a área de 
associação somatossensorial (5 e 7) 
- As funções podem ser agrupadas assim: 
1. Os sinais sensoriais excitam os neurônios da camada IV, 
com dispersão do sinal para camadas mais superficiais 
e também para as mais profundas. 
2. As camadas I e II recebem sinais difusos e inespecíficos 
e difusos dos centros inferiores do encéfalo, facilitando 
regiões específicas do córtex, controlando o nível geral 
de excitabilidade das regiões estimuladas. 
3. Neurônios das camadas II e III emitem axônios para 
porções relacionadas do córtex cerebral, inclusive para 
o lado oposto, pelo corpo caloso. 
4. Neurônios das camadas V e VI, enviam axônios para 
camadas profundas do encéfalo. Os da camada V são 
mais extensos, indo até áreas mais profundas, como 
gânglios da base, tronco cerebral e medula espinhal, 
controlando a transmissão de sinais. Os neurônios da 
camada VI se projetam para o tálamo, fornecendo 
sinais de feedback a partir do córtex. 
Disposição em Colunas Verticais 
Estas colunas estão dispostas nas 6 camadas do córtex. 
Cada uma possui 0,3 a 0,5 mm, possuindo cerca de 10.000 
corpos celulares neuronais. 
Cada coluna relaciona-se a uma modalidade sensorial específica. 
Algumas colunas respondem aos receptores de estiramento em 
torno das articulações. Algumas respondem a estímulos táteis e 
outras a pontos de pressão. 
Na camada IV, aonde os sinais chegam às colunas praticamente 
agem independentes entre si, já nas outras colunas há interação 
entre as colunas. 
Na área sensorial próximo ao córtex motor, há grande número 
de neurônios que respondem a estímulos de músculos, tendões 
e articulações, sendo importantes na resposta motora. 
- Quanto mais posterior, maior o número de neurônios que 
respondem a estímulos lentos e cutâneos. Mais posterior ainda, 
a resposta é para estímulos profundos. 
- Na parte mais posterior, cerca de 6% das colunas verticais só 
respondem quando há estímulo para sensações cutâneas de 
alta sensibilidade, estando próxima da área de associação 
somatossensorial. 
Funções da Área Somatossensorial I 
- A retirada de ampla área de excitação bilateral dessa área 
provoca a perda de: 
1. Incapacidade de localizar sensações em diferentes 
partes do corpo, apenas grosseiramente, relacionadas 
às áreas de tronco cerebral, tálamo e outras áreas do 
córtex. 
2. Incapacidade de distinguir diferentes graus de pressões 
sobre o corpo. 
3. Incapacidade em avaliar peso de objetos. 
4. Estereognosia: incapacidade de avaliar contornos e 
formas de objetos. 
5. Incapacidade de avaliar texturas de objetos. 
As sensações de dor e térmicas ainda são preservadas, mas 
estas ficam mal localizadas. 
- Áreas de Associação Somatossensorial 
Áreas 5 e 7 de Brodmann essa área tem como função associar 
as informações provenientes da mesma região do corpo. 
A estimulação elétrica dessa área pode fazer com que a pessoa 
acordada experimente a sensação corporal complexa, como a 
“sensação” de objeto, como faca ou bola. 
Essa área recebe informações da área somatossensorial I, dos 
núcleos ventrobasais do tálamo, de outras áreas do tálamo, do 
córtex visual, do córtex auditivo 
Córtex visual. 
Quando essa área é retirada, perde-se a capacidade de 
reconhecer certos objetos e formas complexas, no lado oposto 
Perde-se também a sensação de forma do seu próprio corpo, 
esquecendo que o lado oposto do seu corpo está lá. De fato, a 
pessoa não percebe o lado oposto do corpo — isto é, ela 
esquece que está lá. Portanto, ela também esquece 
frequentemente de usar o outro lado para as funções motoras. 
De maneira similar, ao perceber os objetos, a pessoa tende a 
reconhecer apenas um lado do objeto e esquece mesmo que 
o outro lado existe. Essa deficiência sensorial complexa é 
chamada amorfossíntese. 
CARACTERÍSTICAS DA TRANSMISSÃO DO SINAL NO 
SISTEMA COLUNA DORSAL-LEMNISCO MEDIAL 
Circuito Neuronal 
Os neurônios do córtex descarregam com maior intensidade, 
ficando na parte mais central do campo cortical para cada 
respectivo receptor. 
Estímulos fracos descarregam apenas neurônios centrais. 
Com estímulos mais intensos cada vez mais neurônios 
periféricos também geram sinais, porém, os neurônios centrais 
também descarregam, com maior frequência. 
Discriminação de Dois Pontos 
Método usado frequentemente para testar a discriminação tátil 
Duas agulhas são pressionadas contra a pele, e a pessoa relata 
se estão sendo percebidos dois pontos de estimulação ou 
apenas um ponto. 
Nas pontas dos dedos, a pessoa pode distinguir normalmente 
dois pontos separados mesmo quando as agulhas estão tão 
próximas quanto 1 a 2 milímetros. Entretanto, nas costas,as 
agulhas usualmente têm de estar à distância de pelo menos 30 
a 70 milímetros, para que dois pontos separados possam ser 
detectados. - A razão para essa diferença é o número diferente 
de receptores táteis especializados nas duas áreas. 
Efeito da Inibição Lateral 
Na inibição lateral, ela se difunde para os lados do sinal excitatório 
e inibe os neurônios adjacentes, aumentando o contraste do 
padrão sensorial. Por exemplo, além do sinal excitatório central, 
vias laterais curtas transmitem sinais inibitórios para os neurônios 
circunjacentes. 
Importância: bloqueia a dispersão lateral dos sinais excitatórios e 
aumenta o grau de contraste do padrão sensorial percebido no 
córtex. 
Esses sinais ocorrem em todos os níveis do sináptico: 
1. Núcleos da coluna dorsal no bulbo; 
2. Núcleos ventrobasais do tálamo; 
3. Próprio córtex. 
O resultado é o destaque dos picos de excitação, com 
estimulação difusa circundante quando a inibição é forte. 
SENSAÇÕES DE POSIÇÃO 
- Podem ser divididas em dois tipos: 
1. Sensação de Posição Estática: orientação das partes 
do corpo entre si. 
2. Sensação de Velocidade de Movimento: cinestesia ou 
propriocepção dinâmica. 
Sensação Posicional 
- A percepção da posição, tanto estática, como dinâmica, 
depende do conhecimento dos graus de angulação de todas as 
articulações, em todos os planos e de suas velocidades de 
variação. 
- São usados múltiplos tipos diferentes de receptores para 
auxiliar a determinar a angulação articular. 
- São usados tanto receptores táteis cutâneos como receptores 
profundos, próximos das articulações. 
- No caso dos dedos, onde receptores cutâneos existem em 
grande quantidade, acredita-se que até metade do 
reconhecimento da posição seja detectada por eles. 
- Para determinação da angulação articular e no auxílio do 
controle de movimento muscular são importantes os 
receptores nos fusos neuromusculares. 
- Cada movimento gera maior e menor estiramento em 
diversos grupos de músculos, sendo transmitidos ao SNC. 
- No final da angulação possível, entram os corpúsculos de Pacini, 
terminações de Ruffini, e os similares aos órgãos tendinosos de 
Golgi, nos tendões musculares. 
- Os corpúsculos de Pacini e os fusos musculares são 
especialmente adaptados para a detecção de altas velocidades 
de variação. É provável que eles sejam os principais receptores 
responsáveis pela detecção da velocidade do movimento. 
Processamento da Informação pela Via da Coluna Dorsal 
- Os neurônios talâmicos que respondem à rotação articular 
estão em duas categorias: 
1. Maximamente estimulados com articulação em 
rotação máxima. 
2. Maximamente estimulados com articulação em 
rotação mínima. 
- Intensidade da excitação neuronal se altera nos ângulos de 40 
a 60 graus de rotação. 
VIA ANTEROLATERAL 
Transmite sinais sensoriais que não necessitam de localização 
muito precisa da fonte do sinal e que não necessitam gradações 
finas de intensidade, estando inclusos: dor, calor, frio, tato 
grosseiro, cócegas, prurido e sensações sexuais. 
O receptor é excitado pela terminação nervosa livre gerando 
um potencial receptor e consequentemente um de ação que 
entra no gânglio paravertebral realizando a sinapse surgindo o 
neurônio de primeira ordem que entra no cornete posterior da 
medula espinhal da substancia cinza, assim que entra já realiza 
sinapse novamente surgindo o de segunda ordem que cruza 
pela comissura anterior da medula espinhal passa por toda a 
região do lado oposto e vai em direção a substancia branca e 
então ascende na região anterolateral da medula. Tem-se no 
bulbo e na região do mesencéfalo informações se juntando, do 
trato espinorreticular e espinomesencefálico. Então no núcleo 
ventrobasal e intralaminares do tálamo faz sinapse com o 
neurônio de terceira ordem que ascende pro córtex 
 
DOR E SENSAÇÕES TÉRMICAS 
Muitas enfermidades do corpo causam dor, além do que muitos 
diagnósticos diferentes são dependentes dela. 
- Ela ocorre quando algum tecido é lesionado, avisando o sistema 
nervoso central. 
TIPOS DE DOR: DOR RÁPIDA E LENTA 
A dor rápida é sentida em 0,1 segundo, enquanto a dor lenta 
ocorre após 1 segundo ou mais, aumentando gradativamente, 
possuindo qualidades e vias de condução específica. 
A dor rápida é referida como dor pontual, aguda, agulhada ou 
elétrica, não sendo sentida nos tecidos profundos. E A dor lenta 
é referida como queimação, persistente, pulsátil, nauseante ou 
crônica, associada a destruição tecidual, podendo ocorrer em 
tecidos superficiais e profundos. 
RECEPTORES DA DOR 
São terminações nervosas livres, dispersos na pele e tecidos 
internos (periósteo, paredes de artérias, superfícies articulares). 
Nos tecidos profundos essas terminações estão esparsas, 
levando a dor lenta quando de extensas lesões teciduais. 
ESTÍMULOS DA DOR 
Podem ser mecânicos, térmicos e químicos. 
A dor rápida é associada a estímulos mecânicos e térmicos, já 
a dor crônica por todos os três estímulos. O tipo químico pode 
ser excitado por: bradicinina, serotonina, histamina, íons potássio, 
ácidos, acetilcolina e enzimas proteolíticas. Já as prostaglandinas 
e substância P aumentam a sensibilidade do receptor. Os 
receptores químicos estão ligados à geração da dor lenta e 
persistente 
Natureza Não-Adaptativa de Receptores da Dor 
Receptores sensoriais da dor não se adaptam, ou se adaptam 
muito pouco. Para a dor lenta, em certas ocasiões, pode haver 
aumento progressivo da sensibilidade, chamado hiperalgesia. A 
importância da não adaptação é deixar a pessoa ciente da dor 
(causada por uma lesão). 
Intensidade da Lesão vs. Estímulo da Dor. 
Quando relacionado à temperatura, a dor pode ser sentida com 
45ºC, onde os tecidos começam a ser lesados pelo calor. Logo, 
há maior intensidade de dor quanto maior for a velocidade que 
os tecidos são destruídos. 
Também há relação na intensidade da dor, com diferentes 
formas de calor: infecção bacteriana, isquemia, contusão etc. 
- Importância dos Estímulos Dolorosos Químicos na Lesão 
Tecidual 
Substâncias químicas provenientes de tecido lesado podem 
levar a dor, tendo como fator principal a bradicinina (substância 
que parece induzir a dor de modo mais acentuado do que as 
outras substâncias). Muitos pesquisadores sugeriram que a 
bradicinina poderia ser a principal responsável pela indução da 
dor após dano tecidual. Além disso, a intensidade da dor se 
correlaciona ao aumento local da concentração do íon potássio 
ou ao aumento na concentração de enzimas proteolíticas que 
atacam diretamente as terminações nervosas e estimulam a dor 
por fazer as membranas nervosas mais permeáveis aos íons. 
- Isquemia Tecidual como Causa de Dor 
Quando há fluxo sanguíneo bloqueado para determinado tecido, 
logo surge o estímulo da dor, sendo mais rápido se o tecido 
tiver alto metabolismo. Esse estímulo está relacionado ao 
acúmulo de ácido lático – metabolismo anaeróbico, além de 
bradicinina e enzimas proteolíticas. 
Por exemplo, se manguito de esfigmomanômetro for colocado 
ao redor do braço e for inflado até a interrupção do fluxo 
sanguíneo, o exercício dos músculos do antebraço algumas 
vezes pode causar dor em 15 a 20 segundos. Na ausência de 
exercício muscular, a dor pode não aparecer antes de 3 a 4 
minutos, mesmo que o fluxo sanguíneo para o músculo 
permaneça zero. 
- Espasmo Muscular como Causa de Dor 
Pode estar relacionado ao próprio espasmo em si, estimulando 
os receptores mecanossensíveis, ou indiretamente pela 
compressão de vasos sanguíneos (isquemia). O espasmo 
aumenta a intensidade do metabolismo do tecido muscular, 
tornando a isquemia relativa ainda maior e criando condições 
ideais para a liberação de substâncias químicas indutoras da dor. 
VIAS DUPLAS – TRANSMISSÃO DE SINAIS DOLOROSOS AO 
SNC 
Correspondem aos dois tipos de dor, sendo uma via para a dor 
rápida e outra via para a dor lenta. 
Fibras DolorosasPeriféricas – Rápidas e Lentas 
Os estímulos dolorosos rápidos são transmitidos por fibras por 
nervos periféricos até a medula por fibras A-delta, com 
velocidade entre 6 e 30 m/s. A dor lenta é transmitida até a 
medula por fibras do tipo C, com velocidade de 0,5 a 2 m/s. 
O estímulo doloroso súbito, em geral, causa sensação dolorosa 
“dupla”: dor pontual rápida que é transmitida para o cérebro pela 
via de fibras AÔ, seguida, em 1 segundo ou mais, por uma dor 
lenta transmitida pela via das fibras C. 
A dor pontual avisa a pessoa rapidamente sobre o perigo e, 
portanto, desempenha papel importante na reação imediata do 
indivíduo para se afastar do estímulo doloroso A dor lenta tende 
a aumentar com o passar do tempo. Essa sensação, por fim, 
produz dor intolerável e faz com que a pessoa continue 
tentando aliviar a causa da dor. 
Ao entrarem na medula espinhal, vindas pelas raízes espinhais 
dorsais, as fibras da dor terminam em neurônios-relé nos cornos 
dorsais. Aí novamente existem dois sistemas para o 
processamento dos sinais dolorosos em seu caminho para o 
encéfalo 
Ao entrar na medula espinhal, os sinais dolorosos tomam duas 
vias para o encéfalo, pelos (1) do trato neoespinotalâmico e (2) 
do trato paleoespinotalâmico: 
TRATO NEOESPINOTALÂMICO PARA DOR RÁPIDA 
As fibras A-delta do tipo rápido, transmitem principalmente as 
dores mecânica e térmica agudas. Elas terminam em sua maioria 
na lâmina I (lâmina marginal) dos cornos dorsais e excitam os 
neurônios de segunda ordem do trato neoespinotalâmico 
Estes neurônios dão origem a fibras longas que cruzam 
imediatamente para o lado oposto da medula espinhal pela 
comissura anterior e depois ascendem para o encéfalo nas 
colunas anterolaterais. 
- Terminação do Trato Neoespinotalâmico no Tronco Cerebral 
e no Tálamo. 
Algumas das fibras terminam nas áreas reticulares do tronco 
cerebral, mas a maioria vai até o tálamo, em seu complexo 
ventrobasal, junto com a via da coluna dorsal-lemnisco medial. 
Algumas fibras também terminam também grupo nuclear 
posterior do tálamo. 
Dessas áreas talâmicas, os sinais são transmitidos para outras 
áreas basais do encéfalo, bem como para o córtex 
somatossensorial. 
- Capacidade do Sistema Nervoso Central em Localizar a Dor 
Rápida no Corpo. 
A dor rápida pode ser localizado com muita precisão (quando 
há estímulo de receptores de dor e ao mesmo tempo, táteis). 
Sem a estimulação dos receptores táteis, a localização é 
imprecisa. Acredita-se que o neurotransmissor das fibras A-delta 
seja o glutamato, tendo ação de poucos milissegundos. 
VIA PAELOESPINOTALÂMICA 
A via paleoespinotalâmica é sistema muito mais antigo e 
transmite dor principalmente por fibras periféricas crônicas 
lentas do tipo C, apesar de transmitir alguns sinais das fibras do 
tipo AS também. 
As fibras terminam na medula nas lâminas II e III dos cornos 
dorsais, em conjunto, sendo chamadas de substância gelatinosa. 
- Em seguida, a maior parte dos sinais passa por um ou mais 
neurônios de fibra curta, dentro dos cornos dorsais 
propriamente ditos, antes de entrar principalmente na lâmina V, 
também no corno dorsal. Aí, os últimos neurônios da série dão 
origem a axônios longos que se unem, em sua maioria, às fibras 
da via de dor rápida 
Substância P, o Provável Neurotransmissor. 
A substância P é o provável neurotransmissor, além do 
glutamato. - O glutamato atua instantaneamente e persiste 
apenas por alguns milissegundos. A substância P é liberada muito 
mais lentamente, com sua concentração aumentando em 
período de segundos ou mesmo minutos. 
Então, o glutamato é o neurotransmissor mais envolvido na 
transmissão da dor rápida para o sistema nervoso central, e a 
substância P está relacionada à dor crônica lenta. 
Projeção da Via Paleoespinotalâmica 
Essa via termina difusamente no tronco cerebral, com algumas 
fibras indo até o tálamo, indo a 3 áreas: núcleos reticulares do 
bulbo, ponte e mesencéfalo; área tectal do mesencéfalo até os 
colículos superior e inferior; região cinzenta periaquedutal, ao 
redor do aqueduto de Sylvius. Partindo do tronco cerebral, várias 
fibras curtas transmitem sinais ascendentes de dor pelos núcleos 
intralaminar e ventrolateral do tálamo, até hipotálamo e regiões 
basais do encéfalo. 
Capacidade Baixa do SN de Localizar a Fonte de Dor 
Transmitida pela Via Crônica Lenta. 
A localização da dor transmitida pela via paleoespinotalâmica é 
imprecisa. Por exemplo, a dor crônica lenta em geral só pode 
ser localizada em uma parte principal do corpo, como no braço 
ou na perna, mas não em ponto específico do braço ou da 
perna. 
- Formação reticular, Tálamo e Córtex na Avaliação da Dor. 
A formação reticular do tronco cerebral, tálamo e porções 
basais do encéfalo evidenciam a recepção da dor, pois a 
remoção da área somatossensorial não a extingue. Evidencia-se 
que a função do córtex seja a interpretação da qualidade da dor. 
De fato, essas duas áreas constituem parte do principal “sistema 
de alerta” 
Desencadeamento de Excitabilidade Encefálica Geral 
A estimulação das áreas reticulares do tronco cerebral e núcleos 
intralaminares do tálamo, onde terminam fibras de dor lenta, 
causam efeito de alerta no ser, explicando a impossibilidade de 
dormir quando de dor grave. 
- Interrupções Cirúrgicas das Vias Dolorosas 
Quando a pessoa apresenta dor grave e intratável (algumas 
vezes, resultante de câncer de disseminação rápida), é 
necessário aliviar a dor. Para isso, as vias neurais da dor podem 
ser cortadas em um entre vários pontos. Se a dor se localiza na 
parte inferior do corpo, a cordotomia alivia a dor durante 
algumas semanas ou meses. 
Cordotomia é nem sempre é bem sucedida, pois muitas fibras 
de dor oriundas da parte superior não se cruzam para o lado 
oposto da medula espinhal. A dor volta vários meses depois 
como resultado da sensibilização de outras vias da dor. 
ANALGESIA NO ENCÉFALO E TRONCO CEREBRAL 
O grau de reação da pessoa à dor varia muito. Isso resulta 
parcialmente da capacidade do próprio encéfalo de suprimir as 
aferências de sinais dolorosos para o sistema nervoso, pela 
ativação do sistema de controle de dor, chamado sistema da 
analgesia. 
Consiste de 3 grandes componentes: 
1. Áreas periventriculares e substância cinzenta 
periaquedutal de mesencéfalo, região superior de 
ponte e porções do terceiro e quarto ventrículo. 
2. Neurônios dessa área enviam sinais para o núcleo 
magno da rafe, na linha média de parte inferior de 
ponte e superior de bulbo, além de núcleos reticulares 
paragigantocelular, lateralmente ao bulbo, de onde são 
transmitidos pelas colunas dorsais da medula espinhal. 
3. Dai, para o complexo inibitório da dor, nos cornos 
dorsais da medula espinhal, onde pode haver bloqueio 
da dor antes de chegar ao encéfalo. 
 
Outras áreas também podem suprimir a dor, sendo os núcleos 
periventriculares do hipotálamo, adjacente ao terceiro ventrículo 
e o fascículo prosencefálico medial (menor grau), no hipotálamo. 
Os neurotransmissores envolvidos são: encefalina e serotonina. 
Os neurônios superiores secretam encefalina, até o núcleo 
magno da rafe, onde há liberação de serotonina, que faz com 
que neurônios da medial espinhal liberem encefalina, causando 
inibição pré e pós-sináptica das fibras da dor. 
A inibição pré-sináptica é feita pelo bloqueio dos canais de cálcio 
nas membranas das terminações nervosas. 
Sistema Opióide Encefálico (Endorfinas e Encefalinas) 
Há mais de 40 anos, foi descoberto que a injeção de diminutas 
quantidades de morfina causava grau extremo de analgesia. 
Descobriram então, que diversas substâncias, semelhantes à 
morfina, causam analgesia, em núcleos periventriculares e 
medula espinhal, deduzindo que essas substâncias fossem ligadas 
a receptores de algum neurotransmissor de supressão da dor. 
Todas são produtos da degradação de três grandes moléculas: 
pró-opiomelanocortina,pró-encefalina e pró-dinorfina. 
Entre as mais importantes dessas está a beta-endorfina, 
metencefalina, leu-encefalina e dinorfina. 
As encefalinas são encontradas no tronco cerebral e medula 
espinhal, e beta-endorfina no hipotálamo e tálamo. 
A dinorfina está junto com as encefalinas, porém em menor 
quantidade. 
Pode haver supressão quase que total da dor. 
- Inibição da Dor – Sinais Táteis Simultâneos 
Outro evento importante na saga do controle da dor foi a 
descoberta de que a estimulação das grandes fibras sensoriais 
do tipo AP originada nos receptores táteis periféricos pode 
reduzir a transmissão dos sinais da dor originados da mesma 
área corporal. 
DOR REFERIDA 
Quando a dor é dita em local longe do tecido acometido, sendo 
importantes nos diagnósticos clínicos. 
Mecanismo: Quando as fibras viscerais para a dor são 
estimuladas, os sinais dolorosos das vísceras são conduzidos pelo 
menos por alguns dos mesmos neurônios que conduzem os 
sinais dolorosos da pele, e a pessoa tem a sensação de que as 
sensações se originam na pele propriamente dita. Isso causa a 
sensação de que a dor é proveniente da parte exterior de 
determinado local, não da víscera acometida. 
Esse mecanismo explica o alívio de dor com massagem local e 
acupuntura. O alívio da dor também pode ser feito por estímulo 
elétrico. 
Dor Visceral 
Geralmente, as vísceras têm receptores sensoriais exclusivos 
para a dor. Uma das diferenças é que o dano precisa ser muito 
grave pontualmente em vísceras para causar dor extrema. Já 
estimulação da dor difusamente pode causar dor intensa. 
Causas da Dor Visceral Verdadeira: Qualquer estímulo que excite 
as terminações nervosas para a dor, em áreas difusas das 
vísceras, pode causar dor visceral. 
Esses estímulos incluem: 
1. Isquemia: A isquemia causa dor visceral da mesma 
forma que causa dor em outros tecidos, 
presumivelmente, devido à formação de produtos 
finais metabólicos ácidos ou produtos degenerativos 
dos tecidos 
2. Estímulos Químicos: relacionado a vazamento do trato 
gastrointestinal para a cavidade abdominal, afetando o 
peritônio, através digestão, sendo excruciante e grave. 
Por exemplo, o suco gástrico ácido proteolítico pode 
escapar por úlcera gástrica ou duodenal perfurada. 
Esse suco causa digestão disseminada do peritônio 
visceral, estimulando amplas áreas de fibras dolorosas. 
3. Espasmo de Víscera Oca: movimentação pode causar 
estímulo mecânico de dor ou por obstrução de 
circulação sanguínea, geralmente se expressão na 
forma de cólica. 
4. Distensão Excessiva de Víscera Oca: pode ocasionar 
dor por estar muito distendido ou impedir a circulação. 
5. Vísceras Insensíveis: Poucas áreas viscerais são quase 
completamente insensíveis à dor de qualquer tipo. Elas 
incluem o parênquima do fígado e os alvéolos 
pulmonares. 
6. Vísceras bastante sensíveis a Dor: cápsula hepática, 
ductos biliares, brônquios e pleura parietal. 
Dor Parietal causada por Dor Visceral 
Quando a doença afeta a víscera, o processo doloroso 
geralmente se dissemina para o peritônio, a pleura ou o 
pericárdio parietal. Essas superfícies parietais, como a pele, são 
supridas com extensa inervação dolorosa, originada nos nervos 
espinhais periféricos. Portanto, a dor da parede parietal sobre a 
víscera é frequentemente aguda. 
- Localização da Dor Visceral 
Pelo fato do SN não ter conhecimento prévio das vísceras 
existentes no corpo, há dificuldade em referir onde é a dor. 
Outro motivo são as duas vias de transmissão: a via visceral 
verdadeira e a via parietal, sendo a dor visceral verdadeira 
transmitida para a superfície da pele, e a parietal mostrar dor 
onde realmente está sendo afetado. 
- Localização da Dor por Vias Viscerais 
Relaciona-se, na pele, ao dermátomo de origem do órgão 
visceral no embrião. 
 
Um exemplo é o coração, com origem na área cervical e 
torácica superior, causando dor ao lado do pescoço e superior 
do tórax, músculos peitorais, ao longo do braço, e área 
subesternal da parte superior do tórax. 
- Localização da Dor por Vias Parietais 
Frequentemente, a dor é referida em dois locais, devido a 
existência das duas vias. A dor visceral de apêndice é referida 
ao redor de umbigo, persistente e espasmódica. Já a dor parietal 
é referida exatamente do quadrante inferior direito, de forma 
pontual. 
SENSAÇÕES TÉRMICAS 
Receptores Térmicos 
Há receptores que captam diferentes sensações térmicas. - É 
mediado por 3 tipos de receptores: frio, calor e dor. 
Os receptores de frio e calor estão sempre sendo acionados, 
já os da dor são acionados em sensações extremas: “frio 
congelante” e “calor extremo”. 
Os receptores de frio e calor estão imediatamente abaixo da 
pele, havendo 10 vezes mais receptores para frio do que para 
calor.- Há vários pontos de frio e calor, distribuídos em áreas de 
frio e calor. 
O de frio possui de 25 a menos de 1 ponto por área, 
dependendo o local, feito por fibras A-delta, que ramificam-se 
várias vezes, com protrusão na superfície da pele (células 
epidérmicas basais), com velocidade de cerca de 20 m/s 
Há sugestão de que terminações nervosas livres estejam 
associadas também a sensação de frio, com transmissão por 
fibras tipo C. 
A sensação de calor deduz-se ser por terminações nervosas 
livres, transmitido por fibras tipo C, com velocidade de 0,4 a 2 
m/s. 
- Estimulação de Receptores Térmicos 
Quatro tipos de fibras nervosas: 
1. Fibra da dor (frio): abaixo de 15ºC. 
2. Fibra de frio: entre 7 e 42ºC. 
3. Fibra de calor: entre 30 e 50ºC. 
4. Fibra da dor (calor): acima de 45ºC. 
As sensações dolorosas de frio e calor são semelhantes. 
- Adaptação dos Receptores Térmicos 
Receptores de frio estimulados rapidamente respondem com 
vários impulsos, diminuindo rapidamente nos próximos segundos 
e cada vez mais lento até cerca de 30 minutos, nunca se 
adaptando totalmente. Logo, a variação de temperatura é muito 
mais sentida que a temperatura absoluta, sentindo mais frio 
quando a temperatura está caindo. O inverso também é 
verdadeiro. 
- Mecanismo de Estimulação dos Receptores 
Acredita-se que seja por alterações metabólicas dos receptores, 
baseado na alteração de velocidade de reação por mais de 2 
vezes para cada 10ºC. A sensação, logo, não se dá por alteração 
física, e sim, química. 
- Somação Espacial 
Existem poucas terminações para frio e calor, logo, estimulação 
de área maior, a facilidade é maior de avaliar a mudança. 
Detecções de 0,01ºC pode ser feitas, se no corpo todo, não 
podendo ser feitas com variação de 1ºC de forma pontual (1cm²). 
- Transmissão de Sinais Térmicos no SN 
Por vias paralelas à da dor. Entram na medula espinhal, 
transitando em alguns segmentos do trato de Lissauer, 
terminando nas lâminas I, II, e III dos cornos dorsais (igual à dor). 
Há processamento por neurônios da medula espinhal, cursando 
por vias térmicas ascendentes que cruzam para o trato sensorial 
anterolateral oposto, terminando em áreas reticulares do tronco 
cerebral e complexo ventrobasal do tálamo. Podem ser 
retransmitidos para o córtex somatossensorial do complexo 
ventrobasal. Neurônios da área sensorial somática I são 
responsáveis diretos pelos estímulos frios ou quentes, em áreas 
específicas da pele. Remoção do giro pós-central reduz a 
capacidade de distinguir gradações de temperatura, mas não 
extingue.

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