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Direito Penal II

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Teoria das penas
-Teoria Absoluta – Teoria de retribuição 
Nessa modalidade o delito é considerado prejudicial ao ato e a pena, por sua vez prejudicial ao delito (Heguel). De forma simples, o crime é considerado um mal devendo ser combatido por outro mal, a pena.
-Teoria Relativa – Teoria Preventiva 
Prevenção geral: tem como destinatários, a coletividade, todo o grupo social que percebeu a violação à norma.
-Possui caráter pedagógico, educativo fazendo com que a coletividade respeite o ato.
-Seu objetivo é intimidar as pessoas evitando novas praticas delitivas. 
Prevenção especial: recai sobre o próprio individuo.
-Esta ligada à idéia de ressocialização, emenda, correção do individuo. 
-Neutralização, o objetivo é manter o condenado isolado, impossibilitando contato ou qualquer atuação criminosa. 
-Teoria Mista (C.P adotou, art. 59)
É responsável por mesclar preceitos da teoria absoluta com preceitos da teoria relativa. O art. 59 consagra o principio da suficiência de modo que a pena deve atender a ambos critérios. 
Jakobs – norma
Para Jakobs a norma é o centro do sistema normativo, figurando como a principal característica do direito. Sua violação deve ser combatida pelo próprio direito (funcionalismo) não havendo limites na punição do infrator.
 Welzel – homem 
Para Welzel o homem é o centro do sistema normativo. Desse modo todas as conseqüências jurídicas devem respeitar esse status já que o direito se destina a servir e auxiliar o desenvolvimento humano.
Movimentos Penais 
1)Abolicionismo: Nessa perspectiva a atuação penal deixaria de lado o punitivismo para adotar outros critérios de solução de conflitos. Ex: medidas conciliatórias, medidas terapêuticas e pedagógicas. 
2)Garantismo penal: Nesse modelo se defende a punição do individuo, contudo nessa atuação estatal deve ser extremamente controlada. 
Para Ferajoli, o Estado deve atender integralmente as garantias do cidadão.
3)Lei e Ordem: Esse movimento de caráter punitivista revela a adoção de um direito penal Maximo. Podemos destacar nesse contexto o critério de tolerância zero onde não se admite qualquer violação criminal (embriaguez ao volante – dto administrativo), bem como a teoria das janelas quebradas, pelo qual a infração penal mínima deveria ser combatida com rigor tirando dos possíveis infratores todo estimulo ou incentivo para novas praticas delitivas 
- tolerância zero
 - Janelas Quebradas
4)Direito penal do inimigo: 
 Características:
 - Leis penais mais rigorosas
 -Penas mais duras 
 -Dto penal de autor 
 -prejuízo as garantias fundamentais (Ex: ausência de defensor, pratica de tortura, penas cruéis)
 -Uso crescente de crimes de perigos abstratos 
 -Abandono do principio da exclusiva proteção dos bens jurídicos (o dto penal do inimigo não protege bem jurídico, ele protege a norma)
 -Direito penal de 3ª velocidade (Combo de cadeia sem garantia fundamental) 
Fundamentos da Pena 
1)Retribuição: Confere ao condenado uma resposta proporcional ao crime cometido. Trata-se de um critério humanitário utilizado pela sociedade para punir o criminoso.
2)Reparação: Tem como objetivo conferir algum tipo de recompensa para a vitima. Ex: composição civil no juizado especial criminal./ prestação pecuniária paga pelo infrator a vitima (espécie de pena restritiva de direito).
3)Denuncia: Trata-se da reprovação social ao crime e a contravenção penal com o objetivo de prevenção geral (intimidação coletiva).
4)Incapacitação/incapacidade: incapacitação gera neutralização do infrator, que permanece preso em decorrência da pratica criminosa
5)Reabilitação: Reabilitação esta relacionado a recuperação, emenda, a prevenção é especial e positiva . 
6)Dissuasão: Tem como objetivo convencer a sociedade e o individuo que o crime não compensa. 
Etapas da Aplicação da Pena 
1)Cominação (previsão): trata-se da previsão legal acerca da conseqüência jurídica do delito (competência privativa da união – poder legislativo)
2)Aplicação: compete ao poder judiciário, 
Dosimetria da pena
1ª fase – pena base (art. 59) 
2ª fase – Agravantes (art. 61 e 62)
 - genéricas 
 - Atenuantes (art. 65 e 66)
 3ª fase – causas especiais – aumento – majorantes 
 - diminuição – minorantes 
3)Execução: O cumprimento da pena é atribuição do poder executivo, através da secretaria de justiça que possui o comando das unidades penais. 
OBS: não é competência do judiciário, embora as decisões sejam judiciais. 
 Princípios Relacionados a pena 
a)Principio da personalidade: Recai sobre a pessoa e não pode ser repassada para 3º. Esse principio é também denominado responsabilidade pessoal, pessoalidade ou intransferencia 
b)Legalidade
c)Inderrogabilidade: Uma vez penalizado o individuo a pena se torna inderrogavel, ou seja, não pode deixar de ser aplicada. O principio em questão pode ser relativizado por meio de institutos capazes de diminuir a pena ou extingui-la por completo. Ex: prescrição 
c)Proporcionalidade: A pena deve ser justa e proporcional a magnitude do injusto e a culpabilidade. A conseqüência jurídica do crime deve ser suficiente a prevenção e retribuição do delito. 
 Principio da Humanidade 
Proíbe a aplicação de penas insensíveis, dolorosas, reforçando assim as regras de direitos humanos. 
Principio da Proibição da Dupla Valoração 
Formalmente, não há possibilidade de 2 processos serem instaurados para julgamento do mesmo fato. Materialmente esse principio veda 2 condenações pelo mesmo fato. Por fim, impede ainda que o condenado pague em duplicidade a condenação criminal (execução penal)
Espécies de Pena 
A C.F indica as espécies de pena a serem reguladas em lei, adotando, entre outras, as seguintes: 
 	 a)Privação ou Restrição de liberdade: característica marcante do D.P que opera com exclusividade nessa modalidade de sanção (exceção art. 733 cpc).
b)Possibilidade de retirar patrimônio licito do condenado: Espécie de pena restritiva de direito.
c)Pena de Multa: valores pagos pelo condenado ao fundo penitenciário. A pena de multa utiliza o critério denominado “dias-multa”.
d)Prestação social alternativa: Prestação de serviço a comunidade.
e)Suspensão ou Interdição de direitos: Ocorre para privar o condenado ou suspende-lo do exercício de alguma prerrogativa. Ex: suspensão do direito de dirigir. 
A C.F não utiliza um rol taxativo, ou seja, a legislação infraconstitucional pode regulamentar a matéria desde que não haja prejuízo as vedações constitucionais. 
a)Não pode haver pena de morte, salvo no caso de guerra declarada. Nesse caso, a execução é por fuzilamento (código penal militar) 
b)Pena de caráter perpetuo: A C.F veda essa modalidade e o código penal estabelece o limite de 30 anos. 
c)É proibido trabalho forçado: Não é possível confundir essa vedação com o instituto denominado remição, direito subjetivo do condenado, de remir parte da sua pena pelo trabalho ou pelo estudo. 
d)Pena de banimento: Não se admite o banimento dos brasileiros natos e naturalizados, contrariando as regras das legislações anteriores.
 
 1)Deportação: ocorre nos casos de ingresso irregular de estrangeiros ou de ingresso regular com permanência irregular.
2)Expulsão: retirada compulsória do estrangeiro nocivo aos interesses nacionais.
3)Extradição: trata-se da colaboração entre estados no combate a criminalidade. A extradição decorre de um tratado que permite que um acusado ou condenado seja levado a outro Estado para responder o crime ou cumprir a pena. 
OBS: é obrigatória a observância dos direitos humanos. 
e)cruéis: não se admite sanções desumanas, prejudiciais aos direitos humanos.
		 Cominação das Penas
 a)Isoladamente: Nessa modalidade só há previsão da pena privativa de liberdade. Ex: art. 121
 b)Cumulativamente: Pena privativa de liberdadee multa. Ex: art. 155 e 168
 c) Alternativamente: pena privativa de liberdade OU multa. Ex: art. 147
	Pena Privativa de Liberdade 
-Reclusão: F- SA -S
-Detenção: SA - A
Diferença ente os dois: 
a)A reclusão viabiliza a aplicação do regime inicial fechado, semi aberto e aberto. Em relação aos crimes hediondos vigorava inicialmente o regime integralmente fechado. Esse entendimento também foi considerado nocivo a individualização da pena de modo que o condenado a crime hediondo pode iniciar o cumprimento de pena em qualquer regime. 
b)Efeitos secundários da condenação: Nos crimes punidos com reclusão o condenado perde o exercício do pátrio poder da tutela e curatela(ação de representação). Nos crimes punidos com detenção não há essa conseqüência. 
c)Medida de segurança: 
d)O condenado a reclusão e a detenção deve cumprir primeiro aquele. Art. 69 e 76
e)Interceptação telefônica: lei 9296/96
-Prisão Simples (também ta relacionado a pena privativa de liberdade)
Características:
a)Deve ser cumprida sem o rigor penitenciário 
b)A prisão simples só admite os regimes abertos e semi abertos.
Obs: jamais pode ser submetido a regime fechado
c)O condenado não pode cumprir a pena junto a condenados a reclusão e detenção.
d)O trabalho é facultativo. 
A prisão simples é conseqüência jurídica para pratica de contravenções penais. 
-Prisão Especial
Art.295 do CPP
Só pode durar ate o transito em julgado da sentença penal condenatória 
CPP é regra geral
A prisão especial pode ser regida por legislação especifica 
Sistemas
*Filadélfia: também denominado de Solitary System, o preso cumpre a pena isolado em sua cela, sem qualquer contato com os demais.
*Auburn: Nesse sistema, o preso permanecia isolado durante o periodo noturno e durante o dia realizava trabalhos em silencio. 
OBS: não era permitido dialogo entre os presos. 
-tem origem americana e teve inicio em 1816.
*Progressivo: Também denominado de sistema inglês, permite a passagem do regime mais rigoroso para o menos rigoroso. 
 Obs: se aplica também aos crimes hediondos. 
-não se admite progressão por saltos (Fechado direto pro aberto)
Regras do Regime Fechado 
a)A pena deve ser cumprida em estabelecimentos de segurança máxima ou media. 
b)O dormitório do preso deve conter: aparelho sanitário, lavatório, ambiente saudável com acesso a ventilação, sol e área mínima de 6 metros quadrados. (art. 88 da LEP)
Se a unidade for feminina deve haver uma ala para gestantes e parturientes bem como creche para crianças maiores de 6 meses e menores de 7 anos 
As unidades devem ser construídas em locais afastados dos centros urbanos.
O regime fechado obriga o condenado a realização do exame criminológico.
O trabalho pode ser realizado no interior das unidades e fora delas(desde que em obras publicas)
Regras do Regime Semi Aberto
Art. 33 parag. 1 aliena b
a)A pena deve ser cumprida, em colônias penais agrícolas, industriais ou estabelecimentos similares 
b)O exame criminológico não é obrigatório, mas pode ser determinado pela autoridade. O preso trabalha durante o dia e é recolhido a cela durante a noite. É possível o trabalho fora das unidades penais bem como a saída para estudo e curso profissionalizante 
c)Os presos de regime fechado e semi aberto não são regidos pela CLT 
Regime Aberto 
Art. 33 parag. 1 alínea c
a)Regime aberto é cumprido em casa de albergados 
a)As casas de albergados devem ser construídas próximo ao centro urbano distante das outras unidades penais, sem qualquer obstáculo físico que dificulte o exercício do direito de liberdade.
c) O trabalho do preso é regido pela CLT 
Regime
	Inicial
A fixação do regime inicial depende dos seguintes elementos :
Natureza do crime: se o crime é punido com reclusão são admitidos os três regimes. Se for punido com detenção somente dois ( semi aberto – aberto)
Quantidade de pena: Penas superiores a oito anos ( regime fechado)
		Penas superiores a quatro até oito: regime (semi aberto)
	Penas iguais ou inferiores a quatro anos regime aberto
OBS: A PREVISÃO DOS PARÁGRAFOS NÃO PODE CONTRARIAR A PREVISÃO DO CAPUT
Reincidência: É a prática de um novo delito após o trânsito em julgado de outra condenação criminal. Se for condenado por esse delito e não havendo (período de curador – 5 anos) o réu será considerado reincidente.
O artigo 59 inciso 3 auxilia na fixação do regime inicial, por essa razão, de forma subsidiaria pode ser utilizado para fixação do regime inicial desde que seja respeitada a regra do caput.
Decisões motivadas artigo 93 inciso IX
Os crimes hediondos se sujeitam às regras de fixação do regime inicial previstas no código 
Prisão domiciliar: É a possibilidade do sentenciado recolher-se a sua residência para cumprir a pena imposta. Essa medida é possível quando: 
Condenado em regime aberto com mais de setenta anos
Condenado portador de doença grave
Quando o condenado possui o filho menor ou dependente com deficiência mental 
Para condenada gestante: Para a fonte legislativa a prisão domiciliar esta vinculada a um regime aberto. Para a jurisprudência o STJ e STF, tal beneficio pode ser aplicado ao regime semi aberto e fechado
PROGRESSÃO 
	A progressão de regime representa a passagem do regime mais gravoso para o regime menos gravoso. Está condicionado ao cumprimento de parte da pena imposta bem como um mérito do condenado (bom comportamento carcerário).
	Trata-se de atribuição do diretor do estabelecimento, que, mediante processo administrativo disciplinar, informará o juiz a prática de falta (decreto estadual 1276/95 EP-PR).
Requisitos 
Objetivo – 1/6 geral 
 2/5 primário 
 Hediondos 
 3/5 reincidente 
Subjetivo – trata-se do bom comportamento carcerário atestado pelo diretor do estabelecimento penal. 
-Processo administrativo disciplinar
Celular- falta grave – 6 meses 
Devem ser assegurados ao reeducando o respeito dos direitos de garantias fundamentais (ampla defesa, contraditório e devido processo legal) 
Obs: com relação aos crimes hediondos a progressão era vedada ate 2006. A partir dessa data o STF declarou inconstitucional a vedação e em 2007 a legislação foi alterada, impondo requisitos objetivos específicos.
Antes de 2006 não tinha requisito especifico, crime hediondo mesmo sendo mais grave era 1/6. 
Obs: nos crimes cometidos contra a AD.P é necessário o ressarcimento do prejuízo, se o reeducando possui mandado de prisão por outro, a progressão não será admitida. 
Regressão
Trata-se da transferência do condenado para um regime mais rigoroso de acordo com as hipóteses previstas no art. 118 da LEP. Ao contrario da progressão, a regressão pode ser feita por saltos. Ex: passagem do aberto para o fechado. 
a)pratica de crime doloso: Não é necessário o transito em julgado da sentença penal condenatória, podendo a regressão ser declarada antecipadamente. 
Obs: critica a presunção da inocência.
b)Pratica de fato definido como falta grave (art. 50 LEP e estatuto penitenciário)
c)Quando o reeducando for condenado por crime anterior e a soma das penas tornar incabível o regime que esta em curso.
Remição 
 É o resgate de parte da sanção imposta feita com base no trabalho e/ou estudo do reeducando. A cada 3 dias de trabalho ou a cada 12 horas de estuda, o preso resgata 1 dia. Para o STJ, a remição deve ser considerada como pena cumprida.
Obs:A remição deve ser declarada pelo juiz das execuções penais.
obs: caso o condenado sofra condenação por falta grave, a conseqüência de tal condenação atinge em ate 1/3 o periodo remito.
Livramento Condicional 
Requisito objetivo: 
1/3 para primários em crimes comuns.
Reincidente é ½ em crimes comuns 
2/3 para crimes hediondos (lei 8072/90)
A reincidência especifica pode ser compreendida como: 
a)Violação ao mesmo dispositivo
b) violação de tipos penais que protegem o mesmo bem jurídico-só é possível livramento condicional em penas iguais ou superiores a 2 anos 
Obs: Sumula 441 STJ: a falta grave não interrompe a contagem para livramento condicional 
Obs: o exame criminológico é dispensável lei 10.792/03
-obrigação de reparar o dano causado pela infração penal, salvo impossibilidade de fazer.
Requisitos subjetivos
a)bom comportamento carcerário 
b)bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído 
 -quando o preso não desempenha atividade laboral não há como negar o livramento por esse critério 
c)demonstrar aptidão, de diante trabalho licito para prover sua própria subsistência.
d)o reeducando deve demonstrar que não voltara a Delinquir 
-Duração do livramento condicional: o beneficio se estende durante todo o periodo de prova que vai da cerimônia de concessão do livramento ate o cumprimento total de todas as condições pelo periodo de pena remanescente 
-condições do livramento:
a)obrigatórias: 
 -ocupação licita obtida dentro de um prazo razoável 
 -comunicação periódica ao juiz das atividades realizadas 
 -não mudar da comarca sem previa autorização judicial 
b)condições facultativas: 
 		 -não mudar da sua residência sem comunicar o juiz ou a autoridade responsável pela fiscalização (ex: patronato)
 		 -recolher-se a sua habitação nos horários determinados 
		 -não freqüentar determinados lugares 
-Efeitos da revogação 
 -se a revogação foi produzida pela condenação por crime ocorrido antes da concessão, o periodo de pena será computado em favor do regresso, sendo possível novo livramento condicional quando atendidas as condições exigidas 
-na hipótese de condenação criminal por crime ou violação das condições o tempo de pena não será computado em favor do regresso, sendo vedado ainda novo livramento condicional antes da extinção do primeiro delito. 
******PROVA PARCIAL *****
 - TEORIA DAS PENAS 
 -MOVIMENTOS PENAIS 
FUNDAMENTO 
ETAPAS DE APLICACAO 
PRINCIPIOS 
ESPECIES 
COMINACAO 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
SISTEMAS 
REGIME INICIAL 
PROGRESSAO DE REGIME 
CONTAS
Dosimetria de Pena (2ª PROVA)
O procedimento de aplicação da pena decorre de 3 fases distintas, razão pela qual foi denominado “critério trifásico”. Na primeira fase, denominada de “pena base ou circunstancias judiciais” o juiz recorre a inteligência do art. 59, devendo analisar todos os elementos. 
Obs: Na primeira fase, os limites estabelecidos em lei não podem ser ultrapassados. 
Na segunda fase, denominada de “pena provisória ou agravantes e atenuantes genéricas” o juiz deverá atender aos seguintes dispositivos: 
a)61 e 62 – agravantes genéricas
O rol é taxativo, não é permitido o uso de analogia.
Não existe previsão legal acerca da quantidade, contudo é pacifico a adoção da fração de 1/6, sem prejuízo de outras agravantes, onde o juiz, de forma motivada e proporcional utilizará uma fração maior
Nas agravantes genéricas, o limite Maximo deverá ser observado 
b)Atenuantes genéricas: 65 e 66 (sumula 231 STJ) 
As atenuantes apresentam um rol exemplificativo
Na terceira fase, são analisadas as causas de aumento (majorantes) e as causas de diminuição (minorantes). A terceira fase encontra a previsão na parte geral e especial do código penal, bem como na legislação especifica ou extravagante. 
Obs: Nessa etapa os limites não são respeitados (não tem preocupação com o mínimo nem o Maximo) 
Pena Base
a)culpabilidade: Em sentido amplo, o termo culpabilidade se refere a reprovabilidade. Característica que se estabelece em relação ao fato e ao autor. Trata-se de verdadeiro termômetro, de forma que quanto maior a culpabilidade, maior é a pena. A gravidade em abstrato do delito não legitima o aumento de pena. (Sumula 718 STF). Por fim, parte da doutrina entende que a culpabilidade resulta da interpretação conjunta de todos os demais elementos do art. 59. 
b)Antecedentes: SUMULA 444 STJ e 241 STJ. Inquéritos policiais e ações penais em curso não servem como maus antecedentes. 
Para Paulo Rangel, maus antecedentes são os registros criminais com transito em julgado, ou seja, sentenças condenatórias definitivas. 
c)Papel do condenado na sociedade: é o papel do condenado na comunidade, inserido na família, no trabalho na vizinhança ou escola. 
Ex: um péssimo pai ou marido violento pode sofrer conseqüências negativas. 
d)Personalidade: Pode ser representada pela herança genética de um individuo assim como pela sua convivência e experiências adquiridas em sociedade. 
Ex: preguiça, frieza, maior sensibilidade em relação aos seus pares, maior grau de crueldade. 
e)Motivos: é o pq, razão que conduz o agente para pratica criminosa. Em relação ao homicídio é possível constatar motivações distintas. Na primeira hipótese o individuo mata por piedade, na segunda por crueldade. 
f)Circunstancias do crime: aspectos próximos a pratica delitiva. Ex: crimes cometidos em locais ermos (distantes) 
g) Consequências: são todos os efeitos produzidos pela pratica criminosa. Aqueles que ultrapassam o limite do resultado típico. 
h)Comportamento da vitima: o comportamento da vitima é capaz de influenciar a pratica delitiva. Desse modo, alem da possibilidade de justificar o comportamento, o magistrado deve aferir se o comportamento da vitima foi determinante, aplicando a pena de forma razoável. 
Ex: pessoa que ostenta patrimônio em locais públicos, roupas provocantes e delitos sexuais. 
II – Reincidência
A reincidência se configura pela existência de uma condenação criminal definitiva e, em caráter superveniente uma nova condenação criminal por fato cometido após a primeira condenação.
Verifica-se a reincidência (Art 63 CP e 7° Lei de Contravenções):
a) Crime – No Brasil ou estrangeiro e a prática de outro crime = Reincidência
b) Crime – No Brasil ou Estrangeiro e uma contravenção posterior = Reincidência
c) Contravenção + Crime = Não Reincidente
d) Contravenção + Contravenção = Reincidente
Efeitos da Reincidência
a) Trata-se de agravante genérica.
b) Tornar o regime inicial mais gravoso.
c) A reincidência impede a suspensão condicional da pena
d) A reincidência impede a substituição de pena privativa por restritiva de direito.
e) Aumenta o prazo para o livramento condicional.
f) Aumenta o prazo para a progressão de regime.
g) Interrompe a contagem da prescrição.
h) Impede a transação e a suspensão condicional do processo.
A partir do Livramento Condicional, começa a contagem do período depurador (5 anos)
Para efeito de reincidência é necessário que o crime extinto tenha ocorrido num prazo inferior a 5 anos, do contrário, praticado novo crime após 5 anos da extinção o individuo será considerado tecnicamente primário.
O período de prova do Livramento Condicional e do SURSIS (Art 77 CP) servem simultaneamente como condição do beneficio e como período depurador.
Se o crime anterior for classificado como crime politico ou militar próprio não haverá reincidência. OBS: A reincidência tem caráter personalíssimo
Crime politico: É aquele que atenta contra a organização politica e jurídica de um estado.
II - Por motivo fútil ou torpe:
Fútil: Motivo de pequena importância. Exemplos: Marido que agride a mulher em razão de seu atraso. Agredir o garçom porque o bar vai fechar.
Torpe: Motivo repugnante, que gera asco. Exemplos: Bater no torcedor do time adversário. Agredir a pessoa por motivo de raça, religião, orientação sexual.
A vingança não caracteriza, necessariamente, motivo torpe.
Motivo fútil e motivo torpe não podem ser aplicados em conjunto.
Ciúmes não gera motivação fútil ou torpe. Pode até ser “benéfico”
Art 61 II:
b) Facilitar ou assegurar a execução de um crime: Nesta agravante há uma conexão onde um dos crimes é praticado para que outro delito possa ser praticado. Exemplo: Atear fogo na residência para que a vitima saia e seja vitima de outro crime. Dois crimes + 1 agravante
Ter o agente cometido o crime para assegurar a ocultação, a impunidade ou vantagem:
Exemplo – Ocultação: Colocar fogo a residênciapara impedir que o furto seja descoberto
Exemplo – Impunidade: Os roubadores que ameaçam a vitima para não reconhece-los em audiência
Exemplo – Vantagem: Duas pessoas cometem um roubo porém uma se arrepende e tenta restituir os bens a vitima, passando a ser agredido pelo outro.
c) Traição: É o rompimento de um vinculo de confiança entre autor e vitima
Emboscada: Tocaia, armadilha para surpreender a vitima.
Dissimulação: Pode ser representada por uma ação fraudulenta onde o agente mediante artifícios consegue esconder sua intenção criminosa. Exemplo: Roubador que finge ser funcionário da copel.
Outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido: Há nesse ponto uma espécie de interpretação extensiva, denominada “interpretação analógica” que pode ser reconhecida sem que o evento esteja expresso em lei. Exemplos: Embebedar a vitima, amarrá-la de costas.
d) Emprego de veneno: Veneno – Substancia química que pode gerar lesões ou a morte
Fogo
Explosivo
Tortura
Meio insidioso – É aquele que impossibilita a vitima de perceber que o crime já está ocorrendo. Exemplo: Caco de vidro em alimentos
Perigo comum – É aquele que expõe a risco um numero indeterminado de bens jurídicos (vitimas). Exemplos: Fraudar o freio de um automóvel.
e) Tudo o que for relacionado ao âmbito da violência domestica, Lei Maria da Penha
Se aplica a agravante em relação as pessoas consanguíneas, de parentesco natural.
Em caso de união estável não se aplica a agravante em questão Vedação a anologia em prejuízo do réu
f) Abuso de autoridade – Se relaciona com a curatela, tutela ou interdição, relações jurídicas privadas.
Relação domestica – São aquelas decorrentes do âmbito domestico, incluindo as relações de parentesco. Exemplo: Agredir a babá.
Coabitação – São as pessoas que vivem sobre o mesmo teto de forma não transitória. Exemplo: República de estudantes.
Hospitalidade – Visitante que furta o proprietário da residência
g) Abuso de poder – Relação de direito público. Exemplos: Servidor que agride verbalmente o cidadão que procurava atendimento.
Cargo e oficio – São as pessoas que exercem unções públicas
Ministério – Relacionados a aspectos religiosos. Exemplo: Pastor que se apropria do dinheiro dos fieis. Padre que abusa sexualmente do coroinha.
Profissão – São as atividades que dependem de autorização. Exemplos: Médico que pratica crimes contra suas pacientes. Advogado que se apropria da indenização do cliente
h) Criança – Segundo o ECA, é todo individuo com até 11 anos.
Idoso – Pessoa com mais de 60 anos
Enfermos – É a pessoa que tem a capacidade de reação diminuída.
Mulher gravida – A fase da gestação deve caracterizar que a vitima teve a capacidade de reação reduzida
i) Quando a vitima está protegida pela autoridade
j) Obs geral: o que justifica o agravamento da pena é o fato de que esses crimes foram praticados em situações extremas, denotando maior culpabilidade do agente.
k) Embriaguez preordenada – Pode ser representada pelo agente que bebe para praticar delitos
Art 62, CP – Concurso Eventual, crimes uni subjetivos. Art 29 remete ao 62
I – Trata-se do mentor intelectual, o arquiteto que desenvolve todo o projeto delitivo (Autoria de escritório)
II – Coação – Só é possível reconhecer essa agravante no caso de coação resistível onde o coator tem a pena agravada e o coagido atenuada.
Indução: Pode ser compreendida por incitação, instigação ou persuasão
III – Trata-se da hipótese onde o agente, aproveitando-se da não punibilidade de outrem para o cometimento de crimes. Exemplos: Pai que determina ao filho a pratica de trafico.
Autoria mediata: Usar de alguém para a pratica do crime.
IV – Paga: Receber antes
Promessa de recompensa: Depois
Circunstâncias Atenuantes
Art. 65
I – Menoridade relativa - Se justifica pela ausência do pleno desenvolvimento.
21 anos tempo do crime. 70 anos na sentença.
Se o réu for absolvido em 1° grau e condenado no 2° grau, é possível a atenuante.
Não se reconhece o estatuto do idoso para o idoso criminoso
A menoridade relativa é a mais importante das circunstâncias atenuantes, devendo preponderar em relação a qualquer das agravantes (Jurisprudência)
II – O desconhecimento da lei não isenta o agente de responsabilidade. Entretanto, a ausência de potencial consciência da ilicitude indica que o agente esta em erro (erro de proibição). 
	 Se o erro é inevitável o efeito é a isenção de pena, se evitável a redução da pena.
III a – Valor moral – corresponde a aspectos subjetivos do agente. 
Ex: matar a pessoa que praticou estupro contra a filha menor.
 Relevante valor social – um valor inerente a sociedade 
Ex: destruir equipamentos utilizados no garimpo por serem prejudiciais ao meio ambiente./ invasão ao laboratório de cães para proteger os animais. 
b)Opera seus efeitos na 2ª fase da dosimetria, 
Pode ser reconhecida desde que a reparação ou diminuição do prejuízo seja anterior a sentença 
Pode ocorrer em qualquer crime 
c)coação resistível – a pessoa coagida deve ter a pena reduzida já que sofre interferência do coator
 	 -Obediência hierárquica - a ordem do superior hierárquico deve ser manifestamente ilegal, e hipótese em que superior e subordinado respondem, aquele com a pena agravada e este com a pena atenuada. 
Ex: delegado que determina ao investigador a tortura do preso em seu interrogatório policial. 
-Ato injusto da vitima: nessa modalidade a vitima acaba instigando o comportamento do autor. 
Ex: após a colisão entre veículos a vitima sai do veiculo e passa a chutar o veiculo do autor.
d)confissão: a confissão é um comportamento positivo pós delitivo. A confissão pode ser feita a autoridade policial bem como a autoridade judiciária. Justifica-se a redução pela boa fé do criminoso, pela sua lealdade processual. 
Confissão não é prova absoluta, representa na verdade, uma parte do conjunto probatório. 
-confissão qualificada: ocorre quando o agente confessa a ação com o objetivo de receber alguma excludente. 
Ex: matar em legitima defesa 
e)Multidão em tumulto: a manifestação da multidão é capaz de corromper o padrão normal de comportamento. 
Ex: saque a carga de caminhão capotado. 
Art. 67
Em regra a presença de agravantes e atenuantes pode ser resolvida pela compensação, salvo se presentes aspectos subjetivos (motivos, personalidade e reincidência). 
Nessa hipótese deve preponderar a fixação da pena dando primazia a tais elementos. Ex: João é confesso e reincidente. Solução: não haverá compensação em razão da reincidência. 
OBS: pela jurisprudência a menoridade relativa é a mais importante circunstancia preponderante. 
Prescrição 
Espécies: 
-Pena em abstrato – ainda não tem pena em concreto 
-Retroativa – art. 110
-Superveniente/ intercorrente 
-Antecipada/ virtual/ em perspectiva 
-Prescrição Pretensão Punitiva 
Fato – denuncia – sentença – acórdão 
Ocorre antes do transito em julgado da sentença condenatória e o prazo prescricional ditado pela regra do art. 109. A prescrição da pretensão punitiva possui as seguintes espécies: 
a)Prescrição da pena em abstrato: modalidade em que utilizamos o Maximo da pena prescrita em abstrato, combinada com o art.109. De posse do prazo prescricional verificamos a sua ocorrência entre o fato e o recebimento da denuncia e a sentença. 
b)Prescrição retroativa: nesta modalidade utilizamos a pena aplicada na sentença também combinada com a regra do art. 109. De posse do prazo prescricional verificamos a sua ocorrência da sentença ao recebimento da denuncia e do recebimento da denuncia ao fato. Em maio de 2010 a legislação foi alterada para impedir a ocorrência da prescrição retroativa em data anterior ao recebimento da denuncia 
c)Prescrição Superveniente/ intercorrente: nessa modalidade a pena aplicada na sentença em conjunto com o art.109 indicam o prazo prescricional que deve ser identificado da sentença em diante 
d)Prescrição virtual: Modalidade na qual é feita uma projeção da pena que seria aplicada na hipótese defutura condenação. Se o 109 indicar um prazo prescricional já exaurido seria possível o reconhecimento da prescrição virtual (impedimento sumula STJ 438) 
Causas Suspensivas da Prescrição 
Suspensão condicional do processo: Durante o periodo de prova o prazo prescricional permanece sobrestado ou paralisado. 
Art. 366 CPP: Caso o réu não compareça e não nomeie advogado após a citação editalicia poderão ser tomadas as seguintes medidas: (ATENCAO) 
I - antecipação da produção de provas consideradas urgentes. 
II – A suspensão do processo e da prescrição 
III – A decretação da prisão preventiva nos termos do art. 312 do CPP 
c)art. 368 CPP: nessa modalidade a citação é feita por carta rogatória, ficando suspensa a prescrição durante o procedimento de citação.
d)Art. 53 § 3º e 5º CF/88
OBS: Na hipótese de concurso de crimes o calculo da prescrição deve ser feito isoladamente sem que haja o acréscimo do cumulo material ou exasperação. Importante ainda, destacar que os crimes menores prescrevem com os maiores (art. 118 e 119) 
-Prescrição Pretensão Executória
Ocorre após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, atingindo somente a pena principal, mantendo íntegros outros efeitos. Ex: dever de indenizar a vitima, reincidência e maus antecedentes. 
a)Termos iniciais: 
 1)TJ para a acusação 
 2)Da data de revogação, sursis ou livramento condicional 
A decisão que revoga o sursis é marco inicial para contagem da prescrição. O tempo de prescrição é determinado pela pena imposta sem qualquer desconto.
 Na hipótese de cassação do sursis pelo não comparecimento do réu ou pela não aceitação das condições, o termo inicial é a data do trânsito em julgado para a acusação. 
No caso de livramento condicional revogado por fato posterior o periodo de liberdade não deve ser computado no calculo da prescrição. Se o fato gerador da revogação for anterior, o periodo de liberdade é utilizado na contagem da prescrição 
3)Da data em que se interrompe a execução, salvo quando o periodo de pena deva ser computado em favor do condenado. 
 Causas Interruptivas da Prescrição 
a)inicio ou a continuidade no cumprimento da pena 
b)reincidência 
 -a reincidência possui duplo efeito na prescrição executória. O primeiro ocorre nos altos onde a reincidência é reconhecida, aumentando em 1/3 o prazo prescricional. 
 O segundo efeito da reincidência é a interrupção da contagem da prescrição do delito anterior 
c)Causa Suspensiva da Prescrição 
A prescrição não corre quando o condenado esta preso em outro processo (por outro motivo) 
Ação Penal 
-Procedimento Judicial iniciado pelo titular da ação penal diante da presença de indícios de autoria e materialidade delitiva, com o objetivo de declarar judicialmente a responsabilidade criminal do réu. 
 -Condições da Ação 
	 a)Legitimidade de partes: a relação jurídica envolve a participação do sujeito ativo (responsável pela propositura da demanda) MP – publico ADV- particular e sujeito passivo (aquele que sofre os efeitos da demanda) 
 b)Interesse de agir: trata-se da justa causa, lastro probatório capaz de justificar a existência do processo. 
 c) possibilidade jurídica do pedido: o pedido de condenação deve ser feito com base a um fato típico (principio da legalidade) 
-Condições de procedibilidade 
Só pode prosseguir diante dessas condições
 a)Representação da vitima – manifestação do ofendido autorizando a percercurcão(investigação) criminal. 
b)Ingresso do acusado no território nacional: trata-se da hipótese de extraterritorialidade, vistas nos parágrafos 2 e 3 do art. 7 do CP 
c) Autorização da câmara dos deputados para a instauração do processo. Presidente da República, vice presidente e os ministros de Estado, competência do STF. Sucessão 
 
 -Espécies de ação penal 
Pública - condicionada - representação 
	 - incondicionada - não precisa de representação
Privada - exclusiva: também denominada de privada propriamente dito, que admite sucessão no caso de morte do ofendido (art. 37 do CPP) 	
	 -personalíssima: não admite sucessão (art. 236 do CPP) 
	 -Subsidiaria da pública: trata-se de um direito fundamental que assegura ao ofendido a possibilidade de ajuizar queixa crime substitutiva da denuncia. Tal hipótese só pode ser confirmada pela inércia do MP, situação em que exaurida o prazo para o oferecimento da denuncia tem inicio o prazo 6 meses. 
Penas Restritivas de Direito 
	Trata-se de uma modalidade de punição que busca soluções alternativas para que o condenado não seja submetido a pena de prisão. Tem por finalidade evitar os malefícios decorrentes da prisionizac
 -Características: 
1)Autonomia: as penas restritivas de direito não devem ser consideradas penas acessórias.
2)Substitutividade: as penas restritivas de direito substituem a pena privativa de liberdade. 
3)Precariedade: possibilidade de reconverter a pena restritiva de direito em privativa de liberdade. 
 -Requisitos: ATENCAO PROVA 
Requisitos a, b e c são objetivos
Requisito d é subjetivo
a) a pena aplicada não pode ser superior a 4 anos 
Se o crime for culposo não há limite de pena 
b)o crime não pode ter sido cometido com violência ou grave ameaça a pessoa 
c)reincidência 
d)as circunstancias judiciais devem indicar que a substituição é favorável 
OBS: trafico de drogas em penas restritivas de direito
O STF pacificou o atendimento a cerca da possibilidade da substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direito no caso de trafico de drogas.
OBS: Crimes cometidos com violência ou grave ameaça da competência dos juizados criminais 
Se o crime for considerado de pequeno potencial lesivo (ate 2 anos) a substituição é admitida.
OBS: Não se admite pena restritiva de direito nos crimes previstos pela lei Maria da Penha 
Deve haver lesão real, como a física por acaso 
Regras para substituição
I – Se a pena for igual ou inferior a 1 ano a substituição poderá ser feita por multa ou restritiva.
II – Se a pena for superior a 1 ano a substituição será por duas restritivas de direito ou uma restritiva e multa.
Duração
Em regra as penas restritivas de direito tem a mesma duração da pena privativa de liberdade. Excepcionalmente, algumas modalidades admitem a extinção antecipada. Exemplo: Prestação pecuniária.
Penas Restritivas em Espécie:
- Prestação Pecuniária Art 45 §1: A ordem de sucessão é preferencial, razão pela qual deve ser atendida. O não pagamento do valor estipulado implica na reconversão da pena restritiva na pena privativa de liberdade. O prazo de duração desta modalidade pode ser reduzido de forma significativa já que o pagamento do valor é causa de extinção do processo ou de detração penal.
O pagamento realizado pode ser utilizado para reduzir o valor de futura indenização. Por fim não se aplica prestação pecuniária a lei Maria da Penha.
- Perda de bens ou valores: Modalidade na qual o juiz declara o perdimento de bens ou valores do condenado. Os valores ou o patrimônio pertencem de forma legitima ao condenado (Licito) devendo ser repassado ao Fundo Penitenciário Nacional.
O valor é determinado:
a) Montante do prejuízo causado pelo agente
b) O lucro obtido pelo agente ou por terceiro.
- Prestação de serviço a comunidade: Atividade laboral, tarefas gratuitas realizadas pelo condenado e estabelecimentos assistenciais como hospitais, escolas, orfanatos etc. A adoção dessa espécie deve ser feita em condenações superiores a 6 meses e o condenado deve cumprir 1 hora de tarefa por dia de condenação. Devem ser respeitadas as aptidões do condenado sendo facultado o cumprimento antecipado no caso de pena superior a 1 ano, no limite de 50% da pena imposta.
- Interdição temporária de Direitos: Proíbe o condenado de exercer determinados direitos pelo prazo correspondente a sua condenação criminal. Exemplos: Proibição do exercício de cargo ou função pública, proibição do exercício de atividade, oficio ou profissão. Suspensão da autorizaçãopara dirigir veiculo automotor. Proibição de participação em concurso público.
- Limitação de fim de semana: Obrigação do condenado de permanecer 5 horas nos sábados e domingos em casa de albergados
Prova Parcial dia 06/06
Majorantes e Minorantes, Prescrição e Decadência.
Pena de Multa
Trata-se de pena patrimonial consistente na entrega de dinheiro ao fundo penitenciário.
Diferenças entre prestação pecuniária e multa:
1 – Na prestação pecuniária os valores são pagos a vitimas.
2 – Na prestação pecuniária o valor é descontado de futura indenização no civil. Já a pena de multa não serve para abater futura indenização.
3 – O descumprimento da prestação pecuniária implica no retorno da pena privativa de liberdade. O inadimplemento da multa implica em processo de execução fiscal.
Regras para a fixação
I – Inicialmente o juiz deverá encontrar o número de dias-multa, no mínimo de 10 e no máximo de 360 dias-multa
II – Nesse momento o magistrado deve fixar o valor de cada dia-multa, não podendo ser inferior a um trigésimo do salário mínimo nem superior a 5 salários mínimos. Depende da situação econômica do réu. OBS: Se o valor for insuficiente diante da fortuna do réu o juiz poderá triplicar Art 60.
Multa VS Multa substitutiva
Multa: Trata-se da sanção pecuniária prevista no preceito secundário do tipo penal incriminador. A pena de multa pode ser a única sanção ou ainda ser aplicada de forma alternativa ou cumulativa.
Multa substitutiva: Representa a substituição da pena privativa de liberdade pela multa. O art 60 §2 foi revogado tacitamente já que a multa pode ser aplicada em substituição a pena privativas de liberdade de até 1 ano.
Atualização do valor da multa
A multa deve sofrer correção monetária fixada pelo juiz desde a data da infração penal, ou seja, antes do pagamento os valores devem ser atualizados. Súmula 43 do STJ
A competência para cobrança da multa é da Fazenda Pública.
Suspensão Condicional da Pena
Trata-se de beneficio, direito subjetivo do condenado em cumprir a pena de modo alternativo, atendendo as condições impostas pelo juízo por tempo determinado (Período de prova)
Sistemas
a) Anglo Americano: Advinda dos EUA. Brasil recepcionou através da Lei 9099/95 Suspensão Condicional do Processo, Art 89. Nesse sistema o juiz reconhece a existência de provas mas não condena o acusado.
b) Belgo-Francês: Nesse sistema o juiz condena o réu, mas suspende a execução da pena (Sursis da pena)
Requisitos Objetivos
a) Penas privativas de liberdade de até 2 anos. Não há sursis da pena em relação as penas restritivas do direito e multa. A medida de segurança também não é alcançada pelo sursis. (Ausência de previsão legal)
b) Que não seja possível a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direito
Exemplos que autorizam o Sursis: Hipóteses de lesões corporais e homicídio simples na forma tentada
Requisitos Subjetivos
a) O réu não pode ser reincidente. Se a condenação anterior for a pena de multa o sursis pode ser aplicado.
b) As circunstancias judiciais (Culpabilidade, Antecedentes, Conduta social...) devem autorizar a substituição. Súmula 444 Maus antecedentes são aqueles a condenação é definitiva.
Obs: Sursis e tráfico de drogas – Em resumo o tráfico de drogas admite a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito, razão pela qual a aplicação do sursis se torna inviável.
Espécies de Sursis
- Sursis simples: Não há conceito na legislação, mas a doutrina indica o sursis simples para os casos onde o condenado não reparou o dano ou onde as circunstâncias judiciais não forem favoráveis
- Sursis especial: Aplicado nos casos onde o condenado reparou o dano ou demonstrou impossibilidade de faze-lo e onde as circunstâncias judiciais forem integralmente favoráveis.
- Sursis etário e humanitário: No primeiro caso a suspensão da pena pode ser reconhecida em penas não superiores a 4 anos para condenados com idade superior a 70 anos. Nesse caso o período de prova é maior, de 4 a 6 anos. No sursis humanitário o fato gerador é a ocorrência de doença grave ou invalidez.
Causas de revogação
Obrigatória:
a) Condenação definitiva pela prática de crime doloso: Não importa se o fato é anterior ou posterior a concessão do beneficio.
b) Frustrar a execução da pena de multa – Revogação tácita deste dispositivo (Art 81 II). O não pagamento da pena de multa gera processo de execução
c) Não reparação do dano provocado pelo delito, sem justificação. Caso ocorra esta hipótese, o condenado deverá ser ouvido previamente.
d) Descumprir a prestação de serviços a comunidade ou a limitação de fim de semana, no primeiro ano do período de prova.
Facultativa:
a) Condenação por crime culposo ou contravenção penal
b) Não cumprimento das condições fixadas no Sursis simples ou no Sursis especial.
Prorrogação do período de Prova
Se o condenado, durante o período de prova, passa a ser processado por crime ou contravenção penal, considera-se prorrogado o período de prova.
Na hipótese de condenação definitiva, os efeitos são retroativos, revogando o Sursis e obrigando o condenado ao cumprimento integral da pena.
Diferenças entre o Sursis da pena e o Sursis Processual
Sursis da pena – Art 77 CP e Sursis Processual – Art 89° Lei 9099/95
Sursis da pena: Depois da Sentença (Condenatória) – Sursis Processual: Antes da sentença
Sursis da pena: Gera consequência criminais – Sursis Processual: Não há consequência criminais
Medidas de Segurança
Trata-se de sanção penal fundada na periculosidade, aplicada pelo juiz da sentença aos inimputáveis e ao semi imputáveis para que não voltem ao delinquir.
Diferenças entre M.S e a Pena
Medida de segurança tem caráter preventivo (Prevenção Especial)
A pena possui caráter preventivo e retributivo (Teoria Mista)
A Medida de segurança se baseia na periculosidade / Perigosidade
A pena é pautada em culpabilidade
A Medida de segurança tem prazo indeterminado
A pena tem prazo determinado
A Medida de segurança se destina aos inimputáveis e ao semi imputaveis perigosos
A pena se destina aos imputáveis e ao semi imputáveis não perigosos.
Sistemas
Duplo Binário: Permite a aplicação cumulativa de pena e M.S
Vicariante: Só admite uma espécie, ou pena ou M.S
Pressupostos para a aplicação da Medida de Segurança
a) Pratica de comportamento típico e antijurídico
b) Comprovação da Periculosidade do agente – Se o acusado é inimputável a periculosidade é presumida. Se ele é semi imputável é necessário que o perito ateste a perda parcial da capacidade bem como a periculosidade (Periculosidade Real)
Espécies
Detentiva – Nesta modalidade o individuo fica submetido a internação em hospital de custódia ou estabelecimento adequado.
É submetido a internação aqueles que foram acusados por crimes cuja pena é de reclusão.
É pacifico na jurisprudência o entendimento de que a permanência deste individuo em cadeia pública caracteriza constrangimento ilegal, sanável via habeas corpus.
É possível ainda a internação em hospital privado.
Restritiva – Modalidade na qual o individuo comparece regularmente a estabelecimento médico para tratamento psiquiátrico. Na Medida de Segurança Restritiva é aplicada ainda tratamento multidisciplinar (Psicólogos, Serviço Social, Pedagogia etc). Se destina aos crimes punidos com detenção.
Duração
Com relação ao prazo mínimo o juiz poderá fixa-lo num período que varia de 1 a 3 anos. A pericia medica será realizada ao termino do prazo mínimo, sendo repetida anualmente, ressalvada a possibilidade de realização do exame, por determinação judicial a qualquer tempo.
Em relação ao prazo máximo, o STF fixou o limite de 30 anos (Art 75 CP)

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