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Civil 2p2

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Civil 2	p2 
Fraude contra credores. 
Conceito; A fraude contra credores e um defeito no negocio jurídico , um vicio social , sendo uma manobra maliciosa do devedor , que aliena ( diminui) o seu patrimônio com o objetivo de não pagar os seu(s) credor(es), e o patrimônio do devedor responde pelas suas dividas sendo uma garantia do credor , se o devedor alienar seu patrimônio , o credor não poderá cobra o seu credito pois o que garante o pagamento da divida é o patrimônio do devedor , assim , ao alienar o seu patrimônio, o devedor se torna insolvente , pois não tem patrimônio suficiente para garantir o pagamento de suas dividas , e para evitar que isso ocorra o credor vai ajuizar uma ação pauliana com o objetivo de anular os atos fraudulentos cometidos pelo devedor retornam para o seu patrimônio para pagamento de suas dividas , e somente o credor quirografário ( É o credor que não possui uma garantia real, o credor que possui uma garantia real deve executar a própria garantia para receber seu credito , já o quirografário , como não possui garantia real , terá que executar os bens que integram o patrimônio do devedor para receber o seu credito ) pode ajuizar uma ação pauliana 
São requisitos da fraude contra credores:
Subjetivos a má-fé também do adquirente, trata-se do conluio fraudulento. Deve haver intenção de prejudicar para ilidir os efeitos da cobrança. O consilium fraudis (elemento subjetivo), elemento subjetivo dispensa a intenção precípua de prejudicar, bastando, para a existência da fraude, o conhecimento da insolvência pelo outro contratante (este age de má fé). De certa forma também se protege o adquirente que agiu de boa-fé, que não tinha conhecimento da insolvência ou de sua possibilidade.
Objetivo :é ato prejudicial ao credor, por tornar o devedor insolvente ou por ter sido realizado em insolvência. É a própria insolvência. O eventus damni (elemento objetivo), prejuízo decorrente da insolvência, existe sempre que o ato for a causa do dano, tendo determinado a insolvência. Necessita estar presente para ocorrer a fraude tratada, sem o prejuízo não existe legítimo interesse para a propositura da ação pauliana.
Ação pauliana 
É uma ação que tem por finalidade tornar ineficaz o ato ou negócio viciado por fraude contra credores, anula-se o negócio, proporcionando que o bem negociado retorne à massa patrimonial do devedor, beneficiando em síntese, todos os credores. Pressupostos da ação pauliana: ser o crédito do autor anterior ao ato fraudulento; que o ato que se pretende revogar tenha causado prejuízo; que haja a intenção de fraudar, presumida pela consciência do estado de insolvência; pode ser intentada contra o devedor insolvente, contra a pessoa que com ele celebrou a estipulação fraudulenta, ou terceiros adquirentes que estejam de má-fé; a prova da insolvência do devedor. Perdem os credores a legitimação ativa para movê-la se acorrer a hipótese do artigo 160 do CC:
Requisitos da Fraude contra credores
São requisitos da fralde contra credores e da procedência da ação paulina a 1 anterioridade do credito, 2 eventus damni e 3 consilium fraudis 
1 anterioridade do credito : O credito do credor tem que ser anterior á realização dos atos fraudulentos cometido pelo devedor , primeiro tem que haver o credito , para depois haver o ato de fraude contra os credores e se o devedor alienar o seus bens antes de contrair a divida , não há que ser falar em Fraude contra credores pois sequer havia credito. Art.158 
,2 eventus damni: fica caracterizado quando o ato fraudulento , que se pretende anular, causou a insolvência do devedor e trouxe dano ao recebimento do credito , o importante é comprovar que os atos de alienação dos bens , realizados pelo devedor, causaram a insolvência do devedor e que , por este motivo, houve a frustração do credor em receber o seu credito 
 3 consilium fraudis : É a consciência , ou a previsibilidade , de que se está fraudando seus bens e o adquirente desse bens também age de má-fé pois tem ciência da insolvência do devedor, e com isso as partes agem em conluio fraudulento objetivando fraudar o credor 
Os negócios ordinários realizados pelo devedor insolvente , para manutenção de seu negocio ou de sua família , não são considerados fraude contra credores, pios não vislumbra o consilium fraudis . art 164 
. Atos de fraudes contra credores 
E um ato malicioso aonde o devedor que aliena o seu patrimônio com o intuito de fraldar os credores, são 5 atos que o devedor pode fazer para fraudar os seus credores , são :
1 transmissão gratuita de bens 
Art.158CC Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
A transmissão gratuita de bens ocorre quando o Devedor insolvente transfere gratuitamente (doa ) seus bens para outra pessoa com objetivo de não pagar os credores , nas transmissões gratuitas a má-fé e a intenção de fraudar são presumidas , como espécies de atos de transmissão gratuito de bens a doação e renúncia da herança 
2 remissão de dividas 
Remissão de dividas é o perdão da divida , aonde o devedor insolvente , para não pagar os credores perdoa um crédito que tem a receber, ou seja perdoa uma divida de um terceiro quem é insolvente não pode perdoar créditos a receber , pois isso aliena seu patrimônio e prejudica os credores . o devedor deve receber os créditos e pagar os seus credores 
3 transmissão onerosa 
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
A transmissão onerosa fraudulenta de bens ocorre quando o devedor insolvente transfere onerosamente seus bens para outra pessoa com o objetivo de não pagar os credores , nas transmissões onerosas , a má-fé e a intenção de fraudar somente serão presumidas se o adquirente tivesse ou devesse ter conhecimento da insolvência do devedor e a insolvência for notória nas transmissões onerosas , o negocio jurídico somente será anulado se ficar comprovada a má-fé do adquirente dos bens , pois os direitos do adquirente de boa-fé deverão ser preservados
4 Pagamento de dividas não vencida 
Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.
Quando o devedor insolvente realiza o pagamento de uma divida não vencida ele está favorecendo um credor e prejudicando os demais credores , por este motivo o ato é considerado fraude contra credores. O credor que recebeu o pagamento antecipado deverá devolver em juízo os valores recebidos para que seja partilhado entre os demais 
5 Atribuição de garantias de dividas 
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.
Na atribuição de garantias de dividas, o devedor insolvente não transfere os seus bens para outra pessoa, os bens do devedor continuam em seu nome no entanto ele oferece garantias preferenciais sobre esses bens pra terceiros , em detrimentos dos credores pois ele sabe que os credores quirografários não terão preferencia sobre os credores preferencias
Invalidade do negócio jurídico 
A Invalidade do negócio jurídico que trata dos atos nulos e aluáveis art 166 ao184, a Invalidade do negócio jurídico quer dizer que o negocio jurídico deixará de ter validade, não surtira ou deixará de surtir efeitos , a invalidade ocorre quando existe um vicio não NJ, esse vicio pode ocorrer por vários motivos como por exemplo o NJ não foi realizado com o consentimento livre ou esse NJ foi realizando para prejudicar terceiros, e quando ocorre o vicio no NJ a norma jurídica impõe uma sanção que é a invalidade do negócio , essa invalidade é a sanção impostapela norma jurídica ao negocio jurídico realizados como vicio para impedir que o negocio produza efeitos , o vicio grave a nulidade é absoluta um ato nulo , aonde todo o NJ vai ser invalidado, pois o vicio é de interesse da sociedade , já o ato anulável o vicio e relativamente grave pois só ira atingir uma parte do NJ vai ser invalidado , pois se trata do interesse dos particulares , e a invalidade do negocio jurídico será decretado pelo Juiz e somente produzirá efeitos após a sentença.
Requisitos da Fraude Contra Credores
Os requisitos da fraude contra credores e da procedência da ação pauliana são: 
1 anterioridade do credito : O créditos do credor tem que ser anteriores á realização dos atos fraudulentos cometidos pelo devedor aonde deve haver o credito , para depois haver o ato de fraude , e se o devedor alienou seus bens antes de contrair a divida , não há que se falar em fraude pois se quer havia credito. 
Art. 158. § 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
 2 Eventus damni 
Eventus damni fica caracterizado quando o ato fraudulento que se pretende anular , causou a insolvência do devedor e trouxe dando ao recebimento do credito do credor , o importante é comprovar que os atos de alienação dos bens , realizados pelo devedor causaram a insolvência do devedor e que , por este motivo , houve a frustração do credor em receber o seu créditos 
3 Consilium fraudis 
Consilium fraudis é a consciência ou a previsibilidade ,de que está fraudando um credor , o devedor age de má-fé , pois tem ciência da insolvência do devedor , as partes agem em conluio fraudulento, objetivando fraudar o credor “ deveria ter ciência “ porque a pessoa é muito próxima do devedor, como: um sócio, o cônjuge , um filho, o pai , a mãe etc.
Negocio ordinário , realizados pelo devedor insolvente , para manutenção de negocio ou de sua família , não são considerados fraude contra credores , pois não se vislumbra o Consilium fraudis
Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.
 A invalidade do NJ pode ser alegada dependendo se o negócio jurídico contiver nulidade absoluta ou se ele contiver uma nulidade relativa , e se o negócio jurídico contiver uma nulidade absoluta a nulidade poderá ser alegada por qualquer interessado, pelo MP e pelo juiz de oficio 
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes isso é atingindo todas as partes do contrato erga omnes, pois ele não devera gerar nenhum efeito e deverá desaparecer da ordem jurídica , já o negócio jurídico contiver uma nulidade relativa a anulabilidade poderá ser alegada somente pela pessoa interessada ou seja a pela parte que tenha sido atingida pelo vicio existente no negocio jurídico pois é de interesse individual isso e a declaração de anulabilidade somente atingirá as partes do contrato quem alegaram a nulidade relativa , pois o interessado é meramente individual. E se a obrigação for solidária ou o objeto for indivisível, a decretação da anulabilidade do NJ atinge todas as partes do contrato , pois não terá como anular o contrato para um e não anular para o outro , já que a obrigação é solidaria ou o objeto indivisível 
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. 
Confirmação do Ato Anulável 
Confirmar um NJ significa ratificar, manifestar a vontade de manter o negocio mesmo tenho ciência do vicio que incide sobre o negócio, a pessoa sabe que o NJ possui um vicio, mas decide manter o negócio, o ato nulo , por não surtir efeito , não pode ser confirmado pelas partes e nem ser sanado pelo juiz 
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo. 
Art.168 Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes
Se tratando de um ato nulo , a parte não poderá confiram o NJ e, ainda , não poderá requerer ao juiz que supra a nulidade , pois o ato nulo não deverá produzir efeitos já o ato anulável pode ser confirmando e, após se confirmado ele deixará de ter vicio que o inquinava , são dois tipos de confirmação ; a confirmação expressa e a tácita 
A confirmação expressa Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo. No art.173 exige a que a pessoa manifestada expressamente a vontade de manter o negócio mesmo sabendo do vicio existente e a manifestação de deve ser clara e inequívoca no sentido de manter o negócio jurídico, podendo ocorre pelas partes , pelo assistente da parte nos caso do relativamente incapaz e por terceiros art.176 Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado se este a der posteriormente. Já a tácita a parte pode confirmar expressamente o NJ , mas o código civil também admite a possibilidade de a parte confirmar tacitamente o NJ anulável art.174  É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava. 
Não caso da confirmação tácita a parte não confirma expressamente que pretende manter o negocio jurídico , mas os atos dela pressupõem que ela pretende manter o negocio mesmo sabendo do vício , a pessoa cumpre o contrato sem reclamar , mesmo sabendo que há um vicio no negocio.
Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse o devedor. Isso que dize que se a parte confirma expressamente ou tacitamente o NJ não poderá mais requerer a anulação do contrato ou qualquer indenização e caso haja alguma ação judicial , esse será extinta após comprovada a confirmação 
O Tempo e a Invalidade do Negócio Jurídico
No caso do ato nulo a pessoa poderá requer a declaração de nulidade do NJ a qualquer tempo pois o decurso de tempo não faz que o ato nulo se torne valido , não se aplica à declaração de nulidade absoluta os institutos da prescrição e da decadência , por esse motivo diz-se que o ato nulo é imprescritível, no entanto e determinado em varias decisões judiciais a pretensão condenatória que resulta de um ato nulo sofre os efeitos da prescrição 
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
Nos casos de atos anulável sofrerá os efeitos de decadência , sendo assim a pessoa deverá requerer a anulabilidade do ato no prazo previsto em lei.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
Conversão do Ato Nulo
Converter um NJ quer dizer que um negocio jurídico nulo pode ser transformado em um NJ valido de natureza diversa 
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessemprevisto a nulidade. Isso trata-se da conversão própria que se as partes assinaram um contrato , por exemplo , e esses contrato é nulo porque não obedeceu os requisitos de vaidade exigidos por lei, esse contrato nulo poderá ser convertido em um outro contrato de natureza diversa, caso ele atenda os requisitos desse outro contrato ,isso ocorre em virtude ao principio de conservação do NJ que tem por objetivo preservar o NJ e a vontade das partes. Há requisitos pra a conversão do ato nulo aonde dependerá que o NJ nulo deverá conter requisitos do outro NJ para o qual se convertido e se o ato nulo não atender os requisitos do negocio jurídico para o qual ele vai ser convertido , não será possível a conversão, ao ser convertido o NJ precisa manter o mesmo objeto material e os mesmo elementos fáticos do negocio jurídico nulo e deve ser mantida a vontade das partes , que se soubessem da nulidade teriam realizado negócio jurídico de forma valida.
Agente Incapaz e a Invalidade do Negócio
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: agente capaz, mas se o agente for incapaz a vaidade do NJ vai depender se o agente for absolutamente incapaz ou se ele for relativamente incapaz, se o agente for absolutamente incapaz o ato será nulo já se o agente for relativamente incapaz o ato será anulável.
Se o agente for relativamente Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou. Quer dizer que a pessoa dos 16 e ao menor de 18 não pode ser beneficiar da própria torpeza , se dolosamente mentiu, ou omitiu , a idade no momento de realizar o negócio jurídico , e se uma pessoa realiza um NJ com um incapaz esse NJ já foi anulado o Art. 181. Diz “Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.” Isso e se o poder judiciário anular um NJ realizado por um incapaz e a outra parte somente poderá reclamar do incapaz, o valor que pagou , se conseguir prova que o valor pago reverteu em favor do incapaz 
O Objeto e a Invalidade do Negócio
No art 104 determina a validade do NJ requer o objeto lícito, possível, determinado ou determinável e já se o NJ for ilícito , impossível ou indeterminado o seu objeto o Art 166 diz que É nulo o negócio jurídico quando: celebrado por pessoa absolutamente incapaz; for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; O objeto do NJ for ilícito , o NJ será Nulo e também os impossíveis e também o objeto pode ser fisicamente impossível e juridicamente impossível e se o objeto for indeterminável o NJ será nulo, indeterminável e quando não estiver especificado o gênero e a quantidade Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
A Forma e a Invalidade do Negócio Jurídico
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. Se a lei exigir nenhuma forma especial o NJ poderá ser feito livremente, da forma que for melhor para os contratantes, as pessoa podem realizar NJ de forma livre mas quando a lei exigir uma forma especial , ai vai ter validade do NJ as pessoas deveram observar essa forma exigida pela lei tendo a validade “forma prescrita ou não defesa em lei.” Como por exemplo o Cheque ; certidão de casamento... E caso não obedeçam, a forma exigida pela lei o NJ será NULO e o negocio deve ser solene pra ter a validade como diz o art.166 É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Em alguns NJ , a lei exige que antes de ser realizado o negocio seja observada uma solenidade especial para a sua validade e essa solenidade faz parte do NJ e se não for observado o NJ será nulo.
O Motivo e a Invalidade do Negócio Jurídico
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
O motivo é a razão que levou uma pessoa a realiza o NJ, esse motivo que a pessoa levou a realizar o negocio jurídico e para sua validade como estão presente no art.104 agente capaz , objeto licito ,possível , determinado ou determinável e forma prescrita ou defesa em lei e então quando uma pessoa realiza um NJ a pessoa não precisa declarar o motivo quando realiza um NJ . E apesar que o motivo não ser elemento essencial para a validade do NJ o art 166 diz que e nulo quando o NJ for de motivo determinante , comum a ambas as partes e for ilícito. 
Quando o motivo for determinante para a realização do NJ ou seja as partes somente realizam o NJ em razão do motivo já no motivo comum de ambas as partes e realizado o contrato do mesmo motivo somente realizaram o NJ tendo em vista o motivo comum e motivo ilícito que diz pelo qual as partes que realizaram o NJ contraria as normas jurídicas, O objeto do NJ não se confunde com o motivo do NJ 
Ato Nulo 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. A própria lei determinar sua nulidade , e diversas vezes a norma jurídica proíbe a pratica de um ato , mas não impõe uma sanção caso o ato seja parcialmente , nesse caso a sanção deverá ser a própria nulidade do ato .
Diferenças entre Simulação e Dissimulação - Art. 167, caput, do CC
 Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
Quando o NJ e Simulado será nulo já no negócio dissimulado o NJ será subsistirá ou seja será considerado como valido , o negócio simulado é o NJ fictício que não existiu , cuja a vontade real não corresponde com a vontade declarada não NJ, e ainda as partes do NJ realizam um NJ simulado com a intenção de prejudicar terceiros , e para que o NJ simulado seja considerado nulo e necessário a divergência entre a vontade real e a vontade declarada , o conluio entre os contratantes e o intuito de enganar terceiros.
Os NJ dissimulados e o negócio que é realizado com a intenção de ocultar parte ou a totalidade de um outro negócio jurídico que existiu ,e as partes buscam um efeito jurídico que é disfarçar ou ocultar um negocio jurídico que realmente existiu, pretendendo demostra que foi realizado de uma maneira diferente daquela que realmente foi , e no caso de substituir o NJ que se dissimulou se for valido na substância e na forma .
Negócio jurídico simulado 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;( quer dizer que o NJ foi realizado na verdade com uma pessoa mas no contrato consta outra pessoa como favorecida )
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;( Que dizer que o NJ contém informações que não são verdadeiras , que não ocorreram , essas informações não verdadeiras podem ocorrer por meio de uma declaração ; uma confissão uma condição ou uma cláusula )
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.( Nesse caso a simulação está na data do negocio jurídico , que não representa a data verdadeira em que o negócio jurídico foi realizado , a simulaçãopode ocorrer para aparentar que o negocio ocorreu em uma data anterior ou uma data posterior 
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.
Quando um NJ e declarado nulo por ter sido simulado , ele contamina os demais atos posteriores que também não terão validade ,mas apesar de os atos posteriores não tem validade , o terceiro de boa-fé terá direitos de cobrar , daqueles que realizaram o ato simulado , os prejuízos que sofreu 
Os Atos Anuláveis
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Os atos anuláveis os NJ quando os expressamente declarados por lei , os firmados por pessoa relativamente incapaz e os que forem resultantes de erro , dolo, coação, estado de perigo , lesão ou fraude contra credores 
O ato será anulado quando a proteção lei determinar a sua anulabilidade , quando a lei que ele será anulável 
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.
Uma outra situação prevista no art 171 que pode gerar a anulabilidade do ato ou seja o NJ pode ser anulado se caso for firmado assinado por uma pessoa relativamente incapaz sem a assistência de seu assistente, com o visto do consentimento ou ainda ele e realizado para fraudar um credor
Efeitos da Invalidade do Negócio Jurídico
O objetivo da invalidade é fazer com que o NJ não produza efeitos e ainda fazer com que as partes retomem a mesma situação que estavam antes da realizar o negocio jurídico, tendo em vista os efeitos do NJ pode ser o ato nulo tendo a invalidade retroage á data da realização do NJ atingindo o NJ desde sua realização , já o ato anulável que a invalidade somente surtirá efeito após julgada por sentença , no entanto se respeitam os efeitos anteriores à sentença.
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.
O art.177 deixa claro os efeitos ex nuc da sentença que decretou a invalidade do negocio, determinado que a anulabilidade do negócio jurídico somente surtirá efeitos após a sentença 
Por sua vez o Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.
O art 182 do CC especifica que ao decretar a anulação do NJ , o juiz deverá determinar que as partes retomem ao estado que se encontravam antes de realizar o negócio , e quando as parte s retomem ao Status quo ante que ele estará se referindo ao objeto do negócio e não aos efeitos que já foram pelo negócio. Gerados pelo negócio.
O contrato vai depender se ele é anulável ou nulo , se ele for anulável o juiz anular esse contrato ele deixara de surtir efeitos após a sentença mas os efeitos que forem gerados após a data da assinatura do contrato até a sentença serão preservados , já se for um contrato nulo e se o juiz decreta a nulidade ele não surtira efeitos após a sentença nem após assinatura do contrato ou seja todo os efeitos será nulo. E se não for o possível ao Status quo ante ai não Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.
Pode ser que não seja possível retornar as partes ao Status quo ante por vários motivos por exemplo se caso o objeto do NJ já não existe mais ou já foi consumido , neste caso é só possível será a indenização a outra parte com o equivalente em dinheiro. 
A Invalidade do Instrumento Não Induz a do Negócio Jurídico
Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio. Neste caso o instrumento é do que o documento por meio do qual foi realizado o NJ . por exemplo um contrato de recibo, o art 183 determina que se o documento for invalido , por exemplo o juiz declarou nulo ou decretou a sua invalidade , isso não significa que o negócio jurídico não possa ser mantido , caso a parte interessada possa provar que o NJ realmente ocorreu , essa possibilidade de manter o NJ , mesmo que o instrumento seja invalido , decorre do principio da Conservação do NJ e sempre que possível o juiz deve manter o negocio jurídico e não invalidá-lo , nesse caso o juiz reconhece a invalidade do instrumento no entanto reconhece a validade do negócio 
Invalidade Total e Invalidade Parcial do Negócio Jurídico
Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.
A invalidade no NJ pode ser total quando invalida todo o NJ ou parcial que invalida apenas uma parte do NJ , sendo assim nem sempre a invalidade incide sobre todo o NJ as vezes apenas uma parte do NJ é invalidade quando ocorre o juiz invalidará apenas a parte que possui a invalidade e manterá a validade do restante do NJ , isso ocorre em razão ao princípio da conservação do NJ como em respeito à vontade das partes que firmaram o negócio e para que seja mantida a parte valide do NJ deve haver mantida a intenção das partes ao firmarem o NJ e a parte valida pode existir autonomamente , independentemente da parte invalida.
A segunda parte do art.184 fala das obrigação principal sendo ela que existe sobre si mesma e desenvolve sua função e utilização independentemente de outra , já na obrigação acessória existe em razão da obrigação principal e serve para ser utilizada em virtude da principal.
No art.184 que diz que em um negocio jurídico podem existir obrigações principais e acessórias , se uma obrigação principal for invalidada a obrigação acessória também será , e se uma obrigação acessória for invalidada , a obrigação principal subsistirá ou seja não será invalida 
Prescrição 
Conceito A prescrição ocorre quando uma pessoa , que teve um direito violado, deixa transcorre o tempo previsto na lei para ajuizar uma ação para fazer valer esse seu direito podendo ser exercida em juízo por meio de uma ação judicial , a pessoa que não exercer a sua pretensão no prazo exigido na lei , não perde o direito de ação , mas sim perde a pretensão sendo ela uma penalidade para a pessoa que não exerce a sua pretensão no prazo fixado em lei , a pessoa não pode ser negligente e deixar passar muito tempo para ajuizar a ação e exigir os seus direitos , verifica-se que a prescrição e uma defesa que uma pessoa tem contra a outra pessoa que não exerceu a sua pretensão no prazo legal 
A partir do momento que um direito é violado, o titular deste direito pode agir juridicamente para garanti-lo, isto é o que chamamos pretensão (a pretensão à ação). E da leitura do art. 189 se desprende que a prescrição é justamente o que extingue esta pretensão, é o decurso do tempo hábil, que dispunha a pessoa, para utilizar-se da pretensão à ação. Prescrição é instituto de ordem pública.
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
A prescrição começa a corre quando nasce a pretensão ou seja após violado o direito que pode ser exercida em juízo por meio de ação judicial e no momento em que nasce a pretensão começa a correr a prescrição , e enquanto está ocorrendo a prescrição a pessoa pode exercer o direito (pretensão) assim que a prescrição se consumar extingue-se a pretensão a pretensão deve ser exercida no prazo dos art. 205 e 206.
A prescrição poderá ser extintiva ou aquisitiva:
A prescrição extintiva presente na parte geral do código conduz à perdado direito de pretensão à ação por seu titular negligente, ao fim de certo lapso de tempo.
A prescrição aquisitiva (usucapião) - consiste na aquisição do direito real pelo decurso de tempo, um modo de se adquirir a propriedade pela posse prolongada. Tal direito é conferido em favor daquele que possuir, com ânimo de dono, o exercício de fato das faculdades inerentes ao domínio ou a outro direito real, no tocante a coisas móveis e imóveis, pelo período de tempo que é fixado pelo legislador.
Portanto a prescrição é a perda da ação atribuída a um direito e, também, de toda a sua capacidade defensiva, em consequência do não uso, decorrido determinado período de tempo. Os elementos comuns à prescrição extintiva e aquisitiva são o tempo e a inércia do titular. Contudo há alguns requisitos da prescrição são :
A existência de ação exercitável é o objeto da prescrição. Tendo em vista a violação de um direito, a ação tem por fim eliminar os efeitos dessa violação. A ação prescreverá se o interessado não promovê-la. Logo que surge o direito de ação, já começa a correr o prazo da prescrição.
A inércia do titular da ação pelo seu não exercício, ou seja, o titular do direito nada faz para proteger seu direito. A inércia é, pois, o não exercício da ação, logo após a violação do direito. E esta cessa com a propositura da ação, ou com qualquer ato que e lei admita e que demostre que a pessoa irá defender direito seu.
A continuidade dessa inércia durante certo lapso de tempo é o fator principal da prescrição. A inércia exigida para configurar a prescrição é aquela continuada, não a momentânea.
A ausência de fato ou ato impeditivo, suspensivo ou interruptivo do curso da prescrição. Existem casos que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
A regra geral é de que toda pretensão é prescritível, sendo a imprescritibilidade a exceção. Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
A regra de toda pretensão sofrer prescrição, entretanto, não é absoluta, uma vez que existem direitos que por sua natureza, são incompatíveis com este instituto. Desse modo, não se acham sujeitos a limites de tempo e não se extinguem pela prescrição, dentre outros1: os direitos de personalidade; o estado da pessoa; as ações referentes ao estado de família; os bens públicos (CC art. 102); os direitos facultativos ou protestativos; a exceção de nulidade .
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
A pretensão e a exceção prescrevem ao mesmo tempo se a pretensão está prescrita a exceção também estará prescrita , a exceção e a defesa que cabe contra uma pretensão, em um processo judicial , e se a pretensão esta prescrita a exceção também estará prescrita e se o credito esta prescrito , a exceção quando ao credito também estará prescrita 
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Renúncia à prescrição é a desistência de invocá-la. Não pode ser antecipada, ou seja, não se pode renunciá-la antes de consumada. É ato pessoal do agente, afeta apenas o renunciante ou seus herdeiros. Não pode haver, também, prejuízo à terceiro.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
O artigo 196 cuida da sucessão do prazo prescricional. O herdeiro do falecido disporá apenas do prazo faltante para exercer a ação, quando este prazo se iniciou com o autor da herança:
Das causas que impedem ou suspendem a prescrição
O que diferenciará o impedimento e a suspensão será o fato de ter ou não iniciado o prazo prescricional. Caso este não tenha iniciado teremos o impedimento (não deixa o prazo iniciar), se já estiver correndo teremos a suspensão.
1º. se o prazo não se iniciou teremos o IMPEDIMENTO - 2º. se já iniciado o prazo prescricional será caso de SUSPENSÃO
Art. 197. Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. 
Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o ; (absolutamente incapazes) II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: I - pendendo condição suspensiva; II - não estando vencido o prazo; III - pendendo ação de evicção
Os dois primeiros incisos tratam de causas de impedimento, pois enquanto não há o direito não há de se falar em prescrição. Já o inciso III é causa de suspensão.
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. 
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
O art.201 está diante de uma obrigação com mais de um credor e estes forem solidários, quando houver suspensão da prescrição contra um dos credores, somente haverá a suspensão também para os credores solidários se a obrigação for indivisível este artigo está no fato que se a obrigação puder ser fracionada, não há motivos para a prescrição atingir todas as partes da obrigação, os efeitos da prescrição não atingem o que pode ser destacado.
O impedimento e a suspensão da prescrição fazem cessar, temporariamente, seu curso. Uma vez superada a causa de suspensão, a prescrição retoma seu curso normal, computando o tempo anteriormente decorrido. Nos casos de impedimento, mantém-se o prazo prescricional íntegro, pelo tempo de duração do impedimento, para que seu curso somente tenha início com o término da causa impeditiva. Nos casos de suspensão, nos quais a causa é superveniente, uma vez desaparecida esta, o prazo prescricional retoma seu curso normal, computando-se o tempo verificado antes da suspensão.
Na interrupção da prescrição (que veremos a seguir) a situação é diversa, verificada alguma das causas interruptivas, perde-se por completo o tempo decorrido. O lapso prescricional iniciar-se-á novamente (passa a contar o prazo desde o início, recomeça). O tempo precedente decorrido fica totalmente inutilizado. Verificamos, portanto, a interrupção da prescrição quando ocorre fato hábil para destruir o efeito do tempo já transcorrido, anulando-se, assim, a prescrição já iniciada. Os casos de interrupção estão no artigo 202 do CC:
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I- por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II- por protesto, nas condições do inciso antecedente; III- por protesto cambial; IV- pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; V- por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI- por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
O titular do direito é o maior interessado em interromper a prescrição, geralmente é ele quem a promove. O representante legal também pode promover a interrupção, assim como o assistente dos menores relativamente capazes (contra os absolutamente incapazes não corre a prescrição). Geralmente, os efeitos da prescrição são pessoais, de maneira que a interrupção da prescrição feita por um credor não aproveita aos outros, assim como aquelapromovida contra um devedor não prejudica aos demais. Isto está no artigo 204 de CC:
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o codevedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. § 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. § 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. § 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
A situações especiais, diferentes da apresentada no caput, mas que estão relacionadas à solidariedade. Se a prescrição for interrompida em favor de um dos credores solidários a todos aproveita. O mesmo ocorre na solidariedade passiva6 . (art. 204, §1) Ainda, de acordo com o artigo 204, §2º, se um dos herdeiros do devedor solidário sofre a interrupção, os outros herdeiros, ou devedores, não são prejudicados; o prazo para estes últimos, continuará a correr, a não ser que se trate de obrigações e direitos indivisíveis. Neste último caso, todos os herdeiros, ou devedores solidários sofrem os efeitos da interrupção da prescrição, passando a correr contra eles o novo prazo prescricional. Por fim, no caso do § 3º, em se tratando de fiança, que é obrigação acessória, se a interrupção for promovida apenas contra o afiançado, que é o devedor principal, o prazo, no entanto, restabelece-se também contra o fiador, conforme o princípio de que o acessório segue sempre o destino do principal. Entretanto, a interrupção operada contra o fiador não prejudica o devedor principal, já que a recíproca não é verdadeira, isto é, o principal não é afetado pelo destino do acessório.
- Decadência (arts. 207 a 211)
A decadência é a extinção do direito, tendo em vista a inércia do seu titular. Veja que o objeto da decadência é o próprio DIREITO. Enquanto a prescrição atinge diretamente a pretensão à ação e, por via oblíqua, faz com que a pessoa não possa exercer o direito por ela tutelado; a decadência, ao contrário, atinge diretamente o direito material e somente por via oblíqua acaba por atingir a ação.
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. 
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I. 
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Conforme o art. 208 aplica-se também à decadência o que valia para a prescrição (art. 195 e 198, I). Estamos diante da primeira exceção legal, conforme o permitido no art. 207.
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. ... Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o ; (absolutamente incapazes) Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá- la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
Os art. 210 e 211 trazem as duas espécies de decadência, quais sejam: a ¹estabelecida por lei e a ²convencional (oriunda, por exemplo, de um negócio jurídico).
A decadência extingue diretamente o direito, e com isto a pessoa fica impossibilitada de utilizar a ação que o protege, já a prescrição atinge a pretensão à ação e com isso atinge o direito que ela protege.
Decadência perda do Direito protestativo , Prescrição perda da Pretensão.
Ambos os institutos são prazos extintivos. A diferença está no momento em que começa a correr este prazo. O prazo decadencial começará a ser contado a partir do momento de nascimento do direito, tendo em vista que a decadência acarreta a perda de um direito subjetivo. Já o prazo prescricional começará a correr a partir do momento em que ocorrer a violação deste direito subjetivo, que estava sendo plenamente exercido. Com esta violação, nasce o direito de pretensão à ação para sua defesa. Outra diferença reside na natureza de cada instituto, pois a decadência supõe um direito que, embora “nascido”, não se tornou efetivo pela falta de exercício; enquanto a prescrição supõe um direito “nascido” e efetivo, mas que pereceu pela falta de proteção, pela falta da ação.
I- A decadência tem por efeito extinguir o direito, enquanto a prescrição extingue a pretensão à ação. II- Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. A prescrição pode ser impedida, suspensa ou interrompida conforme expresso no código civil. III- O prazo de decadência pode ser estabelecido pela lei ou pela vontade unilateral ou bilateral (convencional). O prazo da prescrição é fixado por lei para o exercício da ação que o protege. IV- A decadência pressupõe ação cuja origem é idêntica à do direito, sendo, por este motivo, simultâneo o nascimento de ambos. A prescrição pressupõe ação cuja origem é distinta da do direito, tendo nascimento posterior ao direito, quando da sua violação.
V- tanto a decadência (desde que estabelecida por lei) quanto a prescrição8 serão reconhecidas de ofício pelo juiz, independente da arguição do interessado.
VI- a decadência, quando legal, não admite renúncia. A prescrição admite renúncia por parte dos interessados, depois de consumada. VII- a decadência, a exceção dos absolutamente incapazes (CC art. 208), opera contra todos (não há impedimentos), já a prescrição conforme visto não opera para determinadas pessoas elencadas pela lei, de acordo com o artigo 197 e 198:
Art. 197. Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
 Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Quanto aos prazos.
Os prazos da prescrição são os discriminados nos artigos 205 e 206 do CC
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 
A regra geral será o prazo de 10 anos, mas há prazos especiais que vão de um ano a cinco anos e isto está estabelecido do §1º ao § 5º, do art. 206:
	Art. 206. Prescreve: § 1º. Em um ano: 
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; 
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador; b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; 
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários; 
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo; 
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade
. § 2º. Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. 
§ 3º. Em três anos: 
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporáriasou vitalícias; III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; V - a pretensão de reparação civil; VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição; VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo: a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela deva tomar conhecimento; c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação; VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
 § 4º. Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 
§ 5º. Em cinco anos: I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato; III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
A decadência pode ocorrer em períodos diferentes que o período de ano, pode correr, por exemplo, em dias ou meses. São inúmeros os prazos decadências presentes no código civil, citamos abaixo alguns exemplos de prazos decadenciais que “volta e meia” aparecem em provas:
	Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias. 
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
	Prescrição perde-se a PRETENSÃO à ação, por via reflexa não se consegue exercer o direito material tem origem na LEI é renunciável expressa ou tacitamente, MAS só valerá, sendo feita, sem prejuízo a terceiro, depois que a prescrição se consumar abrange, via de regra, direitos patrimoniais; é passível de impedimento, suspensão e interrupção.
Decadência perde-se o próprio DIREITO material, o chamado direito protestativo tem origem na lei (LEGAL) ou no negócio jurídico (CONVENCIONAL) é irrenunciável, quando fixada em lei. (É nula a renúncia à decadência fixada em lei.) abrange direitos patrimoniais e não patrimoniais. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Da Prova (arts. 212 a 232).
A teoria geral da prova é matéria que cabe ao direito processual civil, entretanto o código civil no Livro III da parte geral - Dos Fatos Jurídicos, dedicou um Título ao assunto “Da prova” (arts. 212 a 232), versando sobre a prova de fatos, atos e negócios jurídicos.
Caberá o direito civil regular os meios de prova, dar o seu valor jurídico e as situações em que serão aceitas. Ao direito processual civil caberá indicar a melhor técnica: para a produção da prova, e também para sua apresentação em juízo. 
Prova é o meio de que o interessado se vale para demostrar legalmente a existência de um negócio jurídico
Assim, a prova é a maneira utilizada para se comprovar a existência de um ato ou negócio jurídico. Pois de nada adiantaria ter um direito se não conseguíssemos prová-lo. O que na realidade se busca comprovar com a prova é o fato que gerou o direito e não a existência do direito em si. 
Para tanto é necessário que se obedeça a certas regras de cunho geral, deste modo, a prova deve ser: admissível, pertinente e concludente. 
Será admissível aquela prova que não for proibida em lei, ou seja, que estiver de acordo com todo o ordenamento jurídico e que for aplicável ao caso que se quer provar. Será pertinente aquela prova que está relacionada com a situação em questão, ou seja, é adequada aos fatos. Será concludente aquela que só tiver legitimidade para provar os fatos que estão em questão, é a prova que esclarece os fatos. E são inadmissíveis no processo as provas obtidas por meios ilícitos. Há também certos princípios básicos, como: 
 O ônus de provar recai sobre quem alega o fato, ou seja, quem alega a existência de um fato deve prova-lo – ei incumbit probatio qui dicit non qui negat (a prova incumbe a quem afirma e não a quem nega). Os fatos notórios e incontroversos não necessitam ser provados, uma vez aqueles são do conhecimento de todas as pessoas comuns, e sobre estes não restam dúvidas. Como dito acima, o que se busca provar é o acontecimento ou a existência de um fato, pois o direito não precisa ser provado para sua aplicação, uma vez que é atribuição do juiz conhecer a direito que será aplicado a cada fato provado. E não basta alegar a existência de determinados fatos, é preciso prová-los. 
A Forma. 
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. 
Deste modo, podemos concluir que uma vez exigida forma especial para a validade de um negócio jurídico, nenhuma outra modalidade de prova será admitida. Contudo, não havendo exigência quanto à forma do ato, ou seja, sendo ato que pode ser feito de maneira livre, qualquer meio de prova poderá ser utilizado, é claro, desde que obedeça às regras e aos princípios gerais das provas. 
Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda ação ou defesa. 
O art. 212 do CC ao listar os meios de prova o faz de maneira exemplificativa. 
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante: I - confissão; II - documento; III - testemunha; IV - presunção; V – perícia.
Em alguns atos exigem forma especial, como por exemplo: a alienação de bens que pertencem a menores sob tutela; o testamento; o casamento. A partir deste momento vamos estudar cada um dos meios de prova elencados no códigocivil, com os quais pode se analisar a existência, a validade e a eficácia dos fatos jurídicos. 
I. Confissão. 
Confissão é quando a parte reconhece o fato, como diz Barros Monteiro12 , “nunca a certeza é tão grande como quando pode o juiz proclamar: temos um réu que confessa”. O conceito jurídico de confissão está no art. 348 do CPC. Há confissão quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao adversário. A confissão é judicial ou extrajudicial. 
Conforme o lugar, a confissão pode ser: 
1. judicial – quando feita perante uma autoridade em juízo, podendo ser espontânea (feita por depoimento) – quando a própria pessoa faz por sua vontade e consciência, ou provocada (feita mediante petição); 2. extrajudicial – quando feita fora do processo, fora do juízo. 
Conforme a sua forma, a confissão pode ser: 
1. expressa – é a pessoa mesmo quem faz a declaração, intencionalmente, por escrito ou em palavras. 2. presumida (= ficta ou tácita) – nos casos de revelia, quando a pessoa não aparece aos atos processuais mesmo tendo sido citada, é por dedução de um fato. confissão não permite arrependimento, é ato irrevogável e irretratável. 
Para que se configure uma confissão é necessário que se tenha agente capaz, com plena titularidade sobre os direitos controvertidos, este é o teor do art. 213: 
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o representado. 
Conforme parágrafo único do art. 213, observe que a confissão até pode ser feita por representante, mas somente será válida se este representante for voluntário e que lhe tenha sido atribuído este poder (poderes especiais e expressos), ou seja, o mandante (representado) precisa ter atribuído tal poder expressamente para o mandatário (representante). O representante legal de incapaz está proibido, em regra, de confessar, tendo em vista que não pode fazer negócio em conflito de interesses com seu representado. 
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
Assim, temos expressamente neste artigo dois casos em que uma confissão pode ser anulada, quais sejam: quando decorreu de um dos vícios, erro de fato ou coação. Embora não mencionado no artigo há entendimentos que a anulação da confissão é válida também quando existe: lesão ou estado de perigo.
II. Documentos. 
A mais nobre das provas é a documental. Por via do escrito perpetuam-se o ato, enunciando-se a declaração de vontade de modo a não depender sua reconstituição da falibilidade de fatores precários .Deste modo os documentos podem ser públicos ou privados. São documentos públicos os que foram fabricados por autoridades públicas, no exercício de suas funções. São documentos privados aqueles que foram elaborados por pessoas interessadas. Por particulares. 
Existe uma pequena diferença entre documentos e instrumentos. Os instrumentos são feitos com a finalidade especial de promoverem a existência do negócio jurídico ou lhes serem provas, já os documentos não possuem esta finalidade específica.
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena.
§ 1º. Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter: I - data e local de sua realização; II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam comparecido ao ato, por si, como representantes, intervenientes ou testemunhas; III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes e demais comparecentes, com a indicação, quando necessário, do regime de bens do casamento, nome do outro cônjuge e filiação; IV - manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes; V - referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato; VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e demais comparecentes, ou de que todos a leram; VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião ou seu substituto legal, encerrando o ato. § 2º. Se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz assinará por ele, a seu rogo. 
§ 3º. A escritura será redigida na língua nacional.
 § 4º. Se qualquer dos comparecentes não souber a língua nacional e o tabelião não entender o idioma em que se expressa, deverá comparecer tradutor público para servir de intérprete, ou, não o havendo na localidade, outra pessoa capaz que, a juízo do tabelião, tenha idoneidade e conhecimento bastantes.
 § 5º. Se algum dos comparecentes não for conhecido do tabelião, nem puder identificar-se por documento, deverão participar do ato pelo menos duas testemunhas que o conheçam e atestem sua identidade.
A inobservância de qualquer um destes requisitos resultará na nulidade da escritura pública. Em princípio, um instrumento deve ser sempre exibido em sua forma original. Porém, o art. 216 nos traz os instrumentos que farão a mesma prova que os originais.
Art. 216. Farão a mesma prova que os originais as certidões14 textuais de qualquer peça judicial, do protocolo das audiências, ou de outro qualquer livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele, ou sob a sua vigilância, e por ele subscritas, assim como os traslados de autos, quando por outro escrivão consertados.
 Art. 217. Terão a mesma força probante os traslados15 e as certidões, extraídos por tabelião ou oficial de registro, de instrumentos ou documentos lançados em suas notas. 
Art. 218. Os traslados e as certidões considerar-se-ão instrumentos públicos, se os originais se houverem produzido em juízo como prova de algum ato.
Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposição e administração de seus bens, prova as obrigações convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cessão, não se operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no registro público.
Mesmo que neste documento particular não conste testemunhas, ele será válido entre as partes por força do art. 219: Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários.
Art. 220. A anuência ou a autorização de outrem, necessária à validade de um ato, provar-se-á do mesmo modo que este, e constará, sempre que se possa, do próprio instrumento.
A validade de determinados atos é condicionada, necessariamente, à anuência ou autorização de outrem. Sem esta anuência ou autorização, o ato que se deseja praticar não poderá ser validamente realizado. Como exemplo temos a chamada outorga conjugal (uxória ou marital) – que é a autorização de ambos os cônjuges para a realização de determinados negócios jurídicos.
Art. 222. O telegrama, quando lhe for contestada a autenticidade, faz prova mediante conferência com o original assinado.
O telegrama, assim como as cartas, bilhetes, memorandos, livros e folhetos, artigos de jornais, e etc., também podem ser oferecidos como provas documentais particulares, nas ações privadas. Servem para revelar opiniões e pontos de vista particulares.
Atenção: mesmo não constando no artigo 222, entende-se que se incluem neste dispositivo e também tem força probante no campo jurídico o fax e mensagens enviadas através de correio eletrônico (e-mail).
Art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de notas, valerá como prova de declaração da vontade, mas, impugnada sua autenticidade, deverá ser exibido o original.
Assim, mesmo que o tabelião tenha conferido a autenticidade de determinado documento, se este for posto em dúvida, deve-se trazer ao processo o documento original. 
Art. 223. Parágrafo único. A prova não supre a ausência do título de crédito, ou do original, nos casos em que a lei ou as circunstâncias condicionarem o exercício do direito à sua exibição. 
Em determinados casos,para que se exerça um direito, é exigido por lei, que se apresente o documento original ou o título de crédito (exemplos: uma duplicada, um cheque). Nestes casos, qualquer prova que seja produzida não será suficiente, se não for apresentado o documento correspondente. Esta exigência de certo modo visa à segurança jurídica da relação.
Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira serão traduzidos para o português para ter efeitos legais no País.
A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. A língua nacional é expressão da soberania do Estado e aspecto da nacionalidade do cidadão. As peças processuais devem ser redigidas em português e seu conteúdo deve ser acessível a todos. Por este motivo a tradução será feita por tradutor juramentado, que, portanto, tem fé pública.
Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a exatidão.
Portanto quaisquer meios eletrônicos serão tratados como provas documentais, não se exigindo que sejam autenticados.
Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios. Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.
Os livros e as fichas dos empresários provam contra as pessoas a eles relacionadas. Se não houver vício, a interpretação poderá ser favorável a sócios, empresários e administradores. A força probante de livros e fichas empresariais não é absoluta, uma vez que cairá frente aos casos nos quais a lei exige escritura pública ou documento particular para aprova de fato, ato ou negócio jurídico.
III. Testemunhas.
A prova testemunhal, é a que resulta do depoimento oral de pessoas que viram, ouviram ou souberam dos fatos relacionados com a causa portanto, a testemunha, é uma pessoa que é estranha” ao processo, mas que tem conhecimento sobre algum fato do processo. Assim, as testemunhas podem ser:
Judiciárias: pessoas naturais, que dão seu depoimento em juízo. Instrumentárias: são aquelas que se manifestam sobre o conteúdo do documento que assinam – são duas testemunhas para as escrituras públicas e cinco para o testamento ordinário.
Por se tratar de um meio de prova menos seguro que a prova documental, o art. 227 traz restrições quanto a sua admissão.
Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados. Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito.
Por depender de pessoas e de seus sentidos, a prova testemunhal, carrega uma carga grande de subjetividade, motivo pelo qual é condicionada a certas restrições. Além disso, temos casos de pessoas que não podem ser admitidas como testemunhas – art. 228.
Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas: I - os menores de dezesseis anos; II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil; III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam; IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes; V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade. Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.
Ainda temos no CPC, em seu art. 405, os incapazes, impedidos e os suspeitos para testemunhar. É importante que vocês leiam apenas para ter uma ideia do assunto.
	CPC Art. 405. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
§ 1º. São incapazes: I - o interdito por demência; II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los; ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções; III - o menor de 16 (dezesseis) anos; IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
§ 2º. São impedidos:
I - o cônjuge, bem como o ascendente e o descendente em qualquer grau, ou colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público, ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova, que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; II - o que é parte na causa; III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor na causa do menor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros, que assistam ou tenham assistido as partes.
§ 3º. São suspeitos: I - o condenado por crime de falso testemunho, havendo transitado em julgado a sentença; II - o que, por seus costumes, não for digno de fé; III - o inimigo capital da parte, ou o seu amigo íntimo; IV - o que tiver interesse no litígio.
§ 4º. Sendo estritamente necessário, o juiz ouvirá testemunhas impedidas ou suspeitas; mas os seus depoimentos serão prestados independentemente de compromisso (art. 415) e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
Art. 229. Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato: I - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo; II - a que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau sucessível, ou amigo íntimo; III - que o exponha, ou às pessoas referidas no inciso antecedente, a perigo de vida, de demanda, ou de dano patrimonial imediato.
IV. Presunção
Presunção é a ilação que se extrai de um fato conhecido para se chegar a um desconhecido/ Presunção é a conclusão que se extrai de fato conhecido para provar-se a existência de outro desconhecido
As presunções dividem-se em legais (juris) e comuns (hominis). As presunções legais são aquelas que advêm de lei, e, por sua vez, dividem-se em:
 Presunções legais absolutas (juris et de jure) – são as que não aceitam prova em contrário. Pois a lei estipula que são verdadeiros, tornando-os, assim, insusceptíveis de serem contestados. Como exemplo, temos a presunção de que a venda feita por ascendente a descendente seja fraudulenta. Presunções legais relativas (juris tantum) – são as que admitem prova ao contrário. Como exemplo temos a presunção de que, em uma família o marido seja o pai dos filhos, mas esta presunção pode ser contestada através de uma ação chamada de negatória de paternidade – art. 1.601 CC.
A presunção comum, pelo contrário, não é prova legal, mas sim real e indireta. Fundam-se naquilo que ordinariamente acontece e se impõe pela lógica. Por exemplo, presume – se que os pais amem seus filhos, e que nada farão que os prejudique, mas esta conclusão não é absoluta. Assim este tipo de presunção só poderá ser aceita em juízo, quando não for ao encontro do restante do material probatório constante do processo. Sobre a presunção comum temos o art. 230:
Art. 230. As presunções, que não as legais, não se admitem nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal.
V. Perícia.
Art. 420. A prova pericial consiste em exame19, vistoria20 ou avaliação21 . Parágrafo único. O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico; II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas; III - a verificação for impraticável.
Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-sede sua recusa.
Se a perícia médica depender necessariamente de exame para cuja realização é imprescindível o assentimento de quem vá a ele submeter-se, eventual recusa manifestada pelo examinado, à totalidade, ou à parte do exame, não pode ser invocada em seu favor.
Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
Este artigo trata da hipótese em que aquele que deve submeter-se à perícia médica por ordem judicial se recusa a fazê-lo. A solução dada pelo legislador para esta hipótese é a de considerar sanada a prova que se pretendia conseguir com o exame, em prejuízo de quem se recusou a submeter-se ao crivo do perito médico. Isso significa que o legislador procurou preservar a intangibilidade do corpo humano e a intimidade pessoal do sujeito de direito, ao não permitir que a pessoa seja conduzida a força para fazer o exame. Exemplo clássico é o caso de investigação de paternidade.

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