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PROCESSO DO TRABALHO PARA O EXAME DE ORDEM 343 FLS

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Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila Digital 
Curso de Direito Processual do Trabalho 
Teoria Geral do Processo do Trabalho 
Professor: Roberto Conceição 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 2 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................. 6 
2. BREVE RELATO HISTÓRICO ................................................................ 7 
3. CONCEITO ................................................................................................................................. 8 
4. EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO E NO ESPAÇO .................................. 10 
5. FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ............................................... 11 
6. PRINCÍPIOS ............................................................................................................................ 13 
6.1 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO DO TRABALHO ................... 14 
6.2 PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO .................................... 16 
7. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO ........................................ 22 
8. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO .................................................. 23 
9. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO .................................................. 24 
10. JUÍZES DO TRABALHO .................................................................... 26 
11. ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO ............................. 27 
11.1 VARAS DO TRABALHO ................................................................................................... 28 
11.2 SECRETARIAS DAS VARAS DO TRABALHO ........................................................... 28 
11.3 DISTRIBUIDORES ........................................................................................................... 30 
11.4 OFICIAIS DE JUSTIÇA ................................................................................................... 31 
12. DISSÍDIOS .................................................................................... 31 
13. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO ....................................... 32 
13.1 MANDADO DE SEGURANÇA, HABEAS CORPUS E HABEAS DATA .......... 40 
13.2 COMPETÊNCIA TERRITORIAL ......................................................... 41 
13.3 CONFLITO DE COMPETÊNCIA ......................................................... 44 
14. PARTES E PROCURADORES ......................................................... 46 
14.1 CAPACIDADE DE SER PARTE ...................................................................................... 47 
14.2 CAPACIDADE PROCESSUAL .................................................................................... 47 
14.3 CAPACIDADE POSTULATÓRIA .................................................................................... 48 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 3 
 
 
14.4 SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL .................................................................................... 49 
14.5 REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO ......................................................................... 51 
15. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ..................................................... 54 
16. CUSTAS .................................................................................... 65 
17. ATOS PROCESSUAIS .................................................................. 67 
18. PRAZOS PROCESSUAIS ............................................................... 71 
18.1 PRAZOS LEGAIS, JUDICIAIS E CONVENCIONAIS ............................................. 72 
18.2 PRAZOS DILATÓRIOS E PEREMPTÓRIOS .............................................................. 73 
18.3 PRERROGATIVAS DOS PRAZOS ................................................................................ 75 
18.4 CONTAGEM DOS PRAZOS ............................................................................................ 77 
18.5 SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO .................................................................................... 81 
19. NULIDADES ............................................................................... 82 
20. DISSÍDIOS INDIVIDUAIS ............................................................ 85 
21. PETIÇÃO INICIAL ....................................................................... 86 
21.1 ADITAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL ......................................................................... 89 
21.2 EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL ................................................................................... 89 
2.3 INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL .................................................................... 90 
21.4 DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................................. 93 
21.5 NOTIFICAÇÃO ................................................................................................................... 93 
22. RESPOSTA DO RÉU .................................................................... 95 
22.1 MODALIDADES DE RESPOSTA ................................................................................... 96 
22.1.1 CONTESTAÇÃO ......................................................................................................... 96 
23. REVELIA ................................................................................. 111 
24. AUDIÊNCIA ............................................................................. 113 
24.1 CARACTERÍSTICAS ................................................................................................... 113 
24.2 SEQUÊNCIA DA AUDIÊNCIA ................................................................................. 119 
25 PROVAS .................................................................................... 122 
25.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DAS PROVAS ......................................................... 122 
25.2 ÔNUS DA PROVA ........................................................................................................... 127 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 4 
 
 
25.3 INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA ............................................................................. 130 
25.4 MEIOS DE PROVA – PROVAS EM ESPÉCIE .......................................................... 132 
26 PROCEDIMENTO ......................................................................... 147 
26.1 RITO SUMÁRIO .............................................................................................................. 147 
26.2 RITO SUMARÍSSIMO .................................................................................................... 148 
26.3 RITO ORDINÁRIO .......................................................................................................... 152 
26.4 RITO ESPECIAL .............................................................................................................. 153 
27 SENTENÇA…………………………………………………………………………………………….. 153 
27.1 CLASSIFICAÇÃO DA SENTENÇA .............................................................................. 155 
27.2 REQUISITOS FORMAIS ESSENCIAIS DA SENTENÇA ...................................... 157 
27.3 PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA.................................................................................159 
28. COISAJULGADA............................................................................160 
 
28.1 COISA JULGADA FORMAL ..........................................................................................161 
28.2 COISA JULGADA MATERIAL .....................................................................................162 
29. TEORIA GERAL DOS RECURSOS...................................................162 
 
1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS...........................................................................163 
1.2 REGRAS ESPECÍFICAS ACERCA DOS RECURSOS TRABALHISTAS ............165 
30. RECURSOS EM ESPÉCIE..................................................................182 
 
30.1 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ..................................................................................182 
30.2 RECURSO ORDINÁRIO ................................................................................................190 
30.3 RECURSO DE REVISTA................................................................................................199 
30.4 AGRAVO DE INSTRUMENTO.......................................................................................220 
30.5 AGRAVO DE PETIÇÃO...................................................................................................227 
30.6 AGRAVO REGIMENTAL .................................................................................................232 
30.7 EMBARGOS INFRINGENTES ............................................................................................. 236 
 
30.8 EMBARGOS DIVERGENTES.......................................................................................239 
30.9 RECURSO ADESIVO.....................................................................................................244 
30.10 RECURSO EXTRAORDINÁRIO…………………………………………………………………..249 
 
31. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ........................................................251 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 5 
 
 
32. PROCESSO DE EXECUÇÃO........................................................260 
 
33. MANDADO DE SEGURANÇA .................................................... …305 
34. AÇÃO RESCISÓRIA.....................................................................316 
QUESTÕES PARA OAB ..................................................................... .327 
GABARITO......................................................................................343 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 6 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá candidato, tudo bem? 
 
Hoje vamos iniciar nosso estudo de Direito Processual do Trabalho para o 
Exame de Ordem. Aqui faremos um estudo sistemático dessa disciplina 
fantástica, e para fixar o conteúdo, realizaremos diversas questões. 
 
Mas antes, deixe eu me apresentar a vocês, meu nome é Roberto 
Conceição e sou: 
• Professor universitário e de cursos para concursos; 
• Advogado graduado pela UNIP, pós-graduado em Direito do Trabalho pela 
UNICID-Universidade Cidade de São Paulo e Mestre em Direito pela 
Unisantos – Universidade Católica de Santos; 
• Personal & Personal Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching; 
• Vice Presidente da Comissão de Direitos Humanos OAB/São Bernardo do 
Campo; 
• Autor de livros e artigos científicos e pesquisador inscrito no CNPQ. 
Neste curso o nosso de objetivo será de proporcionar a você a maior 
quantidade de conhecimento, tanto na teoria quanto na resolução de questões. 
Diante disso, mãos à obra? 
 
 
“JÁ EXPERIMENTOU ACREDITAR EM VOCÊ? TENTE...VOCÊ NÃO FAZ 
IDEIA DO QUE É CAPAZ!” 
 
• Material indispensável para o estudo: 
 
- Constituição Federal 
 
- Consolidação das Leis do Trabalho – CLT decreto lei 5452/43 
 
- Súmulas e OJ´S do TST 
 
- Código de Processo Civil de 2015 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 7 
 
 
2. BREVE RELATO HISTÓRICO 
 
O Direito do Trabalho é dos ramos mais novos do direito, no cenário 
mundial, muito embora, sempre existiu dentro da sociedade, mas sendo de 
caráter punitivo. Houve muita demora para que fosse normatizado. 
A palavra “trabalho” é originária do latim tripalium era um instrumento de 
tortura destinado aos animais. 
As relações trabalhistas começaram a ter uma evolução social e suas 
complicações no inicio do século passado, mas o Estado ainda não interferia nas 
relações, deixando-as para que as partes resolvessem, no entanto, as 
dificuldades na composição eram muito grandes, pois não existia norma e nem 
tratamento isonômico, princípio fundamental no direito. 
Existe no Direito do Trabalho aquele que detém o poder de direção e 
poder econômico e outra parte mais fragilizada, ou seja, o empregado. Dessa 
forma imaginemos se o ramo do Direito do Trabalho fosse eminentemente 
privado teríamos sempre o empregado se submetendo as condições impostas 
por seus empregadores, ficando dessa forma desprotegidos e desamparados. 
Na década de 30 por conta da revolução industrial a situação do 
trabalhador se agravou ainda mais, pois as máquinas começaram a invadir a 
linha de produção e com isso surgindo demissões em massa, assim quem 
quisesse garantir seu emprego tinha que se submeter às péssimas condições 
impostas pelos seus empregadores. Essa nova realidade fazia com que os 
empregados pela necessidade se submetessem as condições bem inferiores das 
que tinham, como por exemplo, redução de salário e carga horária, etc. Dessa 
forma surgiram as primeiras greves, pois era a forma que os empregados 
tinham para se igualarem a seus empregadores. 
Diante dessa nova realidade o Estado começa a intervir nas relações de 
trabalho com elaboração de leis, o marco dessa conquista é a Consolidação das 
Leis do Trabalho – CLT, promulgada por Getúlio Vargas conhecido como o pai 
dos pobres em 1943 com objetivo de regular a relação de emprego, relação 
essa que será o ponto central de nosso estudo. 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 8 
 
 
3. CONCEITO 
 
Antes de darmos o conceito de Direito Processual do Trabalho vamos 
desmembrar a disciplina: 
 
O que é Direito? 
O direito é uma realidade da vida social. Segundo a Professora Mônica 
Aragão Martiniano Ferreira da Costa e o Professor Ricardo Arnaldo Malheiros 
Fiusa, em suas brilhantes aulas de Teoria do Estado, encontramos duas 
acepções principais do termo: 
 
1) Direito como regra social de conduta, obrigatória, geral e abstrata; 
2) Direito como algo devido (debitum). 
 
 
O que é Direito do Trabalho? 
Existem vários conceitos na doutrina, de forma simples e objetiva posso 
dizer que: “Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, normas legais e 
extralegais que disciplinam às relações individuais e coletivas de trabalho 
subordinado.” 
O Direito Material do trabalho pode ser entendido ainda como uma 
junção de regras, princípios e institutos jurídicos, que juntas formam a relação 
do trabalho. 
Para Vólia Bomfim: “Direito do Trabalho é um sistema jurídico permeado 
por institutos, valores, regras e princípios dirigidos aos trabalhadores 
subordinados e assemelhados, aos empregadores, empresas coligadas, 
tomadores de serviço, para tutela do contrato mínimo de trabalho, das 
obrigações decorrentes das relações de trabalho, das medidas que visam à 
proteção da sociedade trabalhadora, sempre norteadas pelos princípios 
constitucionais, principalmente o da dignidade da pessoa humana. Também é 
recheado de normas destinadasaos sindicatos e associações representativas; à 
atenuação e forma de solução dos conflitos individuais, coletivos e difusos, 
existentes entre capital e trabalho; à estabilização da economia social e à 
melhoria da condição social de todos os relacionados.” 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 9 
 
 
 
 
Por fim, vamos ao conceito de Direito Processual do Trabalho 
 
 
É um ramo do direito público, autônomo, contendo normas, princípios, 
regras e instituições próprias, com objetivo de solucionar conflitos individuais e 
coletivos oriundos da relação de emprego e, na forma da lei, outras 
controvérsias decorrentes da relação de trabalho bem como regular o 
funcionamento dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho (EC nº 45/2004, 
altera o art. 114 da CF/88). Temos ainda que, processo é o conjunto de atos na 
forma sequencial e lógica desde o ajuizamento da ação até a sentença visando 
a satisfação do direito material. 
 
O que é PROCESSO? 
 
 
É o conjunto de atos com fim de buscar a tutela jurisdicional. Estudamos 
toda a parte histórica do Direito do Trabalho e vimos que a categoria dos 
trabalhadores foi ganhando proteção ao longo dos anos. Ao estudarmos o 
direito material do trabalho temos direitos como férias, hora extra, 13º salário, 
insalubridade, periculosidade, FGTS, trabalho do menor, trabalho da mulher etc. 
Do que adiantaria possuir todos os direitos, se o trabalhador não tivesse como 
buscar a satisfação de um direito que o empregador não adimpliu? O processo 
será o instrumento que será utilizado para fazer valer o direito desse 
empregado que não foi adimplido. No direito brasileiro não existe a 
possibilidade de fazer direito com as próprias mãos (ex. empregado chega ao 
empregador e diz: ou você me paga ou eu te mato). Por isso existe o poder 
judiciário, é o poder de jurisdição que o Estado tem de resolver os conflitos da 
sociedade e dizer de quem é o direito. 
 
 
 
O que é PROCEDIMENTO? 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 10 
 
 
Já vimos o que é Processo. Procedimento, é o mecanismo pelo qual se 
desenvolvem os processos, é o modo de se mover e a forma de se proceder ao 
ato. É o conjunto de normas que estabelecem as condutas a serem observadas 
no desenvolvimento da atividade processual pelos sujeitos do processo: juiz, 
autor, e réu, e, bem assim, pelos auxiliares da justiça e os terceiros que, 
eventualmente, sejam chamados a participar da atividade processual. 
Até aqui tudo bem pessoal? Qualquer dúvida envie e-mail. Agora iremos 
iniciar mais um tema: Eficácia da Lei Processual no Tempo e no Espaço. 
 
 
4. EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO E NO ESPAÇO 
 
Quando falamos neste tema é preciso lembrar que temos três teorias na 
doutrina majoritária, são elas: 1) Unidade; 2) Fases Processuais; 3) Atos 
processuais. 
1) Unidade: esta primeira teoria defende que não se pode aplicar em um 
processo que já está em curso uma nova lei processual. Trata, portanto, o 
processo como uma unidade devendo iniciar e finalizar sob o respaldo da 
mesma lei. 
2) Fases Processuais: esta teoria, diferente da UNIDADE, afirma poder 
sim uma nova lei processual entrar no processo que já está em curso, mas para 
isso é necessário que haja uma divisão do processo em fases, sendo possível a 
aplicação somente na próxima fase. 
3) Atos Processuais: Os artigos 14 e 1046 do CPC/2015 permite a 
aplicação da nova lei processual nos atos seguintes, no entanto não podem 
retroagir. 
 
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos 
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações 
jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. 
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão 
desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de 
janeiro de 1973. 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 11 
 
 
 
 
Saindo do CPC e voltando para a nossa CLT vamos ao art.915 
 
 
O recurso é interposto no prazo de 08 dias e não sofre intervenção da lei 
nova, uma vez que deverá se sujeitar a lei que era vigente na época em que o 
direito ao recurso se originou. 
 
 
 
Conforme o art. 16 da CLT, a lei processual é aplicada em todo o território 
nacional, inclusive aos estrangeiros que habitam em nosso país. MAS ATENÇÃO, 
nos processos trabalhistas que tramitam no Brasil, não se aplica de forma 
alguma a lei estrangeira. 
Finalizamos este tema por aqui, vamos estudar mais um pouco? 
 
 
5. FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
Fonte pode ser considerada a origem de algo, de onde vem algo. Temos 
que, a principal fonte do Direito Processual é a Constituição Federal de 
1988, podemos observar, por exemplo, o art. 114 que nos traz a organização 
da Justiça do Trabalho. 
Temos que citar ainda como fonte a Consolidação das Leis do 
Trabalho - CLT, Decreto-lei nº 5.452, de 1943. Embora antiga, mas ainda 
vigente e muito utilizada em nosso ordenamento jurídico para reger as relações 
de trabalho. 
Nosso estudo merece atenção especial além da Constituição Federal e a 
CLT, as jurisprudências do Tribunal Superior do Trabalho, ou seja, as 
Súmulas e OJ´s do TST. 
Art. 915 CLT - Não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em 
dispositivos alterados ou cujo prazo para interposição esteja em curso à data da 
vigência desta Consolidação. 
Art. 16 - A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o 
território nacional, conforme as disposições deste Código. 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
 
 
 
 
 
 
 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 12 
E por fim não podemos esquecer que de forma subsidiária e supletiva, 
quando da omissão da CLT é utilizado o Código de Processo Civil, assim reza 
o artigo 769 da CLT. 
 
No entanto, devemos nos atentar muito para a utilização do Novo Código 
de Processo Civil no Processo do Trabalho. Sabemos que houve diversas 
mudanças significativas no Código de Processo Civil de 1973, para o de 2015. 
Diante disso podemos fazer a seguinte pergunta: Se aplica o CPC de 
2015 no Processo do Trabalho? Vejamos agora quais são os reflexos do novo 
código em face do Processo do Trabalho? 
O artigo 15 do CPC diz que na ausência de normas que regulem 
processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste 
Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. Dessa forma então, 
além da previsão do artigo 769 da CLT, o novo CPC permite que outros ramos 
do direito utilizem de suas normas de forma subsidiária. No entanto o parágrafo 
único do artigo 8º da CLT aduz que o direito comum será fonte subsidiária do 
direito do trabalho, naquilo em que NÃO for incompatível com os princípios 
fundamentais deste. 
Vale destacar o que dispõe o artigo 765 da CLT. Ele dá força ao juiz para 
ele decidir, analisar, se vai aplicar o CPC ou não. Vejamos o que diz o 
dispositivo: 
 
 
 
Exemplo: Vamos supor que o Juiz está instruindo uma audiência, e ele defende a 
ideia de seguir somente as normas do Processo do Trabalho, ele não será 
“obrigado” a utilizar as normas do Código de Processo Civil. Assim também ocorre 
com o juiz que defende a ideia de utilizar o CPC de forma subsidiária, ele pode sim 
não se valer somente das normas processuais do trabalho. Ele decide qual o meio 
mais adequado para decidir. 
Art. 769 - Nos casos omissos,o direito processual comum será fonte 
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for 
incompatível com as normas deste Título. 
Art. 765 da CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na 
direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo 
determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
www.proordem.com.br | Prof. Roberto Conceição 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importante destacar a manifestação do Tribunal Superior do Trabalho 
através da instrução normativa 39 que dispõe sobre as normas do Código de 
Processo Civil de 2015 aplicáveis e inaplicáveis ao Processo do Trabalho, de 
forma não exaustiva. Faça a leitura dessa instrução, ela é extremamente 
importante. 
 
 
6. PRINCÍPIOS 
 
Nesse tópico iremos trabalhar um dos temas mais importante do Direito. 
Para Miguel Reale "princípios são enunciações normativas de valor genérico, 
que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, a 
aplicação e integração ou mesmo para a elaboração de novas normas. São 
verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por 
serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por motivos de 
ordem prática de caráter operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas 
necessidades da pesquisa e da práxis". 
José Cretella Jr. afirma que "princípios de uma ciência são as proposições 
básicas fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturações 
subsequentes. Princípios, nesse sentido, são os alicerces da ciência”. 
Os princípios são, portanto, regras que estabelecem limites, visando 
compreender e interpretar as ideias do legislador. 
Outro exemplo é com relação ao prazo. O artigo 219 do CPC diz que a contagem 
será em dias úteis. No entanto, aplicar esse dispositivo no Processo do Trabalho 
será prejudicial ao empregado, traria, de certa forma, mais morosidade ao 
processo. Portanto aplicamos o artigo 775 da CLT em que a contagem ocorrerá em 
dias corridos, contínuos trazendo ao empregado mais celeridade ao processo. A CLT 
dispositiva a respeito do prazo, sendo ele mais benéfico ao empregado, não se faz 
necessário utilizar o CPC. 
Direito Processual do Trabalho 
Prof. Roberto Conceição 
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No geral, pode-se afirmar que os princípios têm funções informadoras, 
normativas e interpretativas. 
 
Função informadora: tem como objetivo inspirar o legislador e dar 
fundamento para normas jurídicas; 
Função normativa: irá atuar nas lacunas e omissões da lei. Ex: no caso de o 
Juiz não conseguir aplicar a lei no caso concreto ele poderá se valer dos 
princípios. 
Função interpretativa: tem como objetivo servir de critério orientador aos 
intérpretes e para aqueles que irão aplicar a lei. Exemplo claro é o art. 8º da 
CLT, determina que na falta de disposições legais ou contratuais o intérprete 
pode socorrer-se dos princípios do Direito do Trabalho. 
 
6.1 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO DO TRABALHO 
 
Após entendermos que princípio é a base, dentro do ordenamento jurídico, 
vejamos agora quais são os princípios constitucionais do processo do trabalho. 
 
 Isonomia ou Igualdade; 
 Devido Processo Legal Art. 5º, LIV, CF.; 
 Motivação das Decisões Judiciais. Art. 93, IX, CF; 
 Princípio do Juiz Natural art. 5º, LIII, CF; 
 Razoável Duração do Processo art. 5º, LXXVIII;CF. 
 Inafastabilidade do Poder Judiciário art. 5º, XXXV, CF.; 
 
 
 
 
 
 
Princípio da Isonomia ou da Igualdade 
 
O princípio da igualdade prevê a igualdade de aptidões e de possibilidades 
dos cidadãos em gozar de tratamento isonômico pela lei. Por meio desse 
princípio são vedadas as diferenciações arbitrárias e absurdas, não justificáveis 
pelos valores da Constituição Federal, e tem por finalidade limitar a atuação do 
Direito Processual do Trabalho 
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Princípio do Devido Processo Legal 
legislador, do intérprete ou autoridade pública e do particular. Vejamos o que 
diz o caput do artigo 5º da Constituição Federal. 
 
Esse princípio está expresso no artigo 5º, LIV da CF que aduz: 
 
Princípio da Motivação das Decisões Judiciais 
 
O referido princípio está expresso no artigo 93, IX da Constituição Federal, 
vejamos : 
 
 
Princípio do Juiz Natural 
 
Tal princípio preceitua que ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente. O princípio está expresso no artigo 5º, LIII 
da Constituição Federal. 
 
Art. 5º Todos 
garantindo-se 
inviolabilidade 
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal; 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá 
sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a 
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou 
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do 
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente. 
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Princípio da Razoável Duração do Processo 
 
O princípio está disposto no artigo 5º, LXXVIII da Constituição Federal. 
 
 
Princípio Inafastabilidade do Poder Judiciário 
 
Por fim, o princípio da inafastabilidade do poder judiciário que tem 
previsão no artigo 5º, XXXV , da Constituição Federal. 
 
Vamos agora para o nosso último tema, preparado? 
 
6.2 PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
Após estudarmos os princípios constitucionais do Processo do Trabalho, 
vejamos agora os princípios PRÓPRIOS do Direito Processual do Trabalho. 
Vamos analisar cada um deles. Preparados? 
A) Princípio da celeridade – sabemos que o processo tem como objetivo 
buscar a satisfação de um determinado direito material, por se tratar de direitos 
sociais do trabalhador, como por exemplo, salário, horas extras etc. Estamos 
falando de verbas de natureza alimentar, assim sendo o processo deverá ser 
mais rápido. 
 
B) Princípio da informalidade - Na justiça do trabalho visando o 
cumprimento do princípio da celeridade já mencionado temos que, no processo 
trabalhista não existe em determinadas situações a exigência formal. Podemos 
citar como exemplo, apresentação da contestação que poderá ser oral no 
momento da audiência e ainda o famoso agravo retido no Direito Civil que para 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito; 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
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o Direito Processual do Trabalho é substituído pelo simplesprotesto que será 
estudado mais a frente. 
 
C) Princípio protecionista - trata da proteção no campo processual, 
estabelecendo normas que objetivam proteger o trabalhador, garantindo 
prerrogativas processuais devido à hipossuficiência que este possui. 
 
D) Princípio Conciliatório - a CLT determina que, sob pena de nulidade, a 
conciliação seja obrigatoriamente tentada pelo juiz do trabalho, tanto nos 
dissídios individuais como nos coletivos, em dois momentos: na audiência, 
antes da apresentação da resposta pela reclamada (art. 846 da CLT), e após a 
eventual apresentação de razões finais (art. 850 da CLT). 
 
 
E) Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias 
– no processo do trabalho, em regra, esse princípio ensina que as decisões 
interlocutórias não ensejam, de imediato, a interposição de qualquer recurso, 
permitindo a apreciação do seu merecimento em recurso de decisão definitiva, 
conforme art. 893, §1º, da CLT. Porém, essa regra encontra exceções previstas 
no art. 799, §2º, da CLT e na Súmula 214 do TST. 
 
 
Art. 893, § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou 
Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias 
somente em recursos da decisão definitiva. 
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. 
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em 
prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz 
ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, 
será proferida a decisão. 
Art. 799,§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, 
salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no 
entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. 
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F) Princípio do ius postulandi da parte – conforme o art. 791 da CLT, as 
partes poderão reclamar e acompanhar pessoalmente, perante a Justiça do 
Trabalho, sem a presença de advogado, suas reclamações trabalhistas do início 
ao fim do processo. Parte significativa da doutrina entende que como o 
dispositivo não estabelece qualquer limite, as partes poderiam utilizar o ius 
postulandi até o TST, inclusive em grau de recurso de revista. 
É importante observar que o referido artigo trata apenas de empregados 
e empregadores, assim sendo, a representação das partes por advogado será 
obrigatória, para as novas ações acrescidas à competência da Justiça do 
Trabalho pela EC 45/2004. 
 
 
O ius postulandi sofreu limitação no entendimento do TST, conforme se 
observa pela redação da recentemente editada súmula 425. 
Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente 
perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
Súmula nº 214 do TST - Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, 
da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas 
hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou 
Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de 
impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de 
incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional 
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no 
art. 799, § 2º, da CLT. 
Súmula 425, TST - O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da 
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não 
alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os 
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
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G) Princípio inquisitivo ou inquisitório – atribui ao juiz à função de 
incentivar o processo, na busca da solução do litígio. Esse princípio está 
consubstanciado no art. 765 da CLT, segundo o qual os juízos e tribunais do 
trabalho terão extensa liberdade na direção do processo e velarão pelo 
andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência 
necessária ao esclarecimento da lide. 
 
H) Princípio da Concentração - segundo o princípio da concentração, no 
Processo do Trabalho, em audiência concentram-se os atos de conciliação, 
defesa, provas, razões finais e sentença. A CLT previu a audiência como una ou 
única, conforme art. 849. 
 
 
I) Princípio da oralidade - apesar de não haver previsão expressa, o 
referido princípio possui grande destaque no Processo do Trabalho. Encontra-se 
implícito: na possibilidade de se apresentar reclamatória trabalhista verbal 
(artigo 840, §2º, CLT – princípio da informalidade), nas tentativas conciliatórias 
(art. 846 da CLT e 850, CLT); na possibilidade de a defesa ser apresentada de 
forma oral em audiência (artigo 847, CLT); nas provas que são produzidas de 
forma oral (depoimento das partes, oitiva de testemunhas) e nas razões finais 
que são apresentadas de forma oral, em 10 minutos (art. 850, CLT). 
 
Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção 
do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar 
qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. 
Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, 
por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente 
marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente 
de nova notificação. 
Art. 840 - § 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) 
vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que 
couber, o disposto no parágrafo anterior. 
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. 
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J) Princípio da Pertetuatio Jurisdictionis - a competência absoluta (em 
razão da matéria, da pessoa e da função) é imutável, sendo determinada no 
momento da propositura da ação, salvo nas hipóteses de supressão de órgão 
judiciário ou alteração da competência em razão da matéria e/ou da hierarquia. 
A hipótese de supressão de órgão judiciário equipara-se a criação de vara 
no trabalho em casos que antes eram inexistentes. 
Quando houver supressão do órgão judiciário, criação de vara do trabalho 
ou alteração da competência em razão da matéria, todas as ações deslocar-se- 
ão para o novo juízo competente. Apenas quanto às ações que se tornaram de 
competência da Justiça do Trabalho com a EC 45/2004, por razões de política 
judiciária, o deslocamento para a Justiça do Trabalho dá-se exclusivamente 
quanto aquelas ainda não sentenciadas. 
 
K) Princípio da Estabilidade da Lide - esse princípio informa o limite do 
momento processual em que o autor poderá modificar a petição inicial após a 
propositura da ação. No Processo do Trabalho não há despacho saneador e a 
defesa é apresentada em audiência, sendo assim, o último momento para o 
autor modificar a petição inicial é em audiência, antes da apresentação da 
defesa. Neste caso, deve o juiz, conceder prazo não inferior a cinco dias para 
que o réu se manifeste quanto às alterações. 
 
L) Princípio da Eventualidade - está previsto no art. 336 da CPC, o qual 
prevê que toda matéria de defesa deve ser aduzida na contestação. 
Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos paraaduzir 
sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por 
ambas as partes. 
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em 
prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz 
ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, 
será proferida a decisão. 
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M) Princípio da Finalidade ou da Instrumentalidade das formas - 
quando a lei prevê determinada forma para a prática do ato processual, sem 
cominar nulidade, o ato será considerado válido, se alcançar a sua finalidade, 
mesmo sendo realizado de outro modo. 
 
N) Princípio da Busca da Verdade Real - É pela aplicação deste princípio 
que é possível invalidar recibos de pagamento, quando as testemunhas 
demonstram que não refletem a verdade real. Da mesma forma, quando 
contraditória a prova documental, prevalece a prova testemunhal. 
 
O) Princípio da Extrapetição - autoriza que o juiz condene o reclamado a 
pedidos que não constam na petição inicial do reclamante, como, os juros e 
correção monetária que serão computados ainda que autor não formule pedido 
nesse sentido e, mais, mesmo que o juiz não os inclua na sentença serão 
incluídos nos cálculos de liquidação. 
 
P) Princípio da Preclusão – este princípio está explicito no art. 879, §2º, 
da CLT, que assim prevê: 
 
A maior parte doutrina aponta a existência de, pelo menos, três tipos de 
preclusão: 
 
1) preclusão consumativa – provém do próprio ato processual, em que a parte 
não pode praticar o mesmo ato processual duas vezes. 
Art. 336, NCPC - Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de 
defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do 
autor e especificando as provas que pretende produzir. 
Art. 879, §2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às 
partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a 
indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. 
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2) preclusão temporal – quando o ato processual não é praticado dentro do 
prazo previsto. 
3) preclusão lógica – quando a prática de um ato processual não é compatível 
com um ato processual anterior. 
 
Q) Princípio da inércia ou dispositivo da demanda: de acordo com o art. 
2º, CPC, nenhum juiz apresentará a tutela jurisdicional senão quando a parte a 
requerer, nos casos e formas legais. Logo, o processo tem início a requerimento 
da parte, entretanto, evolui por impulso oficial. 
 
 
 
R) Princípio da identidade física do juiz – Traz que o juiz que dirigiu a 
causa e finalizou a instrução probatória necessariamente deverá pronunciar a 
sentença. Levando em consideração que é na indagação direta das partes e 
testemunhas que o magistrado consegue firmar o seu convencimento, obtendo 
a verdade real, na maior parte das vezes não reportada nas atas de audiências, 
torna este princípio indispensável. 
 
 
 
7. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
Vimos que o Direito Processual do Trabalho é a disciplina que 
instrumentaliza o direito material. É o meio pelo qual o empregado leva o 
conflito ao Estado para ele dizer de quem é o direito. No entanto, o processo 
não é levado ao Estado de qualquer maneira, existe uma organização. Diante 
disso, iremos estudar agora como funciona a Organização da Justiça do 
Trabalho, como funcionam os Tribunais, as Varas do Trabalho, entre outros 
assuntos. Vamos começar? 
O primeiro dispositivo que trata da Organização da Justiça do Trabalho é 
artigo 111 da Constituição Federal. 
Art. 2º - O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por 
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
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De maneira geral, a organização da Justiça como um todo se organiza da 
seguinte forma. Vejamos a tabela: 
 
 
 
 
 
 
O primeiro órgão é o Tribunal Superior do Trabalho (TST). O TST é o 
órgão máximo, é a cúpula da Justiça do Trabalho. Em seguida vem o Tribunal 
Regional do Trabalho (TRT), e por fim, as Varas do Trabalho, compostas pelos 
Juízes do Trabalho. 
 
 
 
8. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
O TST tem como objetivo pacificar as decisões em instâncias inferiores. 
Ele é o órgão de terceira instância já Justiça do Trabalho, e possui a função de 
pacificar a jurisprudência nacional, colocar ordem na justiça. Vamos supor que 
os TRT de diversas regiões julgam o mesmo caso de maneira diferente. Cumpre 
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
 
III - as Juntas de Conciliação e Julgamento. 
III - Juízes do Trabalho. 
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ao TST pacificar esse conflito, por meio de Súmulas e Orientações 
Jurisprudenciais, uniformizando assim a jurisprudência do país. 
A cúpula da Justiça do Trabalho é composta por Ministros. Os membros 
são denominados Ministros. O TRT é composto por: 
 
➢ Brasileiros natos ou naturalizados 
➢ 27 ministros 
➢ Mais de 35 e menos de 65 anos Escolhidos pelo PRESIDENTE com 
aprovação ABSOLUTA do Senado Federal (cinquenta por cento mais um) 
➢ 1/5 de seus membros devem ser advogados e membros MPT 
➢ Turmas (RR), SDI(Emb.), SDC (Emb.) 
 
 
Cabe ressaltar o quer aduz o artigo 59 do Regimento Interno do TST: 
 
 
 
 
9. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) está disciplinado no artigo 115 da 
Constituição Federal. É o órgão de segunda instância na Justiça do Trabalho que 
irá rever a decisão do juiz de primeira instância, ou seja, o juiz da Vara do 
Parágrafo único. São órgãos que funcionam junto ao Tribunal Superior do 
Trabalho: 
I - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho 
– ENAMAT; 
 
II – Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT. 
Art. 59. São órgãos do Tribunal Superior do Trabalho: 
 
I -Tribunal Pleno; 
II –Órgão Especial; 
III -Seção Especializada em Dissídios Coletivos; 
IV -Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas subseções; 
V –Turmas; 
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Trabalho. Ele julga novamente as matérias de fato e de direito, como por 
exemplo, o Recurso Ordinário. 
Portanto, o TRT é composto da seguinte forma: 
➢ Os membros são denominados Juízes; 
➢ Brasileiros natos ou naturalizados; 
➢ 24 regiões, no mínimo 7 Juízes; 
➢ Mais de 30 e menos de 65 anos; 
➢ Escolhidos pelo Presidente; 
➢ 1/5 de seus membros devem ser advogados e membros MPT; 
➢ Justiça itinerante; 
➢ Competência originária e derivada; 
 
 
Dito isto, vejamos como ocorre a distribuição dos 24 Tribunais Regionais do 
Trabalho: 
RT da 1ª Região – Rio de Janeiro 
RT da 2ª Região – São Paulo (grande São Paulo e baixada santista) 
RT da 3ª Região – Minas Gerais 
RT da 4ª Região – Rio Grande do Sul 
RT da 5ª Região – Bahia 
RT da 6ª Região – Pernambuco 
RT da 7ª Região – Ceará 
RT da 8ª Região – Pará e Amapá 
RT da 9ª Região – Paraná 
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, 
sete juízes, recrutados, quando possível, na respectivaregião, e nomeados 
pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos 
de sessenta e cinco anos, sendo: 
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez 
anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; 
II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e 
merecimento, alternadamente. 
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T 
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RT da 10ª Região – DF e Tocantins 
RT da 11ª Região – Amazonas e Roraima 
RT da 12ª Região – Santa Catarina 
RT da 13ª Região – Paraíba 
RT da 14ª Região – Rondônia e Acre 
RT da 15ª Região – Demais cidades do interior de São Paulo 
RT da 16ª Região – Maranhão 
RT da 17ª Região – Espírito Santo 
RT da 18ª Região – Goiás 
RT da 19ª Região – Alagoas 
RT da 20ª Região – Sergipe 
RT da 21ª Região – Rio Grande do Norte 
RT da 22ª Região – Piauí 
RT da 23ª Região – Mato Grosso 
RT da 24ª Região – Mato Grosso do Sul 
 
 
 
 
 
10. JUÍZES DO TRABALHO 
O Juiz do Trabalho é o órgão de primeira instância. Em regra, é onde 
iniciam os processos e proferem a sentença. É ele que representa o Estado para 
solucionar os conflitos. O dispositivo que trata do referido órgão é o artigo 112 
da Constituição Federal. 
 
 
 
O mencionado artigo diz que na que não tem Vara do Trabalho, quem 
julga o caso concreto de conflito de relação de trabalho e de relação de 
emprego é o Juiz de Direito investido de jurisdição Trabalhista. Dessa decisão, 
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas 
não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso 
para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
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caberá recurso ordinário para o TRT daquela respectiva região. Se a vara for 
criada remete-se os autos para a Vara do Trabalho. 
Após esse entendimento, vejamos algumas características dos Juízes do 
Trabalho: 
➢ O cargo inicial de um Juiz do Trabalho é o de JUIZ SUBSTITUTO; 
 
➢ É necessária a aprovação em concurso de provas e títulos; 
 
➢ Mínimo de três anos atividade jurídica; 
 
➢ Vitaliciedade, irredutibilidade de vencimentos e inamovibilidade. 
 
Cabe ressaltar o que diz a Súmula do Superior Tribunal de Justiça: 
 
Chegamos até aqui! Espero que estejam entendendo bem o conteúdo. 
Foco, atenção, motivação e determinação para continuarmos a nossa belíssima 
de disciplina de Processo do Trabalho. Vamos lá? 
 
11. ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
Os Órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho estão compreendidos nos 
artigos 710 a 721 da CLT. Iremos trabalhar cada um deles aqui. Vejamos quais 
são eles: 
➢ Varas do Trabalho 
 
➢ Secretarias 
 
➢ Distribuidores 
 
➢ Oficiais De Justiça 
Súmula 10 STJ - Instalada a Junta de Conciliação e Julgamento, cessa a 
competência do Juiz de Direito em matéria trabalhista, inclusive para a 
execução das sentenças por ele proferidas. 
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Art. 711 - Compete à secretaria das Juntas: 
 
a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos 
processos e outros papéis que lhe forem encaminhados; 
 
b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais 
papéis; 
 
c) o registro das decisões; 
 
d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos 
respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará; 
 
 
11.1 Varas do Trabalho 
A Vara do Trabalho é o local onde o processo tramita na primeira instância. 
Onde ocorrem os atos processuais, protocolo inicial, distribuição, audiências, 
intimações, etc. 
 
11.2 Secretarias das Varas do Trabalho 
Cada Junta terá 1 (uma) secretaria, sob a direção de funcionário que o 
Presidente designar, para exercer a função de secretário, e que receberá, além 
dos vencimentos correspondentes ao seu padrão, a gratificação de função 
fixada em lei. Dessa forma, cada vara terá um secretário e quem designa o 
secretário é o Juiz da Vara. 
Dito isso, precisamos entender qual a competência das secretarias. A 
competência das secretarias está disposta nos artigos 711 e 712 da CLT. 
Vejamos o que aduz o dispositivo legal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria; 
 
f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos; 
 
g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do 
arquivamento da secretaria; 
 
h) a realização das penhoras e demais diligências processuais; 
 
i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente 
da Junta, para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos. 
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5.2 Secretaria dos Tribunais 
 
Art. 712 - Compete especialmente aos secretários das Juntas de Conciliação e 
Julgamento: 
 
a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do 
serviço; 
 
b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das autoridades 
superiores; 
 
c) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis 
que devam ser por ele despachados e assinados; 
 
d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja 
deliberação será submetida; 
 
e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais; 
 
f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de 
execução, e a pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas 
autoridades superiores; 
 
g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas; 
 
h) subscrever as certidões e os termos processuais; 
 
i) dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de que 
devam ter conhecimento, assinando as respectivas notificações; 
 
j) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da 
Junta. 
 
Parágrafo único - Os serventuários que, sem motivo justificado, não 
realizarem os atos, dentro dos prazos fixados, serão descontados em seus 
vencimentos, em tantos dias quantos os do excesso. 
 
 
Nos termos dos artigos 718, 719 e 720 da CLT estão as disposições 
referente as Secretaria dos Tribunais. 
 
 
Art. 718 - Cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a direção do 
funcionário designado para exercer a função de secretário, com a 
gratificação de função fixada em lei. 
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Art. 715 - Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal 
Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, 
existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente 
subordinados. 
 
 
 
Atenção! Poderá o Tribunal criar mais de uma secretaria. 
 
 
11.3 Distribuidores 
Para adentrarmos dentro do tema de distribuidor, quero dar um exemplo 
concreto. Vamos suporque uma comarca possui mais de uma Vara do 
Trabalho, onde irá iniciar o processo? É aí que surge o distribuidor. Veremos 
agora quem são os distribuidores e quais são as suas funções. 
Os distribuidores são escolhidos entre os funcionários das Varas e do 
Tribunal Regional do Trabalho pelo presidente, ficando, portanto, subordinados 
ele. 
 
 
 
 
 
Vejamos o que diz artigo 713 da CLT: 
Após entendermos quem é o distribuidor e qual sua função, precisamos 
entender qual a sua competência. A competência do distribuidor tem sua 
disposição no artigo 714 da CLT. 
Art. 719 - Competem à Secretaria dos Conselhos, além das atribuições 
estabelecidas no art. 711, para a secretaria das Juntas, mais as seguintes: 
 
a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois 
de despachados, aos respectivos relatores; 
 
b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência 
do Conselho, para consulta dos interessados. 
 
Parágrafo único - No regimento interno dos Tribunais Regionais serão 
estabelecidas as demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos 
trabalhos de suas secretarias. 
Art. 720 - Competem aos secretários dos Tribunais Regionais as mesmas 
atribuições conferidas no art. 712 aos secretários das Juntas, além das que 
lhes forem fixadas no regimento interno dos Conselhos. 
Art. 713 - Nas localidades em que existir mais de uma Junta de Conciliação 
e Julgamento haverá um distribuidor. 
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Art. 714 - Compete ao distribuidor: 
 
a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada 
Junta, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos 
interessados; 
b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito 
distribuído; 
c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um 
organizado pelos nomes dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos 
por ordem alfabética; 
d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por 
certidão, de informações sobre os feitos distribuídos; 
e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos 
Presidentes das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários 
à parte, cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, mas não 
serão mencionados em certidões. 
 
 
11.4 Oficiais de Justiça 
O artigo 721 da CLT é o dispositivo que trata dos Oficiais de Justiça. 
 
 
 
Em linhas gerais, o juiz pode requerer aos Oficiais de Justiça para realizar 
notificações, busca e apreensão, penhora, avaliação etc. 
Encerramos aqui mais um tema. Ufa! Nesse ponto tivemos muitos 
dispositivos para realizar a leitura. Espero que tenham lido, e se não leu, corre 
e leia agora mesmo, pois iremos adentrar num outro tema. Vamos adiante! 
 
12. Dissídios 
O dissídio, de maneira simples e prática, é o que chamamos de conflito 
de interesses. Ele se divide em dissídio individual e dissídio coletivo, ou seja, 
Art. 721 - Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores 
da Justiça do Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos 
julgados das Juntas de Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais 
do Trabalho, que lhes forem cometidos pelos respectivos Presidentes. 
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existem conflitos nas relações individuais (patrão e empregado) e conflitos nas 
relações coletivas (entre sindicato dos empregados e sindicato dos 
empregadores). 
Portanto, dissídio individual é o conflito de interesse pessoal advindo da 
relação de emprego. As partes buscam a tutela jurisdicional para satisfação do 
seu Direito, uma vez que em nosso ordenamento não é permito a autotutela. Já 
o dissídio coletivo é o conflito de interesse entre categoria econômica e 
profissional pessoal advindo da relação de emprego. Exemplo, dissídio coletivo 
no TRT. É o TRT que resolve, pelo fato de ser uma ação originária, e gera o que 
chamamos de Sentença Normativa. Essa sentença possui uma duração de 
quatro anos, podendo ser reavaliada quando completar um ano. 
Vamos supor que o sindicato dos empregados e o sindicato dos 
empregadores não entram num acordo para estabelecer uma convenção ou 
acordo coletivo. Temos então um dissídio coletivo, que será resolvido por meio 
de uma sentença normativa. A sentença normativa irá estabelecer o conjunto 
de regras, direitos e obrigações daquela categoria, caso não haja cumprimento 
dessas regras, o sindicato dos empregados ou até mesmo o Ministério Público, 
poderá ingressar com uma ação chamada “Ação de Cumprimento”, para fazer 
valer o que foi estabelecido na sentença normativa. 
 
 
 
 
13. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
Vamos avançar um pouco em nosso curso. Iremos adentrar agora no 
tema “Competência da Justiça do Trabalho”, um dos temas mais importantes e 
mais cobrados em prova dentro da nossa disciplina. 
Antes de adentrarmos efetivamente no conteúdo é necessário fazermos 
uma importante distinção entre Jurisdição e Competência. Muitas pessoas 
confundem os dois institutos, afirmando que em determinada situação a 
demanda será da Jurisdição da Justiça do Trabalho. Não há motivos para 
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confundir os dois institutos, pois possuem conceitos básicos e de fácil 
entendimento. 
 
 
 
 
A Jurisdição, portanto, é o poder do Estado em dizer de quem é o direito. 
Na Competência existe o que denominamos “divisão de tarefas”. Ela é realizada 
no Poder Judiciário por meio das normas de competência, pois são essas que 
conferem atribuição ao órgão para atuar em determinado tipo de conflito, tais 
como cíveis, criminais, consumidor, etc. Assim, competência é tida como a 
medida da jurisdição, pois demonstra em que situações podem os Magistrados, 
representantes do Estado, exercerem a sua jurisdição. 
Todo juízo possui jurisdição, mas nem todo juízo possui competência, pois 
esta restringe aquela, já que determina em que situações pode o julgador 
atuar. 
Bem tranquila a distinção não é mesmo? Vamos nos aprofundar um 
pouco mais? 
Vejamos agora quais as regras de competência. A competência se divide 
em Competência ABSOLUTA e Competência RELATIVA. 
 
 
 
 
Para facilitar todo esse entendimento, vejamos o quadro abaixo: 
Jurisdição é o poder que o Estado tem para solucionar os conflitos de uma 
sociedade, aplicando as normas jurídicas ao caso concreto. 
Competência é a medida da jurisdição, ou seja, o limite de atuação dos 
órgãos que desenvolve a função jurisdicional. 
A competência ABSOLUTA está ligada ao interesse do Estado. Competência 
material, funcional e da pessoa. (art.114 da CF) 
A competência RELATIVA está ligada ao interesse das partes. Competência 
territorial e valor da causa. (art.651 da CLT) 
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Vamos memorizar 
Competência 
Absoluta 
Competência Relativa 
 
 
 
Quem tem interesse? 
Estado 
Material 
Funcional 
Da pessoa 
 
 
Quem tem interesse? 
 Partes 
Territorial 
Valor da causa 
Quem tem 
legitimidade? 
Juiz de ofício ou as 
partes 
Somente as partes 
Em que momento Qualquer momento Prazo de defesa 
Há preclusão? 
Não, questão de 
ordem pública 
Sim, prorroga-se a 
competência 
 
 
A competênciaABSOLUTA, portanto, pode ser: 
 
➢ Em razão da pessoa; 
 
➢ Competência material; 
➢ Hierárquica/Função e; 
➢ Territorial. 
 
Vamos começar com a competência EM RAZÃO DA PESSOA, que está 
prevista no artigo 114 da Constituição Federal. 
 
Art.114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
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Diante desse dispositivo faz-se necessário destrinchar o dispositivo legal. 
 
Quem são os Entes de Direito Público Externo? a) Os Estados estrangeiros 
(que gozam de imunidade na execução), b) organismos internacionais (também 
gozam de imunidade na execução). Quem são os entes da Administração 
Pública Direta e Indireta da União? Direta: União, Estado, DF e Municípios; 
Indireta: autarquias, fundações, empresa pública e sociedade de economia 
mista. 
 
 
 
Após desmistificarmos o inciso I vamos à analise dos demais incisos do 
artigo 114 da Constituição Federal. 
 
Art.114 da CF 
 
II - As ações que envolvam exercício do direito de greve(L.7783/89); 
 
III - As ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV - Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o 
ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
salvo TST x STJ competem ao STF; 
 
VI - As ações de indenização por dano moral e patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho; 
35 
VII - As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
Importante! 
 
Leitura da seguinte jurisprudência: Súmula 97, 137, 21 do STJ e Súmula 
430 TST 
Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista: 
 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração 
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo, conforme definidos em lei. 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive 
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
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SÚMULA 300 TST 
 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por 
empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no 
Programa de Integração Social (PIS). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espero que tenha lido com bastante atenção todos os incisos do artigo 
114, pois a partir de agora iremos analisar a jurisprudência no que diz respeito 
à Competência da Justiça do Trabalho. Preparado? Caso não tenha lido os 
incisos com atenção, volte e releia cada hipótese. Vamos adiante! 
• Vamos supor que o empregador não realiza o cadastro do empregado 
no PIS. E agora? 
 
 
 
 
 
 
 
• O empregador não fornece guias do seguro-desemprego. E agora? 
 
 
• Cobrança de Honorários de profissional liberal. 
 
 
 
36 
VIII - A execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, 
I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir 
(não as contribuições de todo contrato); 
IX - Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da 
lei. 
SÚMULA 389 TST 
 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide 
entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não 
fornecimento das guias do seguro-desemprego. 
II - O não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o 
recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. 
SÚMULA 363 STJ 
 
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada 
por profissional liberal contra cliente. 
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• Ação de indenização por danos morais e patrimoniais, quem é 
competente? 
 
 
• Ações para levantamento do PIS/PASE e FGTS 
 
• Pode se exigir depósito prévio para recurso administrativo? 
 
• Ações que envolvam o exercício do direito de greve. 
 
 
 
 
37 
Súmula Vinculante 23 STF 
 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória 
ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores 
da iniciativa privada. 
Súmula 161 STJ 
 
É da competência da justiça estadual autorizar o levantamento dos valores 
relativos ao PIS / PASEP e FGTS, em decorrência do falecimento do titular 
da conta. 
Súmula Vinculante 22 do STF 
 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar a ação de 
indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes das relações de 
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que 
não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação 
da Emenda Constitucional 45/2004. 
Súmula 367 STJ 
 
A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já 
sentenciados. 
Súmula Vinculante 21 STF 
 
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de 
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
Art. 114, §3º da CF: 
 
Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do 
interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio 
coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
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• E a prisão civil é lícita? 
 
 
• A Justiça do Trabalho possui competência criminal? 
 
• A JT é competente para executar as contribuições fiscais e 
previdenciárias? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
Súmula Vinculante 25 STF e Pacto de São José da Costa Rica. 
 
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do 
depósito. 
Medida cabível: 
 
HC + Reclamação Constitucional 
 
TRT e STF - ADI 3684 (não para matéria Penal) 
ADI 3684/2007 (Rel. Ministro Cezar Peluso) 
 
A JT não tem competência para julgar ações Penais. 
 
Crime de Frustração a Direito Trabalhista Art. 203 CP, penal 1 a 2 anos + 
multa (justiça comum federal). 
Súmula 368 do TST 
 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das 
contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, 
execução das contribuições previdenciárias, limita-se às 
condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto 
homologado, que integrem o salário de contribuição. 
quanto à 
sentenças 
de acordo 
Súmula 454 do TST - Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, 
da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem 
natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, 
“a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à 
incapacidade do empregado decorrente de infortúniono trabalho (arts. 11 e 
22 da Lei nº 8.212/1991). 
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Quando ocorre acidente do trabalho surgem duas ações para o 
empregado: ação contra o empregador pleiteando indenização (Justiça do 
Trabalho) e ação que envolva aposentaria frente ao INSS (Justiça Comum). 
Portanto, ações envolvendo acidentes de trabalho, ação por dano moral e 
patrimonial, é competência da Justiça do Trabalho (art. 114 da CF). Ação frente 
ao INSS, competência da Justiça Comum Estadual (art. 109 CF). 
UFA! Tratamos de diversas súmulas até aqui, sendo imprescindível a 
leitura de cada uma delas. Tivemos uma leitura intensa nessa aula! Não desista 
meu caro aluno, continue firme, foco, determinação. Eu sempre digo aos meus 
alunos: você sabe aonde quer chegar! Então, vai lá toma uma água, respira 
fundo e volte para a leitura. 
“Existem os perdedores que nunca tentam, os fracassados que 
nunca terminam, e os vencedores que nunca DESISTEM”. Quem é você? 
 
Iremos falar ainda nessa aula sobre a Competência Territorial, mas antes, 
vamos tratar um pouco sobre o Mandado de Segurança, Habeas Corpus e 
Habeas Data. 
Súmula nº 15 do STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar os 
litígios decorrentes de acidente do trabalho. 
Súmula nº 235 do STF: É competente para a ação de acidente do trabalho 
a justiça cível comum, inclusive em segunda instância, ainda que seja parte 
autarquia seguradora. 
Súmula nº 501 do STF: Compete a justiça ordinária estadual o processo e 
o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho, 
ainda que promovidas contra a união, suas autarquias, empresas públicas 
ou sociedades de economia mista. 
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13.1 Mandado de Segurança, Habeas Corpus e Habeas Data 
Mandado de Segurança 
 
Primeiramente, iremos tratar do Mandado de Segurança. O Mandado de 
Segurança na Justiça do Trabalho é cabível? Sim! Iremos utilizar, segundo a lei 
12.016/09,pelo ato praticado por um agente da administração que ferir um 
direito líquido e certo, a parte pode impetrar com um Mandado de Segurança na 
Vara do Trabalho. Se diante do caso concreto o Juiz praticar o ato, o Tribunal 
Regional do Trabalho será competente, pelo critério da hierarquia jurisdicional. 
O fundamento do Mandado de Segurança está previsto no artigo 5º, 
inciso LXIX da Constituição Federal, regulado pela lei 12.016/09. 
 
 
A competência é originária e se inicia: 
 
TRT - contra ato de Juiz do Trabalho, diretor e demais funcionários, juízes 
de direito investidos na jurisdição trabalhista, juízes e funcionários do TRT; 
TST - contra ato do Presidente do TST ou outro Ministro. 
O Mandado de Segurança pode se iniciar também: 
Vara do trabalho: contra ato de auditor fiscal; 
 
Vara do trabalho: contra ato praticado por membro do Ministério Público 
do Trabalho 
Habeas Corpus 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
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Vamos falar rapidamente sobre o Habeas Corpus. Ele também é cabível 
na Justiça do Trabalho. O Habeas Corpus será competência da Justiça do 
Trabalho quando houver depositário infiel, prisão à testemunha, restrição de 
liberdade do empregado pelo empregador em caso de greves, empregador que 
mantém empregado em condição análoga à escravo etc. 
Vejamos o que aduz a Súmula Vinculante 25 do STF. 
 
 
A competência será: 
 
Da Vara do Trabalho - quando o ato ilegal ou ameaça que viola o direito de 
locomoção for praticado pelo empregador. 
Do Tribunal Regional do Trabalho - quando o ato ilegal ou ameaça for 
praticado pelo Juiz do Trabalho. 
Do Tribunal Superior do Trabalho - quando o ato ilegal ou ameaça for 
praticado pelo Juiz do Tribunal Regional do Trabalho. 
 
 
Habeas Data 
 
O Habeas Data é impetrado para ter acesso às informações, acesso a 
cadastros. Não será contra o empregador, e sim, em face de ato de autoridade 
pública, quando o empregador sofre fiscalização e não tem acesso ao processo 
administrativo, assim como servidor regido pela CLT em face do Estado, com 
objetivo de ter acesso às informações do seu prontuário. 
 
13.2 Competência Territorial 
Até aqui estudamos a Competência Material, lemos o artigo 109,112 e 114 
da Constituição Federal, e diversas súmulas. A partir de agora veremos a 
Súmula Vinculante 25 do STF 
 
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do 
depósito. 
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Competência Territorial que está prevista no artigo 651 da CLT. Vejamos o que 
aduz o caput do dispositivo: 
 
De forma simples e fácil o artigo diz que a competência é determinada 
pelo último local da prestação de serviço pelo empregado. Vamos supor que um 
funcionário reside em Santo André, foi contratado em São Caetano do Sul, e 
trabalha em Diadema, a competência para a propositura da ação será de 
Diadema, pois foi o último local que prestou serviços ao empregador. Essa é a 
REGRA! Ou seja, não importa onde o empregado reside, e nem onde foi 
contratado. A regra é o último lugar que prestou serviços ao empregador. Está 
claro? Ótimo! 
As exceções são muito cobradas em provas. Vamos analisar cada uma 
delas. A primeira exceção é se o empregado trabalha ao mesmo tempo em 
várias comarcas, TODAS elas são competentes, salvo viajante (vendedor). Com 
relação ao viajante, traz o §1º do artigo 651 da CLT. 
Outra exceção é quando o empregado brasileiro é contratado no Brasil 
para laborar no exterior. É competente a vara do local onde o empregador 
tenha sede no Brasil ou no local da contratação conciliar e julgar, regra 
estabelecida no parágrafo 2º do artigo 651 da CLT. 
 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro 
local ou no estrangeiro. 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência 
ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou 
a localidade mais próxima. 
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário. 
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Há posicionamento diferente, pois a empresa mesmo que não tenha sede 
ou filial no Brasil poderá ser notificada por carta rogatória. 
Desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário. 
Direito material a ser aplicado será a vigente no país da prestação de 
serviços (Súmula 207). Essa súmula foi CANCELADA, e agora aplica a norma 
mais benéfica, conforme

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